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Aula 01 Livro (22-49) Segrança do Trabalho

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1.1 lntrodu~ao 
Seguran~a do Traba/ho 
"O trabalho engrandece o homem; a seguran~a, sua vida." 
Alexandre Simarro 
A seguran~a do trabalho e a ciencia que estuda as possfveis causas dos acidentes e 
incidentes originados durante a atividade laboral do trabalhador. Tem como principal 
objetivo a preven~ao de acidentes, doen~as ocupacionais e outras formas de agravos a 
saude do profissional. Ela atinge sua finalidade quando consegue proporcionar a ambos, 
empregado e empregador, um ambiente de trabalho saudavel e seguro, garantindo aque-
la certeza de que vao laborar num ambiente agradavel, ganhar o seu pao de cada dia e 
retornar para a familia felizes, alegres de terem cumprido mais uma jornada de trabalho 
em sua vida profissional. 
Cabe a seguran~a do trabalho, junto com outros conhecimentos afins (medicina do tra-
balho, ergonomia, saude ocupacional, seguran~a patrimonial), identificar os fatores de ris-
co que levam a ocorrencia de acidentes e doen~as ocupacionais, avaliar seus efeitos na sau-
de do trabalhador e propor medidas de interven~ao tecnica a serem implementadas nos 
ambientes de trabalho (MATTOS et al., 2011). 
Sao temas que se relacionam direta ou indiretamente com a seguran~a do trabalho: hi-
giene do trabalho, medicina do trabalho, prote~ao contra incendios e explosoes, doen~as 
ocupacionais, ergonomia, meio ambiente, qualidade de vida, primeiros socorros, sistemas 
de gestao da qualidade, higiene industrial, psicologia do trabalho, legisla~ao trabalhista 
(leis, decretos, portarias ministeriais, instru~oes tecnicas e resolu~oes) e, por ultimo, a se-
guran~a patrimonial. 
A seguran~a patrimonial, apesar de ser outra area especializada de conhecimento e atua~ao, 
vem ganhando, cada vez mais, aten~ao dos profissionais da seguran~a do trabalho (SESMT) 
nos sinistros de furto e roubo envolvendo funcionarios da empresa. Muitas vezes, esses 
profissionais chegam a ter de se especializar para poder acumular fun~oes de seguran~a 
patrimonial, Figura 1.1. 
Seguranr,i do Trabalho 21 
Edilora ~, ica - S0guranca do Trabalho: Guia Prcitico e Oidtalico - Paulo Roberto sarsano e Rildo Pereira B..:irbosa . 11 Ed~ o 
Figura 1.1 
Temos como exemplo os constantes acidentes, vistos hoje em dia, envolvendo emprega-
dos, as vftimas de roubo, as quais, ao sacar o dinheiro nos caixas eletronicos pr6ximos a 
sua empresa, ou no percurso para sua residencia durante os dias de pagamento, sii.o fria-
mente surpreendidas por meliantes, que quando nii.o Ihes tiram a vida, deixam marcas de 
um sentimento de impotencia, lembran1yas terrfveis de que algo pior poderia ter aconteci-
do. Isso leva a seguran1ya do trabalho a propor novas medidas de prote'riio, criar sistemas 
de seguran1ya, solicitar rondas policiais durante os perfodos de pagamento, propor treina-
mentos de conscientiza'riio em seguran'ra etc. 
Dica de seguran~af 
Jamais reaja a um assalto! Seja vivo e previna-se! 
1.2 Abordagem Hist6rica da Seguran~a do Trabalho 
Na Antiguidade, a rela1yii.o entre o trabalho e o processo saude-doen'ra foi encontrada em 
papiros egfpcios, no Imperio Babilonico e em textos da civiliza1yii.o greco-romana. Nessa 
epoca predominava inicialmente o paradigma magico-religioso e, posteriormente, o natu-
ralista. E no Egito ha registros que datam de 2360 a.C., como o Papiro Seler II (relaciona 
o ambiente de trabalho e os riscos a ele inerentes) e o Papiro Anastasi V, mais conhecido 
como "Satira dos Offcios~ de 1800 a.C. (descreve os problemas de insalubridade, periculo-
sidade e penosidade das profissoes) (MATTOS et al., 201 1). 
Por volta de 1750 a.C., o Imperio Babilonico criou o C6digo de Hamurabi. Dele foram 
traduzidos 281 artigos a respeito de rela'roes de trabalho, familia, propriedade e escravi-
dii.o. No artigo que trata da responsabilidade profissional, o imperador Hamurabi senten-
cia com pena de morte o arquiteto que construir uma casa que se desmorone e cause a 
morte de seus ocupantes, Figura 1.2. 
22 V Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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-- ...... 
Figura 1.2 
As sociedades gregas e romanas nao valorizavam esse estudo, uma vez que dependiam 
de escravos para realizar as atividades que geravam riscos de acidentes e doen1yas ocupa-
cionais (RODRIGUES, 1982). 
Os poucos estudos de que se tem notfcia foram: 
~ Seculo IV a.C. - Hipocrates (Grecia, 460-375 a.C.): ocorreram mudan1yas no pa-
radigma espiritualista para o naturalista. 0 mecanismo do processo saude-doen1ya 
pela teoria dos miasmas vigorou ate o seculo XIX. Hip6crates descreveu a "intoxica-
~ao saturnina'' em um mineiro, porem omitiu o ambiente de trabalho e a ocupa1yao. 
0 Tratado de Hip6crates (Ares, Aguas e Lugares) informava ao medico a rela1yao 
entre ambiente e saude (clima, topografia, qualidade da agua, organiza~ao politica). 
~ Seculo I a.C.: Lucrecia tambem indagava a respeito dos trabalhadores das minas. 
Plinio, o Velho (23-79 a.C.), escreve o Tratado de Hist6ria Naturalis, relatando o as-
pecto de trabalhadores expostos a chumbo, mercurio e poeiras. Fez tambem a des-
cri~ao dos primeiros equipamentos de prote1yao individual utilizados, como masca-
ras (panos e bexigas de carneiros) para evitar a inala~ao de poeiras e fumos. 
Figura 1.3 
Na Grecia, as institui~oes responsaveis pelos conflitos trabalhistas eram denominadas 
erans e, em Roma, co/legia: "Os erans admitiam como membros todos os cidadaos gregos, 
os filhos e os escravos, sendo que estes ultimos nao eram, na realidade, membros com di-
reito pleno e sim um "capital de trabalho~ Quanto aos collegia: "Qualquer pessoa podia ser 
membro desta associa~ao, inclusive os escravos e os libertos ( ... )" (FRIEDE, 1973). 
Seguranr,i do Trabalho V 23 
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Durante o perfodo compreendido entre o apogeu do Imperio Romano ateo final da Ida-
de Media nao foram encontrados estudos ou discussoes documentadas sobre as doen~as. 
Para alguns autores tal fato se deve a imposi~oes de ordem economica (RODRIGUES, 
1982; MENDES, 1980). 
1.3 Abordagem Holistica da Seguran~a do Trabalho 
A abordagem holfstica da seguran~a do trabalho e outra forma em que visualizamos os 
acidentes. Nela nao afirmamos que o acidente teve uma unica e exclusiva origem, mas foi 
gerado pela intera~ao simultanea de diversos fatores (ffsicos, biol6gicos, psicol6gicos, so-
ciais e culturais), e que um desencadeou o outro, gerando o acidente. Logo, nao ha uma 
causa unica dos acidentes, e sim varias. 
Nessa abordagem, a seguran~a do trabalho possui dois enfoques que se complementam: 
o reducionista para entender os fatores (ffsicos, biol6gicos, psicol6gicos, sociais e cultu-
rais) em detalhe, e o sistemico para entender as intera~oes desses fatores no processo que 
produz o acidente. 
Segundo Cardella, 2010: 
( .. . ) no enfoque reducionista do trcinsito, examinamos cada Jator isoladamente. 0 esta-
do do ve{culo, da pista e da sinalizafciO, o desempenho do sistema de manuteni:ao e os 
elementos culturais: creni:as, valores e maneiras de proceder. Creni:as do tipo ''cinto de 
seguranfa ncio reduz consequencias de acidentes" e costumes enraizados, como desobe-
diencia a sinais de "pare': siio fatores culturais. 
( .. . ) no enfoque sistemico, estabelecemos relai:oes entre fatores, tais como: pessoas niio 
utilizam cintos (primeiro fenf>meno cultural); cintos sujos e escondidos sob o banco (fe-
nf>meno ftsico); e habito de niio limpar cintos e de coloca-los sob o banco (fentJmeno 
cultural). Formamos, assim, a visiio abrangente dos processos que levam ao acidente de 
trcinsito no cimbito da organizai:ao. 
De modo semelhante, podemos avaliar os fenomenos gerados nas outras areas de a~ao. 
