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LABORATÓRIO CENTRAL LABORATORIO CENTRAL UNIVERSITÁRIO DA CIDADE DE CUIABÁ EQUIPE DIRETIVA Louise Moraes Braga Cunha CRF 2122 Marcela Kelly Almeida CRF 2430 INTRODUÇÃO Sobre a Urocultura As infecções do trato urinário (ITU) constituem um dos quadros mais frequentes entre as infecções humanas e compreendem várias síndromes, caracterizadas pela presença de micro-organismos no trato urinário e por serem frequentemente acompanhadas de resposta inflamatória aguda e sintomática. As síndromes mais frequentes incluem: cistite, pielonefrite e bacteriúria assintomática. A cistite é definida como a infecção da bexiga e caracteriza-se por sintomas como disúria, estrangúria e polaciúria. Na pielonefrite, a infecção envolve os rins e a pelve renal e é geralmente associada a sintomas sistêmicos, como a febre. A bacteriúria assintomática é definida como a presença de bactérias na urina na ausência de sintomas. Tem maior significado clínico em gestantes, indivíduos em uso de dispositivos ou submetidos a procedimentos invasivos no trato urinário e crianças com refluxo vesicouretral. Os principais agentes das ITU são geralmente limitados aos componentes da própria microbiota intestinal do paciente. Entre os bacilos Gram-negativos, a maioria é causada por Escherichia coli e, em menor frequência, por Proteus mirabilis, Klebsiella pneumoniae, Enterobacter spp e Pseudomonas aeruginosa. Este último patógeno é usualmente detectado em pacientes submetidos a procedimentos invasivos ou hospitalizados. Entre os micro-organismos Gram-positivos, destacam-se, em relação à frequência, Enterococcus spp e Staphylococcus saprophyticus. Sua frequência é variável em infecções em pacientes ambulatoriais ou hospitalizados. Em mulheres, E. coli é responsável pela maioria dos casos de ITU não complicadas, seguido pelo S. saprophyticus. Em pacientes hospitalizados, E. coli também predomina, mas outros bacilos Gram-negativos se destacam (Enterobacter spp, Serratia spp, Klebsiella spp, Providencia spp, Pseudomonas spp e Acinetobacter spp). Entre os Gram-positivos, destaca-se Enterococcus spp. Em alguns grupos específicos de pacientes, micro-organismos incomuns podem ter significado. ITU por Corynebacterium urealyticum está usualmente associada a cistite e pielite em crianças e adultos com litíase urinária e eventualmente em receptores de transplantes renal. Streptococcus agalactiae (Streptococcus beta-hemolítico do grupo B) deve ser pesquisado em urina de gestantes. As ITU são, na sua maioria, causadas por um único agente e, em algumas situações, uroculturas com até dois micro-organismos podem ser relevante. Estima-se que aproximadamente 10% da população feminina tenha pelo menos um episódio de ITU ao longo da vida e a cultura de urina é considerada o método laboratorial de referência para o diagnóstico. A urocultura é uma técnica quantitativa e, tradicionalmente, o diagnóstico é baseado no número de unidades formadoras de colônias/mL de urina (UFC/mL). É o exame mais solicitado em laboratório de microbiologia clínica. O maior desafio para se obter resultados de urocultura fidedignos está na fase pré-analítica. A qualidade dos resultados da urocultura é influenciada pela orientação correta sobre os procedimentos de coleta e transporte fornecidos ao paciente ou profissional que irá realizar a coleta. A coleta deve ser feita de modo a evitar ao máximo a contaminação com a microbiota uretral e perineal. Mesmo quando a coleta é considerada adequada, os índices de contaminação podem variar de 7 a 31%. Este é o método de coleta de urina mais usual, especialmente em pacientes ambulatoriais, e é passível de contaminação com a microbiota genital. A correta instrução ao paciente para a coleta tem relação direta com a diminuição nos índices de contaminação. O ideal é que o paciente realize a coleta no próprio laboratório, e não em casa, visando a eliminar o viés gerado pelo aumento da contagem de colônias durante o transporte. Vale lembrar que uma enterobactéria duplica-se, em média, a cada 20 minutos e o transporte em temperatura inadequada pode alterar significativamente a contagem bacteriana, levando a culturas falso- -positivas. