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Logística Empresarial

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Logística empresarial 
Na unidade I começaremos a nossa viagem pela história da logística, que esteve sempre presente no desenvolvimento da humanidade, passaremos pelo conceito atual da Logística e sua importância na atualidade. Esse conceito e o entendimento de toda evolução da Logística ajudará a formar uma visão sistêmica permitindo assim entender que o gerenciamento integrado de toda a Cadeia Logística trará as empresas um diferencial competitivo no mundo globalizado. 
Na unidade II vamos ampliar nossos conhecimentos entendo que a integração da Cadeia Logística se dá pelo direcionamento de todos os esforços do ponto de origem até o ponto de destino, integrando assim as três áreas da Logística: Suprimentos, Interna e Distribuição, essa última, tendo por nalidade administrar os canais de distribuição que farão com que o produto chegue até os pontos de vendas para atender o cliente. 
Na unidade III trataremos de um assunto importantíssimo para a questão ambiental, a Logística Reversa, ou o canal de retorno do produto com defeito ou que não agradou o cliente. Esse produto não pode ser descartado em qualquer lugar, então há a necessidade de se criar uma forma de retorno seguro. Falaremos aqui também da importância dos sistemas de informações, fundamentais para suprir os administradores nas tomadas de decisões logísticas. 
E na unidade IV vamos apreender como avaliar todo o processo logístico através do desempenho apresentado ao longo da Cadeia Logística e qual a metodologia mais adequada a ser usada para essa avaliação. 
Introdução 
Caro (a) aluno (a), estamos prestes a conhecer a Logística Empresarial, algo extraordinário que será capaz de nos fazer entender o que realmente é responsável pelo produto certo, no lugar certo e na hora certa. Além deste entendimento, teremos a partir deste conhecimento uma nova visão sobre os fatos dentro da ótica de movimentação, nos dando condições de analisar, entender e melhorar o processo em termos de agilidade e custos. 
Abordaremos a origem da logística atribuída a atividades militares como forma de organização de movimentação de tropas, suprimentos, medicamentos e estratégias de guerra para surpreender e ter vantagem sobre o inimigo. Porém se atribuímos a sua origem somente a atividade militar como explicar a construção de grandes monumentos históricos como as Pirâmides do Egito. 
Vários termos foram atribuídos à Logística com o passar do tempo. Alguns se destinavam a gestão dos suprimentos, a gestão da distribuição, a gestão do Marketing, e outros ainda, a gestão de suprimentos. Todos buscando uma forma de melhorar o processo de movimentação e a redução dos custos. 
Toda essa evolução do processo logístico ao longo da história se deu com o entendimento que o domínio e controle das etapas, que até então eram separadas e gerenciadas de forma individualizadas, precisavam ser integrados em uma única atividade chamada de SUPPLY CHAIN MANAGEMENT ou cadeia de suprimentos, ou seja, integrar fornecedores, produção e distribuição com um único objetivo, satisfazer o cliente. 
Desta forma nesta unidade teremos a oportunidade de entender o conceito e a importância da Logística Empresarial como ferramenta de vantagem competitiva em relação à concorrência, tendo em vista que, conhecer, planejar e gerenciar a cadeia de suprimentos trará sempre uma integração como os fornecedores, uma melhor movimentação e uma distribuição mais rápida, com redução de custos do produto, trazendo maior satisfação ao cliente, personagem principal de todo o processo logístico das empresas. 
Origem da logística 
Mesmo com o desenvolvimento da economia mundial com auxílio de atividades e conhecimentos logísticos, a Logística cou adormecida por muito tempo, e só foi despertada após a Segunda Guerra Mundial, quando as atividades logísticas militares começaram a ser utilizadas e inuenciarem de forma signicativa os conceitos logísticos que são utilizados atualmente (PLATT, 2010). 
O termo logística teve sua origem no meio militar, tendo relação à atividade de abastecimento e movimentação de tropas, porém, a movimentação, transporte e acomodação de mercadorias, estiveram sempre presentes no desenvolvimento da humanidade. A análise histórica mostra que guerras foram ganhas ou perdidas em decorrência da eciência ou não do sistema logístico, como a derrota das tropas napoleônicas na Rússia e a invasão da Normandia pelas forças aliadas. 
O que realmente marcou o desenvolvimento da Logística moderna foi a II Guerra Mundial, onde batalhas se davam ao redor do mundo, exigindo deslocamento das tropas e suprimentos em grandes distâncias, aumentando assim a necessidade da produção maciça de armamentos, o desenvolvimento acelerado dos processos industriais, o desenvolvimento da eletrônica e da informática e o desenvolvimento dos primeiros modelos matemáticos de apoio à tomada de decisão para alocação de recursos (BALLOU, 1993). 
A logística tem relação também com as atividades de acomodar, suprir e acantonar tropas (dispor ou distribuir a tropa por lugares habitados, como vilas, aldeias e cantões, para descanso, alimentação e aguardar instruções). Porém, se pensarmos na construção das Pirâmides do Egito e em outros grande monumentos da história da humanidade, já nos deparamos com a presença da logística (COSTA e FARIA, 2005). 
Segundo Fleury et al. (2000), a logística é uma das atividades econômicas mais antigas, e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Ao abandonar o extrativismo, o homem inicia a organização das atividades produtivas, produção especializada com troca de produtos com outros produtores, surgindo assim três funções logísticas que são essenciais: estoque, armazenagem e transporte. 
A logística inuenciou também a expansão dos grandes impérios na evolução e desenvolvimento da humanidade, temos como exemplos o império macedônio, o império romano, o colonialismo português, espanhol e britânico. 
A utilização do conhecimento e das práticas logísticas, desenvolvidas no campo de batalha, para abastecimento das tropas com os suprimentos, como armas, munições, alimentos e medicamentos, foram rapidamente apropriados pelas indústrias manufatureiras para disponibilizar seus produtos aos mercados consumidores, e mais recentemente, pelo segmento de serviços com o objetivo de planejar e executar de forma mais eciente suas atividades, disponibilizando os serviços de acordo com as necessidades, desejos e expectativas dos seus clientes e consumidores (PLATT, 2010).
REFLITA 
Tudo o que nos cerca, a roupa que estamos usando e todo nosso alimento provém de uma ação logística, tudo estava a centenas de quilômetros de nós, muitas vezes em outro países, e agora está tudo ao nosso alcance. 
A Logística, segundo Ballou (1993), esteve em estado de sono profundo até meados do século XX, por isso suas principais atividades caram distribuídas sob a responsabilidade de outras áreas da organização: o transporte cava sob a responsabilidade da área de produção; os estoques eram agregados aos departamentos de marketing, nanças e produção e o processamento de pedidos eram controlados pelos departamentos de nanças e vendas. Porém, essa divisão resultava em sempre em conito de objetivos e responsabilidades. 
Nesta época o ambiente organizacional era dominado pelo crescimento rápido e dominante posição da indústria, resultado de uma demanda reprimida por anos de depressão e pós-guerra. Desta forma havia uma grande tolerância, pois mudanças levariam tempo e investimentos e a demanda exigia uma resposta rápida da indústria na oferta de produtos (NOVAES, 2001). 
Sendo assim, a Logística com o passar do tempo vai se desenvolvendo ao longo da história, criando as quatro fases evolutivas da Logística. 
· 1900 a 1930 – era da produção em massa: o foco era na divisão do trabalho, e os produtos apresentavam pouca diferenciação. 
· 1930 ao final da década de 1940 – era do marketing em massa: os produtos já apresentavam algumas diversificação e customização e investimentos em campanha de marketing. 
De acordo com Novaes, (2001), a primeirafase é marcada principalmente pelo período pós-guerra, e a como não havia uma grande diversicação de produtos, a busca da redução de custos era somente no processo produtivo, a m de garantir um produto que chegasse ao consumidor nal como o preço mais atrativo. 
· 1950 ao final de 1970 – era da descontinuidade: criaram-se novas estratégias e culturas organizacionais. Algumas empresas criaram cargos especícos para controlar o uxo de materiais e transportes.
Segundo Ballou (1993), a segunda fase é marcada principalmente por três fatores: 
Alteração nos padrões de consumo: com a vinda do consumidor para as zonas urbanas este tem acesso a mais variedade de produtos; 
Redução de custos industriais: em 1950 após um crescimento econômico surge a recessão, fazendo que as empresas busquem reduzir custos tanto na produção como na distribuição de seus produtos. 
Avanços na tecnologia de computadores: que permitiu através de computadores e softwares integrar informações e melhorar a distribuição do produto. 
A partir de 1970 a competição global, a falta de matérias-primas e a crise do petróleo, agravado pelo aumento da inação mundial, provocam um aumento nos custos dos transportes e na manutenção dos estoques, obrigando assim que a Logística se desenvolvesse numa velocidade mais acelerada. 
· Décadas de 1980 e 1990: observaram-se sinais de que a oferta já era maior que a demanda. 
· 
Conforme Azevedo (2002), a terceira fase é marcada pelo controle de custos, melhoria da qualidade e aumento da produtividade, sempre focando o cliente. Para que as empresas se tornassem competitiva precisaria integrar e gerenciar o uxo de materiais e das informações da organização, alinhadas com seus fornecedores e distribuidores, para que todo o processo tivesse o mesmo direcionamento, atender o cliente nal. 
Surge então através da busca do desenvolvimento da Logística, ferramentas como a desenvolvida pela empresa japonesa Toyota, o Just-in-time, ou seja, a busca pelo estoque zero, que exige uma total integração entre fornecedores e clientes, programas de qualidade total que garantiam um produto e um processo de qualidade e reengenharia que garantiam uma total análise do processo, sem buscando uma maneira de fazer com mais produtividade e com menor custo. 
