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Caso 3 - Hiato na rotina estressante... Vânia, 51 anos, diretora de uma multinacional, vai ao ambulatório da empresa com queixa de queimação atrás do peito, ânsia constante, alguns episódios de vômitos e certa dificuldade de comer. O enfermeiro lhe forneceu alguns comprimidos de omeprazol e pediu para marcar uma consulta com o médico. Vânia não tinha muito tempo. Estava sempre em reuniões, contato com a presidência da empresa, que tinha uma diferença de fuso horário grande. Tomava coca-cola e café para tentar se manter acordada, comia a hora que dava e fumava alguns cigarros para aliviar a pressão do trabalho. Sabia que precisava fazer atividade física para emagrecer, mas não tinha tempo... Usava uma cinta elástica para "disfarçar as gordurinhas", mas ultimamente parecia que piorava desse mal estar que estava sentindo com a cinta. Sentia- se com plenitude abdominal, arrotos, episódios de obstipação e diarreias. Em consulta, o clínico geral desconfiou de refluxo gastroesofágico e solicitou que ela alterasse alguns hábitos e evitasse alimentos gordurosos, condimentos fortes, frituras... Ela conseguiu, com muito esforço, seguir as orientações do médico e teve pequeníssima melhora, retornando à rotina anterior. Num episódio de dor muito intensa e vômitos, foi levada ao PS. Lá, fizeram uma endoscopia digestiva alta e encontraram uma inflamação grave do esôfago devido à posição indevida do estômago, com indicação de cirurgia. Na biopsia foi observado uma alteração da mucosa do esôfago que poderia se desenvolver em um câncer. Sumário Termos desconhecidos ................................................................................................................................................... 3 Pesquisar alterações fisiológicas do stress e sua relação com o sistema digestório. ...................................................... 5 Esôfago, estômago e intestino: regulação hormonal, histologia, fisiologia e anatomia. ................................................ 6 Explicar a relação (conjunto ou isoladamente) entre a idade, sexo e hábitos (citado no tópico características) com os sintomas apresentados pela paciente. ........................................................................................................................... 9 Estudar qual seria a alteração encontrada no esôfago, suas causas e consequências. ................................................ 13 Entender como a posição indevida do estômago pode acarretar em possíveis doenças e motivos para tal posição indevida. ....................................................................................................................................................................... 14 Aprofundar a pesquisa sobre refluxo gastroesofágico.................................................................................................. 17 Relacionar sintomas com as doenças encontradas. ...................................................................................................... 18 Pesquisar a cirurgia que deverá ser realizada, tratamentos e prevenção da condição encontrada. ............................ 19 Exames.......................................................................................................................................................................... 20 Tratamento: .................................................................................................................................................................. 22 Visão geral das doenças esofágicas e de deglutição ..................................................................................................... 24 • Doença do refluxo gastresofágico ........................................................................................................... 25 Doenças do esôfago e da deglutição ............................................................................................................................ 28 Termos desconhecidos • Queimação • Ânsia • Hiato • Vômito • Omeprazol • Plenitude abdominal • Arrotos • Obstipação • Diarreias • Refluxo gastroesofágico • Endoscopia digestiva alta • Inflamação do esôfago • Biopsia • Posição indevida do estômago • Mucosa do esôfago • Câncer Caracteristicas • Mulher, 51 anos, diretora de uma empresa multinacional, rotina estressante. • Apresenta ânsia constante • Queimação atrás do peito • Vômito • Arroto • Diarreia • Constipação • Dificuldade para comer • Plenitude abdominal • Devido à rotina corrida não tinha tempo para atividades além do trabalho. • Tinha hábito de ingerir coca-cola e café para se manter acordada, fumava, refeições em intervalos irregulares. Utilizava cinta elástica para "disfarçar gordurinhas". Acima do peso e rotina estressante • Foi ao ambulatório da empresa com queixas dos sintomas relatados acima e o enfermeiro lhe forneceu comprimidos de omeprazol. Em consulta com o clínico, o médico desconfiou de refluxo gastroesofágico • e solicitou mudanças de hábitos. Após muito esforço, Vânia seguiu as orientações do médico e evidenciou pequena melhora. • Num episódio de muita dor foi levada para o PS. Foi feito uma endoscopia digestiva alta e encontraram uma inflamação grave do esôfago devido à posição indevida do estômago. • Na biopsia foi observado uma alteração na mucosa do esôfago. Foi indicado cirurgia pois exite a suspeita de desenvolver um câncer. Problema • Acima do peso • Maus hábitos alimentares, fumante, sono ruim, muita ingestão de café e coca-cola, falta de exercício físico. Utilização de cinta elástica. • Estresse com trabalho • Sexo feminino, 51 anos. • Apresenta problemas no sistema digestório. Hipoteses • Gastrite. Gastrite é a inflamação da mucosa gástrica causada por vários quadros, como infecção (Helicobacter pylori), medicamentos ou intoxicantes (AINE e bebidas alcoólicas), estresse e fenômenos autoimunes (gastrite atrófica). Muitos casos são assintomáticos, mas algumas vezes pode ocorrer dispepsia e sangramento gastrointestinal. O diagnóstico é por endoscopia. O tratamento é direcionado à causa, mas com frequência é feito por supressão ácida e uso de antibióticos para a infecção por Helicobacter pylori. • Esofagite. • Úlcera estômago e/ou esôfago. Úlcera péptica é a erosão em um segmento de mucosa gástrica, classicamente no estômago (úlcera gástrica) ou nos primeiros centímetros do duodeno (úlcera duodenal), que penetra a mucosa muscular. Praticamente todas as úlceras são causadas por Helicobacter pylori oup uso de um anti-inflamatório não esteroide (AINE). Os sintomas consistem tipicamente em dor epigástrica em queimação, que em geral é aliviada com a alimentação. O diagnóstico é por endoscopia e teste para Helicobacter pylori. O tratamento consiste em supressão ácida, erradicação de H. pylori (se presente) e abstenção do uso de AINE. • Refluxo gastroesofágico. • Doenças relacionadas à posição indevida do estômago. • Consequências da utilização da cinta elástica no cotidiano. Objetivos Termos desconhecidos • Queimação: A dor retroesternal pode se referir a dor epigástrica, que tem uma qualidade de ardor, e é descrita como queimação epigástrica, pirose ou azia, normalmente associada com regurgitação de suco gástrico no esôfago. • Ânsia: contrações repetitivas da parede abdominal sem expulsão de conteúdo gástrico • Hiato: fenda ou abertura no corpo humano. • Vômito: é a expulsão forçada por via oral do conteúdo gástrico associada à contração dos músculos da parede abdominal e do tórax. O vômito é diferente de regurgitação ou ruminação em que o material não pode jamais ser contido na boca voluntariamente. • Omeprazol: é um medicamento inibidor da bomba de prótons (IBPs), inibe a enzima H+, K+ ATPase (ou bomba de prótons) encontrada em CÉLULAS PARIETAIS GÁSTRICAS, realizandoa supressão da secreção ácida, aumentando o ph do suco gástrico. https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sintomas-dos-dist%C3%BArbios-gastrointestinais/dispepsia https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/sangramento-gi/vis%C3%A3o-geral-do-sangramento-gastrointestinal https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/gastrite-e-doen%C3%A7a-ulcerosa-p%C3%A9ptica/infec%C3%A7%C3%A3o-por-helicobacter-pylori o Essas enzimas são ativadas por meio de três estímulos distintos: histamina, gastrina e acetilcolina. A produção ácida ocorre na troca de H+ (hidrogênio) e K+ (potássio), em um processo que consome ATP. • Plenitude abdominal: é uma sensação desagradável de persistência prolongada de acumulo de alimentos ou líquidos no estômago, podendo ocorrer após uma refeição pequena (sendo chamada de saciedade precoce), ou uma plenitude mais excessiva após uma refeição normal (sendo chamada de plenitude pós-prandial), ou, se não tiver a ver com a alimentação, pode ser uma dor visceral, originada por alguma disfunção dos órgãos internos da cavidade abdominal. • Arrotos: também chamado de eructação, é a ejeção de gás ou ar do estômago, através da boca. • Obstipação: Evacuação difícil ou pouco frequente das FEZES. Estes sintomas estão associados com várias causas, como baixa ingestão de FIBRA ALIMENTAR, distúrbios emocionais ou nervosos, transtornos sistêmicos e estruturais, agravo induzido por drogas e infecções. • Diarreias: Aumento na liquidez ou diminuição na consistência das FEZES, como evacuação contínua. A consistência fecal está relacionada com a razão entre a capacidade de sólidos insolúveis para reter água e a água total, e não com o total de água presente. Diarreia é diferente de excesso de defecação ou massa fecal aumentada. • Refluxo gastroesofágico: Fluxo retrógrado de suco gástrico (ÁCIDO GÁSTRICO) e/ou conteúdos duodenais (ÁCIDOS E SAIS