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Aula 02 (Prof. Luiz
Claudio Santos)
Regimento Interno p/ Senado Federal
(Analista Legislativo) Com Videoaulas -
Pré-Edital 2020
Autores:
Miguel Gerônimo Netto, Luiz
Claudio Santos
Aula 02 (Prof. Luiz Claudio
Santos)
17 de Maio de 2020
03874490602 - Marden Gomes Dias
1 
 
Sumário 
Mesa do Senado Federal .............................................................................................................................. 3 
1 – A Mesa e suas expressões equivalentes .............................................................................................. 3 
2 – Composição ........................................................................................................................................ 5 
3 – Eleição dos membros ........................................................................................................................ 12 
Considerações iniciais ......................................................................................................................... 12 
Mandato e vedação à reeleição .......................................................................................................... 13 
Normas específicas para a eleição ...................................................................................................... 13 
4 – Substituições: membros da Mesa e Suplentes de Secretários ........................................................... 16 
5 – Renúncia ao cargo na Mesa, Vacância e Preenchimento de Vaga ..................................................... 17 
6 – Atribuições ........................................................................................................................................ 18 
Presidente ........................................................................................................................................... 18 
Vice-Presidentes .................................................................................................................................. 20 
Secretários .......................................................................................................................................... 20 
Suplentes de Secretários ..................................................................................................................... 22 
7 – Reuniões e Competências ................................................................................................................. 22 
Das Reuniões da Mesa ........................................................................................................................ 22 
Das Competências da Mesa ................................................................................................................ 23 
Comissão Diretora e suas Competências .................................................................................................... 27 
Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças ................................................................................. 30 
1 – Blocos Parlamentares ........................................................................................................................ 30 
2 – Maioria e Minoria .............................................................................................................................. 31 
3 – Lideranças ......................................................................................................................................... 36 
Líder .................................................................................................................................................... 36 
Miguel Gerônimo Netto, Luiz Claudio Santos
Aula 02 (Prof. Luiz Claudio Santos)
Regimento Interno p/ Senado Federal (Analista Legislativo) Com Videoaulas - Pré-Edital 2020
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2 
 
Vice-Líderes ......................................................................................................................................... 38 
Liderança do Governo ......................................................................................................................... 39 
Das Atribuições e Prerrogativas de Líder............................................................................................. 41 
Considerações Finais .................................................................................................................................. 42 
Questões Comentadas ............................................................................................................................... 43 
1 – Da Mesa do Senado Federal ............................................................................................................. 43 
2 – Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças ........................................................................ 47 
Lista de Questões ....................................................................................................................................... 51 
1 – Da Mesa do Senado Federal ............................................................................................................. 51 
2 – Blocos Parlamentares, Maioria, Minoria e Lideranças ........................................................................ 53 
Gabarito ..................................................................................................................................................... 56 
Resumo Estratégico .................................................................................................................................... 57 
 
 
Miguel Gerônimo Netto, Luiz Claudio Santos
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Em conformidade como o cronograma do curso, nesta aula 2, você aprenderá com muita 
segurança e eficiência sobre a Mesa do Senado Federal, os Blocos Parlamentares, a Maioria, a 
Minoria e as Lideranças. Incluí, ainda, considerações sobre a Comissão Diretora, uma vez que esse 
órgão é integrado pelos membros titulares da Mesa. 
MESA DO SENADO FEDERAL 
Neste capítulo, você aprenderá sobre a Mesa do Senado Federal, assunto constante do Título III 
do Regimento Interno do Senado Federal (RISF, arts. 46 a 60). 
Antes de aprendermos sobre a Mesa do Senado em detalhes, gostaria de apresentar breves 
considerações sobre as funções dos órgãos de direção no Congresso Nacional e em suas Casas 
legislativas, pois, em decorrência da autonomia que a Câmara e o Senado possuem para dispor 
sobre sua organização, existem diferenças no disciplinamento que seus Regimentos fixaram em 
relação às suas Mesas. 
São lições elementares sobre as funções da Mesa do Congresso Nacional e das Mesas da Câmara 
e do Senado: 
1) A Mesa do Congresso Nacional é responsável especialmente pela direção dos trabalhos em 
sessão conjunta, cabendo ao Presidente do Senado, na qualidade de Presidente da Mesa do 
Congresso Nacional, convocar as sessões conjuntas e promulgar as matérias de competência 
exclusiva do Congresso Nacional (CF, art. 57, § 5º; RCCN, art. 2º e 52; e RISF, art. 48, XXVIII); 
2) A Mesa da Câmara dos Deputados, na qualidade de Comissão Diretora, é responsável pela 
direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos dessa Casa e detém um rol de 
competências regimentais de caráter administrativo ou legislativo, além das atribuições 
expressamente delegadas pela Constituição. As atribuições de seus membros constam ou no texto 
regimental ou em Ato da Mesa (RICD, arts. 14 a 19-A); 
3) o Senado Federal optou por eleger sua Mesa e constituir a Comissão Diretora, que é integrada 
pelos membros titulares daquela. Apesar de listar as competências dos membros que compõem 
a Mesa, o Regimento Interno do Senado Federalnão reuniu em um rol as atribuições desta, que 
deverá desempenhar competências esparsas no texto regimental, além das funções de sua 
competência previstas expressamente na Constituição. O texto regimental apresenta as listas de 
atribuições dos membros titulares da Mesa. Em relação à Comissão Diretora do Senado, o 
legislador interno elencou as principais atribuições desta, que inclui providências administrativas 
e legislativas como exercer a administração interna do Senado e emitir parecer sobre proposição 
que altere o Regimento da Casa, respectivamente (RISF, arts. 46 a 60, 77 e 98). 
1 – A Mesa e suas expressões equivalentes 
O Regimento Interno do Senado Federal optou por registrar o termo Mesa para se referir à Mesa 
do Senado Federal. A esse respeito, quero esclarecer que a expressão Mesa Diretora pode ser 
utilizada como sinônima do termo Mesa. 
O Jornal do Senado nº 3.376, de 2 de fevereiro de 2011, página 4, divulgou: 
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A Mesa é um órgão jurídico e político e não tem o adjetivo “diretora” como 
complemento de sua denominação. A forma correta é “Mesa do Senado” ou, de 
maneira abreviada, “Mesa”. Esse equívoco ocorre porque os mesmos senadores 
que compõem a Mesa integram a Comissão Diretora, instância responsável por 
decisões administrativas da Casa. 
Na verdade, o equívoco encontra-se na informação divulgada nessa matéria jornalística e não na 
utilização do adjetivo “diretora” em complementação ao termo Mesa. Senão vejamos: 
A Constituição Federal de 1988 instituiu três Mesas no âmbito do Poder Legislativo federal 
responsáveis pela direção dos trabalhos legislativos: a Mesa do Congresso Nacional, a Mesa da 
Câmara dos Deputados e a Mesa do Senado Federal. A expressão Mesa Diretora, em referência 
à Mesa de cada uma das Casas do Congresso Nacional, encontra-se amparada no texto 
constitucional: 
O pedido de sustação [do andamento da ação penal em desfavor de Senador ou 
Deputado] será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de 
quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora (CF, art. 53, § 4º). 
A denominação Mesa Diretora do Congresso Nacional especificamente encontra legitimidade 
no texto da Lei Complementar nº 95, de 1998, com as alterações promovidas pela Lei 
Complementar nº 107, de 2001, que estende o emprego do par de vocábulos “Mesa Diretora” às 
Mesas das Casas do Congresso Nacional. 
A Mesa Diretora do Congresso Nacional, de qualquer de suas Casas e qualquer 
membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do 
Congresso Nacional poderá formular projeto de lei de consolidação (Lei 
Complementar nº 95/1998, art. 14, § 2º). 
Mesa Diretora é designação registrada também em legislação interna do Congresso Nacional, 
no Regimento Interno da Câmara dos Deputados e em Resolução do Senado Federal. O 
constituinte e o legislador, ao se referirem a esses órgãos, optaram por utilizar o termo “Mesa” 
simplesmente ou expressões que incluem esse vocábulo. Na Constituição Federal, encontram-se 
as seguintes denominações: Mesa, Mesa Diretora, Mesa do Congresso Nacional, Mesa da Câmara 
dos Deputados, Mesa do Senado Federal, Mesa da Casa respectiva e suas variações. 
Em referência aos órgãos internos de direção política dos trabalhos legislativos, o Regimento 
Comum anota, além do termo Mesa isoladamente, as expressões Mesa da Câmara dos Deputados, 
Mesa do Senado Federal, Mesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, Mesas do 
Senado Federal e da Câmara dos Deputados, Mesas do Senado e da Câmara, Mesas das Casas 
respectivas. A Resolução nº 1, de 2006, do Congresso Nacional – parte integrante do Regimento 
Comum –, que dispõe sobre a Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, 
inscreve as expressões Mesa do Congresso Nacional e Mesas Diretoras do Senado Federal e da 
Câmara dos Deputados. No âmbito do Senado Federal, o seu Regimento registra basicamente o 
termo “Mesa”, mencionando uma única vez a expressão “Mesa do Senado” (RISF, art. 380, I). Em 
outras normas dessa Casa, apesar de prevalecer a utilização do termo “Mesa”, há registros das 
expressões Mesa do Senado Federal, Mesa do Senado e Mesa Diretora, esta última consta da 
Resolução nº 40, de 1995, que institui a Procuradoria Parlamentar do Senado. No que concerne 
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à Câmara dos Deputados, o legislador interno utilizou abundantemente o termo “Mesa” apenas. 
Todavia, valeu-se também das expressões “Mesa da Câmara” e “Mesa Diretora” para compor o 
texto regimental. Na legislação constante da publicação Normas Conexas ao Regimento Interno 
da Câmara dos Deputados, constam o termo “Mesa” e as expressões Mesa da Câmara, Mesa da 
Câmara dos Deputados, Mesa Diretora e Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. 
Assim, diferentemente do que foi divulgado na imprensa legislativa, não há qualquer equívoco 
em se utilizar a expressão Mesa Diretora para se referir à Mesa do Senado Federal , ainda que 
essa denominação não conste no Regimento Interno daquela Casa. Mesa = Mesa Diretora. 
 
