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A poliarquia - Robert Dahl - Resenha

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UFLA – Universidade Federal de Lavras
GCH238 – Ciência Política e Teoria do Estado
Marcelo Sevaybricker Moreira
Olívia Gonçalves Monteiro
Poliarquia – Robert Dahl
	O cientista político Robert Alan Dahl escreve, em 1972, o livro Poliarquia, com o objetivo de tratar de um aspecto importante no processo de democratização: o desenvolvimento de um sistema político que garantisse que o governo seja responsivo às preferências dos cidadãos e permitisse a oposição ou a competição entre um governo e seus oponentes. 
	O primeiro capítulo nos apresenta o seguinte pressuposto: para que um governo atenda às preferências dos cidadãos e seja verdadeiramente democrático, os cidadãos devem ser considerados como politicamente iguais e devem ter oportunidades plenas de formular e expressar suas preferências, além de possuírem o direito de ter suas preferências consideradas pelo governo. Para Robert Dahl, as instituições sociais devem ser responsáveis por asseguram plenamente essas preferências através da garantia da liberdade para formar e aderir organizações; da liberdade de expressão; do direito de voto; do direito de líderes políticos disputarem apoio; de fontes alternativas de informação; de eleições livres e idôneas; de instituições que façam com que as políticas governamentais dependam de eleições e de outras manifestações.
	Dahl admite que nenhum sistema governamental no mundo é plenamente democratizado, no entanto o autor defende a ideia de que a poliarquia, sendo diametralmente oposta à hegemonia fechada, seria a forma de governo que mais se aproximou do ideal de democracia, pois trata-se de um governo inclusivo, popularizado e amplamente aberto à contestação pública. 
	No segundo capítulo do livro, o autor afirma que pequenas diferenças entre governos nacionais são vistas pela maioria como algo trivial. No entanto, para Dahl, a transformação de um governo hegemônico em um governo mais competitivo ou de uma oligarquia competitiva numa poliarquia tem consequências significativas para a população, como a maior abrangência do sufrágio, a possibilidade da competição/inclusão, a modificação dos partidos, as oportunidades de expressão etc. 
	As condições que aumentam a possibilidade de democratização dos governos, ou seja, do estabelecimento da poliarquia, para o autor, são: sequências históricas, grau de concentração na ordem socioeconômica, nível de desenvolvimento socioeconômico, desigualdade, clivagens subculturais, controle estrangeiro e crenças de ativistas políticos. São sobre essas condições que o autor vai fazer uma análise mais aprofundada durante os próximos capítulos do livro.
	A teoria de Robert Dahl nos leva a refletir sobre os diferentes formatos da democracia contemporânea, e principalmente, em pensar como o Brasil é um país altamente democrático dentro dos pressupostos propostos pelo autor. 
DAHL, Robert A., Poliarquia: Participação e Oposição. 1ª ed. 1ª reimp. – São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2005.

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