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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletimj Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros Fascículo No 16/2020 Mato Grosso Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Mercadoria recusada pelo destinatário - Entrega em estabelecimento de terceiro a ICMS - Base de cálculo reduzida /a Federal IPI Livros fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01 /a Estadual ICMS Substituição tributária - Regras gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06 /a IOB Setorial Estadual Comunicação - Redução da base de cálculo do ICMS nas prestações internas de Serviços de Comunicações Multimídia (SCM) a consumi- dor final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19 /a IOB Comenta Federal IPI - Bebidas alcoólicas - Industrialização por encomenda - Suspen- são . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20 /a IOB Perguntas e Respostas IPI Produtos fabricados na Zona Franca de Manaus - Isenção . . . . . . . . 21 Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio - Internamento de mercadorias - Procedimento fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21 ICMS/MT Ambulantes - Venda ambulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 Fato gerador - Energia elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22 © 2020 by IOB Capa: Marketing IOB Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB 0800-724-7900 SAC Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Bo le tim IO B Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : livros fiscais.-- 16. ed. -- São Paulo : IOB, 2020. -- (Coleção manual de procedimentos ; 16) ISBN 978-85-379-3608-5 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 20-34299 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros Boletimj 16-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT a Federal IPI Livros fiscais SUMÁRIO 1. Quadro sinótico 2. Considerações iniciais 3. Livros fiscais 4. Indicações 5. Escrituração fiscal 6. Guarda, exibição e retirada 7. EFD-ICMS/IPI 8. Infrações e penalidades 9. Jurisprudência administrativa 1. Quadro SInóTICo Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais tópicos deste texto: Quadro sinótico tópicos descrição Escrituração Fiscal Digital (EFD- -ICMS/IPI) O contribuinte deverá substituir a escrituração e a impressão dos livros fiscais de que tratam os incisos I, II, VII e VIII do art. 444 do Regulamento do IPI (RIPI) pela EFD-ICMS/IPI, em arquivo digital, na forma da legislação específica. A EFD-ICMS/IPI compõe-se da totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apu- ração do imposto, referentes às operações e às prestações praticadas pelo contribuinte, bem como de outras de interesse das administrações tributárias das Unidades da Federação (UF) e da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB). Considera-se a EFD-ICMS/IPI válida, para os efeitos fiscais, após a confirmação do recebimen- to do arquivo que a contém, no ambiente nacional do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), instituído pelo Decreto federal nº 6.022/2007. O contribuinte deverá: a) prestar as informações relativas à EFD-ICMS/IPI em arquivo digital individualizado por estabe- lecimento; e b) armazenar o arquivo digital, observando os requisitos de segurança, autenticidade, integri- dade e validade jurídica, pelo mesmo prazo estabelecido pela legislação para a guarda dos documentos fiscais. A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guar- da dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela legislação aplicável. Guarda, exibição e retirada Sem prévia autorização do Fisco estadual, os livros não poderão ser retirados do estabelecimen- to, salvo para serem levados à repartição fiscal. Sob esse aspecto, presume-se retirado do estabelecimento o livro que não for exibido ao Fisco quando solicitado. Os agentes do Fisco arrecadarão, mediante termo, todos os livros fiscais encontrados fora do estabelecimento e os devolverão aos contribuintes, adotando-se, no ato da devolução, as provi- dências cabíveis. Os contribuintes são obrigados a apresentar os livros fiscais à repartição competente do Fisco estadual dentro de 30 dias contados da data da cessação da atividade para cujo exercício foram inscritos, a fim de serem lavrados os respectivos termos de encerramento. No prazo de 30 dias, após a devolução dos livros pelo Fisco estadual, os contribuintes deverão comunicar à unidade local da RFB o nome e o endereço da pessoa que deverá guardá-los, até que se extinga o direito da constituição do crédito tributário em razão de operações neles escri- turadas. Nos casos de fusão, incorporação, transformação ou aquisição, o novo contribuinte deverá trans- ferir para o seu nome, por intermédio da repartição competente do Fisco estadual, no prazo de 30 dias da data da ocorrência, os livros fiscais em uso, assumindo a responsabilidade pela sua guarda, conservação e exibição ao Fisco. Cabe observar que a repartição fiscal poderá autorizar a adoção de livros novos em substituição aos usados anteriormente. 16-02 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros tópicos descrição Infrações e penalidades Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo RIPI, ou pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-lo. Sob esse aspecto, é importante destacar que a responsabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. As infrações são punidas com as seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente: a) multa; b) perdimento da mercadoria; e c) cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício de contribuintes ou de outras pessoas obrigadas ao cumprimento dos dispositivos do RIPI. 2. ConSIdEraçõES InICIaIS Os contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) devem utilizar e escriturar os livros fiscais próprios, de acordo com as operações que realizarem, conforme previsão expressa no Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010. Cabe destacar que para a adoção de livros fiscais deverá ser consultada, também, a legislação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) da UF em que o contribuinte estiver localizado. Examinaremos, nos itens seguintes, as normas pertinentes à matéria, com fundamento na legislação citada. (RIPI - Decreto nº 7.212/2010) 3. LIvroS FISCaIS Os contribuintes devem manter, em cada estabe- lecimento, conforme a natureza das operações que realizarem,os seguintes livros fiscais: a) Registro de Entradas, modelo 1; b) Registro de Saídas, modelo 2; c) Registro de Controle da Produção e do Esto- que (RCPE), modelo 3; d) Registro de Entrada e Saída do Selo de Con- trole, modelo 4; e) Registro de Impressão de Documentos Fis- cais, modelo 5; f) Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6; g) Registro de Inventário, modelo 7; e h) Registro de Apuração do IPI, modelo 8. Os livros Registro de Entradas e Registro de Saídas serão utilizados pelos estabelecimentos indus- triais e pelos que lhes são equiparados. O RCPE que corresponde ao bloco “K” da EFD- -ICMS/IPI, na forma do Ajuste Sinief nº 2/2009, será obrigatório conforme o seguinte escalonamento: a) para os estabelecimentos industriais perten- centes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00: a.1) 1º.01.2017, restrita à informação dos sal- dos de estoques escriturados nos Re- gistros K200 e K280, para os estabele- cimentos industriais classificados nas di- visões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE); a.2) 1º.01.2019, correspondente à escritura- ção completa do bloco K, para os esta- belecimentos industriais classificados nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 292 e 293 da CNAE; a.3) 1º.01.2020, correspondente à escritura- ção completa do bloco K, para os esta- belecimentos industriais classificados nas divisões 27 e 30 da CNAE; a.4) 1º.01.2021, correspondente à escritura- ção completa do bloco K, para os esta- belecimentos industriais classificados na divisão 23 e nos grupos 294 e 295 da CNAE; a.5) 1º.01.2022, correspondente à escritura- ção completa do bloco K, para os esta- belecimentos industriais classificados nas divisões 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24, 25, 26, 28, 31 e 32 da CNAE; b) 1º.01.2018, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos Registros K200 e K280, para os estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da CNAE, pertencentes a empresa com faturamento anual igual ou superior a R$ 78.000.000,00, com escrituração completa conforme escalo- namento a ser definido; c) 1º.01.2019, restrita à informação dos saldos de estoques escriturados nos Registros K200 e K280, para os demais estabelecimentos in- dustriais classificados nas divisões 10 a 32; os estabelecimentos atacadistas classificados 16-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos nos grupos 462 a 469 da CNAE e os estabele- cimentos equiparados a industrial, com escri- turação completa conforme escalonamento a ser definido. Notas (1) Para fins do bloco K, estabelecimento industrial é aquele que possui qualquer dos processos que caracterizam uma industrialização, segundo a legislação do ICMS e do IPI, e cujos produtos resultantes sejam tributados pelo ICMS ou pelo IPI, mesmo que de alíquota zero ou isento. (2) Para o estabelecimento da receita referida nas letras “a” e “b”, de- verá ser observado o seguinte: a) considera-se faturamento a receita bruta de venda de mercadorias de todos os estabelecimentos