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO LACEN Laboratório Central COLETA DE URINA PARA UROCULTURA VERSÃO 03 REVISÃO: 2020 Elaboração: Louise Moraes Braga Cunha Data da criação: 01/08/2017 Revisado pela Equipe do LACEN Data da aprovação: 10/01/2018 Aprovado pela Diretoria Data da ultima revisão: 10/01/2019 CONCEITO: É o ato de realizar coleta de urina para urocultura ou análise bioquímica. OBJETIVO: - Padronizar condutas relacionadas às técnicas de coleta de urina para urocultura ou análise bioquímica. -Relacionar os procedimentos necessários para a coleta de urina para urocultura ou análise bioquímica. -Melhorar a segurança do paciente minimizando erros na coleta de urina para urocultura ou análise bioquímica. -Fornecer subsídios para implementação e acompanhamento da coleta de urina para urocultura ou análise bioquímica. Setor: Todos os setores assistenciais Agente(s): Auxiliar ou Técnico de Enfermagem MATERIAIS NECESSARIOS - Água, sabão e papel toalha; - Bandeja, etiqueta para identificação; - Luvas de procedimento, bolas de algodão, solução de clorexidina alcoólica 0,5%; - Seringa de 20ml e agulha 30X7mm, frasco de boca larga e frasco tipo tubo de ensaio para condicionamento da amostra devidamente identificado; - Pedido do exame; - Prontuário do paciente. ETAPAS DO PROCEDIMENTO Coleta de Urina para Urocultura ou Análise Bioquímica 1. Higienizar as mãos com água e sabão. 2. Reunir o material necessário em uma bandeja; 3. Identificar o frasco com o nome completo do paciente, número do prontuário ou registro, leito hospitalar, local da coleta, data e hora da coleta; 4. Conferir o nome do paciente; 5. Explicar ao paciente e ao acompanhante o procedimento; 6. Levar a bandeja até o cliente; 7. Colocar biombo e/ou fechar a porta do quarto; 8. Calçar as luvas de procedimento; 9. Realizar a higiene íntima do paciente com gluconato de clorexidina degermante a 4%; 10. Desprezar o primeiro jato; 11. Coletar urina de jato médio (cerca de 10 ml) diretamente em frasco estéril de boca larga; 12. Repassar a urina para o frasco tipo tubo de ensaio; 13. Recolher o material utilizado; 14. Retirar as luvas de procedimento; 15. Deixar o paciente em posição confortável; 16. Realizar as anotações de enfermagem no prontuário; 17. Enviar o material ao laboratório juntamente com o pedido, o mais rápido possível; 18. Lavar a bandeja com água e sabão, secar e guardar em local apropriado. Paciente com Sonda Vesical de Demora 1. Realizar as ações de 1 a 8; 2. Clampear a extensão da bolsa coletora pouco abaixo do local apropriado para punção por um período de até 30 minutos; 3. Realizar a desinfecção com gluconato de clorexidina alcoólico a 0.5% no dispositivo apropriado para a coleta da urina; 4. Introduzir a agulha de 30x7 mm acoplada a seringa no dispositivo, aspirar com seringa, injetar no frasco estéril tipo tubo de ensaio e tampá-lo; 5. Realizar as ações de 11 a 16. Coleta de Urina com saco coletor (autoaderente) 1. Fazer a higiene prévia da região genital e anal com gaze embebida em água morna e sabonete neutro. 2. Retirar o excesso com gaze seca. 3. A critério: utilizar a clorexidina aquosa após a limpeza prévia com água e sabão. 4. Fixar o coletor assepticamente de forma que a uretra fique coberta por ele. 5. Trocar o saco coletor a cada 30 minutos e repetir a higiene a cada troca. 6. Após a coleta, fechar o saco coletor. Não transferir para outros recipientes. 7. Transporte As amostras devem ser transportadas em até 2 horas em temperaturaambiente (20 a 25°C) ou sob refrigeração (2 a 8°C) em até 24 horas. 8. Quando a refrigeração não for possível, recomenda-se o uso de conservantes bacteriostáticos. O envio das amostras de urina ao laboratório de apoio/matriz deve ser feito em tempo hábil, em recipientes contendo gelo reciclável e temperatura controlada. 