BILIARES, SUCO PANCREÁTICO) para dentro do ESÔFAGO distal, frequentemente devido à incompetência do ESFÍNCTER ESOFÁGICO INFERIOR. • Endoscopia digestiva alta: A endoscopia digestiva alta tem esse nome porque analisa a parte superior do tubo digestivo, incluindo esôfago, estômago e a porção inicial do duodeno. É um dos exames mais comuns e eficazes para identificar doenças do aparelho digestivo. Geralmente realizada com sedativos intravenosos, pois o procedimento pode causar náuseas. • Inflamação do esôfago: INFLAMAÇÃO aguda ou crônica do ESÔFAGO, causada por BACTÉRIAS, químicos ou TRAUMA, caso seja causada por refluxo do SUCO GÁSTRICO com conteúdo do ESTÔMAGO e DUODENO, pode ser uma esofagite péptica, se for diagnosticada quando ocorre um aumento de EOSINÓFILOS sobre todo o esôfago, pode ser uma esofagite crônica eosinofilica (que não adianta ser tratada por omeprazol) • Biopsia: Remoção e avaliação patológica de amostras do corpo vivo. Existem vários tipos de biópsia, pois se trata de um procedimento que pode ser realizado em várias partes do corpo. No nosso acredito que tenha sido uma Biópsia endoscópica, quando um tubo flexível com uma câmera na ponta que permite observar o interior do corpo. Amostras de tecidos também pode ser retiradas através do endoscópio para o diagnóstico de câncer. • Posição indevida do estômago : Não esta localizado no quadrante superior esquerdo do abdome, entre o final do ESÔFAGO e o início do DUODENO. • Mucosa do esôfago: Camada circular mais interna da parede do ESÔFAGO que medeia o PERISTALTISMO o qual, por sua vez, empurra o bolo alimentar ingerido em direção ao estômago. • Câncer: é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células, que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo. As neoplasias http://www.progastrojoinville.com.br/procedimentos/endoscopia_gastrointestinal/endoscopia_digestiva_alta https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/esofago/ https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/estomago/ https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/duodeno/ malignas apresentam um maior grau de desvio da normalidade e têm propriedades de invasão e de metástase (formação de uma nova lesão tumoral a partir de outra, mas sem continuidade entre as duas.) quando comparadas às neoplasias benignas. Pesquisar alterações fisiológicas do stress e sua relação com o sistema digestório. o Quando há esse estímulo pelo sistema nervoso, é gerada uma inibição do movimento espontâneo gástrico. Juntamente a isso, a secreção dos ácidos e enzimas digestivas também recebem interferência, o que atrapalha o funcionamento correto do sistema digestivo. Por isso, quando uma pessoa está em situações de estresse, ela pode canalizar suas emoções em determinado órgão ou sistema do organismo, sendo o estômago um deles. o Hábitos de vida como dormir pouco, comer mal e ser sedentário, agravam os problemas no sistema digestivo porque interferem na liberação das substâncias digestivas do estômago, como, por exemplo, do ácido clorídrico. Essas alterações podem provocar dificuldades de digestão e inflamação da parede do estômago, ao que se dá o nome de gastrite. ▪ Nausea: o ansioso engole muito ar, provocando distensão gástrica e náusea. ▪ Refluxo gastroesofagico: O estresse promove maior secreção ácida pelo estômago e o líquido, torna-se mais lesivo ▪ Alem disso o estresse influencia os movimentos do tubo digestivo e as ramificações nervosas do cólon, podendo levar a desconforto e dor. Os hábitos alimentares comuns em pessoas estressadas - como o jejum prolongado e a má mastigação - são os vilões à medida que aumentam a agressão à mucosa. O estresse pode provocar dor abdominal similar a da gastrite. FISIOLOGIA-BONDAN: EIXO HIPOTALAMO-HIPOFISE-ADRENAL/ADRENALINA • Os glicocorticoides (hormônios esteróides caracterizados pela habilidade de se ligar com o receptor de cortisol e desencadear efeitos similares) permitem que a pessoa resista aos efeitos destrutivos dos “estresses” físicos e mentais intermitentes durante a vida. O stress é um estimulo para que o hipotálamo libere CRH (hormônio liberador de corticotrofina tem como função a liberação do hormônio adrenocorticotrófico (ACTH), também denominado corticotrofina, pela adeno-hipófise.) estimulando a adeno hipófise (ACTH) e esse caindo na corrente sanguínea estimula a adrenal a liberar o cortisol. O excesso de secreção de cortisol se desenvolve em um tipo peculiar de obesidade, com deposição excessiva de gordura no tórax e na cabeça, gerando sinais clínicos chamados “gibas de búfalo” e “face em lua cheia”. O hiperadrenalismo pode gerar também a SINDROME DE CUSHING que é a mobilização de gordura da parte inferior do corpo e sua deposição concomitante nas regiões torácica e epigástrica (uso da cinta), gerando aparência de giba de búfalo. • Há também a adrenalina ou epinefrina é um hormônio neurotransmissor responsável por preparar o organismo para a realização de grandes feitos, derivado da modificação de um aminoácido aromático (tirosina), secretado pelas glândulas suprarrenais, assim chamadas por estarem acima dos rins. Em momentos de "stress", as suprarrenais secretam quantidades abundantes deste hormônio que prepara o organismo para grandes esforços físicos, estimula o coração, eleva a tensão arterial, relaxa certos músculos e contrai outros. A adrenalina, também chamada de epinefrina, é um hormônio neurotransmissor produzido https://pt.wikipedia.org/wiki/Horm%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Neurotransmissor https://pt.wikipedia.org/wiki/Tirosina https://pt.wikipedia.org/wiki/Gl%C3%A2ndulas_supra-renais https://pt.wikipedia.org/wiki/Cora%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%BAsculoe estocado pela medula da suprarrenal que é liberado após estímulos de terminações nervosas. Esôfago, estômago e intestino: regulação hormonal, histologia, fisiologia e anatomia. • Esôfago: • Não há regulação hormonal. • Histologia: O esôfago, em um corte transversal apresenta as seguintes camadas: mucosa, submucosa, muscular e adventícia. A mucosa é a camada mais interna do órgão, revestindo a sua luz, composta por um epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado sobre a lâmina própria, que é formada por tecido conjuntivo rico em vasos sanguíneos e é separada da submucosa pela camada muscular da mucosa, composta por camadas de células musculares lisas. A submucosa é constituída por tecido conjuntivo que contém glândulas esofágicas com ácinos mucosos, porém esse corte não contemplou essas glândulas. Após a submucosa vem a camada muscular, constituída nesse corte por músculo estriado esquelético. A medida em que o órgão se alonga, essa camada de músculo estriado esquelético é substituída por uma camada circular interna e por outra longitudinal externa de células musculares lisas. Apenas a parte do esôfago que está na cavidade peritoneal é recoberta por uma membrana serosa. O restante é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo, a adventícia, que se mistura, com o tecido conjuntivo circundante. • Fisiologia: Realiza o peristaltismo primário e o peristaltismo secundário. No primário o bolo alimentar é levado ao estomago, já no secundário ele so ocorre quando o bolo alimentar “trava”. • Anatomia: 3 partes dividem o esôfago o Cervical, que cursa através do pescoço. o Torácica, que é localizada no tórax, mais especificamente no mediastino. o Abdominal, que atravessa o diafragma e chega ao abdome, onde alcança o estômago. ▪ O esôfago esta conectado nas duas pontas com as outras estruturas: ▪ Junção faringoesofágica, localizada posteriormente à cartilagem cricoide e formada pela união entre a faringe e o esôfago. ▪ Junção gastroesofágica, localizada no ponto de encontro entre o esôfago e o estômago. ▪ A passagem do bolo alimentar através destas junções é regulada por esfíncteres; feixes de fibras musculares de controle involuntário. A junção faringoesofágica é cercada pelo esfíncter esofágico superior, também conhecido como músculo cricofaríngeo. O músculo na verdade é a parte mais inferior do constritor da faringe. Por sua vez, a junção gastroesofágica é envolvida pelo esfíncter esofágico inferior, também conhecido como cárdia. o O esôfago é um tubo muscular que liga a faringe ao estômago e atua como um canal para o transporte de alimentos. Todavia, os detalhes da sua estrutura e função são muito mais complexos. O entendimento da anatomia e fisiologia do esôfago é essencial para a compreensão das doenças esofágicas. o O limite proximal do esôfago é o esfíncter esofágico superior (EES), a unidade funcional que se correlaciona anatomicamente com a junção dos músculos constritor da faringe e cricofaríngeo. O esôfago estende-se 18 a 26 cm distalmente no mediastino posterior como um tubo muscular oco até o esfíncter esofágico inferior (EEI). O EEI é um segmento de 2 a 4 cm de músculo liso circular espessado contraído tonicamente que se localiza no hiato diafragmático. https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/anatomia-do-pescoco https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/torax https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/mediastino https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/diafragma https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/estomago o A parede do esôfago tem quatro camadas: mucosa, submucosa, muscular própria e adventícia. Diferentemente do resto do trato gastrintestinal, o esôfago não possui serosa. A mucosa é normalmente composta de epitélio escamoso estratificado, lâmina própria e camada muscular. A drenagem linfática começa na lâmina própria. A camada muscular é composta tanto de músculo esquelético quanto liso. Os 5 a 33% proximais