1.4 Legisla~ao Aplicada a Seguran~a do Trabalho 
A seguran~a do trabalho, no Brasil, ate a pro-
mulga~aoda Constitui~ao Federal de 1988 
(CF/1988), sempre foi vista pelo empregador 
como uma mera necessidade para seu emprega-
do. Pouco importando se este estava bem ou nao, 
nao se levavam em conta suas reclama~oes de 
saude, suas necessidades medicas. Para os empre-
gadores capitalistas, naquela epoca, funcionario 
bom era aquele que nao faltava, nao demonstrava 
sintomas de doen~as, nao se queixava dos proble-
mas da empresa, s6 trabalhava, Figura 1.4. 
24 
Figura 1.4 
Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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Foi com a entrada em vigor da Constitui<;ao Federal de 1988 (CF/1988), carta magna so-
berana a qualquer outra legisla<;ao brasileira, que as leis, os decretos e outras normas que 
tratavam da seguran<;a do trabalho passaram a adequar-se a nova CF/1988, criando ga-
rantias trabalhistas e inovando os preceitos de seguran<;a e medicina do trabalho ate entao 
esquecidos pela legisla<;ao patria, e por consequencia garantindo a integridade dos traba-
lhadores em suas diversas atividades, Figura 1.5. 
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Figura 1.5 
Atualmente existem diversos dispositivos legais e regulamentares que tentam buscar na 
pratica a eficacia dessas tao almejadas garantias. Temos as normas emanadas do Pader Le-
gislativo, chamadas de "leis~ e os decretos, regulamentos, regimentos internos, portarias, 
instru<;oes e resolu<;oes, que provem do Executivo atraves do seu chefe, de seus ministros 
ou secretarios de Estado. 
Passaremos a expor as principais partes da Legisla<;ao Trabalhista e Previdenciaria que 
buscam, por meio dessas regulamenta<;oes, garantir um ambiente de trabalho saudavel 
e segura para todos os envolvidos no processo de trabalho: empregadores, empregados, 
dientes, fornecedores etc. 
1.4.1 Legisla~ao Federal, Estadual e Municipal 
1.4.1.1 Legisla~o Federal Aplicada a Seguran~ do Trabalho 
~ Constitui<;iio Federal de 1988, que em seu Capftulo 11 (Dos Direitos Sociais), art. 72 , 
incisos XXII, XXIII, XXVIII e XXXIII, dispoe, especificamente, sobre Seguran<;a e 
Saude dos Trabalhadores. 
Lei n2 8.213, de 24 de julho de 1991, que dispoe sobre os Planos de Beneffcios da 
Previdencia Social. E tambem aborda assuntos essenciais para a seguran<;a do traba-
lho como acidente do trabalho, auxHio-acidente, auxilio-doen<;a, CAT, habilita<;ao e 
reabilita<;iio profissional, etc. 
Decreto-Lei n2 5.452, de 12 de maio de 1943, que ea nossa Consolida<;iio das Leis 
Trabalhistas (CLT). 
Seguranr,i do Trabalho 25 
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Lei n2 6.514, de 22 de dezembro de 1997, que altera o Capftulo V do Tftulo II da 
CLT (relativo a Seguran<;a e Medicina do Trabalho). 
Portaria n2 3.214, de 08 junho de 1978, que aprovou as Normas Regulamentadoras 
do Capftulo V, Tftulo 11, da CLT relativas a Seguran<;a e Medicina do Trabalho, as 
quais podemos considerar como a "bfblia" do profissional da area de Seguran<;a do 
Trabalho, e atualmente nos ensinam por meio de suas 36 NRs, Quadro 1.1. 
Quadro 1.1 - Normas Regu/amentadoras (NRs) do Minislerio do Trabafho e Emprego (MTE). 
NR 1 - Disposil)Oes Gerais 
NR 2 - lnspec;ao Previa 
NR 3 -Embargo e lnterdic;ao 
NR 4 - Servi90 Especializado em Engenharia de Seguran9<3 e Medicina do Trabalho - SESMT 
NR 5 - Comissao lnterna de Preven9ao de Acidentes - CIPA 
NR 6 -Equipamentos de Protec;ao lndividual - EPI 
NR 7 - Programa de Controle Medico de Saude Ocupacional - PCMSO 
NR 8 - Edifical)Oes 
NR 9 - Programa de Preven9ao de Risoos Ambientais - PPRA 
NR 10 - Seguran98 em lnstalal)Oes e Servi905 em EletMcidade 
NR 11 - Transporte, Movimentac;ao, Annazenagem e Manuseio de Materiais 
NR 12 - Seguran98 no Trabalho em Maquinas e Equipamentos 
NR 13 - Galdeiras e Vasos de Pressao 
NR 14- Fomos 
NR 15 -Atividades e Opera9(ies lnsalubres 
NR 16 -Atividade e Operal)Oes Perigosas 
NR 17 - Ergonomia 
NR 18 - Condil)Oes e MeioAmbiente de Trabalho na Industria da Construc;ao 
NR 19 - ExplosiVos 
NR 20 - Llquidos Combustlveis e lnflamaveis 
NR 21 - Trabalho a Ceu Aberto 
NR 22 - Seguran98 e Saude Ocupacional na Minerac;ao 
NR 23 - Prote9ao contra ln~ndios 
NR 24 - Condil)Oes Sanitarias e de Conforto nos Locais de Trabalho 
NR 25 - Residuos lndustriais 
NR 26 - Sinaliza9ao de Seguran98 
NR 27 - Registro Profissional do Tecnico de Seguran98 do Trabalho 
NR 28 - Fiscalizac;ao e Penalidades 
NR 29 - Seguran98 e Salide no Trabalho Portuario 
NR 30 - Seguran98 e Salide no Trabalho Aquaviario 
NR 31 - Seguran98 e Saude no Trabalho na Agricuttura, Pecuaria, Silvicultura, Explorac;ao Florestal e Aquicultura 
NR 32 - Seguran98 e Saude no Trabalho em Servi90s de Saude 
NR 33 - Seguran98 e Saude nos Trabalhos em Espa905 Confinados 
NR 34 - Condil)Oes e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Construc;ao e Repara9ao Naval 
NR 35 - Trabalho em Alturas 
NR 36 - Seguran98 e Salide no Trabalho em Empresas de Abate e Processamento de cames e Derivados 
1.4.1.2 Legisla~ao Estadual Aplicada a Seguran~a do Trabalho 
Sao todas as regulamenta<;oes: leis emanadas pelo Pader Legislativo Estadual, os decre-
tos, regimentos, resolu<;oes, instru<;oes tecnicas, entre outras regulamenta<;oes emanadas 
pelo Pader Executivo Estadual, desde que nao contrariem os dispositivos legais federais. 
Como exemplo, temos no Estado de Sao Paulo o Decreto Estadual n2 56.819/11 (regula-
menta a prote<;ao contra incendio nas edifica<;oes e areas de risco ), cuja atualiza<;ao ocorre 
26 Seguranr,i do Trabafho - Guia Pra6co e Didatico 
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a cada dez anos; logo, a sua pr6xima altera~ao ocorrera somente em 2021, e as Instru~oes 
Tecnicas (ITs) emitidas pelo Corpo de Bombeiros da Polfcia Militar do Estado de Sao Pau-
lo, Quadro 1.2. 
Quadro 1.2 - lnstru~oes Tecnicas {ITs) do Corpo de Bombeiros da Policia Militar do Estado de Sao Paulo. 