9. As amostras devem ser acondicionadas de modo a não ficarem soltas no recipiente de transporte. O acondicionamento deve obedecer rigorosamente às normas de biossegurança vigentes RECOMENDAÇÕES Deve se coletar o segundo jato de urina, urina jato médio ou meio de jato da primeira urina da manhã. Este é o método de coleta de urina mais usual, especialmente em pacientes ambulatoriais, e é passível de contaminação com a microbiota genital. A correta instrução ao paciente para a coleta tem relação direta com a diminuição nos índices de contaminação. O ideal é que o paciente realize a coleta no próprio laboratório, e não em casa, visando a eliminar o viés gerado pelo aumento da contagem de colônias durante o transporte. Vale lembrar que uma enterobactéria duplica-se, em média, a cada 20 minutos e o transporte em temperatura inadequada pode alterar significativamente a contagem bacteriana, levando a culturas falso- -positivas. Sexo feminino: antes de iniciar a coleta, a paciente deve lavar as mãos. Em pacientes ambulatoriais, o ideal é que a paciente realize sua higiene genital com água e sabonete comum e a seguir seque a região genital com toalha limpa em sua residência antes de se dirigir ao laboratório. Fazer a higiene genital com gaze embebida preferencialmente com água e sabonete neutro e com movimentos de frente para trás. Retirar o excesso com gaze seca. Idealmente, a higienização deve ser feita 3 vezes consecutivas. Alternativamente, utilizar solução aquosa de clorexidina ou lenços para higiene, comercialmente disponíveis. Afastar os grandes lábios. Desprezar o primeiro jato e coletar a porção média da urina sem interrupção do fluxo em frasco estéril de boca larga. Desprezar a porção final da urina no vaso sanitário. Sexo masculino: lavar as mãos e fazer a higiene da região genital. Embeber gaze, preferencialmente com água e sabonete neutro. Retirar o excesso com gaze seca. Em homens não circuncidados, afastar o prepúcio, desprezar o primeiro jato e coletar a porção média da urina sem interrupção do fluxo em frasco estéril de boca larga. Desprezar a porção final da urina no vaso sanitário. Deve-se ter especial atenção para não tocar no interior do frasco e não o encostar na pele. Volume Como regra geral, quanto maior o volume, melhor a qualidade do exame bacteriológico. Um volume mínimo de 0,1 mL é suficiente para a realização da urocultura; entretanto, é importante lembrar que, na maioria absoluta das vezes, o médico solicita também o exame de urina tipo I, sumário ou EAS na mesma amostra. Nesse caso, o volume ideal é de 12 mL e o mínimo é de 5 mL para a maioria dos laboratórios clínicos. No caso de urinas coletadas com conservantes, recomendam-se volumes acima de 3 mL. A Tabela 1 resume as condições de encaminhamento das amostras para uroculturas. Cadastro Além das informações gerais para o cadastro do paciente/cliente, de acordo com os procedimentos de gestão de qualidade do laboratório, especificamente para a realização da urocultura, as informações listadas a seguir devem, obrigatoriamente, ser cadastradas: horário da coleta, horário do recebimento, tipo de amostra e exames solicitados. Idealmente devem constar também a indicação clínica e o uso de antimicrobianos. Critérios de rejeição Cada laboratório deve estabelecer os critérios a serem seguidos para a rejeição das amostras. Para urocultura, são inadequadas: • Urina coletada em recipientes não estéreis. • Urina sem refrigeração com período superior a 2 horas após a coleta. • Urina com volume inferior ao mínimo aceitável. • Urina de 24 horas. • Urina coletada da bolsa de pacientes com sondagem vesical de demora. • Urina em recipiente com vazamento, quebrado e/ou sem identificação. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO LACEN Laboratório Central Teste de Sensibilidade pelo Método de Disco Difusão usando A ntibióticos ou Extratos VERSÃO 03 REVISÃO: 2020 Elaboração: Louise Moraes Braga Cunha Data da criação: 01/08/2017 Revisado pela Equipe do LACEN Data da aprovação: 10/01/2018 Aprovado pela Diretoria Data da ultima revisão: 10/01/2019 OBJETIVO O objetivo do teste é indicar qual agente quimioterápico é mais adequado para combater um patógeno específico. Durante a incubação, os agentes quimioterápicos difundem-se nos discos de papeis para o meio de cultura. Se o agente quimioterápico é efetivo, uma