são constituídos de músculo esquelético, os 35 a 40% intermediários são uma mistura de músculo esquelético e liso, e os 50 a 60% distais são compostos de músculo liso. Os músculos são organizados em camadas circulares internas e longitudinais externas. o As partes compostas por músculo liso do corpo do esôfago são inervadas pelo nervo vago, que controla o peristaltismo sob condições fisiológicas. A inervação neural do esôfago é realizada pelo plexo mioentérico (Auerbach), localizado entre as duas camadas musculares; e pelo plexo submucoso de Meissner [Figura 1]. O plexo mioentérico é responsável pelo peristaltismo esofágico, ao passo que o complexo Meissner é o local dos impulsos sensoriais aferentes. Embora a interação precisa entre a morfologia e a função dos plexos nervosos não esteja totalmente clara, existem dois neurotransmissores principais no plexo mioentérico. Os neurônios excitatórios liberam acetilcolina (ACh), que media a contração tanto da camada muscular circular quanto da longitudinal. Os neurônios inibitórios afetam predominantemente a camada muscular circular através da liberação de óxido nítrico (NO). A estimulação excitatória da ACh tem seu maior efeito nas porções proximais, enquanto o efeito inibitório do NO é observado distalmente. o Funcionalmente, o EES, o corpo do esôfago e o EEI agem de forma coordenada para possibilitar a deglutição normal, que tem início quando o bolo alimentar é impulsionado para a faringe a partir da boca. Esta fase orofaríngea inicial de deglutição é voluntária, a fase esofágica seguinte é involuntária. O efeito mecânico da peristalse esofágica é uma onda que esvazia o esôfago da sua extremidade proximal até sua extremidade distal. o O relaxamento do EEI ocorre em resposta à deglutição, podendo também ocorrer em resposta à distensão do esôfago (peristaltismo secundário), ou até mesmo na ausência de peristalse. o O relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior (RTEEI) desencadeado pela distensão gástrica é um reflexo vagal que compõe a digestão normal. O RTEEI representa o principal mecanismo de refluxo gastresofágico em indivíduos normais e naqueles com doença do refluxo gastresofágico (DRGE) leve. • Estomago: • Regulação hormonal: A gastrina, secretada pela mucosa da cavidade gástrica, é libertada para o lúmen devido à presença de péptidos ou à distensão do estômago, provocada pela entrada de alimentos. Esta hormona permite o aumento da motilidade gástrica, do grau de constrição do esfíncter esofágico inferior (para prevenir o refluxo do quimo para o esófago), aumentando ainda a motilidade do intestino delgado e da vesícula biliar. • Histologia: O estômago vazio apresenta pregas da mucosa gástrica cobertas por fossetas gástricas, que são depressões profundas da mucosa gástrica. O epitélio que reveste as fovéolas e a superfície de todo o estômago é cilíndrico simples. No fundo dessas fossetas se abrem muitas glândulas pequenas, que ocupam quase que a totalidade da lâmina própria, e se estendem até a faixa de músculo liso, a muscular da mucosa. As glândulas possuem três regiões distintas: istmo, colo e base. A distribuição dos diferentes tipos celulares epiteliais nas glândulas gástricas não é uniforme. Pode-se observar dois tipos celulares principais, que se diferenciam histologicamente por suas características tintoriais: as células oxínticas (parietais), presentes principalmente no istmo e metade superior das glândulas gástricas, são arredondadas ou piramidais, com um núcleo esférico; e as https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/biliar zimogênicas (principais), que predominam na base das glândulas fúndicas e apresentam intensa basofilia devido ao retículo endoplasmático rugoso abundante. • Fisiologia: Armazenamento, Mistura (contrações de mistura e propulsivas),esvaziamento (bomba pilórica). • Anatomia: O estômago é dividido em cinco regiões: cárdia, fundo, corpo, antro e parte pilórica. o Cárdia: é a parte estreitadado estômago imediatamente distal a junção gastroesofágica. o Fundo: é uma parte em forma de cúpula do estômago proximal até a incisura angular. o Corpo: engloba o resto do estômago proximal até a incisura angular. o Antro: corresponde ao estômago distal à incisura angular, em um ângulo de 60°. o Piloro: parte que se segue do corpo do estômago, marca o ponto de transição gastroduodenal. Corresponde também ao local onde se situam as glândulas pilóricas. = • Intestino: • Regulação hormonal: A colecistocinina, secretada pela mucosa do jejuno, é secretada em resposta à presença de aminoácidos ou ácidos gordos no intestino delgado, conduzindo ao aumento da contractilidade da vesícula biliar e à inibição da motilidade gástrica. A secretina é produzida pela mucosa do duodeno, sendo libertada quando se verifica a presença de ácido no intestino delgado, provocando a inibição da motilidade da maior parte do tubo digestivo, facilitando a absorção. O péptido inibidor gástrico é elaborado pela mucosa do intestino delgado superior, sendo libertado aquando da presença de ácidos gordos ou monossacarídeos no intestino delgado. Faz com que a atividade motora do estômago diminua, o que tem como consequência um esvaziamento mais lento do conteúdo gástrico. • Histologia: O intestino delgado possui a estrutura de parede típica dos órgãos do tubo digestivo, formada pelas seguintes camadas: mucosa, submucosa, muscular e serosa. A mucosa intestinal é caracterizada por apresentar vilosidades intestinais, que são projeções alongadas da mucosa em direção ao lúmen, e é revestida por um epitélio cilíndrico simples, onde se observam células absortivas e células caliciformes. As células absortivas são células colunares altas, com núcleo oval na porção basal, sendo que no ápice de cada célula há a formação da borda em escova formada pelo conjunto de microvilosidades e glicocálix. As células caliciformes estão distribuídas entre as células absortivas. Estas células apresentam grânulos contendo mucina, no seu citoplasma apical. A lâmina própria é composta por tecido conjuntivo frouxo, onde se observa presença das glândulas tubulares simples denominadas Criptas de Lieberkuhn. A mucosa é separada da submucosa pela camada muscular da mucosa, constituída por fibras musculares lisas. A submucosa é constituída de tecido conjuntivo denso e apresentam grupos de glândulas tubulares enoveladas ramificadas, as glândulas duodenais (glândulas de Brunner), cujas células secretam um muco alcalino. A camada muscular é bem desenvolvida e composta de uma camada circular interna e outra camada longitudinal externa de músculo liso. Revestindo externamente o órgão, há a membrana serosa, uma fina camada de tecido conjuntivo recoberta por um epitélio pavimentoso simples ou mesotélio. Instestino grosso: No caso do intestino grosso, o epitélio glandular é constituído de células caliciformes em abundância (secretam o muco lubrificante do epitélio), intercaladas com células absortivas, cujas microvilosidades curtas participam do processo de absorção de água. • Fisiologia: Estimulação vagal que é menos importante. Maior importância para os estímulos locais (estimulo dos plexos). Há também os reflexos da defecação que é https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/do intrínseco e autônomo parassimpático. Controle voluntario da defecação: nervos pudendos. • Anatomia: O duodeno possui cerca de 25 cm de comprimento possui um formato de letra “C”, por meio do qual mantém importantes correlações anatômicas. Esta forma característica envolve a cabeça do pâncreas, no quadrante superior direito, e segue uma linha horizontal que atravessa a linha mediana e que atinge o quadrante superior esquerdo, onde se articula com o jejuno. A flexura duodenojejunal localiza-se de 2-3 cm à esquerda da linha mediana, e ao nível da vértebra LII. Constitui a porção mais fixa de todo intestino delgado, uma vez que a sua maior parte se encontra fixa à parede posterior do abdome por meio do peritônio e é considerada retroperitoneal. 43 Para fins descritivos, é dividido em quatro porções: (1) parte superior ou primeira porção; (2) parte descendente ou segunda porção do duodeno; (3) porção horizontal ou terceira porção; (4) porção ascendente ou quarta porção do duodeno. • A segunda parte do intestino delgado, o jejuno, representa dois quintos proximais e começa na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal. O íleo compõe a terceira parte do intestino delgado e os três quintos distais, termina na junção ileocecal, a qual faz a união da parte terminal do íleo e o ceco. Embora não haja uma linha de separação nítida entre o jejuno e o íleo, eles têm características distintas, que são cirurgicamente importantes. O jejuno tem diâmetro maior e uma parede mais espessa do que o íleo. Além disso, o revestimento da mucosa interna do jejuno é caracterizado por inúmeras pregas proeminentes que circundam o lúmen (pregas circulares). As arcadas arteriais menos proeminentes e os vasos retos mais longos (artérias retas), mais vascularizado e mais vermelho vivo, comparado íleo. Já o íleo possui pregas de mucosa menos proeminentes e em menor quantidade, vasos retos mais curtos, mais gordura mesentérica e mais arcadas arteriais. Explicar a relação (conjunto ou isoladamente) entre a idade, sexo e hábitos (citado no tópico características) com os sintomas apresentados pela paciente. • Mulher e idade: o Primeiro estudo: ▪ 3029 mulheres voluntarias em 10 cidades brasileiras: A partir dos 3029 respondentes, 66% relataram sintomas gastrointestinais. Os sintomas mais prevalentes foram gases (46%), distensão abdominal e constipação (43%). As principais causas relatadas foram estilo de vida e hábitos alimentares. ▪ Sintomas gastrointestinais afetaram a