Final da década de 90 e início dos anos 2000: Era da competitividade causada pelo advento da globalização, fazendo com que a Logística seja a grande responsável pela sobrevivência das empresas (AZEVEDO, 2002).
O estágio atual se caracteriza pela importância dada à integração externa, ou seja, entre os diferentes elos da cadeia de suprimentos. Destaca-se o grande desenvolvimento dos sistemas de informação e a disseminação do conceito da Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Management – SCM).
A quarta fase é marcada pela busca de estratégias logísticas que permitam as empresas a integrarem seus uxos de materiais e informações ao longo da cadeia de suprimentos, permitindo assim redução de custos em todos os elos desta cadeia, seja em questão de preço de aquisição, redução de níveis de estoques, agilidade de entregas, postergações de produção, menor área de armazenagem e redução dos custos de transportes (NOVAES, 2001). 
A Figura 1 ilustra a evolução da logística: 
Fonte: Ching (1999, p.21) 
Segundo Platt (2010, p. 18), “Necessidade de reduzir custos também levou ao desenvolvimento de um planejamento mais ecaz no que tange aos transportes, sobretudo com o aumento signicativo nos preços dos combustíveis, levando ao desenvolvimento de mão de obra e tecnologias especializadas nesse setor.” 
Podemos entender que a evolução da Logística se deu em virtude da necessidade das empresas se manterem competitivas no mercador globalizado, buscando sempre ter um diferencial competitivo para se sobressair em relação às outras. 
A Figura 2 demonstra os cinco fatores que foram primordiais para o grande desenvolvimento da logística ao longo da história: 
Figura 2 - Fatores de desenvolvimento da Logística
Logística ao longo da história Fonte: Adaptada de Ballou (1993).
O termo logística, de acordo com o Dicionário Aurélio, vem do francês Logistique e tem como uma de suas denições "a parte da arte da guerra que trata do planejamento e da realização de: projeto e desenvolvimento, obtenção, armazenamento, transporte, distribuição, reparação, manutenção e evacuação de material para ns operativos ou administrativos“. 
Para Christopher (1997), a logística é o processo de gerenciar de forma estratégica a aquisição, movimentação e armazenagem de materiais, peças e produtos acabados, por meio da organização e seus canais de marketing, de forma que maximize os lucros, através do atendimento dos pedidos a baixo custo. 
O Conselho de Gestão de logística, conceitua a logística como sendo a parte do processo da cadeia de abastecimento que planeja, implanta e controla o uxo eciente e ecaz de matérias-primas, estoque em processo, produtos acabados e informações relacionadas, desde seu ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender os requisitos dos clientes (Council of Logistics Management, 
1999). 
São várias denições que podem ser encontradas quanto ao conceito de logística, mas todas elas sempre terão o planejamento, a implantação e controle de um uxo eciente das matérias-primas e o foco em entregar o produto ao seu consumidor 
nal. A Logística é sempre apontada como a responsável pela administração de uxo e armazenagem de produtos, serviços e informação, não apenas entre fornecedores e clientes, mas ao longo de toda a cadeia de abastecimento. 
Após essas denições, pode-se ter noção da amplitude das atividades que englobam a Logística, gerenciando e executando todo o uxo de materiais, serviços e informações que fazem com que os produtos se tornem disponíveis ao mercado consumidor. 
Na figura 3 temos a ilustração do conceito da Logística de forma esquemática:
Figura 3 - Conceito da Logística 
Fonte: Council of Logistics Management (1999). 
O objetivo da Logística é prover ao cliente os serviços que ele espera, com a entrega do “produto certo, no lugar certo, no momento certo”. A satisfação do cliente faz parte do objetivo da Logística. O processo é efetivado quando esse objetivo é alcançado. Para equilíbrio das expectativas de níveis de serviço e os custos incorridos, a Logística tem a necessidade de buscar estratégia, planejamentos e desenvolvimentos de sistemas que assegurem que esses objetivos sejam atingidos (FARIA e COSTA, 2005). 
Para que os materiais e produtos sejam movimentados de maneira oportuna, a empresa tem custos, visando a agregar um valor (nível de serviço) que não existia e que foi criado para o cliente. Isso é parte da missão da Logística que está relacionada à satisfação das necessidades dos clientes internos e externos, viabilizando operações relevantes de Produção e Marketing, minimizando tempo e custos, dadas as condições de cada elo da cadeia de suprimentos, tornando a Logística uma estratégica nas empresas (FARIA e COSTA, 2005). 
Para Novaes (2001), todos os elementos do processo logístico devem ter foco na satisfação das necessidades e preferências dos consumidores nais. Por isso, todos os processos que integram a cadeia logística devem conhecer as necessidades dos clientes internos (departamentos e setores) e clientes externos (integrantes da cadeia) durante todo o processo, gerando uxos que sejam ágeis, conáveis e rápidos, e que tenham custos reduzidos, trazendo competitividade para cadeia. 
Resumindo, a Logística atual visa:
Prazos previamente acertados e cumpridos ao logo da Cadeia de Suprimento; Integração efetiva entre todos os setores da organização; 
Integração efetiva e estreita com fornecedores e clientes; 
Busca da otimização global, trazendo racionalização e redução de custos por toda a Cadeia e Suprimentos; 
Satisfação total do cliente, mantendo o nível de serviço preestabelecido e adequado. 
Ching (1999) identica como principais missões da Logística: 
· Fornecer a quantidade desejada dos serviços ao cliente, com o objetivo de alcançar custosbaixos e competitivos. 
· Proporcionar condições para que se movimentem de maneira rápida e ecaz. 
· Contribuir para a gestão comercial da organização, através da conabilidade e ecácia da movimentação dos materiais, bem como nos prazos e metas de atendimento aos pedidos feitos pelos clientes.
Supply chain management AUTORIA 
Sabemos que todo processo de elaboração de um produto não existe isoladamente. Por exemplo, quando você compra uma resma de sulte, sabe que sem uma sequência de atividades para produzir e disponibilizar aquele papel na loja em que você o adquiriu isso não seria possível. O processo se inicia com o corte de uma árvore, o processamento da madeira, e como produto nal a celulose. A operação segue com a fabricação do papel, a embalagem em resmas e o transporte até os distribuidores, que venderão esse produto para os varejistas, que por m venderá a resma a você. Esse processo todo que envolve o produto desde o início até o consumidor final é o que chamamos de Gestão da Cadeia de Suprimentos, ou também conhecida como Suplly Chain Management (SCM) (PLATT, 2010). 
A competitividade dos mercados devido a fatores como inovações na tecnologia de informação que têm trazido muitos avanços principalmente no comércio eletrônico, além do aumento das exigências dos clientes e consumidores por produtos e serviços cada vez mais customizados tem feito com que as empresas mudem seu foco para o que realmente precisa fazer para agradar seu consumidor final. 
Para que isso acontecesse, foi necessário que as empresas mudassem seus sistemas e seus conceitos de produção, deixando de ser responsável por várias das atividades necessárias para elaborar o produto. Surge a necessidade de abertura, exigindo um melhor relacionamento da empresa com as demais empresas envolvidas no processo, como fornecedores, transportadores e distribuidores. As informações precisam ser rápidas para que todas as empresas envolvidas consigam planejar e executar as operações de forma sincronizada e atendendo às necessidades de qualidade e características do produto, volume e prazo (BOWERSOX, CLOSS E COOPER, 2007). 
A gestão da cadeia de abastecimentos engloba o conjunto de processos que são necessários para obter materiais, agregar-lhes valor de acordo com a concepção dos clientes e consumidores e disponibilizar os produtos para o lugar (onde) e para a data (quando) os clientes e consumidores desejarem. Apesar de ser um processo bastante extenso, a cadeia apresenta modelos que variam de acordo com as características do negócio, do produto e das estratégias adotadas pelas empresas para que o produto chegue até as mãos dos clientes e consumidores (BERTAGLIA, 2016). 
Faria e Costa (2005) diz que a Cadeia de Suprimentos é constituída pelo conjunto de organizações que mantêm relações mutuas do inicio ao nal da cadeia logística, criando valor aos produtos e serviços, começando no fornecedor e indo até o consumidor nal. Este conceito é ligado a um conjunto de uxos físicos e de informações entre uma empresa e seus parceiros (fornecedores e clientes) que é gerenciado sob o princípio da busca e sustentação da vantagem competitiva pelas organizações envolvidas. 
Na Cadeia de Suprimentos, os parceiros atuam de forma estratégica buscando sempre os melhores resultados econômicos, reduzindo custos e agregando valores para o consumidor nal. A Logística na Cadeia de Suprimentos é a ligação entre seus membros (COSTA e FARIA, 2005).
Podemos dizer que o conceito sofreu evoluções muito importantes durante os últimos anos. A cadeia de abastecimento apresenta uma visão mais ampla do que se conhece como cadeia logística, é mais limitada à obtenção e movimento de materiais e à distribuição física do produto (BERTAGLIA, 2016). 
Para Christopher (2007 apud PLATT, 2007), diz que a Cadeia de Suprimentos se constituiu de uma rede de organizações e processos que criam valor na forma de produtos e serviços que são entregues aos usuários nais. As organizações dependem uma das outra, seja na venda ou compra de bens, serviços ou informações. 
