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Resenha - Filme: Brava Gente, a história de Ana Néri

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O filme retrata a ida de Ana Néri ao sul do país para o cuidado dos enfermos afetados na Guerra do Paraguai. Interpretada por Marília Pêra, Néri sai de Salvador – cidade em que foi auxiliar das irmãs Vicentinas que realizavam obras de caridade e se especializou em curativos e em formular remédios com ervas – para ser voluntária no ângulo de Santa Catarina, hospital da campanha. Logo em seu primeiro contato com as pessoas ali presentes, Ana revela que um dos principais motivos que a levaram ao voluntariado foi o desejo de estar mais próxima de seus três filhos e de seus irmãos, já que todos eles atuavam na guerra. Posteriormente, ela é advertida pelo doutor Amoedo, médico chefe do hospital, a não cuidar dos indivíduos “da bolha”, ou seja, aqueles contagiosos. Ana se depara com uma enfermaria precária, com muitos homens feridos e pouco assistidos. Ao anoitecer, ela encontra Taiti, um menino paraguaio ferido e totalmente desamparado, que feriu sua perna tentando ajudar os soldados brasileiros, mas não recebia nenhuma assistência por ser considerado um inimigo fadado a morrer. Ana logo relata a um companheiro de equipe sobre a situação do menino e a urgência de uma cirurgia e insiste em falar com o doutor Amoedo, mas não consegue realizar o contato e percebe rapidamente a negligência em relação ao quadro de saúde do menino. Indignada, ela decide por realizar a cirurgia de Taiti, já que possuía experiência suficiente para tal. A atitude é logo repreendida pelo doutor chefe, que a acusa de antipatriotismo e ameaça a enfermeira, atribuindo a ela o ato de lavar todas as roupas dos doentes por uma semana. Ela acata a punição, mas consegue a autorização para estabelecer novos métodos de higiene no hospital. Nos dias seguintes, Ana Néri realiza a divisão de tarefas e estabelecesse equipes, tornando o ambiente menos insalubre para todos. Em uma caminhada noturna, a protagonista do filme investiga a chamada ala de “bolha” e descobre que o espaço é uma câmara de tortura, conseguindo libertar prisioneiros de guerra que ali estavam. No dia seguinte, Ana recebe a notícia de que seu filho Justiniano faleceu na guerra e fica desolada. A obra então chega ao seu clímax com a parte chamada “Inquérito”, em que a ausência dos prisioneiros é descoberta e Ana é a principal suspeita do doutor chefe e passa a ser vigiada. O Marechal Caxias visita a unidade e exalta os feitos de Ana naquele local e Taiti também é condecorado como um sobrevivente honroso. A tirania do doutor Amoedo é logo revelada a outros oficiais responsáveis e a unidade é atacada em seguida. Por fim, Ana atende um soldado inimigo, ressaltando que ele é uma pessoa. O fim mostra o caráter humano e empático dessa figura da história brasileira, tão importante para a Enfermagem e a Medicina brasileira.

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