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BIOTERISMO

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BIOTERISMO 
 
 
Biotérios 
 
Local onde são criados ou mantidos animais para serem 
usados em ensino ou pesquisa cientifica, que possua controle 
das condições ambientais, nutricionais e sanitárias. 
 
Tipos 
 
- Biotério de criação 
Local destinado à reprodução e manutenção de 
animais para fins de ensino ou pesquisa 
 
- Biotério de manutenção 
Local destinado a manutenção de animais para fins 
de ensino ou pesquisa 
 
- Biotério de experimentação 
Local destinado à manutenção de animais em 
experimentação por tempo superior a 12 horas. 
 
- Laboratório de experimentação 
Local destinado à realização de procedimentos com 
animais. 
 
Lei Arouca (Lei Nº 11.794, de 08.10.08) 
 
Regulamenta o inciso VII do § 1o do art. 225 da Constituição 
Federal, estabelecendo procedimentos para o uso científico 
de animais; revoga a Lei no 6.638, de 8 de maio de 1979; e dá 
outras providências. 
 
Art. 8o É condição indispensável para o credenciamento das 
instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais 
a constituição prévia de Comissões de Ética no Uso de Animais 
– CEUAs. 
Art. 9o As CEUAs são integradas por: 
I – Médicos veterinários e biólogos; 
II – Docentes e pesquisadores na área específica; 
III – 1 (um) representante de sociedades protetoras de 
animais legalmente estabelecidas no País, na forma do 
Regulamento. 
 
Cursos x Aulas Práticas 
 
- Biologia 
- Biomedicina 
- Medicina 
- Psicologia 
- Pós-graduação em anatomia macroscópica e por imagem 
 
Art. 1o A criação e a utilização de animais em atividades de 
ensino e pesquisa científica, em todo o território nacional, 
obedece aos critérios estabelecidos nesta Lei. 
§ 1o A utilização de animais em atividades educacionais fica 
restrita a: 
I - Estabelecimentos de ensino superior; 
II - Estabelecimentos de educação profissional técnica de nível 
médio da área biomédica. 
 
Modelos animais x aulas práticas 
 
- Ratos 
- Camundongos 
- Rãs 
- Suínos 
- Aves (codornas e pombos) 
- Peixes 
 
Art. 3o Para as finalidades desta Lei entende-se por: 
I – Filo Chordata: animais que possuem, como características 
exclusivas, ao menos na fase embrionária, a presença de 
notocorda, fendas branquiais na faringe e tubo nervoso 
dorsal único; 
CEUA - Comissão de Ética no Uso de Animais 
A CEUA por finalidade analisar à luz dos princípios éticos toda 
e qualquer proposta de atividade científica ou educacional que 
envolva a utilização de animais do grupo Chordata, sob a 
responsabilidade da instituição, seguindo e em conformidade 
com as diretrizes normativas nacionais e internacionais para 
pesquisa e ensino envolvendo tais animais. 
Esta comissão que tem como dever primordial a defesa do 
bem-estar dos animais em sua integridade, dignidade e 
vulnerabilidade, assim como zelar pelo desenvolvimento da 
pesquisa e do ensino segundo elevado padrão ético e 
acadêmico. 
Entende-se por uso: manipulação, captura, coleta, criação, 
experimentação (invasiva ou não-invasiva), realização de 
exames ou procedimentos cirúrgicos, ou qualquer outro tipo 
de intervenção que possa causar estresse, dor, sofrimento, 
mutilação e/ou morte. 
Antes de qualquer atividade envolvendo um animal, o 
pesquisador ou professor deverá encaminhar a sua proposta 
à CEUA de forma que a pesquisa ou atividade educacional 
envolvendo animais só poderá ser iniciada após ter sido 
emitida a aprovação da Comissão, apresentada em Parecer. 
A CEUA não tem por princípio a inibição do uso de animais, 
mas promover o uso racional deste recurso, buscando 
sempre o refinamento de técnicas e a substituição de 
modelos, que permitam a redução no uso de animais. 
A CEUA também tem como finalidade promover eventos como 
palestras e fóruns de discussão relacionados ao uso de 
animais no ensino e na pesquisa. 
 
