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Filmes e Documentários sobre os Novos Cenários Pós-Pandemia

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Gostaria de sugerir filmes e documentários que levem os estudantes a refletir sobre os novos cenários pós-pandemia. 
Privatizações: a distopia do capital (2014), de Silvio Tendler
https://www.youtube.com/watch?v=xJPCKjT0XXk 
A Corporação (2003) - Versão completa - The Corporation ( Leg. Pt-Br)
https://www.youtube.com/watch?v=Zx0f_8FKMrY 
Distopias | 1984, Fahrenheit 451 e Admirável Mundo Novo (não tenho o filme)
Resenha do filme: https://www.youtube.com/watch?v=3wSTQF4AIw0  
Catastroika, 2012 (legendado em português)
https://www.youtube.com/watch?v=yU_mULmr23I  
Num momento em que as políticas de austeridade se comprovam como catastróficas, vale a pena ver Catastroika, filme dos mesmos autores de Dividocracia, agora no Youtube com legendas em português. O filme de Aris Chatzistefanou e Katerina Kitidi explica as motivações por trás das privatizações e as consequências brutais desta austeridade selvagem que, com a desculpa da dívida, traz apenas uma resposta - a subjugação e a miséria. Catastroika denuncia exemplos concretos na Rússia, Chile, Inglaterra, França, Estados Unidos e, obviamente, na Grécia, em sectores como os transportes, a água ou a energia. Produzido através de contribuições do público, conta com o testemunho de nomes como Slavoj Žižek, Naomi Klein, Luis Sepúlveda, Ken Loach, Dean Baker e Aditya Chakrabortyy. De forma deliberada e com uma motivação ideológica clara, os governos daqueles países estrangulam ou estrangularam serviços públicos fundamentais, elegendo os funcionários públicos como bodes expiatórios, para apresentarem, em seguida, a privatização como solução óbvia e inevitável. Sacrifica-se a qualidade, a segurança e a sustentabilidade, provocando, invariavelmente, uma deterioração generalizada da qualidade de vida dos cidadãos. As consequências mais devastadores registam-se nos países obrigados, por credores e instituições internacionais (como a Troika), a proceder a privatizações massivas, como contrapartida dos planos de «resgate». Catastroika evidencia, por exemplo, que o endividamento consiste numa estratégia para suspender a democracia e implementar medidas que nunca nenhum regime democrático ousou sequer propor antes de serem testadas nas ditaduras do Chile e da Turquia. O objectivo é a transferência para mãos privadas da riqueza gerada, ao longo dos tempos, pelos cidadãos. Nada disto seria possível, num país democrático, sem a implementação de medidas de austeridade que deixem a economia refém dos mecanismos da especulação e da chantagem — o que implica, como se está a ver na Grécia, o total aniquilamento das estruturas basilares da sociedade, nomeadamente as que garantem a sustentabilidade, a coesão social e níveis de vida condignos. Se a Grécia é o melhor exemplo da relação entre a dividocracia e a catastroika, ela é também, nestes dias, a prova de que as pessoas não abdicaram da responsabilidade de exigir um futuro. Cá e lá, é importante saber o que está em jogo — e Catastroika rompe com o discurso hegemónico omnipresente nos media convencionais, tornando bem claro que o desafio que temos pela frente é optar entre a luta ou a barbárie.
E um pouco de esperança com a Live da Companhia das Letras:
Mesa 6: Sonhos para adiar o fim do mundo, com Ailton Krenak e Sidarta Ribeiro  #NaJanelaFestival
https://www.youtube.com/watch?v=95tOtpk4Bnw  
 
O #NaJanelaFestival foi um evento on-line que reuniu, dos dias 22 a 24 de maio, uma série de conversas sobre literatura de não ficção com renomados autores brasileiros. Agradecemos a todos os leitores que nos acompanharam ao longo desses quatro dias e também àqueles que nos acompanham no YouTube diariamente. Esperamos que, nesses tempos difíceis, os diálogos proporcionados pelo #NaJanelaFestival sejam uma boa companhia.

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