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AULA 01 AULA 01 GESTÃO DE ESTOQUE

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AULA 01 GESTÃO DE ESTOQUE
DEFINIÇÃO
Apresentação dos conceitos de gestão de estoques, tipos de estoques, técnicas e ferramentas de gestão de estoques, além das tecnologias aplicadas a estoques.
PROPÓSITO
Compreender os fundamentos da gestão de estoques, bem como a aplicação do seu conjunto de técnicas junto aos sistemas de informações utilizados para o desenvolvimento de sua prática.
OBJETIVOS
Módulo 1
Identificar os fundamentos, os tipos e as técnicas de gestão de estoques
Módulo 2
Reconhecer as tecnologias de informação e comunicação (TIC) aplicadas a estoques
INTRODUÇÃO
As organizações, em geral, possuem estoques.
Uma loja, por exemplo, compra mercadorias de um atacadista e as mantém em estoque até vendê-las aos clientes.
Uma fábrica mantém estoque de matérias-primas, componentes e produtos acabados.
Um banco armazena dinheiro para suas transações diárias.
O estoque é, então, o armazenamento de itens e materiais que não são utilizados imediatamente, permanecendo à disposição para uso futuro. Um inventário é uma lista dos itens mantidos em estoque.
Os estoques influenciam os prazos de entrega e a disponibilidade de materiais, afetando, assim, a satisfação dos clientes e o valor percebido dos produtos e serviços. Eles interferem no funcionamento das empresas, seu lucro e o retorno dos investimentos. Também induzem as operações, determinando o tamanho, a localização e o tipo das instalações.
O crescimento de outras organizações pode ser incentivado pelos estoques, seria o caso de fornecedores e intermediários, oferecendo serviços especializados.
Neste tema, vamos aprender os fundamentos da gestão de estoques e como as técnicas e ferramentas são aplicadas para calcular o lote econômico, o ponto de ressuprimento e a classificação dos itens de estoques.
Vamos conhecer, também, os sistemas de informações e as principais tecnologias de informação aplicadas no gerenciamento de estoques.
MÓDULO 1
Identificar os fundamentos, os tipos e as técnicas de gestão de estoques
Assista ao vídeo a seguir para conhecer a importância da gestão de estoque.
FUNDAMENTOS DA GESTÃO DE ESTOQUE
A gestão dos estoques permite que as operações se tornem mais eficientes e produtivas. O principal objetivo dos estoques é fornecer um pulmão entre a oferta e a demanda. Os estoques são necessários por várias razões:
 Escolha uma das Etapas a seguir.
3
Proteger contra incertezas na demanda e garantir pontualidade na entrega.
Os estoques podem ser armazenados em diferentes formas, tais como:
swap_horiz Arraste para os lados.
Matéria-prima
Itens comprados de fornecedores ou materiais extraídos que são convertidos através do processo de manufatura em componentes ou produtos acabados. Eles são armazenados no armazém.
Componentes ou materiais semiacabados
Estes são itens armazenados incompletos, aguardando o final das operações que os adaptarão a diferentes usos ou especificações do cliente. Os componentes são fabricados sob as instruções de uma ordem de produção ou compra e armazenados quando concluídos. Os materiais semiacabados não são vendidos para os clientes.
Produtos acabados
É um produto que pode ser vendido como um item completo ou peça de reparo, ou seja, qualquer item sujeito a um pedido de compra do cliente ou produzido a partir da previsão de vendas. Os produtos acabados são armazenados antes de serem enviados aos clientes finais.
Manutenção, reparo e suprimentos operacionais
Itens utilizados no suporte das operações e nas manutenções, como suprimentos, peças de reposição e consumíveis usados no processo de fabricação e processos de apoio. Dão suporte à produção, mas não se tornam parte do inventário.
TIPOS DE ESTOQUE
As organizações precisam administrar vários tipos de estoques necessários para a realização das suas atividades.
Fonte: Freepik.
Segundo Slack, Jones e Johnston (2018), existem quatro tipos de estoques:
Clique nas barras para ver as informações.