da empresa no território nacional, in- dustriais ou não, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos; e b) o exercício de referência do faturamento deverá ser o 2º exercício anterior ao início de vigência da obrigação (exemplo: início da vigên- cia 1º.01.2020 - exercício de referência: 2018 = 2º exercício anterior ao de início da vigência). O Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, modelo 4, será utilizado pelo estabelecimento que fabricar, importar ou licitar produtos sujeitos ao emprego do selo. O Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5, será utilizado pelos estabelecimentos que confeccionem documentos fiscais para uso próprio ou para terceiros. O Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, será utilizado pelos estabelecimentos obrigados à emissão de documen- tos fiscais. O Registro de Inventário, modelo 7, será utilizado pelos estabelecimentos que mantenham em estoque matéria-prima (MP), produto intermediário (PI) e mate- rial de embalagem (ME) e, ainda, produtos em fase de fabricação e produtos acabados. O livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, será utilizado pelos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados. (RIPI/2010, art. 444; Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusulas pri- meira, § 1º, e terceira, §§ 7º a 9º) 4. IndICaçõES Aos livros fiscais poderão ser acrescidas outras indicações, desde que não prejudiquem a clareza dos respectivos modelos. (RIPI/2010, art. 445) 5. ESCrITuração FISCaL A escrituração dos livros fiscais será feita à tinta, no prazo de 5 dias contados da data do documento a ser escriturado ou da ocorrência do fato gerador, res- salvados aqueles a cuja escrituração forem atribuídos prazos especiais. A escrituração será encerrada periodicamente, nos prazos estipulados, somando-se as colunas, quando for o caso. Quando não houver período previsto, a escritura- ção será encerrada no último dia de cada mês. Será permitida a escrituração por sistema mecani- zado mediante prévia autorização do Fisco estadual, bem como por processamento eletrônico de dados, observado o disposto no art. 388 do RIPI. O art. 388 do RIPI estabelece que a emissão de documentos fiscais e a escrituração de livros fiscais por usuário de sistema de processamento eletrônico de dados dependem de prévia autorização do fiscal estadual, exceto em relação aos livros modelos 4 e 8 (veja item 3). O livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, destina-se a consignar, de acordo com o respectivo período de apuração, os totais dos valores contábeis e dos valores fiscais das operações de entrada e de saída, extraídos dos livros próprios, atendido o Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP). Nesse livro serão também registrados os débitos e os créditos do imposto, os saldos apurados e outros elementos que venham a ser exigidos. Os contribuintes autorizados à emissão de livros fiscais por processamento eletrônico de dados pode- rão emitir pelo mesmo sistema o livro modelo 8, nas condições estabelecidas pela RFB. Sob esse aspecto, a Instrução Normativa SRF nº 67/1995 dispõe que os contribuintes do IPI autori- zados à emissão de documentos fiscais, nos termos do Convênio ICMS nº 57/1995, ficam autorizados a emitir, pelos mesmos sistemas e processos, o livro Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle e o livro Registro de Apuração do IPI, independentemente de nova autorização pela RFB, sujeitando-se às nor- mas estabelecidas no mencionado Convênio. (RIPI/2010, arts. 388, 446, 468, 477 e 478; Convênio ICMS nº 57/1995; Instrução Normativa SRF nº 67/1995, art. 1º, caput) 16-04 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros 5.1 requisitos Os livros serão impressos e terão as folhas costu- radas, encadernadas e numeradas tipograficamente, ressalvada a hipótese de emissão por sistema de processamento eletrônico de dados. Os livros só poderão ser usados depois de visa- dos pela repartição competente do Fisco estadual, salvo se esta dispensar a exigência e eles forem registrados na Junta Comercial ou, ainda, se o “visto” for substituído por outro meio de controle previsto na legislação estadual. O visto será aposto em seguida ao termo de aber- tura lavrado e assinado pelo contribuinte, exigindo- -se, no caso de renovação, a apresentação do livro anterior, no qual será declarado o encerramento pelo órgão encarregado do visto. Para efeito da declaração referida, os livros serão exibidos à repartição competente do Fisco estadual dentro de 5 dias após a utilização de sua última folha. (RIPI/2010, arts. 447 e 448) 6. Guarda, ExIBIção E rETIrada Sem prévia autorização do Fisco estadual os livros não poderão ser retirados do estabelecimento,salvo para serem levados à repartição fiscal. Sob esse aspecto, presume-se retirado do estabelecimento o livro que não for exibido ao Fisco quando solicitado. Os agentes do Fisco arrecadarão, mediante termo, todos os livros fiscais encontrados fora do estabelecimento e os devolverão aos contribuintes, adotando-se, no ato da devolução, as providências cabíveis. Os contribuintes são obrigados a apresentar os livros fiscais à repartição competente do Fisco esta- dual dentro de 30 dias, contados da data da cessação da atividade para cujo exercício foram inscritos, a fim de serem lavrados os respectivos termos de encerra- mento. No prazo de 30 dias após a devolução dos livros pelo Fisco estadual, os contribuintes deverão comuni- car à unidade local da RFB o nome e o endereço da pessoa que deverá guardá-los, até que se extinga o direito da constituição do crédito tributário em razão das operações neles escrituradas. Nos casos de fusão, incorporação, transformação ou aquisição, o novo contribuinte deverá transferir para o seu nome, por intermédio da repartição com- petente do Fisco estadual no prazo de 30 dias da data da ocorrência, os livros fiscais em uso, assumindo a responsabilidade pela sua guarda, conservação e exibição ao Fisco. Cabe observar que a repartição fiscal poderá autorizar a adoção de livros novos em substituição aos usados anteriormente. (RIPI/2010, arts. 449 a 452) 7. EFd-ICMS/IPI O contribuinte deverá substituir a escrituração e a impressão dos livros fiscais de que tratam os incisos I, II, VII e VIII do art. 444 do RIPI pela Escrituração Fiscal Digital (EFD-ICMS/IPI), em arquivo digital, na forma da legislação específica. Notas (1) O Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe sobre a EFD-ICMS/IPI. (2) O Ato Cotepe/ICMS nº 44/2018 dispõe sobre as especificações téc- nicas para a geração de arquivos da EFD-ICMS/IPI. O parágrafo único do art. 1º deste Ato dispõe que deverão ser observadas as orientações do Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - ICMS-IPI, versão 3.0.3, publicado no Portal Nacional do Sped. (3) O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3, de que trata o inciso III do art. 444 do RIPI, o qual corresponde ao bloco K da EFD-ICMS/IPI, é utilizado de forma gradativa nos termos do § 7º da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 2/2009 (veja item 3). Ao contribuinte obrigado à EFD-ICMS/IPI não se aplicam as disposições de que tratam o § 8º do art. 444 e os arts. 446 a 450 do RIPI. A EFD-ICMS/IPI compõe-se da totalidade das informações em meio digital, necessárias à apuração do imposto, referentes às operações e às prestações praticadas pelo contribuinte, bem como de outras de interesse das administrações tributárias das UF e da RFB. Considera-se a EFD-ICMS/IPI válida, para efei- tos fiscais, após a confirmação do recebimento do arquivo que a contém, no ambiente nacional do Sped, instituído pelo Decreto federal nº 6.022/2007. A EFD-ICMS/IPI substitui a escrituração e a im- pressão dos seguintes livros fiscais: a) Registro de Entradas (EFD-ICMS/IPI - Bloco C); b) Registro de Saídas (EFD-ICMS/IPI - Bloco C); c) Registro de Inventário (EFD-ICMS/IPI - Bloco H); 16-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos d) Registro de Apuração do IPI (EFD-ICMS/IPI - Bloco E - Registro E500, pai e filhos); e) Registro de Apuração do ICMS (EFD-ICMS/IPI - Bloco E - Registro E100, pai e filhos); f) Ciap, modelos “C” ou “D” (EFD-ICMS/IPI - Blo- co G); e g) RCPE (EFD-ICMS/IPI - Bloco K). Nota O RCPE, modelo 3, de que trata o inciso III do art. 444 do RIPI, o qual corresponde ao bloco K da EFD-ICMS/IPI, é utilizado de forma gradativa nos termos do § 7º da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 2/2009 (veja item 3). A escrituração do Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”, de que trata o Ajuste Sinief nº 8/1997, é obrigatória desde 1º.01.2011, nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2010. A cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD-ICMS/IPI, no que couber: a) as normas do Convênio Sinief s/nº, de 15.12.1970; b) a legislação tributária nacional e de cada UF, inclusive no que se refere à aplicação de pe- nalidades por infrações; c) as normas do citado Ajuste Sinief nº 8/1997, que instituiu o Ciap. O contribuinte deverá: a) prestar as informações relativas à EFD-ICMS/ IPI em arquivo digital individualizado por esta- belecimento; e b) armazenar o arquivo digital da EFD-ICMS/IPI, observando os requisitos de segurança, au- tenticidade, integridade e validade jurídica, pelo mesmo prazo estabelecido pela legis- lação para a guarda dos documentos fiscais (veja item 6). A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guarda dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela legislação aplicável. (RIPI/2010, arts. 391, 444, 446 a 450, 453, 454 e 455; Decreto nº 6.022/2007; Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusulas primeira, §§ 1º e 3º, terceira, § 7º, sex- ta, sétima e vigésima segunda; Ajuste Sinief nº 2/2010; Ato Cotepe/ICMS nº 44/2018; Convênio Sinief s/nº de 1970) 8. InFraçõES E PEnaLIdadES Constitui infração toda ação ou omissão, voluntá- ria ou involuntária, que importe em inobservância de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo RIPI ou pelos atos administrativos de caráter normativo destinados a complementá-lo. Sob esse aspecto, é importante destacar que a responsabilidade por infrações independe da inten- ção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato. As infrações são punidas com as seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente: a) multa; b) perdimento da mercadoria; e c) cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício de contribuintes ou de outras pessoas obrigadas ao cumpri- mento dos dispositivos do RIPI. Entre as multas por infrações previstas no RIPI, selecionamos as seguintes: a) aplicação de regime especial de fiscalização nos termos do art. 541, caput, I, do RIPI ao sujeito passivo que incorrer em embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justificada de exibição de livros e documentos em que se assente a escrituração das ativida- des do sujeito passivo, bem como pelo não fornecimento de informações sobre bens, mo- vimentação financeira, negócio ou atividade, próprios ou de terceiros, quando intimado, e demais hipóteses que autorizam a requisição do auxílio da força pública, nos termos do art. 200 da Lei nº 5.172/1966 (Código Tributário Nacional - CTN); b) multa igual a 20% do valor comercial das quan- tidades não escrituradas quando apurada, em estabelecimento industrial de charutos, cigar- ros, cigarrilhas ou de fumo desfiado, picado, migado, em pó, ou em rolo e em corda, a falta da escrituração, nos assentamentos próprios, da aquisição do tabaco em folha ou do papel para cigarros em bobinas; e c) multa de 5 vezes a pena prevista no art. 597 do RIPI (multa mínima equivalente a R$ 21,90) para aqueles que simularem, viciarem ou falsi- ficarem documentos ou a escrituração de seus livros fiscais ou comerciais, ou utilizarem do- cumentos falsos para iludir a fiscalização ou 16-06 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros fugir ao pagamento do imposto, se não couber outra multa maior por falta de lançamento ou pagamento do imposto. (RIPI/2010, arts. 541, caput, I, 548, 555, 583, 589 e 597) 9. JurISPrudênCIa adMInISTraTIva O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), criado pela Medida Provisória nº 449/2008, convertida na Lei nº 11.941/2009, por meio da Portaria CARF nº 52/2010, divulga no site http://carf.fazenda. gov.br/sincon/public/pages/index.jsf diversas súmulas consolidadas, das quais destacamos as seguintes:a) Súmula CARF nº 6: É legítima a lavratura de auto de infração no local em que foi constatada a infração, ainda que fora do estabelecimento do contribuinte; b) Súmula CARF nº 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profis- sional de contador; c) Súmula CARF nº 9: É válida a ciência da notificação por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo con- tribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da correspondência, ainda que este não seja o representante legal do destinatário; d) Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescrição intercor- rente no processo administrativo fiscal; e) Súmula CARF nº 16: O direito ao aproveitamento dos cré- ditos de IPI decorrentes da aquisição de matérias-primas, produtos intermediários e material de embalagem utiliza- dos na fabricação de produtos cuja saída seja com isenção ou alíquota zero, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779, de 1999, alcança, exclusivamente, os insumos recebidos pelo estabelecimento do contribuinte a partir de 1º de janeiro de 1999; f) Súmula CARF n°18: A aquisição de matérias-primas, pro- dutos intermediários e material de embalagem tributados à alíquota zero não gera crédito de IPI; e g) Súmula CARF nº 20: Não há direito aos créditos de IPI em relação às aquisições de insumos aplicados na fabrica- ção de produtos classificados na TIPI como NT. (Medida Provisória nº 449/2008; Lei nº 11.941/2009; Porta- ria CARF nº 52/2010) N a Estadual ICMS Substituição tributária - Regras gerais SUMÁRIO 1. Quadro sinótico 2. Conceito 3. Esclarecimentos acerca do regime 4. Aplicabilidade 5. Inaplicabilidade 6. Responsáveis 7. Contribuintes substitutos e substituídos 8. Inscrição cadastral 9. Produtos sujeitos ao regime 10. Bens e mercadorias fabricadas em escala industrial não relevante - Inaplicabilidade 11. Base de cálculo 12. Valores de frete, seguro e de outros encargos 13. Alíquota 14. Margem de valor agregado (MVA) 15. Levantamento de estoque 16. Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza 17. Recolhimento do imposto 18. Restituição do imposto retido 19. Estabelecimento industrial mato-grossense enquadrado em programa de desenvolvimento setorial - Apuração do imposto devido por substituição tributária 20. Obrigações do contribuinte 21. Emissão de documentos fiscais 22. Cest 23. Escrituração fiscal - Contribuinte substituto/substituído 24. Obrigação acessória 25. Penalidades 1. Quadro SInóTICo A responsabilidade pelo pagamento do ICMS e pelo cumprimento das obrigações tributárias recor- rentes, em geral, é da pessoa que promove a circula- ção de mercadorias e/ou a prestação de serviços de transporte ou de comunicação. Contudo, a legislação do ICMS estabelece que o contribuinte que realizar operações com produtos sujeitos ao pagamento do imposto pelo regime jurídico-tributário de sujeição passiva por substituição com retenção antecipada do imposto deverá observar o tratamento específico a esse regime. Abordaremos neste texto os procedimentos necessários relativos à substituição tributária com base no RICMS-MT/2014, cujas principais regras estão sintetizadas no quadro a seguir: 16-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos Aplicabilidade Nas operações internas, interestaduais e de importação, ainda que destinadas ao Município de Manaus e às Áreas de Livre Comércio. Inaplicabilidade O regime de substituição tributária não se aplica nas operações: a) que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição tributária, da mesma mercadoria; b) pelas quais forem destinados bens ou mercadorias, em transferência, a estabelecimento des- te Estado, pertencente ao mesmo titular do estabelecimento remetente, localizado em outro Es- tado, ressalvadas as operações com combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo e outros produtos; c) que destinem produtos para integração ou consumo em processo de industrialização; d) subsequentes a ser realizadas pelo estabelecimento destinatário, exceto microempresa, quando estiver amparada por isenção, não incidência ou diferimento do imposto; e) destinadas a consumidor final, ressalvado o disposto no RICMS-MT/2014. Base de cálculo - Substituição Tributária (ST) Observar o tópico 11. Relação de produtos RICMS-MT/2014, Anexo X, Apêndice. Observar segmentos no tópico 9. Responsável pela retenção e pelo reco- lhimento do imposto Ao estabelecimento importador ou estabelecimento industrial fabricante, na qualidade de con- tribuinte substituto, caberá a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido. 2. ConCEITo A substituição tributária é um regime por meio do qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação às operações ou às prestações é atribuída a outro con- tribuinte. Ou seja, a lei altera a responsabilidade pelo cumprimento da obrigação tributária, conferindo-a a terceiro, que não praticou o fato gerador diretamente, mas que possui vinculação indireta com aquele que deu causa ao fato. No regime de substituição tributária (ST), o con- tribuinte nomeado como substituto tributário paga o imposto devido pelas operações posteriores até chegar ao consumidor final, ou seja, paga o imposto de uma operação que ainda não ocorreu e que nem sabe se vai ocorrer. (Lei Complementar nº 87/1996, arts. 6º e 7º) 3. ESCLarECIMEnToS aCErCa do rEGIME É importante observar que, segundo disposição constitucional, a lei poderá atribuir ao sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente (sujeição passiva por substituição para frente), assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido. A substituição tributária é utilizada para facilitar a fiscalização dos tributos “plurifásicos”, ou seja, os tributos que incidem várias vezes no decorrer da cadeia de circulação de determinada mercadoria ou serviço. Pelo sistema de substituição tributária, o tributo plurifásico passa a ser recolhido de uma só vez, como se o tributo fosse monofásico. A responsabilidade direta pelo pagamento do ICMS é daquele que promove a circulação de merca- dorias ou a prestação de serviços de transporte ou de comunicação. Na linguagem corrente, é denominado “ICMS próprio”. No entanto, em determinadas situações, a legisla- ção atribui a terceiros a obrigação de reter e recolher o ICMS devido pelas operações ou prestações subse- quentes, hipótese em que esse terceiro, geralmente, participa dessa operação/prestação em determinada fase do seu ciclo econômico. Dessa relação, nasce a figura do contribuinte substituto tributário, ou seja, aquele que, embora não tenha relação direta com