Para solicitar a apreciação de um projeto de pesquisa no CEUA 
é necessário o preenchimento do protocolo unificado de 
projetos. 
 
Para que um aluno não faça a aula pratica com 
experimentação animal, é necessário que o mesmo preencha 
a declaração de escusa de consciência. 
 
CONCEA - Conselho Nacional de Controle de 
Experimentação Animal 
 
É o órgão destinado ao registro das instituições que criam ou 
utilizam animais com finalidade de ensino e pesquisa científica; 
dos protocolos experimentais ou pedagógicos, aplicáveis aos 
procedimentos de ensino e projetos de pesquisa científicos 
realizados ou em andamento no país. 
 
Biotério: Micro e Macroambiente 
 
Macroambiente 
 
Instalações 
Sua arquitetura e manutenção adequadas 
influenciam diretamente no manejo. As áreas 
destinadas aos animais devem ser isoladas 
fisicamente de laboratórios de controle ou 
experimentação e áreas administrativas; além disso, 
devem possuir estrutura que as torne à prova de 
agentes infecciosos e vetores, como insetos e 
roedores silvestres. Elas compreendem as salas 
para as colônias de animais e as áreas de apoio, 
como as áreas de higienização e esterilização, salas 
de estoque de materiais limpos e insumos, 
corredores de acesso etc. 
 
Iluminação 
O fotoperíodo (ciclo de luz/escuridão) é, sem dúvida, 
um dos mais importantes itens que influenciam o 
ritmo biológico do animal de laboratório, atuando no 
seu comportamento e na reprodução. Sendo a 
maioria dos roedores animais noturnos, a luz fria 
lhes é menos irritante do que a luz incandescente e 
a iluminação natural é contraindicada, já que não 
pode ser controlada. Períodos de luz de 12-14 
horas/24 horas parecem ser os mais adequados à 
reprodução dos animais e a sua manutenção. 
 
Ruído 
O ruído, apesar de inevitável, deve ser controlado 
para que não afete os animais, tendo em vista que, 
quando atinge níveis acima do tolerado, 
principalmente em roedores, provoca estresse, 
podendo levar a convulsões e até à morte. Os ruídos 
também podem afetar o operador, sendo 
aconselhável o uso de protetores em ambientes 
como as áreas de higienização e esterilização. O nível 
aceitável de ruídos é de até 85 decibéis. 
 
Gaiolas 
Para roedores, temos basicamente dois tipos de 
gaiolas: as de fundo sólido e as de fundo perfurado. 
As primeiras são mais utilizadas por animais 
pequenos (camundongos, ratos, hamsters, gerbis, 
cobaias etc.); as de fundo perfurado são destinadas 
a coelhos. Geralmente, são fabricadas em metal ou 
plástico (policarbonato ou polipropileno) resistentes 
à autoclavação. Atualmente, as gaiolas mais utilizadas 
são feitas de plástico, por serem mais baratas, mais 
leves, bastante duráveis e resistirem aos métodos 
de esterilização. 
 
Fatores Controlados no Macroambiente 
 
- Temperatura 
 na faixa de 22 com uma variação de 2 graus 
 
 
 
- Ventilação 
Suprir o ambiente com oxigênio, remover calor, diluir 
gases e remover partículas em suspensão, por 
exemplo, remover a amônia. 
 