Alguns pontos são importantes de serem ressaltados: 
As matérias (matérias-primas, produtos ou documentos) existem em qualquer organização, seja ela indústria, prestadora de serviço ou comercio. Agregar valor aos produtos para atender às exigências dos clientes, tende a ser um desperdício todas as atividades que não são percebidas pelo cliente como importantes. 
A conectividade entre as empresas, formando redes de informação, materiais e serviços. 
Com os conceitos apresentados até agora, podemos perceber que o valor entregue aos clientes é resultado da sinergia entre os participantes de todo processo, levando em conta o fluxo de informações, produtos, serviços, recursos nanceiros e conhecimento. Além disso, esse processo conecta a empresas aos fornecedores, distribuidores e clientes, sendo necessário que todo esse processo seja alinhado e administrado desde o início ao ponto nal (PLATT, 2010). 
Começamos a viver a era da otimização da cadeia de abastecimento aliada à gestão de relacionamento com o cliente (CRM, que vem do inglês Customer Relationship Managemente), e as empresas que não se atentarem a estas iniciativas terão muitas diculdades para sobreviver no mercado (BERTAGLIA, 2016).
SAIBA MAIS 
Área da Administração dedicada em organizar os processos de produção da empresa, a Logística empresarial propõe caminhos para melhorar a operação de produção da empresa, de maneira que aumente a eciência do trabalho feito e consequentemente a demanda e a oferta do produto. Responsável por quatro funções básicas do processo de produção: as de aquisição, movimentação, armazenamento e entrega de produtos, ajudando as empresas a terem maior eciência na sua produção, além de ser uma forma de destacar a atividade da empresa no mercado competitivo e inuenciando diretamente no processo de cadeia de suprimentos de um produto (supply chain) (COSTA e FARIA, 2005).
Grandes organizações procuram ter maior visibilidade e reduzir tempo e custo ao longo da cadeia de abastecimento para obter resposta mais efetiva às necessidades do consumidor. Por isso, novas medidas precisam ser empregadas para atender às expectativas dos clientes. Processos internos e externos devem ser amplamente estudados, visto que cada passo dado no processo pode signicar custo adicional ou atraso em potencial, trazendo resultados que não agregam valor algum. Os canais de distribuição e os fornecedores precisam ser monitorados e medidas de desempenho devem ser implantadas para o sucesso do processo como um todo, assim como medidas voltadas também para as operações de manufatura. Porém, essas medidas citadas não podem ser realizadas de forma isolada, mas integradas com os procedimentos nanceiros, a gestão de clientes e os processos internos da organização (BERTAGLIA, 2016). 
O objetivo da cadeia de abastecimento é possibilitar que os produtos certos, na quantidade certa, estejam nos pontos de venda no momento certo, com o menor custo possível. Esta expressão “estar em todos os lugares com produtos acessíveis para todos os consumidores”, devem ser analisadas com cuidado, pois estar em todos os lugares pode signicar um aumento no custo logístico se comparado a um baixo volume de vendas. É preciso uma análise para ponderar as vantagens e desvantagens de se estar em todos lugares (BERTAGLIA, 2016). 
Quando as empresas optam por esse modelo de Cadeia de Suprimentos elas devem levar em consideração (PLATT, 2010): 
O objetivo da cadeia de abastecimento é possibilitar que os produtos certos, na quantidade certa, estejam nos pontos de venda no momento certo, com o menor custo possível. Esta expressão “estar em todos os lugares com produtos acessíveis 
para todos os consumidores”, devem ser analisadas com cuidado, pois estar em todos os lugares pode signicar um aumento no custo logístico se comparado a um baixo volume de vendas. É preciso uma análise para ponderar as vantagens e desvantagens de se estar em todos lugares (BERTAGLIA, 2016). 
Quando as empresas optam por esse modelo deCadeia de Suprimentos elas devem levar em consideração (PLATT, 2010): 
Mercado: atividades consideradas de baixo valor agregado pelo consumidor nal devem ser terceirizadas. 
Operações: com a terceirização das atividades, a organização deve concentrar seus esforços em integrar suas operações, tendo em vista a ampliação de oferecer novos produtos e diluir seus custos logísticos com pedidos, estoques, armazenagem e transporte. 
Empresa: deve direcionar seus recursos para suas atividades chave e agir com seu sistema logístico buscando eficiência em um conjunto de indicadores de desempenho pré-estabelecidos. 
Benefícios da Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Os autores Ching (1999), Ballou (2006) e Novaes (2001), citam seis grupos de benefícios que são agregados às empresas com a implantação da Gestão da Cadeia de Suprimentos. 
Redução de custos: o alinhamento dos planos estratégicos das organizações envolvidas permite que os esforços sejam compartilhados buscando minimização de custos de ser processos, algo que seria difícil se fosse feito de forma isolada. 
Possibilidade de oferecer fornecimento global: a integração na cadeia, com base na confiança, responsabilidade, riscos e recompensas traz segurança para ampliar as operações em novas oportunidades. 
Agregar valor ao cliente: a cadeia gerenciada de forma coesa e integrada permite oferecer garantias do produto e prazos de entregas acordados. Customização e velocidade do atendimento: a orientação pelo mercado possibilita à cadeia a exigibilidade para se ajustar às variações da demanda, se adaptando rapidamente às exigências do cliente. 
Informações compartilhadas: a integração permite estabelecer um sistema que a informação fluua entre o cliente final e os demais integrantes da Cadeia, acelerando as decisões e a velocidade de resposta às solicitações dos processos e do mercado. 
Oferta de níveis de serviço diferenciados: com uma Cadeia sincronizada e ágil é possível processar e montar pedidos de forma mais rápida e consistente,
possibilitando disponibilizar entregas pontuais e variadas aos clientes. 
Desta forma podemos observar que gerir a cadeia de suprimentos é a forma mais adequada de atingir os objetivos da Logística Empresarial, pois possibilita um controle sobre todas as partes do processo de obtenção e fluxo de materiais, processo de armazenagem e produção, estocagem do produto acabado e distribuição até o consumidor final. 
Implantação da Gestão da Cadeia de Suprimentos 
Existem vários benefícios que resultam de uma gestão e operação integrada de um conjunto de empresas organizadas em uma Cadeia de Suprimentos. Antes de iniciar o processo, as empresas precisam compreender o que caracterizará esse novo tipo de aliança entre elas (PLATT, 2010). 
Complexidade logística: além da estruturação e sincronização dos fluxos de materiais, serviços, informações e financeiros entre as empresas, é preciso lidar com as diferenças culturais e seus diferentes modelos de gestão. Combinação de atividades: focando nas atividades que realiza melhor, as empresas envolvidas podem atingir níveis de competitividade mais alto somando seus esforços, trazendo ganhos na qualidade do produto, tempo e custos. 
Integração: tanto dentro da organização como com os demais envolvidos, incluindo sistemas de informação e custeio conectados e transparentes, trazendo agilidade, no processo decisório e operacional. 
Flexibilidade: refere-se às condições de fornecer respostas ágeis e velozes às variações do mercado e às utuações de demanda. 
Mesmo sendo muitas as vantagens de uma gestão e operação integrada entre as empresas, existem barreiras que dicultam a implementação das práticas, pois exigem que elas quebrem barreiras organizacionais, muitas vezes o gerenciamento de funções que acabam travando processos que são fundamentais para que os processos sejam ecientes. Além disso, os hábitos, valores e costumes das pessoas podem comprometer iniciativas de integração da Cadeia. Pode ocorrer também problemas nos relacionamentos entre os fornecedores, pois enquanto não haver uma integração total não é possível o funcionamento da Cadeia. Pode acontecer também dificuldade de encontrar bons parceiros ou até mesmo ausência de critérios definidos para determinar quais são os mais indicados. 
Estrutura Da Cadeia De Suprimentos
Para se montar uma estrutura de Cadeia de Suprimentos, inicialmente deve-se identificar os integrantes da Cadeia. Em seguida, precisa verificar quais são as organizações que participam diretamente do processo de comercialização. As organizações devem ser dividas em primárias e secundárias para que seja possível identicar onde estão as atividades chaves. Organizações primárias são responsáveis pelas atividades operativas, que transformam recursos de entrada em recursos com valor agregado para o cliente final. Organizações secundárias fornecem para as organizações primárias, conhecimento, serviços e recursos. Sendo que algumas organizações desempenham as duas funções, dentro da cadeia de suprimentos (AZEVEDO, 2002). 
No Gerenciamento da Cadeia de Suprimento, temos os componentes que se constituem nas variáveis de gestão e que são classificados em dois tipos, componentes físicos e técnicos: são mais visíveis, tangíveis, mensuráveis e possíveis de serem trocados, como estrutura de comunicação, informação e uxo de materiais etc., e componentes e gestão e comportamento: que são menos tangíveis, visíveis, mensuráveis e compreendidos, podendo ser os que mais dificultam o processo de implementação de uma cadeia, como estruturas de poder e liderança (NOVAES, 2001). 
Ainda segundo Novaes (2001), a estrutura pode ser vertical em relação aos níveis no processo de transformação e transporte ao longo da Cadeia, e horizontal, que aponta a quantidade de fornecedores ou clientes em cada nível da Cadeia, podendo ser curta (com poucas empresas em cada nível) ou larga (com muitas empresas em cada nível).
Unidade 2 
Logística e canal de distribuição 
Introdução 
Caro (a) aluno (a), a cadeia de suprimentos aqui estudada nos permitirá entender que esta corrente formada ao longo de todo o segmento, quando bem integrada, oferece um diferencial competitivo às empresas, fazendo com que elas se destaquem no mercado globalizado. Bom, esta integração se dá pelos acordos comerciais e alinhamentos de interesses e estratégias, passando a ser objetivo de toda a cadeia a satisfação plena do cliente final. 