a obrigação tributária, torna-se responsável pelo cumprimento de determi- nada obrigação em decorrência de norma legal a ele imposta. A responsabilidade poderá ser atribuída em relação ao imposto incidente sobre uma ou mais operações ou prestações, antecedentes, concomi- tantes ou subsequentes, inclusive em relação ao valor decorrente da diferença entre as alíquotas interna e interestadual nas operações e prestações que desti- nem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, que seja contribuinte do imposto. (Constituição Federal/1988, art. 150, § 7º) 16-08 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros 4. aPLICaBILIdadE O regime de substituição tributária será aplicado nas operações internas, interestaduais e de importa- ção, ainda que destinadas ao Município de Manaus e às Áreas de Livre Comércio. Quando determinado na legislação tributária, poderá ser aplicado, inclusive, nas remessas de bens ou mercadorias, em transferência, para outro estabelecimento pertencente ao mesmotitular do estabelecimento remetente, sujeito passivo por substituição tributária, responsável pela retenção e pelo recolhimento do imposto devido em relação às operações subsequentes a ocorrerem no território mato-grossense. Observa-se que o referido regime aplica-se tam- bém ao imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a alíquota interestadual incidente sobre as operações interestaduais com bens e mer- cadorias destinadas ao uso, consumo ou ativo imo- bilizado de contribuinte do imposto localizado neste Estado. (RICMS-MT/2014, art. 448 e § 5º e Anexo X, art. 1º, §§ 1º e 2º) 5. InaPLICaBILIdadE O regime de substituição tributária não se aplicará: a) nas operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição tributária, da mesma mercadoria; b) nas operações pelas quais forem destinados, em transferência, bens ou mercadorias a es- tabelecimento deste Estado, exceto varejista, pertencente ao mesmo titular do sujeito pas- sivo por substituição, localizado em outra Uni- dade da Federação, ressalvadas as disposi- ções do Capítulo II do RICMS-MT/2014, que dispõe sobre o Regime de Substituição Tribu- tária nas Operações com Combustíveis e Lu- brificantes, Derivados ou Não de Petróleo e outros Produtos; c) nas operações que destinem produtos para in- tegração ou consumo em processo de indus- trialização; d) quando a operação subsequente a ser reali- zada pelo estabelecimento destinatário estiver amparada por isenção, não incidência ou dife- rimento do imposto; e) nas operações destinadas a consumidor fi- nal, ressalvado o disposto no RICMS-MT/2014, art. 448, § 3º, e no art. 463, § 1º, I. Observa-se que o previsto na letra “a” não se aplica nas saídas de bens ou mercadorias de esta- belecimento industrial instalado no território mato- grossense com destino a estabelecimento comercial, também instalado no território deste Estado, hipótese em que compete à indústria efetuar a retenção e o recolhimento do ICMS devido por substituição tribu- tária. Também não se aplica o referido regime: a) às operações com mercadorias desoneradas do pagamento de ICMS nas operações internas; b) às operações com mercadorias cujas saídas internas sejam albergadas pelo diferimento do ICMS; c) às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias submetidas ao regime de substituição tributária a estabelecimento industrial fabricante do mesmo bem e merca- doria; d) às transferências interestaduais promovidas entre estabelecimentos do remetente, exceto quando o destinatário for estabelecimento va- rejista; e) às operações que destinem bens e mercado- rias a estabelecimento industrial para emprego em processo de industrialização como maté- ria-prima, produto intermediário ou material de embalagem, desde que este estabelecimento não comercialize o mesmo bem ou mercadoria; f) às operações interestaduais que destinem bens e mercadorias a estabelecimento locali- zado neste Estado, credenciado como substi- tuto tributário em relação ao ICMS devido nas operações internas; g) às operações interestaduais com bens e mer- cadorias produzidas em escala industrial não relevante, nos termos da cláusula vigésima se- gunda do Convênio ICMS nº 142/2018; h) às operações entre estabelecimentos de em- presas interdependentes, exceto na hipótese de o destinatário ser varejista; i) às operações entre estabelecimentos de em- presas pertencentes ao mesmo grupo econô- mico, exceto na hipótese de o destinatário ser varejista; j) às operações entre estabelecimentos de em- presas coligadas ou controladas, exceto na hipótese de o destinatário ser varejista; k) às operações com fármacos e medicamentos “com destinação hospitalar”, apresentados 16-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos em “embalagem hospitalar”, conforme defini- ção da Agência Nacional de Vigilância Sani- tária (Anvisa), ainda que destinados a estabe- lecimentos comerciais, hipóteses em que será observado o regime de apuração normal do ICMS. (RICMS-MT/2014, art. 450 e Anexo X, art. 3º, I ao XI) 6. rESPonSávEIS A condição de responsável por substituição será atribuída ao: a) industrial, comerciante ou pertencente a outra categoria de contribuinte, pelo pagamento do imposto devido em operação ou operações anteriores; b) produtor, extrator, gerador, inclusive de ener- gia, industrial, distribuidor, comerciante ou transportador, pelo pagamento do imposto de- vido nas operações subsequentes; c) depositário, a qualquer título, em relação à mercadoria depositada por contribuinte; d) contratante de serviço ou terceiro que partici- pe da prestação de serviços de transporte in- terestadual e intermunicipal e de comunicação. (RICMS-MT/2014, art. 45) 7. ConTrIBuInTES SuBSTITuToS E SuBSTITuídoS Será contribuinte substituto o sujeito passivo da obrigação principal que, sem se revestir da condição de contribuinte, apresentar obrigação decorrente de disposição expressa de lei, de maneira que será aquele eleito por lei para antecipar o recolhimento do imposto devido pelas operações subsequentes, até que a mercadoria chegue ao consumidor final. Será contribuinte substituído o sujeito passivo da obrigação principal, titular do dever de pagar o tributo, que tiver relação pessoal e direta com a situação que constitui o respectivo fato gerador, ou seja, aquele que praticar o fato gerador do ICMS e a circulação jurídica e econômica de mercadorias. (RICMS-MT/2014, art. 448; Lei Complementar nº 87/1996, art. 5º) 7.1 Substitutos tributários São considerados substitutos tributários: a) o destinatário da mercadoria, por exemplo, co- merciante, industrial, cooperativa ou qualquer outro contribuinte, exceto produtor ou extrator de minério, quando devidamente indicado na documentação correspondente, relativamente ao imposto devido na saída promovida pelo produtor ou extrator de minério; b) o remetente da mercadoria, por exemplo, co- merciante, industrial, produtor, cooperativa ou qualquer outro contribuinte, pessoa de direito público ou privado, relativamente ao imposto devido nas subsequentes operações realiza- das por representante, mandatário, comissá- rio, gestor de negócio ou adquirente da res- pectiva mercadoria, quando estes, a critério do Fisco, estejam dispensados de inscrição no Cadastro de Contribuintes do Estado; c) o produtor, extrator, gerador, inclusive de ener- gia, industrial, distribuidor, comerciante ou transportador, pelo pagamento do imposto de- vido nas operações subsequentes; d) a empresa distribuidora de lubrificante ou combustível, líquido ou gasoso, relativamente ao imposto devido pelas operações posterio- res da mercadoria até a sua entrega ao consu- midor final; e) a empresa distribuidora de energia elétrica ao consumidor, relativamente ao imposto devido pelas operações anteriores, desde a produção ou importação, conforme o caso; f) o revendedor atacadista de fumo e seus suce- dâneos manufaturados que os tenha recebido de estabelecimento situado em outro Estado ou no Distrito Federal, relativamente ao impos- to devido nas subsequentes saídas dessas mercadorias efetuadas por quaisquer outros contribuintes; g) o contribuinte que realize as operações a se- guir indicadas, relativamente ao imposto de- vido nas anteriores saídas de papel usado e apara de papel, sucata de metal, caco de vi- dro, retalho, fragmento e resíduo de plástico, de borracha ou tecido, promovidas por quais- quer estabelecimentos: g.1) saída de mercadoria fabricada com es- ses insumos; g.2) saída dessas mercadorias com destino a outro Estado, ao Distrito Federal ou ao exterior; h) o contribuinte que realize quaisquer das op- erações a seguir relacionadas, relativamente ao imposto devido nas anteriores saídas de produto agropecuário ou mineral: h.1) saída com destino a outro Estado, ao Distrito Federal ou ao exterior; 16-10 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros h.2) saída com destino a estabelecimento in- dustrial; h.3) saída com destino a estabelecimento co- mercial; h.4) saída com destino a consumidor ou a usuário final; h.5) saída de estabelecimento que o tenha recebido de outro estabelecimento do mesmo titular, indicado como substituto nas letras precedentes; h.6) industrialização; i) o contribuinte, autor da encomenda, relativa- mente ao imposto devido nas sucessivas saí- das de mercadorias remetidas para industrial- ização, até o respectivo retorno ao seu estabe- lecimento; j) a cooperativa, relativamente ao imposto devi- do na saída de mercadoria que lhe seja desti- nada por produtor ou