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Seminário 3-Marcia Elaine

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Nome: Marcia 
Polo: Paracambi
3º Seminário de Práticas Educativas
	Item I: ¨ Investigação característica essencial da atividade Matemática ¨ 
 Através da leitura do texto ¨ Explorar e Investigar em Matemática: Uma Actividade Fundamental no Ensino e na Aprendizagem? ¨, de João Pedro da Ponte, indicado para elaboração desse trabalho, pude analisar a importância da investigação como sendo uma característica essencial da actividade matemática.
 O ensino da Matemática no modelo tradicional, ou seja, da forma como aprendi há aproximadamente trinta e cinco anos atrás, não fazia sentido algum para minha vida, pois a maneira como fui ensinada através de aulas repetitivas com base na decoreba, me desestimulava, pois as técnicas e métodos usados pelo professor só complicava a minha mente. As aula eram dadas apenas com a utilização do quadro, folhas mimiografadas contendo exercícios de fixação (era o nome dado à essa atividade) que fazíamos sem se quer refletirmos sobre a sua serventia para a vida, não fazia sentido algum aquilo, mas o que importava era resolver os exercícios visando avançar para a série seguinte com a esperança de uma hora conseguir acompanhar o raciocínio do professor e resolver as questões sem tamanha dificuldade.
 No entanto as dúvidas só aumentavam, embora tenha concluído o Ensino Médio Técnico em Contabilidade vivo me perguntando como consegui tal proeza tendo dificuldades que só hoje através das disciplinas de Matemática na Educação I e II, pude ver como as dúvidas podem ser sanadas através do uso da ludicidade em sala de aula, quebrando os paradigmas de um ensino matemático tradicional que na maioria das vezes se apresenta como produto acabado, a Matemática possa ser considerada como uma actividade (Freudenthal, 1973), enfatizando a exploração e a investigação de situações, será vista com outro olhar por professores e alunos quando ¨ não se desenvolve por meio de um crescimento monótono do número de teoremas estabelecidos, mas sim, sem dúvidas através do aperfeiçoamento crescente de especulações e conjecturas, pela critica, pela lógica das provas e refutações.¨ (Irme Lakalos, 1978, p. 18). 
 Um problema matemático ou uma situação não-matemática (situações que vivenciamos no cotidiano) pode ser utilizado para estimular a ¨ investigação ¨ dos alunos, que ao procurar ter uma visão melhor da situação irá explora la. É importante que o professor trabalhe com seus alunos questões que vão evoluindo de acordo com o avanço do trabalho, promovendo a análise das mesmas, e o aperfeiçoamento das suposições, visando demonstrar e comunicar os resultados obtidos. Sendo assim a ¨ Investigação em Matemática ¨ tem o sentido de compreensão mais aprofundada, esse sentido deve ser trabalhado nas escolas com os alunos de modo a encontrar soluções adequadas para os problemas com que se deparam no seu cotidiano. 
Item II: ¨ Usando o material concreto ¨
 Nessa atividade utilizarei o material concreto (Bloco lógico), com o qual trabalhei no encontro presencial. O Bloco lógico foi criado na década de 1950 por Zoltan Paul Dienes, um matemático húngaro que elaborou um método para exercitar a lógica e desenvolver o raciocínio abstrato. Demonstrou que as crianças de 5 anos poderiam chegar a um pensamento lógico mais elevado por meio do uso do material concreto, adaptado da maneira correta. ( Wikipédia ).
 A caixa de Bloco lógico contêm 48 peças com formatos geométricos (círculo, quadrado, triângulo e retângulo), suas cores são primárias (amarelo, azul e vermelho), possui espessura fina e grossa, seus tamanhos são grandes e pequenos. 
Atividades
1) Cai não cai. Essa atividade poderá ser feita com crianças da Educação Infantil, faixa etária de 3 a 5 anos. Para desenvolvimento dessa atividade será necessário 1 caixa de Blocos lógicos, uma base plana para apoio (mesa, chão ou similar). Em grupo ou individual a/as criança irá colocando peça por peça até uma em cima da outra, formando uma pilha gigante.
· O objetivo dessa atividade é desenvolver o raciocínio lógico da criança que terá que pensar qual peça colocar em cima para não cair a pilha. *
 Eu sou inspetora em uma unidade escolar no município de Itaguaí, com a permissão do meu diretor fiz essa atividade com um aluno de 4 anos da pré escola, pedi que montasse uma pilha com todas as peças, o mesmo começou com as peças maiores assim sucessivamente até as menores. Eu falei que queria saber porque usou primeiro as peças maiores, ele disse que se colocasse as pequenas primeiro as grandes iriam cair (ele já havia tentado fazer com peças as primeiras peças que via sem fazer uma seleção das maiores), através do raciocínio lógico do aluno Gustavo (foto abaixo) podemos ver que os conceitos matemáticos lógicos podem ser desenvolvidos na Educação Infantil viabilizando no ensino fundamental um contato melhor com a Matemática. 