- Umidade relativa do ar (UR) 
 em torno de 55 com variação de 5% 
 
- Luz 
Recomenda-se 12/12 ou 10/14 horas de período de 
luz/escuridão 
 
- Ruídos 
 
Microambiente 
 
Cama 
A ‘cama’ é usada no fundo das gaiolas ou em 
bandejas, por baixo das gaiolas de fundo perfurado. 
Sua principal função é absorver a urina dos animais 
e aquecê-los, além de prover as fêmeas com 
material para a construção de ninhos para abrigar 
as ninhadas, quando em contato direto com os 
animais. As características de uma boa ‘cama’ são: 
alta capacidade de absorção de umidade, sem 
desidratar ou machucar os recém-natos; não 
conter poeira; não ser abrasiva; estar livre de 
agentes químicos ou patogênicos; ser de baixo custo 
e de fácil aquisição. O material para cama mais 
utilizado é a maravalha (raspas de madeira) de pínus. 
A ‘cama’ se constitui uma das mais importantes 
fontes de contaminação para os animais; por isso, 
deve ser sempre autoclavada antes de ser utilizada. 
Seu fornecedor deve ser idôneo e garantir que não 
houve contato do material com roedores silvestres 
e/ou pássaros – vetores das principais doenças 
que acometem os animais de laboratório –, além de 
produtos químicos como agrotóxicos e resinas. 
 
Densidade PopulacionalO espaço requerido é aquele onde os animais 
possam apresentar postura adequada e 
movimentação ou comportamento padrão da 
espécie. Animais mantidos isolados ou 
superpopulados, por longos períodos, desenvolvem 
estresse. 
 
Odores 
O odor é muito importante para os animais de 
laboratório, uma vez que a identificação e o 
reconhecimento dos indivíduos se fazem pelo cheiro 
inato de cada espécie e é através dos feromônios 
que machos e fêmeas se encontram para a 
reprodução e delimitam os seus territórios. A esses 
odores, juntam-se a amônia da urina e outros 
odores, como o da ração, o dos técnicos da sala etc. 
A troca dos animais das gaiolas sujas para as limpas 
interfere diretamente nesse universo. Deve ser 
observada cuidadosamente, pois devemos eliminar 
os odores irritantes (amônia) e os alheios à espécie, 
mas não os feromônios, pois cada vez que o animal 
é trocado, fábrica nova quantidade de feromônios e 
de outras substâncias, para marcar seu território 
e atrair parceiros. A troca demasiada estressa o 
animal, que acaba produzindo essas substâncias em 
excesso. 
 
Água e Ração 
A água oferecida aos animais deve ser 
microbiologicamente pura (esterilizada e acidificada), 
uma vez que se constitui importante fonte de 
contaminação. Deve ser trocada com frequência, 
para evitar que se transforme em meio propício à 
proliferação de microrganismos existentes na boca 
do animal e que são passados aos bicos, juntamente 
com restos de ração, quando este bebe. Deve ser 
oferecida ad libitum em frascos bebedouros 
apropriados. A ração ideal é a industrializada, na qual 
o requerimento nutricional de cada espécie é levado 
em conta na formulação, o que garante uma 
alimentação balanceada. A ração deve ser 
autoclavável para evitar contaminações. Também é 
oferecida ad libitum, e a quantidade não consumida 
deve ser desprezada. 
 
Biossegurança 
 
- Treinamento 
 Básico para início de atividade experimental 
 
- Vacinação 
Recomendada, por exemplo, para raiva e febre 
amarela. Deve ser vacinado por tétano. 
 
- Autorização 
De acesso as instalações pelo responsável do 
biotério 
Para uso de animais em experimentação autorizado 
pela comissão ética 
 
- Fluxos Operacionais 
Entrada das instalações mantidas trancadas, 
liberado somente entrada para autorizados 
 
- Fluxo na introdução de materiais 
 Sala própria 
 
Modelos Animais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Por que roedores? 
 