extrator de minério que dela faça parte; k) o tomador do serviço, por exemplo, comer- ciante, industrial, cooperativa ou qualquer outro contribuinte, pessoa de direito público ou privado, relativamente ao imposto devido na prestação de serviço realizada pelo prestador; l) o prestador de serviço que promova a cobran- ça integral do preço, relativamente ao imposto devido sobre prestações realizadas por mais de uma empresa; m) o depositário a qualquer título, em relação à mercadoria depositada por contribuinte. A sujeição passiva por substituição prevalece, também, nas seguintes hipóteses: a) saída da mercadoria com destino ao consumi- dor ou usuário final ou, ainda, a pessoa de di- reito público ou privado não contribuinte; b) saída da mercadoria ou prestação de serviço amparadas por não incidência ou isenção; c) saída ou qualquer evento que impossibilite a ocorrência das operações ou prestações in- dicadas neste tópico. (RICMS-MT/2014, art. 47) 8. InSCrIção CadaSTraL O Estado de Mato Grosso poderá exigir ou conceder inscrição no cadastro de contribuintes ao sujeito passivo por substituição definido em convênio ou protocolo de atribuição de responsabilidade por substituição tributária. O número de inscrição deverá ser aposto em todos os documentos destinados ao Estado de Mato Grosso, inclusive no documento de arrecadação. A mera obtenção de inscrição estadual não con- figura credenciamento do contribuinte para retenção e recolhimento mensal do ICMS devido por substituição tributária. A concessão da inscrição estadual observará as normas relativas ao Cadastro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso. Assim, para obtenção do credenciamento, para fins de retenção e recolhimento mensal do ICMS devido por substituição tributária, o contribuinte remetente da mercadoria, localizado nesta ou em outra Unidade da Federação, deverá atender as exigências relativas à inscrição cadastral, assim como as demais disposi- ções normativas pertinentes ao credenciamento. (RICMS-MT/2014, Anexo X, arts. 18 e 19) 9. ProduToS SuJEIToS ao rEGIME Os produtos sujeitos ao regime de substituição tributária estão arrolados nas Tabelas II a VI e IX a XXV do art. 1º do apêndice do Anexo X do RICMS-MT/2014, de acordo com os segmentos a seguir: segmentos de mercadorias item nome do segmento código do segmento 01 Autopeças 01 02 Bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope 02 03 Cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras bebidas 03 04 Cigarros e outros produtos derivados do fumo 04 05 Cimentos 05 06 Combustíveis e lubrificantes 06 07 Energia elétrica 07 08 Ferramentas 08 09 Lâmpadas, reatores e starter 09 10 Materiais de construção e congêneres 10 16-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos item nome do segmento código do segmento 11 Materiais de limpeza 11 12 Materiais elétricos 12 13 Medicamentos de uso humano e outros produtos farmacêuticos para uso humano ou veterinário 13 14 Papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros 14 15 Pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha 16 16 Produtos alimentícios 17 17 Produtos de papelaria 19 18 Produtos de perfumaria e de higiene pessoal e cosméticos 20 19 Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos 21 20 Rações para animais domésticos 22 21 Sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas 23 22 Tintas e vernizes 24 23 Veículos automotores 25 24 Veículos de duas e três rodas motorizados 26 25 Venda de mercadorias pelo sistema porta a porta 28 (RICMS-MT/2014, Anexo X, Apêndice) 10. BEnS E MErCadorIaS FaBrICadaS EM ESCaLa InduSTrIaL não rELEvanTE - InaPLICaBILIdadE Os bens e mercadorias fabricados em escala industrial não relevante, mencionados no Anexo XXVII do Convênio ICMS nº 142/2018, não se aplicam à substituição tributária. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 3º, VII; Convênio ICMS nº 142/2018, cláusula vigésima segunda) 11. BaSE dE CáLCuLo A base de cálculo para a retenção do imposto com mercadorias sujeitas à substituição tributária será obtida pelo somatório das parcelas seguintes: a) o valor da operação ou prestação própria, re- alizada pelo substituto tributário ou pelo sub- stituído intermediário; b) o montante dos valores de seguro, frete e out- ros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, relativa às operações ou às prestações subse- quentes. Assim, a base de cálculo para fins de retenção do imposto devido por substituição tributária em relação às operações subsequentes será o valor correspon- dente ao preço final a consumidor, único ou máximo, fixado por órgão público competente. Observa-se que, inexistindo o valor mencionado no parágrafo anterior, a base de cálculo para fins de retenção do imposto devido por substituição tributária, em relação às operações subsequentes, correspon- derá, sucessivamente ao: a) preço médio ponderado a consumidor final (PMPF); ou, b) preço final a consumidor sugerido pelo reme- tente, fabricante ou importador, assim enten- dido aquele constante em catálogo ou lista de preços de sua emissão, acrescido do valor do frete quando este não estiver incluído no pre- ço; ou c) preço praticado pelo remetente acrescido dos valores correspondentes a frete, seguro, im- postos, contribuições e outros encargos trans- feríveis ou cobrados do destinatário, adiciona- do da parcela resultante da aplicação sobre o referido montante do percentual de margem de valor agregado (MVA) estabelecida pelo Estado de Mato Grosso, ou, inexistindo esta, a prevista em convênio ou protocolo, para a mer- cadoria submetida ao regime de substituição tributária, observado o disposto no tópico 10. Na fixação da base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária, relativo a aquisições inte- restaduais de bens e mercadorias submetidos ao alu- dido regime, será adotado o critério previsto no inciso II do caput deste artigo, quando o valor resultante for superior ao preço médio ponderado a consumidor final (PMPF), em vigor na data da operação, exceto combustíveis derivados de petróleo. (RICMS-MT/2014, art. 81, II, § 8° e Anexo X, art. 5º e 6º, I à III) 16-12 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros 12. vaLorES dE FrETE, SEGuro E dE ouTroS EnCarGoS Nas operações com mercadorias sujeitas à subs- tituição tributária em que os valores de frete, seguro e de outros encargos sejam desconhecidos do sujeito passivo por substituição tributária, a responsabilidade pelo pagamento do imposto incidente sobre esses valores será do destinatário, desde que tal condição seja indicada no correspondente documento fiscal. Dessa forma, o destinatário da mercadoria lan- çará o imposto a pagar, referente a frete ou seguro, no Registro E110 - Apuração do ICMS, na forma prevista na legislação, no período em que a mercadoria entrar no estabelecimento, vedada a utilização como crédito. (RICMS-MT/2014, art. 81, § 1º, e art. 456) 13. aLíQuoTa Para o cálculo da substituição tributária, o con- tribuinte deverá verificar a alíquota aplicável para o produto, conforme previsto no RICMS-MT/2014, art. 95. O produto que não possuiralíquota específica será enquadrado na alíquota genérica deste Estado, que é de 17%. (RICMS-MT/2014, art. 95) 14. MarGEM dE vaLor aGrEGado (Mva) Margens de valor agregado a serem aplicadas nas operações com mercadorias sujeitas ao regime desde 1º.01.2020. 14.1 Hipóteses de utilização da Mva A MVA prevista nas tabelas do Anexo Único da Portaria Sefaz nº 195/2019 só poderá ser utilizada quando o destinatário mato-grossense for: a) optante pelo benefício fiscal de crédito ou- torgado, previsto no RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 2º, I e II, alínea “a”; b) optante pelo tratamento diferenciado e favore- cido previsto na Lei Complementar nº 123/2006 (Simples Nacional). Assim, caso o contribuinte não se enquadre nas situações tratadas anteriormente, deverá ser utilizada a MVA conforme os segmentos a seguir: a) autopeças - Cest 01.001.00 a 01.999.00: 65,29%; b) bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope - Cest 02.001.00 a 02.999.00: 67,49%; c) cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras bebidas - Cest 03.001.00 a 03.025.00: 73,63%; d) cimento - Cest 05.001.00: 29,94%; e) ferramentas - Cest 08.001.00 a 08.019.00 e 08.020.00 a 08.023.00: 55,61%; f) ferramentas - Cest 08.019.01: 65,29%; g) lâmpadas, reatores e starter - Cest 09.001.00 a 09.002.00: 83,24%; h) lâmpadas, reatores e starter - Cest 09.003.00 a 09.004.00: 108,84%; i) lâmpadas, reatores e starter - Cest 09.005.00: 64,06%; j) materiais de construção e congêneres - Cest 10.001.00 a 10.080.00: 74,75%; k) materiais de limpeza - Cest 11.001.00 a 11.012.00: 75,80%; l) materiais elétricos - Cest 12.001.00 a 12.009.00: 63,28%; m) medicamentos de uso humano e outros produ- tos farmacêuticos para uso humano ou veter- inário - Cest 13.001.00 a 13.016.00: 60,35%; n) papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros - Cest 14.001.00 a 14.013.00: 66,52%; o) pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha - Cest 16.001.00 a 16.009.00: 78,79%; p) produtos alimentícios - Cest 17.001.00 a 17.115.00: 59,75%; q) produtos de papelaria - Cest 19.001.00 a 19.033.00: 73,90%; r) produtos de perfumaria e de higiene pessoal e cosméticos - Cest 20.001.00 a 20.064.00: 75,80%; s) produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e ele- trodomésticos - Cest 21.001.00 a 21.126.00: 53,86%; t) rações para animais domésticos - Cest 22.001.00: 