Uma vez alinhado esse processo, para que ele aconteça de forma a garantir o objetivo de toda a cadeia, surge a Logística, como forma de garantir que tudo se movimente dentro desta cadeia, do ponto de origem até o ponto de destino, podendo ser materiais, insumos, produtos em processo, produtos acabados e informações. 
Essa é a finalidade da Logística suprir as necessidades dentro da cadeia de suprimentos, na hora certa, na quantidade certa, na qualidade certa, ao menor custo possível, garantido o fluxo contínuo. A essa integração no Brasil se deu o nome de Cadeia Logística. 
Convido você agora a se aprofundar nesse mundo da Logística e dar mais um passo na busca de sua compreensão e no entendimento de sua abrangência. 
Cadeia logística 
Falamos até aqui da cadeia de suprimentos ou Suplly Chain Management, nosso estudo nos permite agora entendermos que o alinhamento de fornecedores, empresa e cliente, trará total satisfação e sucesso ao empreendimento. Alinhar através de estratégias comerciais todos os elos da cadeia, ajustando qualidade, confiabilidade, velocidade e redução de custos, garantirá que a parceria seja efetiva. A função da Logística dentro desta cadeia, de acordo com seu conceito, é o planejamento, implementação e o controle, do fluxo e armazenagem de materiais e informações, de forma econômica, eficiente e efetiva, satisfazendo as necessidades e preferências dos clientes, do ponto de origem até o ponto de destino (NOVAES, 2001). 
Podemos dizer então que a Logística é a grande responsável por fazer algo chegar ao lugar certo na hora certa, podendo ser informações, materiais ou até mesmoa movimentação financeira, caracterizando assim o fluxo logístico dentro da cadeia de suprimentos, conforme gura 1. 
Figura 1 -Fluxo Logístico 
Fonte: Novaes (2001, p. 38) 
Essa integração do Suplly Chain Management ou cadeia de suprimentos com a logística resultou no que chamamos no Brasil de Cadeia Logística. Dentro da Cadeia Logística temos a Logística com missão de integrar os processos que vincula a empresa a seus clientes e fornecedores, criando assim um novo termo chamado de Logística Integrada. A Logística Integrada recebe as informações dos clientes e as distribuem para que a empresa possa organizar suas atividades em forma de
vendas, previsões e pedidos, assim gerando suas necessidades de compras e de produção, agregando valor aos materiais pelo processo de produção que é finalizado com a transferência do produto acabado aos clientes. Temos aqui dois processos inter-relacionados, que caracterizam bem claramente a Logística Integrada: Fluxo de materiais e Fluxo de informações (BOWERSOX e CLOSS, 2001). 
Figura 2 - Integração Logística 
Fonte: Bowersox e Closs (2001, p. 44) 
O fluxo de materiais está relacionado ao gerenciamento da Logística em relação à movimentação e armazenagem de materiais e produtos acabados, inicia com a expedição inicial de um material ou componente por um fornecedor e termina com a entrega do produto pronto ao cliente, já o fluxo de informações tem por finalidade a identificação de algum tipo de necessidade dentro da Cadeia Logística que precise ser atendida (BOWERSOX e CLOSS, 2001). 
Segundo Farias e Costa, (2005), com uma melhor forma de gerir dentro da Cadeia Logística esses uxos de materiais e informações, a Logística Integrada que é um macroprocesso, se divide em três processos básicos, sendo eles: Logística de Suprimentos, Logística Interna e Logística de Distribuição.
Logística de suprimentos AUTORIA 
Carlos Lázaro Sanches
A Logística de suprimentos é um conjunto de atividades operacionais que englobam atividades como o transporte, a movimentação, a estocagem e o uxo de informações, e que se repetem várias vezes ao longo do canal pelo qual as matérias primas vão sendo transformadas em produto acabado, aos quais se agrega valor ao consumidor. Uma vez que as fontes de matérias primas, fábricas, locais de venda em geral não possuem a mesma localização e o canal representa uma sequência de etapas de produção, as atividades logísticas podem ser repetidas várias vezes até o produto chegar ao mercado (BALLOU, 2006). 
Por isso, as atividades logísticas se repetem à medida que os produtos usados são transformados. Uma única empresa não tem condições de controlar integralmente seu uxo de produtos da fonte de matéria prima até os pontos de consumo. Desta forma a logística empresarial tem em cada empresa, um controle esperando o máximo de gerenciamento sobre os canais físicos imediato de suprimentos e distribuição, como se mostra na gura 3. Figura 3 - Canais Físicos de Suprimento e Distribuição 
Fonte: Ballou, 2006
Canal físico de suprimentos se refere à lacuna em tempo e espaço entre as fontes de materiais imediatas da empresa e seus pontos de processamento. Já o canal físico de distribuição se refere à lacuna de tempo e espaço entre os pontos de processamento da empresa e seus respectivos clientes (BALLOU, 2006). 
Segundo Bowersox e Closs, (2001), a logística de suprimentos é a área que trata dos uxos de matéria-prima e de produtos para a organização, sendo seu objetivo satisfazer às necessidades de materiais da operação. Uma boa administração da logística de suprimentos signica coordenar os movimentos dos suprimentos com as exigências da operação. 
O termo logística de suprimentos representa produtos ou suprimentos que se deslocam ao longo da seguinte cadeia: 
1. Fornecedores 
2. Fabricantes 
3. Distribuidores 
4. Lojistas
5. Clientes
A logística de suprimentos engloba todos os estágios envolvidos, de forma direta ou indiretamente, no atendimento de um pedido de um cliente, se inicia com o pedido de um cliente e termina quando o cliente satisfeito paga pela compra. 
Observemos aqui que a Logística de Suprimentos não é responsável pelas negociações com os fornecedores, pois essa operação é resultante do processo de compras, mas sim por todo o uxo de informações, que gera a necessidade de compras, porém, a partir da compra da matéria prima ou insumo, se torna responsável pelo transporte, armazenagem e movimentação desta matéria prima ou insumo ao longo do processo produtivo e também pelo produto acabado (FARIA e COSTA, 2005). 
Alguns conceitos que são empregados na logística de suprimentos são a matéria prima e o insumo. Matéria prima é todo o material que sofre alguma transformação, ou seja, o material que precisa ser transformado para que o produto seja produzido. Por exemplo, o algodão, que se transforma em o e depois vira alguma peça de roupa. A matéria prima é o principal componente utilizado na fabricação dos produtos. Já o insumo é o tipo de material, máquina ou equipamento que vai servir como suporte para que o produto nal seja feito, (BALLOU, 2006). 
Os suprimentos de matéria prima e insumo são aplicados na maioria das cadeias, seja indústria de alimentos, automobilística e outras. A aquisição dos materiais funciona basicamente no planejamento de diferentes cenários antes mesmo do pedido da matéria prima ser feito. Avaliar os fornecedores na interação de serviços de compra, planejamento na previsão do tempo até a chegada do pedido e também da demanda dos materiais, ou seja, fazer uma análise sistêmica no pedido dos materiais que serão necessários (BERTAGLIA, 2016). 
Algumas empresas utilizam o conceito just in time (produto certo, na quantidade certa e na hora da certa) como estratégia de aquisição de materiais e insumos, garantindo assim menores estoques, menores investimentos no processo de compra e armazenagem (BALLOU, 2006). 
Na gura 4, podemos entender melhor o processo: 
Figura 4 - Fluxo dos materiais/produtos na Logística de Suprimentos 
Fonte: Adaptado de Ballou, (2006). 
Entrada: O suprimento entra na cadeia como matéria prima ou insumo. 
Processo: Ocorre o início da produção e pelo processo produtivo com uso do insumo e da matéria prima se obtém o produto acabado. 
Saída: a fase final do processo é a entrega ao consumidor, ou seja, a resposta da promessa da entrega referente ao valor pago pelo produto solicitado. 
Feedback: É o retorno sobre a satisfação do cliente em relação ao produto adquirido. 
A Importância da Logística de 
Suprimentos 
A logística trata da criação de valor – valor este para os clientes e fornecedores da empresa, e valor para aqueles que têm interesses direto nela. Esse valor é manifestado primariamente em termos de tempo e lugar. Produtos e serviços não têm valor, a menos que estejam em poder dos seus clientes quando e onde eles pretendem consumi-los. Podemos citar como exemplo, os bares que servem bebidas e lanches em estádios de esportes. Eles não terão valor algum aos consumidores se
não forem de fácil acesso para este público, em eventos esportivos e artísticos, e possuam estoques correspondentes às demandas característica nestas ocasiões (BALLOU. 2006). 
Uma boa administração logística entende que cada atividade na cadeia de suprimentos como contribuinte do processo de agregação do valor. Quando se pode agregar pouco valor, se torna questionável a existência de determinada atividade. Porém, agrega-se valor quando o consumidor está disposto a pagar, por um produto ou serviço, mais que o custo de colocá-lo ao alcance deles. Por isso, a logística vem se transformando num processo cada vez mais importante de agregação de valor (CHRISTOPHER, 2007). 
As empresas gastam bastante tempo buscando formas de diferenciar suas ofertas de produtos em relação aos produtos da concorrência. Quando a administração reconhece que a Logística de suprimentos afeta uma signicativa parcela dos custos da empresa e que o resultado das decisões tomadas quanto aos processos da cadeia de suprimentos proporciona diferentes níveis de serviçosao cliente, atinge uma condição de entrar de maneira ecaz em novos mercados, aumentar sua fatia do mercado e aumentar novos lucros. Uma boa gestão da cadeia de suprimentos pode gerar vendas e não apenas somente reduzir custos (BALLOU, 2006). 