2 – Composição 
A Constituição Federal estabelece que cada uma das Casas do Congresso Nacional (CD e SF) irão 
se reunir em sessões preparatórias, a partir de 1º de fevereiro, no primeiro ano da legislatura, 
para posse dos parlamentares e eleição das Mesas respectivas, para mandato de dois anos, 
vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. De acordo 
com o art. 58 da CF, dispositivo comumente utilizado no estudo das Comissões, na constituição 
da Mesa e de cada Comissão é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional 
dos partidos ou blocos parlamentares que participam da respectiva Casa. 
Preciso destacar um detalhe para você neste 
momento. A Câmara dos Deputados, o Senado 
Federal e os doutrinadores reconhecem 
”EXCEÇÃO” a essa regra: o candidato poderá ser 
eleito novamente para o mesmo cargo, desde que seja em legislatura diferente. 
Essa possibilidade decorre do Princípio da Unidade da Legislatura, segundo o 
qual cada legislatura é uma (unitária) e independente, e permite que os novos 
parlamentares eleitos exerçam suas atividades sem vinculação com a legislatura 
anterior. Mas, lembre-se, isso só vale se a nova eleição acontecer de uma 
legislatura para outra, sendo vedada a reeleição (recondução) dentro de uma 
mesma legislatura. Assim, por exemplo, se o Senador X e o Deputado Y foram 
eleitos Presidente da Casa respectiva para o 2º biênio da legislatura. Eles, se 
quiserem e obtiverem votos suficientes, poderão ser eleitos novamente, para o 
mesmo cargo, no 1º biênio da legislatura subsequente. 
Em decorrência de questionamentos quanto à reeleição do Presidente da Câmara 
dos Deputados em 2017, o STF decidiu que a proibição de recondução na mesma 
legislatura não alcança quem exerceu mandato tampão. 
De acordo com os Regimentos Internos da Câmara dos Deputados (RICD) e do Senado Federal 
(RISF), tanto a Mesa da Câmara quanto a Mesa do Senado e, por conseguinte, a Mesa do 
Congresso Nacional são integradas por sete membros: Presidente, dois vice-Presidentes e quatro 
Secretários (CF, art. 57, § 5º; RICD, art. 14, § 1º; e RISF, art. 46, caput). 
 
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Mesa do Senado Federal 
A Mesa (ou Mesa Diretora) do Senado Federal é o órgão eleito, em escrutínio secreto e segundoo princípio da representação proporcional, em reuniões preparatórias no primeiro e no terceiro 
anos de cada legislatura para desempenhar funções estabelecidas na Constituição Federal e no 
Regimento Interno dessa Casa legislativa. As vagas serão divididas entre essas representações 
conforme o critério da proporcionalidade partidária (quanto maior o número de parlamentares da 
bancada, maior será a quantidade de vagas que a representação ocupará na Mesa e na Suplência). 
De acordo como Regimento Interno do Senado Federal, para fins de cálculo de proporcionalidade, 
as bancadas partidárias são consideradas pelos seus quantitativos à data da diplomação (RISF, 
arts. 3º, IV e V; 59, caput e §§ 1º a 3º; e 60, caput). 
No preenchimento desses cargos, a Constituição Federal e o Regimento Interno asseguram, tanto 
quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que 
participam da respectiva Casa (CF, art. 58, § 1º; e RICD, art. 8º, caput). Ou seja, as vagas serão 
divididas entre essas representações conforme o critério da proporcionalidade partidária (quanto 
maior o número de parlamentares da bancada, maior será a quantidade de vagas que a 
representação ocupará na Mesa e na Suplência). 
A Mesa do Senado Federal é composta por Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários 
(RISF, art. 46, caput). Pela literalidade desse dispositivo, há apenas sete membros. Todos esses 
membros são titulares e integram a Comissão Diretora, que é comissão permanente do Senado 
Federal. À exceção do Presidente da Casa, os membros da Mesa podem ser membros das demais 
comissões permanentes (RISF, arts. 72, caput; e 77, caput e § 1º). 
Quadro 1: Composição da Mesa do Senado Federal 
Mesa do Senado 
Presidente 
1° Vice-Presidente 
2° Vice-Presidente 
1° Secretário 
2° Secretário 
3° Secretário 
4° Secretário 
 
(FGV, 2008 – Senado Federal/Consultor de Orçamentos – Consultoria e Assessoramento em 
Orçamentos/Assessoramento em Orçamentos) A Mesa do Senado se compõe de: 
a) Presidente, Vice-Presidente e quatro Secretários. 
b) Presidente, dois Vice-Presidentes e cinco Secretários. 
c) Presidente, dois Vice-Presidentes e quatro Secretários. 
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d) Presidente, Vice-Presidente e três Secretários. 
e) Presidente, três Vice-Presidentes e quatro Secretários. 
Comentários: 
RISF, art. 46, caput. Gabarito: Letra C. 
Então, além de mostrar a você que a Mesa do Senado Federal é, literalmente, composta apenas 
por sete membros e que todos esses membros são titulares, comprovei que esse foi o 
entendimento da FGV no concurso de 2008 para o Senado Federal. Então, essa é seguramente a 
melhor interpretação para fins de concurso público, pois resulta da literalidade do texto regimental 
e do entendimento da banca examinadora em concurso anterior. 
Sei que você poderá encontrar por aí materiais e cursos em que afirmarão e tentarão comprovar 
que os suplentes de Secretários também são membros da Mesa. Eu gostaria de simplesmente 
recomendar que você fugisse desse entendimento, mas sei que os argumentos que podem 
apresentar para a defesa do entendimento de que o Suplentes são também membros da Mesa 
poderão provocar dúvidas em você. Então, para cumprir minha missão de ajudar você a avançar 
em seus estudos com celeridade e segurança, farei alguns esclarecimentos quanto aos Suplentes, 
pois assim, caso você tenha a infelicidade de se deparar com argumentos equivocados, você 
poderá simplesmente ignorá-los ou saberá se livrar discussões desnecessárias rapidamente e, 
assim, utilizará seu tempo no que realmente importa: a preparação eficiente para sua aprovação. 
Primeiramente, recorrerei ao Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD) para você 
verificar a literalidade do texto regimental e como o assunto foi cobrado em prova de concurso, 
pois isso reforçará ainda mais o entendimento de que as Mesas do Congresso Nacional e de suas 
Casas são compostas por apenas sete membros. Pela literalidade do § 1º do art. 14 do RICD, a 
Mesa da Câmara dos Deputados é composta por apenas sete membros. Todavia, a redação do § 
2º desse artigo costuma gerar dúvidas se há ainda membros suplentes na Mesa, pois afirma que a 
Mesa contará, ainda, com quatro Suplentes de Secretário. 
RICD 
Art. 14. [...] 
§ 1º A Mesa compõe-se de Presidência e de Secretaria, constituindo-se, a primeira, 
do Presidente e de dois Vice-Presidentes e, a segunda, de quatro Secretários. 
§ 2º A Mesa contará, ainda, com quatro Suplentes de Secretário para o efeito do 
§ 1º do art. 19. 
Art. 19 [...] 
§ 1º Em sessão, os Secretários e os seus Suplentes substituir-se-ão conforme sua 
numeração ordinal, e assim substituirão o Presidente, na falta dos Vice-
Presidentes; na ausência dos Suplentes, o Presidente convidará quaisquer 
Deputados para substituírem os Secretários. 
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Explico em detalhes no curso de Regimento Interno da Câmara dos Deputados que a Mesa da 
Câmara é composta por apenas sete membros e que, a rigor, os Suplentes de Secretário não são 
membros da Mesa, ainda que, em sessão, tenham a atribuição de substituir os Secretários e, 
inclusive, o Presidente. O art. 18, § 2º, do RICD, permite que, observando o critério de 
precedência, qualquer Deputado poderá substituir o Presidente em sessão. Para fins de concurso 
público, o entendimento de que a Mesa é composta por sete membros foi validado no concurso 
de 2007 para essa Casa legislativa, conforme a seguinte questão: 
 
