Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. Confira seu nome, o número do seu documento e o número de sua inscrição na Folha de Respostas. Além disso, não se esqueça de conferir seu Caderno de Questões quanto a falhas de impressão e de numeração. Preencha os campos destina- dos à assinatura e ao número de inscrição. Qualquer divergên- cia, comunique ao fiscal. 2. O único documento válido para avaliação é a Folha de Respos- tas. Só é permitido o uso de caneta esferográfica transparente de cor azul ou preta para o preenchimento da Folha de Respos- tas, que deve ser preenchida da seguinte maneira: 3. O prazo de realização da prova é de 4 (quatro) horas, incluindo a marcação da Folha de Respostas. Após 60 (sessenta) minu- tos do início da prova, o candidato estará liberado para utilizar o sanitário ou deixar definitivamente o local de aplicação, não podendo, no entanto, levar o Caderno de Questões e nenhum tipo de anotação de suas respostas. 4. Ao término de sua prova, comunique ao fiscal, devolvendo-lhe a Folha de Respostas devidamente preenchida e assinada. O candidato poderá levar consigo o Caderno de Questões somente se aguardar em sala até o término do prazo de reali- zação da prova estabelecido em edital. 5. Os 3 (três) últimos candidatos só poderão retirar-se da sala juntos, após assinatura do Termo de Fechamento do envelope de retorno. 6. As provas e os gabaritos preliminares estarão disponíveis no site do Instituto AOCP - www.institutoaocp.org.br, no dia poste- rior à aplicação da prova. 7. O NÃO cumprimento a qualquer uma das determinações cons- tantes em Edital, no presente Caderno ou na Folha de Respos- tas incorrerá na eliminação do candidato. AGENTE PENITENCIÁRIO SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E CIDADANIA DE RORAIMA – AGEPEN RR SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO NÍVEL MÉDIO – AGENTE PENITENCIÁRIO Fraudar ou tentar fraudar Concursos Públicos é Crime! Previsto no art. 311 - A do Código Penal Português Nome do Candidato Inscrição Composição do Caderno Instruções Raciocínio Lógico e Matemático Informática Conhecimentos Específicos 01 a 10 11 a 15 16 a 20 21 a 50 � B as ea do n o fo rm at o de p ro va � a pl ica do p el a ba nc a AO CP FOLHA DE ROSTO ORIENTATIVA PARA PROVA OBJETIVA LEIA AS ORIENTAÇÕES COM CALMA E ATENÇÃO! INSTRUÇÕES GERAIS ● Atenção ao tempo de duração da prova, que já inclui o preenchimento da folha de respostas. ● Cada uma das questões da prova objetiva está vinculada ao comando que imediatamente a antecede e contém orientação necessária para resposta. Para cada questão, existe apenas UMA resposta válida e de acordo com o gabarito. ● Faltando uma hora para o término do simulado, você receberá um e-mail para preencher o cartão-resposta, a fim de avaliar sua posição no ranking. Basta clicar no botão vermelho de PREENCHER GABARITO, que estará no e-mail, ou acessar a página de download da prova. Você deve fazer o cadastro em nossa plataforma para participar do ranking. Não se preocupe: o cadastro é grátis e muito simples de ser realizado. – Se a sua prova for estilo Certo ou Errado (CESPE/CEBRASPE): marque o campo designado com o código C, caso julgue o item CERTO; ou o campo designado com o código E, caso julgue o item ERRADO. Se optar por não responder a uma determinada questão, marque o campo “EM BRANCO”. Lembrando que, neste estilo de banca, uma resposta errada anula uma resposta certa. Obs.: Se não houver sinalização quanto à prova ser estilo Cespe/Cebraspe, apesar de ser no estilo CERTO e ERRADO, você não terá questões anuladas no cartão-resposta em caso de respostas erradas. – Se a sua prova for estilo Múltipla Escolha: marque o campo designado com a letra da alternativa escolhida (A, B, C, D ou E). É preciso responder a todas as questões, pois o sistema não permite o envio do cartão com respostas em branco. ● Uma hora após o encerramento do prazo para preencher o cartão-resposta, você receberá um e-mail com o gabarito para conferir seus acertos e erros. Caso você seja aluno da Assinatura Ilimitada, você receberá, com o gabarito, a prova completa comentada – uma vantagem exclusiva para assinantes, com acesso apenas pelo e-mail e pelo ambiente do aluno. Em caso de solicitação de recurso para alguma questão, envie para o e-mail: treinodificil_jogofacil@grancursosonline.com.br. Nossa ouvidoria terá até dois dias úteis para retornar a respeito. Desejamos uma excelente prova! 3AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO CONHECIMENTOS BÁSICOS LÍNGUA PORTUGUESA (Fernando Moura) TEXTO I 1 A grande e principal tese de Paulo Prado – tese perturbadora – residia na sua convic- ção acerca da tristeza como traço definidor do caráter nacional. Tristeza resultante de 5 causas profundas, a exemplo do estilo por- tuguês de colonizar, dos povos que aqui se mesclaram, das atitudes dos que ocuparam a terra, bem como dos gestos de seus habitan- tes originais. Tristeza consolidada pelo espírito 10 romântico de viver e pensar o mundo, consa- grado no século XIX, a ensejar hipocrisias e a inibir iniciativas criadoras. Tristeza alastrada pelo território, de norte a sul, e a atravessar a sociedade de alto a baixo, ricos ou pobres. 15 Tristeza, imobilismo e arcaísmo somente superáveis por meio de uma revolução. Ronaldo Vainfas. In: Intérpretes do Brasil, v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 9. 1. Em relação ao texto acima, assinale a op- ção correta. (A) Infere-se do texto que as diversas manifes- tações de tristeza constituem o principal tra- ço da cultura brasileira. (B) Em “A grande e principal tese de Paulo Prado – tese perturbadora – residia na sua convicção...”, os termos destacados exem- plificam relações de regência nominal e re- gência verbal, respectivamente. (C) Em “residia na sua convicção acerca da tristeza como traço definidor do caráter na- cional”, os termos destacados são, sintatica- mente, complementos nominais. (D) O emprego de vírgula após “Tristeza” (linha 15) justifica-se para isolar aposto. (E) Em “... dos povos que aqui se mesclaram ...”, o pronome átono pode ser deslocado para depois do verbo, sem prejuízo para a correção gramatical. 2. Analise as seguintes afirmações so- bre o texto. I – Na linha 2, a colocação de uma vírgula após o segundo travessão é proibida, segundo a norma-padrão. II – Em “...das atitudes dos que ocuparam a terra...”, a oração destacada classifica- -se em subordinada substantiva comple- tiva nominal cuja preposição que a inicia é exigida pela regência de “atitudes”. III – Segundo o autor do texto, não há dúvida de que a tristeza é traço peculiar do ca- ráter nacional. Está correto o que se afirma em: (A) I, II e III. (B) I, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) III, apenas. TEXTO II _________ 1 No Brasil, as primeiras tentativas nacio- nalistas ligaram-se à declaração de indepen- dência dos Estados Unidos da América, onde frutificava, no campo prático, a propaganda 5 iniciada pela Enciclopédia e pelos livros incen- diários de Voltaire, de Brissot e de Raynal, precursores da própria Revolução Francesa. De 1770 a 1800, as ideias prediletas de Jean- -Jacques inspiraram e guiaram os movimentos 10 revolucionários franco-americanos: sobera- nia do povo, liberdade individual, igualdade racial e política, infalibilidade da nação. Apare- cem na Proclamação da Independência e na Constituição da Virgínia de 1776, assim como 15 mais tarde, em França, na Declaração dos Direitos do Homem. Até à apagada existên- cia do Brasil colonial chegaram os ecos dessa renovação messiânica que abalava o mundo. Idem, ibidem, p. 78 (com adaptações). 4AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO 3. Considerando as estruturas linguísticas e os sentidos do texto acima, assinale a opção incorreta. (A) A palavra “messiânica” (linha 18) é acentua- da pela regra que orienta a acentuação dos vocábulos“período” e “álcool”. (B) Não há emprego de vírgula após “messiâni- ca” (linha 18) porque a oração subsequente tem natureza restritiva. (C) Emprega-se a vírgula após “América” (linha 3) em virtude de a oração subsequente ter valor adverbial ou circunstancial. (D) O sinal de dois-pontos, na linha 10, introduz aposto enumerativo. (E) Na linha 2, o acento grave deve-se à presen- ça da preposição exigida pelo verbo “liga- ram” e do artigo definido feminino singular. TEXTO III 1 Uma poética da escassez e da negativi- dade enuncia-se em Vidas Secas como uma contraposição ao pitoresco, ao descritivismo e ao gosto retórico presentes na tradição do 5 romance da seca, desde o naturalismo do século XIX até o regionalismo dos anos 30. Além disso, o romance oferece um ponto de fuga em relação à maioria dos textos literários que, no período, desempenhavam a função de 10 “desvendamento social” do Brasil, na medida em que problematiza, com rigor incomum, pres- supostos identitários de integração nacional por eles formulados. Para tanto, desfaz as certe- zas da terceira pessoa narrativa, descentrando 15 sua onisciência, e escolhe a forma descontí- nua como recurso de montagem textual. Wander Melo Miranda. In: Intérpretes do Brasil, v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 93 (com adaptações). 