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RESUMOS CONTROLADORIA

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS
CIÊNCIAS CONTÁBEIS MATUTINO
CONTROLADORIA
Polliana Thaís Antunes Jorge
Professor: Igor Veloso Colares Batista
RESUMOS
CONCEITUAÇÃO E CONTEXTUALIZAÇÃO DA CONTROLADORIA
A origem da controladoria está ligada ao processo de evolução dos meios sociais e de produção que iniciaram com o advento da Revolução Industrial. Para Marion (2005), a controladoria surgiu nas grandes corporações norte americanas, no início do século XX com a finalidade de realizar um rígido controle das empresas relacionadas (subsidiárias e/ou filiais), visto que um significativo número de empresas concorrentes, que haviam proliferado a partir da revolução industrial, começou a se fundir no final do século XIX, formando grandes empresas, organizadas sob forma de departamentos e divisões, mas com controle centralizado.
Segundo Schmidt (2002, p. 20), o crescimento vertical e diversificado desses conglomerados exigia, por parte dos acionistas e gestores, um controle na central em relação aos departamentos e divisões, que rapidamente se espalhavam nos Estados Unidos e em outros países. Esses três fatores (a verticalização, a diversificação e a expansão geográfica das organizações) e o consequente aumento da complexidade de suas atividades, aliado às tendências de descentralização da gestão das empresas, exigiram a ampliação das funções do controller, bem como, o surgimento dessa figura, também, nas diversas divisões da organização, além do lotado na administração central da companhia.
No Brasil, a origem da Controladoria é a alta competitiva que se instaurou no mercado. A função do controller emergiu com a instalação das multinacionais norte-americanas no país. Inicialmente, essa função era ocupada por profissionais ligados à área financeira ou da contabilidade, devido a sua habilidade em trabalhar com informações econômico-financeiras, além do conhecimento que tinham das áreas operacionais da empresa, por meio das informações geradas pela contabilidade. Com o tempo, esse perfil foi sendo modificado, acompanhando os interesses variados e dinâmicos, seja de acionistas, credores ou gestores. Atualmente, em algumas empresas, nas divisões operacionais, especialmente as que requerem um conhecimento extremamente técnico, foi criada a figura do controller, com vistas atender as necessidades informativas específicas dos gestores dessas áreas, além do profissional que exerce essa função em sentido mais amplo, voltado ao processo decisório da empresa como um todo. 
Nos anos de seu surgimento a área era muito focada em questões contábeis. Mas as informações contábeis não eram mais o suficiente, e muitas vezes não condiziam com a realidade. Dessa maneira, a exigência de dados mais certeiros e com uma visão financeira-econômica era uma exigência dos stakeholders (público que tem relação com a empresa). E é nesse momento em que a controladoria começou a dividir-se entre contábil e administrativa.
Podemos, no entanto, dizer que a controladoria atualmente possui um papel de coletar informações administrativas e contábeis para controle gerencial da empresa. É função da área, também, criar o planejamento orçamentário e servir insumos para decisões estratégicas da diretoria.
Ou seja, controladoria é o departamento responsável pelo projeto, elaboração, implementação e manutenção do sistema integrado de informações operacionais, financeiras e contábeis de determinada entidade, com ou sem finalidades lucrativas, sendo considerada por muitos autores como o atual estágio evolutivo da contabilidade.
A importância da controladoria para os ganhos de competitividade e desempenho das empresas é questão indiscutível. Por outro lado, apesar de sua importância, também se constata que a prática da controladoria em determinadas empresas não corresponde aos níveis de performance naturalmente exigidos pelo mercado. 
Pode-se inferir então que é papel da controladoria assegurar que o planejamento da empresa esteja sendo elaborado e executado a contento. 
PAPEL DA CONTROLADORIA NO PROCESSO DE GESTÃO
A empresa, considerada como um sistema aberto e dinâmico e que se relaciona com seu ambiente, absorvendo e fornecendo recursos, tem se mantido em constante mutação. O principal fator que tem influenciado essa situação é a globalização dos mercados, que pode ser entendido como um processo de integração entre os agentes básicos que intervêm na vida econômica de um grande número de países, governos, empresas e consumidores.
Mudanças decorrentes de contingências macroeconômicas, como aquisições e fusões, a internacionalização das empresas, tem tornado as organizações mais complexas, sendo necessárias informações internas e externas mais confiáveis para a tomada de decisões que permita o alcance dos objetivos e a continuidade da empresa. Nesse contexto, os relatórios contábeis são importantes fontes de informação, desde que, representem a realidade da empresa e não apenas o cumprimento das questões fiscais e legais. Devem, ainda, incorporar e integrar novas dimensões e novos instrumentos de pesquisa e avaliação. 
Cabe à controladoria desempenhar o papel de geradora de conhecimento a partir das informações relevantes dos relatórios contábeis da empresa. Além disso, divulgar as informações necessárias para a tomada de decisão dos gestores da empresa.