2) Jogo das diferenças. Essa atividade poderá ser feita com crianças da educação Infantil que já possuam algum conhecimento prévio de cor, forma, tamanho e espessura; faixa etária entre 4 e 5 anos. Será necessário 1 caixa de Blocos lógicos. O mediador pegará uma peça e fará a pergunta. Exemplo: Círculo Azul grande e grosso. Pedir à criança que pegue outra peça que tenha apenas 1 diferença. Nesse caso a resposta será o círculo azul de espessura fina.
· O objetivo dessa atividade é trabalhar a comparação e a seriação.*
Obs.: *Através dessas atividades a criança irá aprender os conceitos lógicos matemáticos a partir do físico (manuseando, comparando, nomeando), assim estará estabelecendo os primeiros conceitos de tamanho, espessura, cor, forma; iniciando assim o pensamento matemático.
Item III: ¨ Os diferentes papéis em sala de aula ¨
 A prática pedagógica do professor influi muito no desenvolvimento dos alunos, pois não precisamos ir muito longe para obtermos exemplos de alunos que foram submetidos a uma prática pedagógica traumática, desenvolvendo neles uma certa aversão à Matemática. O professor em sala de aula não pode limitar se apenas a passar os conteúdos programados e ponto final, conhecer a turma em que está trabalhando o seu cotidiano, condição social são uns dos pontos essenciais que possibilitam abordagens bem sucedida. A exemplo disso temos a escola do campo e a da zona urbana que possuem realidades diferentes, quando trabalhadas pelo professor de forma direcionada produz conhecimento e aperfeiçoamento dos alunos, pois o modo como a tarefa for desenvolvida em sala de aula fará toda diferença no seu resultado, uma vez que quando os alunos trabalham em explorações ou investigações na sala de aula segue três segmentos principais frequentemente, segundo Chistiansen e Walter, 1986; ¨ introdução, desenvolvimento do trabalho, apresentação de resultados e discussão ¨. Na introdução o professor e os alunos falam sobre a tarefa que será realizada, formas e meios de faze la. No desenvolvimento do trabalho os alunos poderão trabalhar de forma autônoma, entre outras maneiras coletivamente com a turma direcionada pelo professor. A discussão dos resultados é o momento em que a turma compartilha as idéias elaboradas nos grupos e legítima o novo conhecimento matemático.
 A comunicação em sala de aula professor x aluno e vice versa ganha conotação quando é feita de forma respeitosa, ou seja, compreendendo que nós professores não somos os detentores do saber e que muitas vezes os alunos irão nos por a prova com questões que não teremos respostas instantâneas para lhes dar, sendo necessário pedir um tempo para responder ou podemos aproveitar a situação e chamar a turma para realizar uma investigação sobre a questão apresentada, incentivando o trabalho em grupo onde geralmente ocorre a troca de idéias e argumentos. No entanto o professor precisa sempre levar em conta que ensinar e aprender são ações a cima de tudo comunicativas, as mesmas estimulam a comunicação oral e escrita como se vê na citação abaixo.
 "Considerando a estreita dependência entre os processos de estruturação do pensamento e da linguagem,há que promover actividades que estimulem e impliquem a comunicação oral e escrita, levando o aluno a verbalizar os seus raciocínios, explicando, discutindo, confrontando processos e resultados" (Ministério da Educação, 1991, p. 16)
 Os dois estilos de práticas pedagógicas apresentados no texto mostra o cotidiano de muitas salas de aula do mundo inteiro em diferentes níveis de ensino, denominando o ¨ Ensino direto e Aprendizagem exploratória ¨. 
 O ensino direto conta com tarefas padronizadas, onde não há consolidação do conhecimento, o aluno aprende de forma superficial não compreendendo os conceitos, já que para cada problema existe uma estratégia e resposta pronta, ou seja, acabada. O professor limita se ao uso do manual escolar intitulando se a única autoridade em sala de aula, os exemplos trazidos para sala de aula são uma espécie de modo de fazer que não leva os alunos à refletirem sobre o que estão respondendo, denominando algo mecânico. Nesse caso o professor responde prontamente as dúvidas dos alunos, porém as dúvidas dos mesmos não são sanadas.
 A aprendizagem exploratória por sua vez considera tarefas variadas como problemas, projetos, exercícios, exploração e investigação que contam com situações reais, encontrando estratégias distintas para lidar com uma situação problema. Nesse tipo de aprendizagem a autonomia dos alunos é reconhecida pelo professor que o encoraja a explicar e justificar seu raciocínio, recebendo ¨ títulos ¨ como forma de incentivo, quando faz uso da lógica para fundamentar suas afirmações. A comunicação entre os atores (aluno e professor) é feita de forma produtiva cooperando com o desenvolvimento comunicativo dos grupos que discutem entre si os resultados significativos obtidos, em conseguinte com toda a turma.
 Sabemos que há outros fatores que independem da prática do professor para obtenção de um resultado significativo na sala de aula, mas caberá a cada profissional refletir sobre o seu fazer pedagógico, inquietando se com os modos muitas vezes impostos que tentam tirar lhe a autonomia do seu fazer.
Referências:
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Zolt%C3%A1n_P%C3%A1l_Dienes
http://www.ipv.pt/millenium/20_ect7.htm
file:///C:/Users/robmar/Downloads/Texto%202019.2%20-%20Explorar%20e%20Investigar%20em%20Matem%C3%A1tica%20(7).pdf

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