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Questão 1 - Adaptação celular é a resposta das células a uma condição de estresse fisiológico ou estímulos patológicos. Existem diversas vias que levam a ativação de receptores na superfície celular, os quais sinalizam para a ativação de cascatas que causam alterações genéticas reversíveis (ou não) que podem afetar o metabolismo, número, diferenciação, tamanho e função dessas células Atrofia, hiperplasia e hipertrofia são distúrbios do crescimento celular. 
Baseado nisso: 
a) Defina cada um desses distúrbios e dê um exemplo clinico em que eles estão presentes.
ATROFIA: Consiste numa diminuição do tamanho e atividade de uma célula e consequentemente, do tecido, e ocorre em decorrência de uma diminuição nos componentes internos dela através da desnutrição, falta de estimulo, envelhecimento ou processos fisiológicos.
Ex: Atrofia por perda de suprimento sanguíneo oriundo de uma isquemia.
HIPERPLASIA: Aumento no número de células que ocorre em tecidos com células capazes de se dividir e aumentar numericamente. Desencadeado por ação excessiva ou inapropriada de fatores crescimento ou hormônios.
Ex: HPV, uma hiperplasia causada por vírus.
HIPERTROFIA: Caracterizada por um aumento no tamanho das células devido uma maior síntese de proteinas, alta demanda ou incorporação de novos componentes intracelulares.
Ex: Aumento do coração em hipertensos.
 
b) A hiperplasia pode ser tanto um processo fisiológico quanto patológico. Diferencie a hiperplasia fisiológica da hiperplasia patológica e cite exemplos.
A hiperplasia fisiologica ocorre geralmente em benefício do organismo, através de fatores de crescimento ou hormônios para atender as demandas fisiologicas. Podendo ainda ser subdividida em hormonal, como no crescimento da parede de útero após a menstruação, ou compensatória, como ocorre na regeneração do figado quando uma parte recuperável deste é perdida. Já na hiperplasia patológica, o crescimento é geralmente decorrente de um estimulo em excesso do tecido ou descontrole em fatores de crescimento, e é decorrente ou gera complicações, por exemplo: vírus HPV, que induz o crescimento das células epiteliais da genitália e forma verrrugas.
Questão 2 - É o tipo de AVC mais comum, que acontece por causa da obstrução de um vaso (artéria) dentro do cérebro, interrompendo o fluxo de sangue naquele local, e fazendo com que a área cerebral irrigada por aquele vaso morra, levando a sintomas de AVC. “Pode ser definido como um déficit neurológico que apresenta início súbito, resulta em lesão permanente do cérebro e é causado por doença vascular cerebral”. (Morton& Fontaine, 2011). Baseado no descrito no texto e na imagem a seguir, responda:
a) Descreva os principais fatores que podem desencadear o AVC isquêmico.
Diabetes, hipertensão, habito de fumar, alta taxa de triglicerídeos e colesterol podendo advir de uma má alimentação, a falta de exercícios, todos esses fatores podem desencadear uma obstrução vascular cerebral.
b) Diferencie hipóxia de anóxia.
A hipóxia consiste numa diminuição da concentração de oxigênio nos tecidos enquanto que a anoxia é a ausência do mesmo, é mais severa e grave.
c) Explique as complicações que podem ocorrer no tecido nervo e descreva pelo menos dois mecanismos de morte celular desencadeado pela hipóxia tecidual.
Uma obstrução no fluxo sanguíneo do tecido nervoso (isquemia representada na imagem) pode ter como resultado inúmeras consequências negativas, uma vez que, com a passagem de sangue interrompida, o nível de oxigênio também diminui (hipóxia), e essa falta lesiona células constituintes e interfere no seu funcionamento, piorando a cada minuto que passa. À nível de tecido as consequências da falta de oxigenação cerebral podem ocorrer motivadas pela baixa de produção de energia através do O2 (depleção de ATP), inativação das bombas de sódio e potássio (que gera um aumento dos radicais livres) entre outros mecanismos que levam a célula à morte, seja ela necrótica, quando ela se rompe e libera seu conteúdo, ou apoptótica, quando seus mecanismos de “suicídio” são ativados.
Questão 3 - A partir de um estímulo nocivo sobre um organismo em homeostase, o corpo desencadeia uma série de mecanismos de defesa para tentar combater possíveis danos ao organismo. Quando a capacidade de adaptação não for mais possível ou a intensidade e persistência do agente agressor extrapolar estes limites, anteriormente citados, temos a ocorrência de eventos que promovem a lesão celular. Deste modo temos as lesões reversíveis e irreversíveis, de acordo diferentes consequências ao corpo. Frente a esta sentença, estabeleça a principal diferença entre estes tipos de lesões e descreva dois padrões de morte celular. Citando quais são estes padrões, suas características e em quais situações eles podem ocorrer?
A lesão reversível é caracterizada por um tipo de dano celular que não é irrecuperável, a célula sofre alterações mas não tem sua integridade totalmente afetada, é capaz de retornar à seu estado anterior se o estímulo nocivo for retirado. Já a lesão celular que caracteriza-se como irreversível ocorre quando a célula sofre danos irreparáveis, quando a lesão é grave e afeta seu funcionamento ao ponto dela se encaminhar para a morte celular, seja por apoptose ou por necrose. 