1. DE SEGURANÇA (ISOLADORES)
Este tipo busca garantir o nível de serviço prestado aos clientes, reduzindo os riscos do desequilíbrio entre a oferta de produtos e do nível da demanda devido a possíveis flutuações. Seus níveis são determinados pelo grau de incerteza dos fornecedores e pela a variabilidade da demanda.
Estes estoques reduzem problemas de eventuais atrasos na produção, falta de pontualidade na entrega de produtos ou de “stock out” devido ao aumento inesperado da demanda.
2. SAZONAIS
São necessários para atender a períodos de sazonalidade, tanto da demanda de produtos acabados quanto da matéria-prima. Geralmente, a procura não ocorre de forma constante ao longo do ano. Apesar disso, a capacidade de produção de determinados produtos é constante.
Para minimizar a falta de sintonia entre produção e consumo, estoques de produtos acabados podem ser formados nos meses de baixa demanda para atender aos períodos em que a demanda for alta.
As empresas do setor alimentício — por exemplo, geralmente — compram uma quantidade maior de matéria-prima na safra (pico da sazonalidade da oferta) e garantem o suprimento para o período da entressafra (pico da sazonalidade da demanda).
3. DE ANTECIPAÇÃO
Usados, geralmente, quando as flutuações de demanda são significativas, mas relativamente previsíveis — como, por exemplo, chocolate na Páscoa e cerveja no Carnaval. Também podem ser usados quando as variações de fornecimento são significativas.
4. CÍCLICOS
Existem quando a produção é feita em lotes, para se obter algum tipo de economia. Atualmente, nos sistemas de produção, está se reduzindo o tamanho dos estoques cíclicos e aumentando a frequência dos pedidos, como no modelo just in time.
CUSTOS DE GESTÃO DE ESTOQUE
Os principais custos associados à gestão de estoques podem ser divididos em três áreas principais:
1. Custo do pedido
São aqueles associados ao processo de aquisição dos itens de reposição do estoque (custos do processamento dos pedidos, de preparação ou do manuseio para atender ao pedido solicitado e do envio e recebimento dos produtos).
2. Custos de armazenagem
Estão subdivididos em:
 Escolha uma das Etapas a seguir.
De armazenagem
Custo do espaço utilizado e, também, é relativo à movimentação de materiais e sua armazenagem, como, por exemplo: aluguel do armazém, mão de obra, aluguel das empilhadeiras.
De oportunidade
Ausência de remuneração financeira do capital, que fica aplicado em estoques. Os juros pagos em empréstimos para financiar a operação também devem ser considerados.
De obsolescência
Risco de perda de materiais por deterioração ou por se tornarem obsoletos rapidamente devido a inovações em produtos e processos.
3. Custos de falta de estoques
Ocorre quando existe demanda por itens de estoques em falta, sendo classificados em dois tipos: custos de vendas perdidas e custos de atrasos.
Modelo do lote econômico de compra (LEC)
Ele auxilia na determinação do tamanho do lote que minimiza o custo total de estoques a ser encomendado. Cada vez que é necessária uma nova encomenda, deve-se calcular a quantidade exata de um determinado insumo ou componente que minimiza estes custos.
A demanda (consumo do estoque) é considerada constante ao longo do tempo. Vejamos uma representação no Gráfico 1:
Gráfico 1: Consumo do estoque
Comentário
Quanto maior for o tamanho do lote de reposição do estoque (Quantidade), maior será o seu custo de armazenagem. Entretanto, lotes maiores reduzem o número de entregas e o custo com pedidos.
Por outro lado, lotes menores reduzem o custo de armazenagem, mas aumentam o número de entregas, elevando o custo com pedidos, como podemos ver no Gráfico 2 a seguir.
Gráfico 2: Custos de estoque
O que é LEC?
O lote econômico de compra (LEC) é a quantidade de estoque a encomendar de cada vez para obter o mínimo de custo total, considerando os custos de armazenamento e os do pedido, ou seja, o LEC minimiza o custo total de estoques por meio do balanceamento entre custo do pedido e de armazenagem.