qualidade de vida da maioria das mulheres (62%), especialmente a constipação (humor (89%), concentração (88%) e vida sexual (79%)). As soluções mais comuns adotadas foram beber água, chás, comer alimentos ricos em fibras e probióticos. ▪ Sintomas gastrointestinais são altamente prevalentes nas mulheres brasileiras e impactam negativamente diferentes aspectos da qualidade de vida (humor, concentração e sexualidade). O intestino é um catalisador emocional importante que pode modular o comportamento psicológico. Melhor compreensão da interação entre o intestino e o cérebro pode ajudar na gestão dos sintomas gastrointestinais para melhorar a qualidade de vida das mulheres. o 50 anos, menopausa: A maior parte do estrogênio no corpo consiste em estradiol que é produzido nos ovários. No entanto, principalmente na menopausa, os estrogênios também são produzidos em outras áreas do corpo, incluindo tecidos adiposos, ossos, pele, fígado e glândulas supra-renais, pois há poucos folículos nos ovários (que não estão mais crescendo e produzindo os picos de estradiol que ocorrem durante o ciclo menstrual.) Com esse hipoestrogenismo o cérebro, pele, músculos e emoções são afetados e a mulher costuma sentir; ondas de calor, suores noturnos, problemas de sono, ansiedade, mau humor e perda de interesse por sexo ▪ O estrogênio é um tipo de hormônio sexual, produzido pelos ovários, pela placenta e, em pequenas quantidades, pelo córtex das glândulas suprarrenais e testículos. O principal hormônio estrogênio é o estradiol. ▪ O estrogênio tem a sua síntese regulada por duas gonadotrofinas – hormônios que atuarão nas gônadas, nesse caso, nos ovários – produzidas pela adenoipófise: os hormônios FSH (hormônio folículo estimulante) e LH (hormônio luteinizante). Já a secreção das gonadotrofinas são controladas pelo GnRH (hormônio liberador de gonadotrofina), produzido pelo hipotálamo. ▪ O FSH estimula o amadurecimento dos folículos ovarianos para que ocorra a ovulação. À medida que o folículo desenvolve-se, produz estrogênios. A concentraçãode estrogênio aumenta de forma que passe a inibir a produção de FSH e LH. No entanto, depois de um tempo, a alta concentração de estrogênio passa a estimular a produção LH e FSH, em menor quantidade. O aumento do LH fará com que ocorra a ovulação, e a concentração de estrogênio diminuirá. • Cigarro: o tabagismo pode afetar o DNA causando a ativação ou inibição da função de alguns genes e, como resultado final, temos um risco aumentado de tumores. Entre eles o risco de câncer de boca, esôfago, estômago, pâncreas, fígado e intestino. o Além desse aumento no risco de neoplasias, esse hábito leva a uma redução no tônus do esfíncter esofagiano inferior, exatamente o esfíncter que se encontra no limite entre o esôfago e estômago, e consequentemente predispõe à doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). Foi mostrado também que quem continua fumando apresenta um risco maior de desenvolver as complicações da DRGE, como câncer e estenose de esôfago o O tabagismo reduz o fluxo sanguíneo para a mucosa do trato digestivo e diminui a produção de muco no estômago, aumentando a chance de uma pessoa portadora de gastrite por H. pylori desenvolver uma úlcera péptica. o Quando o assunto é intestino, sabe-se que fumar aumenta o risco de doença de Crohn, uma doença inflamatória que afeta todo trato gastrointestinal. Pelos mecanismos de alterações genéticas discutidos acima, também há aumento na chance de desenvolver pólipos intestinais. o Alguns estudos mostram que o tabagismo aumenta o risco de cálculos de vesícula biliar, cirrose, complicações da esteatose hepática e pancreatite. o Parar de fumar ajuda a reverter grande parte desses riscos citados acima e, em algumas horas, já é possível notar alterações positivas, como uma melhora na circulação do trato gastrointestinal. Entre as doenças que tem seu prognóstico melhorado ao cessar o tabagismo podemos citar a DREG, úlcera péptica e doença de Crohn. • Café e coca-cola: o A cafeína altera a freqüência de relaxamento transitório do esfíncter esofágico inferior, podendo gerar azia, devido a subida do ácido gástrico para o esofago. • Cinta elástica: Se usada em excesso, o equilíbrio de forças entre lordose lombar, músculos transversos do abdome, responsáveis pela manutenção da pressão intra- abdominal (PIA) e a forma cilíndrica do tronco e a mobilidade do diafragma torácico, https://www.biologianet.com/anatomia-fisiologia-animal/hormonios.htm https://www.minhavida.com.br/saude/temas/tabagismo https://www.minhavida.com.br/saude/temas/doenca-do-refluxo-gastroesofagico https://www.minhavida.com.br/saude/temas/doenca-do-refluxo-gastroesofagico https://www.minhavida.com.br/saude/temas/doenca-de-crohn https://www.minhavida.com.br/saude/temas/cirrose https://www.minhavida.com.br/saude/temas/gordura-no-figado perdem a sua função natural, pois a cinta faz a compressão mecânica. Sendo assim a informação levada ao cérebro é que não se faz necessária tensão natural dessas musculaturas. Desde problemas posturais, suscetibilidade a lesões na coluna como hérnias, compressões discas, ptose abdominal e problemas nas funções excretoras. Tambem pode dar problemas respiratórios, pois não deixa a caixa torácica se ampliar, podendo provocar até uma hipóxia, diminuição da quantidade de oxigênio no sangue • Dieta: Alimentos ricos em fibras, como cereais e pães integrais, vegetais e frutas frescas ajudam no bom funcionamento do intestino e impedem a prisão de ventre, e consequentemente a dilatação do abdômen. o Revista da Associação Médica Brasileira tratamento não farmacológico: 5 mil publicações e nas principais bases de dados o OBESIDADE o O Índice de Massa Corpórea (IMC) > 25 é fator de risco para DRGE erosiva'(B). Há associação entre sintomas de refluxo e obesidade.(OR: 2,6)2(B). O IMC está associado ao refluxo (OR por 5 unidades: 1,9)3(B). O IMC > 25 é fator de risco (OR: 1,41) para o DRGE4(B). A obesidade está associada a DRGE5(B). A redução de peso não reduz as manifestações de refluxo6(B). Em pacientes com IMC na média de 42,5 kg/m2, não há associação com a prevalência de DRGE7(B). A obesidade predispõe ao refluxo gastroesofágico, e a perda de peso produz melhora do refluxo pós-prandial e reduz o tempo de pH < 48(B). o TABAGISMO o O tabagismo é fator de risco para DRGE não erosiva1 (B) e para sintomas de refluxo2(B). Tabagistas têm mais episódios de refluxo do que não tabagistas, mas a abstinência de 24 horas não reduz o tempo de pH < 49(B). o A abstinência do fumo em 24 horas reduz o número de episódios de refluxo, mas não afeta a exposição ácida total10(B). Tabagistas após abstenção de 48 horas têm aumento da exposição ácida esofágica11(B). O tabagismo está associado a DRGE5,12(B). o ÁLCOOL o A ingestão alcoólica é fator de risco para DRGE erosiva1 (B). O consumo frequente de álcool é fator de risco para sintomas de refluxo2(B). Os hábitos de ingestão de vinho ou cerveja aumentam o risco de refluxo (NNH de 7 a 9)13(B). O consumo de álcool é fator de risco para DRGE erosiva (OR: 2,42 a 2,85)4,5(B). o CAFÉ o O consumo de café está associado a DRGE (OR: 1,23)5(B). o DIETA o O consumo de doces e pão branco está associado a sintomas de refluxo2(B). O consumo de frutas tem efeito protetor nos sintomas de refluxo2(B). A ingestão de proteínas está associada à DRGE erosiva, e de fibras, a menor risco de DRGE14(B). O consumo excessivo de alimentos e de doces está associado com DRGE5(B). A dieta rica em gordura não aumenta o número de episódios de refluxo, nem a exposição esofágica ácida15(B). o POSTURA o Trabalhar em posição inclinada é fator de risco para DRGE não erosiva1(B). Os episódios de DRGE são desencadeados pela postura5(B). o ELEVAÇÃO DA CABECEIRA DA CAMA o Dormir com apoio em forma de cunha é associado à exposição ácida menor do que na posição horizontal16(B). A elevação da cabeceira da cama (28 cm) reduz o número de episódios de refluxo e o tempo de pH < 517(B). o ALIMENTAÇÃO NOTURNA o A alimentação noturna, quanto mais tardia, produz maior índice de refluxo, principalmente em obesos e com DRGE erosiva18(B). Pequeno espaço entre jantar e deitar está associado a aumento do risco de DRGE, sobretudo com tempo menor do que 3 horas19(B). o EXERCÍCIO FÍSICO o Atividade física parece ter efeito protetor com relação à DRGE2(B). o ESTRESSE E FADIGA o Os episódios de DRGE são desencadeados pelo estresse e fadiga11(B). Entre os fatores de risco para DRGE está o estresse12(B). o RECOMENDAÇÃO o Apesar da obesidade (IMC > 25), do tabagismo, do consumo de álcool, café, doces, proteínas, de excesso alimentar, de postura inclinada, do estresse e da fadiga estarem associados à DRGE, não há informação consistente definindo que a resolução desses fatores é seguida de resolução ou melhora da DRGE. No entanto, a elevação da cabeceira da cama e a alimentação noturna seguida do deitar-se mais tardio são medidas que reduzem a exposição ácida esofágica. • Disfagia: o sintoma subjetivo de dificuldade de deglutição e referida como uma sensação de obstrução da passagem do alimento pela boca, pela faringe ou pelo esôfago. Dependendo do segmento anatômico envolvido, pode ser classificada em: o Disfagia orofaríngea (de transferência): decorrente de doenças que afetam a função da orofaringe, laringe e esfincter esofágico superior. o Disfagia esofágica: origina-se no corpo esofágico, esfincter esofágico inferior ou cárdia. o Principal causa motora: Espasmo esofágico difuso (EED). Esse é um distúrbio motor pouco entendido, apesar de ser estudado há mais de um século. Caracteriza-se por contrações esofágicas prolongadas (> 2,5 s), com grande amplitude (> 120 mmHg), ocorrendo em 20 a 90% das deglutições, intercaladas com contrações normais. Ele é causado