Qualquer produto ou serviço perde quase todo seu valor quando não está no alcance dos clientes no momento e lugar adequado ao seu consumo. Quando a empresa submete-se aos custos para levar ao cliente um produto antes indisponível ou de tornar-se um estoque disponível no tempo certo, cria para o cliente valor que antes não existia (BERTAGLIA, 2003). 
A atividade empresarial cria quatro tipos de valor em produtos ou serviços: forma, tempo, lugar e posse. Dos quatro valores, dois são criados pela logística. A produção cria o valor de forma à medida que transforma insumos em resultados, ou seja, matérias primas convertidas em produtos acabados. A logística controla os valores de tempo e lugar, por meio de transporte, uxos de informação e do estoque. O valor de posse é de responsabilidade do marketing, engenharia e nanças, é criado ao induzir os clientes a adquirir o produto por meio de mecanismos como publicidade, suporte técnico e condições de venda. Como o gerenciamento da cadeia de suprimentos já engloba a produção, três desses quatro valores podem ser considerados de responsabilidade do gerente de Logística de Suprimentos (BALLOU, 2006). 
Podemos entender que a Logística de Suprimentos está presente dentro de toda a Cadeia de Suprimentos, que tem como nalidade que o produto certo esteja na hora certa disponível ao cliente. Desta forma, para um melhor desempenho da Logística Integrada, com ganhos de valores e foco de eciência, ela se integra a Logística Interna e a Logística de Distribuição que garantem um melhor uxo de suprimentos dentro da Cadeia de Suprimentos. Sendo assim a Logística de Suprimentos assume a função de abastecimento, englobando as atividades realizadas para colocar os materiais e insumos disponíveis à produção ou a distribuição (FARIA e COSTA, 2005).
Serviço em logística é aquilo que agrega valor ao produto, porém, somente agrega valor se o produto estiver disponível ao usuário na hora e lugar onde é demandado. Essa relação “utilidade de tempo e lugar” que faz com que o cliente perceba o nível de serviço ofertado, porém, quanto mais serviços são ofertados ao consumidor, maiores serão os custos, então encontrar o equilíbrio é o grande desafio (LAMBERT, STOCK e VANTINE, 1998).
Logística interna 
Logística interna envolve todas as atividades realizadas no suporte logístico à produção, envolvendo todo o uxo de materiais e componentes na manufatura dos produtos em processo, até a entrega dos produtos acabados para a Logística de Distribuição. A logística interna também é denida como atividades associadas ao recebimento, ao armazenamento, controle de estoque, programação de frota, veículos e devolução para os fornecedores (FARIA e COSTA, 2005). 
Segundo Porter (1989, p. 36) as principais características da logística interna são: 
Atendimento aos funcionários: a logística interna é responsável pelo atendimento dos recursos materiais utilizados dentro da organização; Otimização das tarefas: a logística interna permite que haja redução no tempo entre as tarefas desenvolvidas pelos funcionários da empresa eliminando espaços e entrega na quantidade correta; 
Interação dos demais setores da organização: quando existe necessidade do levantamento de recursos materiais utilizados em cada um dos setores da organização, propiciando dentro dos limites a padronização destes recursos, a logística interna aproxima os setores e discute a aplicação e o uso dos produtos deles na execução das tarefas. 
Figura 5 -Funções da Logística Interna Fonte: Moura (1998, p.10). 
De acordo com os planejamentos de produção, esses materiais são manuseados e movimentados para o abastecimento das linhas de produção ou de montagem. Como exemplo de montagem, podemos citar o motor de um caminhão ou a
entrega de subconjuntos como painel de um carro à linha de produção de uma indústria automobilística, envolvendo processos de armazenagem, transportes e movimentação interna (FARIA e COSTA, 2005). 
Podemos entender que uma vez recebido os materiais e insumos pelo setor de recebimento da empresa, fruto de uma ação da Logística de Suprimentos, é de verda Logística Interna, conferir, inspecionar a qualidade, armazenar e garantir o fuxo destes materiais e insumos, além de todas as atividades de suporte logístico, com anualidade de que o planejamento de produção elaborado pela empresa seja executado, finalizando suas atividades na entrega do produto pronto para a Logística de Distribuição (BOWERSOX e CLOSS, 2001). 
Logística de distribuição d
A Distribuição é um processo que costuma estar associado ao movimento do produto de um ponto de produção ou armazenagem até o cliente. Estas atividades abrangem as funções de gestão de controle de estoque, manuseio de materiais ou produtos acabados, transporte, armazenagem, administração de pedidos, analises de locais e redes de distribuição e outros. O retorno de produtos em bom ou mau estado também faz parte desse processo (BERTAGLIA, 2016). 
A Distribuição é uma parte do composto de marketing (produto, preço, promoção e distribuição), e que através da armazenagem e transporte procura uma forma estratégica de agregar valor ao cliente. A Logística de Distribuição é bastante signicativa nas empresas comerciais e industriais e tem seu processo inicial com a armazenagem, pois recebe e faz a estocagem dos produtos acabados oriundos da fábrica, como também as embalagens adquiridas de terceiros (FARIA e COSTA, 2005). 
Quando é feita uma venda, se inicia a primeira fase do processamento do pedido, ainda na área de vendas/marketing, que recebe a solicitação do pedido e o integra em uma sistema de informação utilizado, onde é possível vericar o estoque disponível e o crédito do cliente. Caso o produto não esteja disponível no estoque, o sistema de informação realiza a programação da produção, para que a empresa possa suprir a falta do produto (BOWERSOX e CLOSS, 2001). 
Após efetuado o pedido, o sistema logístico de distribuição é acionado, no momento em que a informação é transferida à armazenagem. Com isso, se inicia a segunda fase do processo do pedido, envolvendo atividades como: emissão das etiquetas de identicação do cliente e código de barras dos itens a serem separada, separação, conferência, embalagem, emissão do conhecimento de frete, faturamento, consolidação de carga e expedição (FARIA e COSTA, 2005). 
Concluída a segunda etapa, damos início à terceira fase do processamento do pedido, executada pelo transporte, que engloba as atividades a seguir para seu cumprimento: carregamento dos produtos, trânsito até o centro de distribuição regional, desconsolidação da carga, transferência croos docking (lojas que são supridas por armazéns centrais, que agem como coordenadores no processo de suprimentos) para transporte e entrega do pedido ao cliente. Assim, encerra-se o ciclo do processamento do pedido, e também as atividades da Logística de Distribuição (FARIA e COSTA, 2005). 
O processo de distribuição tem sido foco permanente das organizações, visto que seus custos são elevados e as oportunidades são muitas. São discutidos modelos de distribuição para se obter vantagem competitiva e colocar os produtos, principalmente bens de consumo, ao alcance dos clientes. As características de distribuição apresentadas por setores como de bebidas e sorvetes, possuem custo alto devido a quantidade e dispersão dos pontos de vendas, somando-se ainda o fato de que características de temperaturas precisam ser relevadas, principalmente para sorvetes ou outros produtos congelados (BERTAGLIA, 2016).
Falando em nível de Brasil, tem-se observado grande evolução no aspecto de distribuição com empresas muito prossionais, tanto na armazenagem como no transporte. Porém, nossa infraestrutura para transporte e distribuição continua ainda centralizada em rodovias, e por isso aumentaos custos de transporte pela necessidade de se procurar meios alternativos e combinados para efetuar a distribuição dos produtos por via marítima, rodoviária, ferroviária e aérea (BERTAGLIA, 2016). 
Surgi aqui a gura do Operador Logístico, empresas terceirizadas que buscam tornar parte do processo Logístico mais ecaz para as empresas, levando em conta que o negócio da empresa não é transporte e armazenagem, mas sim agregar valor a sua marca. Estes operadores logísticos, para serem caracterizados assim, precisam oferecer no mínimo três serviços: armazenagem, controle de estoques e transportes. Muitas empresas já terceirizam todo o seu processo logístico para operadores logístico, como o caso do MC Donald’s, que se utiliza da empresa Martin-Brower. 
A Martin-Brower é responsável pela Gestão de compras e estoques, atendimento aos restaurantes, armazenagem, distribuição e transporte, transferências a outros centros de distribuição no país, gestão nanceira da cadeia, planejamento logístico, planejamento scal, serviço de campo e coordenação das operações de abastecimento na cadeia. Para efetuar essas operações, a Martin-Brower, além da estrutura de armazenagem, possui uma frota exclusiva de veículos com palm-tops para fornecer informações sobre a entrega, e uma equipe própria para essa operação, contando com todo um sistema integrado com fornecedores, gerenciando a operação de entrega. Todos os pedidos dos restaurantes são recebidos, processados e automaticamente alimentam o sistema interno da empresa para o abastecimento e a distribuição física aos restaurantes, além de gerar todas as informações necessárias para fornecedores, históricos de vendas, estatísticas e apoio a marketing. 
Leia mais em: https://logisticaconcreta.blogspot.com/2016/11/a-logistica-do mcdonalds.html. 
Canal de distribuição 
Para falarmos em canal de distribuição vamos entender primeiro que distribuição física é o ramo da logística empresarial que trata da movimentação, estocagem e processamento de pedidos dos produtos nais da empresa. É de grande relevância, pois seus custos representam 2/3 dos custos totais logísticos. Isto decorre das atividades exercidas na distribuição, que, em linhas gerais, tem a sua principal função de garantir a disponibilidade dos produtos nais aos clientes (BALLOU, 1993). 