As simplificações consideradas no modelo são:
Análise de um único item do estoque por vez
Demanda
conhecida e considerada constante
Demanda conhecida e considerada constante
Custo de armazenagem calculado em função do estoque médio
Cálculo dos custos
Custo de armazenagem
É referente à manutenção de uma unidade de material em estoque por um determinado espaço de tempo, em geral um ano, multiplicado pela quantidade de material que forma o estoque médio.
onde:
CA = custo de armazenagem;
Ca = custo unitário de armazenagem do material;
L/2 = estoque médio de material no período.
Custo do pedido
É aquele referente ao atendimento de um pedido multiplicado pela quantidade de pedidos de material necessária para responder às necessidades de um determinado espaço de tempo, em geral um ano.
onde:
CP = custo total com pedidos;
Cp = custo unitário do pedido;
D = demanda no período;
L = lote de compra;
D/L = número de pedidos no período.
O LEC pode ser calculado matematicamente e corresponde ao tamanho do lote para o qual o custo de estoques é mínimo.
onde:
Cp = custo unitário de um pedido;
Ca = custo unitário de armazenagem;
D = demanda no período.
A seguir, veja um exemplo.
A empresa IT Hardware produz laptops e consome 12.800 chips por ano. Supondo que a empresa armazene seus chips a um custo de U$ 2,00 cada um e que o frete praticado é de US$ 50,00 por viagem:
Clique nas barras para ver as informações.
QUAL O TAMANHO DO LOTE DE COMPRA QUE MINIMIZA O CUSTO TOTAL (LEC)?
Considerando o exemplo dado, temos:
D = 12.800
Cp = 50
Ca = 2
LEC = 800 Chips
QUAL O NÚMERO ECONÔMICO DE ENTREGAS POR ANO?
Número de entregas = D/L = 12800/800 = 16 entregas por ano.
QUAL O INTERVALO DE TEMPO ENTRE CADA ENTREGA?
Intervalo de entrega = 365/16 = 23 dias.
QUAL O CUSTO COM PEDIDOS, DE ESTOCAGEM E TOTAL, CONSIDERANDO O LEC?
Custo total
CT = CA + CP
CT = Ca x (L/2) + Cp x (D/L) = 2 x (800/2) + 50 x (12800/800)
CT = 800 + 800 = US$ 1.600
Ponto de ressuprimento
Define quando os estoques serão reabastecidos à medida que o tempo passa e o material é consumido.
Quando o estoque atinge o ponto de reposição ou ressuprimento, é feito um pedido de um lote de compras de tamanho fixo, que não será atendido imediatamente. Há um intervalo de tempo entre a colocação do pedido no fornecedor e sua entrega, o qual é chamado tempo de ressuprimento ou lead time.
Lead time (LT): tempo decorrido desde a colocação de um pedido de ressuprimento até que o material esteja disponível para utilização, como mostra, a seguir, o Gráfico 3. 
Gráfico 3 – Lead time (Tempo de ressuprimento)
Estoque de segurança (ES): estoques adicionais aos estoques normais para proteção contra demandas e lead times acima da média, como representado no Gráfico 4 a seguir.
Gráfico 4 – Estoque de segurança
Qual a importância do estoque de segurança (ES)?
 Escolha uma das Etapas a seguir.
3
O ES evita que a falta de itens ocorra caso aconteça algum problema com os fornecedores ou atrasos nas entregas.
Comentário
O estoque de segurança e o ponto de ressuprimento são fatores importantes para a manutenção do equilíbrio do estoque. Sendo assim, é possível reduzir custos com a gestão de estoques, além de manter o armazém sempre abastecido.
Cálculo do ponto de ressuprimento
Definimos como ponto de ressuprimento o ponto quando o nível de estoque chega a uma quantidade limite (nível mínimo de um estoque sem prejudicar o negócio), sendo necessária a sua reposição.
O ressuprimento de estoque pode ocorrer de forma diferente para cada item de estoque. Por esse motivo, é essencial descobrir o nível de cada item, a fim de equilibrar a quantidade sobrando ou faltando, o que também harmoniza as contas.
O cálculo de ponto de ressuprimento é realizado utilizando uma fórmula que considera a quantidade da demanda e o tempo de ressuprimento (lead time) que corresponde ao intervalo entre uma compra e outra.
Outro fator a ser levado em conta é o estoque de segurança, que varia de acordo com nível de confiança dos fornecedores.