provavelmente por uma combinação de defeitos musculares e neurais, que podem ser ocasionados por diversos estímulos, como refluxoácido, estresse, alimentos quentes ou frios e certos odores. Estudos recentes têm sugerido que os pacientes com EED possam ter uma disfunção na síntese/degradação do NO. Corroborando essa hipótese, alguns autores têm observado que nitratos oferecem algum benefício no tratamento desses pacientes. Estudar qual seria a alteração encontrada no esôfago, suas causas e consequências. • A alteração da mucosa do esofago pode significar: o Esôfago de Barrett: é uma condição secundária à maior exposição da mucosa do esôfago ao conteúdo gástrico, seja ele de natureza ácida, alcalina ou mista. O esôfago de Barrett é observado em 10% a 15% dos indivíduos com sintomas crônicos de refluxo. Afeta primariamente indivíduos do sexo masculino, de raça branca, com idade superior a 40 anos. o O diagnóstico de esôfago de Barret é feito através da endoscopia digestiva alta, realizada para avaliação de paciente com sintomas de refluxo. Identifica-se área de mucosa "cor salmão" ou "cor vermelho-róseo”, semelhante a uma invasão de mucosa gástrica no esôfago distal. A endoscopia sugere a alteração, mas a realização de biópsias é sempre necessária para confirmar o diagnóstico. Em portadores de hérnia de hiato, a precisa localização da junção esofagogástrica pode ser difícil: nesse caso, o endoscopista deve localizar a margem proximal das pregas gástricas com o estômago, mantendo o esôfago parcialmente insuflado. o A análise histológica mostra uma substituição do epitélio estratificado pavimentoso próprio do esôfago por células gástricas, por epitélio colunar definido como metaplasia intestinal, ou por uma mistura dos dois tipos de células. Além de confirmar o diagnóstico deve identificar e graduar a presença de displasia, que é o principal marcador de risco para o desenvolvimento de câncer de esôfago. o A evolução do esôfago de Barret para o adenocarcinoma resulta de eventos genéticos e agressão das células que progridem na seguinte sequência: metaplasia intestinal, displasia de baixo grau, displasia de alto grau e adenocarcinoma. o O acompanhamento com endoscopia digestiva alta com múltiplas biópsias é essencial no seguimento desses pacientes para avaliar a presença de displasia, a progressão da doença e para prevenir possíveis complicações. o Em alguns casos pode ser indicada a realização de cirurgia para correção de hérnia de hiato, ou para fortalecer o esfíncter inferior do esôfago que fica na transição com o estômago, com o objetivo de reduzir o refluxo gastroesofágico. Porém o seguimento mostra que cerca de 80% dos doentes operados para tratar o refluxo gastroesofágico não apresentam regressão do epitélio colunar, podendo aparecer adenocarcinoma mesmo após a correção do refluxo. • Esofagite eosinifilica: A esofagite eosinofílica, condição alérgica de provável causa genética, afeta adultos jovens com história de sintomas persistentes de disfagia ou DRGE. O refluxo, acredita-se, leva à inflamação de tipo alérgico, aumentando o número de eosinófilos na mucosa do esôfago inferior. Metade dos pacientes com refluxo gastroesofágico podem exibir infiltração de eosinófilos nessa área, mas o número de eosinófilos é pequeno e apenas a parte inferior do órgão é afetada. Esses pacientes podem ter resultados endoscópicos normais ou alterações não específicas para a condição, tornando o diagnóstico por endoscopia inconclusivos até que os resultados da biópsia se tornem disponíveis. No presente estudo, dois pacientes foram diagnosticados com esophagite eosinofílica. • Os eosinófilos são células sanguíneas responsáveis pela defesa do organismo e que que ajudam na regulação de inflamações e combatem algumas reações alérgicas. Este tipo de esofagite acontece quando há uma alta concentração dessas células na região do esôfago. Pessoas com este tipo de esofagite têm alergia a um ou mais alimentos, como leite, ovos, trigo, soja, amendoins, feijão, centeio, mas também podem apresentar alergias ao pó. • O tratamento é realizado para evitar que reações alérgicas aconteçam. Na maioria das vezes é recomendado uma dieta restrita, somente com os alimentos que o paciente pode consumir e também com prescrição de medicamentos para tratar reações alérgicas. Entender como a posição indevida do estômago pode acarretar em possíveis doenças e motivos para tal posição indevida. • Hernia de hiato: O diafragma é um músculo que separa o tórax do abdômen. Ele tem um orifício por meio do qual passa o esôfago, órgão que começa no pescoço e leva a comida recém-engolida até o estômago. Esse orifício foi batizado de hiato, ou, para os mais técnicos, hiato esofagiano. • Existem ligamentos que mantêm a parte inferior do esôfago no lugar certo, dentro do abdômen. Mas às vezes essas estruturas sofrem um relaxamento ou o hiato se alarga, permitindo que parte do esôfago escape do orifício em direção ao tórax. Pronto: formou-se a hérnia. • À medida que ganha tamanho, a hérnia de hiato passa a produzir sintomas. A pessoa pode sentir dificuldade para engolir e dores no peito, às vezes confundidas com infarto. Em algumas situações, a hérnia leva ao mau funcionamento do esfíncter esofágico inferior, válvula responsável por garantir que os restos de alimentos não retornem esôfago acima. Quando isso acontece, ácidos do estômago sobem e causam queimação e refluxo. • Há dois tipos de hérnia de hiato. A por deslizamento, mais comum, consiste no deslocamento do esôfago pelo hiato. Já na paraesofágica, a junção entre esôfago e estômago está ok, mas parte do estômago se projeta pelo hiato. • Se a hérnia for pequena e assintomática, não é preciso erradicá-la. Mas, quando ela cresce, pode comprometer outros órgãos e a qualidade de vida. • Se for muito volumosa, passa a disputar espaço com o coração e alterar o ritmo cardíaco ou, ainda, prejudica a irrigação do estômago. Nesses casos, indica-se a cirurgia, que recoloca a porção que passou pelo orifício na posição original e recompõe o hiato. • A operação pode ser sugerida também para a reconstrução da anatomia do esfíncter esofágico inferior nos casos de refluxo mais grave. Isso aumenta sua elasticidade e assegura que ácidos e alimentos não subam pelo esôfago. • • A hérnia de hiato por si não é uma doença, é simplesmente uma condição alterada da anatomia da pessoa. No entanto, em alguns casos ela predispõe que o ácido do estômago http://saude.abril.com.br/tudo-sobre/doencas-cardiacas volte para o esôfago. Este movimento para trás do ácido do estômago é chamado de refluxo e pode causar sintomas. Este problema é chamado de doença do refluxo gastroesofágico (DRGE). • Habitualmente, todo o estômago encontra-se abaixo do diafragma, na cavidade abdominal. A hérnia do hiato caracteriza-se pelo deslizamento de uma porção do estômago para o tórax, através do hiato do diafragma1. O tipo mais comum de hérnia hiatal é a hérnia por deslizamento e a forma menos comum é a hérnia paraesofágica2. • A hérnia de hiato pode ocorrer por fraqueza do diafragma, que permite a passagem de parte do estômago pelo hiato; por traumatismo torácico ou abdominal; ou, ainda, por pressão excessiva e mantida dos músculos adjacentes causada, por exemplo, por tosse, espirros, esforço defecatório ou levantamento de pesos1. Sua ocorrência é mais comum em pessoas idosas e portadoras de obesidade1. • Uma hérnia de hiato de pequenas dimensões habitualmente não resulta em sintomas. Em tamanhos maiores, pode causar alteração dos mecanismos de proteção contra a passagem do ácido gástrico para o esôfago, causando sintomatologia de doença de refluxo gastro-esófágico1. Uma hérnia de grandes dimensões pode, ainda, causar dificuldade na passagem dos alimentos (disfagia) e, nesse caso, devem ser feitas orientações adequadas à condição clínica do paciente1. • Apesar de não ser sinônimo de refluxo, a presença de hérnia hiatal aumenta o risco desua ocorrência, independente da baixa pressão do esfíncter inferior do esôfago2,3. Pacientes com refluxo patológico têm falha de propulsão esofágica e/ou defeito mecânico da cárdia associado à hérnia hiatal (B)3. Nesses casos, o acompanhamento nutricional deve objetivar a redução dos sintomas. A terapia é similar àquela para Doença de Refluxo Gastroesofágico (DRGE) e esofagite, caracterizando-se, em geral, por: consumo de refeições menores, de baixo teor de gordura e evitando-se os alimentos e bebidas que podem aumentar as secreções gástricas ou reduzir a pressão do esfíncter esofágico inferior, como chocolate, cafeína, bebidas alcoólicas e alimentos picantes2,3. A cirurgia não é sempre indicada nos casos de hérnia hiatal, pois o controle dos sintomas através de medicações e mudança alimentar é geralmente preferido2. Após ampla revisão em literatura realizada pela Federação Brasileira de Gastroenterologia et. al, para o tratamento não farmacológico da DRGE4 os autores concluíram que, apesar do excesso de peso (IMC > 25), do tabagismo, do consumo de álcool, café, doces, proteínas, de excesso alimentar, de postura inclinada, do estresse e da fadiga estarem associados à DRGE, não há informação consistente definindo que a resolução desses fatores é seguida de resolução ou melhora da DRGE4. No entanto, a elevação da cabeceira da cama e a alimentação noturna seguidas do deitar-se mais tarde são medidas que reduzem a exposição ácida esofágica4. O conhecimento das recomendações atuais para tratamento da DRGE deve subsidiar o trabalho das equipes de saúde no âmbito da Atenção Básica em relação ao acompanhamento de pessoas com hérnia hiatal, inclusive como mecanismo de incentivo à promoção de mudanças nos estilos de vida, observando-se necessidades e possibilidades de mudanças a fim de buscar