(FCC – Câmara dos Deputados/Analista Legislativo – Técnico em Documentação e Informação 
Legislativa/2007) 
A Mesa da Câmara compõe-se de 
(A) Presidente e Secretário. 
(B) Presidência e de Secretaria, constituindo-se, a primeira, do Presidente e de dois Vice-
Presidentes e, a segunda, de quatro Secretários. 
(C) Presidência e de Secretaria, constituindo-se, a primeira, do Presidente e de um Vice-Presidente 
e, a segunda, de três Secretários. 
(D) Presidente e três Secretários. 
(E) Presidência e de Secretaria, constituindo-se, a primeira, do Presidente e de dois Vice-
Presidentes e, a segunda, de dois Secretários. 
Comentários: 
RICD, art. 14, § 1º. Gabarito: Letra B. 
Mas, além do entendimento de duas renomadas bancas examinadoras em concursos anteriores 
para Câmara e Senado, vale o entendimento das próprias Casas legislativas sobre a composição 
das respectivas Mesas e da Mesa do Congresso Nacional. Apesar de os textos regimentais 
possibilitarem também a interpretação de que os Suplentes são membros dessas Mesas, gosto de 
arrematar o entendimento de que as Mesas da CD, SF e CN são compostas por apenas sete 
membros apresentando a interpretação que as próprias Casas legislativas utilizam para aplicar o 
disposto na Constituição quanto à composição da Mesa do Congresso Nacional e à promulgação 
de emenda à Constituição Federal (CF, art. 57, § 5º, e 60, § 3º). 
A Mesa do Congresso Nacional, que resulta da mesclagem da Mesa da CD e do SF, é composta 
por apenas sete membros, conforme consta no Portal do Congresso Nacional e também nas 
edições do Diário do Congresso Nacional na página 2 (Clique no link para conferir o DCN de 
28/11/2019) 
 
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Quadro 2: Mesa do Congresso Nacional 1º biênio da 56ª Legislatura 
 
 
As emendas à Constituição são promulgadas pelas Mesas daCâmara dos Deputados e do Senado 
Federal e somente os sete membros da Mesa (titulares) assinam o texto promulgado, como 
ocorreu na promulgação da Emenda Constitucional nº 105, promulgada em 12 de dezembro de 
2019. 
Quadro 3: Membros das Mesas da Câmara e do Senado na promulgação da Emenda 
Constitucional nº 105 de 2019 
Mesa da Câmara dos 
Deputados 
Mesa do Senado Federal 
Deputado RODRIGO MAIA 
Presidente 
Senador DAVI ALCOLUMBRE 
Presidente 
Deputado MARCOS PEREIRA 
1º Vice-Presidente 
Senador ANTONIO ANASTASIA 
1º Vice-Presidente 
Deputado LUCIANO BIVAR 
2º Vice-Presidente 
Senador LASIER MARTINS 
2º Vice-Presidente 
Deputada SORAYA SANTOS 
1ª Secretária 
Senador SÉRGIO PETECÃO 
1º Secretário 
Deputado MÁRIO HERINGER 
2º Secretário 
Senador EDUARDO GOMES 
2º Secretário 
Deputado FÁBIO FARIA 
3º Secretário Senador 
Senador FLÁVIO BOLSONARO 
3º Secretário 
Deputado ANDRÉ FUFUCA 
4º Secretário 
Senador LUIS CARLOS HEINZE 
4º Secretário 
 
 
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No caso de ausência ou impedimento de membro da Mesa (titular ou efetivo), a prática 
legislativa apresenta exemplos em que não foram incluídos os Suplentes, mas também 
exemplos em que os Suplentes assinaram a promulgação da emenda à Constituição. 
Exemplos de emendas à Constituição promulgadas sem a presença de todos os membros 
da Mesa e sem o nome de qualquer dos Suplentes: EC nº 92/2016 (Ausente o Presidente 
da CD); EC nº 77/2014 (ausentes 1º e 4º Secretários da Mesa da CD); EC nº 75/2013 
(ausente o 4º Secretário do SF) 
Exemplos de emendas à Constituição em que, em razão da ausência de membros da 
Mesa, constam os nomes de Suplentes: EC nº 76/2013; EC nº 73/2013. A seguir consta 
imagem referente à promulgação da EC nº 76/2013. 
 
 
O Regimento do Senado Federal e o Regimento da Câmara dos Deputados apresentam redações 
um tanto quanto contraditórias e oferecem argumentos tanto à defesa de que a Mesa é composta 
por apenas sete membros quanto para à interpretação de que os Suplentes também são membros 
da Mesa. O RISF, por exemplo, dispõe que a Mesa se compõe de Presidente, dois Vice-
Presidentes e quatro Secretários e que estes substituir-se-ão conforme sua numeração ordinal e, 
nesta ordem, substituirão o Presidente, na falta dos Vice-Presidentes. Porém, estabelece que os 
Secretários serão substituídos, em seus impedimentos, por Suplentes em número de quatro (RISF, 
art. 46, caput e §§ 1º e 2º). Além disso, o Suplente de Secretário também poder substituir o 
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Presidente em sessão, (RISF, art. 46, § 4º). Ao discorrer sobre a eleição dos membros da Mesa, o 
Regimento Interno do Senado Federal estabelece que haverá quatro escrutínios, sendo um 
destinado à eleição dos Suplentes de Secretários (RISF, art. 60, caput e § 1º, IV). Além disso, o 
Regimento dispõe que a Comissão Diretora é constituída dos titulares da Mesa (RISF, art. 77, 
caput). Então, seria possível concluir que os Suplentes de Secretário são membros da Mesa. 
Por outro lado, além de o Regimento não afirmar que há Suplentes da Mesa, ao listar as 
atribuições, apresenta apenas as do Presidente, Primeiro Vice-Presidente, Segundo Vice-
Presidente, Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Secretários (RISF, arts. 48 a 58). Quanto ao 
argumento de que Suplente pode substituir o Presidente em sessão, cabe considerar que o 
Senador mais idoso presente no momento também poderá fazê-lo, o que permite concluir que 
qualquer Senador poderá substituir o Presidente em sessão, observada a ordem de precedência 
regimental (RISF, art. 46, § 4º). E, então, Suplente de Secretário é ou não é membro da Mesa? Se 
analisarmos comparativamente com Suplente de Senador, que são eleitos juntamente o titular do 
mandato no Senado, a conclusão será de que o Suplente de Senador é apenas Suplente de 
Senador e não membro do Senado. Afinal, é unânime o entendimento de que o Senado Federal 
é composto por apenas 81 Senadores, os titulares do mandato senatorial (3 Senadores por Estado 
ou DF, nos termos do art. 46 da CF). Logo, Suplente de Senador que nunca entrou em exercício 
não pode ser considerado membro do Senado. Nessa linha de entendimento, Suplente de 
Secretário não é membro da Mesa. 
Mas, seria possível também conduzir a reflexão comparativamente a Suplente em Comissão, caso 
em que o RISF o aponta como integrante do colegiado ao estabelecer que Cada Senador poderá 
integrar até três comissões como titular e três como suplente (RISF, art. 77, § 2º). Se integra é 
membro. A diferença é que, em Comissão, o Suplente tem a atribuição de substituir o titular, mas 
também pode exercer atribuições independentemente de ausência do membro titular (RISF, art. 
84). 
Por sua vez, Suplente de Senador não pode exercer atribuições de Senador enquanto o titular 
permanecer no exercício do mandato. Então, os Suplentes de Secretários devem ser considerados 
equivalentes a Suplentes de Senador ou Suplente em Comissão? Qualquer um poderá chegar a 
uma ou a outra conclusão. 
Para fins de concurso, seja qual for a sua conclusão, peço 
que você considere o entendimento das bancas 
examinadoras e da prática legislativa na composição da 
Mesa do Congresso Nacional: a Mesa do Senado é 
composta por sete membros apenas: Presidente, dois Vice-
Presidentes e quatro Secretários. 
O RISF, diferentemente do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (RICD, art. 14, § 1º), não 
prevê a organização da Mesa em Presidência e Secretaria. Todavia, para fins didáticos, podemos 
esquematizar a composição da Mesa do Senado e da Suplência de Secretários da seguinte 
maneira: 
 
 
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Imagem 1: Composição da Mesa do Senado Federal 
 
 
3 – Eleição dos membros 
Considerações iniciais 
Na Aula demonstrativa e no tópico anterior: “Composição”, você teve oportunidade de aprender 
as principais informações sobre a eleição dos membros da Mesa do Senado. Então, neste tópico, 
você terá a oportunidade de revisar objetivamente as principais informações e aprender alguns 
detalhes que ainda não lhe foram apresentados. Então, segue a transcrição da revisão estratégica 
sobre reuniões preparatórias constante da aula demonstrativa. 
REUNIÕES PREPARATÓRIAS 
➢ Sessões preparatórias na CF = reuniões preparatórias no RISF 
➢ Início da Legislatura: 3 reuniões preparatórias, a primeira a partir de 1º de fevereiro: 
✓ 1ª) Posse; 
✓ 2ª) Eleição do Presidente; 
✓ 3ª) Eleição dos demais membros da Mesa; 
➢ 3ª SLO: 2 reuniões preparatórias, sendo a primeira no dia 1º de fevereiro: 
✓ 1ª) Eleição do Presidente; 
✓ 2ª) Eleição dos demais membros da Mesa; 
➢ Quórum de abertura: no mínimo, 1/6 da composição do Senado; 
➢ Deliberações: maioria de votos, presente a maioria absoluta da composição do Senado; 
➢ Direção dos Trabalhos: Mesa anterior: 
MESA 
DIRETORA 
SUPLÊNCIA DE 
SECRETÁRIOS 
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✓ Na primeira reunião preparatória da legislatura, a direção dos trabalhos caberá à 
Mesa que dirigiu o Senado 2º biênio da legislatura finda, dela excluídos, aqueles cujos 
mandatos com ela houverem terminado, ainda que reeleitos Senadoresnas eleições 
gerais. 
✓ 3º SLO (3º ano): Mesa que dirigiu o Senado no 1º biênio da legislatura. 
✓ Em qualquer dos anos, na ausência de membros da Mesa anterior, assumirá a direção 
dos trabalhos o mais idoso dentre os presentes, o qual convidará, para os quatro 
lugares de Secretários, Senadores pertencentes às representações partidárias mais 
numerosas. 
➢ Uso da Palavra: vedado, salvo para declaração pertinente à matéria que nelas deva ser 
tratada; 
Mandato e vedação à reeleição 
Segundo a Constituição Federal, o Senado realizará a eleição da Mesa, para mandato de dois 
anos, vedada a recondução para o mesmo cargo na eleição imediatamente subsequente. O 
Regimento do Senado contém a seguinte redação sobre o assunto: “vedada a reeleição para o 
período imediatamente subsequente”. O Senado Federal, ao interpretar seu Regimento em 
harmonia com a Constituição Federal, considera vedada a recondução ou reeleição para o mesmo 
cargo. Por exemplo, na 50ª Legislatura, o Senador Ciro Nogueira foi eleito 4º Secretário para o 
primeiro biênio (2011-2012) e 3º Secretário para o segundo biênio (2013-2014). 
 
