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Iniciamos as 13:30 Como a informatização e os sistemas "Just in Time" e "Kanban" são integrados na indústria moderna Histórico Filosofia de produção que tem o objetivo de fabricar as peças certas, no número certo e na hora certa. Foi uma idéia inicial de Henry Ford, publicada em seu livro My Life and Work (1922). Primeiramente adotada pela Ford, e posteriormente pela Toyota como parte do Toyotismo (Toyota Production System). Nos anos 50 passou à ser aprimorado pelo então engenheiro chefe da Toyota, Taiichi Ohno. JUST IN TIME Situação após a II GG Sistema de produção em massa Fordismo / Taylorismo Relação capital/trabalho Cultura ocidental x Cultura oriental Produtividade Fidelidade x lucratividade Situação no Japão Baixa produtividade Efeito da depressão causada pelo II GG Mercado doméstico pequeno, exigindo grande gama de tipos de produtos Compra de tecnologia no exterior impraticável Remotas possibilidades de exportação Baixa qualidade MERCADO AUTOMOBILÍSTICO ECONOMIA DE ESCALA; PRODUTIVIDADE PARA GRANDES LOTES; MERCADOS EM EXPANSÃO; FORD ECONOMIA DE VARIEDADES; PRODUTIVIDADE COM DIVERSIDADE; MERCADOS INSTÁVEIS; TOYOTA 1955 VOLUMES DE PRODUÇÃO: JAPÃO - 69.000 EUA - 9.200.000 O caso Toyota 1948 – Sistema de Produção puxada, eliminando estoques intermediários (Taiichi Ohno) 1949 – Eliminação de estoques intermediários na Fábrica de Motores 1949 – Operários polivalentes começaram a operar 3 ou 4 máquinas simultaneamente. Os operários inspecionavam o próprio serviço 1950 – Implementação do sistema ATO “por ordem, ou cada setor era considerado um cliente” nas diversas áreas da empresa (devido a pressão dos bancos e consequente necessidade de reduzir estoques) 1953 – Implementação do sistema Kanban, com a utilização de cartões 7 O caso Toyota 1955 – Sincronização das diversas áreas de produção, reduzindo material em processo 1957 – Instalação de lâmpadas indicadoras para alertar os supervisores de problemas na linha (Andon) 1958 – Eliminação da documentação (formulários) para retirada de material 1959 - Implantação de sistema de controle interno para o deslocamento interno e interno-externo de materiais, permitindo maior redução nos níveis de estoques e no tempo de espera 1961 – Ampliação do sistema Kanban aos fornecedores externos 1965 – Sistema Kanban a todos os fornecedores externos 8 PRODUÇÃO ENXUTA FABRICAR COM O MÁXIMO DE ECONOMIA DE RECURSOS PRODUZIR COM QUALIDADE - SEM DEFEITOS SISTEMA TOYOTA QUALIDADE PARTICIPAÇÃO PRODUTIVIDADE ELEMENTOS BÁSICOS DA PRODUÇÃO ENXUTA PROMOVE O ENVOLVIMENTO DOS FUNCIONÁRIOS NO PROCESSO DECISÓRIO 1950 TOYODA E OHNO CONCLUEM QUE O PRINCIPAL PRODUTO DO MODELO DE HENRY FORD É O DESPERDÍCIO DE RECURSOS: ESFORÇO HUMANO, MATERIAIS, ESPAÇO E TEMPO. O caso Toyota Pilares do Sistema Toyota de Produção: Aperfeiçoamento contínuo da produção, através da eliminação sistemática de desperdícios (produção enxuta): Just-in-time Autonomação, ou automação com toque humano (Jidoka) Respeito ao ser humano 10 O caso Toyota Pilares do JIT: “Em um fluxo de produção, os materiais e componentes só serão produzidos ou recebidos nas quantidades certas, com a qualidade certa e no momento certo” Por que não depois? Por que não antes? 11 PRODUÇÃO ENXUTA - Fabricação com Qualidade - Fazer certo da primeira vez. Corrigir os erros em suas causas. INFLUÊNCIA DE DEMING Ferramentas de gestão O caso Toyota Resultados: Eliminação do desperdício (Quais?) Comprometimento dos colaboradores com a produção (Como?) Aperfeiçoamento contínuo (Por que?) O STP, juntamente com o seu elemento mundialmente conhecido, o JIT, configuram uma verdadeira revolução na administração da produção e, consequentemente, uma vantagem competitiva em Manufatura. 