INSTRUt;AO TECNICA N2 01 • Procedimentos Administrativos 
INSTRUt;AO TECNICA N2 02 -Conceitos Basicos de Seguranya contra lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 03 • Terminologia de Seguran9a contra lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 04 -Simbolos Graficos para Projeto de Seguranya cootra lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 05 • Seguran9a contra lncendio • Urbanistica 
INSTRUt;AO TECNICA N2 06 • Acesso de Viatura na Edifica930 e Area de Risco 
INSTRUt;AO TECNICA N2 07 • Separa930 entre Edifica~s 
INSTRUt;AO TECNICA N2 08 - Resistencia ao Fogo dos Elementos de Constru930 
INSTRUt;AO TECNICA N2 09 • Compartimenta~o Horizontal e Compartimenta930 Vertical 
INSTRUt;AO TECNICA N210 -Controle de Materiais de Acabamento e Revestimento 
INSTRUt;AO TECNICA N2 11 • Saidas de Emergencia 
INSTRUt;AO TECNICA N212 -Centros Esportivos e de Exibi930 - Requisitos de Seguranya contra lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 13 • Pressuriza~o de Escada de Seguranya 
INSTRUt;AO TECNICA N2 14 -Carga de lncendio nas Edifica90es e Areas de Risco 
INSTRUt;AO TECNICA N215 • Controle de Fumaya 
INSTRUt;AO TECNICA N216 • Plano de Emergencia contra lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 17 • Brigada de lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N218 - llumina930 de Emergencia 
INSTRUt;AO TECNICA N2 19 • Sistemas de Detet930 e Alarme de lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 20 • Sinaliza~o de Emergencia 
INSTRUt;AO TECNICA N2 21 • Sistema de Prote930 por Extintores de lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 22 -Sistema de Hidrantes e de Mangotinhos para Combate a lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 23 • Sistema de Chuveiros Automaticos 
INSTRUt;AO TECNICA N2 24 -Sistema de Chuveiros Automaticos para Areas de Dep6sito 
INSTRUt;AO TECNICA N2 25 -Seguran9a contra lncendio para Liquidos Combustiveis e lnflamaveis 
INSTRUt;AO TECNICA N2 26 -Sistema Fixo de Gases para Combate a lncendio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 27 • Armazenamento em Silos 
INSTRUt;AO TECNICA N2 28 - Manipula~o, Armazenamento, Comercializa~o eUtiliza~o de Gas Liquefeito de 
Petr61eo (GLP) 
INSTRUt;AO TECNICA N2 29 • Comercializa~o, Distribui~o e Utiliza~o de Gas Natural 
INSTRUt;AO TECNICA N2 30 • Fogos de Artificio 
INSTRUt;AO TECNICA N2 31 -Seguran9a contra lncendio para Heliponto e Heliporto 
INSTRUt;AO TECNICA N2 32 • Produtos Perigosos em Edifica~o e Area de Risco 
INSTRUt;AO TECNICA N2 33 • Cobertura de Sape, Pia9ava e Similares 
INSTRUt;AO TECNICA N2 34 • Hidrante Urbano 
INSTRUt;AO TECNICA N2 35 • Tunel Rodoviario 
INSTRUt;AO TECNICA N2 36 • Patio de Conteiner 
INSTRUt;AO TECNICA N2 37 • Subesta~s Eletricas 
INSTRUt;AO TECNICA N2 38 -Seguran9a contra lncendio em Cozinha Profissional 
INSTRUt;AO TECNICA N2 39 - Estabelecimentos Destinados a Restri930 de Liberdade 
INSTRUt;AO TECNICA N2 40 - Edifica90es Hist6ricas, Museus e lnstitui~s Culturais com Acervos Museol6gicos 
INSTRUt;AO TECNICA N2 41 - lnspe930 Visual em lnstala90es Eletricas de Baixa Tensao 
INSTRUt;AO TECNICA N2 42 • Projeto T ecnico Simplificado 
INSTRUt;AO TECNICA N2 43 -Adapta930 as Normas de Seguranya com lncendio - Edifica~s Existentes 
INSTRUt;AO TECNICA N2 44 • Prot8930 ao Meio Ambiente 
Seguran~ do Trabalho 
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27 
1.4.1.3 Legisla~io Municipal Aplicada a Seguran~a do Trabalho 
Sao todas as regulamentac;:oes ( as leis, os decretos, as resoluc;:oes, as instruc;:oes tecnicas, 
entre outras regulamentac;:oes) criadas pelo Poder Executivo Municipal, que niio contra-
riem os dispositivos regulamentares estaduais e federais. Com isso, o profissional da se-
guranc;:a do trabalho, alem de conhecer profundamente as Normas Regulamentadoras do 
MTE, bem com as principais legislac;:oes estaduais e federais, tambem deve conhecer as 
leis, os decretos e outros regulamentos municipais pertinentes a seguranc;:a do trabalho, 
principalmente em seu ramo de atuac;:ao, Figura 1.6 . 
• Norrnas 
• "" "' 'I "-
Figura 1.6 
1.4.2 Conven~oes da Organiza~ao lnternacional do Trabalho (OIT) 
As Convenc;:oes da Organizac;:ao lnternacional do Trabalho (OIT) siio tratados interna-
cionais de carater normativo, que podem ser ratificados sem limitac;:ao de praw por qual-
quer dos Estados-membros interessados. Ate dezoito meses da adoc;:ao de uma convenc;:ao, 
cada Estado-membro tem obrigac;:ao de submete-la a autoridade nacional competente (no 
Brasil, e o Congresso Nacional) para aprovac;:ao. Ap6s aprovac;:ao, o Presidente da Repu-
blica promove a ratificac;:ao do tratado, o que importa na incorporac;:ao automatica de suas 
normas a legislac;:ao nacional, devendo ser cumprida em todos os seus aspectos. 
1.4.2.1 Conceito de Trabalho Decente 
0 conceito de trabalho decente formalizou-se pela OIT em 1999, com a missiio de promo-
ver oportunidades para que homens e mulheres tenham um trabalho produtivo e de qua-
lidade, em condic;:oes de liberdade, equidade, seguranc;:a e dignidade humanas, sendo con-
siderado condic;:ao fundamental para a superac;:ao da pobreza, a reduc;:ao das desigualdades 
sociais, a garantia da governabilidade democratica e o desenvolvimento sustentavel.1 
0 trabalho decente e o ponto de convergencia dos quatro objetivos estrategicos da OIT, 
que sao: 
1 Trecho extraido do site da Organiza~o Internacional do Trabalho (OIT). Conteudo disponivel, na integra, em: 
www.oit.org.br/content/apresenta~o. fevereiro/2012. 
28 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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a. liberdade sindical e reconhecimento efetivo do direito de negociac;iio coletiva; 
b. eliminac;iio de todas as formas de trabalho forc;ado; 
c. abolic;iio efetiva do trabalho infantil; 
d. eliminac;iio de todas as formas de discriminac;iio em materia de emprego e ocupa-
c;ao, a promoc;ao do emprego produtivo e de qualidade, a extensiio da protec;iio so-
cial e o fortalecimento do dialogo social. 
1.4.2.2 Conven!;oes Aplicadas a Seguran? do Trabalho 
As convenc;oes exercem papel relevante na seguranc;a do trabalho, pois siio utilizadas 
como referencias normativas para criar, modificar e ate excluir as Normas Regulamen-
tadoras (NRs). Depois de ratificadas pela autoridade nacional competente (no Brasil, e o 
Congresso Nacional), elas ganham forc;a de lei em todo territ6rio nacional. 
~ Vejamos, a seguir, as principais convenc;oes da OIT, relacionadas com a Seguranc;a 
e Saude no Trabalho (SST). Tambem estao disponfveis, na integra, no seguinte site: 
http://www.oit.org.br/ convention. 
CONVEN<;:Ao N2 182 - PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL E A A<;:Ao 
IMEDIATA PARA SUA ELIMINA<;:AO, 1999 
CONVEN<;:AO N2 176 - SEGURAN<;:A E SAUDE NAS MINAS, 1995 
CONVEN<;:Ao N2 174 - CONVEN<;:Ao SOBRE A PREVEN<;:Ao DE ACIDENTES IN-
DUSTRIAIS MAIORES, 1993 
CONVEN<;:AO N2 170 - SEGURAN<;:A NO TRABALHO COM PRODUTOS QUfMI-
COS, 1990 
CONVEN<;:Ao N2 167 - SEGURAN<;:A E SAUDE NA CONSTRU<;:Ao, 1988 
CONVEN<;:AO N2 155 - SEGURAN<;:A E SAUDE DOS TRABALHADORES, 1981 
CONVEN<;:AO N2 152 - SEGURAN<;:A E HIGIENE NO TRABALHO POIITUAluO, 1979 
CONVEN<;:Ao N2 148 - CONTAMINA<;:Ao DO AR, RUfDO E VIBRA<;:6ES, 1977 
CONVEN<;:AO N2 139 - CA.NCER PROFISSIONAL, 1974 
CONVEN<;:Ao N2 136 - PROTE<;:Ao CONTRA os RISCOS DA INTOXICA<;:Ao 
PELO BENZENO, 1971 
CONVEN<;:AO N2 127 - PESO MAxlMO DAS CARGAS, 1967 
CONVEN<;:AO N2 124 - EXAME MEDICO DOS ADOLESCENTES PARA O TRABA-
LHO SUBTERRANEO NAS MINAS, 1965 
CONVEN<;:AO N2 120 - HIGIENE NO COM.ERCIO E ESCRIT6RIOS, 1964 
CONVEN<;:Ao N2 115 - PROTE<;:Ao CONTRA RADIA<;:6ES, 1960 
CONVEN<;:Ao N2 119 - PROTE<;:Ao DAS MAQUINAS, 1963 
CONVEN<;:AO N2 113 - EXAME MEDICO DOS PESCADORES, 1959 
CONVEN<;:AO N2 103 - AMPARO A MATERNIDADE (REVISADA), 1952 
CONVEN<;:Ao N2 105 - ABOLI<;:Ao DO TRABALHO FOR<;:ADO, 1957 
Seguranr,i do Trabalho 
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CONVEN<;:Ao N2 81 - INSPE<;:Ao DO TRABALHO, 1947 
CONVEN<;:AO N2 45 - EMPREGO DE MULHERES NOS TRABALHOS SUBTER-
RANEOS DAS MINAS, 1935 
CONVEN<;:Ao N2 42 - INDENIZA<;:Ao POR ENFERi\1IDADE PROFISSIONAL 
(REVISADA), 1934 
CONVEN<;:AO N2 16 - EXAME MEDICO DE MENORES NO TRABALHO MARfTI-
MO, 1921 
CONVENc;:AO N2 12 - INDENIZA<;:AO POR ACIDENTE DO TRABALHO NA AGRI-
CULTURA, 1921 
CONVEN<;:AO N2 05 - IDADE MfNIMA DE ADMISSAO NOS TRABALHOS INDUS-
TRIAIS, 1919 
1.5 Seguran~a nas Organiza~oes 
1.5.1 Conceito de Organiza~io 
A organizac;ao, em resumo, e um conjunto de pessoas organizadas com um mesmo ob-
jetivo a ser alcanc;ado, com uma missao a cumprir. 0 simples agrupamento de pessoas nao 
constitui organizac;ao. 0 agrupamento pode formar uma comunidade, uma vila, mas s6 
constitui organizac;ao se houver objetivos identicos a serem alcanc;ados, se houver entre 
eles uma missao a cumprir. Por exemplo, um grupo de pessoas de uma rua, vizinhas umas 
das outras, nao constitui uma organizac;ao. No entanto, quando se unem para atingir um 
objetivo comum, como fazer uma manifestac;ao publica, e reivindicar no pader publico 
asfalto e esgoto para sua rua, formam, por sua vez, uma organizac;ao. 