zona de inibição forma-se ao redor do disco. O diâmetro da zona de inibição é medido e de acordo com uma tabela padrão o antibiótico é classificado como sensível, intermediário ou resistente. Setor: Laboratório de Bioquimica Agente(s): Auxiliar ou Técnico de Laboratório, Biomédico e Farmacêutico. MATERI AIS NECESSÁRIOS Placa com ágar BHI ou Nutriente; Caldo BHI ou Nutriente estéreis; Placas com ágar Muller Hinton estéreis; Discos com os antibióticos; Alça bacteriológica; Swab estéril; Pinça de metal estéril; Pipetas automáticas de 1000uL, 100uL e 10uL; Ponteiras estéreis; Espectrofotômetro; Estufa Bacteriológica. . ATENÇÃO! Todo o procedimento deve ser feito utilizando métodos assépticos, para evitar contaminação, leia as orientações descritas em POP de Limpeza e Descontaminação de bancadas, estufas e fluxo laminar. Os organismos a serem testados devem estar na f ase log de crescimento e isolados se for o caso, recomenda-se que as culturas dos organismos sejam feitas no dia anterior ao teste PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO LACEN Laboratório Central Teste de Sensibilidade pelo Método de Disco Difusão usando A ntibióticos ou Extratos VERSÃO 03 Elaboração: Louise Moraes Braga Cunha Data da criação: 01/08/2017 Revisado pela Equipe do LACEN Data da aprovação: 10/01/2018 Aprovado pela Diretoria Data da ultima revisão: 10/01/2019 1. Cultivar as bactérias (CEPAS PADRÔES) em 10mL de caldo BHI ou caldo Nutriente, incubar a 37°C por 18 a 24 hs; 2. Teste de Disco Difusão. 3. Após incubação, padronizar as suspensões bacterianas em espectrofotômetro ajustando-as na escala de Mac Farland 0,5 Mac que corresponde a 0,08 a 0,10 de absorbância (Abs) (=1 a 2 x 108 UFC/mL). Siga as orientações de uso do aparelho espectrofotômetro e faça as leituras no comprimento de onda em 625nm; 4. Depois de padronizar as suspensões bacterianas, inocular as placas em , no máximo, 15 minutos após a preparação da suspensão bacteriana. Mergulhar o swab estéril no frasco retirando o excesso do inóculo na lateral do frasco, e realizar a semeadura por esgotamento na placa com ág ar Muller Hinton, evitando deixar áreas " descobertas" ( Figura 1). Como passo final, passar um swab na margem da placa de ágar. Figura 1. Exemplo de semeadura. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO LACEN Laboratório Central Teste de Sensibilidade pelo Método de Disco Difusão usando A ntibióticos ou Extratos VERSÃO 03 Elaboração: Louise Moraes Braga Cunha Data da criação: 01/08/2017 Revisado pela Equipe do LACEN Data da aprovação: 10/01/2018 Aprovado pela Diretoria Data da ultima revisão: 10/01/2019 5. ATENÇÃO! Certifique-se que as placas com ágar Muller Hinton estão sem gotículas de ág ua, pois isso prejudica o teste na hora de visualizar o halo de inibição. Se necessário, deixe-assecando na estufa bacteriológica antes de utilizá-las e se ainda estiverem com as gotículas seque-as com gazes estéreis perto do bico de Bunsen; 6. Deixar as placas secando por 5 minutos à temperatura ambiente, para que o inóculo seja completamente absorvido pelo ágar antes de aplicar os discos; 7. Retirar os discos da geladeira uma a duas horas antes da utilização. Obs: Placas de 150mm (grande) colocar no máximo 12 discos e placas de 90mm (média) colocar no máximo 5. 8. Com o auxílio de uma pinça estéril/f lambada distribuir os discos na s placas e após colocados, pressionar levemente a superfície de cada disco com a pinça, tomando cuidado para não mover o disco, pois a difusão da droga é imediata.; PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO LACEN Laboratório Central Teste de Sensibilidade pelo Método de Disco Difusão usando A ntibióticos ou Extratos VERSÃO 03 Elaboração: Louise Moraes Braga Cunha Data da criação: 01/08/2017 Revisado pela Equipe do LACEN Data da aprovação: 10/01/2018 Aprovado pela Diretoria Data da ultima revisão: 10/01/2019 9. Em seguida, incubar as placas na estufa bacteriológica de 18 a 24 horas a 35°C. 10. No dia seguinte, após 16 a 18 horas de incubação verificar se o crescimento sobre o ágar está confluente e uniforme, com zonas de inibição circulares . Obs 1: Para Staphylococcus e Enterococcus a incubação deve ser de 24 horas para a verificar resistência à vancomicina e oxacilina. 