13 PRODUÇÃO ENXUTA Eliminação dos Desperdícios Espera. Transporte. Deslocamentos. Perdas inevitáveis. Fabricação em quantidades maiores que o necessário. Refugos. Tempo perdido em consertar erros. Estoques. Realização de operações e atividades de transformação estritamente ligadas ao produto ou serviço. INEFICIÊNCIAS INEVITÁVEIS DESPERDÍCIOS ATIVIDADES QUE AGREGAM VALOR AO PRODUTO OU SERVIÇO House Toyota 15 O caso Toyota Resultados? LÍDER MUNDIAL EM VOLUME DE PRODUÇÃO DE VEÍCULOS EM 2007 16 Como Surgiu Henry idealizou que não compensava comprar materiais excedentes, e sim apenas o necessário para a produção imediata, levando-se em consideração o tempo de transporte. Assim foi também implementado o sistema “Dock to factory floor”, ou seja, o material ia direto para as linhas de montagem. No Japão , as empresas não podiam pagar por grandes terrenos para seus galpões, sendo isso considerado uma desvantagem até os anos 50 por diminuir o “economic lot size”, ou seja o numero de peças idênticas que deveriam ser produzidas pelo valor da reestruturação das maquinas para a produção do novo produto. Taiichi Ohno a partir dos anos 50, passou a aprimorar o processo implementado por Ford, reduzindo o “retooling” e o “economic lot size”. O sistema passou a ser implementado nos anos 70 no Japão e 80 nos E.U.A. Conceito Existem três idéias básicas sobre as quais se desenvolve o sistema Just In Time: A primeira é a integração e otimização de todo o processo de manufatura. Tudo o que não agrega valor ao produto é desnecessário e precisa ser eliminado. A segunda idéia é a melhoria contínua (Kaizen). Isto significa uma mentalidade de trabalho em grupo, de visão compartilhada, de revalorização do homem, em todos os níveis, dentro da empresa. Esta mentalidade permite o desenvolvimento das potencialidades humanas, conseguindo o comprometimento de todos pela descentralização do poder. A terceira idéia básica é entender e responder às necessidades dos clientes. Isto significa a responsabilidade de atender o cliente nos requisitos de qualidade do produto, prazo de entrega e custo. Clientes e fornecedores formam, então, uma extensão do processo de manufatura da empresa. Vantagens Menor “Lead Time” na concepção de novos produtos; Menos “Lead Time” na manufatura; Melhor atendimento ao cliente; Menor perda (maior valor agregado ao produto); Maior retorno de investimento; Reduzir estoques em processo, produtos acabados e eventualmente matérias-primas; Reduzir custos de fabricação; Gerar espaços de Fábrica; Produzir por métodos que permitam o envolvimento das pessoas (moral, satisfação, desenvolvimento, autocontrole) Reduzir o custo e o tempo de transporte dos produtos entre o fornecedor e a empresa solicitante. Desvantagens A maior desvantagem deste sistema é a que decorre de incertezas na envolvente da empresa. Se algo não funcionar bem, e o exemplo de uma greve nos transportes é a mais evidente, tudo pode ficar parado. Por isso, algumas empresas, além de um sistema de Just-in-time, mantêm também o "just in case", algum estoque de segurança que permitirá evitar perdas no caso de problemas com a envolvente, nomeadamente os fornecedores. KANBAN Histórico Foi criado no Japão após a 2° Guerra Mundial, por Taiichi Ohno, engenheiro chefe da Toyota. Em Japonês kanban significa cartão. Como Funciona? O recebimento de um Kanban dispara o transporte, a produção ou o fornecimento de um determinado produto. Não há estocagem de matéria prima. A produção emite um sinal para seu fornecedor, alertando que sua matéria prima esta se esgotando. O ordem também pode ser invertida, o fornecedor avisando a produção, sobre o que produzir. Este sinal é emitido na forma do uso de um cartão. Painéis de controle. Painéis são colocados no chão de fábrica das empresas para estabelecer o controle dos cartões. Quando um cartão é passado para o posto fornecedor, quer dizer que é necessária a reposição de material. É um processo de fácil entendimento para os funcionários, pois eles já sabem a matéria prima que está faltando, através da ausência do cartão. Agiliza a produção. Painel