Segundo Bertaglia, (2003), a distribuição física se resume a três atividades principais: recebimento, armazenagem e expedição. Sendo assim a vantagem competitiva de uma empresa pode estar, em como ela faz para que seu produto chegue de forma mais rápida, com o menor custo e com a melhor qualidade até o consumidor nal. 
Desta forma, a distribuição física está relacionada diretamente com a eciência do transporte desenvolvido por esta empresa, que é uma atividade que não agrega valor ao produto, mais que vai retirar do preço de venda uma boa parcela como despesa, porém, contribui de forma a não diminuir o valor já agregado, disponibilizando o produto na hora certa, na qualidade certa e preservando sua integridade (VIANA, 2000). 
Convém destacar que o que traz ao cliente satisfação, não são os custos envolvidos, que precisam ser gerenciados para oferecer um preço aceitável pelo mercado, mas sim os níveis de serviços ofertados, esses são percebidos pelo cliente. Níveis de serviços em relação à disponibilidade do produto, qualidade preservada, apresentação do produto, assistência técnica e serviços de atendimentos ao consumidor. O nível de serviço ofertado ao cliente é o resultado do sistema logístico desenvolvido pela empresa (LAMBERT e STOCK, 1993). 
Para Viana (2000) a escolha da modalidade do transporte varia em função de diversos fatores, tais como: 
Tempo - que varia simplesmente pelas características de cada transporte. Custo - cada modalidade tem o seu próprio componente de custos, o qual implicará no valor do frete. 
Manuseio - cada transporte possui suas operações de carga e descarga e a embalagem pode facilitar o manuseio e reduzir perdas. 
Rotas de viagem - cada modalidade de transportes possui um número maior ou menor de viagens, a empresa pode mesclar o tipo de transporte sempre que necessário. 
Sendo o transporte uma das funções mais importantes do nível de serviço logístico, pois este tem a nalidade de garantir o uxo de bens entre a origem o destino da Cadeia Logística, a eciência do transporte dependerá da escolha certa do modal de transporte. Modal de transporte é a modalidade escolhida para que o produto chegue do ponto de origem ao ponto de destino, e muitas vezes, se fará necessário à integração de modais para que essa nalidade seja atendida (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2007).
Os modais de transportes segundo Platt (2010) são destacados da seguinte forma: 
Rodoviário: Modal de alta exibilidade, pois oferece o serviço porta a porta, porém com capacidade limitada de carga de acordo com a lotação do caminhão, recomendado para distâncias médias de 300 quilômetros. Apresenta custo elevado, pois precisa de motorista para cada veículo, além do alto consumo de combustível, sendo que a má conservação das estradas provoca maior desgaste e consequentemente maior manutenção. Em geral atende todo o tipo de mercadorias. 
Hidroviário: Podendo ser classicado em: uvial que é o transporte feito em rios, Lacustre que é o transporte feito em lagos e Marítimo que é o transporte feito pelo mar, podendo ser de Cabotagem feito entre portos de um mesmo país, ou internacional feito entre portos de países diferentes. De custo bem mais baixo do que as outras modalidades, porém, com baixa velocidade e dependente de integração com outras modalidades de transportes, pois o navio só chega ao porto e precisa de uma integração para que sua carga chegue ao destino nal. Sua capacidade de transporte é bem grande e pode se usar o tempo de transporte como uma forma de armazenagem em trânsito. 
Aéreo: Limitação de carga e custo alto caracteriza este modal, porém, para cargas urgentes ou produtos com alto valor agregado é muito indicado, pois apresenta uma signicante redução no tempo de transporte. Tendo como limitação os aeroportos precisa de integração de outros modais, quase sempre o rodoviário para que a carga chegue ao seu destino nal. Esta modalidade reduz o tempo de armazenagem e administração de estoques. 
Ferroviário: Não é um modal com muita agilidade, porém, garante custos bem menores que o rodoviário, além de uma concentração de carga muito grande, ótimo para transportes de longa distância e grandes quantidades, mas também depende de integração com outros modais, como o hidroviário e rodoviário. 
Dutoviário: Pode ser usado para transportes de grãos, líquidos e gases, funcionam 24 horas por dia e nos sete dias da semana. Caracteriza-se por um custo alto de construção e manutenção, porém depois de construídos não sofrem interrupções por fatores climáticos, e apresentam índices muitos baixos de perdas e danos aos produtos. 
Conforme a gura 6 a matriz de transportes de cargas no Brasil se apresenta da seguinte forma:
Figura 6 - Matriz de Transporte de cargas no Brasil 
Fonte: Disponível aqui Acesso em 24 de maior de 2019.
Nota-se que no Brasil temos a predominância do modal de transporte rodoviário, o que não contribui para que nossos custos de transportes caiam, tornando nossos produtos mais atrativos no mercado externo. A falta de investimentos nos modais ferroviários e hidroviários faz com que estas opções, mesmo sendo mais baratas, não se tornem uma vantagem de custos de transportes para muitas empresas.
Analisando nossa matriz de transportes de cargas com de outros países de mesmo porte territorial, podemos ver que os investimentos aqui foram na modalidade rodoviária ao passo que nos outros países os investimentos maiores foram na malha ferroviária, será que isso justica os autos custo de transportes que apresentamos?
Conceito de Canal de Distribuição 
Segundo Novaes (2001, p. 108), os canais de distribuição constituem “conjuntos de organizações interdependentes envolvidas no processo de tornar o produto ou serviço disponível para uso ou consumo”,e que a distribuição física de produtos na realidade é denida a partir da escolha dos canais de distribuição referentes a determinado produto. 
Na verdade sabemos que nenhuma empresa consegue isoladamente, colocar seu produto diretamente no ponto de venda, existe dentro deste processo de logística de distribuição, uma integração de várias organizações que tem uma única 
nalidade, a satisfação do cliente nal. Formando uma rede logística de: “armazéns, centros de distribuição, estoque de mercadorias, meios de transporte utilizados, e a estrutura de serviços complementares” (NOVAES, 2001, p.112). 
Tipos de Canais de Distribuição 
Segundo Novaes (2001), com o intuito de fazer com que o produto chegue até o consumidor nal, os canais de distribuição são caracterizados como: verticais, híbridos e múltiplos. 
Os canais verticais: Compreendem um modelo em que a responsabilidade de cada elemento da cadeia de suprimento era vista verticalmente, ou seja, essa estrutura era baseada na transferência de responsabilidades de um canal a outro. 
Na gura 7 podemos vericar como se dá essa transferência de responsabilidade dentro dos canais verticais, ou seja, a responsabilidade vai transferindo de forma vertical para cada componente da cadeia. 
Figura 7 – Fluxo de Canal Vertical
Fonte: Disponível aqui Acesso: 24 de maio de 2019. 
Os canais híbridos: Constituem uma estrutura menos rígida, considerando que algumas funções podem ser realizadas em paralelo por dois ou mais elementos da cadeia. Um problema apresentado neste tipo de canal se refere à duplicidade de atuação em alguns segmentos, como ocorre quando o distribuidor de uma determinada fábrica é também distribuidor de outra. Por ocorrer maior receita de uma fabrica em relação à outra, poderá ocasionar mais atenção à determinada fábrica e, consequentemente, maior comprometimento com aquela. 
Conforme podemos observar na figura 8. 
Figura 8 – Fluxo de Canal Híbrido 
Fonte: Novaes (2004, p. 115).
Os canais múltiplos: Se caracteriza pela utilização de mais de um canal de distribuição referente à cadeia de suprimento, em função dos diversos tipos de consumidor. Por exemplo, existem consumidores que preferem adquirir seus produtos pela internet, outros preferem dirigirem-se as lojas e obter atendimento e informações personalizadas acerca de um determinado produto. Sendo assim, as organizações devem adequar o tipo de canal de distribuição à sua realidade, bem como às suas necessidades de aperfeiçoamento e crescimento no mercado. 
Figura 9 – Fluxo de Canal Múltiplo
Fonte: Novaes (2004). 
A realidade da logística empresarial mostra que não existe o modelo certo, nada é denitivo, porém somente um estudo mais aprofundado pode levar a otimização de como chegar de forma mais eciente ao cliente nal.
Destacam-se também os vários tipos de canais de distribuição denidos por Semenenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012): 
Fabricante\Consumidor Final – É também conhecido como Canal Direto e não há, neste caso, a presença de intermediários. Aqui, o fabricante assume todas as responsabilidades pela qualidade na negociação. Por um lado, existe a vantagem de o fabricante conhecer muito bem seu produto e ter absoluto controle sobre suas atividades de marketing. Por outro lado, a desvantagem consiste em um custo maior por precisar contar com uma força de vendas própria. 
Fabricante\Varejista\Consumidor Final – Esse Canal Indireto é direcionado para fabricantes que trabalham com produtos perecíveis, produtos com demanda sazonal, vestuário, livros e eletrodomésticos. Esse canal proporciona um controle maior do fabricante sobre seus produtos. Por um lado, existem vantagens como esforço de vendas concentrado, eliminação da concorrência entre fabricante e varejista, propaganda e promoção do produto, muito mais acessíveis ao consumidor. Por outro lado, existem desvantagens como responsabilidade pela distribuição física dos produtos, manutenção de estoques e possíveis diculdades no processamento dos pedidos. 