Utilizamos a seguinte fórmula para fazer o cálculo de ressuprimento:
Sendo que:
PR = ponto de ressuprimento (em quantidade de produtos);
Dm = custo unitário do pedido;
LT = lead time (tempo de ressuprimento);
Es = estoque de segurança.
A seguir, veja um exemplo.
Fonte: Freepik.
A empresa IT Hardware produz laptops e utiliza chips de um fornecedor cujo lead time é de 10 dias úteis. Cada laptop necessita de 2 chips para ser produzido.A produção diária deste item é feita em 3 turnos de 8 horas cada um. A fabricação da IT Hardware é de 20 computadores por hora. 
O estoque de segurança deve garantir a produção de pelo menos 4 dias úteis.
Clique nas barras para ver as informações.
A) QUAL O PONTO DE RESSUPRIMENTO DAS PLACAS?
LT = 10 dias
Produção diária = 3 x 8 x 20 = 480 laptops/dia
Dm = qtd. chips = 480 x 2 = 960 chips/dia (2 chips para cada laptop)
 
PR = Dm x LT + ES
ES = 960 x 4 = 3.840 chips (ES para 4 dias)
PR = 960 x 10 + 3.840 = 13.440 chips
B) SE A PRODUÇÃO AUMENTAR 30%, QUAL SERÁ O REFLEXO NO PONTO DE RESSUPRIMENTO?
LT = 10 dias
Produção diária = 480 x 1,3 = 624 laptops/dia (aumento de 30% na produção)
Dm = qtd. chips = 624 x 2 = 1248 chips/dia
PR = Dm x LT + ES
ES = 1248 x 4 = 4.992 chips
PR = 1248 x 10 + 4992 = 17.472 chips
SISTEMAS DE CONTROLE DE GESTÃO
Análise ABC
Trata-se de um sistema de controle de estoques utilizado para uma gama de itens de estoque, como matéria-prima, componentes, produtos semiacabados e produtos acabados.
A abordagem funciona definindo os itens em três categorias distintas, das quais, cada classe tem um controle de gerenciamento diferente.
O “ABC” da classificação refere-se às três classes ou categorias usadas no sistema:
 
Como base para um esquema de controle, cada classe deve ser tratada de maneira diferente. A atenção será dedicada aos itens da categoria A, seguidos de B e menos dispensada para C, como mostra a Figura 1:
Figura 1 Curva ABC
Fonte: CORREA; GIANESI, 2011.
A classificação ABC separa os itens de estoques em grupos divididos em três classes, descritas a seguir:
Classe A: grupo de itens que requerem menor atenção dos gestores; Classe B: grupo de itens em situação intermediaria; Classe C: grupo de itens mais importantes que devem ter grande foco dos gestores.
Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ter grande foco dos gestores; Classe B: grupo de itens em situação intermediaria; Classe C: grupo de itens que requerem menor atenção dos gestores.
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
A classificação de itens de estoque ABC apresenta, em geral, uma distribuição na qual 20% dos itens são considerados A e correspondem a 80% do valor de utilização anual.
Os itens B representam 30% do total de itens e correspondem a 15% do valor de utilização anual.
Os 50% dos itens restantes que correspondem a 5% valor de utilização anual serão considerados de classe C.
Muitos gestores estão familiarizados com a chamada regra 80/20, também conhecida como análise de Pareto, que pode ser usada com a análise ABC para gerenciamento de inventário.
Isso significa que a análise ABC está em conformidade com o princípio de Pareto, que afirma que a quantidade de itens que representam uma grande parte do valor total do estoque é pequena e a quantidade de itens com valor baixo do estoque é grande.
Fonte: Freepik.
Também vale lembrar que as proporções dos valores ABC — tanto em termos de valor de consumo quanto de número de itens — podem variar um pouco, desde que atinjam 100%.
Amplamente utilizada para gerenciamento da cadeia de suprimentos, sistemas de inventário e métodos de verificação de estoque, a análise ABC pode ser aplicada ao projeto de sistemas de contagem de ciclo.
Exemplo
Um armazém pode optar por contar itens A, de valor alto uma vez por trimestre; itens B duas vezes por ano; e itens C apenas uma vez.