Segundo Figueiredo e Caggiano (2006), o processo de gestão serve de suporte ao processo de tomada de decisão e realiza-se por meio dos seguintes passos: planejamento estratégico, planejamento operacional, execução e controle. Já o sistema de informação deve captar informações internas e externas de questões relacionadas sua gestão de maneira que possa subsidiar os gestores na tomada de decisão. Nesse sentido, percebe-se que o controller, que geralmente é o gestor da controladoria, tem papel fundamental na formulação e no controle do planejamento estratégico da empresa, uma vez que ele fornece aos gestores os dados necessários da companhia e seu desempenho no setor possibilitando a análise das forças e fraquezas e auxiliando na formulação das estratégias de desenvolvimento.
As empresas encontram-se, atualmente, em um ambiente dinâmico, competitivo e complexo e para que consigam progredir neste, torna-se necessário, segundo Catelli (2001) que elas tenham um processo de gestão estruturado na forma do ciclo planejamento, execução e controle. Esse ciclo é conhecido como processo de gestão e tem como objetivo garantir a eficácia empresarial. O processo de gestão deve garantir o cumprimento das metas, objetivos e missão da empresa, de maneira equilibrada e adaptável às mudanças. A função da controladoria no processo de gestão é fornecer informações sobre o desempenho e resultados econômicos e monitorar o processo de elaboração do orçamento. A controladoria é por excelência uma área coordenadora das informações de dados sobre a gestão econômica, entretanto, ela não substitui a responsabilidade dos gestores por seus resultados obtidos, mas no requisito na busca contínua de otimização do resultado econômico; portanto, os gestores administrativos, além das suas especialidades, devem ter conhecimento adequado sobre gestão econômica, tornando-se gestores de negócios, sendo suas responsabilidades envolver as gestões operacional, financeira, econômica e patrimonial de suas respectivas áreas (CATELLI, 2001). 
O planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais e pode determinar o sucesso de todas as operações. Ele orienta o futuro da empresa. O produto do planejamento estratégico é o fornecimento de diretrizes estratégicas que orientarão o planejamento operacional. A controladoria, mesmo sendo um órgão de apoio operacional, deve estar intrinsecamente ligada à estratégia da empresa. O setor de controladoria deve se preocupar com a análise do ambiente, pois é nele que estão as bases estratégicas as quais correspondem aos planos de ação e disposição dos recursos.
As necessidades de informações necessárias para traçar o futuro da organização no planejamento estratégico são dadas pela controladoria (MARTIN,2002). Assim, a necessidade das empresas dirigirem seus esforços no desenvolvimento de meios capazes de melhorar sua atuação no mercado e atingir a eficácia empresarial, possibilitou o surgimento de órgãos que por terem um alto grau de autonomia e uma visão generalista da empresa, puderam suprir tal necessidade nas empresas. E é papel controladoria fornecer informações relevantes e confiáveis aos gestores na resolução dos problemas da empresa.
PLANEJAMENTO EXECUÇÃO E CONTROLE NA CONTROLADORIA
Planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade com que esta função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas as operações e atividades; contudo, planejamento pode ser definido como sendo o processo de reflexão que precede a ação e é dirigido para a tomada de decisão, tendo como foco o futuro (FIGUEIREDO; CAGGIANO, 1997). 
O planejamento determina as diretrizes estratégicas, políticas e operacionais da empresa que serão traduzidas em forma de controle e planos quantificados fisicamente e monetariamente, como também planos orçamentários; contudo, vale dizer que, sem planejamento não há padrões, sem padrões não há controle e sem o controle o planejamento não existe, ou seja, os dois devem estar sempre amarrados um ao outro para que possa ser validos e que possa desenvolver uma estratégia eficaz para empresa (MOSIMANN; FISCH, 1999). 
Figueiredo e Caggiano (1997) complementam que a função de planejamento é um aperfeiçoamento na qualidade do processo decisório por uma cuidadosa consideração de todos os fatores relevantes, antes de a decisão ser tomada em conformidade com uma estratégia racional, segundo a qual o futuro da empresa deve ser orientado. 
O planejamento é essencial para todos os fatores que afetam a organização, independente se eles são controláveis ou não, de forma que o planejamento vem para aprimorar a qualidade do processo, planejar qual a melhor maneira e melhor decisão deve ser tomada para a empresa. 
O processo de planejamento está voltado tanto para a participação no processo de planejamento da organização, como também para a criação da ferramenta de planejamento e controle econômico. 
Só é possível á Controladoria atingir seus objetivos por meio do planejamento e controle econômico da organização, administração do sistema de informações e coordenação dos esforços dos demais gestores, para maximizar o resultado da empresa, se a mesma fizer o planejamento e o controle de suas próprias atividades. (CATELLI, 2001).