68,57%; u) sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas - Cest 23.001.00 a 23.002.00: 61,78%; v) tintas e vernizes - Cest 24.001.00 a 24.003.00: 72,12%; w) cigarros e outros produtos derivados do fumo - Cest 04.001.00 e 04.002.00: 94,70%. (Portaria Sefaz nº 195/2019, art. 1º, § 1º, e art. 2º-B) 14.2 utilização da redução de 50% da Mva Com relação à redução de 50% da MVA sobre a base de cálculo do imposto devido por substituição 16-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos tributária, esta será utilizada pelo estabelecimento atacadista que: a) for optante pelo Regime Optativo de Tributa- ção da Substituição Tributária; b) for optante pelo benefício fiscal de crédito ou- torgado previsto no Regulamento do ICMS, Anexo XVII, art. 2º, II, “a”; c) for credenciado como substituto tributário; d) atenda a condição prevista no RICMS- -MT/2014, Anexo XVII, art. 6º, § 4º. Importante informar que poderá ser utilizada a referida redução sobre a base de cálculo do imposto devido por substituição tributária, relativo às operações subsequentes à saída do estabelecimento comercial atacadista, hipótese em que não poderá ser aplicada nas compras e vendas interestaduais. (Portaria Sefaz nº 195/2019, art. 2º-A, § 3º) 14.3 Cálculo do diferencial de alíquotas - operações interestaduais com produtos sujeitos a ST Nas operações interestaduais com bens e mer- cadorias submetidos ao regime de substituição tribu- tária, destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado do adquirente, a base de cálculo do imposto devido será o valor da operação interestadual adicionado do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida no Estado de Mato Grosso para o bem ou a mercadoria e a alíquota interestadual. O cálculo do diferencial será realizado aplicando- se a fórmula: “ICMS ST Difal = [(V oper - ICMS origem)/(1 - ALQ interna)] x ALQ interna - (V oper x ALQ interestadual)” Onde: a) “ICMS ST Difal” é o valor do imposto corre- spondente à diferença entre a alíquota interna a consumidor final estabelecida na Unidade da Federação de destino para o bem ou a mer- cadoria e a alíquota interestadual; b) “V oper” é o valor da operação interestadual, acrescido dos valores correspondentes a fre- te, seguro, impostos, contribuições e outros encargos transferíveis ou cobrados do desti- natário, ainda que por terceiros; c) “ICMS origem” é o valor do imposto correspon- dente à operação interestadual, destacado no documento fiscal de aquisição; d) “ALQ interna” é a alíquota interna estabeleci- da na Unidade da Federação de destino para as operações com o bem e a mercadoria a consumidor final, devendo esta ser acrescida do adicional destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza, nas hipó- teses previstas no inciso IV do art. 5º da Lei Complementar nº 144/2003 e no § 9º do art. 14 da Lei nº 7.098/1998; e) “ALQ interestadual” é a alíquota estabelecida pelo Senado Federal para a operação. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 8º, § 4º) 15. LEvanTaMEnTo dE ESToQuE Os contribuintes inscritos no Cadastro de Contri- buintes do ICMS, cuja atividade econômica principal esteja enquadrada como estabelecimento comercial atacadista ou distribuidor ou estabelecimento com- ercial varejista, independentemente de terem optado pela fruição de benefício fiscal previsto no RICMS- -MT/2014, Anexo XVII, deverão efetuar o inventário do estoque mantido no estabelecimento em 31.12.2019, das mercadorias cujas entradas no estabelecimento tenham sido tributadas pelo regime de estimativa simplificado, em vigor até aquela data. Dessa forma, no arrolamento das mercadorias inventariadas, deverão ser segregadas em rubrica específica aquelas que forem submetidas à tributação pelo regime de estimativa simplificado, bem como aquelas amparadas por benefícios cuja fruição esteja condicionada à tributação pela entrada, mediante aplicação de carga tributária previamente fixada, com encerramento da cadeia tributária. (RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, §§ 1º e 3º a 4º) 15.1 aproveitamento do crédito do ICMS Sobre o estoque existente no estabelecimento, em 31.12.2019, será permitido o aproveitamento do crédito do ICMS pelas entradas das mercadorias no montante de 7% sobre o valor da última entrada, exceto quando se tratar de mercadorias: a) isentas ou não tributadas; b) que tenham a base de cálculo do imposto re- duzida de forma que a carga tributária seja menor que 7%, mercadorias importadas ad- quiridas em operações interestaduais ou mer- cadorias que sejam oriundas de contribuintes optantes pelo Simples Nacional, hipóteses em que será admitido o crédito de ICMS destaca- 16-14 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros do na respectiva nota fiscal de entrada no es- tabelecimento. Ressalta-se que também será permitido o aprovei- tamento do crédito do ICMS efetivamente pago pelo contribuinte inventariante, tomando por base o valor da última entrada, calculado com base nos regimes de antecipação do imposto em vigor até 31.12.2019. Dessa forma, o aproveitamento do crédito per- tinente ao estoque inventariado será parcelado em 8 meses, a partir da escrituração fiscal do mês de fevereiro de 2020, da seguinte forma: a) a parcela correspondente a 1/8 do crédito apurado, na forma prevista nas letras “a” e “b” mencionadas anteriormente, será lançada na escrituração fiscal juntamente com os créditos de ICMS do respectivo mês, antes da apura- ção do crédito outorgado; b) a parcelacorrespondente a 1/8 do crédito apurado efetivamente pelo imposto pago pelo contribuinte inventariante, tomando por base o valor da última entrada, calculado com base nos regimes de antecipação do imposto em vigor até 31.12.2019, será lançada na escritu- ração fiscal após a apuração do crédito outor- gado. Importante informar que os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, para fins de compensação da antecipação do recolhimento do ICMS, incidente sobre os estoques das mercadorias inventariadas, em 31.12.2019, deverão observar que: a) será permitido o ajuste no Programa Gerador do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (PGDAS), em 8 parcelas mensais e iguais, correspondente ao ICMS efetivamente pago pelo contribuinte inventariante, tomando por base o valor da última entrada, calculado com base nos regimes de antecipação do im- posto em vigor até 31.12.2019; b) o ajuste mencionado na letra “a” será efetuado a partir do registro no PGDAS relativo ao mês de fevereiro até o relativo ao mês de setembro de 2020; c) nos termos da legislação do Simples Nacional, não será objeto de compensação o ICMS des- tacado na nota fiscal que acobertou a entra- da da mercadoria inventariada, nos termos do RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, § 2º. (RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, §§ 2º a 4º) 15.1.1 Simples nacional Importante informar que os contribuintes optantes pelo Simples Nacional, para fins de compensação da antecipação do recolhimento do ICMS, incidente sobre os estoques das mercadorias inventariadas, em 31.12.2019, deverão observar que: a) será permitido o ajuste no PGDAS, em 8 parce- las mensais e iguais, correspondente ao ICMS efetivamente pago pelo contribuinte inventa- riante, tomando por base o valor da última en- trada, calculado com base nos regimes de an- tecipação do imposto em vigor até 31.12.2019; b) o ajuste mencionado na letra “a” será efetuado a partir do registro no PGDAS relativo ao mês de fevereiro até o relativo ao mês de setembro de 2020; c) nos termos da legislação do Simples Nacional, não será objeto de compensação o ICMS des- tacado na nota fiscal que acobertou a entra- da da mercadoria inventariada, nos termos do RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, § 2º. (RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, § 5º) 16. Fundo ESTaduaL dE CoMBaTE E ErradICação da PoBrEza Constituem receitas do Fundo a parcela do produto da arrecadação correspondente ao adicional de 2% na alíquota do ICMS, sobre os produtos e ser- viços a seguir relacionados: a) na prestação onerosa regular e idônea de serviço de telecomunicação fixa comutada prestada por operador de telecomunicação inscrito e regular, quanto ao tomador usuário final que residir e domiciliar dentro do território deste Estado; b) nas demais prestações onerosas de serviços de comunicação, inclusive quando prestados ou iniciados no exterior, ressalvado o disposto na letra “a”; c) nas operações internas e de importação, reali- zadas com: c.1) armas e munições, suas partes e aces- sórios, classificados no Capítulo 93 da Nomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado (NBM/SH) (Ca- pítulo 93 da Nomenclatura Comum do Mercosul - NCM); c.2) embarcações de esporte e de recrea- ção, classificadas no código 8903 da NBM/SH (código 89.03 da NCM); 16-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos c.3) bebidas classificadas nos códigos 2203, 2204, 2205, 2206, 2207 e 2208 da NBM/SH (códigos 2203.00.00, 22.04, 22.05, 2206.00, 22.07 e 22.08 da NCM); c.4) cigarro, fumo e seus derivados, classi- ficados no Capítulo 24 (Capítulo 24 da NCM); c.5) joias classificadas nos códigos 7113 a 7116 da NBM/SH (códigos 71.13 a 71.16 da NCM); c.6) cosméticos e perfumes classificados nos códigos 3303, 3304, 3305 e 3307 (có- digos 3303.00, 33.04, 33.05, 33.07 da NCM). Assim, deve ser adicionado o valor de 2 pontos percentuais às alíquotas previstas nos incisos III, “b”, “c” e “d”, IV e VII do art. 95 do RICMS-MT/2014, nas