A verificação de inventário e o controle mais rígido de itens de maior valor não apenas ajudam a manter uma melhor gestão dos ativos em estoque, como também auxiliam na reordenação das diferentes classes, com menos itens
de alto valor mantidos em estoque por longos períodos.
Um dos principais desafios do setor para os gestores de armazéns que utilizam a análise ABC é identificar quando os itens podem se enquadrar em uma das duas categorias A ou B.
Com o aumento do comércio eletrônico móvel e do número de varejistas terceirizados — como a Amazon, itens de estoque considerados historicamente de menor valor podem passar para uma categoria mais alta se ocorrer uma falta devido a picos anormais de vendas.
A capacidade de acompanhar essas tendências é que ajuda na reclassificação necessária de um item de maior valor.
Classificação XYZ
Esta analisa o grau de criticidade dos itens e define quão imprescindível eles são para as operações de uma empresa.
Exemplo
Em uma fábrica alimentícia, a falta de determinados itens pode parar a produção. Por outro lado, a falta de outros insumos pode prejudicar as operações, nem necessidade de paralisação. Além disso, é possível que esse item possa ser substituído por outros itens já em estoque, reduzindo sua criticidade.
Veja a seguir como são divididas as categorias X, Y e Z.
Classe X
Itens de baixa criticidade. A falta desses não acarreta paralisações, riscos na segurança ou prejuízos ao patrimônio; há várias alternativas de materiais substitutos; o fornecimento dos itens é simples e rápido.
Classe Y
Itens de criticidade média. A falta desses pode causar paradas na produção, riscos na segurança ou prejuízos ao patrimônio; são itens relativamente fáceis de serem substituídos ou adquiridos em caso de falta.
Classe Z
Itens de máxima criticidade. Considerados imprescindíveis para o andamento dos trabalhos; sua falta causa a parada das operações ou coloca pessoas e patrimônio em risco.
Veja alguns exemplos de itens de máxima criticidade:
Exemplo
Itens de criticidade Z: Falta de carne de hambúrguer no McDonald’s; desabastecimento de medicamentos ou equipamentos de proteção individual (EPI) em hospitais.
A falta de um item de criticidade Z causa prejuízos sérios ao negócio. Em outros casos, sua falta resulta em perdas de segurança ou operacionalidade.
Uma das dificuldades da classificação XYZ é sua própria subjetividade.
A ABC usa critérios objetivos para determinar a classe de cada item.
A XYZ requer a participação de especialistas para avaliar a criticidade dos itens.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. Os tipos de estoques usados geralmente quando as flutuações de demanda são significativas — mas relativamente previsíveis — são conhecidos como:
Estoques cíclicos.
Estoques de antecipação.
Estoques de segurança.
Estoques sazonais.
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
Estoques de antecipação são usados, geralmente, quando as flutuações da demanda são conhecidas, como o aumento da demanda no varejo no Dia das Mães e no Dia dos Namorados.
2. A análise ABC é uma das técnicas de se controlar itens de estoques. Sobre esta análise é correto afirmar:
A classificação ABC é uma ferramenta pouco utilizada pelas empresas, uma vez que sua elaboração é muito complexa e há dificuldades em sua análise.
A classificação ABC analisa o grau de criticidade dos itens e define quão imprescindível eles são para as operações de uma empresa.
A classe A é composta de itens de baixa criticidade. A falta desses itens não acarreta paralisações, riscos na segurança ou prejuízos ao patrimônio.
A classe A é composta do grupo de itens mais importantes que devem ser ter grande foco dos gestores.
Comentário
Parabéns! A alternativa "D" está correta.
Na análise ABC, os itens da classe A que representam aproximadamente 20 % do volume e 80 % do custo total são considerados os de maior relevância e recebem a maior atenção dos gestores.
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MÓDULO 2
Reconhecer as tecnologias de informação e comunicação (TIC) aplicadas a estoques
Acompanhe o panorama sobre as novas tecnologias que revolucionaram a gestão do estoque. Veja as principais diferenças, vantagens e desvantagens entra cada uma delas.