4. Com base nas estruturas linguísticas e nos sentidos do texto acima, assinale a opção correta. (A) Em “enuncia-se” (linha 2), a palavra “se” fun- ciona como partícula apassivadora, e o trecho admite a substituição por é enunciado, sem prejuízo para a correção gramatical do período. (B) A substituição de “que” (linha 9) por “os quais” conferiria ao texto mais clareza em relação ao termo antecedente e eliminaria qualquer hipótese de ambiguidade. (C) A correção gramatical do período estaria mantida caso se substituísse a expressão “na medida em que” (linhas 10 e 11) por à medida em que. (D) O verbo “enuncia-se” (linha 2) pode ser substituído por “enunciam-se”, uma vez que se relaciona com sujeito anteposto compos- to por dois núcleos. (E) O termo “por eles” corresponde, sintatica- mente, ao agente da voz passiva em que se insere. TEXTO IV 1 O livro As Religiões Africanas no Brasil, de Roger Bastide, é a obra suprema a res- peito do fenômeno religioso em nosso país (e não apenas no que se refere aos cultos 5 negros), cuja verdadeira natureza, aliás, é mais bem expressa pelo subtítulo do que pelo título: tratam-se de “sociologias das interpenetrações de civilizações”, nas quais as religiões africanas aparecem, ao mesmo 10 tempo, como exemplo privilegiado e como elemento de demonstração ilimitadamente generalizável; no caso, elas importam por serem religiões, não por serem africanas, sem prejuízo, bem entendido, de sua inegável 15 individualidade como religiões africanas. Idem, ibidem, p. 431 (com adaptações). 5. Com base nas estruturas sintático-se- mânticas do texto acima, assinale a op- ção correta. (A) Na linha 12, a substituição do sinal de pon- to e vírgula por ponto final, com modificação da minúscula para maiúscula em “no caso”, promoverá alteração nas relações semânti- cas do texto. (B) O pronome relativo “cuja” (linha 5) estabe- lece relações entre os termos “verdadeira natureza” e “cultos negros”. (C) Na linha 7, a forma verbal “tratam-se” está corretamente flexionada no plural para con- cordar com “sociologias das interpenetra- ções de civilizações”. (D) O trecho “no caso, elas importam por serem religiões, não por serem africanas” admite a seguinte reescritura sem prejuízo para a cor- reção gramatical e para a coerência textual: “no caso, elas importam por ser religiões, não por ser africanas”. (E) As duas ocorrências da preposição “por”, 5AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO nas linhas 12 e 13, introduzem agentes da voz passiva. 6. Está inteiramente clara e correta a se- guinte redação: (A) Ao contrário dos que consideram os prefá- cios tão inúteis quanto inconvenientes, o au- tor julga que muitas dessas apresentações são mais atraentes e substanciosas do que o texto principal. (B) Embora hajam apresentações bem realiza- das de livros, é indiscutível que boa parte delas primem pela inutilidade, inconveniên- cia ou mesmo assumam o caráter de um estraga-prazeres. (C) Há discordâncias quanto ao valor ou não dos prefácios, uma vez que alguns concor- dam com seu intento esclarecedor, ao passo que outros o negam, em razão de argumen- tos não valorativos. (D) O autor acredita de que a maioria dos pre- fácios pode mesmo carecer de valor, ainda que em muitos casos, ao contrário, se esta- belece uma utilidade insuspeita que chega a valorizá-lo mais que à obra. (E) Não seria bom para um escritor, que viesse a ter como autor de seu prefácio um colega mais talentoso, tanto que isso poderia acar- retar, nas bibliografias, uma importância ex- clusiva para o texto introdutório. 7. O verbo indicado entre parênteses deve- rá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase: (A) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres. (B) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de um livro. (C) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro. (D) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. (E) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. 8. As lacunas da frase “Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada cer- tamente conterá qualidades ...... força é impossível resistir” preenchem-se ade- quadamente, na ordem dada, pelos se- guintes elementos: (A) para o qual − a cuja (B) ao qual − de cuja a (C) com o qual − por cuja (D) aonde − de que a (E) por onde − das quais a 9. Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é: (A) Já pela má fama adquirida já por preconcei- to, sempre haverá por parte de certos leito- res, alguma relutância diante da leitura de um prefácio. (B) O autor do texto não hesita honestamente, de recorrer a experiências pessoais, para demonstrar sua tese, favorável em boa parte à existência mesma dos prefácios. (C) A escritora Cecília Meireles tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâ- metro de excelência, na comparação com uma jovem, bela e pouco inspirada poetisa. (D) Muita gente acabará por confessar tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção, com muito mais força, do que o texto principal de uma obra. (E) O autor conclui, não sem razão, que as bi- bliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permitem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito. 10. As regras humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. Evitam-se as viciosas repetições do perí- odo acima, substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) desrespeitam a elas − destituem-nas − de- veria reger-lhes (B) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regêlas (C) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger (D) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deve- ria regê-las (E) desrespeitam-nas − destituem-nas − as de- veria reger 6AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO (Marcelo Leite) 11. Carlos, João e Pedro são Agentes Peni- tenciários e cada um tem apenas um filho, podendo ser: Ana, Beto e Cláudia, não necessariamente nessa ordem. Sabe-se também que as proposições a seguir são verdadeiras: – Ou Ana é filha deCarlos, ou Cláudia é filha de Carlos; – Ou Ana é filha de João, ou Beto é filho de Pedro; – Ou Cláudia é filha de Pedro, ou Beto é filho de Pedro; – Ou Beto é filho de João, ou Cláudia é filha de João. Assim, Ana, Beto e Cláudia são filhos, respectivamente, de: (A) Pedro, João e Carlos. (B) Carlos, João e Pedro. (C) Carlos, Pedro e João. (D) João, Pedro e Carlos. (E) Pedro, Carlos e João 12. Considere a sequência a seguir: 19.683; 2.187; 243; ... Qual é o 5º termo dessa sequência? (A) 2. (B) 3. (C) 4. (D) 5. (E) 6. 13. A negação de “Todas as vidas importam” é: (A) Alguma vida importa. (B) Nenhuma vida importa. (C) Toda vida é importante. (D) Nada que é importante é vida. (E) Alguma vida não importa. 14. 3/5 dos Agentes Penitenciários do Pre- sídio de Roraima são homens, enquanto 5/7 das mulheres Agentes Penitenciárias possuem algum curso superior. A fração dos Agentes Penitenciários de Roraima que são mulheres e possuem algum cur- so superior é igual a: (A) . (B) . (C) . (D) . (E) . 15. Uma pesquisa foi realizada entre 1.000 moradores de Boa Vista sobre o meio de transporte que utilizam para ir ao traba- lho, e o resultado foi o seguinte: – 600 utilizam carro; – 500 utilizam moto; – 200 utilizam outro meio de transporte. Assim, entre os que participaram da pesquisa, o número de moradores de Boa Vista que utiliza apenas um meio de transporte citado é igual a: (A) 500. (B) 450. (C) 550. (D) 800. (E) 700. INFORMÁTICA (Maurício Franceschini) 16. O sistema operacional Linux permite in- serir comandos no modo texto por meio do terminal de comandos. Nesse ambien- te, o superusuário root é identificado por meio de um caractere o qual é exibido an- tes do cursor. Assinale abaixo o referido caractere: (A) $ (B) # (C) @ (D) * (E) % 7AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO 17. O Windows 10 possui um recurso que permite criar novas áreas de trabalho, al- ternar entre elas ou ainda alternar entre os programas abertos em uma mesma desktop. Assinale abaixo o nome do refe- rido recurso. (A) Cortana. (B) Hub de Feedback. (C) Aero Peek. (D) Visão de Tarefas. (E) Flip 3D. 18. Assinale abaixo o componente que deter- mina a velocidade de processamento da CPU, medida em Hz: (A) ULA. (B) Registradores. (C) Clock. (D) Unidade de Controle. (E) Memória Cache. 19. O MS Word possui um recurso que per- mite copiar a formatação de um item se- lecionado e aplicá-la em outro. Assinale abaixo o nome do referido recurso: (A) Pincel de animações. (B) Marca d’água. (C) Macros. (D) Tabulação. (E) Pincel de formatação. 20. Assinale abaixo a combinação de teclas de atalho para inserir a data atual em uma célula no MS Excel: (A) CTRL+ ; (B) CTRL+ : (C) CTRL+ * (D) CTRL+ S (E) CTRL+ N CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DIREITO ADMINISTRATIVO (Ricardo Blanco) 21. Assinale a opção correta. (A) É admitida a criação de autarquia por inicia- tiva de Deputado Federal, desde que este encaminhe o respectivo Projeto de Lei à Câ- mara dos Deputados, e que a matéria verse estritamente sobre a criação da entidade. (B) A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as secretarias-gerais, é modalidade de descen- tralização de poder. (C) A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de autorização legislativa. (D) A investidura em empregos públicos em so- ciedades de economia mista depende de prévia aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego a proibição constitucional de acumulação re- munerada de funções e cargos públicos. (E) As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos de- mais entes da Administração indireta. 