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Acadêmico: Crispiniano Batista Quintela Filho (1915099) Disciplina: História Contemporânea (HIS34) Avaliação: Avaliação Final (Discursiva) - Individual FLEX ( Cod.:649795) ( peso.:4,00) Prova: 22742799 1. A revolução bolchevique teve que enfrentar uma guerra civil para sagrar-se vitoriosa. Ao final dessa, a economia estava de tal maneira arrasada que o governo soviético instituiu um plano político-econômico para enfrentar a situação que ficou conhecida como "comunismo de guerra". Disserte sobre as medidas que determinavam esse plano. (* Máximo 4000 caracteres) Para fazer frente à desorganização da economia russa causadas pela I GM, pela revolução de outubro de 1917 e pela guerra civil (1918 a 1920), Lenin - líder do partido comunista (bolchevique) adotou o 'Comunismo de Guerra', tomando as seguintes medidas: - Do ponto de vista econômico, os sovietes estatizaram as médias e pequenas indústrias, principalmente aquelas de cinco a dez operários; - Após o confisco das grandes propriedades rurais, que ocorreu após Outubro de 1917, os sovietes passaram a adotar também o confisco quase que total dos gêneros agrícolas: os camponeses eram obrigados a repassar suas colheitas ao governo (exceção feita à parte destinada ao autoconsumo); - Com a vitória sobre o Exército Branco (mão armada contrarrevolucionária, que recebera apoio de potências capitalistas - EUA, França, Inglaterra, Japão dentre outras - para conter o avanço da revolução bolchevique), outra medida de caráter político-militar foi a de obrigar essas tropas estrangeiras a deixarem o território russo e a deixarem a própria Rússia - como forma de mostrar que eram capazes de conduzir a sua própria economia; - Mais tarde, com a início da resistência passiva por parte dos operários das fábricas e dos trabalhadores camponeses, bem como do êxodo rural que passou a ocorrer devido à fome que levara milhões a óbito, Lenin obrigou o trabalho compulsório no campo e nas indústrias - adotando a militarização do trabalho; - Criou uma polícia política que passou a agir contra os camponeses que escondiam a colheita, os russos que fugiam ao trabalho e esforço de guerra, e prendendo todos aqueles que se opunham aos objetivos dos sovietes; no meio à crise, Lenin ordenou a execução do Czar e toda a sua família. Com isso, o Estado bolchevique concentrou todas as suas forças e energia da nação soviética, acima de quaisquer outros sacrifícios, para conter a contrarrevolução e promover a rápida passagem do sistema capitalista para o socialista. https://www.uniasselvi.com.br/extranet/o-2.0/prova_ead/n2_ead_avaliacao_disciplina_online_alun.php#questao_1 2. Com o fim da divisão bipolar da geopolítica mundial, os países passaram a formar blocos econômicos regionais como parte das consequências do acelerado processo de globalização. Desta maneira, surgiram os grandes blocos internacionais, como a União Europeia e o MERCOSUL. Esse processo, entretanto, acabaria por impactar a própria ideia de Estado que se forjou na modernidade. Disserte sobre as consequências para os Estados nacionais na criação dos grades blocos econômicos mundiais. ( * Máximo 4000 caracteres ) Os Estados Nacionais fortalecidos a partir 1789, continuaram a buscar o status quo d sua hegemonia internacional, após a Guerra Fria. Não mais pela força, agora através do poder econômico - em que através dele, poderiam continuar lucrando com o destino dos seus produtos, em outros mercados, além fronteiras. Destarte, nos finais do Séc XX, surgem os grandes blocos econômicos como a UE, NAFTA, ALCA, MERCOSUL, BRICS etc. Com eles, a globalização: a abertura de mercados nacionais para o comércio internacional e suas consequências para o Estado: - Surgimento de empresas transnacionais, particularmente no setor bancário e financeiro q passam a controlar as regras econômicas em todo o globo; - Redefinição dos investimentos internos de países. A produção (fábricas, fazendas etc.) perde terreno pra investimentos financeiros e patrimoniais (bolsas de valores, fusões e privatizações de empresas); - A busca d MDO mais barata em países pobres, contribuindo para problemas sociais (desvalorização da MDO local, desemprego, insegurança no trabalho, perda d benefícios sociais); - A Interligação mundial por meio d redes de computadores passa a facilitar as trocas e vendas comerciais; surgem problemas de invasões virtuais internacionais, que obrigam os Estados a adotarem novo modus operandi contra ataques e bisbilhotagens virtuais (WikiLeaks); - Aumento da velocidade das comunicações e dos transportes. Estados são obrigados a se adequarem para concorrerem com a expansão comercial e logística global; - Surgimento das franchisings e multinacionais cujos royalties passam a causar evasão de divisas, obrigando a adoção de medidas de proteção econômica e comercial (barreiras alfandegárias, fitossanitárias, econômicas e políticas); - Surgimento do fluxo instantâneo de capital financeiro. O capital passa a ser dinâmico, volátil e apátrida; - A concentração das riquezas em países mais ricos, extraídas dos mais pobres; - Endividamento dos países pobres que passam a socorrer-se em instituições internacionais financeiras e econômicas como o FMI, OCDE e OMC. Mas para isso, têm que se adequar às exigências cobradas, em contrapartida, por essas instituições movidas por capitais estrangeiros - o que leva a causar mais arroxo salarial e perda de benefícios sociais; - Adoção de novos conceitos para administração política-financeira interna dos países, como o superávit primário da economia, como forma de comprovação da capacidade de um país honrar suas dívidas (ou capacidade pra solicitar novos empréstimos) junto a organismos internacionais, como o FMI. - Na área cultural, os Estados - antes caracterizados pela sua essência nacional - foram invadidos pela cultura global; - Em nome da eficiência, condição indispensável para vencer a concorrência entre blocos econômicos na era globalística, as empresas passam a eliminar empregos ao substituir a MDO por mecanismos automatizados, dando lugar ao desemprego estrutural e o analfabetismo funcional (nas fábricas, um robô substituía dezenas de trabalhadores; nos bancos e supermercados, caixas automáticos tomam lugar de homens e mulheres; nos escritórios, a informatização requerida pela globalização imposta pelos grandes blocos econômicos, elimina um sem-número de funções; esses fatos obrigaram os países a repensarem e criarem programas de requalificação profissional, reestruturação do ensino e de carreiras, a diminuição dos concursos públicos estatais; O Estado vai perdendo a sua hegemonia interna, no seu próprio território, economicamente; - A fim de fazer frente à informalidade de empregos (causada pela globalização que transfere o espaço trabalhista para máquinas, e elimina a influência estatal - como geradora de empregos), o Estado promove políticas de flexibilização trabalhista - alterando leis que antes serviam como bandeiras protetoras da classe trabalhadora, tudo a fim de amenizar, em uma dicotomia incompreensível, os efeitos devastadores da globalização no seus espaços intrafronteira. https://www.uniasselvi.com.br/extranet/o-2.0/prova_ead/n2_ead_avaliacao_disciplina_online_alun.php#questao_2
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