ESTOQUES DE SERVIÇOS
Serviços são perecíveis e não podem ser armazenados, revendidos ou devolvidos. Sua produção e seu consumo devem ocorrer simultaneamente, portanto, tendem a perecer na ausência de consumo. Produtos podem ser armazenados e vendidos em data posterior.
Entretanto, os serviços serão perdidos para sempre, caso não forem consumidos. Sendo assim, o grande desafio está em conciliar a capacidade de serviços com o atendimento da demanda.
O grande desafio que o gestor enfrenta em relação à perecibilidade dos serviços é a incapacidade de manter estoques. A previsão de demanda para a utilização da capacidade dos serviços é fundamental.
Quando a demanda é constante, a perecibilidade dos serviços não é um grande problema. Porém, quando ocorrem flutuações na demanda, várias estratégias devem ser implementadas na buscado equilíbrio entre a oferta e a demanda.
Na gestão da demanda, as organizações podem realizar liquidações, a fim de que o consumo do serviço aumente nos horários em que haveria uma baixa atividade. Na gestão da oferta, é recomendável contratar funcionários que possam trabalhar em diferentes atividades na linha de frente e no backoffice além de aumentar a participação dos clientes no processo (FITZSIMMONS, 2008).
A gestão da capacidade de serviços pode ser realizada através de diferentes ações:
Suavização da curva de demanda.
Ajuste da capacidade de serviços.
Gestão de filas (clientes em estoque).
Suavização da curva de demanda
Uma ação a ser realizada são as promoções para influenciar os clientes a escolherem horários fora do pico. A estratégia de reduzir tarifas em períodos de baixa demanda serve não só para diminuir a pressão da demanda nos horários de pico, como também utilizar a capacidade instalada na baixa temporada.
Fonte: Freepik.
E o sistema de reservas?
O sistema de reservas permite que um serviço seja vendido de forma antecipada e faz com que a demanda adicional seja desviada para outros horários.
As reservas beneficiam os clientes reduzindo a espera e garantindo a disponibilidade.
Ajuste da capacidade de serviços
Na gestão da oferta, é recomendável possuir um quadro de colaboradores multifuncionais que possam trabalhar em diferentes atividades na linha de frente e no back office.
Fonte: Freepik.
Quando a demanda aumenta, existe a possibilidade de deslocar funcionários para os postos de atendimento, reduzindo as filas e elevando o nível do serviço percebido pelos clientes.
Nos horários de baixa demanda, os funcionários podem ser alocados em atividades de suporte do back office. Esta flexibilidade evita a ociosidade dos serviços que são intensivos na utilização de mão de obra.
Gestão de fila
O encontro de serviços é considerado a “hora da verdade” e ocorre quando o cliente interage com a empresa. Consequentemente, esses encontros podem se tornar parte integrante da imagem que o cliente faz da empresa e, por sua vez, irá desempenhar um papel fundamental no sucesso da organização.
As filas representam interesse nos serviços. Porém, sua gestão deve ser feita a fim de que o tempo gasto nelas pelos clientes não os faça desistir da compra.
Para melhorar a experiência, é importante criar um ambiente de entretenimento com antecipação do atendimento, reduzindo a percepção de espera e abrindo novas oportunidades para serviços complementares. Um caso de sucesso é a proposta de bares e restaurantes de servir os clientes com petiscos e bebidas já nas filas de espera.
Fonte: Freepik.
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO (TIC) APLICADAS A ESTOQUES
As TICs estão revolucionando a gestão de estoques, já que estas variam de sistemas integrados (ERP), gestão de armazéns (WMS) a scanners e chips de identificação por radiofrequência (RFID), que agora permitem que as empresas gerenciem e rastreiem seus itens de estoque desde o momento em que ocorre a compra de insumos nos fornecedores até o momento em que
os produtos finais chegam nas mãos dos clientes.
Fonte: Freepik.
Sistema integrado de gestão (ERP)
Este sistema permite planejar e gerenciar custos, otimizar rotinas de gestão de estoques, padronizar os principais processos de negócios, além de dar suporte a tomada de decisões.
A implantação do sistema ERP é uma decisão muito importante para o sucesso do negócio, sendo fundamental identificar se a solução se encaixa nas demandas da organização e se a maioria das expectativas dos gestores serão atendidas pela ferramenta.