22. Assinale a alternativa correta. (A) Segundo a Constituição Federal, é permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de re- muneração de pessoal do serviço público. (B) Segundo o STF, para acumulação de cargos públicos da área de saúde, não é necessário observar o limite de 60 horas. (C) As funções de confiança, exercidas prefe- rencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carrei- ra nos casos, condições e percentuais mí- nimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assesso- ramento. (D) No controle externo, realizado pelo TCU, cabe o julgamento das contas apresentadas pelo Presidente da República. (E) No controle externo, não cabe ao TCU sus- tar os atos que possuam vício de legalidade. 8AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO 23. Assinale a alternativa correta em relação à Administração Pública: (A) Os órgãos públicos da Administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decre- to do Chefe do Poder Executivo. (B) Segundo a teoria da imputação, os atos líci- tos praticados pelos seus agentes são impu- tados à pessoa jurídica à qual eles perten- cem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos. (C) Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço pú- blico, há desconcentração. (D) Não colide materialmente com a CF a de- terminação de que sejam previamente apro- vadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da Adminis- tração Pública indireta. (E) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU. 24. Assinale a alternativa incorreta em rela- ção à responsabilidade civil da Adminis- tração Pública: (A) A morte da mãe de Pedro foi ocasionada pela interrupção do fornecimento de energia elétrica durante cirurgia realizada em hospi- tal público, por falta de pagamento. Por esse motivo, Pedro pretende ingressar com ação judicial de reparação de danos materiais e morais contra a concessionária de serviço público responsável pelo fornecimento de energia elétrica. Na hipótese em apreço, conforme precedentes do STF, por não ter havido ato ilícito por parte da concessioná- ria, não há possibilidade de se reconhecer a sua responsabilidade civil objetiva. (B) Segundo o STF, para a configuração da res- ponsabilidade objetiva do Estado, não é ne- cessário que o ato praticado seja ilícito. (C) Como a responsabilidade civil do Estado por ato danoso de seus prepostos é objetiva, surge o dever de indenizar se restarem pro- vados o dano ao patrimônio de outrem e o nexo de causalidade entre este e o compor- tamento do preposto. No entanto, o Estado poderá afastar a responsabilidade objetiva quando provar que o evento danoso resultou de caso fortuito ou de força maior, ou ocor- reu por culpa exclusiva da vítima. (D) A responsabilidade da Administração Públi- ca, de acordo com a teoria do risco adminis- trativo, evidencia-se na obrigação que tem o Estado de indenizar o dano injustamente sofrido pelo particular – independentemente da existência de falta do serviço e da culpa do agente público –, havendo a possibilida- de de comprovação da culpa da vítima a fim de atenuar ou excluir a indenização. (E) Os atos das pessoas jurídicas de direito pri- vado prestadoras de serviços públicos po- dem gerar a responsabilidade do Estado. DIREITO CONSTITUCIONAL (Ricardo Blanco) 25. Assinale a alternativa correta em relação aos direitos fundamentais. (A) Nas empresas com mais de 200 emprega- dos, é assegurada a eleição de um repre- sentante destes, com a finalidade exclusi- va de promover-lhes o entendimento direto com os empregadores. (B) Não são privativos de brasileironato os car- gos de Presidente e Vice-Presidente da Re- pública. (C) Os estados, o Distrito Federal e os municí- pios não poderão ter símbolos próprios. (D) Podem alistar-se como eleitores os estran- geiros e, durante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos. (E) São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consan- guíneos ou afins, até o terceiro grau ou por adoção, do Presidente da República, de Go- vernador de estado ou território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses anterio- res ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição. 9AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO 26. Assinale a alternativa correta de acordo com a Constituição Federal. (A) O Poder Legislativo é exercido pelo Con- gresso Nacional, que se compõe da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. (B) O Senado Federal compõe-se de represen- tantes dos estados e do Distrito Federal, eleitos segundo o princípio proporcional. (C) É da competência privativa do Congresso Nacional resolver definitivamente sobre tra- tados, acordos ou atos internacionais que acarretem encargos ou compromissos gra- vosos ao patrimônio nacional. (D) A Câmara dos Deputados e o Senado Fe- deral, ou qualquer de suas Comissões, poderão convocar Ministro de Estado ou quaisquer titulares de órgãos diretamente subordinados à Presidência da República para prestarem, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado, importando crime comum a ausência sem justificação adequada. (E) Compete privativamente ao Senado Federal autorizar, por dois terços de seus membros, a instauração de processo contra o Presi- dente e o Vice-Presidente da República e os Ministros de Estado. 27. Assinale a alternativa correta de acordo com a Constituição Federal. (A) Será considerado eleito Presidente o candi- dato que, registrado por partido político, ob- tiver a maioria absoluta de votos, não com- putados os em branco e os nulos. (B) O Presidente e o Vice-Presidente da Repú- blica tomarão posse em sessão da Câma- ra Federal, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integri- dade e a independência do Brasil. (C) Um quarto dos lugares dos Tribunais Re- gionais Federais, dos Tribunais dos Esta- dos, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros do Ministério Público com mais de 10 anos de carreira e de advo- gados de notório saber jurídico e de repu- tação ilibada com mais de 10 anos de efeti- va atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas classes. (D) Somente pelo voto da maioria simples de seus membros ou dos membros do respec- tivo órgão especial poderão os tribunais de- clarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público. (E) Ao Poder Judiciário não é assegurada auto- nomia administrativa e financeira. DIREITO PENAL (Diego Henrique) 28. No conceito analítico de crime, assinale a alternativa que se refere à teoria mais adotada pela doutrina: (A) Tripartide. (B) Bipartide. (C) Monista. (D) Polipartide. (E) Quadripartide. 29. O excesso, na teoria geral do crime e no art. 23 do CP: (A) Aplica-se a qualquer excludente de ilicitude, desde que seja doloso. (B) Aplica-se apenas à legítima defesa. (C) Aplica-se apenas à legítima defesa e ao es- tado de necessidade. (D) Aplica-se a todas as excludentes, podendo ser doloso ou culposo. (E) Aplica-se apenas aos casos de excesso cul- poso. 30. Assinale a alternativa que prevê um cri- me complexo em sentido amplo: (A) Roubo simples. (B) Roubo qualificado pela lesão grave. (C) Extorsão simples. (D) Extorsão qualificada pela morte. (E) Estupro. 31. Considera-se crime de catálogo: (A) Aquele premeditado pelo agente. (B) Aquele decorrente da reincidência. (C) Aquele em que há um ajuste entre mais de três ou mais autores. (D) Aquele em que é admissível a interceptação telefônica. (E) Aquele em que a vítima deu causa ao fato. 10AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO 32. Consideram-se hediondos os crimes abaixo, exceto: (A) Furto de explosivos ou de artefato análogo que cause perigo comum. (B) Roubo circunstanciado pela restrição de li- berdade da vítima. (C) Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso proibido. (D) Roubo circunstanciado pelo emprego de arma de fogo de uso restrito. (E) Epidemia com resultado morte. DIREITO PROCESSUAL PENAL (Diego Henrique) 33. São classificações de ação penal, exceto: (A) Ação penal pública subsidiária da pública. (B) Ação penal privada subsidiária da pública. (C) Ação penal de prevenção penal. (D) Ação penal pública condicionada à requisi- ção do Ministério da Justiça. (E) Ação penal de iniciativa privada. 34. Sobre competência, marque a alternati- va correta: (A) A competência será, de regra, determinada pelo lugar do domicílio da vítima. (B) A competência será, de regra, determinada pelo lugar do domicílio do autor. (C) A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o primeiro ato de execução. (D) No caso de crime permanente, praticado em duas ou mais jurisdições, a competência será definida pela distribuição. (E) No caso de crime continuado, praticado em duas ou mais jurisdições, a competência será definida pela prevenção. 35. Ainda sobre competência, assinale a al- ternativa que prevê o chamado “foro por eleição”: (A) “A”, deputado, praticou um crime durante o exercício do mandato e em razão de suas funções. Nesse caso, será julgado pelo Tri- bunal, que funcionará como foro de eleição. (B) “A”, vítima, mudou-se de residência após o início do processo penal pelo crime de rou- bo. Nesse caso, o Juiz deverá determinar o foro de residência da vítima para o prosse- guimento do processo. (C) “A”, reincidente, foi condenado em três co- marcas distintas por fatos distintos. O Juiz do primeiro julgamento poderá avocar os de- mais processos para julgamento conjunto. (D) “A”, autor de furto, foi preso em cidade diver- sa da de seu domicílio. Nesse caso, caberá o julgamento ao juízo do foro de eleição, ou seja, o de seu domicílio. (E) “A”, vítima de calúnia, que se consumou na cidade de Iracema, pode escolher ajuizar a queixa-crime na cidade de Boa Vista, onde reside o autor do fato, “B”. 