“Em 1998, o Senador Eduardo Suplicy enviou consulta à Mesa da casa sobre a 
possibilidade de recondução, para os mesmos cargos, na eleição imediatamente 
subsequente, dos atuais membros das Mesas da Câmara dos Deputados e do 
Senado Federal. Em resposta, a Comissão de Constituição e Justiça proferiu o 
Parecer 555, de 1998, e esclareceu que a Constituição Federal e o Regimento 
Interno da Casa vedam a recondução de membro da Mesa para o mesmo cargo, 
no período imediatamente subsequente, ou seja, estão vedando a recondução de 
membro da Mesa eleito no primeiro ano da legislatura para o período que se inicia 
no terceiro ano da legislatura.” (Passos, Edilenice. Mesas diretoras do Senado 
Federal: 1891 a 2014. 2.ed. — Brasília: Senado Federal, 2013, p. 6). 
Normas específicas para a eleição 
A cada biênio, haverá uma reunião preparatória para eleição do Presidente e outra para eleição 
dos demais membros da Mesa (RISF, art. 3º, V e VI). 
Em qualquer delas, presente 1/6 da composição do Senado, a reunião preparatória para eleição 
poderá ser aberta. Porém, a votação destinada à eleição somente poderá ser efetivada com a 
presença mínima da maioria absoluta da composição do Senado Federal (RISF, arts. 3º, I; 60, caput; 
e 288, caput). Sobre o quórum exigido na eleição de 2019, considere os esclarecimentos que 
apresentei na Aula demonstrativa. 
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ESCRUTÍNIO SECRETO POR CÉDULAS 
A eleição será por escrutínio secreto, modalidade de votação que resguarda ao sigilo do voto, e 
processada por meio de cédulas. 
Diferentemente do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que admite a realização de 
eleição por votação em escrutínio secreto por meio do painel eletrônico, o Regimento Interno do 
Senado Federal determina que a votação por cédulas será utilizada nas eleições e, além disso, 
excetuou as eleições da votação por escrutínio secreto pelo painel eletrônico (RISF, arts. 295, 
caput, e 296). 
 
(FGV, 2008 – Senado Federal/Técnico Legislativo – Apoio Técnico e Administrativo/Medicina) No 
processo de eleição dos membros da Mesa do Senado Federal a eleição será feita em escrutínio 
secreto, exigida maioria de votos e presente a maioria da composição do Senado. 
Comentários: 
A regra específica para eleição da Mesa se harmoniza com a previsão de deliberações em reuniões 
preparatórias (RISF, arts. 3º, I, 60, caput, e 288, caput). Gabarito: Certo. 
 
QUATRO ESCRUTÍNIOS 
O Regimento prevê quatro escrutínios na eleição dos membros da Mesa, na seguinte ordem, para: 
1) Presidente; 2) os Vice-Presidentes; 3) os Secretários; e 4) os Suplentes de Secretários. 
Você já sabe que o Regimento prevê uma reunião preparatória destinada exclusivamente à eleição 
do Presidente e outra para os demais membros da Mesa. Então, esses quatros escrutínios 
ocorrerão da seguinte forma: o escrutínio para Presidente será realizado na reunião 
preparatória destinada à eleição do Presidente. Os outros três escrutínios serão processados 
na reunião preparatória destinada à eleição dos demais membros da Mesa, pois não há uma 
reunião preparatória para eleição só de Suplentes de Secretário. 
Uma vez que a eleição para os cargos de Vice-Presidentes, Secretários e Suplentes de 
Secretários ocorrerá na mesma reunião preparatória, o Regimento possibilita que seja realizado 
um único escrutínio para os cargos de Vice-Presidentes e Secretários. Esse escrutínio único 
poderá ser proposto por um terço dos Senadores ou líder que represente este número. Nesse 
caso, haveriam dois escrutínios apenas: um único escrutínio para os membros titulares (exceto o 
Presidente, que já foi eleito na reunião preparatória anterior) e outro para os Suplentes de 
Secretário. 
 
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Mapa Mental: Eleição da Mesa 
 
Independentemente de serem três escrutínios (um para cada grupo de cargos) ou escrutínio único 
para Vice-Presidentes e Secretários e outro para Suplentes de Secretário, devem ser observados 
os seguintes procedimentos: 
➢ Cédulas uninominais; 
✓ Contendo a indicação do cargo a preencher; 
✓ As cédulas serão colocadas em sobrecarta(s) por escrutínio: 
▪ Se três escrutínios: as cédulas referentes a cada escrutínio na mesma sobrecarta; 
▪ Se escrutínio único para Vice-Presidentes e Secretários: todas as cédulas para esses 
cargos na mesma sobrecarta. 
➢ Apuração: 
✓ Presidente: 
▪ fará a separação das cédulas referentes ao mesmo cargo; 
▪ Procederá a leitura das cédulas em seguida, uma a uma; 
▪ Passará as cédulas ao Segundo-Secretário; 
✓ Segundo-Secretário anotará o resultado. 
Cabe relembrar que o Regimento estabelece que enquanto não eleito o novo Presidente, os 
trabalhos do Senado serão dirigidos pela Mesa anterior (RISF, art. 46, § 4º). 
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4 – Substituições: membros da Mesa e Suplentes de Secretários 
Substituições em geral 
No que se refere à substituição em caso de falta ou impedimento, cumpre esclarecer que o 
Presidente do Senado é substituído pelo Primeiro Vice-Presidente, sendo este substituído pelo 
Segundo Vice-Presidente (RISF, arts. 52, I e 53). 
Os Secretários substituir-se-ão conforme numeração ordinal e, nessa ordem, substituirão o 
Presidente, na falta dos Vice-Presidentes. Em seus impedimentos, os Secretários serão 
substituídos por Suplentes em número de quatro (RISF, art. 46, §§ 1º e 2º). Apesar de não constar 
expressamente no Regimento, a Casa utiliza o critério de numeração ordinal na designação dos 
Suplentes de Secretários e o aplica na ordem de preferência para substituição dos Secretários. Em 
sessão, em caso de ausência dos Secretários e dos Suplentes, o Presidente convidará quaisquer 
Senadores para os substituírem (RISF, art. 46, § 3º). Nesse caso, será desnecessário observar idade 
ou tempo de mandato ou quantidade legislaturas. 
Substituição na Presidência da sessão 
Em sessão do Senado Federal, o Presidente pode ser substituído pelos Vice-Presidentes ou na 
falta desses, pelos Secretários, na sequência ordinal. Na ausência de qualquer desses, cabe aos 
Suplentes de Secretários, na numeração ordinal, assumir a Presidência da sessão. Não se achando 
presentes o Presidente e seus substitutos legais, inclusive os Suplentes, deve assumira Presidência 
da sessão o Senador mais idoso. 
Em outras palavras, a ordem de substituição em sessão é: primeiramente os substitutos legais, na 
seguinte sequência: Primeiro-Vice-Presidente; Segundo-Vice-Presidente; Primeiro-Secretário; 
Segundo-Secretário; Terceiro-Secretário; Quarto-Secretário; Primeiro-Suplente de Secretário; 
Segundo-Suplente de Secretário; Terceiro-Suplente de Secretário; Quarto-Suplente de Secretário; 
e, por fim, Senador mais idoso presente à sessão, não importando a quantidade de mandatos ou 
de legislaturas que esse tenha exercido no Senado. 
Então, a Presidência da sessão pode ser exercida por qualquer Senador, desde que ausentes 
os substitutos legais, inclusive os Suplentes, e respeitado o critério de idade civil. 
Na Mesa do Congresso Nacional e nas sessões conjuntas, 
a rigor, o Presidente do Senado, na qualidade de 
Presidente da Mesa do Congresso Nacional, deve ser 
substituído primeiramente pelo Primeiro Vice-Presidente 
da Mesa do Congresso Nacional, que é o Primeiro Vice-
Presidente da Câmara dos Deputados. 
 