- Facilidade de cuidar e manusear 
- Curto tempo de geração e de vida 
- Grande número de linhagens bem definidas 
- Riqueza de informações 
- Alta capacidade reprodutiva 
 
Camundongos 
 
 
 
Espécie: Mus musculus 
Ordem: Rodentia 
 
Características gerais 
 
- Dócil e de fácil manipulação 
- Nascem sem pelos (crescimento de pelos em uma semana), 
corpo avermelhado, olhos fechados (abertura em 10 dias), 
com peso médio de 1 a 2 g (adulto = 30 a 60g). 
- Com duas semanas alimentam-se de ração e desmame de 3 
a 4 semanas. 
- Audição e olfato desenvolvidos (altamente sensíveis a ultra 
som e barulhos agudos), 
- Visão pouco desenvolvida (retina com poucos cones, o que 
não lhes permite distinguir cores. 
- Períodos de vida: 
Neonatal - do nascimento até 3a semana de vida 
Puberdade - 3a semana aos dois meses completos 
Adulto - aqueles com 3 a 12 meses 
Idoso - fase dos 13 a 24 meses 
- Ciclo estral – 4 a 5 dias 
- Período gestacional – 19 a 21 dias 
- Tamanho da ninhada – 5 a 20 filhotes 
 
Identificação dos Animais 
 
- Uso de cartões nas gaiolas (linhagem, sexo, número, 
pesquisador, protocolo experimental). 
- Identificação temporária (canetas marcadoras na cauda ou 
cortes no pelo). 
- Identificação permanente com furos nas orelhas (pode ser 
mascarada por sinais de luta) 
 
Sexagem de Camundongos 
 
Machos e fêmeas podem ser 
diferenciados através da 
observação da distância entre 
o ânus e a papila genital 
(distância anogenital): maior 
nos machos. 
 
Manuseio e contenção de camundongos 
 
 
 
Ratos 
 
 
 Espécie: Rattus norvegicus 
Ordem: Rodentia 
 
Comportamento 
São geralmente curiosos, dóceis e, se manipulados 
com frequência e gentilmente, tornam se 
domesticados e treinados contanto que não sejam 
perturbados durante esta operação. Os ratos 
mordem sem aviso, porém não repetidamente. 
Diferentemente dos camundongos, grupos do 
mesmo sexo podem ser alojados na mesma gaiola 
sem luta. São ativos primariamente durante a noite 
quando se alimentam. O ciclo claro é utilizado para 
repouso, dormida e digestão. A manipulação do 
animal durante a noite é mais difícil. 
 
Identificação dos Ratos 
Mesmo que os camundongos 
 
Características gerais: 
 
- Ratos sadios vivem de 24 a 36 meses 
- Peso de um rato adulto = 250 a 800g. Ao nascimento pesam 
por volta de 5 g. 
- Desmame aproximadamente no 21o dia. 
- Possuem alta sensibilidade olfativa 
- Audição acentuada 
- Visão pobre, incapazes de detectar cores 
- Ciclo estral – 4 a 5 dias 
- Período gestacional – 20 a 23 dias (podendo prolongar-se 
até 30 dias) 
- Tamanho da ninhada – 8 a 15 filhotes 
 
Sexagem dos Ratos 
 
Machos e fêmeas podem ser diferenciados através da 
observação da distância entre o ânus e a papila genital: 
maior nos machos. Esta diferença também é observada no 
rato neonatal. 
 
Manuseio e contenção do rato 
 
 
 
Cobaias 
 
 
Classe: Mamífera 
Ordem: Rodentia 
Família: Cavidae 
Gênero: Cavia 
Espécie: Porcellus 
 
A cobaia é conhecida, por muitos, como símbolo 
representativo dos animais de laboratório. Atualmente, as 
cobaias são muito utilizadas em experimentações ligadas à 
nutrição, farmacologia, imunologia, alergia, radiologia etc. Esses 
animais são bastante utilizados nos testes de reativos 
biológicos. 
Período médio de gestação = 63 dias 
Número médio de filhotes/parto = 2,75 
Taxa de mortalidade de lactente = 10% 
Número de filhotes desmamados/parto = 2,5 
Desmame = 21 dias de idade 
Acasalamento = média de 90 dias de idade 
 
Características gerais: 
 
- Mamífero nativo da América do Sul com habitat em 
florestas 
- Dócil, de fácil manipulação e raramente mordem 
- Nascem com pelos, olhos abertos, e capazes de comer 
alimentos sólidos em poucas horas após o nascimento. 
 