36. A respeito da Lei n. 9.099/1995, consi- deram-se infrações de menor poten- cial ofensivo: (A) As contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não inferior a dois anos, cumulada ou não com multa. (B) Apenas os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a dois anos, cumulada ou não com multa. (C) As contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima não superior a um ano, salvo se cumulada com multa. (D) Todos os delitos liliputianos. (E) As contravenções penais e os crimes a que a lei comine pena máxima menor que dois anos, cumulada ou não com multa. 37. João praticou crime de roubo na cidade B. Após a subtração da res, João deslo- cou-se até a cidade C, onde tomou banho e trocou de roupa e, em seguida, foi até a cidade A, local em que foi capturado pela Polícia Civil da cidade B, que estava em seu encalço sem interrupção. Nesse caso, a lavratura do auto de prisão em fla- grante caberá (A) à autoridade policial da cidade A. (B) à autoridade policial da cidade B. (C) à autoridade policial da cidade C. (D) às autoridades policiais das cidades A ou B. (E) às autoridades policiais das cidades A, B ou C. 11AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO LEI DE EXECUÇÃO PENAL – LEI N. 7.210, DE 11 DE JULHO DE 1984 (Diego Fontes) 38. Deacordo com a Lei n. 7.210/84 (Lei de Execução Penal), assinale a alternati- va correta: (A) Dentro dos estabelecimentos penais, serão implementados Núcleos Especializados da Defensoria Pública para a prestação de as- sistência jurídica integral e gratuita aos réus, sentenciados em liberdade, egressos e seus familiares, sem recursos financeiros para constituir advogado. (B) De acordo com a LEP, em todos os estabele- cimentos penais, haverá local apropriado des- tinado ao atendimento pelo Defensor Público. (C) As tarefas executadas pelo preso como prestação de serviço à comunidade serão remuneradas. (D) O Centro de Observação destina-se ao cum- primento de pena privativa de liberdade, em regime aberto, e da pena de limitação de fim de semana. (E) A pena privativa de liberdade será executa- da em forma progressiva com a transferên- cia para regime menos rigoroso, a ser de- terminado pelo Juiz, quando, entre outros requisitos, o preso tiver cumprido ao menos 16% (dezesseis por cento) da pena, se o apenado for reincidente em crime cometido sem violência à pessoa ou grave ameaça. 39. De acordo com a Lei n. 7.210/1984 (Lei de Execução Penal), assinale a alternativa incorreta: (A) A assistência material ao preso e ao interna- do consistirá no fornecimento de alimenta- ção, vestuário e instalações higiênicas. (B) Existindo indícios de que o preso exerce liderança em organização criminosa, asso- ciação criminosa ou milícia privada, ou que tenha atuação criminosa em 2 (dois) ou mais estados da Federação, o regime disciplinar diferenciado será obrigatoriamente cumpri- do em estabelecimento prisional federal. (C) O Estado deverá recorrer à cooperação da comunidade nas atividades de execução da pena e das medidas de segurança. (D) A autoridade administrativa poderá decretar o isolamento preventivo do faltoso pelo pra- zo de até 30 dias. (E) A pena privativa de liberdade será execu- tada em forma progressiva com a transfe- rência para regime menos rigoroso, a ser determinado pelo Juiz, entre outros requisi- tos, quando o preso tiver cumprido ao me- nos 60% (sessenta por cento) da pena, se o apenado for reincidente na prática de crime hediondo ou equiparado. 40. Julgue os itens a seguir à luz da Lei n. 7.210/84 (Lei de Execução Penal) e da Ju- risprudência do STJ: I – O STJ considera que o cometimento de falta disciplinar de natureza grave no curso da execução penal justifica a exi- gência de exame criminológico para fins de progressão de regime. II – Segundo a jurisprudência do STJ, é es- sencial nova oitiva do apenado antes da homologação judicial da falta grave, mesmo que tenha sido previamente ou- vido em procedimento administrativo disciplinar, em que foram assegurados o contraditório e a ampla defesa. III – O STJ não considera possível a conces- são de mais de cinco saídas temporárias por ano. (A) Nenhum dos itens está correto. (B) Apenas o item II está correto. (C) Os itens II e III estão corretos. (D) Os itens I e II estão corretos. (E) Apenas o item I está correto. 12AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS (Thiago Medeiros) 41. De acordo com o texto da Declaração Universal dos Direitos Humanos, todo ser humano tem direito: (A) à vida, à liberdade e à segurança nacional. (B) à instrução superior gratuita. (C) de receber dos tribunais nacionais compe- tentes remédio efetivo para os atos que vio- lem os direitos fundamentais que lhe sejam reconhecidos somente pela Constituição. (D) em plena igualdade, a uma justa e pública audiência por parte de um tribunal indepen- dente e parcial, para decidir sobre seus di- reitos e deveres ou do fundamento de qual- quer acusação criminal contra ele. (E) à liberdade de locomoção e residência den- tro das fronteiras de cada Estado. 42. Assinale a alternativa que não corres- ponda a um direito ou garantia prevista expressamente na Declaração Universal dos Direitos Humanos. (A) Todo ser humano tem o direito de deixar qualquer país, inclusive o próprio, e a este regressar. (B) O casamento não será válido, senão com o livre e pleno consentimento dos nubentes. (C) Todo ser humano tem direito à liberdade de reunião e associação pacífica. (D) A prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária. (E) A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da so- ciedade e do Estado. ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – LEI N. 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990 (Diego Fontes) 43. Divulgar, total ou parcialmente, sem auto- rização devida, por qualquer meio de co- municação, nome, ato ou documento de procedimento policial, administrativo ou judicial relativo a criança ou adolescen- te a que se atribua ato infracional é uma conduta penalizada com: (A) detenção. (B) reclusão. (C) perda do registro profissional. (D) multa. (E) reclusão e multa. ESTATUTO DO IDOSO – LEI N. 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003 (Diego Fontes) 44. Com relação aos crimes previstos na Lei n. 10.741/2003, considere: I – Aos crimes previstos no Estatuto do Ido- so, mesmo que sujeitos a penas privati- vas de liberdade superiores a dois anos e inferiores a quatro anos, aplicam-se os institutos despenalizadores previstos na Lei n. 9.099/1995 (Juizados Especiais Criminais). II – Se alguém deixar de prestar assistência a idoso, quando for possível fazê-lo sem risco pessoal, em situação de iminente perigo, cometerá, em tese, crime de me- nor potencial ofensivo. III – Constitui crime contra o idoso punível com detenção deixar de cumprir, sem justo motivo, a execução de ordem judi- cial expedida nas ações em que for parte pessoa idosa. Assinale a alternativa que contém o(s) item(itens) correto(s): (A) Nenhum dos itens. (B) I, II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III. 13AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO ESTATUTO DO DESARMAMENTO – LEI N. 10.826 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2003 (Diego Fontes) 45. Considere que Wingles é ocupante de cargo de Policial Legislativo Federal. Nessa situação hipotética, a Lei Federal n. 10.826/2003 estabelece, expressamen- te, que Wingles (A) não tem direito a usar arma de fogo em serviço. (B) não tem direito a porte de arma de fogo. (C) apenas pode utilizar arma de fogo no exercí- cio de atividades policiais operacionais. (D) apenas poderá utilizar sua arma de fogo em serviço de forma velada. (E) terá direito de portar arma de fogo de pro- priedade particular ou fornecida pela respec- tiva instituição, mesmo fora de serviço. LEI N. 12.850/2013 E SUAS ALTERAÇÕES (Diego Fontes) 46. Julgue os itens a seguir à luz da Lei n. 12.850/2013: I – O Juiz poderá estabelecer os limites da ação controlada nos casos de investiga- ção de crimes organizados. II – Responde por crime qualificado, previsto na Lei n. 12.850/2013, aquele que exerce o comando, individual ou coletivo, da or- ganização criminosa, ainda que não pra- tique pessoalmente atos de execução. III – Nos termos da Lei n. 12.850/2013, o acor- do de colaboração premiada homologa- do poderá ser rescindido em caso de omissão dolosa sobre os fatos objetos da colaboração. Assinale a alternativa que contém o(s) item(itens) correto(s): (A) Nenhum dos itens. (B) I, II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III. LEI N. 9.455/1997 E SUAS ALTERAÇÕES (Diego Fontes) 47. Com relação à Lei n. 9.455/997, julgue os itens a seguir: I – Caso a vítima da tortura seja adolescen- te, a Lei n. 9.455/1997 deve ser afastada, devendo ser aplicado tipo penal especí- fico previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente. II – É inviável a suspensão condicional do processo para qualquer dos crimes pre- vistos na lei. III – Na modalidade omissiva, trata-se de cri- me comum. Assinale a alternativa correta: (A) Apenas os itens I e II estão certos. (B) Todos os itens estão certos. (C) Apenas os itens Ie III estão certos. (D) Apenas o item III está certo. (E) Todos os itens estão errados. LEI N. 12.846/2013 E SUAS ALTERAÇÕES (Diego Fontes) 48. Julgue os itens a seguir à luz da Lei n. 12.846/2013: I – A celebração do acordo de leniência isentará a pessoa jurídica, entre outras sanções, da proibição de receber incen- tivos, subsídios, subvenções, doações ou empréstimos de órgãos ou entidades públicas e de instituições financeiras pú- blicas ou controladas pelo poder públi- co, pelo prazo mínimo de 1 (um) e máxi- mo de 5 (cinco) anos. II – De acordo com a Lei n. 12.846/2013, não importará em reconhecimento da prática do ato ilícito investigado a proposta de acordo de leniência rejeitada. III – No processo administrativo para apura- ção de responsabilidade, será concedi- do à pessoa jurídica prazo de 15 (quinze) dias para defesa, contados a partir da intimação. 14AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO Assinale a alternativa que contém o(s) item(itens) correto(s): (A) Nenhum dos itens. (B) I, II e III. (C) I e III. (D) I e II. (E) II e III. LEI N. 13.869/2019 (Diego Fontes) 49. No dia 27 de julho de 2020, às 02h45 da madrugada, determinada viatura com dois policiais foi acionada para verificar uma ocorrência de perturbação do sos- sego alheio. No local havia aglomeração com 40 pessoas alcoolizadas e som em alto volume. Ao chegarem ao local, os policiais foram desacatados e agredidos por um homem e uma mulher. Dada a voz de prisão contra ambos, os policiais não puderam esperar a chegada de ou- tra guarnição policial por conta da reação hostil das outras pessoas, e colocaram o homem e a mulher presos no mesmo compartimento constritivo da viatura. Nessa situação: (A) os policiais cometeram crime de abuso de au- toridade, pois mantiveram presos de ambos os sexos no mesmo espaço de confinamento. (B) os policiais cometeram crime de prevaricação. (C) os policiais praticaram o crime de concussão. (D) os policiais não praticaram crime de abuso de autoridade, tendo em vista a ausência de dolo específico. (E) os policiais agiram em legítima defesa. LEI N. 8.429/1992 E SUAS ALTERAÇÕES (Ricardo Blanco) 50. Julgue o item em relação à Lei n. 8.429/1992: (A) Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou tercei- ro beneficiário quando o autor da denúncia o sabe inocente. Pena: detenção de seis a oito meses e multa. (B) A autoridade judicial ou administrativa com- petente poderá determinar o afastamento do agente público do exercício do cargo, em- prego ou função, sem prejuízo da remunera- ção, quando a medida se fizer necessária à instrução processual. (C) A aplicação das sanções previstas nessa lei depende da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento. (D) As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nessa lei podem ser pro- postas até três anos após o término do exer- cício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança. (E) A ação principal, que terá o rito sumário, será proposta pelo Ministério Público ou pela pessoa jurídica interessada, dentro de 30 dias da efetivação da medida cautelar. � SECRETARIA DE ESTADO DE JUSTIÇA E � CIDADANIA DE RORAIMA – AGEPEN RR � � SIMULADO PREPARATÓRIO PARA CONCURSO NÍVEL MÉDIO � Gabarito AGENTE PENITENCIÁRIO 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 C B C E D A C A E E C B E D A B D C E A C B A A A 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 A A A D E D A D E E D A B D E E D D E E C E D D B 16AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO https://questoes.grancursosonline.com.br 17AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO CONHECIMENTOS BÁSICOS LÍNGUA PORTUGUESA (Fernando Moura) TEXTO I 1 A grande e principal tese de Paulo Prado – tese perturbadora – residia na sua convic- ção acerca da tristeza como traço definidor do caráter nacional. Tristeza resultante de 5 causas profundas, a exemplo do estilo por- tuguês de colonizar, dos povos que aqui se mesclaram, das atitudes dos que ocuparam a terra, bem como dos gestos de seus habitan- tes originais. Tristeza consolidada pelo espírito 10 romântico de viver e pensar o mundo, consa- grado no século XIX, a ensejar hipocrisias e a inibir iniciativas criadoras. Tristeza alastrada pelo território, de norte a sul, e a atravessar a sociedade de alto a baixo, ricos ou pobres. 15 Tristeza, imobilismo e arcaísmo somente superáveis por meio de uma revolução. Ronaldo Vainfas. In: Intérpretes do Brasil, v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 9. 1. Em relação ao texto acima, assinale a op- ção correta. (A) Infere-se do texto que as diversas manifes- tações de tristeza constituem o principal tra- ço da cultura brasileira. (B) Em “A grande e principal tese de Paulo Prado – tese perturbadora – residia na sua convicção...”, os termos destacados exem- plificam relações de regência nominal e re- gência verbal, respectivamente. (C) Em “residia na sua convicção acerca da tristeza como traço definidor do caráter na- cional”, os termos destacados são, sintatica- mente, complementos nominais. (D) O emprego de vírgula após “Tristeza” (linha 15) justifica-se para isolar aposto. (E) Em “... dos povos que aqui se mesclaram ...”, o pronome átono pode ser deslocado para depois do verbo, sem prejuízo para a correção gramatical. Letra c. (A) Errado. A tristeza como traço definidor do caráter nacional é uma tese de Paulo Prado, e não uma dedução ou inferência do texto: “A grande e principal tese de Paulo Prado – tese perturbadora – residia na sua convicção acer- ca da tristeza como traço definidor do caráter nacional”. (B) Errado. Em “A grande e principal tese de Paulo Prado (relação subjetiva: Paulo Prado desenvolveu a tese/adjunto adnominal) – tese perturbadora – residia na sua convicção... (ob- jeto indireto/regência verbal)”, o primeiro termo destacado não exemplifica relação de regência nominal (somente exemplificaria se fosse com- plemento nominal). (C) Certo. Em “residia na sua convicção (abs- trato) acerca da tristeza (relação completiva: a convicção recai sobre a tristeza) como traço definidor (adjetivo cognato de definir) do cará- ter nacional (relação completiva: a ideia de de- finir recai sobre o caráter nacional)”, os termos destacados são, sintaticamente, complemen- tos nominais. (D) Errado. O emprego de vírgula após “Triste- za” (linha 15) justifica-se para separar os núcle- os enumerados. (E) Errado. Em “... dos povos que aqui se mes- claram ...”, o pronome átono não pode ser des- locado para depois do verbo, sem prejuízo para a correção gramatical, porque o pronome relati- vo e o advérbio são fatores de próclise. 2. Analise as seguintes afirmações so- bre o texto. I – Na linha 2, a colocação de uma vírgula após o segundo travessão é proibida, segundo a norma-padrão. II – Em “...das atitudes dos que ocuparam a terra...”, a oração destacada classifica- -se em subordinada substantiva comple- tiva nominal cuja preposição que a inicia é exigida pela regência de “atitudes”. III – Segundo o autor do texto, não há dúvida de que a tristeza é traço peculiar do ca- ráter nacional. Está correto o que se afirma em: (A) I, II e III. (B) I, apenas. (C) II e III, apenas. (D) I e II, apenas. (E) III, apenas. 18AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO Letra b. I. Certo. Na linha 2, a colocação de uma vírgula após o segundo travessão é proibida, segundo a norma-padrão, porque não se separa o sujei- to do verbo. II. Errado. Em “...das atitudes dos (daqueles) que (os quais) ocuparam a terra...”, a oração destacada, introduzida pelo pronome relativo, classifica-se em subordinada adjetiva restritiva. III. Errado. Segundo Paulo Prado (e não o au- tor do texto), não há dúvida de que a tristeza é traçopeculiar do caráter nacional. (Que raiva, Fernando Moura!) TEXTO II _________ 1 No Brasil, as primeiras tentativas nacio- nalistas ligaram-se à declaração de indepen- dência dos Estados Unidos da América, onde frutificava, no campo prático, a propaganda 5 iniciada pela Enciclopédia e pelos livros incen- diários de Voltaire, de Brissot e de Raynal, precursores da própria Revolução Francesa. De 1770 a 1800, as ideias prediletas de Jean- -Jacques inspiraram e guiaram os movimentos 10 revolucionários franco-americanos: sobera- nia do povo, liberdade individual, igualdade racial e política, infalibilidade da nação. Apare- cem na Proclamação da Independência e na Constituição da Virgínia de 1776, assim como 15 mais tarde, em França, na Declaração dos Direitos do Homem. Até à apagada existên- cia do Brasil colonial chegaram os ecos dessa renovação messiânica que abalava o mundo. Idem, ibidem, p. 78 (com adaptações). 