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5 – Renúncia ao cargo na Mesa, Vacância e Preenchimento de 
Vaga 
Renúncia ao cargo na Mesa 
O Regimento Interno do Senado Federal prevê hipótese de Senador comunicar a renúncia tanto 
ao mandato parlamentar ou à suplência quanto a lugar em comissão (RISF, arts. 29, caput, e 86). 
Apesar de não conter dispositivo que preveja a hipótese de o membro da Mesa comunicar sua 
renúncia a cargo da Mesa, o Regimento dispõe que implica renúncia ao cargo que o Senador 
exerça na Mesa ou a cargo de Presidente ou Vice-Presidente de comissão a assunção a cargo de 
Ministro de Estado, de Governador de Território e de Secretário de Estado, Secretário do 
Distrito Federal, Secretário de Território, Secretário de Prefeitura de Capital, ou de chefe de 
missão diplomática temporária (RISF, arts. 39, II, 47 e 88, § 5º). Cabe esclarecer que a assunção 
a qualquer desses cargos não enseja a perda do mandato de Senador, mas implica a convocação 
de Suplente (CF, art. 56, I, e § 1º). 
Vacância no Cargo da Mesa 
Além da hipótese de renúncia a cargo na Mesa decorrente da assunção de cargos previstos no 
art. 56, I, da Constituição Federal, o Regimento Interno do Senado não específica os casos de 
vacância na Mesa. Cabe considerar que qualquer das hipóteses de vacância no Senado Federal 
(RISF, art. 28) resultará em vacância na Mesa dessa Casa legislativa. Então, são as seguintes 
hipóteses que geram a vacância na Mesa: 
1º. Renúncia ao cargo da Mesa. O Regimento dispõe que a assunção em cargo previsto 
no art. 56, I, da Constituição Federal implica renúncia ao cargo que o Senador exerça 
na Mesa (RISF, art. 47). Apesar de não haver previsão expressa no RISF, admite-se 
também que o Senador renuncie ao cargo por vontade própria ou pressão política. Por 
exemplo, em 4 de dezembro de 2007, o Senador Renan Calheiros renunciou ao cargo 
de Presidente do Senado. 
2º. Falecimento de Senador (RISF, art. 28, I); 
3º. Renúncia ao mandato de Senador (RISF, art. 28, II). Se renunciar ao cargo de Senador, 
consequentemente, ficará vago o cargo que ocupava na Mesa. 
4º. Perda de mandato de Senador (CF, art. 55; c/c RISF, art. 28, III). 
 
Preenchimento de Vaga Definitiva 
No caso de vaga definitiva, o preenchimento será realizado dentro de cinco dias úteis, na forma 
prevista para eleição dos membros da Mesa (RISF, art. 59, § 3º): 
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==20246==
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➢ Nova eleição: a ser realizada dentro de cinco dias úteis, na forma prevista para eleição dos 
membros da Mesa, mas somente se a vaga definitiva ocorrer até 120 dias para o término 
do mandato na Mesa. 
✓ A rigor, a vaga deve ser preenchida por Senador do mesmo partido a fim de ser mantida 
a proporcionalidade partidária (CF, art. 58, § 1º; e RISF, art. 59, § 1º). Dois exemplos de 
eleição para “mandato tampão” na Presidência do Senado (Passos, Edilenice. Mesas 
diretoras do Senado Federal: 1891 a 2014. 2.ed. — Brasília: Senado Federal, 2013, p. 
95 e 98): 
▪ Em 18 se setembro de 2001, o senador Jader Barbalho (PMDB-PA). Em 20 de 
setembro de 2001, o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) foi eleito e tomou posse da 
Presidência do Senado Federal; 
▪ Em 2007, o Senado Federal aplicou essa regra quando da renúncia do Senador 
Renan Calheiros (PMDB) à Presidência do Senado em 4 de dezembro de 2007. Em 
12 de dezembro daquele ano, o Senado elegeu o Senador Garibaldi Alves (PMDB) 
para a Presidência do Senado. 
➢ Desempenho das funções do cargo pelo substituto regimental: na hipótese de a vaga 
ocorrer quando faltarem menos de 120 dias para o término do mandato na Mesa, apesar 
de não constar previsão expressa no regimento para essa hipótese, cabe aplicar as regras 
de substituição dos membros da Mesa (RISF, arts. 46, 52 e 53). Nesse caso, o substituto 
regimental desempenhará as funções do cargo vago sem prejuízo das atribuições do cargo 
para o qual foi eleito e no qual permanecerá no exercício, ou seja, acumulará as atribuições 
dos dois cargos. 
6 – Atribuições 
Presidente 
O Presidente da Mesa do Senado é também o Presidente do Senado. O Presidente exerce 
relevante papel na atuação dessa Casa legislativa e detém diversas atribuições para o bom 
desempenho de sua função. 
O cargo de Presidente é privativo de brasileiro nato (CF, art. 12, § 3º, III). Isso se justifica também 
pela ordem de sucessão na Presidência da República (CF, art. 80; e RISF, art. 48, I). 
O Presidente possui inúmeras atribuições regimentais, além daquelas que lhe são conferidas 
diretamente pela Constituição Federal. A seguir, serão registradas algumas importantes 
atribuições do Presidente do Senado. 
1) presidir a Mesa do Congresso Nacional (CF, art. 57, § 5º); 
2) convocar extraordinariamente o Congresso Nacional, em caso de decretação de estado 
de defesa ou de intervenção federal, de pedido de autorização para a decretação de estado 
de sítio e para o compromisso e a posse do Presidente e do Vice-Presidente da República 
(CF, art. 57, 6º); 
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3) promulgar leis no caso de sanção tácita ou derrubada de veto presidencial quando o 
Presidente da República não o fizer no prazo de 48 horas (CF, art. 66, § 7º); 
4) exercer a Presidência da República em caso de impedimento do Presidente e do Vice-
Presidente, ou vacância dos respectivos cargos, quando o Presidente da Câmara dos 
Deputados não puder fazê-lo (CF, art. 80); 
5) convocar e presidir as sessões do Senado e as sessões conjuntas do Congresso Nacional 
(RISF, art. 48, III); 
6) designar a Ordem do Dia das sessões deliberativas (RISF, art. 48, VI); 
7) fazer observar na sessão a Constituição, as leis e o Regimento do Senado (RISF, art. 48, VIII); 
8) assinar as atas das sessões secretas, uma vez aprovadas (RISF, art. 48, IX); 
9) determinar o destino do expediente lido e distribuir as matérias às comissões (RISF, art. 
48, X); 
10) declarar prejudicada proposição que assim deva ser considerada, na conformidade 
regimental (RISF, art. 48, XII); 
11) decidir questões de ordem (RISF, art. 48, XIII); 
12) dar posse aos Senadores (RISF, art. 48, XV); 
13) convocar Suplente de Senador (RISF, art. 48, XVI); 
14) nomear relator em Plenário (RISF, art. 48, XXI); 
15) desempatar votações, quando ostensivas (RISF, art. 48, XXIII); 
16) proclamar o resultadodas votações (RISF, art. 48, XXIV); 
17) promulgar as resoluções do Senado e os decretos legislativos (RISF, art. 48, XXVIII); 
18) assinar a correspondência dirigida pelo Senado a determinadas autoridades do 1º escalão 
no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, assim como de outros 
países (RISF, art. 48, XXIX); 
19) presidir as reuniões da Mesa e da Comissão Diretora, podendo discutir e votar (RISF, art. 
48, XXXIV); 
20) Definir qual a comissão de maior pertinência que deva sobre a matéria sujeita à apreciação 
terminativa de comissão ou determinar seu estudo em reunião conjunta (RISF, art. 49); 
O RISF, nos seus arts. 50 e 51, apresenta algumas regras referentes à manifestação do Presidente 
do Senado em sessão: 
➢ O Presidente somente se dirigirá ao Plenário da cadeira presidencial; 
➢ Ao Presidente não é lícito dialogar com os Senadores nem os apartear; 
➢ O Presidente poderá interromper Senadores que estiverem usando da palavra, desde que 
o faça em situações previstas no Regimento, dentre as quais cito os seguintes exemplos: 
para comunicação importante, recepção de visitante, suspender a sessão, prestar 
esclarecimentos ao Plenário (RISF, art. 18, I); 
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➢ O Presidente deixará a cadeira presidencial sempre que, como Senador, quiser participar 
ativamente dos trabalhos da sessão; 
➢ O Presidente terá apenas voto de desempate nas votações ostensivas; 
➢ O Presidente pode votar nas votações realizadas por escrutínio secreto, como qualquer 
Senador; 
➢ a presença do Presidente na sessão é computada para efeito de quorum. 
Vice-Presidentes 
O Primeiro Vice-Presidente detém a prerrogativa de substituir o Presidente do Senado em suas 
faltas ou impedimentos. Por força do disposto na Constituição Federal (CF, art. 66, § 7º), o Primeiro 
Vice-Presidente do Senado Federal deve promulgar leis, no caso de sanção tácita ou derrubada 
de veto presidencial, quando o Presidente da República não o fizer no prazo de 48 horas nem o 
Presidente do Senado a promulgar em igual prazo (RISF, art. 52). 
Ao Segundo Vice-Presidente compete substituir o Primeiro Vice-Presidente em suas faltas ou 
ausências (RISF, art. 53). 
Secretários 
Os Secretários são designados na seguinte ordem: Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto. 
 