a produção de um cuidado integral. Ou • Esta paciente apresenta uma hérnia de hiato, que refere-se a elementos da cavidade abdominal que herniam através do hiato esofágico do diafragma. As hérnias de hiato são classificadas de forma mais ampla como sendo hérnias por deslizamento e hérnias http://www.progastrojoinville.com.br/enciclopedia/doenca_do_refluxo_gastroesofagico http://www.progastrojoinville.com.br/enciclopedia/doenca_do_refluxo_gastroesofagico paraesofágicas. O esquema de classificação mais abrangente reconhece quatro tipos de hérnia de hiato: o Tipo I: hérnia deslizante – este tipo de hérnia de hiato é caracterizado pelo deslocamento da junção gastroesofágico (GE) acima do diafragma. O estômago permanece no seu alinhamento longitudinal habitual e o fundo permanece abaixo da junção GE. o Tipo II, III, IV: hérnias paraesofágicas - uma hérnia paraesofágica é uma verdadeira hérnia caracterizada por um deslocamento para cima do fundo gástrico através de um defeito na membrana frenoesofágica. • Estima-se que mais de 95% das hérnias de hiato são do tipo I (deslizante), com as hérnias tipo II, III e IV representando cerca de 5%. Das hérnias paraesofágicas, estima-se que mais de 90% sejam do tipo III e as menos prevalentes do tipo II. As estimativas da prevalência populacional de hérnias de hiato variam de 10 a 80% conforme o estudo. o Tipo II: resulta de um defeito localizado na membrana frenoesofágica onde o fundo gástrico serve como um ponto inicial de herniação, enquanto a junção GE permanece fixa na fáscia pré-aórtica e no ligamento arqueado mediano; o Tipo III: tem elementos de ambos os tipos I e II e são caracterizadas pela herniação do fundo gástrico e da junção GE. O fundo encontra-se acima da junção GE; o Tipo IV: a hérnia do hiato está associada com um grande defeito na membrana frenoesofágica e é caracterizada pela presença de outros órgãos que não o estômago no saco herniário (por exemplo, cólon, baço, pâncreas, intestino delgado). • Embora a etiologia da maioria das hérnias de hiato seja especulativa, trauma, má formação congênita e fatores iatrogênicos têm sido implicados em alguns pacientes com hérnias do tipo I (deslizante). As dos tipos II, III e IV (paraesofágicas) são uma complicação conhecida de dissecção cirúrgica do hiato como ocorre durante os procedimentos de antirrefluxo, esofagomiotomia, ou gastrectomia parcial. • A maioria das hérnias de hiato do tipo I (deslizante) é pequena e assintomática. Quando há uma hérnia grande do tipo I podem ocorrer sintomas da doença do refluxo gastroesofágico (DRGE), incluindo azia, regurgitação e disfagia. As complicações são raras em pacientes com hérnia de hiato tipo I e estão normalmente relacionadas com refluxo. • Muitos pacientes com hérnias dos tipos II, III e IV (paraesofágicas) são também assintomáticos ou têm sintomas intermitentes. Os sintomas mais comuns são dor epigástrica ou subesternal ou plenitude pós-prandial, náuseas e vômito. Sintomas de DRGE são menos prevalentes em comparação com pacientes com uma hérnia de tipo I. A maioria das complicações de uma hérnia paraesofágica ocorre devido a problemas mecânicos provocados pela hérnia e incluem o seguinte: o Volvo gástrico; o Sangramento, embora pouco frequente, a partir de úlceras gástricas, gastrite ou erosões na porção encarcerada da hérnia (lesões Cameron); o Complicações respiratórias que podem resultar da compressão mecânica do pulmão. Aprofundar a pesquisa sobre refluxo gastroesofágico. • Os indivíduos saudáveis têm episódios diários de refluxo gastresofágico fisiológico que não causam sintomas nem alterações histológicas (1,2). Quando os episódios de refluxo causam sintomas devido a maior frequência, aumento do volume ou alteração da composição do conteúdo gástrico surge a doença do refluxo gastresofágico .Os elementos chave da barreira anti-refluxo são o EEI (esfíncter esofágico inferior), os pilares do diafragma e o ligamento freno esofágico (responsável por impedir que o EEI seja submetido à pressão torácica negativa ) (1,4,5). • No Brasil, 11,9% da população é afetada, e a prevalência é esperada aumentar18. DRGE crônica está associada com alta morbidade, recorrência frequente e perda de qualidade de vida. A condição tem várias apresentações clínicas, independentemente do sexo e idade, e produz impacto econômico considerável, principalmente devido aos custos com outros meio diagnósticos21. • O diagnóstico de DRGE baseia-se na evidência, endoscópica ou histológica, de lesão da mucosa esofágica ou na presença de excessivo refluxo ácido durante a pHmetria. o primeiro teste a ser realizado é esofagogastroduodenoscopia (EGD), procedimento relativamente simples, que permite visualizar diretamente do trato digestivo superior e ajuda a descartar outras e mais graves doenças17. Confirmado pela presença de erosões da mucosa, a DRGE é classificada como erosiva. Contudo, a classificação endoscópica meramente distingue entre esofagite erosiva e não erosiva, mas não leva em conta as mudanças mínimas observadas em pacientes com a forma não erosiva. • A Doença do refluxo gastroesofagico caracteriza-se pela falência da referida barreira o que conduz a refluxo anormal do conteúdo gástrico para o esófago. É uma disfunção mecânica que pode ser causada: por um EEI defeituoso, por uma perturbação do esvaziamento gástrico ou por uma alteração da peristálise esofágica. Tais anomalias redundam num espectro patológico que abrange desde a pirose à lesão da mucosa esofágica, com possíveis complicações subsequentes (1,6). • Os inibidores da bomba de protões (IBP)tornaram-se no tratamento primário da DRGE. Inibem profundamente a secreção ácida no lúmen gástrico sendo eficazes em 90% dos doentes, incluindo naqueles em que outros regimes terapêuticos falharam (2,7) e são superiores às outras formas de tratamento farmacológico (2,8). Com o tempo, porém, a dosagem do IBP tem, por vezes, que ser aumentada para manter a homeostase esofágica (2,8). A terapêutica médica, todavia, não trata a etiologiamecânica da doença pelo que os sintomas recorrem no intervalo de um ano após suspensão do tratamento em mais de 80% dos casos . Relacionar sintomas com as doenças encontradas. • queimação • ânsia constante • alguns episódios de vômitos • certa dificuldade de comer. • piorava desse mal estar que estava sentindo com a cinta. • plenitude abdominal, • arrotos, • episódios de obstipação • diarreias. • Em consulta, o clínico geral desconfiou de refluxo gastroesofágico • endoscopia digestiva alta e encontraram uma inflamação grave do esôfago devido à posição indevida do estômago: com indicação de cirurgia. Na biopsia foi observado uma alteração da mucosa do esôfago que poderia se desenvolver em um câncer. https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-67202015000100020&script=sci_arttext&tlng=pt#B18 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-67202015000100020&script=sci_arttext&tlng=pt#B21 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-67202015000100020&script=sci_arttext&tlng=pt#B17 o A presença de hérnia de hiato é um fator de risco para esôfago de Barret, pois favorece o refluxo gastroesofágico, com exposição prolongada do esôfago distal ao conteúdo ácido proveniente do estômago, causando esofagite e com o passar do tempo ocorre a transformação das células. Pesquisar a cirurgia que deverá ser realizada, tratamentos e prevenção da condição encontrada. • A terapêutica cirúrgica dirige-se à natureza mecânica desta doença sendo curativa em 85% a 93% dos doentes. A terapêutica médica crónica está sobretudo indicada nos doentes com esperança de vida limitada e nos portadores de comorbidade limitativa de uma intervenção cirúrgica em segurança. O tratamento cirúrgico deve ser considerado nos doentes com DRGE documentada em que: o 1) o tratamento médico é ineficaz, ou o 2) optem pela cirurgia apesar da eficácia do tratamento médico, ou o 3) possuam complicações da DRGE (esófago de Barrett; esofagite de grau III ou IV) (1,10,11) ou o 4) existam complicações médicas atribuíveis a grande hérnia do hiato (hemorragia, disfagia), ou o 5) tenham sintomas atípicos (asma, tosse, dor torácica, aspiração). • Entre as várias técnicas cirúrgicas para correção da DRGE, as fundoplicaturas estão entre as mais frequentemente utilizadas e eficazes. O seu objetivo é restaurar a anatomia normal, restabelecendo a barreira anti-refluxo sem produzir efeitos colaterais prejudiciais. o Na sua realização é necessário: o 1) assegurar um adequado comprimento intra-abdominal de esófago para permitir uma fundoplicatura longitudinal sem tensão em torno do esófago distal, o 2) mobilizar o fundo gástrico para construir uma fundoplicatura livre de tensão e torção , recriando uma apropriada zona de alta pressão na junção esofagogástrica , o 3) encerrar o defeito hiatal, mantendo a reparação em posição normal . o Estas operações são as preferidas nos portadores de DRGE nos três primeiros estádios de esofagite nos quais, em regra, não há encurtamento nem inflamação peri-esofágica . O encurtamento esofágico ou a existência de esófago com acentuada peri-esofagite podem impedir o restabelecimento de um adequado comprimento intra-abdominal de esófago e sujeitar a reparação a grande tensão. Nesta situação existe uma elevada taxa de falência terapêutica pelo que, na sua resolução, são preferíveis técnicas que incluam alongamento esofágico . o A fundoplicatura total (Nissen) é muito eficaz no tratamento da DRGE e tem emergido como a mais amplamente aceite nos doentes com motilidade esofágica normal . Restaura a barreira mecânica através de pressão suficiente sobre o esófago distal e recria um bom ângulo na transição esofagogástrica, aliviando os sintomas típicos (pirose, regurgitação) em 