3. Considerando as estruturas linguísticas e os sentidos do texto acima, assinale a opção incorreta. (A) A palavra “messiânica” (linha 18) é acentua- da pela regra que orienta a acentuação dos vocábulos “período” e “álcool”. (B) Não há emprego de vírgula após “messiâni- ca” (linha 18) porque a oração subsequente tem natureza restritiva. (C) Emprega-se a vírgula após “América” (linha 3) em virtude de a oração subsequente ter valor adverbial ou circunstancial. (D) O sinal de dois-pontos, na linha 10, introduz aposto enumerativo. (E) Na linha 2, o acento grave deve-se à presen- ça da preposição exigida pelo verbo “liga- ram” e do artigo definido feminino singular. Letra c. (A) Certo. A palavra “mes/si/â/ni/ca” (proparo- xítona) é acentuada pela regra que orienta a acentuação dos vocábulos “pe/rí/o/do” e “ál/co/ ol” (proparoxítonas). (B) Certo. Não há emprego de vírgula após “messiânica” (linha 18) porque a oração subse- quente, introduzida pelo pronome relativo “que”, tem natureza restritiva. (C) Errado. Emprega-se a vírgula após “Améri- ca” (linha 3) em virtude de a oração subsequen- te, introduzida pelo pronome relativo “onde”, que retoma EUA, ter valor adjetivo-explicativo. (D) Certo. O sinal de dois-pontos, na linha 10, introduz aposto enumerativo (reitera, reforça e enumera “ideias”). (E) Certo. Na linha 2, o acento grave deve-se à presença da preposição exigida pelo verbo “ligaram” e do artigo definido feminino singular. TEXTO III 1 Uma poética da escassez e da negativi- dade enuncia-se em Vidas Secas como uma contraposição ao pitoresco, ao descritivismo e ao gosto retórico presentes na tradição do 5 romance da seca, desde o naturalismo do século XIX até o regionalismo dos anos 30. Além disso, o romance oferece um ponto de fuga em relação à maioria dos textos literários que, no período, desempenhavam a função de 10 “desvendamento social” do Brasil, na medida em que problematiza, com rigor incomum, pres- supostos identitários de integração nacional por eles formulados. Para tanto, desfaz as certe- zas da terceira pessoa narrativa, descentrando 15 sua onisciência, e escolhe a forma descontí- nua como recurso de montagem textual. Wander Melo Miranda. In: Intérpretes do Brasil, v. II. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, p. 93 (com adaptações). 19AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO 4. Com base nas estruturas linguísticas e nos sentidos do texto acima, assinale a opção correta. (A) Em “enuncia-se” (linha 2), a palavra “se” fun- ciona como partícula apassivadora, e o tre- cho admite a substituição por é enunciado, sem prejuízo para a correção gramatical do período. (B) A substituição de “que” (linha 9) por “os quais” conferiria ao texto mais clareza em relação ao termo antecedente e eliminaria qualquer hipótese de ambiguidade. (C) A correção gramatical do período estaria mantida caso se substituísse a expressão “na medida em que” (linhas 10 e 11) por à medida em que. (D) O verbo “enuncia-se” (linha 2) pode ser substituído por “enunciam-se”, uma vez que se relaciona com sujeito anteposto compos- to por dois núcleos. (E) O termo “por eles” corresponde, sintatica- mente, ao agente da voz passiva em que se insere. Letra e. (A) Errado. Em “enuncia-se” (linha 2), a palavra “se” funciona como partícula apassivadora, e o trecho admite a substituição por é enunciada: uma poética é enunciada. (B) Errado. A substituição de “que” (linha 9) por “os quais” não conferiria ao texto mais clareza em relação ao termo antecedente. O verbo “de- sempenhavam”, no plural, já elimina qualquer hi- pótese de ambiguidade: o pronome relativo “que” só pode ter como referente “os textos literários”. (C) Errado. A correção gramatical do período não estaria mantida caso se substituísse a ex- pressão “na medida em que (locução conjuntiva causal)” por à medida em que (locução con- juntiva inexistente). Existe a locução conjunti- va “à medida que”, com valor proporcional. (D) Errado. O verbo “enuncia-se” (linha 2) não pode ser substituído por “enunciam-se”, uma vez que se relaciona com sujeito anteposto sim- ples (apresenta apenas um núcleo): Uma poéti- ca da escassez e da negatividade. (E) Certo. O termo “por eles” corresponde, sinta- ticamente, ao agente da voz passiva em que se insere: “pressupostos identitários de integração nacional (sujeito) (foram) formulados (voz passi- va analítica) por eles (agente dessa voz passiva). TEXTO IV 1 O livro As Religiões Africanas no Brasil, de Roger Bastide, é a obra suprema a res- peito do fenômeno religioso em nosso país (e não apenas no que se refere aos cultos 5 negros), cuja verdadeira natureza, aliás, é mais bem expressa pelo subtítulo do que pelo título: tratam-se de “sociologias das interpenetrações de civilizações”, nas quais as religiões africanas aparecem, ao mesmo 10 tempo, como exemplo privilegiado e como elemento de demonstração ilimitadamente generalizável; no caso, elas importam por serem religiões, não por serem africanas, sem prejuízo, bem entendido, de sua inegável 15 individualidade como religiões africanas. Idem, ibidem, p. 431 (com adaptações). 5. Com base nas estruturas sintático-se- mânticas do texto acima, assinale a op- ção correta. (A) Na linha 12, a substituição do sinal de pon- to e vírgula por ponto final, com modificação da minúscula para maiúscula em “no caso”, promoverá alteração nas relações semânti- cas do texto. (B) O pronome relativo “cuja” (linha 5) estabe- lece relações entre os termos “verdadeira natureza” e “cultos negros”. (C) Na linha 7, a forma verbal “tratam-se” está corretamente flexionada no plural para con- cordar com “sociologias das interpenetra- ções de civilizações”. (D) O trecho “no caso, elas importam por serem religiões, não por serem africanas” admite a seguinte reescritura sem prejuízo para a cor- reção gramatical e para a coerência textual: “no caso, elas importam por ser religiões, não por ser africanas”. (E) As duas ocorrências da preposição “por”, nas linhas 12 e 13, introduzem agentes da voz passiva. Letra d. (A) Errado. Na linha 12, a substituição do sinal de ponto e vírgula por ponto final, com modifica- ção da minúscula para maiúscula em “no caso”, não promoverá alteração nas relações semân- ticas do texto. 20AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO (B) Errado. O pronome relativo “cuja” (linha 5) estabelece relações entre os termos “verdadeira natureza” e “fenômeno religioso em nosso país”. (C) Errado. Na linha 7, a forma verbal “tratam- -se” está incorretamente flexionada no plural, porque não pode concordar com “de sociologias das interpenetrações de civilizações (objeto in- direto)”. Estrutura correta: “trata-se de socio- logias...”. (D) Certo. O trecho “no caso, elas importam por serem religiões, não por serem africanas”ad- mite a seguinte reescritura sem prejuízo para a correção gramatical e para a coerência textual: “no caso, elas importam por ser religiões, não por ser africanas”. Quando o infinitivo vem pre- cedido de preposição, e o referente é plural, a língua admite duas formas de concordância. (E) Errado. As duas ocorrências da preposição “por”, nas linhas 12 e 13, introduzem orações adverbiais causais (porque são religiões, não porque são africanas). 6. Está inteiramente clara e correta a se- guinte redação: (A) Ao contrário dos que consideram os prefá- cios tão inúteis quanto inconvenientes, o au- tor julga que muitas dessas apresentações são mais atraentes e substanciosas do que o texto principal. (B) Embora hajam apresentações bem realiza- das de livros, é indiscutível que boa parte delas primem pela inutilidade, inconveniên- cia ou mesmo assumam o caráter de um estraga-prazeres. (C) Há discordâncias quanto ao valor ou não dos prefácios, uma vez que alguns concor- dam com seu intento esclarecedor, ao passo que outros o negam, em razão de argumen- tos não valorativos. (D) O autor acredita de que a maioria dos pre- fácios pode mesmo carecer de valor, ainda que em muitos casos, ao contrário, se esta- belece uma utilidade insuspeita que chega a valorizá-lo mais que à obra. (E) Não seria bom para um escritor, que viesse a ter como autor de seu prefácio um colega mais talentoso, tanto que isso poderia acar- retar, nas bibliografias, uma importância ex- clusiva para o texto introdutório. Letra a. (A) Certo. Ao contrário dos que consideram os prefácios tão inúteis quanto inconvenientes, o autor julga que muitas dessas apresentações são mais atraentes e substanciosas do que o texto principal. (B) Errado. Embora haja (verbo “haver”, nes- se caso, é impessoal) apresentações bem re- alizadas de livros, é indiscutível que boa parte delas primem pela inutilidade, inconveniência ou mesmo assumam o caráter de um estra- ga-prazeres. (C) Errado. Falta clareza em: “Há discordâncias quanto ao valor ou não dos prefácios, uma vez que alguns concordam com seu intento esclare- cedor, ao passo que outros o negam, em razão de argumentos não valorativos”. (D) Errado. O autor acredita (em) que a maio- ria dos prefácios pode mesmo carecer de valor, ainda que, em muitos casos, ao contrário, se es- tabelece uma utilidade insuspeita que chega a valorizá-lo (?) mais que a obra. (E) Errado. Não seria bom para um escritor, (elimine essa vírgula: a oração subsequente é subjetiva) que viesse a ter como autor de seu prefácio um colega mais talentoso, tanto que isso poderia acarretar, nas bibliografias, uma importância exclusiva para o texto introdutório. 7. O verbo indicado entre parênteses deve- rá flexionar-se de modo a concordar com o elemento sublinhado na frase: (A) As características a que (dever) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres. (B) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente inteiramente inútil de um livro. (C) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro. (D) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. (E) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. Letra c. (A) As características a que (deve) atender um prefácio podem torná-lo um estraga-prazeres (um prefácio deve atender). 21AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO (B) Há casos em que o prefácio se (revela) um componente inteiramente inútil de um livro (um prefácio se revela). (C) Às vezes, numa bibliografia (ganham) mais destaque as páginas de um prefácio do que o texto principal de um livro (as páginas de um prefácio ganham mais destaque). (D) Não é incomum que se (recorra/v.t.i) a fra- ses de Machado de Assis (objeto indireto) para glosá-las, dada a graça que há nelas (a palavra “se” é índice de indeterminação do sujeito, e o verbo deve ficar na terceira pessoa do singular). (E) O autor confessa o (= aquilo) que (= o qual) a muitos (parece) impensável (aquilo parece impensável a muitos): é possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. 8. As lacunas da frase “Um prefácio ...... nossa inteira atenção esteja voltada cer- tamente conterá qualidades ...... força é impossível resistir” preenchem-se ade- quadamente, na ordem dada, pelos se- guintes elementos: (A) para o qual − a cuja (B) ao qual − de cuja a (C) com o qual − por cuja (D) aonde − de que a (E) por onde − das quais a Letra a. Observe: “Um prefácio para o qual nossa inteira atenção esteja voltada certamente conterá qualidades a cuja força é impossí- vel resistir”. Regência: esteja voltada para/ resistir a (preposições). Estudar a língua é bom demais! 9. Quanto à pontuação, a frase inteiramente correta é: (A) Já pela má fama adquirida já por preconcei- to, sempre haverá por parte de certos leito- res, alguma relutância diante da leitura de um prefácio. (B) O autor do texto não hesita honestamente, de recorrer a experiências pessoais, para demonstrar sua tese, favorável em boa parte à existência mesma dos prefácios. (C) A escritora Cecília Meireles tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâ- metro de excelência, na comparação com uma jovem, bela e pouco inspirada poetisa. (D) Muita gente acabará por confessar tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção, com muito mais força, do que o texto principal de uma obra. (E) O autor conclui, não sem razão, que as bi- bliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permitem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito. Letra e. (A) Errado. Pontuação correta: “Já pela má fama adquirida, já por preconceito, sempre haverá, por parte de certos leitores, alguma relutância diante da leitura de um prefácio”. (B) Errado. Pontuação correta: “O autor do texto não hesita, honestamente, de recorrer a experi- ências pessoais, para demonstrar sua tese, fa- vorável, em boa parte, à existência mesma dos prefácios. (C) Errado. Pontuação correta: “A escritora Ce- cília Meireles, tão talentosa quanto bonita, é citada no texto como parâmetro de excelência, na comparação com uma jovem bela e pouco inspirada poetisa”. (D) Errado. Pontuação correta: “Muita gente acabará por confessar, tal como fez o autor, que um prefácio pode prender nossa atenção com muito mais força do que o texto principal de uma obra”. (E) Certo. As estruturas intercaladas estão cor- retamente registradas entre vírgulas: “O autor conclui, não sem razão, que as bibliografias que indicam apenas o prefácio de uma obra permi- tem deduzir, não há dúvida, que o restante do livro não importa muito”. 10. As regras humanas são falíveis, os homens desrespeitam as leis humanas e destituem as leis humanas do sentido de uma profunda equidade que deveria reger as leis humanas. Evitam-se as viciosas repetições do perí- odo acima, substituindo-se os elementos sublinhados, na ordem dada, por: (A) desrespeitam a elas − destituem-nas − de- veria reger-lhes (B) desrespeitam-lhes − as destituem − deveria regêlas (C) desrespeitam-nas − lhes destituem − lhes deveria reger (D) lhes desrespeitam − destituem-lhes − deve- ria regê-las 22AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO (E) desrespeitam-nas − destituem-nas − as de- veria reger Letra e. As regras humanas são falíveis, os homens des- respeitam-nas e destituem-nas do sentido de uma profunda equidade que as deveria reger. 1. Os verbos “desrespeitar”, “destituir” e “reger” são transitivos diretos, portanto não cabe o pro- nome “lhes” em nenhuma lacuna. 2. Em “desrespeitam” e “destituem”, há nasa- lização e, por isso, o pronome “as” assume a forma “nas”. 3. A palavra“que”, pronome relativo, é fator de próclise. RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO (Marcelo Leite) 11. Carlos, João e Pedro são Agentes Peni- tenciários e cada um tem apenas um filho, podendo ser: Ana, Beto e Cláudia, não necessariamente nessa ordem. Sabe-se também que as proposições a seguir são verdadeiras: – Ou Ana é filha de Carlos, ou Cláudia é filha de Carlos; – Ou Ana é filha de João, ou Beto é filho de Pedro; – Ou Cláudia é filha de Pedro, ou Beto é filho de Pedro; – Ou Beto é filho de João, ou Cláudia é filha de João. Assim, Ana, Beto e Cláudia são filhos, respectivamente, de: (A) Pedro, João e Carlos. (B) Carlos, João e Pedro. (C) Carlos, Pedro e João. (D) João, Pedro e Carlos. (E) Pedro, Carlos e João Letra c. A partir da afirmação “Ou Beto é filho de João, ou Cláudia é filha de João” conclui-se que “Ana NÃO é filha de João”; na afirmação “Ou Cláu- dia é filha de Pedro, ou Beto é filho de Pedro”, conclui-se que “Ana NÃO é filha de Pedro”. Ora, se Ana não é filha de João e também não é filha de Pedro, entende-se que Ana é filha de Carlos. Analisando a afirmação “Ou Ana é filha de João, ou Beto é filho de Pedro”, tem-se que “Ana é filha de João” é falso, então a afirmação “Beto é filho de Pedro” deverá ser verdadeira. Assim, teremos: – Ana é filha de Carlos; – Beto é filho de Pedro; – Cláudia é filha de João. 12. Considere a sequência a seguir: 19.683; 2.187; 243; ... Qual é o 5º termo dessa sequência? (A) 2. (B) 3. (C) 4. (D) 5. (E) 6. Letra b. Perceba que, a partir do 2º termo, para obter o termo posterior, basta dividir o termo anterior por 9. Assim, teremos: 19.683 (:9); 2.187 (: 9); 243 (: 9); 27 (: 9); 3 (19.683; 2.187; 243 ; 27; 3). 13. A negação de “Todas as vidas importam” é: (A) Alguma vida importa. (B) Nenhuma vida importa. (C) Toda vida é importante. (D) Nada que é importante é vida. (E) Alguma vida não importa. Letra e. A negação do quantificador “TODO” é dada por: ~(Todo A é B) = Algum A não é B. Assim, a ne- gação de “Todas as vidas (A) importam (B)” será “Alguma vida (A) não importa (~B)”. 14. 3/5 dos Agentes Penitenciários do Pre- sídio de Roraima são homens, enquanto 5/7 das mulheres Agentes Penitenciárias possuem algum curso superior. A fração dos Agentes Penitenciários de Roraima que são mulheres e possuem algum cur- so superior é igual a: (A) . (B) . (C) . 23AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO (D) . (E) . Letra d. Como 3/5 dos agentes são homens, então 2/5 dos agentes são mulheres; dessas mulheres, 5/7 possuem algum curso superior. Assim, teremos: – Mulheres com algum curso superior: 5/7 de 2/5 = x = 15. Uma pesquisa foi realizada entre 1.000 moradores de Boa Vista sobre o meio de transporte que utilizam para ir ao traba- lho, e o resultado foi o seguinte: – 600 utilizam carro; – 500 utilizam moto; – 200 utilizam outro meio de transporte. Assim, entre os que participaram da pesquisa, o número de moradores de Boa Vista que utiliza apenas um meio de transporte citado é igual a: (A) 500. (B) 450. (C) 550. (D) 800. (E) 700. Letra a. CARRO (600) MOTO (500) 600 – X X 500 – X 200 1.000 600 - X + X + 500 - X + 200 = 1.000 1.300 - X = 1.000 X = 300 CARRO (600) MOTO (500) 300 300 200 200 1.000 Então, a quantidade de moradores, entre os que participaram da pesquisa, os quais utilizam ape- nas um meio de transporte citado, será igual a 300 + 200 = 500. INFORMÁTICA (Maurício Franceschini) 16. O sistema operacional Linux permite in- serir comandos no modo texto por meio do terminal de comandos. Nesse ambien- te, o superusuário root é identificado por meio de um caractere o qual é exibido an- tes do cursor. Assinale abaixo o referido caractere: (A) $ (B) # (C) @ (D) * (E) % Letra b. O superusuário root é identificado no terminal de comandos por meio do caractere #, o qual é exibido antes do cursor. 17. O Windows 10 possui um recurso que permite criar novas áreas de trabalho, al- ternar entre elas ou ainda alternar entre os programas abertos em uma mesma desktop. Assinale abaixo o nome do refe- rido recurso. (A) Cortana. (B) Hub de Feedback. (C) Aero Peek. (D) Visão de Tarefas. (E) Flip 3D. Letra d. O recurso Visão de Tarefas permite criar novas áreas de trabalho, alternar entre elas ou ainda alternar entre os programas abertos em uma mesma desktop. 18. Assinale abaixo o componente que deter- mina a velocidade de processamento da CPU, medida em Hz: (A) ULA. (B) Registradores. (C) Clock. (D) Unidade de Controle. (E) Memória Cache. 24AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO Letra c. O clock é o componente da CPU que deter- mina sua velocidade de processamento, me- dida em Hz. 19. O MS Word possui um recurso que per- mite copiar a formatação de um item se- lecionado e aplicá-la em outro. Assinale abaixo o nome do referido recurso: (A) Pincel de animações. (B) Marca d’água. (C) Macros. (D) Tabulação. (E) Pincel de formatação. Letra e. O pincel de formatação copia a formatação de um item selecionado e a aplica em outro. 