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Síndrome do Desfiladeiro Torácico Universidade Católica de Pernambuco Aluna: Corine Vital Professoras: Erica Uchôa Disciplina: Traumato-ortopedia O que é? Desfiladeiro torácico é o espaço estreito que os vasos sanguíneos e os nervos atravessam quando saem do tronco em direção aos membros superiores. Essa região fica entre a primeira costela e a clavícula e pode ser palpada em ambos os lados do pescoço. Tem este nome pois se parece com um desfiladeiro na geografia, que é um espaço estreito entre duas montanhas. O estreitamento do desfiladeiro torácico pode ser causado por: Alterações na postura Presença de uma costela a mais no pescoço (costela cervical) Alterações nos músculos Sequela de fratura ou trauma no pescoço Muitas pessoas já nascem com estas alterações. Outras adquirem estas alterações durante a vida. Classificação: Síndrome da Compressão Neurovascular A SDT representa um espectro de desordens que compreendem três síndromes co-relatas: • Compressão do plexo braquial (SDT Neurogênica); • Compressão da veia ou artéria subclávia (SDT Vascular); • Obstrução da artéria subclávia com formação de trombos. Epidemiologia • Prevalência limitada, • Proporção de 3 mulheres para 1 homem, • Faixa etária entre 20 e 50 anos. Incidência: Forma neurogênica é a mais comum, constituindo mais de 90% dos casos; A forma venosa representa 2 a 3% e a arterial cerca de 1% dos casos; Variações individuais como idade, sexo feminino, biótipo longilíneo; Profissões que necessitam da elevação dos braços são considerados fatores predisponentes Locais de compressão Triângulo intercostoescalênico: • Região formada pelos músculos escaleno anterior, escaleno médio e pela borda superior da primeira costela. • Entre os escalenos está o plexo braquial, mais superiormente, e a artéria subclávia, inferiormente. • A veia subclávia passa anteriormente ao músculo escaleno anterior. Locais de compressão Triângulo costoclavicular: • Formado pela face anterior da primeira costela e pelo terço interno e médio da clavícula. Sob esta, existe o músculo subclávio e o ligamento costocoracóide. • Este espaço abriga respectivamente a veia subclávia anteriormente, a artéria axilar e as divisões do plexo braquial posteriormente Locais de compressão Espaço retrocoracopeitoral/Subcoracóide: • O feixe vasculo nervoso sai do espaço anterior e penetra por um canal estreito limitado pela porção inicial do músculo peitoral menor e seu tendão de inserção no processo coracóide da escápula. • Abriga de dentro para fora, respectivamente, veia e artéria subclávia e os cordões do plexo braquial. Etiologia: Há preponderância feminina ( alguns alegam por haver estruturas musculares mais enfraquecidas levando a escápula baixa); • Trabalhadores braçais; • Nadadores Craw (provavelmente por movimentos repetidos); • Traumatismos; • Sustentação de peso pelas extremidades. Quadro Clínico: Depende da freqüência e do grau de duração da compressão da artéria subclávia / plexo braquial. Inicia-se com transtornos sensitivos e depois os motores. • Sintomas neurológicos(90%); • Dores irradiadas a partir da coluna cervical para o braço, antebraço e mão; • Dor e hiperestesia de caráter migratório; • Alteração de sensibilidade e força na área do nervo ulnar (4º e 5º dedos). • Sintomas vasculares ( 10% ); • Parestesia • Diminuição de força muscular • Presença de pontos gatilhos • Dor irradiada • Alteração de sensibilidade e força • Edema e sensação de frio na mão; • Parestesia noturna; • resfriamento • sensação de braço morto • Isquemia • Fadiga durante movimento Diagnóstico: • Exames complementares: • Radiografia convencional • Eletroneuromiografia • Angiografia por subtração digital • Angiotomografia computadorizada • Ressonância Magnética Testes clínicos • Teste de Adson • Teste de Roos • Teste de hiperabdução Teste de Adson Posição do paciente: sentado ou em pé de frente para o examinador. Descrição do teste: no Teste de Adson, o terapeuta deverá em primeiro lugar palpar o pulso radial do paciente e após realizar o teste por etapas. 1ª Etapa: deverá ser realizada uma abdução de 30º e hiperextensão do membro superior. Mantendo o braço nessa posição, verificar o pulso do paciente, que se diminuído, provavelmente, será em decorrência de um músculo peitoral menor que se apresenta encurtado. 2ª Etapa: deveremos instruir o paciente, que realize uma inspiração forçada e rode a cabeça para o lado que está sendo testado. Nessa posição, verifique o pulso do paciente, que se diminuído, poderá ser devido a um estreitamento causado pelo encurtamento ou hipertrofia dos músculos escalenos, pois o feixe neurovascular passa entre os músculos escalenos: anterior e médio, na altura do pescoço e a inspiração máxima irá elevar a primeira costela, estreitando ainda mais a passagem do feixe. Sinais e sintomas: aumento da sensação de formigamento e fraqueza em todo o membro superior. Ainda o paciente poderá apresentar reações como sudorese e sensação de peso no membro superior. Teste de Roos Posição do paciente: em pé, com os braços abduzidos a 90º e com o cotovelo fletido a 90º. Descrição do teste: o terapeuta instrui o paciente para realizar rapidamente o movimento de abrir e fechar os dedos, por no mínimo por 30 segundos. Sinais e sintomas: o paciente começa o movimento, mas não consegue permanecer por muito tempo. O terapeuta irá observar a queda do membro ou a inabilidade do paciente para continuar executando a ação. Esse teste demonstra que o feixe neurovascular está sendo comprimido no defiladeiro torácico. Teste de hiperabdução Posição do paciente: sentado ou em pé e de costas para o examinador com os braços em abdução em torno de 30º ou 40º. Descrição do teste: O terapeuta palpa ambos os pulsos radiais do paciente e leva os braços em abdução horizontal máxima. Sinais e sintomas: alterações no pulso radial do lado afetado confirmam a suspeita da síndrome do desfiladeiro torácico, geralmente por contratura do músculo peitoral menor ou presença de costela cervical. Objetivo Geral Promover o Retorno do Paciente as suas AVDs, restaurando a função do membro superior Objetivos Específicos: • Retirar os Fatores Lesionais (quando possível) • Diminuir Quadro Álgico • Minimizar Contraturas Musculares • Relaxar musculatura • Restaurar ADM • Reeducar o Padrão Respiratório • Restabelecer flexibilidade Objetivos Específicos: • Controle proprioceptivo de MMSS • Reeducar postura • Orientar Posturas • Restaurar as AVDs
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