Toda organizac;ao, em sua essencia, apresenta quatro clientes: o consumidor, o compo-
nente, a sociedade e o patrocinador. A organizac;ao satisfaz as necessidades desses clientes 
por meio da missao e das func;oes complementares vitais. Essas func;oes devem ser trata-
das com igual nfvel de relevancia. E devem atuar inter-relacionadas, interdependentes e 
interatuantes, pois so desta forma apresentam bons resultados, melhoram a qualidade de 
vida na organizac;ao etc. 
Nao podemos considerar uma delas mais importante que a outra, pois isso e enganoso 
e prejudicial para a organizac;ao. A produtividade proporciona salario aos componentes 
(empregados), lucros ao patrocinador (acionista), beneffcios sociais a comunidade e re-
cursos para desenvolver a organizac;ao. A qualidadedos produtos conquista consumidores 
e, consequentemente, gera recursos. Seguranc;a e preservac;ao ambiental evitam danos a 
pessoas, meio ambiente e patrimonio, e aumentam a produtividade. Logo, o desenvolvi-
mento das pessoas promove o desempenho de qualquer func;ao (CARDELAL, 2010). 
1.5.2 Cultura Organizacional 
A cultura organizacional e um complexo de padroes comportamentais: crenc;as, usos, 
costumes, atitudes, valores espirituais e materiais de um grupo transmitidos coletivamen-
30 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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te. Pode atuar tanto de maneira positiva quanto negativa nos assuntos relacionados com 
a seguran(i'.a do trabalho. Por exemplo, numa empresa cujos funcionarios acreditam que 
usar capacetes, luvas, cal(i'.ados e oculos e apenas uma burocracia do patriio, e niio uma 
necessidade para a sua seguran(i'.a, caminha-se para uma cultura "desgra'rada~ marcada por 
incidentes e acidentes do trabalho. 
A cultura organizacional de uma empresa influencia, e muito, na implanta'riio da politica 
de seguran'ra do trabalho. Podemos afirmar que a tarefa mais diffcil, dentro do conceito 
prevencionista da seguran(i'.a do trabalho, e modificar uma cultura organizacional marcada 
por erros profissionais, negligencias do empregador, falta de motiva(i'.iio dos funcionarios, 
mau uso dos Equipamentos de Prote'riio Individual (EPI) etc., Figura 1.7. 
E, nesse sentido, o mestre Cardella (2010) ensina: 
( ... ) A cultura pode ser encarada como um conjunto de forfaS poderosas que o grupo 
exerce sobre o indiv(duo. A organizafiiO tem personalidade pr6pria. Isso decorre de seu 
carater sistfmico. A organizafiiO e um sistema e, portanto, tem caracter{sticas pr6prias, 
inexistentes nas partes. A cultura muda por pressao externa ou interna. A alterafdO no 
modo de pensar envolve uma percepfliO totalmente nova. Algo que era visto com admi-
rafiiO pode passar a ser visto como reprovavel, como ja oco"eu, por exemplo, com o uso 
de casacos de pele de animais silvestres. 
Figura 1.7 
1.5.2.1 Rela?o Homem x Porco 
Cardella (2010) relata em sua obra2 que, ha alguns anos, os jornais de Campinas, SP, no-
ticiaram que um porco matara o tratador na zona rural da regiiio. Agachado para repor a 
lavagem, o homem de sessenta anos nao foi capaz de defender-se do ataque. As explica-
'roes sobre as causas do acidente inclufam um dito popular: 
"O porco acorda sete vezes por noite pensando em matar o tratador, porque sabe que a 
mao que traz a lavagem um dia trara o facao." 
A partir deste ensinamento, percebemos que as empresas que tem por cultura mandar 
funcionarios embora, sem justificativa, somente para auferir miio de obra mais harata e 
2 CARDELLA, B. Seguran~a no trabalbo e prevenyao de acidentes: Uma abordagem holistica. Sao Paulo: Atlas, 2010. 
Seguranr,i do Trabalho V 31 
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livre de impostos, em ve-z de registra-tos, treina-tos, conscientiza-tos, desenvotvem nos co-
taboradores o sentimento que o porco nutre peto tratador. 0 salario representa a tavagem 
e niio e suficiente para desenvolver reta~oes de amor entre empregador e empregado. Leva, 
por sua vez, a sentimentos de revolta, inseguran~a, desrespeito petas normas de seguran~a, 
faltas e atrasos no trabalho etc. 
1.5.3 Preven~io de Acidentes nas Organiza~oes 
1.5.3.1 Acidentes lndustriais Maiores 
Acidentes ocorrem quando a preven~iio falha, ainda mais nas industrias de alto risco. 
Por isso, e de extrema importancia para a preven~iio de acidentes que os profissionais da 
seguran~a do trabalho (CIPA e SESMT) obede~am rigorosamente as conven~oes que tra-
tam do assunto e vatorizem-nas. Por exempto, a conven~iio n2 174, de 1993, que traz valio-
sos ensinamentos de procedimentos e tecnicas de preven~iio durante o manuseio de pro-
dutos perigosos. 
A Conferencia Gerat da Organiza~iio Internacionat do Trabalho, convocada em Gene-
bra peto Consetho de Administra~iio do Escrit6rio Sede da Organiza~iio Internacional do 
Trabalho (OIT), e reunida em 2 de junho de 1993, em sua octogesima reuniiio, adota, na 
data de vinte e dois de junho de mil novecentos e noventa e tres a seguinte conven~iio, de-
nominada: Conven~ao sobre a Preven~ao de Acidentes Industriais Maiores (conven1rao 
n!! 174, 1993): 
ALCANCE E DEFINl~OES 
Artigo 12 
1. A presente Conven~iio tem por objeto a preven~iio de acidentes industriais maiores 
que envotvam substancias perigosas e a limita~iio das consequencias desses acidentes. 
2. A Conven~iio aplica-se a instala~oes sujeitas a riscos de acidentes maiores. 
3. A conven~iio niio se aplica: 
a. a instala~oes nucteares e usinas que processem substancias radioativas, a exce-
~iio dos setores dessas instata~oes nos quais se maniputam substancias niio ra-
dioativas; 
b. a instata~oes militares; 
c. a transporte fora da instala~iio distinto do transporte por tubula~oes. 
4. Todo Estado-membro que ratificar a presente Conven~iio padera, ap6s consulta 
com as organiza~oes mais representativas de empregadores e de trabalhadores inte-
ressadas, e com outras partes tambem interessadas que possam ser afetadas, excluir 
de seu campo de aplica~iio instata~oes ou setores de atividade econ6mica nas quais 
se disponha de prote~iio equivatente. 
32 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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Artigo 22 
Onde surgirem problemas especiais de relevante importancia, que tornem impos-
slvel por imediatamente em pratica todas as medidas preventivas e de prote~ao pre-
vistas pelo Conven~ao, todo Estado-membro, ap6s se consultar com organiza~oes de 
empregadores e trabalhadores e outras partes interessadas que possam ser afetadas, 
devera criar planos para a progressiva implementa<;:ao das citadas medidas num deter-
minado espa<;:o de tempo. 
Artigo 32 
Para os fins da presente Conven<;:ao: 
a. a expressao "substancia perigosa" designa toda substancia ou mistura de substancias 
que, em razao de suas propriedades qulmicas, fisicas ou toxicol6gicas, isoladas ou 
combinadas, constitui um perigo; 
b. a expressao "quantidade limite" significa, com referencia a uma substancia ou a ca-
tegoria de substancias perigosas, a quantidade fixada por leis ou regulamentos na-
cionais para condi<;:oes especlficas que, se excedida, identifica uma instala<;:ao como 
sujeita a riscos de acidentes maiores; 
c. a expressao "instala<;:ao sujeita a riscos de acidentes maiores" designa a instala~ao 
que produz, transforma, manipula, utiliza, descarta ou armazena, de uma maneira 
permanente ou transit6ria, uma ou varias substancias ou categorias de substancias 
perigosas, em quantidades que excedam a quantidade limite; 
d. a expressao "acidente maior" designa todo evento subitaneo, como emissao, incen-
dio ou explosao de grande magnitude, no curso de uma atividade em instala<;:ao su-
jeita a riscos de acidentes maiores, envolvendo uma ou mais substancias perigosas e 
que implica grave perigo, imediato ou retardado, para os trabalhadores, a popula<;:ao 
ou o meio ambiente; 
e. a expressao "relat6rio de seguran<;:a" designa documento contendo informa~oes tec-
nicas, administrativas e operacionais relativas a perigos e riscos de instala~ao sujeita 
a acidentes maiores e a seu controle, e que justifiquem medidas adotadas para a se-
guran<;:a da instala~ao; 
f. o termo "quase-acidente" designa todo evento subitaneo envolvendo uma ou mais 
substancias perigosas que, nao fossem os efeitos, a<;:oes ou sistemas atenuantes, po-
deria ter resultado num acidente de maiores propor~oes. 