Atribuições: 
Primeiro Secretário versus demais Secretários: O Primeiro 
Secretário possui a maior quantidade de atribuições. Então, 
memorize primeiramente as atribuições dos demais secretários. 
Assim, você saberá o que não compete ao Primeiro Secretário. 
Presidente versus Primeiro Secretário: Compare as atribuições do Presidente 
com as do Primeiro Secretário. As desse são mais procedimentais enquanto às 
daquele tendem a envolver decisão ou a estar relacionadas a direção ou condução 
dos trabalhos. Quanto à assinatura de correspondências, o Presidente assina 
apenas as destinadas ao 1º escalão, as demais são assinadas pelo Primeiro 
Secretário. Memorize as atribuições que você achar que não se encaixam nesse 
macete. 
O Primeiro-Secretário possui competência para: 
1) ler em plenário, na íntegra ou em resumo, documentos e proposições (RISF, art. 54, I); 
2) despachar a matéria do expediente que lhe for distribuída pelo Presidente (RISF, art. 54, 
II); 
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3) assinar a correspondência do Senado, exceto nos casos em que couber ao Presidente do 
Senado fazê-lo (RISF, art. 54, III); 
4) receber a correspondência dirigida ao Senado e tomar as providências delas decorrentes 
(RISF, art. 54, IV) 
5) assinar, depois do Presidente, as atas das sessões secretas (RISF, art. 54, V); 
6) rubricar a listagem especial com o resultado da votação realizada através do sistema 
eletrônico, e determinar sua anexação ao processo da matéria respectiva (RISF, art. 54, VI); 
7) promover a guarda das proposições em curso (RISF, art. 54, VII); 
8) determinar a entrega aos Senadores dos avulsos eletrônicos relativos à matéria da Ordem 
do Dia (RISF, art. 54, VIII); 
9) encaminhar os papéis distribuídos às comissões (RISF, art. 54, IX); 
10) expedir as carteiras de identidade dos Senadores (RISF, art. 54, X) 
Ao Segundo-Secretário compete lavrar as atas das sessões secretas, proceder-lhes a leitura e 
assiná-las depois do Primeiro-Secretário e, ainda, anotar o resultado da eleição da Mesa (RISF, art. 
55 e 60, § 3º). 
Atas das sessões secretas: 
Segundo-Secretário: lavra, procede a leitura e assina após o 
Primeiro-Secretário (RISF, art. 55); 
O Primeiro-Secretário assina após o Presidente (RISF, art. 54, V); 
Presidente assina, uma vez aprovadas (RISF, art. 48 IX). 
Aos Terceiro e Quarto-Secretários compete: 
1) Fazer as chamadas dos Senadores, nos casos determinados no RISF; 
2) Contar os votos, em verificação de votação; 
3) Auxiliar o Presidente na apuração das eleições, anotando os nomes do votados e 
organizando as listas respectivas. 
Em relação aos Secretários da Mesa, o RISF estabelece ainda que, quando integrarem a Mesa, 
não poderão usar da palavra, exceto, sentados, para a chamada dos Senadores e, de pé, para 
leitura de documentos, ordenada pelo Presidente. 
 
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Uso da palavra por Secretários, ao integrarem a Mesa: 
Sentados – procedem à chamada dos Senadores (3º e 4º Sec.); 
Em pé – leitura de documentos, ordenada pelo Presidente 
(1ºSec., documentos em geral, e 2º Sec., ata de sessão secreta). 
 
Suplentes de Secretários 
Antes de falar sobre atribuições de Suplentes de Secretários, gostaria de retomar algumas 
informações que apresentei quando da análise da composição da Mesa: 
➢ O Regimento, no Título III – Da Mesa, no Capítulo II – Das Atribuições (RISF, arts. 48 a 58), 
lista apenas as atribuições dos membros titulares da Mesa, quais sejam, Presidente, Primeiro 
Vice-Presidente, Segundo Vice-Presidente, Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto 
Secretários. 
➢ Os Suplentes de Secretários não são membros da Mesa; 
➢ Na prática, de maneira similar à ordenação dos Secretários em Primeiro, Segundo, Terceiro 
e Quarto, os Suplentes de Secretário também são assim ordenados, mas não consta 
expressamente no Regimento essa ordenação de Suplentes de Secretários. 
A principal atribuição dos Suplentes de Secretários é substituir os Secretários da Mesa em seus 
impedimentos. Além dessa, cabe-lhes, na ausência do Presidente e demais membros titulares da 
Mesa, assumir a Presidência da sessão (RISF, art. 46, §§ 2º e 4º). 
7 – Reuniões e Competências 
Das Reuniões da Mesa 
O RISF estabeleceu que as reuniões da Mesa são presididas pelo Presidente do Senado Federal 
(RISF, art. 48, XXXIV), mas silenciou quanto à competência para convocá-las e periodicidade em 
que ocorrerão e, por conseguinte, não as classificou em ordinárias ou extraordinárias. 
Diferentemente do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que prevê a atuação da Mesa 
da Câmara durante as sessões legislativas e nos seus interregnos, ou seja, nos recessos 
parlamentares (RICD, art. 15, I), o Regimento Interno do Senado Federal não contém dispositivo 
que permita afirmar que a Mesa do Senado atua durante o recesso parlamentar. Com sustentação 
na letra do Regimento, é possível afirmar que o Presidente da Mesa poderá atuar durante o 
recesso tanto para dar posse quanto para despachar pedido de licença de Senador (RISF, arts.4º 
§ 4º, e 40, § 5º, e 41). 
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Das Competências da Mesa 
O Regimento Interno do Senado Federal não reuniu em um rol as atribuições da Mesa, que se 
encontram registradas em diversos dispositivos espalhados no texto regimental. Dessa forma, 
a Mesa deverá desempenhar competências regimentais esparsas no estatuto interno do Senado, 
além das funções de sua competência previstas expressamente na Constituição Federal. Em 
relação à Comissão Diretora do Senado, que é integrada pelos membros titulares da Mesa, o 
legislador interno elencou, no art. 98 do RISF, as principais atribuições desta, que inclui 
providências administrativas e legislativas como exercer a administração interna do Senado e 
emitir parecer sobre proposição que altere o regimento da Casa, respectivamente. 
Em relação às competências da Mesa Diretora do Senado Federal, optei por listar, 
primeiramente, suas competências previstas na Constituição Federal. Em seguida, apresentarei 
dezenas (mas não todas) de suas competências regimentais. No primeiro caso, as competências 
da Mesa são registradas na sequência em que aparecem no texto da Constituição e, no segundo, 
na ordem em que constam no Regimento Interno do Senado Federal. 
Competências da Mesa previstas na Constituição Federal 
As competências da Mesa do Senado previstas expressamente na Constituição Federal se referem 
a: 
1) entendimento com Ministro de Estado para comparecimento espontâneo deste ao Plenário 
da Casa (CF, art. 50, § 1º, e RISF, art. 397, II); 
2) encaminhamento de pedido escrito de informação a Ministro de Estado (CF, art. 50, § 2º, e 
RISF, art. 215, I, a); 
3) recebimento de pedido de sustação de processo criminal no STF em desfavor de Senador 
(CF, art. 53, § 4º); 
4) provocação para que o Plenário declare a perda de mandato de Senador nos casos de 
infringência das proibições constantes do art. 54 da Constituição, procedimento declarado 
incompatível com o decoro parlamentar, condenação criminal em sentença definitiva e 
irrecorrível (CF, art. 55, § 2º, e RISF, art. 32, § 2º); 
5) declaração de perda de mandato de Senador nos casos de ausência à terça parte (1/3) das 
sessões deliberativas ordinárias do Senado, em cada sessão legislativa anual (salvo licença ou 
missão autorizada), perda ou suspensão dos direitos políticos e decretação pela Justiça 
Eleitoral (CF, art. 55, § 3º, e RISF, art. 32, § 3º); 
6) composição da Mesa do Congresso Nacional (CF, art. 57, § 5º); 
7) promulgação de emenda à Constituição (CF, art. 60, § 3º); 
8) apresentação de ação direta de inconstitucionalidade e ação declaratória de 
constitucionalidade (CF, art. 103, II); 
9) liberação da difusão de pronunciamentos de Senadores efetuados no Senado Federal 
durante a vigência de estado de sítio (CF, art. 139, parágrafo único). 
Competências regimentais da Mesa 
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O objetivo de reunir as atribuições da Mesa do 
Senado na listagem a seguir é demonstrar a 
importância desse órgão em diferentes 
atividades realizadas no Senado Federal. O 
recomendável é utilizar essa listagem 
simplesmente para conhecer todas essas atribuições e utilizá-la para consultas 
rápidas sobre o papel da Mesa do Senado. Quando do estudo dos tópicos a que 
se referem, você poderá compreendê-las no contexto do assunto, o que será mais 
efetivo para sua aprendizagem. 
 