Cobaias como modelos animais de experimentação 
 
- Modelo de estudo em audiologia (apresenta grande bolha 
timpânica e fácil visualização de estruturas internas das 
orelhas 
- Estudos nutricionais 
- Estudos imunológicos, incluindo reações de 
hipersensibilidade e doenças infeccionas 
- Estudo dos efeitos hormonais na gestação (pode ser feito 
a ovariectomia. 
 
Alojamento dos Animais 
 
Gaiolas de aço inox de fundo sólido ou de plástico. Podem ser 
criados em gaiolas não cobertas com 25 cm de altura 
 
Identificação dos Animais 
 
- Uso de cartões nas gaiolas ou descrição de um padrão de 
cor do animal 
- Identificação temporária (canetas marcadoras) 
- Identificação permanente nas orelhas 
 
Desmame e Sexagem 
 
Independente do sistema de produção, os filhotes devem 
ser desmamados com três semanas de idade. O melhor 
critério quando não existe registro, é provavelmente quando 
alcançam mais 180 g de peso. 
Os animais devem ser separados por sexo e tamanho. Tanto 
os machos quanto as fêmeas apresentam o orifício genital 
em igual distância do ânus, então a identificação é feita pela 
bolsa escrotal do macho. 
 
 
 
 
Manuseio e contenção da Cobaia 
 
 
Coelhos 
 
 
 
 
Espécie de laboratório: Oryctolagus 
cuniculus 
 
Comportamento: 
 
- São herbívoros, excelentes animais de estimação e 
raramente mordem 
- Os coelhos toleram mais as temperaturas frias do que 
quente. O alojamento deve ser mantido à temperatura entre 
17 e 21oC 
- Tamanho da ninhada – 4 a 12 filhotes. 
- Nascem cegos e sem pelos 
- O desmame acontece entre 5 a 12 semanas 
 
Alojamento dos Animais 
Gaiolas de aço inox ou plástico. 
 
Coelhos como modelos animais de experimentação 
 
- Modelo de estudo para aterosclerose induzida pela dieta 
- Estudos dos olhos 
 
Em razão de sua hipersensibilidade,os coelhos são muito 
utilizados na prova de irritantes cutâneos primários, 
fotossensibilizadores, irritantes dos olhos e outros alérgicos. 
Período médio de gestação = 30 dias 
Número médio de filhotes/parto = 6,67 
Taxa de mortalidade de lactente = 10% 
Número de filhote/desmamados/partos = 6,0 
Desmame = 42 dias de idade 
Acasalamento = 30 dias após o parto e/ou no final do 
segundo ciclo ovariano 
 
 
 
Comportamento 
Os coelhos, de uma maneira geral, são dóceis, podendo 
morder ou arranhar em razão do manuseio incorreto. São 
susceptíveis ao estresse, assustando-se facilmente. Não se 
deve manter machos adultos em uma mesma gaiola para 
evitar brigas (disputa de território). As fêmeas adultas 
também não devem ser mantidas na mesma gaiola por 
apresentarem pseudogestação. 
Esses animais são mais sensíveis ao calor que ao frio. A 
temperatura recomendável varia de 17 ºC a 21 ºC e a 
umidade relativa de 40% a 60%. 
Sexagem dos Coelhos 
 
Pode ser efetuada aplicando-se suave pressão digital ao 
longo da abertura genital. A pressão expõe a superfície da 
mucosa da vulva 
 
Identificação dos Animais 
 
- Uso de cartões nas gaiolas 
- Identificação temporária (canetas marcadoras) 
- Identificação permanente nas orelhas 
 