Assim, para que a controladoria alcance seus objetivos, é necessário que todo o complemento administrativo trabalhe junto, como o mesmo pensamento, pensamento em produtividade com eficácia e veracidade, e para que isso seja possível é necessário que o primeiro passo a ser tomado pelo planejamento seja da própria entidade, das suas próprias atividades. 
A fase da execução corresponde à efetivação do planejamento da empresa, ou seja, as ações práticas que devem ser realizadas por área para se atingir as estratégias definidas. Nesta fase, às ações são implementadas, e a partir disso, serão atingidos ou não os objetivos traçados pela organização. Corresponde à fase em que os recursos são consumidos e os produtos são gerados. (CATELLI, 2001).
A execução envolve a identificação, a simulação e a escolha de alternativas para o cumprimento das metas, bem como a implementação das ações. Durante a execução ocorre a materialização do planejamento, quando todas as estratégias definidas pela empresa devem se transformar em realizações; assim, é importante um monitoramento constante das ações realizadas a fim de que cumpram com os objetivos estabelecidos. Esta fase corresponde a um processo contínuo no qual os gestores são responsáveis pela tomada de uma série de decisões a fim de que as realizações ocorram da maneira esperada; porém, demandam informações adequadas. A controladoria, por sua vez, é responsável pela geração dessas informações, subsidiando, dessa forma, os gestores.
Para Figueiredo e Caggiano (1997) controle está intimamente ligado à função de planejamento, quando se propõe assegurar que as atividades da firma estão em conformidade com os planos. 
O controle está literalmente interligado ao planejamento, ainda mais quando se lida com a segurança de informações e desenvolvimentos de atividades na empresa. É, ainda, considerado como uma fase de processos decisórios, embasados em sistemas de informações, onde analisa a eficácia da empresa, porém não apenas nos pontos econômicos, mas também em ações que se destinam a serem corrigidas em eventuais distorções.
A atividade de controle permite verificar se todas as áreas da organização estão desempenhando suas atividades de maneira correta, ou, mesmo, se os resultados alcançados correspondem às expectativas contidas no planejamento. Os resultados atingidos são comparados aos orçados, indicando a possibilidade de se apontar os desajustes ocorridos durante o processo a fim de se solucioná-los. O controle deve ser executado junto a todas as áreas da organização, avaliando o resultado de cada uma individualmente e, também, da empresa como um todo. Nessa fase, é responsabilidade da controladoria o confronto dos resultados alcançados com os resultados planejados, identificando quais áreas corresponderam ou não às expectativas do planejamento.
Após detectar as possíveis diferenças ocorridas, os resultados devem ser comunicados aos gestores, para que corrijam eventuais desvios, e para a alta gestão, a fim de demonstrar como a empresa, num contexto global, está se comportando. 
Assim, a controladoria visa integrar o processo de gestão provendo os gestores com informações úteis, bem como fazendo o acompanhamento e controle, a fim de analisar se os objetivos traçados estão realmente sendo alcançados. Esse processo representa, pois, um controle de todas as operações da empresa e busca a otimização do resultado global da organização como um todo, e não de suas áreas individualmente.
REFERÊNCIAS
ALVES, Valmir. Qual a origem da Controladoria no Brasil? Uma análise sobre a evolução da área. Agosto/ 2019. Disponível em: < https://www.treasy.com.br/blog/origem-da-controladoria/> Acesso em: 08 de outubro de 2019.
BERTOLDI, Kilian Karine Teixeira; OLIVEIRA, Rosane Furlan. CONTROLADORIA. Florianópolis, 2003. Disponível em: <https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/109256/CCN0108-M.pdf?sequence=1> Acesso em: 08 de outubro de 2019.
CATELLI, Armando. CONTROLADORIA: uma abordagem da gestão econômica – GECON. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
FIGUEIREDO, Sandra; CAGGIANO, Paulo César. CONTROLADORIA: teoria e prática. 3.ed. São Paulo: Atlas, 2006.
GIONGO, Luciano; NASCIMENTO, Auster Moreira. O envolvimento da controladoria no processo de gestão: um estudo em empresas industriais do estado do Rio Grande do Sul. In: IX Congresso Internacional de Custos – Florianópolis, SC, Brasil, 28 a 30 de novembro de 2005.
MARION, José Carlos. Contabilidade Empresarial. 11ª ed., São Paulo: Atlas, 2005.
MARTIN, N. C. DA CONTABILIDADE À CONTROLADORIA: a evolução necessária. Revista Contabilidade e Finanças. São Paulo, n.28, p.7-28, jan/abr. 2002.
SCHMIDT, Paulo (Org.). CONTROLADORIA: agregando valor para a empresa. Porto Alegre: Bookmann, 2002.
SILVA, Luiz Augusto Aparecido da; MARCAL, Murilo Honorato Lira; SARSO, Fabio José Herrero. O papel da controladoria na gestão administrativa empresarial. In: Rev. Eletrônica Organ. Soc., Iturama (MG), v. 7, n. 7, p. 68-86, jan./jun. 2018 DOI: 10.29031/ros.v7i7.381.

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