PRINCIPIOS GERAIS 
Artigo 42 
1. Todo Estado-membro, a luz das leis e regulamentos, das condi~oes e praticas na-
cionais, e em consulta com as organiza~oes mais representativas deempregadores 
e trabalhadores e outras partes interessadas que possam ser afetadas, devera for-
Seguranr,i do Trabalho 33 
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mular, adotar e rever, periodicamente, uma politica nacional coerente relativa a 
prote~ao dos trabalhadores, da popula~ao e do meio ambiente contra os riscos de 
acidentes maiores. 
2. Esta politica devera ser implementada por meio de medidas preventivas e de prote-
~ao para instala~oes com maior risco de acidentes e, onde for posslvel, promovera a 
utiliza~ao das melhores tecnologias de seguran~a disponlveis. 
Artigo S2 
1. A autoridade competente ou 6rgao aprovado ou reconhecido pela autoridade compe-
tente devera, ap6s consulta as organiza~oes mais representativas de empregadores e de 
trabalhadores e a outras partes interessadas que possam ser afetadas, criar um sistema 
de identifica~ao de instala~oes mais sujeitas a riscos de acidentes maiores nos termos 
do Artigo 32, c), baseado numa lista de substancias perigosas ou de categorias de subs-
tancias perigosas, ou de ambas, que indua suas respectivas quantidades limites, de 
acordo com as leis e regulamentos nacionais ou com normas internacionais. 
2. 0 sistema mencionado no paragrafo 1 acima sera regularmente revisto e atualizado. 
Artigo S2 
A autoridade competente, ap6s consulta as organiza~oes representativas de empregado-
res e de trabalhadores interessadas, tomara providencias especiais para proteger informa-
~ao confidencial que lhe tiver sido transmitida ou posta a sua disposi~ao nos termos dos 
artigos 82 , 12, 13 ou 14, cuja revela~ao poderia causar prejufzo a empresa do empregador, 
desde que a citada providencia nao implique graves riscos para os trabalhadores, a popula-
~ao ou o meio ambiente. 
RESPONSABILIDADE DE EMPREGADORES 
ldentificayao 
Artigo "/2 
Os empregadores identificarao toda instala~ao de risco sob seu controle, com base no 
sistema referido no artigo 52, 
Notificayao 
Artigo 82 
1. Os empregadores deverao notificar a autoridade competente sobre toda instala~ao su-
jeita a riscos de acidentes maiores que tenham identificado: 
a. dentro de um determinado prazo, no caso de instala~ao ja existente; 
b. antes de entrar em opera~ao, no caso de uma instala~ao nova. 
2. Os empregadores notificarao tambem a autoridade competente antes do fechamen-
to definitivo de uma instala~ao de risco maior. 
34 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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D1SPOSIC0ES RELATIVAS A INSTALACAO 
Artigo 92 
Com rela<;iio a cada instala<;iio sujeita a risco maior, os empregadores deverao criar e 
manter um sistema documentado de controle de risco que preveja: 
a. identifica<;iio e estudo dos perigos e avalia<;iio dos riscos, considerando inclusive 
possfveis intera<;oes entre substancias; 
b. medidas tecnicas que compreendam projeto, sistemas de seguran<;a, constru<;iio, sele<;iio 
de substancias qufrnicas, opera<;iio, manuten<;iio e inspe<;iio sistematica da instala<;iio; 
c. medidas organizacionais que incluam forma<;iio e instru<;iio do pessoal, fornecimen-
to de equipamentos de seguran<;a, nfveis do pessoal, horas de trabalho, defini<;iio de 
responsabilidades e controle de empresas externas e de trabalhadores temporarios 
no local da instala<;iio; 
d. planos e procedimentos de emergencia que compreendam: 
i. prepara<;iio de planos e procedimentos eficazes de emergencia local, inclusive 
atendimento medico emergencial, a ser aplicado no caso de acidentes maiores 
ou de amea<;a de acidente, com testes e avalia<;iio peri6dicos de sua eficacia e 
revisiio quando necessario; 
ii. fornecimento de informa<;oes sobre possfveis acidentes e planos internos de 
emergencia a autoridades e 6rgaos responsaveis pela prepara<;ao de planos e 
procedimentos de emergencia para prote<;iio do publico e do meio ambiente 
fora do local da instala<;iio; 
iii. toda consulta necessaria com essas autoridades e esses 6rgaos; 
e. medidas para reduzir as consequencias de um acidente maior; 
f. consulta com os trabalhadores e seus representantes; 
g. a melhoria do sistema, incluindo medidas para a coleta de informa<;oes e anilise de 
acidentes ou "quase-acidentes". As experiencias assim adquiridas deverao ser deba-
tidas com trabalhadores e seus representantes e registradas de conformidade com a 
legisla<;iio ea praticas nacionais. 
RELAT6RIO DE SEGURANCA 
Artigo 10 
1. Os empregadores elaborarao relat6rio de segu-
ran<;a de acordo com as disposi<;oes do artigo 92 • 
2. 0 relat6rio devera ser feito: 
a. no caso de instala<;oes de risco ja existentes, 
num determinado prazo, ap6s a notifica<;iio, 
prescrito pelas leis e regulamentos nacionais; 
b. no caso de instala<;ao de risco nova, antes de 
entrar em opera<;iio. 
Seguranr,i do Trabalho oe 
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35 
Artigo 11 
Os empregadores reverao, atualizarao e modificarao o relat6rio de seguran1ra: 
a. na eventualidade de modifica1rao que tenha significativa influencia no grau de segu-
ran1ra na instala1rao ou em seus processos, ou nas quantidades de substancias peri-
gosas presentes; 
b. quando o progresso nos conhecimentos tecnicos ou na avalia1rao de risco o reco-
mendar; 
c. nos intervalos estabelecidos por leis ou regulamentos nacionais; 
d. a pedido da autoridade competente. 
Artigo 12 
Os empregadores deverao enviar a autoridade competente, ou p6r a sua disposi1rao, os 
relat6rios de seguran1ra referidos nos artigos 10 e 11. 
RELAT6RIO DE ACIDENTES 
Artigo 13 
Os empregadores deverao enviar a autoridade competente e a outros 6rgaos designados 
para esse fim, ou p6r a sua disposi1rao, os relat6rios de seguran1ra imediatamente a ocor-
rencia de um acidente maior. 
Artigo 14 
1. Ap6s um acidente maior e num prazo preestabelecido, os empregadores deverao 
submeter a autoridade competente relat6rio detalhado que analise as causas do aci-
dente e relacione suas consequencias imediatas no local, assim como todas as medi-
das adotadas para atenuar seus efeitos. 
2. 0 relat6rio devera incluir recomenda1roes detalhadas sobre as medidas a serem to-
madas para evitar que o acidente se repita. 
RESPONSABILIDADES DAS AUTORIDADES COMPETENTES 
Planos de Emergencia Fora do Local 
Artigo 15 
Com basena informa1rao fornecida pelo empregador, a autoridade competente assegura-
ra que planos e procedimentos de emergencia, contendo medidas para prote1rao da popu-
la1rao e do meio ambiente fora do local de cada instala1rao de riscos, sejam criados, atuali-
zados em intervalos apropriados e coordenados com autoridades e 6rgaos pertinentes. 
Artigo 16 
A autoridade competente assegurara que: 
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a. independentemente de solicita~ao, devem ser divulgadas, entre a popula~ao passfvel 
de ser afetada por acidente maior, informa~oes sobre medidas de seguran~a e com-
portamento apropriado a ser adotado em caso de acidente maior e sejam tais infor-
ma~oes atualizadas e retransmitidas em intervalos apropriados; 
b. em caso de acidente maior, o alerta deve ser dado tao logo quanto possfvel; 
c. quando as consequ~ncias de um acidente maior puderem ter efeitos alem das frontei-
ras, as informa~oes de que tratam as alfneas a) e b) acima serao passadas aos Estados 
interessados, a tftulo de contribui~ao com medidas de coopera~ao e coordena~ao. 
ZONEAMENTO DE INSTALA(i0ES DE RISCO DE ACIDENTE MAIOR 
Artigo 17 
A autoridade competente devera estabelecer uma polftica global de wneamento com 
vista ao adequado isolamento de novas instala~oes de risco maior de areas residenciais e 
de trabalho, e de logradouros publicos,assim como medidas adequadas para instala~oes 
ja existentes. Essa polftica devera refletir os princfpios gerais enunciados na Parte II desta 
Conven~ao. 