Manuseio e contenção do Coelho 
 
O Princípio dos 3 R’s 
 
Os princípios éticos (3R’s) postulados por Russell e Burch 5 
em 1959, determinaram um marco para o desenvolvimento 
de práticas humanitárias no tratamento de animais envolvidos 
em experimentos e serviram de base para maioria das leis e 
regulamentações que surgiram nas últimas décadas do século 
XX para protegê-los de abusos e maus-tratos1, 2, 8. · 
 
Replacement (Substituição) 
fundamenta-se na busca de alternativas para 
substituir animais vertebrados vivos por qualquer 
sistema experimental que forneça resultados 
válidos como modelos computadorizados, 
organismos inferiores e estágios embrionários, 
cultivos celulares, voluntários humanos e outros 
modelos in vitro. 
 
Reduction (Redução) 
baseia-se no emprego de métodos ou estratégias 
que resultem na diminuição do número de animais 
utilizados para atingir resultados válidos ou 
maximizar as informações obtidas por animal e, 
desta forma, evitar o uso de animais adicionais. 
Neste sentido, é importante que o delineamento da 
pesquisa seja criterioso e conte com um 
planejamento estatístico adequado para que não se 
desperdicem os recursos e animais a ela destinados. 
 
Refinement (Aprimoramento) 
refere-se aos métodos que aprimoram a 
experimentação animal, aliviando ou minimizando a 
dor, desconforto e outros efeitos adversos 
sofridos pelo animal, ou implementam ações para 
alcançar seu bem – estar. Relacionam-se com o 
ambiente, saúde, cuidados, transporte, manejo, 
alimentação, procedimentos e práticas 
experimentais, entre outros. O pesquisador deve 
considerar que este princípio não só contribui para 
o bem-estar dos animais como para a qualidade do 
experimento. 
 
Classificação dos animais quanto ao status 
genotípico 
 
Grau de definição genética 
 
Animais heterogênicos 
Não consanguíneos 
Heterocruzados 
Heterogâmicos 
Outbred 
▪ Camundongos Swiss e rato Wistar 
É realizado o cruzamento ao 
acaso 
Mantém a variação genética 
 
Animais Isogênicos 
 Consanguíneos 
Endocruzados 
Isogâmicos 
Inbred 
▪ Camundongo Balb/C, rato Zucker 
Obtidos a partir de cruzamento entre os 
animais por no mínimo 20 gerações 
Índice de 99% de homozigose entre os 
genes alelos 
 
Animais Mutantes 
 Espontâneos: camundongos NUDE, SCID 
 Provocados: camundongos Knock-out (KO) 
 
Animais Transgênicos 
 Realiza-se o acréscimo de genes de interesse 
 
Classificação dos animais quanto ao estado 
microbiológico 
 
Status sanitário 
 
Animais Gnotobióticos 
 
O termo “gnotobiótico” pode ser utilizado tanto para animais 
livres de germes como para aqueles contaminados com um ou 
mais organismos detectáveis. São classificados como: 
 
Germ free 
Animal isento de qualquer organismo interno e 
externo. 
Obtido por histerectomia, criado e mantido em 
isolamento. 
Utilizados como modelos em experimentos, por 
exemplo, nas áreas de oncologia, imunologia e 
nutrição. 
 
Flora definida: 
Animais intencionalmente inoculados com 
microrganismos específicos. 
A primeira etapa para a sua produção é obter 
animais germfree. 
 
Animais livres de germes patogênicos (SPF) 
 
Animais SPF originam-se de animais germ free e não 
apresentam microrganismos patogênicos, ou seja, possuem 
somente microbiota. 
 
Animais convencionais 
 
A maioria dos animais de experimentação usada ainda é criada 
em colônias de acasalamento convencionais. São animais com 
microbiota indefinida por serem mantidos em ambiente sem 
barreiras sanitárias rigorosas 
Vias de administração 
 
Via oral (VO) e Gavage 
A substância é introduzida na 
cavidade oral ou no aparelho 
digestório por meio de um tubo 
esofágico ou estomacal. Para a 
maioria das espécies, um tubo 
flexível (ou agulha) com a ponta 
arredondada é introduzido na boca do animal e gentilmente 
empurrado pelo esôfago até o estômago. Pequenos volumes 
devem ser administrados no início do período claro (fase de 
repouso). 
 