Vejamos, a seguir, a representação desse sistema na Figura 2.
Figura 2 – Sistema integrado de gestão (ERP)
Fonte: SOUZA, 2000, p. 20.
Benefícios da utilização do ERP na gestão de estoques
Clique nas barras para ver as informações.
MAIOR EFICIÊNCIA
A gestão de estoques por meio de um sistema integrado e centralizado — como o ERP — além de diminuir o retrabalho de atualizar bases de dados redundantes, também reduz a inconsistência devido a sistemas de informações fragmentados.
A utilização do ERP como sistema corporativo permite a automação de tarefas diárias elevando a produtividade com resultados mais precisos em menos tempo.
REDUÇÃO DE CUSTOS
O sistema de gestão ERP automatiza e integra vários processos de negócios reduzindo e padronizando o trabalho através de uma plataforma única. Sendo assim, os custos de manutenção e desenvolvimento de sistemas são reduzidos e a operação do sistema é facilitada.
COLETA DE DADOS E RELATÓRIOS PRECISOS
Com as principais atualizações de estoque e pedidos de clientes sendo realizados em uma plataforma única com base de dados centralizada, o gerenciamento de inventário do ERP permite a coleta de dados e a geração de relatórios com qualidade.
REDUÇÃO DO EFEITO CHICOTE
Um dos problemas mais comuns que os gestores de cadeia de suprimentos enfrentam é conhecido como o “efeito chicote”.Nele, pequenas flutuações de demanda ocorridas nos clientes na extremidade a jusante da cadeia de suprimentos podem causar grandes variações do volume da demanda para os fornecedores a montante.
O benefício mais importante do ERP é a visibilidade e a rastreabilidade dos itens de estoques na empresa e ao longo da cadeia de suprimentos.
Sistema de gerenciamento de armazém (WMS)
O que é WMS?
É um software projetado para suportar funcionalidades de gerenciamento de armazéns e centros de distribuição, facilitando a manutenção da organização, da direção e do controle da utilização dos recursos disponíveis, para receber, movimentar, armazenar e distribuir itens de estoques.
Vejamos uma representação do WMS na Figura 3 a seguir.
Figura 3 – Sistema de gerenciamento de armazém (WMS)
Fonte: Maplink, 2020.
 O WMS pode fornecer visibilidade ao inventário de uma organização a quaisquer momento e local. É frequentemente utilizado em conjunto ou integrado a um sistema de gerenciamento de transporte (TMS).
Este sistema pode ser comercializados de forma independente ou por módulos de um sistema integrado de gestão (ERP).
A implementação de um WMS pode ajudar uma empresa a reduzir os custos de mão de obra, melhorar a precisão do inventário, flexibilidade e a capacidade de resposta, diminuir os erros na coleta e envio de mercadorias e melhorar o atendimento ao cliente.
Os modernos sistemas de gerenciamento de armazém operam com dados em tempo real, permitindo que a organização gerencie as informações mais atuais sobre atividades, como pedidos, remessas, recebimentos e qualquer movimentação de itens de estoque.
Radio frequency identification (RFID)
O uso do RFID para gestão de estoques requer um scanner que use ondas de rádio para se comunicar com uma etiqueta RFID, que contém um microchip, permitindo ao leitor verificar dados e também gravá-los na tag para atualização em tempo real.
Cada etiqueta é encapsulada em um material como plástico ou papel para proteção e pode ser afixada em várias superfícies para rastreamento. A maioria das tags usadas para rastreamento de inventário são etiquetas RFID passivas, o que significa que não contêm bateria e são alimentadas pelas ondas dos leitores.
Fonte: Freepik.
As tags ativas são alimentadas, têm um custo mais alto e são usadas para rastreamento de longo alcance de máquinas, como veículos e vagões.
O uso de etiquetas RFID para gerenciamento de inventário oferece vários benefícios, como custos reduzidos de mão de obra e digitalização mais rápida. Por não exigirem uma digitalização de “linha de visão”, como códigos de barras, é possível lê-las à distância para um rápido processamento de inventário.