INSPE(iAO 
Artigo 18 
lsolar 
Trabalho 
[!] Publico 1 
Figura 1.9 
1. A autoridade competente dispora de pessoal devidamente qualificado e competente, 
e suficiente apoio tecnico e profissional para inspecionar, investigar, avaliar e acom-
panhar materias tratadas nesta Conven~ao e garantir a observancia de leis e regula-
mentos nacionais. 
2. Representantes do empregador e representantes dos trabalhadores de uma instala-
~ao de risco de acidente maior terao a oportunidade de acompanhar os inspetores 
na supervisao da aplica~ao das medidas prescritas por for~a desta Conven~ao, a me-
nos que os inspetores considerem, a luz de instru~oes gerais da autoridade compe-
tente, que isso possa prejudicar o desempenho de suas fun~oes. 
Seguranr,i do Trabalho 37 
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Artigo 19 
A autoridade competente tera direito de suspender toda opera<;iio que represente amea-
<;a iminente de um acidente maior. 
DIREITOS E OBRIGA~OES DOS TRABALHADORES E DE SEUS REPRESENTANTES 
Artigo 20 
Numa instala<;iio de risco de acidente maior, os trabalhadores e seus representantes serao 
consultados por meio de apropriados mecanismos de coopera<;iio para assegurar um siste-
ma seguro de trabalho. Os trabalhadores e seus representantes deverao sobretudo: 
a. estar suficiente e adequadamente informados dos riscos ligados a essa instala<;ao e 
suas possfveis consequencias, Figura 1.10; 
,.....,... 
Figura 1.10 
b. ser informados sobre quaisquer ordens, instru<;oes ou recomenda<;oes feitas pela au-
toridade competente; 
c. ser consultados na elabora<;ao dos seguintes documentos ea eles ter acesso: 
i. relat6rio de seguran<;a; 
ii. planos e procedimentos de emergencia; 
iii. relat6rios de acidente; 
d. ser regularmente instrufdos e treinados nas praticas e procedimentos para preven-
<;iio de acidentes maiores e no controle, de eventos susceptfveis de resultar em aci-
dente maior e nos procedimentos de emergencia a serem seguidos na eventualidade 
de um acidente maior; 
e. nos limites de suas fun<;oes e sem correr o risco de serem de alguma forma prejudi-
cados, tomar medidas corretivas e, se necessario, interromper a atividade onde, com 
base em seu treinamento e experiencia, considerem ter rawavel justificativa para 
crer que haja risco iminente de acidente maior; informar seu supervisor antes, ou 
imediatamente depois, de tomar essa medida ou, se for o caso, soar o alarme; 
38 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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f. discutir com o empregador qualquer risco potencial que considerem capaz de gerar um 
acidente maior e ter direito de informar a autoridade competente sobre esses perigos. 
Artigo 21 
Os trabalhadores empregados no local de uma instalac;ao de risco deverao: 
a. observar todas as praticas e procedimentos relativos a prevenc;ao de acidentes maio-
res e ao controle de eventos susceptfveis de dar origem a um acidente maior nas 
instalac;oes de risco; 
b. observar todos os procedimentos de emergencia caso ocorra um acidente maior. 
RESPONSABILIDADE DOS PAfSES EXPORTADORES 
Artigo 22 
Quando, nurn Estado-membro exportador, for proibido o uso de substancias, tecnolo-
gias ou processos perigosos por serem fonte potencial de acidente maior, esse Estado deve-
ra informar todo pafs importador sobre essa proibic;ao e as razoes da medida, Figura 1.11. 
D1SPOSIC0ES FINAIS 
Artigo 23 
Figura 1.11 
As ratificac;oes formais desta Convenc;ao serao comunicadas, para registro, ao Diretor-
-Geral do Escrit6rio Sede da Organizac;ao lnternacional do Trabalho. 
Artigo 24 
1. Esta Convenc;ao obrigara unicamente os Estados-membros da Organizac;ao lnter-
nacional do Trabalho cujas ratificac;oes tiverem sido registradas pelo Diretor-Geral. 
Seguranr,i do Trabalho 39 
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2. A Conven1rao entrara em vigor doze meses ap6s a data de registro, pelo Diretor-
-Geral, das ratifica1roes de dois Estados-membros. 
3. A partir daf, esta Conven1rao entrara em vigor, para todo Estado-membro, doze me-
ses ap6s a data do registro de sua ratifica1rao. 
Artigo 25 
1. 0 Estado-membro que ratificar esta Conven1rao padera denuncia-la ao final de um 
periodo de <lez anos, a contar da data de sua entrada em vigor, mediante comunica-
(i'.ao do Diretor-Geral do Escrit6rio Sede da Organiza1rao lnternacional do Trabalho, 
para registro. A denuncia nao tera efeito antes de se completar um ano a contar da 
data de seu registro. 
2. Todo Estado-membro que ratificar esta Conven1rao e que, no prazo de um ano ap6s 
expirado o perfodo de <lez anos referido no paragrafo anterior, nao tiver exercido o 
direito de denuncia previsto neste artigo, ficara obrigado a um novo perfodo de <lez 
anos e, daf por diante padera denunciar esta Conven1rao ao final de cada periodo de 
<lez anos, nos termos deste artigo. 
Artigo 26 
1. 0 Diretor-Geral do Escrit6rio Sede da Organiza1rao lnternacional do Trabalho (Ge-
nebra) dara ciencia a todos os Estados-membros da Organiza1rao lnternacional do 
Trabalho do registro de todas as ratifica1roes, dedara1roes e denuncias que lhe forem 
comunicadas pelos Estados-membros da Organiza1rao. 
2. Ao notificar os Estados-membros da Organiza1rao sobre o registro da segunda ratifi-
ca1rao que lhe tiver sido comunicada, o Diretor-Geral lhes chamara a aten1rao para a 
data em que a C,onven1rao entrara em vigor. 
Artigo 27 
0 Diretor-Geral do Escrit6rio Sede da Organiza1rao Internacional do Trabalho (Gene-
bra) comunicara ao Secretario-Geral das Na1roes Unidas, para registro nos termos do arti-
go 102 da Carta das Na1roes Unidas, informa1roes circunstanciadas sobre todas as ratifica-
1roes, declara1roes e atos de denuncia por ele registrados, conforme o disposto nos artigos 
anteriores. 
Artigo 28 
0 Conselho de Administra1rao do Escrit6rio-Sede da Organiza1rao Internacional do Tra-
balho apresentara a c .onferencia Internacional do Trabalho, quando considerar necessario, 
relat6rio sobre a aplica1rao desta Conven1rao, e analisara a conveniencia de incluir na pauta 
da Conferencia a questao de sua revisao total ou parcial. 
Artigo 29 
1. No caso de a Conferencia lnternacional do Trabalho adotar uma nova conven1rao 
que reveja total ou parcialmente esta Conven1rao, a menos que a nova Conven1rao 
disponha de outro modo. 
40 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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a. a ratifica<;ao, por um Estado-membro, da nova Conven<;ao revista implicara, ipso 
jure, a partir do momento em que a conven<;ao revista entrar em vigor, a denun-
cia imediata desta Conven<;ao, nao obstante o disposto no artigo 25 supra; 
b. esta Conven<;ao deixara de estar sujeita a ratifica<;ao pelos Estados-membros a 
partir da data de entrada em vigor da conven<;ao revista. 
2. Esta Conven<;ao continuara em vigor, em sua forma e conteudo, nos Estados-mem-
bros que a ratificaram, mas nao ratificaram a Conven<;ao revista. 
Artigo 30 
As versoes nos idiomas ingles e frances do texto desta Conven<;ao sao igualmente ofi-
ciais. 
RECOMENDA~AO SOBRE A PREVEN~AO DE ACIDENTES INDUSTRIAIS MAIORES • 
RECOMENDA~AO N2 181 
A c .onferencia Geral da Organiza<;ao Internacional do Trabalho, convocada em Genebra 
pelo Conselho de Administra<;ao do Escrit6rio-Sede da Organiza<;ao Internacional do Tra-
balho, e reunida na dita cidade em 2 de junho de 1993, em sua so•. Reuniao; 
Ap6s decidir pela ado<;ao de diversas propostas relativas a preven<;ao de acidentes indus-
triais maiores, temaque constitui a quarta questao da ordem do dia da Reuniao, e ap6s ha-
ver deliberado que as ditas propostas se revestissem de forma de recomenda<;ao que com-
plete a Conven<;ao sobre a Preven<;ao de Acidentes Industriais Maiores, de 1993, adota, na 
data de vinte e dois de junho de mil novecentos e noventa e tres, a seguinte recomenda<;ao, 
que padera ser citada como a Recomenda<;ao sobre a Preven<;ao de Acidentes Indus-
triais Maiores. 
1. As disposi<;oes da presente Recomenda<;ao devem ser aplicadas conjuntamente com 
as da Conven<;ao sobre a Preven<;ao de Acidentes Industriais Maiores, de 1993 (do-
ravante referida como "a Conven<;ao"). 