20. Assinale abaixo a combinação de teclas de atalho para inserir a data atual em uma célula no MS Excel: (A) CTRL+ ; (B) CTRL+ : (C) CTRL+ * (D) CTRL+ S (E) CTRL+ N Letra a. A tecla de atalho “CTRL+;” insere a data atual na célula selecionada, enquanto a tecla “CTRL+:” insere a hora atual. CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS DIREITO ADMINISTRATIVO (Ricardo Blanco) 21. Assinale a opção correta. (A) É admitida a criação de autarquia por inicia- tiva de Deputado Federal, desde que este encaminhe o respectivo Projeto de Lei à Câ- mara dos Deputados, e que a matéria verse estritamente sobre a criação da entidade. (B) A distribuição de competências a órgãos subalternos despersonalizados, como as secretarias-gerais, é modalidade de descen- tralização de poder. (C) A criação de empresa pública é um exemplo de descentralização de poder realizado por meio de atos de direito privado, ainda que a instituição da empresa pública dependa de autorização legislativa. (D) A investidura em empregos públicos em so- ciedades de economia mista depende de prévia aprovação em concurso público, mas não se estende a esse tipo de emprego a proibição constitucional de acumulação re- munerada de funções e cargos públicos. (E) As fundações públicas não são sujeitas aos procedimentos licitatórios comuns aos de- mais entes da Administração indireta. Letra c. (A) Errado. A Constituição Federal de 1988 dis- põe que somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação (art. 37, XIX, 1ª parte). Cabe observar que todas essas leis – seja para cria- ção, seja para autorização – devem partir da iniciativa do chefe do Poder Executivo (Pre- sidente da República, Governador ou Prefeito), por força de expressa disposição constitucional (CF, art. 61, II, e). Assim, não é cabível que um parlamentar proponha lei para a criação ou au- torização de criação dessas entidades ou suas subsidiárias, sob pena de ser considerada in- constitucional, por vício de iniciativa. (B) Errado. Órgãos fazem parte da Administra- ção direta desconcentrada. (C) Certo. Art. 37, XIX, da CF – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e au- 25AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO torizada a instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas de sua atuação. (D) Errado. A regra constitucional é a vedação de acumular cargos e empregos públicos (art. 37, XVI e XVII, da CF). (E) Errado.Elas devem licitar seguindo a Lei n. 8.666/1993. 22. Assinale a alternativa correta. (A) Segundo a Constituição Federal, é permitida a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de re- muneração de pessoal do serviço público. (B) Segundo o STF, para acumulação de cargos públicos da área de saúde, não é necessário observar o limite de 60 horas. (C) As funções de confiança, exercidas prefe- rencialmente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carrei- ra nos casos, condições e percentuais mí- nimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assesso- ramento. (D) No controle externo, realizado pelo TCU, cabe o julgamento das contas apresentadas pelo Presidente da República. (E) No controle externo, não cabe ao TCU sus- tar os atos que possuam vício de legalidade. Letra b. (A) Errado. É vedada a vinculação. Art. 37, XIII, da CF – é vedada a vinculação ou equiparação de quais- quer espécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público. (B) Certo. O STF decidiu que deve ser obser- vada a compatibilidade de horário, e não o limi- te de 60 horas. O Ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgou válida a acumulação de dois cargos públicos, com carga horária superior a 60 horas semanais, por um profissional da saúde. A decisão, proferida no Recurso Ordinário em Mandado de Segurança (RMS) n. 34.608, reforma acórdão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que havia impedido a acumulação e negado o pedido de anulação do ato de demissão de um dos cargos. (C) Errado. Só quem pode exercer função de confiança é o servidor efetivo. Art. 37, V, da CF – as funções de confiança, exercidas exclusivamen- te por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e per- centuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento. (D) Errado. O TCU não faz o julgamento dos gastos do Presidente, apenas emite um parecer prévio (art. 71, I, da CF). (E) Errado. O TCU tem essa competência. Art. 71, X, da CF – sustar, se não atendido, a execução do ato impugna- do, comunicando a decisão à Câmara dos Deputados e ao Senado Federal. 23. Assinale a alternativa correta em relação à Administração Pública: (A) Os órgãos públicos da Administração direta, autárquica e fundacional são criados por lei, não podendo ser extintos por meio de decre- to do Chefe do Poder Executivo. (B) Segundo a teoria da imputação, os atos líci- tos praticados pelos seus agentes são impu- tados à pessoa jurídica à qual eles perten- cem, mas os atos ilícitos são imputados aos agentes públicos. (C) Quando as atribuições de um órgão público são delegadas a outra pessoa jurídica, com vistas a otimizar a prestação do serviço pú- blico, há desconcentração. (D) Não colide materialmente com a CF a de- terminação de que sejam previamente apro- vadas, pelo Poder Legislativo, as indicações dos presidentes das entidades da Adminis- tração Pública indireta. (E) Devido à natureza privada das empresas públicas e sociedades de economia mista exploradoras de atividade econômica, não há espaço para que essas entidades sejam fiscalizadas pelo TCU. 26AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO Letra a. (A) Certo. A criação dos órgãos públicos da Administração direta, autárquica e fundacional depende de lei de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo. Assim, apenas uma outra lei poderá extingui-lo, e não um mero ato admi- nistrativo, em consonância com o princípio do paralelismo de formas. (B) Errado. Há três teorias que explicam a rela- ção do Estado com os seus agentes. São elas: I) Teoria do mandato, segundo a qual o agente público é o mandatário do Estado; II) Teoria da representação, fundamentada na ideia de que a pessoa jurídica é incapaz e, em razão disso, o agente público seria o seu tutor ou curador; III) Teoria do órgão. Aqui há uma junção do Estado com os seus agentes – quando estes manifestam a sua vontade é como se o próprio Estado se manifestasse. Por essa teoria, criada pelo alemão Otto Gierke, independentemente da licitude do ato, a sua prática será imputada ao Estado (essa é a teoria aplicada no Brasil). (C) Errado. A desconcentração (descOncen- tração – Órgão) é uma distribuição interna de competência dentro da mesma pessoa jurídica. Ao contrário, na descentralização (descEntra- lização – Ente), há uma repartição de compe- tências entre pessoas jurídicas diversas. Vale ressaltar que na desconcentração há hierarquia e, na descentralização, há tutela, supervisão ministerial. (D) Errado. No tocante às autarquias federais, a competência para a nomeação dos seus dirigen- tes é privativa do Presidente da República (CF, art. 84, XXV) e o nome por ele escolhido poderá passar pela prévia aprovação do Senado Fede- ral (CF, art. 84, XIV). Pelo princípio da simetria, será também da competência do Governador (Estados e Distrito Federal) e do Prefeito (mu- nicípios) a nomeação dos dirigentes das suas autarquias, bem como leis estaduais, distritais e municipais poderão exigir a aprovação prévia do respectivo Poder Legislativo. No julgamento da ADI-MC n. 2.225/SC, o STF estendeu esse entendimento também às fundações públicas. Ao contrário, no julgamento da ADI n. 1.642/ MG, a Corte Suprema entendeu ser inconstitu- cional a exigência de aprovação prévia do Po- der Legislativo para a nomeação dos dirigentes das empresas públicas e sociedades de econo- mia mista, escolhidos pelo Chefe do Poder Exe- cutivo, por violação ao art. 173 da Carta Magna. Em suma: no caso das autarquias e fundações públicas, a exigência de aprovação prévia não colide materialmente com a CF, no entanto, em se tratando de empresa pública e sociedade de economia mista, tal exigência afronta o art. 173 da CF e seus parágrafos. (E) Errado. Todas as pessoas da Administração indireta, sejam prestadoras de serviços públicos ou exploradoras de atividade econômica, estão submetidas ao controle do Tribunal de Contas (MS n. 25.092/DF). 24. Assinale a alternativa incorreta em rela- ção à responsabilidade civil da Adminis- tração Pública: (A) A morte da mãe de Pedro foi ocasionada pela interrupção do fornecimento de energia elétrica durante cirurgia realizada em hospi- tal público, por falta de pagamento. Por esse motivo, Pedro pretende ingressar com ação judicial de reparação de danos materiais e morais contra a concessionária de serviço público responsável pelo fornecimento de energia elétrica. Na hipótese em apreço, conforme precedentes do STF, por não ter havido ato ilícito por parte da concessioná- ria, não há possibilidade de se reconhecer a sua responsabilidade civil objetiva. (B) Segundo o STF, para a configuração da res- ponsabilidade objetiva do Estado, não é ne- cessário que o ato praticado seja ilícito. (C) Como a responsabilidade civil do Estado por ato danoso de seus prepostos é objetiva, surge o dever de indenizar se restarem pro- vados o dano ao patrimônio de outrem e o nexo de causalidade entre este e o compor- tamento do preposto. No entanto, o Estado poderá afastar a responsabilidade objetiva quando provar que o evento danoso resultou de caso fortuito ou de força maior, ou ocor- reu por culpa exclusiva da vítima. (D) A responsabilidade da Administração Públi- ca, de acordo com a teoria do risco adminis- trativo, evidencia-se na obrigação que tem o Estado de indenizar o dano injustamente sofrido pelo particular – independentemente da existência de falta do serviço e da culpa 27AGEPEN RR – AGENTE PENITENCIÁRIO do agente público –, havendo a possibilida- de de comprovação da
Compartilhar