Em relação às competências da Mesa previstas no Regimento Interno do Senado Federal, 
registramos as seguintes: 
1) determinar que o Senado Federal se reúna em outro local (fora da sede), a requerimento da 
maioria absoluta dos Senadores, em caso de guerra, de comoção intestina, de calamidade 
pública ou de ocorrência que impossibilite o seu funcionamento na sede (RISF, art. 1º, 
parágrafo único). 
2) dirigir os trabalhos das reuniões preparatórias do período seguinte (RISF, art. 3º, II); 
3) receber o diploma de Senador expedido pela Justiça Eleitoral (RISF, art. 4º, caput); 
4) receber a comunicação do nome parlamentar e da filiação partidária do Senador ou Suplente 
por ocasião da posse e suas alterações (RISF, art. 7º, caput e § 2º); 
5) intermediar a requisição à autoridade compete de providências para garantia da imunidade 
de Senador e informações para a defesa deste (RISF, art. 9º, II); 
6) aprovar a ausência de Senador em caso de licença, representação a serviço da Casa ou 
missão política ou cultural de interesse parlamentar, sem ônus para o Senado no caso de 
representação da Casa ou, ainda, no desempenho de missão no País ou no exterior (RISF, 
art. 13, caput, e 40, caput e § 5º); 
7) receber o parecer referente a desacato de Senador para as providências cabíveis (RISF, art. 
24, VI); 
8) conhecer do ato incompatível com o decoro parlamentar ou com a compostura pessoal 
praticado por Senador, abrir o inquérito respectivo e submeter o caso ao Plenário para 
deliberação (RISF, art. 25); 
9) receber a comunicação de renúncia à senatoria ou à suplência (RISF, art. 29, caput); 
10) declarar a perda de mandato de Senador ou provocar a manifestação do Plenário do 
Senado, conforme o caso (RISF, art. 32, §§ 2º e 3º); 
11) receber certidão comprobatória do registro de candidatura de Senador perante a Justiça 
Eleitoral ao cargo de Presidente ou Vice-Presidente da República (RISF, art. 44-A, § 2º); 
12) resolver, em grau de recurso, sobre decisão do Presidente que determine a tramitação 
conjunta de matérias análogas ou conexas (RISF, art. 48, §§ 1º e 3º); 
a. Aparente antinomia regimental: O Regimento confere ao Presidente determinar a 
tramitação conjunta de matérias análogas ou conexas (RISF, art. 48, § 1º e 3º) e confere 
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à tanto à Mesa quanto à Comissão Diretora a atribuição de apreciar requerimento de 
tramitação em conjunto de proposição regulando a mesma matéria e o recurso de que 
trata o art. 48, § 3º, exceto se a proposição constar da Ordem do Dia ou for objeto de 
parecer aprovado em comissão, caso em que a decisão sobre a tramitação conjunta 
caberá ao Plenário (RISF, arts. 98, VI, 113, II, e 258); 
13) dirigir os trabalhos do Senado no período subsequente ao do seu mandato, enquanto não 
eleito o novo Presidente (RISF, art. 59, § 4º); 
14) receber comunicação da constituição da Maioria e da Minoria (RISF, art. 65, § 3º); 
15) receber, no início da primeira e da terceira sessões legislativas de cada legislatura, a 
comunicação referente à indicação dos líderes partidários (RISF, art. 65, § 6º); 
16) receber, no início de cada legislatura, dois dias úteis após ser fixada representação dos 
partidos e blocos parlamentares nas comissões permanentes, as indicações dos titulares das 
comissões e, em ordem numérica, as dos respectivos suplentes (RISF, arts. 79 e 80, caput); 
17) receber a comunicação escrita de renúncia a lugar em comissão (RISF, art. 86); 
18) atender, em caráter preferencial, as providências aprovadas no relatório da Comissão de 
Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle referente à fiscalização e 
ao controle dos atos do Poder Executivo (RISF, art. 102-B, III); 
19) adotar as providências de sua alçada no que tange ao relatório circunstanciado com as 
conclusões da Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e 
Controle referente à fiscalização e ao controle dos atos do Poder Executivo (RISF,art. 102-
C, I); 
20) receber, para tramitação, as proposições legislativas apresentadas pela Comissão de 
Direitos Humanos e Legislação Participativa que decorram da aprovação de sugestão 
legislativa oriunda da sociedade (RISF, art. 102-E, parágrafo único, I); 
21) determinar a tramitação conjunta de proposições que regulem a mesma matéria (RISF, arts. 
113, II, e 258, caput); 
a. Aparente antinomia regimental: O Regimento confere ao Presidente determinar a 
tramitação conjunta de matérias análogas ou conexas (RISF, art. 48, § 1º e 3º) e confere 
à tanto à Mesa quanto à Comissão Diretora a atribuição de apreciar requerimento de 
tramitação em conjunto de proposição regulando a mesma matéria e o recurso de que 
trata o art. 48, § 3º, exceto se a proposição constar da Ordem do Dia ou for objeto de 
parecer aprovado em comissão, caso em que a decisão sobre a tramitação conjunta 
caberá ao Plenário (RISF, arts. 98, VI, e 258); 
22) receber pedido de prorrogação do prazo de comissão para proferir parecer (RISF, art. 118, 
§ 2º); 
23) receber, após serem assinados pelo Presidente, pelo relator e pelos demais membros da 
comissão que participaram da deliberação, os pareceres das comissões, juntamente com as 
emendas relatadas, declarações de votos e votos em separado (RISF, art. 136); 
24) receber requerimento de 1/3 dos membros do Senado para prorrogação automática do 
prazo de funcionamento de CPI (RISF, art. 152); 
25) receber comunicações dos Senadores para constarem do Período do Expediente da sessão 
do Senado (RISF, art. 156, II); 
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26) considerar os casos excepcionais em que possam ser dispensadas as fases da sessão 
correspondentes ao Período do Expediente e à Ordem do Dia (RISF, art. 174); 
27) receber discurso que Senador deseje proferir na sessão, dispensada a sua leitura, para 
publicação no Diário do Senado Federal e inclusão nos anais (RISF, art. 203); 
28) decidir sobre requerimentos de informação a Ministro de Estado ou de licença de Senador 
(RISF, arts. 215, I, e 252, I); 
29) receber emenda a determinadas proposições (RISF, art. 235, II); 
30) receber da CCJ, para fins de retirada de tramitação e arquivamento, antes de proferido o 
parecer definitivo, proposição cujo relator tenha se pronunciado pela inconstitucionalidade 
ou injuridicidade (RISF, art. 257); 
31) solicitar à Casa de origem, quando se tratar de projeto da Câmara, a remessa de cópias 
autenticadas dos respectivos autógrafos e documentos que o tenham acompanhado, para 
fins de reconstituição de projeto extraviado (RISF, art. 267, caput e § 1º); 
32) receber a declaração de voto de Senador referente a votação ostensiva pelo processo 
simbólico em Plenário para publicação (RISF, art. 293, II, e 316, caput); 
33) receber, em listagem especial, o resultado de votação ostensiva em Plenário (RISF, art. 294, 
VII); 
34) requerer a urgência para matérias que envolvam a segurança nacional ou providências para 
atender a calamidade pública (RISF, arts. 336, I, e 338, I); 
35) receber a redação final elaborada pela CCJ a proposta de emenda à Constituição para 
deliberação do Plenário com qualquer número e independentemente de publicação (RISF, 
art. 366); 
36) receber da comissão temporária constituída para estudar projeto de código o parecer final 
sobre o projeto e as emendas (RISF, art. 374, VI); 
37) receber da Câmara dos Deputados autorização para instaurar processo contra o Presidente 
e o Vice-Presidente da República nos crimes de responsabilidade, bem como em desfavor 
dos Ministros de Estado e dos Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica nos 
crimes da mesma natureza conexos com aqueles ou a denúncia crime nos demais casos 
(RISF, arts. 377, I e II, e 380); 
38) elaborar lista sêxtupla, ouvidas as lideranças partidárias com atuação no Senado, para 
eleição dos membros do Conselho da República (RISF, art. 384); 
39) receber de Senador documento destinado a complementar a instrução ou o esclarecimento 
da matéria no que tange à autorização para operações externas de natureza financeira 
(RISF, art. 389, parágrafo único); 
40) entender-se com Ministro de Estado quando este solicitar comparecer ao Senado – 
comparecimento espontâneo de Ministro de Estado (RISF, art. 397, II); 
41) fazer, ao final de cada legislatura, a consolidação das modificações feitas no Regimento 
Interno (RISF, art. 402, caput); 
42) observar definição normativa, em questão de ordem decidida pela Presidência (RISF, art. 
412, VIII); 
 