2. A Organiza<;ao Internacional do Trabalho, em coopera<;ao com outras organiza<;oes 
internacionais interessadas, intergovernamentais ou nao governamentais, deveria 
adotar disposi<;oes com vista a um intercambio internacional de informa<;oes sobre: 
a. praticas satisfat6rias de seguran<;a nas instala<;oes de risco de acidentes maiores, 
inclusive a gestao dos sistemas de seguran<;a e a seguran<;a dos procedimentos 
de trabalho; 
b. acidentes maiores; 
c. experiencias adquiridas com os "quase-acidentes"; 
d. tecnologias e procedimentos proibidos por razoes de seguran<;a e saude; 
e. organiza<;ao de tecnicas e dos servi<;os medicos necessarios para enfrentar as 
consequencias de um acidente maior; 
f. mecanismos e procedimentos utilizados pela autoridade competente com vista 
a aplica<;ao da Conven<;ao e da presente Recomenda<;ao. 
Seguranr,i do Trabalho 41 
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3. Os Estados-membros deveriam, na medida do possfvel, enviar a Diretoria Internacional 
do Trabalho informa1roes sobre os assuntos a que se refere o subparagrafo ( 1) acima. 
4. A polltica nacional estipulada na Conven1rao, assim como a legisla1rao nacional e 
outras medidas com vista a aplica1rao dessa polltica, deveriam inspirar-se, conforme 
o caso, na coletanea de recomenda1roes praticas para a preven1rao de acidentes in-
dustriais maiores, publicada pela OIT em 1991. 
5. Os Estados-membros deveriam desenvolver pollticas para fazer frente aos riscos 
e perigos dos acidentes maiores ea suas consequencias naqueles setores e ativida-
des excluldos do campo de aplica1rao da Conven1rao, nos termos do seu artigo 12, 
paragrafo 3. 
6. Reconhecendo que um acidente maior pode ter grandes consequencias nos termos 
de seu impacto sobre a vida humana e o meio ambiente, os Estados-membros de-
veriam incentivar a cria1rao de sistemas de compensar trabalhadores o mais breve 
possfvel ap6s o evento, e de controlar adequadamente seus efeitos sobre a popula1rao 
e o meio ambiente. 
7. De conformidade com a Declara1rao Triparte de Princfpios sobre as Empresas Mul-
tinacionais e Polltica Social, adotada pelo Conselho de Administra1rao da Diretoria 
Internacional do Trabalho, toda empresa nacional ou multinacional que tenha mais 
de um estabelecimento deveria adotar, sem discrimina1rao, medidas de seguran1ra 
para prevenir acidentes maiores e controlar eventos capazes de resultar num aciden-
te maior e para proteger os trabalhadores em todos os seus estabelecimentos, inde-
pendentemente do local ou do pafs em que se encontrem. 
1.6 Resumo 
A seguran1ra do trabalho e a ciencia que estuda as possfveis causas dos acidentes e inci-
dentes originados durante a atividade laboral do trabalhador. Tem como principal objeti-
vo a preven1rao de acidentes, doen1ras ocupacionais e outras formas de agravos a saude do 
profissional. Ela atinge sua finalidade quando consegue proporcionar a ambos, empregado 
e empregador, um ambiente de trabalho saudavel e seguro. 
Sao temas que se relacionam direta ou indiretamente com a seguran1ra do trabalho: hi-
giene do trabalho, medicina do trabalho, prot~ao contra incendios e explosoes, doen1ras 
ocupacionais, ergonomia, meio ambiente, qualidade de vida, primeiros socorros, sistemas 
de gestao da qualidade, higiene industrial, psicologia do trabalho, legisla1rao trabalhista 
(leis, decretos, portarias ministeriais, instru1roes tecnicas e resolu1roes) e, por ultimo, a se-
guran1ra patrimonial. 
Na Antiguidade, a rela1rao entre o trabalho e o processo saude-doen1ra foi encontrada em 
papiros eglpcios, no Imperio Babilonico e em textos da civiliza1rao greco-romana. Nessa epo-
ea predominava inicialmente o paradigma magico-religioso e, posteriormente, o naturalista. 
Por volta de 1750 a.C., o Imperio Babilonico criou o C6digo de Hamurabi. Dele foram 
traduzidos 281 artigos a respeito de rela1roes de trabalho, familia, propriedade e escravi-
dao. No artigo que trata da responsabilidade profissional, o imperador Hamurabi senten-
42 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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cia com pena de morte o arquiteto que construir uma casa que se desmorone e cause a 
morte de seus ocupantes. 
A abordagem hoHstica da seguran<;:a do trabalho e outra forma em que visualizamos os 
acidentes. Nela niio afirmamos que o acidente teve uma unica e exclusiva origem, mas foi 
gerado pela intera~ao simultanea de diversos fatores (ffsicos, biol6gicos, psicol6gicos, so-
ciais e culturais). 
A Portaria n2 3.214, de 08 junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras do 
Ministerio do Trabalho e Emprego (MTE). Atualmente ha 36 Normas Regulamentado-
ras (NRs) que buscam, junto com outros instrumentos normativos, garantir a seguran<;:a e 
medicina do trabalho, a saber: 
NR 1 - Disposi<;:oes Gerais 
NR 2 - Insp~ao Previa 
NR 3 - Embargo e Interdi<;:ao 
NR 4 - Servi<;:o Especializado em Engenharia de Seguran<;:a e Medicina do Trabalho -
SESMT 
NR 5 - Comissao Interna de Preven<;:iio de Acidentes - CIPA 
NR 6 - Equipamentos de Prote<;:iio Individual - EPI 
NR 7 - Programa de Controle Medico de Saude Ocupacional - PCMSO 
NR 8 - Edifica<;:oes 
NR 9 - Programa de Preven<;:iio de Riscos Ambientais - PPRA 
NR 10 - Seguran<;:a em Instala<;:oes e Servi<;:os em Eletricidade 
NR 11 - Transporte, Movimenta<;:iio, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
NR 12 - Seguran<;:a no Trabalho em Maquinas e Equipamentos 
NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressiio 
NR 14 - Fornos 
NR 15 - Atividades e Opera~oes Insalubres 
NR 16 - Atividade e Opera~oes Perigosas 
NR 17 - Ergonomia 
NR 18 - Condi<;:oes e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Constru<;:iio 
NR 19 - Explosivos 
NR 20 - Lfquidos Combustfveis e Inflamaveis 
NR 21 - Trabalho a Ceu Aberto 
NR 22 - Seguran<;:a e Saude Ocupacional na Minera<;:iio 
NR 23 - Prote~ao contra Incendios 
NR 24 - Condi<;:oes Sanitarias e de c .onforto nos Locais de Trabalho 
NR 25 - Resfduos Industriais 
NR 26 - Sinaliza<;:iio de Seguran<;:a 
NR 27 - Registro Profissional do Tecnico de Seguran<;:a do Trabalho 
Seguranr,i do Trabalho 
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43 
NR 28 - Fiscaliza~iio e Penalidades 
NR 29 - Seguran~a e Saude no Trabalho Portuario 
NR 30 - Seguran~a e Saude no Trabalho Aquaviario 
NR 31 - Seguran~a e Saude no Trabalho na Agricultura, Pecuaria, Silvicultura, Explora-
~iio Florestal e Aquicultura 
NR 32 - Seguran~a e Saude no Trabalho em Servi~os de Saude 
NR 33 - Seguran~a e Saude nos Trabalhos em Espa~os Confinados 
NR 34 - Condi~oes e Meio Ambiente de Trabalho na Industria da Constru~iio e Repara-
~iio Naval 
NR 35 - Trabalho em Altura 
NR 36 - Seguran~a e Saude no Trabalho em Empresas de Ahate e Processamento de Carnes 
e Derivados 
As Conven~oes da Organiza~iio Internacional do Trabalho (OIT) siio tratados interna-
cionais de carater normativo, que podem ser ratificados sem limita~iio de praw por qual-
quer dos Estados-membros interessados. Ate dezoito meses da ado~iio de uma conven~iio, 
cada Estado-membro tem obriga~iio de submete-la a autoridade nacional competente (no 
Brasil, e o CongressoNacional) para aprova~iio. 
0 conceito de trabalho decente formaliwu-se pela OIT em 1999, com a missiio de promo-
ver oportunidades para que homens e mulheres tenham um trabalho produtivo e de qua-
lidade, em condi~oes de liberdade, equidade, seguran~a e dignidade humanas, sendo con-
siderado condi~iio fundamental para a supera~iio da pobreza, a redu~iio das desigualdades 
sociais, a garantia da governabilidade democratica e o desenvolvimento sustentavel. 