Fabricante\Atacadista\Varejista\Consumidor Final – Este Canal Indireto é ideal para o fabricante que deseja uma grande quantidade de consumidores dispostos em uma grande área geográca. Este canal tem a grande vantagem de forçar os atacadistas e varejistas a trabalharem juntos com o objetivo de proporcionarem, da melhor forma possível, a satisfação do cliente. 
Fabricante\Agente\Atacadista\Varejista\Consumidor Final – Este Canal Indireto é considerado o canal mais longo na cadeia de distribuição. A principal diferença para o canal anterior consiste no fato de que, nesta alternativa, é função do agente intermediar a negociação junto ao atacadista. 
Na figura 10 fica bem claro o conceito de canal direto e indireto.
Figura 10 – Canal Direto e Indireto de Distribuição 
Ainda segundo Semenenik e Bamossy (2009, apud Oliveira, 2012), temos ainda quatro modalidades de distribuição: 
Distribuição Extensiva – Modalidade na qual o fabricante procura distribuir seus produtos pelo maior número de pontos de vendas do mercado. Distribuição Exclusiva – Neste caso, o fabricante concede exclusividade para um intermediário distribuir seus produtos em uma determinada região. Distribuição Seletiva – O fabricante escolhe um determinado número de intermediários, aos quais estabelece a exclusividade de um território, com determinação de cotas de vendas. 
Distribuição Intensiva – Esta modalidade complementa a distribuição extensiva e seletiva, uma vez que, quando necessário, frente a uma campanha promocional, concentra esforços e capital em dados momentos e em certos canais de distribuição. 
Destacamos aqui a importância dos canais de distribuição para o sucesso da empresa, que através de um processo de Benchmarking, deve buscar sistematicamente mensurar e comparar suas atividades, desempenhos, produtos e serviços com os padrões de empresas líderes no mercado e com seus concorrentes, fazendo com que seu foco seja a eciência de atendimentos de seus clientes.
Unidade 3 
Logística reversa e sistemas de informação 
Introdução 
Caro (a) aluno (a) a sustentabilidade nos move, hoje devido à escassez de recursos da natureza, pois cada vez precisamos retirar mais da natureza e devolver o que sobra em forma de resíduos, faz-se necessário, uma regulamentação de como e quem é responsável pela retirada e pela devolução destes recursos. Para isso o Governo Federal criou a Lei 12.305/2010 que trata da Política Nacional de Resíduos Sólidos, obrigado as empresas a criarem seus Programas de Gerenciamentos de Resíduos Sólidos, mencionando que através da Logística Reversa, os fabricantes cam responsáveis em destinar corretamente os resíduos e os produtos que não mais tiverem utilização, pelo consumidor nal, como o caso de lâmpadas, óleos lubricantes e baterias em geral. Temos até um selo chamado de Logística Verde, para as empresas que seguem regras e normas de sustentabilidade. Anal a função da Logística Reversa é muito maior que simplesmente atender as leis e normas, ela é um elo com o consumidor nal dentro da cadeia logística, digo que é o canal de comunicação direto como o consumidor nal, que muitas vezes só a utiliza como forma de devolver um produto com defeito. Com o advento do gerenciamento da informação aliado a Logística Reversa, temos um grande potencial a ser explorado pela empresa, usar esse canal de proximidade com o cliente nal, é ter nas mãos dados deste cliente como preferencias de produtos, hábitos e relacionamentos que podem gerar novos clientes em potencial. 
Bons estudos!
Logística reversa 
Quando pensamos em Logística, temos a ideia do gerenciamento de uxo de produtos do seu ponto de aquisição até o seu ponto de consumo. Porém, existe também o que chamamos de uxo logístico reverso, que vem desde o ponto de consumo até o ponto de origem, e também precisa ser gerenciado. Por exemplo, fábricas de bebidas precisam gerenciar o retorno das embalagens, no caso garrafas, dos pontos de venda até seus centros de distribuição e destes até a fábrica. Empresas siderúrgicas usam insumo de produção, e em grandeparte, a sucata gerada por seus clientes e para isso utilizam centros coletores de carga. As indústrias de latas de alumínio utilizam muita matéria prima reciclada, sendo necessário o desenvolvimento de meios inovadores na coleta das latas descartas (FIGUEIREDO, FLEURY e WANKE, 2006). 
Foi a partir da década de 1980 que o tema, logística reversa, passou a ser mais explorado em ambientes acadêmicos, meios empresariais e públicos. Em alguns relatos históricos, é perceptível que no passado a sociedade já tinha preocupação com a preservação ambiental, mas somente no século XIX o biólogo e zoólogo alemão Ernest Haeckel utilizou o termo ecologia para se referir à ciência das relações entre as espécies vivas e o ambientem em que vivem (PEREIRA et al., 2011). 
Para o autor Stock (1998 apud Pereira et al., 2011) a logística reversa se refere ao papel da logística em gerenciar o retorno dos produtos, redução na fonte, reciclagem, substituir materiais, reforma, reparação e manufatura. 
Muller (2007, apud Pereira et al., 2011), ainda diz que a Logística reversa pode ser classicada apenas como uma versão contrária da Logística que conhecemos. Ela utiliza os mesmos processos que o planejamento da logística convencional. Ambas tratam de nível de serviço e estoque, armazenagem, transporte, uxo de materiais e sistema de informação. 
A Logística reversa pode ser entendida como a área da logística empresarial que é responsável pelo planejamento, operação e controle do uxo e das informações logísticas correspondentes, e pelo retorno dos bens de pós-vendas e de pós-consumo ao ciclo de negócios ou produtivo, através dos canais de distribuição reversos, agregando valores de diversas naturezas: econômico, prestação de serviços, ecológico, de imagem corporativa etc. (IZIDORO, 2016). 
O objetivo a logística reversa é tornar possível o retorno dos bens ou de seus materiais que constituem o ciclo produtivo ou de negócios. A atividade agrega valor econômico, de serviço, ecológico, legal e da localização praticamente de duas formas (IZIDORO, 2016).
No planejamento das redes reversas e suas respectivas informações; 
Na operacionalização do fluxo, desde a coleta dos bens de pós consumo ou de pós-venda, através dos processamentos logísticos de consolidação, separação e seleção, até a reintegração do ciclo.
A prática logística reversa não é uma novidade, exemplos como uso de sucata na produção e reciclagem do vidro vêm sendo praticados há bastante tempo. Porém, é perceptível que o escopo e a escala das atividades de reciclagem e a reaproveitamento de produtos e embalagens têm aumento de forma considerável nos últimos anos. Podem ser apontadas como causa desse aumentos: questões ambientais, concorrência e redução de custo (FIGUEIREDO, FLEURY e WANKE, 2006). 
Questões ambientais: a legislação ambiental tem caminhado cada vez mais no sentido de tornar as empresas responsáveis por todo o ciclo de vida de seus produtos, ou seja, ser legalmente responsável pelo seu destino após a entrega aos clientes e pelo impacto causado no meio ambiente. 
Concorrência: as empresas acreditam que os clientes valorizam empresas que possuem politicas preocupadas com o retorno dos produtos. Isso é uma vantagem que os fornecedores assumem os riscos pela existência de produtos danicados. Para isso, é preciso que se tenha uma estrutura de recebimento, classicação e expedição de produtos retornados. 
Redução de custo: economias providas de utilização de embalagens retornáveis ou reaproveitamento de materiais para produção, tem trazido ganhos que cada vez mais estimulam novas iniciativas. Desenvolvimento de novas melhorias nos processos da logística reversa também trazem retornos consideráveis que justicam os investimentos realizados. 
A logística reversa pode ser compreendida sob as seguintes perspectivas: estratégica e operacional. A perspectiva estratégica se refere às decisões de logística reversa no macroambiente empresarial, constituído pela sociedade e comunidade locais, governo e ambiente concorrencial. Ou seja, leva em consideração características que vão garantir competitividade e sustentabilidade às organizações nos eixos econômico e ambiental, através de diferentes objetivos empresariais, como prestação de serviços, reforço de imagem da marca e demonstração de responsabilidade empresarial. A perspectiva operacional envolve o uso das principais ferramentas da logística aplicadas à logística reversa, como caracterização do produto logístico em seus aspectos de relevância para as operações logísticas, denições de rede operacional, localização de origens e destinos, entre outros aspectos (IZIDORO, 2016). 
Junto com o conceito de logística reversa existe também o conceito de ciclo de vida. Do ponto de vista logístico, a vida de um produto não termina com sua entrega ao cliente. Os produtos se tornam obsoletos, danicados ou não funcionam e devem retornar ao seu ponto de origem para que sejam adequadamente descartados, reparados ou reaproveitados. Já do ponto de vista nanceiro, além dos custos de compra de matéria-prima, produção, armazenagem e estocagem, o ciclo de vida do produto inclui outros custos que são relacionados ao gerenciamento do uxo reverso. Do ponto de vista ambiental, esse é um jeito de avaliar o impacto do produto sobre o meio ambiente durante a sua vida. Assim então, podemos denir logística reversa como o processo que planeja, implementa e controla o uxo de matérias primas, estoque em processamento e produtos acabados do ponto de consumo até o ponto de origem, com objetivo de recuperar valor ou realizar um descarte adequado (FIGUEIREDO, FLEURY e WANKE, 2006). 