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COMISSÃO DIRETORA E SUAS COMPETÊNCIAS 
A Comissão Diretora do Senado Federal, classificada pelo Regimento Interno como comissão 
permanente, é constituída dos membros titulares da Mesa – sete membros. Apesar de ser 
composta pelos sete membros titulares da Mesa, é outro órgão interno do Senado, que não deve 
ser confundido com a Mesa Diretora, que o RISF costuma denominar apenas Mesa. Essa distinção 
se evidencia no texto regimental que, além de conferir competências diferentes para esses dois 
órgãos internos, confere ao Presidente do Senado competência para presidir as reuniões da 
Mesa e da Comissão Diretora. Seus integrantes, exceto o Presidente da Casa, poderá integrar 
outras comissões permanentes, respeitos os limites de até três comissões como titular e até três 
como suplente. Além disso, se, em virtude de deliberação do Senado, for criada comissão 
temporária para modificação ou reforma do Regimento Interno, um membro da Comissão Diretora 
deverá dela fazer parte. Diferentemente das demais comissões permanentes, a Comissão Diretora 
não poderá criar subcomissões permanentes ou temporárias. Além disso, o Regimento excetuou 
a Comissão Diretora da regra aplicável às comissões permanentes de ter suplentes em número 
igual ao de titulares (RISF, arts. 48, XXXIV, 72, caput; 73, caput; e 77, caput e § 1º; 83; 401, caput). 
Para fins de estudo comparativo, cumpre registrar as atribuições específicas que o RISF elenca em 
seu art. 98 para a Comissão Diretora: 
Art. 98. À Comissão Diretora compete: 
I – exercer a administração interna do Senado nos termos das atribuições fixadas no seu 
Regulamento Administrativo; 
II – regulamentar a polícia interna; 
III – propor ao Senado projeto de resolução dispondo sobre sua organização, funcionamento, 
polícia, criação, transformação ou extinção de cargos, empregos e funções de seus serviços 
e a iniciativa de lei para a fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros 
estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias (CF, art. 52, XIII); 
a. A Comissão Diretora pode propor ao Senado projeto de resolução dispondo sobre: I. 
organização; II. funcionamento; e III. Polícia do Senado Federal, assim como sobre 
criação, transformação e extinção de cargos; empregos e funções de seus serviços; 
b. A Comissão Diretora pode propor projeto de lei para fixação da remuneração de 
cargos, empregos ou funções dos serviços do Senado. 
IV – emitir, obrigatoriamente, parecer sobre as proposições que digam respeito ao serviço e 
ao pessoal da Secretaria do Senado e as que alterem este Regimento, salvo o disposto 
no art. 401, § 2º, inciso II; 
a. no caso de parecer às emendas a projeto de alteração do RISF elaborado por comissão 
temporária para esse fim criada, o parecer será elaborado pela comissão temporária 
autora do projeto; 
V – elaborar a redação final das proposições de iniciativa do Senado e das emendas e projetos 
da Câmara dos Deputados aprovados pelo Plenário, escoimando-os dos vícios de 
linguagem, das impropriedadesde expressão, defeitos de técnica legislativa, cláusulas de 
justificação e palavras desnecessárias. 
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a. elaborar a redação final do projeto de reforma do Regimento Interno, quando de sua 
iniciativa ou de autoria individual de Senador (RISF, art. 401, § 5º). 
A Mesa do Senado não elabora redação final de proposição. 
A redação final de proposições no Senado cabe: 
À Comissão Diretora, composta pelos membros titulares da 
Mesa, no caso de proposição em geral de iniciativa do Senado 
(de Senadores ou Comissões), e das emendas e projetos da Câmara aprovados 
pelo Plenário (RISF, art. 98, V); 
Proposta de emenda à Constituição: A redação final cabe à Comissão de 
Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) (RISF, art. 365); 
Projeto de reforma do Regimento Interno – redação final cabe à comissão que 
o houver elaborado e o de autoria individual de Senador, à Comissão Diretora 
(RISF, art. 401, § 5º). 
VI – apreciar requerimento de tramitação em conjunto de proposição regulando a mesma 
matéria e o recurso de que trata o art. 48, § 3º; 
a. Aparente antinomia regimental: O Regimento confere ao Presidente determinar a 
tramitação conjunta de matérias análogas ou conexas (RISF, art. 48, § 1º e 3º) e confere 
à tanto à Mesa quanto à Comissão Diretora a atribuição de apreciar requerimento de 
tramitação em conjunto de proposição regulando a mesma matéria e o recurso de que 
trata o art. 48, § 3º, exceto se a proposição constar da Ordem do Dia ou for objeto de 
parecer aprovado em comissão, caso em que a decisão sobre a tramitação conjunta 
caberá ao Plenário (RISF, arts. 98, VI, 113, II, e 258); 
Parágrafo único. Os esclarecimentos ao Plenário sobre atos da competência da Comissão 
Diretora serão prestados, oralmente, por relator ou pelo Primeiro-Secretário. 
Não compete ao Presidente prestar esclarecimentos ao 
Plenário sobre atos de competência da Comissão Diretora. 
Esses esclarecimentos serão prestados, oralmente: 
por relator ou pelo Primeiro-Secretário. 
Além das atribuições previstas no art. 98, e sem prejuízo de outras competências previstas em 
normativos do Senado, o legislador interno conferiu à Comissão Diretora prerrogativas esparsas 
no Regimento Interno, quais sejam: 
1) classificar obras raras (RISF, art. 9º, III); 
2) orçar o custo da publicação no Diário do Senado Federal, para que conste dos Anais, 
quando se tratar de transcrição de documento que ultrapasse cinco páginas desse Diário, 
caso em que o excedente desse limite será custeado pelo orador ou requerente (RISF, art. 
210, § 2º); 
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3) aprovar modelo de folhas avulsas, de impresso especial, que figurarão em seguida à capa 
de processo referente a proposição e constituirão os boletins de ação legislativa que irão 
fornecer informações ao Centro de Processamento de Dados, para registro das matérias 
em tramitação (RISF, art. 261, II); 
4) apresentar projeto de resolução para modificação ou reforma do Regimento Interno (RISF, 
art. 401, caput); emitir parecer a projeto de resolução que vise modificar ou reformar o 
Regimento Interno, se de autoria individual de Senador (RISF, art. 401, § 2º, III); 
5) elaborar a redação final do projeto de reforma do Regimento Interno, quando de sua 
iniciativa ou de autoria individual de Senador (RISF, art. 401, § 5º). 
Para fins didáticos, as competências da Comissão Diretora do Senado Federal discriminadas no 
Regimento poderiam ser agrupadas em duas categorias: administrativas e legislativas, sendo as 
primeiras predominantes. 
 
 
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BLOCOS PARLAMENTARES, MAIORIA, MINORIA E 
LIDERANÇAS 
Neste capítulo, você aprenderá sobre os Blocos Parlamentares, a Maioria, a Minoria e as 
Lideranças no Senado Federal, assuntos constantes do Título IV do RISF, arts. 61 a 66. 
1 – Blocos Parlamentares 
As representações partidárias (bancadas dos partidos) poderão constituir bloco parlamentar, 
desde que a quantidade de integrantes deste seja igual ou superior a um décimo (1/10) da 
composição do Senado (RISF, art. 61). Em outras palavras, dois ou mais partidos cuja composição 
total seja igual ou superior a um décimo da composição do Senado Federal poderão se unir 
constituir bloco parlamentar nessa Casa legislativa. O Senado é composto de 81 Senadores. Logo, 
um décimo da composição do Senado é 8,1. Uma vez que o RISF não autoriza desprezar a fração, 
o melhor entendimento para fins de concurso público é que o quantitativo numérico mínimo para 
formação de bloco parlamentar é 9 Senadores. Em 2019, os menores blocos parlamentares 
possuíam nove Senadores (DSF, 6/12/2019, p 467). Em 2015, os dois menores blocos 
parlamentares no Senado eram também integrados por nove Senadores (DSF, 11/6/2015, p. 343). 
Esse entendimento se harmoniza com o da Câmara dos Deputados no cálculo de quocientes 
fracionários. 
As representações partidárias que constituírem bloco parlamentar, embora cada uma mantenha 
seu Líder, submeter-se-ão à liderança comum, cujo Líder será escolhido dentre os líderes das 
representações que compõem o bloco. Apesar de o Regimento não especificar a quem cabe 
escolher o líder do bloco, cabe aplicar por analogia, a previsão de escolha de líder de 
representação partidária, hipótese para a qual o Regimento previu a comunicação à Mesa em 
documento subscrito pela maioria dos membros da respectiva bancada (RISF, art. 65, § 6º). A 
respeito dessa comunicação à Mesa, o Regimento do Senado também a deveria ter previsto em 
relação à formação do bloco parlamentar e à indicação do respectivo líder comum, pois o fez em 
relação tanto à indicação dos líderes das representações partidárias quanto à constituição da 
Maioria e a Minoria (RISF, art. 65, §§ 3º e 6º). Mas, apesar dessa omissão regimental, essa 
comunicação à Mesa é necessária para que esse órgão político possa tanto conferir ao líder do 
bloco parlamentar suas prerrogativas regimentais quanto garantir que os líderes de 
representações partidárias coligadas em bloco parlamentar não exerçam as atribuições e 
prerrogativas regimentais que, ao se coligarem, perderam em favor do líder do bloco, que passará 
a exercê-las (RISF, art. 62, § 2º). 
O Líder do bloco partidário indica os vice-líderes deste. Os Líderes dos partidos que compõem o 
bloco parlamentar assumem, preferencialmente, as funções de vice-líderes do bloco parlamentar, 
na ordem indicada pelo titular da liderança (Líder) no bloco parlamentar (RISF, art. 62, §1º; e 66, § 
7º). Sobre isso, é possível apenas inferir (não está expresso no RISF) que, se o bloco tiver direito a 
quantitativo de vice-líderes igual ou menor do que o quantitativo de líderes de representação 
partidária que compõem o bloco, deverão ser designados para exercer as funções de vice-líderes 
tantos líderes de representação partidária quanto as vagas de vice-líder existentes. Se houver mais 
vaga de vice-líder que líderes de representações partidárias no bloco para ocupá-las, outros 
membros do bloco parlamentar poderão também ser indicados vice-líderes. 
Miguel Gerônimo Netto, Luiz Claudio Santos
Aula 02 (Prof. Luiz Claudio Santos)
Regimento Interno p/ Senado Federal (Analista Legislativo) Com Videoaulas - Pré-Edital 2020
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03874490602 - Marden Gomes Dias
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O Líder do bloco parlamentar, na qualidade

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