90% a 95% dos doentes. Por laparotomia, 90% dos doentes mantêm-se assintomáticos após 10 anos de operados. Se uma fundoplicatura total for hiper continente pode conduzir a sequelas pós-operatórias como disfagia, incapacidade de eructação e síndroma "gas-bloat" (A "Síndrome da Bolha Gasosa", a qual surgiu devido a este tipo de procedimento cirurgico, pode alterar a capacidade mecânica do estômago de eliminar o ar engolido por eructação, levando a um acumulo de gás no estômago ou no intestino delgado, podendo causar cólicas e dores abdominais frequentes.). As fundoplicaturas parciais visam associar uma prevenção eficaz do refluxo com uma resistência mínima ao fluxo esofágico .Alguns cirurgiões usam fundoplicaturas parciais (ex: a fundoplicatura Toupet) em todos os doentes submetidos a cirurgia, enquanto outros as utilizam, selectivamente,em situações específicas como: motilidade esofágica diminuída, aerofagia severa, reintervenções e condicionantes anatómicas impeditivas de uma fundoplicatura total sem tensão como gastrectomia prévia. As fundoplicaturas completas terão eficiência mais durável do que as fundoplicaturas parciais .Todas as operações anti-refluxo podem ser realizadas por laparoscopia . o A fundoplicatura total por laparoscopia tem provado ser muito eficaz no tratamento da DRGE e, tem substituído a fundoplicatura por laparotomia como "gold standard" para o tratamento cirúrgico dos doentes com DRGE (15). Eficacia de cerca de 98% em obter alívio completo dos sintomas de refluxo,apresentando elevado grau de satisfação..Com critérios estritos de selecção (consulta multidisciplinar de cirurgia e gastrenterologia), experiência e padronização da técnica cirúrgica, a fundoplicatura total laparoscópica proporcionou resultados eficazes eseguros. Na prevenção de disfagia pós-operatória foram fulcrais: a adequada dissecção retro esofágica e retrogástrica e, a construção de uma fundoplicatura curta, lassa e sem tensão em torno do esófago distal. Exames: • Porque muitas hérnias de hiato não causam sintomas, elas são freqüentemente encontradas durante os exames para outros problemas. Se você tiver sintomas, o médico irá perguntar sobre seu histórico médico e examiná-lo. • Você pode ter que realizar exames para confirmar o diagnóstico e descartar outras causas de seus sintomas. Estes exames podem incluir: o endoscopia digestiva alta ▪ considera hérnia hiatal pequena aquelas com 2 a 3 cm, média aquelas com 3 a 4 cm e grandes ou volumosas aquelas com mais de 4 cm. o raios-X contrastado do esôfago ▪ O exame contrastado de Raios-X é indicado quando há necessidade de se investigar órgãos e estruturas que não sejam visualizados pela técnica radiográfica simples. Esses órgãos e estruturas tornam-se visíveis pela ingestão ou injeção de substâncias chamadas de contrastes, que são opacos à radiação. ▪ Elementos pesados, como por exemplo, o iodo e o bário podem ser injetados ou ingeridos e absorvem os raios-X, aumentando o contraste da imagem e facilitando o exame morfo-funcional da área examinada. • Exame: http://www.progastrojoinville.com.br/procedimentos/endoscopia_gastrointestinal/endoscopia_digestiva_alta • Manometria esofágica As indicações do exame manométrico do esôfago na DRGE destinam-se ainvestigar: • peristalse ineficiente do esôfago em pacientes com indicação de tratamentocirúrgico, com o objetivo de permitir ao cirurgião considerar a possibilidadede fundoplicatura parcial20; • a localização precisa do esfíncter esofágico inferior para permitir a corretainstalação do eletrodo de pHmetria, critério considerado essencial20; • a presença de distúrbio motor esofágico associado, como as doenças docolágeno e espasmo esofágico difuso20; • o peristaltismo esofágico e alterações do tônus do esfíncter esofágico inferiorem pacientes com falta de resposta adequada ao tratamento clínico oucirúrgico. Essa indicação, embora recomendada pelo grupo de estudos sobreinvestigação diagnóstica do I CB-DRGE, não obteve consenso de opiniãoentre os participantes.pHmetria prolongada Ainda que como “padrão-ouro” para o diagnóstico da DRGE a pHmetriaseja sujeita a críticas, já que os resultados de diferentes autores têm demonstradoexistir importante variação na sensibilidade20,21 é, não obstante, o melhor procedi- 51mento disponível até o momento para caracterizar o refluxo gastroesofágico epermitir a correlação dos sintomas referidos pelos pacientes com os episódios derefluxo (“índice de sintomas”). Por meio da avaliação pHmétrica é possível quanti-ficar a intensidade da exposição da mucosa esofágica ao ácido. O I CB-DRGEpropôs a utilização dos critérios de DeMeester22.A pHmetria de 24 horas está indicada nas seguintes situações:• pacientes com sintomas típicos de DRGE que não apresentaram respostasatisfatória ao inibidor da bomba protônica e nos quais o exame endos-cópico não revelou dano à mucosa esofágica. Nestes casos, o exame deveser realizado na vigência da medicação21;• pacientes com manifestações atípicas extra-esofágicas, como otorrinola-ringológicas, respiratórias e dor torácica de origem não-cardíaca, sem evi-dências de esofagite. Nesses casos é recomendada a realização de examepHmétrico com dois ou mais canais sensores de pH para caracterizaçãosimultânea do refluxo gastroesofágico e do refluxo supraesofágico (laringo-faríngeo)21,23;• pré-operatório nos casos em que o exame endoscópico não demonstrouesofagite.Convém mencionar que a pHmetria prolongada não se presta para o diag-nóstico da esofagite de refluxo, mas apenas para o do refluxo propriamente dito.Também não está indicada para o diagnóstico de refluxo duodenogástrico (freqüen-temente referido, de modo inadequado, como “refluxo alcalino”)23. • Manometria esofágica • A manometria é o exame padrão para o diagnóstico de distúrbios motores do corpo esofágico e do EEI. A análise manométrica do EEI pode avaliar com precisão a pressão e o relaxamento basais do esfíncter durante a deglutição. O corpo do esôfago pode ser avaliado quanto à amplitude e a duração das contrações e da peristalse. A peristalse é definida por uma sequência de contrações coordenadas e quantificada pelo registro da porcentagem de deglutições associadas à peristalse. Com o uso destas características do EEI e do corpo esofágico, inúmeros distúrbios manométricos do esôfago podem ser diagnosticados • Impedância intraluminal multicanal. O monitor IIM é um dispositivo relativamente novo, que mede refluxos tanto ácidos quanto não-ácidos de consistência líquida ou gasosa.9 É capaz de identificar as características do refluxo gastresofágico não detectáveis pela sonda de pH, que é atualmente o padrão-ouro para a avaliação de refluxo. A impedância é uma medida da resistência total ao fluxo de corrente entre eletrodos adjacentes, capaz de diferenciar refluxos líquidos de gasosos com base em suas propriedades inerentes de corrente e resistência. A IIM-pHmetria combinada tem vantagem em relação à pHmetria padrão, que não é capaz de detectar o refluxo não-ácido. Portanto, clinicamente, a monitoração com IIM pode ser mais útil para avaliação adicional dos sintomas típicos ou atípicos do refluxo que são refratários à terapia de supressão ácida, para a avaliação de possíveis refluxos não-ácidos ou não-líquidos, ou ambos. Embora a IIM-pHmetria possa ser mais sensível do que a pHmetria isolada para a detecção de refluxo esofágico ou hipofaríngeo do conteúdo gastroduodenal, estudos com resultados a longo prazo são necessários para avaliar a relevância clínica do refluxo não-ácido em pacientes com sintomas persistentes. Tratamento: • O tratamento geralmente não é necessário se você não tem sintomas. Se você tem azia ou outros sintomas, o médico pode recomendar uma mudança em sua dieta. Se você está acima do peso, você também pode ser orientado a perder peso. Antiácidos podem ajudar você a se sentir melhor quando você tem azia. Seu médico também pode prescrever medicamentos para reduzir a quantidade de ácido que o estômago produz. Se os sintomas são graves e não são controlados por medicamentos ou outras medidas, o seu médico pode recomendar a cirurgia. • Alivio dos sintomas e evitar possíveis complicações • Reduzir o efeito da doença do refluxo gastresofágico, remédios para azia e acidez estomacal, remédios que fortaleçam a musculatura do esfíncter o Há três tipos principais de medicamentos que são usados para tratar sintomas de acidez: o Antiácidos o Estes atuam neutralizando o ácido do estômago (ácido gástrico) e tendem a oferecer alívio muito rapidamente. o Antagonistas do receptor H2 o Estes são elaborados para reduzir a quantidade de ácido gástrico que você produz. Eles não funcionam tão rapidamente quanto os antiácidos, mas os efeitos podem ser mais duradouros. o Inibidores da bomba de prótons (IBPs) o Estes funcionam de maneira semelhante aos antagonistas do receptor H2, porém são mais potentes e, portanto, podem ser mais eficazes caso seus sintomas sejam mais severos. • • Se você estiver com sobrepeso, tente perder algum peso. • Se você costuma comer 1 ou 2 grandes refeições por dia, tente fracionar em 3 ou 4 pequenas refeições. • Evite beber álcool e comer alimentos que podem fazer pior o refluxo, como chocolate, alimentos com saber de menta, alimentos gordurosos, cafeína, frutas cítricas, ou produtos a base de tomate. • Vestir roupas soltas em torno de sua barriga e evitar cintos podem ajudar. • Sente-se durante as refeições, e espere pelo menos uma hora depois de comer antes de se deitar. É melhor não comer por 2 a 3 horas antes de ir para a cama. • Se o refluxo incomoda o seu sono, levante a cabeceira de sua cama de 6 a 8 centímetros colocando armação em blocos de madeira. Se você não pode levantar a estrutura da cama, tente colocar uma cunha de espuma sob