11. Obs 2. A leitura não poderá ser feita e o teste deverá ser repetido quando houverem colônias isoladas, caracterizando inóculo insuficiente e se apresentar colônias pequenas dentro dos halos de inibição que caracterizem contaminação; 12. Verificar a formação dos halos de inibição ao redor dos discos. Com o auxílio de uma régua medir cada halo e de acordo com a tabela padrão classificar cada antibiótico como sensível, intermediário ou resistente. Os diâmetros dos halos de inibição total (julgadas a olho nu) são medidos, incluindo o diâmetro do disco (Fig ura 2).O halo de inibição será considerado a área sem crescimento detectável a olho nu. Figura 2. Placa de Muller Hinton com discos de inibição. PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRAO LACEN Laboratório Central Teste de Sensibilidade pelo Método de Disco Difusão usando A ntibióticos ou Extratos VERSÃO 03 Elaboração: Louise Moraes Braga Cunha Data da criação: 01/08/2017 Revisado pela Equipe do LACEN Data da aprovação: 10/01/2018 Aprovado pela Diretoria Data da ultima revisão: 10/01/2019 Obs 3: O crescimento de pequenas colônias, detectável apenas com lente de aumento, na margem do halo de inibição do crescimento deve ser ignorado. Entretanto, no caso de crescimento discreto de colônias dentro de um halo de inibição evidente, o teste de verá ser repetido com uma cultura ou subcultura pura de uma única colônia, isolada da placa de cultura primária. Se pequenas colônias continuarem a cr escer no halo de inibição, o halo de inibição livre de colônias deve ser medido. Obs 4: Algumas vezes, as cepas de Proteus spp. podem se espalhar para as áreas do halo de inibição de certos agentes antimicrobianos. Com Proteus spp., o tênue véu de crescimento, dentro de um halo de inibição evidente deve ser ignorado. 13. Critérios de interpretação do diâmetro dos halos: Categoria de Interpretação „ Sensível‟→ implica que a infecção causada por este isolado pode ser tratada apropriadamente com a dosagem de um agente antimicrobiano recomendado para esse tipo de infecção e patógeno, salvo quando de outra forma indicado; Categoria de Interpretação „Intermediária‟ → implica que uma infecção causada por este isolado pode ser tratada apropriadamente em locais do corpo, onde as drogas se concentram fisiologicamente ou quando for possível a prescrição de uma dosagem mais alta da droga que a habitual; também indica uma “zona tampão” (buffer zone) que deveria impedir que pequenos fatores técnicos e f ora de controle causem grandes discrepâncias na interpretação dos testes; Categoria de Interpretação „ Resistente‟ → implica que os isolados não são inibidos pelas concentrações do agente antimicrobiano normalmente prescritas em tratamentos habituais (freqüência e dosagem) e/ou caem na faixa em que a ocorrência de mecanismos de resistência antimicrobiana específicos são mais pr ováveis (ex., betalactamases), e a eficácia clínica não tem sido confiável em estudos clínicos. BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (ABNT) NBR 147 885. Trata-se dos requisitos de segurança no laboratório clinico. Disponível em: <ttp://www.dicq.org.br/pdsf/manual_disc_ 2011.pdf .> MINISTERIO DA SAUDE. Manual de Procedimentos. Coleta, acondicionamento e transpor te de amostras biológicas. (LA C E N -GO). Disponível em: <http://sgc.goias.gov.br/upload/links/arq_3 82_ manualprocedimentos.pdf .> NCCLS. Methods for Dilution Antimicrobial Susceptibility Tests for Bacteria That Grow Aerobically; Approved Standard—Sixth Edition. NCCLS document M7-A6 [ISBN 1-56238-486-4]. NCCLS, 940 W est Valley Road, Suite 1400, Wayne, Pennsylvania 19087-1898 USA, 2003.). Tortora, G erald J. Microbiologia / Gerald J. tortora, Berdell R. Funke, Christine L. Case; trad. atual. por Roberta marchiori Martins - 8. ed. - Porto Alegre: Artmed, 2005. http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/ modulo5/interpretacao4.htm www.helplab.com.br/textos/IdentificacaoPositivo.doc
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