Subcutânea (SC) 
É a injeção de solução sob a 
pele do animal, a qual deve ser 
levantada antes da aplicação. 
As áreas dorsolaterais do 
pescoço, ombro e flancos são 
as regiões de escolha. É uma via que raramente induz dor e 
é realizada em animais conscientes. Antes de injetar a 
substância, deve-se aspirar exercendo uma leve pressão no 
êmbolo da seringa para assegurar que a agulha não esteja 
penetrando em um vaso sanguíneo. 
 
Intramuscular (IM) 
A substância é injetada no 
músculo esquelético na forma 
de soluções oleosas ou 
suspensões. Os músculos de 
grande superfície são as 
regiões mais utilizadas. Estruturas ósseas, nervos e vasos 
sanguíneos devem ser evitados. Antes de injetar deve-se 
assegurar que a agulha não está em um vaso sanguíneo, 
exercendo uma leve pressão de retirada no êmbolo da 
seringa. 
 
Endovenosa (EV) 
A administração é feita 
diretamente na corrente 
sanguínea, por meio de vasos 
superficiais. A veia da cauda é o 
vaso sanguíneo de escolha em 
camundongos não anestesiados. 
O movimento do animal também 
pode ser contido dentro de um 
pequeno recipiente para 
facilitar a administração. Nunca 
se deve aplicar medicamentos diluídos em veículo oleoso, sob 
pena de causar êmbolos no animal com a consequente morte 
do mesmo. Vários dispositivos foram desenvolvidos para 
facilitar injeções endovenosas junto à veia lateral da cauda, 
basicamente, estes dispositivos consistem em um cilindro 
transparente, de diâmetro apropriado. 
 
Intraperitoneal (IP) 
A via intraperitoneal é 
normalmente a mais utilizada 
na experimentação com 
roedores. A substância é 
injetada na cavidade 
peritoneal entre os órgãos 
abdominais. A imobilização adequada é pré-requisito básico 
para o sucesso deste tipo de aplicação. 
 
Eutanásia 
 
Termo usado para descrever o processo pelo qual o animal é 
sacrificado, utilizando técnicas humanitárias 
reconhecidamente aceitas. 
Implica em morte sem sofrimento, medo ou 
ansiedade. 
 
Critério mais importante para a aceitação de um método: 
Possuir ação depressora inicial do sistema nervoso 
central para assegurar insensibilidade imediata à 
dor. 
 
Métodos indicados e não aceitos: DIRETRIZES SOBRE 
EUTANÁSIA – CONCEA 2013 
 
Métodos para eutanásia 
 
- Métodos físicos: Devem causar perda de consciência 
imediata. 
 
São indicados quando outros métodos podem invalidar uma 
determinada informação de interesse, principalmente aquelas 
relacionadas com a bioquímica do animal. 
Quando substâncias químicas no sangue e enzimas teciduais 
são o objetivo de uma investigação, frequentemente os 
animais precisarão ser sacrificados por um método físico. 
 
Os métodos físicos para eutanásia incluem (dependendo do 
modelo animal e aprovados pela diretriz 2013 de eutanásia do 
CONCEA): 
Deslocamento cervical 
Decapitação 
Exsanguinação(com anestesia prévia) 
- Métodos químicos: 
 
A. Agentes farmacológicos não-inalantes 
A administração de fármacos é um procedimento 
rápido e confiável. 
▪ Barbitúricos. 
 
B. Agentes farmacológicos inalantes 
O Éter não pode mais ser utilizado 
 
DEVEMOS CONSULTAR SEMPRE A DIRETRIZ DE EUTANASIA 
2013 DO CONCEA PARA A ESCOLHA DO MÉTODO

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