Porta-Kaban Cartão Kanban de Fornecedor Cartão Kanban de Produção Cartão Kanban de Fornecedor Kanban na indústria moderna 5 Regrasde Qualidade Fim dos Estoques ( Inventário): O cliente deve retirar do fornecedor apenas quantidades necessárias para seu processo subseqüente da produção. O fornecedor deve produzir itens nas quantidades requisitadas pelo cliente. Qualidade: Produtos com defeitos não devem ser liberados para os clientes. Principio do “melhoramento contínuo”. Adaptar-se facilmente as modificações na demanda ( Lead Time). Informatização Atualmente o JIT e o Kanban são complementados pelo controle estatístico computacional. Também através de sistemas online é possível fazer com que pedidos sejam automatizados, o que possibilita uma otimização e uma facilitada terceirização. Atividade Aplicar o modelo JIT em um “Bar” The PUB – Pilsner Unique Bar, é uma rede de bares que surgiu na República Tcheca, em Praga, e hoje possui 11 unidades em seu país e outras 3 franquias, na Alemanha, na Áustria e na Romênia. É especialmente famoso entre os estudantes universitários de Praga, devido a seu modelo de negócios peculiar. Além do tradicional balcão do bar, em cada mesa do The PUB existe uma “bomba” de cerveja, com uma tela touch-screen, e um sistema de limpeza de copo, no qual o cliente coloca seu copo, voltado para baixo, e um jato de água é passado por dentro do recipiente, para lavá-lo. Cada cliente recebe um número na mesa. No momento em que deseja consumir qualquer produto, ele apenas clica no seu número na tela, e escolhe a figura correspondente ao que deseja – uma porção de batata frita, exemplo – e o garçom prontamente vai até a mesa com o respectivo pedido. Desta forma, o cliente sente-se mais à vontade para escolher, e o tempo dos funcionários do bar é otimizado, já que eles não precisam ficar percorrendo as mesas para saber se um cliente necessita de algo. Porém, o grande diferencial está na bomba de cerveja na própria mesa: o cliente apenas precisa clicar em seu número, escolher o item correspondente à cerveja, e se servir com a quantia que desejar. Desta forma, não há tempo de espera, o cliente é servido Just-in-Time, e o próprio estabelecimento economiza seu produto, já que fornecerá exatamente aquilo que será consumido. Para estimular ainda mais o consumo dos clientes, o The PUB instalou telões ao fundo de seus estabelecimentos, que mostram em tempo real quanto cada mesa consumiu de cerveja, e quanto cada estabelecimento consumiu, e o placar é atualizado toda vez que alguém abre a torneira para consumir mais bebida. É comum, em Praga, universitários utilizarem este recurso para realizar competições do tipo “qual mesa bebe mais até o fim da noite” e, justamente por não pagar por copos, mas por volume, e por beber pequenas doses de cada vez, este público acaba por não se dar conta do quanto está consumindo, o que leva a uma compra muito maior ao fim da noite. Desta forma, aplicando o conceito Just-in-Time, a rede conseguiu tanto diminuir seus estoques, pois fornece exatamente o que será consumido, não armazena seus produtos em garrafas, mas em grandes tanques, ocupando menos espaço, e otimiza o tempo dos garçons, quanto conseguiu criar uma forma de estimular o consumo de seus clientes, maximizando seus lucros. Percebe-se, assim, como a aplicação de conceitos simples do Lean podem diminuir custos ao mesmo tempo que tornam o produto mais atrativo para o cliente, aumentando os lucros operacionais. Bibliografia http://libdigi.unicamp.br/document/?view=32 acessado em 10/05/2006 http://www.frigoletto.com.br/GeoEcon/just-in-time.htm acessado em 10/05/2006 http://www.pmelink.pt/pmelink_public/EC/0,1655,1005_45899-3_41104--View_429,00.html#06 acessado em 13/05/2006 Máquina Que Mudou O Mundo, A, James P. Womack, Daniel Jones e Daniel Roos http://vitoria.upf.br/~duran/disciplinas/grad/pcp/Transp_Pcp_8.PDF
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