a cabeça do seu colchão (almofada anti- refluxo). Usar simplesmente travesseiros extras não irá ajudar. • Não fume. Fumar pode aumentar o ácido do estômago. O ar que você engole enquanto fuma também pode aumentar a pressão na sua barriga. Fumar também aumenta o risco de câncer do esôfago e estômago. • Elevação da cabeceira da cama e a alimentação noturna seguidas do deitar-se mais tarde são medidas que reduzem a exposição ácida esofágica. • Espinheira santa: A Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, conhecida popularmente como espinheira santa, pode ser utilizada nas gastrites, dispepsias e no tratamento coadjuvante de úlceras pépticas. Atua como reguladora das funções estomacais e promove a proteção da mucosa gástrica. Em revisão realizada sobre as propriedades farmacológicas da Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, há relato de dois ensaios clínicos sobre a atividade da planta que se mostra favorável ao uso, possui fácil acesso e baixo custo, além de valorizar o saber popular, corroborando o princípio da integralidade da atenção. Ressalta-se a importância da educação permanente na atualização periódica de evidências clínicas que corroborem a etnofarmacologia da planta. Referencias: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-28032012000500005 Transtornos gastroduodenais https://aps.bvs.br/aps/quais-as-evidencias-cientificas-para-o-uso-da-espinheira-santa-no-tratamento-de- ulcera-gastrica/ Espinheira santa https://www.einstein.br/noticias/noticia/mulheres-sofrem-mais-com-problemas-gastrointestinais https://www.scielo.br/pdf/ag/v54n2/1678-4219-ag-s0004280320170000009.pdf https://doi.org/10.1590/S0104-42302012000100009 http://production.latec.ufms.br/new_pmm/modulos/03/esofagoEstomago_n3102.html http://dx.doi.org/10.1590/s0102-67202015000100006 Caso 3 - Hiato na rotina estressante... Vânia, 51 anos, diretora de uma multinacional, vai ao ambulatório da empresa com queixa de queimação atrás do peito,ânsia constante, alguns episódios de vômitos e certa dificuldade de comer. O enfermeiro lhe forneceu alguns comprimidos de omeprazol e pediu para marcar uma consulta com o médico. Vânia não tinha muito tempo. Estava sempre em reuniões, contato com a presidência da empresa, que tinha uma diferença de fuso horário grande. Tomava coca-cola e café para tentar se manter acordada, comia a hora que dava e fumava alguns cigarros para aliviar a pressão do trabalho. Sabia que precisava fazer atividade física para emagrecer, mas não tinha tempo... Usava uma cinta elástica para "disfarçar as gordurinhas", mas ultimamente parecia que piorava desse mal estar que estava sentindo com a cinta. Sentia- se com plenitude abdominal, arrotos, episódios de obstipação e diarreias. Em consulta, o clínico geral desconfiou de refluxo gastroesofágico e solicitou que ela alterasse alguns hábitos e evitasse alimentos gordurosos, condimentos fortes, frituras... Ela conseguiu, com muito esforço, seguir as orientações do médico e teve pequeníssima melhora, retornando à rotina anterior. Num episódio de dor muito intensa e vômitos, foi levada ao PS. Lá, fizeram uma endoscopia digestiva alta e encontraram uma inflamação grave do esôfago devido à posição indevida do estômago, com indicação de cirurgia. Na biopsia foi observado uma alteração da mucosa do esôfago que poderia se desenvolver em um câncer. Visão geral das doenças esofágicas e de deglutição https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp- medicine/5041/disturbios_esofagicos_%E2%80%93_michael_f_vaezi.htm https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7as-do- es%C3%B4fago-e-da-degluti%C3%A7%C3%A3o https://aps.bvs.br/aps/quais-as-evidencias-cientificas-para-o-uso-da-espinheira-santa-no-tratamento-de-ulcera-gastrica/ https://aps.bvs.br/aps/quais-as-evidencias-cientificas-para-o-uso-da-espinheira-santa-no-tratamento-de-ulcera-gastrica/ https://www.einstein.br/noticias/noticia/mulheres-sofrem-mais-com-problemas-gastrointestinais https://www.scielo.br/pdf/ag/v54n2/1678-4219-ag-s0004280320170000009.pdf https://doi.org/10.1590/S0104-42302012000100009 http://production.latec.ufms.br/new_pmm/modulos/03/esofagoEstomago_n3102.html https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/5041/disturbios_esofagicos_%E2%80%93_michael_f_vaezi.htm https://www.medicinanet.com.br/m/conteudos/acp-medicine/5041/disturbios_esofagicos_%E2%80%93_michael_f_vaezi.htm https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7as-do-es%C3%B4fago-e-da-degluti%C3%A7%C3%A3o https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7as-do-es%C3%B4fago-e-da-degluti%C3%A7%C3%A3o O aparato para a deglutição consiste em faringe, esfíncter esofágico superior (cricofaríngeo), corpo do esôfago e EEI. O terço superior do esôfago e as estruturas proximais a ele são compostos por musculatura esquelética; o esôfago distal e o EEI são compostos por músculo liso. Esses componentes trabalham como um sistema integrado que transporta material da boca para o estômago e evita que reflua para o esôfago. Obstrução física ou doenças que interferem na função motora (doenças de motilidade esofágica) podem afetar o sistema. Observar o pacientes deglutir pode auxiliar a diagnosticar aspiração ou regurgitação nasal. Muitos dos distúrbios esofágicos necessitam de testes específicos para seu diagnóstico. • Disturbios de motilidade: acalasia, espasmo difuso do esofago, esofago em quebra nozes e motilidade esofágica ineficaz, sendo que a motilidade ineficaz é o mais frequente em paciêntes com doença do refluxo gastroesofagico. Quando foi a realizada a endoscopia Na maioria das vezes o diagnóstico da hérnia hiatal, refluxo e a esofagite são diagnosticados pela endoscopia digestiva alta. • Hernia de hiato: • A hérnia de hiato é uma protrusão do estômago pelo hiato diafragmático. Muitas hérnias são assintomáticas, mas uma incidência aumentada de refluxo ácido pode causar doença de refluxo gastroesofágico (DRGE). O diagnóstico se faz pelo esofagograma com bário ou da endoscopia digestiva alta. O tratamento é direcionado aos sintomas da DRGE, se presente. A etiologia é desconhecida mas acredita-se que ocorra pela distensão dos ligamentos da fáscia entre o esôfago e o diafragma no hiato esofágico (a abertura pela qual o esôfago atravessa o diafragma). o Há 2 tipos principais de hérnia de hiato: o Hérnia de hiato por deslizamento (o tipo mais comum): a junção gastroesofágica e parte do estômago estão acima do diafragma. o Hérnia de hiato paraesofágica: a junção gastroesofágica está em sua posição normal, mas parte do estômago está adjacente ao esôfago no hiato diafragmático. ▪ A hérnia paraesofágica deve ser reduzida cirurgicamente em razão do risco de estrangulamento. o O achado incidental e isolado de hérnia de hiato por exame endoscópico (ou radiológico) não deve ser necessariamente diagnóstico de DRGE1. Considera-se a presença de hérnia de hiato quando a diferença entre o pinçamento diafragmático e a linha Z é igual ou superior a 2 cm17. http://production.latec.ufms.br/new_pmm/res/complementares/u3_r1.pdf • Doença do refluxo gastresofágico • A DRGE pode se manifestar com sintomas crônicos ou como lesão da mucosa esofágica secundária ao refluxo anormal do conteúdo gástrico.40 Esofagite de refluxo é um subgrupo de pacientes com DRGE que apresentam alterações endoscópicas ou histopatológicas na mucosa esofágica. • Esofagite de refluxo: • Exames laboratoriais https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-gastrointestinais/doen%C3%A7as-do-es%C3%B4fago-e-da-degluti%C3%A7%C3%A3o/dist%C3%BArbios-de-motilidade-esof%C3%A1gica • A endoscopia é a técnica de escolha para avaliar a mucosa em pacientes com sintomas de DRGE. A esofagite de refluxo está presente quando erosões ou ulcerações são evidenciadas na junção escamocolunar. Existem vários sistemas de classificação para a caracterização da gravidade da esofagite de refluxo; a mais utilizada é a classificação de Los Angeles (LA) [Tabela 3].44 • Tabela 3. Classificação de Los Angeles da esofagite erosiva Grau Característica A Uma ou mais fissuras isoladas da mucosa = 5 mm de comprimento. B Uma ou mais fissuras isoladas da mucosa > 5 mm de comprimento. C Uma ou mais fissuras isoladas da mucosa estendendo-se sobre as pregas, mas envolvendo < 75% da circunferência. D Uma ou mais fissuras isoladas da mucosa estendendo-se sobre as pregas, mas envolvendo > 75% da circunferência. • Cirurgia: A cirurgia para refluxo é um procedimento laparoscópico no qual o esôfago é posicionado no abdômen, e o fundo do estômago é suturado ao redor do esôfago, criando uma válvula antirrefluxo. Ao evitar o refluxo, a cirurgia previne a evolução da esofagite para problemas como esôfago de Barrett, câncer de esôfago, pneumonias aspirativas, tosse crônica, rouquidão e outros sintomas. opção intermediária entre medicamentos e cirurgia. BARRX: ele realiza a ablação do Esôfago de Barrett através de radiofrequência para retirada das células doentes. STRETTA: é um procedimento endoscópico minimamente invasivo, ambulatorial realizado em menos de 60 minutos, através de radiofrequencia para fortalecer o musculo do esfincter esofágico inferior, a fim de evitar refluxos. Posição indevida com indicação de cirurgia e identificou alteração na mucosa São consideradas conseqüências do refluxo gastroesofágico as seguintes lesões: erosões, úlceras, estenose péptica e esôfago de Barrett • Esôfago de Barrett • O esôfago de Barret é uma complicação que pode ocorrer em quem tem hérnia de hiato e não a trata. • A presença de hérnia de hiato é um fator de risco para esôfago de Barret, pois favorece o refluxo gastroesofágico, com exposição prolongada do esôfago distal ao conteúdo ácido
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