As conven~oes da Organiza~iio Internacional do Trabalho ( OIT) exercem papel relevante 
na seguran~a do trabalho, pois siio utilizadas como referencias normativas para criar, modi-
ficar e ate exduir as Normas Regulamentadoras (NRs). Depois de ratificadas pela autoridade 
nacional competente (no Brasil, e o Congresso Nacional), elas ganham for~a de lei em todo o 
territ6rio nacional. As principais relacionadas com a seguran~a do trabalho siio: 
CONVEN<;:Ao N2 182 - PIORES FORMAS DE TRABALHO INFANTIL E A A<;:Ao 
IMEDIATA PARA SUA ELIMINA<;:AO, 1999 
CONVEN<;:AO N2 176 - SEGURAN<;:A E SAUDE NAS MINAS, 1995 
CONVEN<;:Ao N2 174 - CONVEN<;:Ao SOBRE A PREVEN<;:Ao DE ACIDENTES 
INDUSTRIAIS MAIORES, 1993 
CONVEN<;:AO N2 170 - SEGURAN<;:A NO TRABALHO COM PRODUTOS QUfMI-
COS, 1990 
CONVEN<;:Ao N2 167 - SEGURAN<;:A E SAUDE NA CONSTRU<;:Ao, 1988 
CONVEN<;:AO N2 155 - SEGURAN<;:A E SAUDE DOS TRABALHADORES, 1981 
CONVEN<;:AO N2 152 - SEGURAN<;:A E HIGIENE NO TRABALHO PORTUARIO, 1979 
CONVEN<;:Ao N2 148 - CONTAMINA<;:Ao DO AR, RUfDO E VIBRA<;:6ES, 1977 
CONVEN<;:AO N2 139 - CANCER PROFISSIONAL, 1974 
CONVEN<;:Ao N2 136 - PROTE<;:Ao CONTRA os RISCOS DA INTOXICA<;:Ao 
PELO BENZENO, 1971 
44 0 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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CONVEN<;:AO N2 127 - PESO MAxlMO DAS CARGAS, 1967 
CONVEN<;:AO N2 124 - EXAME MEDICO DOS ADOLESCENTES PARA O TRA-
BALHO SUBTERRANEO NAS MINAS, 1965 
CONVEN<;:AO N2 120 - HIGIENE NO COMERCIO E ESCRIT6RIOS, 1964 
CONVEN<;:Ao N2 115 - PROTE<;:Ao CONTRA RADIA<;:6ES, 1960 
CONVEN<;:Ao N2 119 - PROTE<;:Ao DAS MAQUINAS, 1963 
CONVEN<;:AO N2 113 - EXAME MEDICO DOS PESCADORES, 1959 
CONVEN<;:AO N2 103 - AMPARO A MATERNIDADE (REVISADA), 1952 
CONVEN<;:Ao N2 105 - ABOLI<;:Ao DO TRABALHO FOR<;:ADO, 1957 
CONVEN<;:Ao N2 81 - INSPE<;:Ao DO TRABALHO, 1947 
CONVEN<;:AO N2 45 - EMPREGO DE MULHERES NOS TRABALHOS SUBTER-
RANEOS DAS MINAS, 1935 
CONVEN<;:Ao N2 42 - INDENIZA<;:Ao POR ENFERMIDADE PROFISSIONAL (RE-
VISADA), 1934 
CONVEN<;:AO N2 16 - EXAME MEDICO DE MENORES NO TRABALHO MARfTI-
MO, 1921 
CONVEN<;:Ao N2 12 - INDENIZA<;:Ao POR ACIDENTE DO TRABALHO NA 
AGRICULTURA, 1921 
CONVEN<;:AO N2 05 - IDADE MfNIMA DE ADMISSAO NOS TRABALHOS INDUS-
TRIAIS, 1919 
A cultura organizacional e um complexo de padroes comportamentais: cren1yas, usos, 
costumes, atitudes, valores espirituais e materiais de um grupo transmitidos coletivamen-
te. Pode atuar tanto de maneira positiva quanto negativa nos assuntos relacionados com 
a seguran1ya do trabalho. Por exemplo, numa empresa em que os funcionarios acreditam 
que usar capacetes, luvas, cal1yados e oculos e apenas uma burocracia do patrao, e nao uma 
necessidade para a sua seguran1ya, caminha-se para uma cultura "desgra1yada~ marcada por 
incidentes e acidentes do trabalho. 
1. 7 Exercf cios 
1.7.1 Exercicios de Revisio 
1. 0 que e seguran1ya do trabalho? 
2. Qual a finalidade da seguran1ya do trabalho? 
Seguranr,i do Trabalho oe@oe~ 45 
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3. Quais os temas que se relacionam com a seguran(i'.a do trabalho? 
4. Em que periodo foi criado o Codigo de Hamurabi? 
5. Por que as sociedades gregas e romanas niio valorizavam os estudos relacionados com 
a seguran(i'.a do trabalho? 
6. Qual a finalidade da Portaria n2 3.214, de 08 de junho de 1978? 
7. Como siio abordados os acidentes pelo conceito holistico de seguran(i'.a do trabalho? 
8. Defina trabalho decente. 
9. Quando foi criada a Conven(i'.iio sobre a Preven(i'.iio de Acidentes Industriais Maiores? 
10. 0 que siio as Conven(i'.oes da Organiza(i'.iiO lnternacional do Trabalho (OIT)? 
46 Seguranr,i do Trabalho - Guia Pra6co e Didatico 
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1.7.2 Exercicios de Fixagao 
1. A Portaria n2 3.214, de 08 junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras do Mi-
nisterio do Trabalho e Emprego (MTE). Esta de acordo com essa portaria a seguinte NR: 
a. NR 11 - Seguranc;:a no Trabalho em Maquinas e Equipamentos 
b. NR 12 - Transporte, Movimentac;:ao, Armazenagem e Manuseio de Materiais 
c. NR 13 - Caldeiras e Vasos de Pressao 
d. NR 14 - Ergonomia 
2. A Portaria n2 3.214, de 08 junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras do Mi-
nisterio do Trabalho e Emprego (MTE). Esta de acordo com essa portaria a seguinte NR: 
a. NR 15 - Seguranc;:a e Saude no Trabalho Portuario 
b. NR 17 - Seguranc;:a e Saude no Trabalho Aquaviario 
c. NR 29 - Seguranc;:a e Saude no Trabalho Portuario 
d. NR 31 - Ergonomia 
3. A Portaria n2 3.214, de 08 junho de 1978, aprovou as Normas Regulamentadoras 
do Ministerio do Trabalho e Emprego (MTE). Esta de acordo com essa portaria a 
seguinte NR: 
a. NR 3 - Embargo e Interdic;:ao 
b. NR 4 - Comissao Interna de Prevenc;:ao de Acidentes - CIPA 
c. NR 5 - Programa de Controle Medico de Saude Ocupacional - PCMSO 
d. NR 6 - Servic;:o Especializado em Engenharia de Seguranc;:a e Medicina do Traba-
lho - SESMT 
4. A respeito da cultura organizacional de uma empresa, podemos afirmar, EXCETO: 
a. E um complexo de padroes comportamentais: crenc;:as, usos, costumes, atitudes, 
valores espirituais e materiais de um grupo transmitidos coletivamente. 
b. Pode atuar tanto de maneira positiva quanto negativa nos assuntos relacionados 
com a seguranc;:a do trabalho. 
c. Nao merece atenc;:ao dos profissionais da seguranc;:a do trabalho, tendo em vista 
que a cultura organizacional s6 diz respeito a area de Recursos Humanos (RH). 
d. A cultura organizacional de uma empresa exerce forte influencia na implantac;:ao 
da polltica de seguranc;:a do trabalho de qualquer empresa. 
Seguranr,i do Trabalho 47 
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5. A conven1yao da OIT, que trata da prote1yao contra radia1yoes, e: 
a. Conven1yao n2 115, 1960. 
b. Conven1yao n2 110, 1970. 
c. Conven1yao n2 155, 1965. 
d. Conven1yao n2 110, 1947. 
6. A conven1yao da OIT, n2 174, tem por objetivo: 
a. A preven1yao de acidentes industriais maiores que envolvam substancias perigo-
sas e a limita1yao das consequencias desses acidentes. 
b. A preven1yao de acidentes industriais maiores que envolvam radia1yoes ionizantes 
e nao ionizantes. 
c. A preven1yao de acidentes industriais maiores que envolvam acidentes na cons-
tru1yao civil. 
d. A preven1yao de acidentes industriais maiores em espa1yos confinados. 
7. A conven1yao da OIT, n2 174, em seu artigo 21, estabelece que os trabalhadores em-
pregados no local de uma instala1yao de risco deverao, EXCETO: 
a. Observar todas as praticas e procedimentos relativos a preven1yao de acidentes 
maiores e ao controle de eventos susceptfveis de dar origem a um acidente maior 
nas instala1yoes de risco. 
b. Observar todos os procedimentos de emergencia caso ocorra um acidente maior. 
c. Sair correndo durante um sinistro desse parte. 
d. As alternativas a e b estao corretas. 
8. A conven1yao da OIT, n2 174, em seu artigo 11, estabelece que os empregadores reve-
rao, atualizarao e modificarao o relat6rio de seguran1ya, EXCETO: 
a. Na eventualidade de modifica1yao que tenha significativa influencia no grau de 
seguran1ya na instala1yao ou em seus processos, ou nas quantidades de substancias 
perigosas presentes.b. Quando o progresso nos conhecimentos tecnicos ou na avalia1yao de risco o reco-
mendar. 
c. Nos intervalos estabelecidos por leis ou regulamentos nacionais. 
d. A pedido de qualquer trabalhador. 
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