Elas também podem ser lidas em qualquer orientação e oferecem melhor visibilidade do seu inventário, com o potencial de atualizações e locais de verificação mais frequentes.
Como os custos de mão de obra representam de 50 a 80% dos custos do centro de distribuição, a RFID oferece benefícios potenciais nessa área. O check-in, a contagem e a remessa de estoque podem ser feitos de maneira muito rápida e automática em algumas varreduras, sem a necessidade de vários funcionários processá-las.
Essas economias devem ser comparadas com o custo de investimento em uma solução de inventário RFID.
Comentário
Para as empresas que utilizam uma frota retornável de ativos, como contêineres e paletes, geralmente, há um investimento de capital significativo para proteger. A utilização do RFID permite rastrear esses ativos por todo o ciclo da cadeia de suprimentos e fornecer maior visibilidade nos locais de inventário.
Isso tem o benefício adicional de melhorar os retornos e reduzir o roubo ou a negligência. Vejamos uma representação desse sistema na figura 4 a seguir.
Figura 4 – Gestão de estoques com etiquetas (Tags) RFID
Fonte: Medium, 2018.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. O ERP pode ser definido como um sistema:
De gestão de relacionamento com os clientes.
Integrado com informações para tomada de decisão de todos os departamentos da empresa em uma base de dados única e centralizada.
De gestão de projetos.
De gestão de processos.
Comentário
Parabéns! A alternativa "B" está correta.
O ERP é um sistema de informações que interliga todos os departamentos de uma organização em uma única plataforma, reduzindo o retrabalho de atualizar bases de dados fragmentadas e redundantes, além de eliminar as inconsistências.
2. O uso de etiquetas RFID na gestão dos estoques proporciona:
Aumento do lead time no processo de ressuprimento.
Aumento do giro dos itens de estoque.
Aumento na rastreabilidade dos itens de estoque.
Aumento na volatilidade dos itens de estoque.
Comentário
Parabéns! A alternativa "C" está correta.
O uso de etiquetas RFID oferece vários benefícios, como custos reduzidos de mão de obra, digitalização mais rápida e maior rastreabilidade dos itens de estoque entre fornecedores, linhas de produção e clientes finais.
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E, com isso, você:
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CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, aprendemos que, com o crescimento das vendas de comércio eletrônico e da variedade de itens de estoque, os gestores precisam conhecer as técnicas e ferramentas de gestão de estoques. Estas atividades desempenham um papel crítico nos processos de compra, venda e na saúde financeira das empresas.
Se o seu objetivo é melhorar sua performance nos estudos e na sua área de atuação profissional, os conhecimentos teóricos e práticos que foram abordados nestes módulos poderão agregar muito valor.
PODCAST
CONQUISTAS:
Você atingiu os seguintes objetivos:
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 Reconheceu as tecnologias de informação e comunicação (TIC) aplicadas a estoques.
REFERÊNCIAS
CHRISTOPHER, M. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes que agregam valor. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010.
CORREA, H. L.; GIANESI, I. G. N. Planejamento, programação e controle da produção. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2011.
FITZSIMMONS, J.A.; FITZSIMMONS, M.J.
Service management: operations, strategy and information technology. New York: McGraw-Hill Companies, 2008.
SLACK, N.; JONES, A. B.; JOHNSTON R. Administração da produção. 8.ed. São Paulo: Atlas,2018.
SOUZA, C. A. de. Sistemas Integrados de Gestão Empresarial: estudos de casos de implementação de sistemas ERP. 253 f. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração)—Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2000.
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Procure vídeos sobre gestão de estoques em seu site de busca. Assistir a várias explicações e casos práticos pode ajudar a compreender e aplicar essas valiosas técnicas.
Sugerimos navegar no site da Associação Brasileira de Engenharia de Produção, e conhecer mais dos “temas quentes” sobre Gestão de Estoques no Brasil.
Conheça as obras de Slacke Fitzsimmons, em especial, seus conteúdos sobre Administração da Produção e Gestão de Estoques de Serviços.
Existem vários softwares e aplicativos para gestão de Estoques, pesquise:
ERP SAP;
ERP TOTV.
CONTEUDISTA
Antônio Augusto Gonçaves

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