Logística Reversa e Canais de Distribuição Reversos 
Com o desenvolvimento e avanço dos sistemas de produção, informação e tecnologia junto à escassez de matéria prima básica e as questões de ordem ecológica e ambiental, fez com que surgisse um novo perl de consumidor. Consumidor este que se tornou exigente e agora mais consciente. Foi através desse consumidor que se desenvolveu essa nova área da logística empresarial e por isso, agregou-se um novo 
uxo de distribuição que é chamado de canal de distribuição reverso, ou CDR, como também é chamado. Fluxo este, que é composto de atividades de uxo direto, que incluem o retorno, o reuso, a reciclagem e a disposição segura de seus componentes e materiais que constituem o produto após o m de sua vida útil, ou ainda, após apresentarem alguma não conformidade, defeito, quebra ou inutilização (PEREIRA et al., 2011). 
Os CDRs se dividem em duas categorias: 
Canais de distribuição reversos de pós-venda (CDR-PV): é composto pelas diferentes formas de retorno de bens de pós-venda não utilizados ou com pouco uso. Esses bens retornam por vários e diferentes motivos à sua origem, ou seja, tem seu uxo reverso do comprador, consumidor, usuário nal ao atacadista, varejista ou fabricante pelo fato de ter defeitos, não conformidades ou até mesmo erro na emissão do pedido. 
Canais de Distribuição de pós-consumo (CDR-PC): é composto por diferentes modalidades de retorno ao ciclo de produção de matéria prima de uma parcela de bens ou de partes dos materiais que compõem o produto após o m da sua vida útil. Tem o objetivo agregar valor a um produto que não serve mais ao proprietário original ou que ainda possuem condições de utilização, por produtos descartados por terem chego ao m da vida útil e por resíduos industriais. Produtos de pós-consumo podem originar bens duráveis ou
descartáveis e uir por canais reversos de reuso, remanufatura ou reciclagem até a destinação nal. 
A figura 1 apresenta a atuação da Logística Reversa através das etapas de pós-venda e pós-consumo, permitindo assim entender como se dá a nalidade dos canais de distribuição reversos. 
Figura 1 - Área de atuação da logística reversa e etapas reversas 
Fonte: Adaptado de Izidoro (2016) 
Logística Reversa de Pós-Venda 
Logística reversa de pós-venda é a área especifica de atuação da logística reversa que faz o planejamento, operação e controle do fluxo físico e das informações logísticascorrespondentes de bens de pós-vendas, sem uso ou com pouco uso e que por vários motivos retornam aos diversos elos da cadeia de distribuição direta (PEREIRA et al., 2011). 
Os bens são originados a partir da compra da matéria prima primaria ou secundaria, sofrem a transformação pelo produtor/fabricante, seguem caminho até o distribuidor, vão até o atacadista e/ou varejista, chegando ao final da cadeia logística, ou seja, o consumidor final. Existe a possibilidade do produto ou bem retornar dentro da própria cadeia direta e que a partir delas passam a figurar como logística reversa de bens de pós-venda, ou seja, o retorno do bem-produto do consumidor final para o varejista seja para reuso ou para reciclagem (PEREIRA et al., 2011). 
De acordo com Izidoro (2016) são três as categorias de retorno de pós-venda: 
Garantia/qualidade: os produtos apresentam avarias, defeitos de fabricação ou não funcionam corretamente, embalagens danificadas etc. esses produtos são submetidos a consertos ou reformas que permitam seu retorno ao mercado primário ou secundário.
Comerciais: são duas categorias – a) estoques, produtos que retornam por erro de expedição, excesso de estoques no canal de distribuição, etc, ou seja, retornam ao ciclo de negócios através da redistribuição em outros canais de vendas; b) validade de produtos, produtos com prazo de validade expirados que são observados após a venda. 
Substituição de componentes: é decorrente da substituição de componentes de bens duráveis e semiduráveis em manutenção e consertos ao longo de sua vida útil, quando é possível são remanufaturados e retornam ao mercado primário ou secundário, caso não seja possível são enviados a reciclagem ou uma disposição final. 
Pode-se dizer que a logística reversa de pós-venda tem quatro objetivos, sendo objetivo econômico, de competitividade, legal e logísticos (PEREIRA et al., 2011). 
Objetivo econômico: tem foco em efetuar a revalorização financeira do produto de pós-venda, sendo possível somente se houver integração, agilidade e conectividade logística. As possibilidades são revenda no mercado primário, venda no mercado secundário, desmanche, remanufatura, reciclagem industrial e disposição final. 
Objetivo de competitividade: o foco é revalorização mercadológica do produto, sendo possível gerenciando o retorno de bens e a consecutiva redução reposicionando também estoques excedentes do canal. 
Objetivo legal: foco no atendimento das diversas legislações ambientais, normas de certificação, padronização e qualidade. 
Objetivos logísticos: identificação de bens e volumes destinados ao uxo direto e reverso dos bens. Deve ser considerado também a tecnologia de informação, prestação e terceirização de serviços logísticos. 
Logística Reversa de Pós-consumo 
A logística reversa de pós consumo deve fazer o planejamento, a operação e o controle do fluxo de retorno dos produtos de pós-consumo ou de materiais constituintes que são classificados em função do seu estado de vida e origem de forma em condições de uso, produtos que apresentam interesse de reutilização e m da vida útil, quando o produto atinge o m da vida útil. (IZIDORO, 2016) 
Para a logística reversa e canais de consumo reversos de pós- consumo são considerados três grandes categorias de bens produzidos (PEREIRA et al., 2011): 
Produtos duráveis: produtos ou bens que tem duração de vida útil média de alguns anos a algumas décadas. São bens produtos para satisfação de necessidades de vida social e estão inclusos aqui bens de capital em geral. São exemplos: automóveis, eletrodomésticos, maquina, aeronaves, construções civis, embarcações, entre outros;
Produtos semiduráveis: produtos ou bens que tem duração de vida útil de alguns meses raramente superior a dois anos. É uma categoria intermediária entre bens duráveis e descartáveis, por exemplo, baterias de automotores, óleos lubrificantes, baterias de celular, computadores, entre outros; 
Produtos descartáveis: bens que apresentam duração de vida útil de algumas semanas, raramente superior a seis meses. Por exemplo, embalagens de brinquedos, suprimentos para computadores, artigos cirúrgicos, pilhas e baterias, fraldas, jornais, entre outros. 
Para que a logística reversa de pós-consumo exista é necessário que existam algumas condições, como remuneração em todas as etapas reversas, qualidade e integridade dos materiais reciclados processados, escala econômica da atividade e existência de mercado consumidor competitivo para produtos-matérias-primas com conteúdo de reciclados. É preciso também que existam alguns fatores que são necessários para a organização da logística reversa, como fatores econômicos, que permitam a realização necessária para reintegração das matérias-primas secundárias ao processo produtivo; fatores tecnológicos, tecnologia que permita o tratamento econômico de resíduos a partir do seu descarte; fatores logísticos, existência de sistemas de transporte, localização e organização da cadeia de distribuição reversa; fatores ecológicos, são geradas pelo comportamento de consumidores e exigências de ordem legal e fatores legais, visam a educação, regulamentação, promoção e incentivos à melhoria de condições de retornos dos produtos ao ciclo produtivo (PEREIRA et al., 2011). 
O objetivo econômico na logística reversa de pós-consumo busca resultados financeiros possibilitados pelas economias obtidas em operações industriais com o aproveitamento de matérias-primas secundárias originadas dos canais reversos de reciclagem, ou revalorização do bem nos canais reversos de reuso e de remanufatura. 
Fatores críticos que Infuenciam a eficiência do processo de Logística Reversa 
Existem alguns fatores que são considerados como críticos que contribuem positivamente para o desempenho do sistema de logística reversa: bons controles de entrada, processos padronizados e mapeados, reduzido tempo de resposta de ciclo, sistemas de informação acurados, rede logística planejada e relações colaborativas entre clientes e fornecedores (FIGUEIREDO, FLEURY e WANKE, 2006).
Bons controles de entrada: no início do processo é preciso identificar corretamente o estados dos materiais que retornam para que seja possível seguir o uxo reverso correto. A falta de bons controles de entrada dificultam o processo subsequente gerando retrabalho. 
Reduzido tempo de resposta de ciclo: se refere ao tempo entre identificar a necessidade da reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu processamento. Quando o tempo de resposta é longo, adicionam-se custos desnecessários por atrasar a geração de caixa e ocupam espaço. 
Sistemas de informação acurados: é necessário que se tenha sistemas de informação que tragam capacidade de rastrear os retornos, medir o tempo de resposta, medir desempenho dos fornecedores, dessa forma, melhora-se o desempenho e identificação dos abusos dos consumidores no retorno dos produtos. Construir ou adquirir sistemas de informação é um grande desafio. Reduzido tempo de resposta de ciclo: se refere ao tempo entre identificar a necessidade da reciclagem, disposição ou retorno de produtos e seu processamento. Quando o tempo de resposta é longo, adicionam-se custos desnecessários por atrasar a geração de caixa e ocupam espaço. 
Rede logística planejada: é necessário que se tenha um processo logístico reverso que tenha infraestrutura adequada para lidar com os fluxos de entrada de materiais usados e fluxos de saída de materiais processados. 
Relações colaborativas entre cliente e fornecedores: no fluxo reverso em que ocorrem devoluções causadas por produtos danificados, aparecem questões com relação ao nível de confiança entre as parte envolvidas, é muito comum existir conflitos quando se trata da interpretação de quem é a responsabilidade sobre os danos causados ao produto.
As empresas têm apostado na fidelização dos clientes através da logística reversa. Isso é feito através dos serviços de pós-vendas e assistência técnica, onde o atendimento ao cliente e a troca de componentes se tornam cruciais para manter clientes fiéis à marca.

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