Na necrose a morte celular é um processo patológico e desorganizado, onde há o dano na integridade da membrana e o desaparecimento do núcleo. O conteúdo da célula é liberado, digerido por suas enzimas e pelos leucócitos provenientes da inflamação desencadeada por esse tipo de morte. Ela comumente ocorre em casos de isquemia mas também pode ser causada por traumas, agentes físicos, químicos, infecciosos ou reações imunológicas. No caso da apoptose, ela é conhecida como uma morte celular programada, onde as celulas se quebram em fragmentos e são digeridas por enzimas de maneira extremamente organizada, ou fagocitadas. Pode ser fisiológica e portanto, ocorrer em prol do desenvolvimento para eliminar células indesejáveis, velhas ou prejudicadas, mas também pode atuar em processos patológicos
Questão 4 - A inflamação é a reação de um tecido e de sua microcirculação a uma agressão patogênica, caracterizada pela produção de mediadores inflamatórios e movimentação de líquido e leucócitos do sangue para os tecidos extravasculares. Por meio desse mecanismo, o hospedeiro localiza e elimina metabolicamente células alteradas, partículas estranhas, microrganismos ou antígenos. Em certas circunstâncias, a capacidade de eliminar substâncias estranhas e tecidos lesados fica comprometida, ou os mecanismos reguladores da resposta inflamatória são alterados. Portanto, as respostas fisiológicas dos tecidos lesionados devem ser levadas em consideração no processo de intervenção, para uma eficaz reabilitação. Com base nessas informações, responda:
a) Quais são as alterações características em processos inflamatórios agudos e crônicos?
AGUDOS: é uma resposta inicial à lesões teciduais, e são características desse tipo de inflamação uma duração e início rápidos, a presença de edema e comuns de lesões mais brandas.
CRÔNICOS: maior duração, maior destruição tecidual, precedida de inflamação aguda, formação de novos vasos, entre outros.
b) Quais os 5 sinais e sintomas clássicos da inflamação e as características de cada um deles?
CALOR: resultado da vasodilatação e aumento metabolismo local
RUBOR: que ocorre devido ao aumento do fluxo sanguíneo
INCHAÇO: por causa da saída de liquido dos vasos para os tecidos, maior permeabilidade vascular
DOR: mediadores químicos transmitem informações e edema comprime terminações nervosas
PERDA DE FUNÇÃO: inviabilidade, podendo ser reversível ou não.
c) Cite e caracterize as etapas do processo de cicatrização.
FASE INFLAMATÓRIA: sua duração depende do grau da lesão, fase inicial, onde os sinais cardinais se manifestam, onde ocorre coagulação sanguínea e maior atividade leucocitária.
FASE PROLIFERATIVA: fase onde os fibroblastos começam a disseminar-se para iniciar o reparo, ocorre depois que o objetivo da inflamação é alcançado,ativação de mecanismos anti-inflamatórios, tecido de granulação é formado.
FASE DE REPARO: realinhamento das fibras e remodelação do tecido que foi reconstruído, etapa final da cicatrização, pode levar anos.
Questão 5 - Paciente idoso, 93 anos, diabético, desidratado e desnutrido deu entrada na emergência de um hospital sendo encaminhado imediatamente para a UTI. O paciente já tinha sido hospitalizado na mesma unidade hospitalar uma semana antes em virtude de uma descompensação do diabetes. Teve alta, mas retornou à unidade. O paciente era portador de insuficiência renal crônica e na internação anterior foi submetido a uma sondagem vesical que é a introdução de uma sonda ou cateter na bexiga, que pode ser realizada através da uretra ou por via supra-púbica, e tem por finalidade a remoção da urina, ou seja, esvaziar a bexiga do paciente que apresentava retenção urinária. O paciente apresentou febre alta logo no primeiro dia de alta hospitalar sendo, então, submetido à nova internação. A temperatura se manteve elevada pelos sete dias, além de prostração, calafrios, oligúria (diminuição do volume urinário), hematúria (perda de sangue na urina), face e extremidades ruborizadas. Foi realizada cultura de microrganismos na urina do paciente sendo detectada a espécie Escherichia coli, que é uma bactéria gram negativa e faz parte das enterobactérias. Infelizmente, o paciente foi ao óbito no oitavo dia tendo como causa mortis a falência múltipla de órgãos em decorrência da progressão para o estágio final do choque. O resultado da avaliação leucocitária, no primeiro dia de internação foi 18.000 leucócitos/mm3 (60% de neutrófilos) e no sétimo dia foi 42.000 células/mm3 (90% de neutrófilos). De acordo com o caso clínico, responda: 
a) Como você interpretaria essa leucocitose (aumento no número de leucócitos) especificamente neutrofilia (aumento no número de neutrófilos)? 
O aumento do número de leucócitos, junto com os sintomas apresentados, indica a ocorrência de um processo inflamatório e infeccioso, comprovado pelo grande número de neutrófilos, o agente protagonista nesses casos. Diante do perfil diabético do idoso, a lesão que pode ter sido causada na sua segunda ida ao hospital provavelmente resultou em uma inflamação e abriu portas para uma infecção, que facilmente progrediria no estado dele. O aumento da quantidade de leucócitos, principalmente neutrófilos, evidencia a luta do sistema imunológico conta esse quadro.
b) Que tipo de choque que levou o paciente ao óbito?
Choque séptico, uma vez que a infecção pode ter se desenvolvido e se espalhado no organismo já debilitado do idoso, que acabou não resistindo e indo a óbito.

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