operações com as citadas mercadorias. Ressalta-se que o percentual da alíquota de 30% aplicada às mercadorias previstas na letra “c”, efetivamente recolhido, que ultrapassar 25% será, também, destinado ao Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza. (RICMS-MT/2014, art. 95, III, “b”, “c” e “d”, IV e VII, §§ 7º a 9º) 17. rECoLHIMEnTo do IMPoSTo Como regra geral, no regime de substituição tribu- tária, o imposto será arrecadado e pago: a) quando devidamente indicado na documenta- ção fiscal correspondente, no momento da en- trada no estabelecimento, localizado neste Es- tado, de comerciante, industrial, cooperativa ou outra pessoa jurídica de direito público ou privado, contribuinte do ICMS, em relação às saídas de mercadorias promovidas por produ- tor mato-grossense, observado o disposto no art. 140 do RICMS-MT/2014; b) antecipadamente, pelo remetente, comer- ciante, industrial, produtor, cooperativa, ou outra pessoa jurídica de direito público ou privado, relativamente às subsequentes saí- das de mercadorias promovidas por repre- sentantes, mandatários, comissários, gestores de negócios ou adquirentes neste Estado das respectivas mercadorias, quando estiverem dispensados da inscrição no Cadastro de Contribuintes do imposto; c) antecipadamente, pelo industrial, importador, arrematante de mercadoria importada, comer- ciante atacadista, distribuidor ou engarrafador, conforme o caso, em relação às subsequentes saídas promovidas por quaisquer estabeleci- mentos para o território do Estado, com as se- guintes mercadorias e serviços: c.1) animais vivos e produtos do reino animal, compreendidos na Seção I da NBM/SH; c.2) produtos do reino vegetal compreendi- dos na Seção II da NBM/SH; c.3) gorduras e óleos animais ou vegetais, produtos da sua dissociação, gorduras alimentares elaboradas e ceras de ori- gem animal ou vegetal, compreendidos na Seção III da NBM/SH; d) produtos das indústrias alimentares, bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres, fumo (tabaco) e seus sucedâneos manufaturados, compreen- didos na Seção IV da NBM/SH; e) produtos minerais compreendidos na Seção V da NBM/SH; f) produtos das indústrias químicas ou das in- dústrias conexas, compreendidos na Seção VI da NBM/SH; g) plásticos e suas obras e borracha e suas obras, compreendidos na Seção VII da NBM/SH; h) peles, couros, peleteria (peles com pelo) e obras destas matérias, artigos de correeiro ou de seleiro, artigos de viagem, bolsas e artefa- tos semelhantes e obras de tripa, compreendi- dos na Seção VIII da NBM/SH; i) madeira, carvão vegetal e obras de madeira, cortiça e suas obras e obras de espartaria ou de cestaria, compreendidos na Seção IX da NBM/SH; j) pasta de madeira ou de outras matérias fibro- sas celulósicas, papel ou cartão de reciclar (desperdícios e aparas) e papel e suas obras, compreendidos na Seção X da NBM/SH; k) matérias têxteis e suas obras, compreendidos na Seção XI da NBM/SH; l) calçados, chapéus e artefatos de uso seme- lhante, guarda-chuvas, guarda-sóis, bengalas, chicotes e suas partes; penas preparadas e suas obras, flores artificiais e obras de cabelo, compreendidos na Seção XII da NBM/SH; m) obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica ou de matérias semelhantes, produtos cerâmi- cos e vidro e suas obras, compreendidos na Seção XIII da NBM/SH; 16-16 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros n) pérolas naturais ou cultivadas, pedras precio- sas ou semipreciosas e semelhantes, metais preciosos, metais folheados ou chapeados de metais preciosos, e suas obras, bijuterias e moedas, compreendidos na Seção XIV da NBM/SH; o) metais comuns e suas obras, compreendidos na Seção XV da NBM/SH; p) máquinas e aparelhos, material elétrico, e suas partes, aparelhos de gravação ou de re- produção de som, aparelhos de gravação ou de reprodução de imagens e de som em tele- visão,e suas partes e acessórios, compreen- didos na Seção XVI da NBM/SH; q) material de transporte compreendido na Seção XVII da NBM/SH; r) instrumentos e aparelhos de óptica, fotogra- fia ou cinematografia, medida, controle ou de precisão, instrumentos e aparelhos médico- cirúrgicos, aparelhos de relojoaria, instrumen- tos musicais, suas partes e acessórios, com- preendidos na Seção XVIII da NBM/SH; s) armas e munições, suas partes e acessórios, compreendidos na seção XIX da NBM/SH; t) mercadorias e produtos diversos compreendi- dos na Seção XX da NBM/SH; u) serviços de transporte e de comunicação; v) pela empresa transportadora contratante, de- vidamente inscrita neste Estado, na hipótese de subcontratação de prestação de serviço de transporte de carga; w) na prestação de serviço de transporte de car- ga realizado por transportador autônomo ou empresa transportadora de outra Unidade da Federação não inscrita no Cadastro de Contri- buintes deste Estado: w.1) pelo alienante ou remetente da mercado- ria, exceto se produtor rural ou microem- presa, quando contribuinte do ICMS; w.2) pelo depositário da mercadoria a qual- quer título na saída da mercadoria ou bem depositado por pessoa física ou jurídica; w.3) pelo destinatário da mercadoria, exceto produtor rural ou microempresa, quando contribuinte do ICMS na prestação interna; x) antecipadamente, na forma indicada em por- taria editada pela Secretaria Adjunta da Recei- ta Pública da Secretaria de Estado de Fazen- da, quando o remetente e o destinatário das mercadorias submetidas ao referido regime forem devidamente credenciados por aquela Secretaria como substitutos tributários, con- forme requisitos exigidos em normas comple- mentares; y) pela empresa encarregada de executar o transporte ferroviário, nas prestações de ser- viços de transporte ferroviários iniciadas no Es- tado de Mato Grosso, até a entrega do bem ou da mercadoria no seu destino final, observado o disposto no art. 564 do RICMS-MT/2014. (RICMS-MT/2014, art. 448) 17.1 Prazo de recolhimento O vencimento do imposto devido por substituição tributária será: a) o dia 9 do mês subsequente ao da saída do bem e da mercadoria, em se tratando de sujei- to passivo por substituição inscrito no Cadas- tro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso e devidamente autorizado a realizar a apura- ção e o recolhimento mensal do ICMS devido por substituição tributária; b) o dia 2 do segundo mês subsequente ao da saída do bem e da mercadoria, na hipótese de responsabilidade por substituição tributária atribuída a optante pelo Simples Nacional, in- scrito no Cadastro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso e devidamente autorizado a realizar a apuração e o recolhimento mensal do ICMS devido por substituição tributária; c) o dia do desembaraço aduaneiro, de bem ou mercadoria importada, exceto na hipótese do importador ser inscrito no Cadastro de Contri- buintes do Estado de Mato Grosso e devida- mente autorizado a realizar a apuração e o re- colhimento mensal do ICMS devido por substi- tuição tributária, hipótese em que o prazo será o previsto nas letras “a” e “b”; d) o dia da saída do bem ou da mercadoria do estabelecimento remetente, nas demais hipó- teses. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 14) 17.2 documentos de arrecadação O imposto devido por substituição tributária em relação às operações interestaduais deverá ser recolhido por meio de documento de arrecadação (DAR-1/AUT) ou da Guia Nacional de Recolhimento de Tributos Estaduais (GNRE). (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 14, parágrafo único) 16-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos 18. rESTITuIção do IMPoSTo rETIdo O contribuinte substituído terá direito à restituição do valor do imposto pago por força da substituição tributária, correspondente ao fato gerador presumido que, comprovadamente, não se realizar. Dessa forma, para fins de restituição do imposto, deverá ser observado o disposto no Regulamento do ICMS, arts. 1.014 a 1.025. Não se aplica a restituição do imposto na hipótese de ocorrência do fato gerador em valor inferior ao presumido, hipótese em que se aplicará o disposto no RICMS-MT/2014, Anexo X, art.10. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 13) 19. ESTaBELECIMEnTo InduSTrIaL MaTo- -GroSSEnSE EnQuadrado EM ProGraMa dE dESEnvoLvIMEnTo SETorIaL - aPuração do IMPoSTo dEvIdo Por SuBSTITuIção TrIBuTárIa Quando o estabelecimento industrial mato- -grossense estiver enquadrado em programa de desenvolvimento setorial, nas operações internas, para fins de apuração do imposto devido por subs- tituição tributária, em relação às demais operações a ocorrerem no território do Mato Grosso, sem prejuízo da apuração e do recolhimento do ICMS devido pelas operações próprias, na forma disciplinada na legisla- ção específica, o mesmo deverá: a) calcular o montante correspondente à margem de valor agregado relativa à operação subse- quente a ocorrer no território mato-grossense, mediante a aplicação do percentual de MVA, fixado na legislação tributária, sobre o valor to- tal da operação própria; b) calcular o montante correspondente à diferen- ça entre o valor do PMPF, quando houver, e o valor da operação própria; c) o valor do ICMS devido por substituição tribu- tária, relativo à operação subsequente, corres- ponderá ao que resultar da aplicação da alí- quota prevista para a operação interna com o bem ou mercadoria, sobre o maior valor apu- rado de acordo com as letras “a” e “b”, sem prejuízo do recolhimento do adicional do ICMS devido ao Fundo Estadual de Combate e Erra- dicação da Pobreza, quando for o caso, veda- da a dedução de qualquer crédito. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 7º, § 3º) 20. oBrIGaçõES do ConTrIBuInTE O remetente da mercadoria deverá: a) demonstrar, na nota fiscal que acobertar saída de mercadoria destinada a contribuinte esta- belecido no território mato-grossense, o cál- culo do ICMS devido por substituição tribu- tária a este Estado, em conformidade com o disposto no tópico 19, efetuando o respectivo destaque; b) efetivar o recolhimento do ICMS devido por substituição tributária ao Estado de Mato Gros- so, antes da saída da mercadoria, mediante utilização de GNRE ou de DAR-1/AUT; c) anexar a GNRE ou o DAR-1/AUT correspon- dente à nota fiscal que acobertar o trânsito da mercadoria, para comprovação do recolhi- mento do valor do ICMS devido por substitu- ição tributária relativo a cada operação, infor- mando a respectiva chave de acesso da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e). O prazo previsto na letra “b” e o disposto na letra “c” não se aplicam quando o remetente da mercadoria, deste ou de outro Estado, for inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS de Mato Grosso e credenciado para efetuar a retenção e o recolhimento mensal do ICMS devido por substituição tributária. Assim, o recolhimento deverá ser efetuado pelo remetente, também mediante uso de GNRE ou de DAR-1/AUT, observados os prazos previstos no RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 14, I e II. Ressalta-se que, fica autorizado o agrupamento, em única GNRE ou em único DAR-1/AUT, dos valores do ICMS devido por substituição tributária, destaca- dos em mais de uma nota fiscal, desde que: a) todos os documentos fiscais sejam emitidos pelo mesmo remetente, na mesma data e des- tinem mercadorias ao mesmo destinatário, transportadas pelo mesmo veículo; b) sejam anexadas à GNRE ou ao DAR-1/AUT todas as notas fiscais correspondentes, inclu- sive durante o trânsito das mercadorias. A mera obtenção de inscrição estadual não con- figura credenciamento do contribuinte para retenção e recolhimento mensal do ICMS devido por substituição tributária, hipótese em que o recolhimento deverá, também, ser efetuado a cada operação. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 15) 16-18 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros 21. EMISSão dE doCuMEnToS FISCaIS O documentofiscal emitido nas operações com bens e mercadorias sujeitas à substituição tributária conterá, além das demais indicações exigidas pela legislação, as seguintes informações: a) o Cest de cada bem e mercadoria, ainda que a operação não esteja sujeita ao regime de substituição tributária; b) o valor que serviu de base de cálculo da subs- tituição tributária e o valor do imposto retido, quando o bem e a mercadoria estiverem sujei- tos ao regime de substituição tributária; c) caso o documento fiscal acoberte operação com bens e mercadorias fabricados em escala industrial não relevante: c.1) no campo “Informações Complementa- res”, a declaração: “Bem/Mercadoria do Cest ______, fabricado em escala indus- trial não relevante.”; c.2) em campo específico, o número do CNPJ do respectivo fabricante. As operações que envolvam contribuintes que atuem na modalidade porta a porta devem aplicar o Cest previsto no Anexo XVI, ainda que os bens e as mercadorias estejam listados nas Tabelas II a XXV, art. 1º, do Apêndice do Anexo X, ambos do Regula- mento do ICMS. Nas hipóteses de inaplicabilidade do regime de substituição tributária tratadas no tópico 5, o sujeito passivo indicará, no campo “Informações Comple- mentares” do documento fiscal que acobertar a operação, o dispositivo em que se fundamenta a referida inaplicabilidade. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 16) 22. CEST O documento fiscal emitido nas operações com bens e mercadorias relacionados nos anexos do Convênio ICMS nº 142/2018 conterá, além das demais indicações exigidas pela legislação tributária, o Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) de cada bem e mercadoria, ainda que a operação não esteja sujeita ao regime de substituição tributária. Importante informar que o Cest é composto por 7 dígitos, sendo que: a) o 1º e o 2º correspondem ao segmento do bem e da mercadoria; b) o 3º ao 5º correspondem ao item de um seg- mento de bem e mercadoria; c) o 6º e o 7º correspondem à especificação do item. (Convênio ICMS nº 142/2018, cláusula sexta, IV, e cláusula vigésima, I) 23. ESCrITuração FISCaL - ConTrIBuInTE SuBSTITuTo/SuBSTITuído O sujeito passivo por substituição, bem com o contribuinte substituído, observará para fins de escrituração fiscal as Orientações Técnicas especí- ficas para Escrituração Fiscal Digital (EFD), obser- vando inclusive as operações sujeitas à incidência do adicional (Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza - Fecop), devendo o valor da parcela adi- cionada do ICMS e a sua respectiva base de cálculo constarem em campo específico. (RICMS-MT/2014, arts. 390, 391 e 456) 24. oBrIGação aCESSórIa O sujeito passivo por substituição tributária, devidamente cadastrado no Estado de Mato Grosso, remeterá à Secretaria da Fazenda (Sefaz) as obriga- ções acessórias relacionadas nos subtópicos a seguir. 24.1 GIa-ST A Guia Nacional de Informação e Apuração do ICMS - Substituição Tributária (GIA-ST) é a decla- ração utilizada para a informação e apuração do ICMS devido por substituição tributária à Unidade da Federação (UF) diversa daquela do domicílio fiscal do substituto. Importante informar que o contribuinte substituto tributário localizado no Estado de Mato Grosso, obrigado à entrega de EFD, fica dispensado da entrega da GIA-ST. Salientamos que a Secretaria de Estado de Fazenda poderá dispensar a apresentação da GIA-ST em outras hipóteses. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 17, I e §§ 3º e 4º) 24.2 declaração de Substituição Tributária, diferencial de alíquota e antecipação A Declaração de Substituição Tributária, Dife- rencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA) deve ser apresentada mensalmente, relativamente a fatos geradores ocorridos desde 1º.01.2016, pelos contri- buintes optantes pelo Simples Nacional. Estão dispensados da entrega os microempreen- dedores individuais (MEI) e os estabelecimentos impedidos de recolher o ICMS pelo Simples Nacional em virtude de a empresa ter ultrapassado o subli- 16-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT ICMS - IPI e Outros Manual de Procedimentos mite estadual, nos termos do § 1º do art. 20 da Lei Complementar nº 123/2006. O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado até o dia 28 do mês subsequente ao encerramento do período de apuração, ou, quando for o caso, até o 1º dia útil imediatamente seguinte. Importante informar que, desde 1º.01.2016, os contribuintes obrigados à apresentação da DeSTDA não estarão sujeitos à entrega de GIA-ST. (RICMS-MT/2014, Anexo IX, art. 2º-A, § 5º e Anexo X, art. 17, II) 24.3 arquivo magnético O contribuinte, quando não obrigado à apresentação da EFD, apresentará o arquivo magnético com registro fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês anterior, ou com seus registros totalizadores zerados, no caso de não terem sido efetuadas operações no período, inclusive daquelas não alcançadas pelos regimes de substituição tributária, em conformidade com a cláusula oitava do Convênio ICMS nº 57/1995, até o dia 15 do mês subsequente ao da realização das operações. O referido arquivo magnético substitui o exigido pela cláusula oitava do Convênio ICMS nº 57/1995, desde que inclua todas as operações citadas na referida cláusula, mesmo que não realizadas sob os regimes de substituição tributária. Poderão ser objeto de arquivo magnético apartado as operações em que haja ocorrido desfazimento do negócio ou que por qualquer motivo a mercadoria informada em arquivo não haja sido entregue ao destinatário, nos termos do § 1º da cláusula oitava do Convênio ICMS nº 57/1995. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 17, III, §§ 1º e 2º) 24.4 Lista de preços a consumidor Nos casos em que a base de cálculo seja o preço final a consumidor sugerido por fabricante ou importa- dor, o contribuinte deverá entregar a lista de preços final a consumidor, em formato XML, em até 30 dias após inclusão ou alteração de preços, nos termos definidos pela Secretaria de Estado de Fazenda. (RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 17, IV) 25. PEnaLIdadES As multas por infrações à legislação tributária estão indicadas no RICMS-MT/2014, art. 924. Entre as cabíveis nos termos deste texto, encontramos a multa equivalente a 100% do valor do crédito, quando indevidamente escriturado ou não estor- nado, sem prejuízo do recolhimento da respectiva importância. Constitui infração a ação ou omissão, voluntária ou não, que importe na inobservância, por parte do contribuinte ou responsável, de normas estabelecidas na legislação tributária do Estado, ou em atos admin- istrativos de caráter normativo. As infrações serão apuradas de acordo com as formalidades processuais específicas, não se podendo aplicar penalidades senão através de levan- tamento ou ação fiscal. Serão aplicadas, quando de infrações à legisla- ção do ICMS, as seguintes penalidades, isoladas ou cumulativamente: a) multa; b) sujeição ao regime especial de fiscalização; c) cancelamento de benefícios fiscais; d) cassação de regimes especiais concedidos. A responsabilidade por infração relativa ao ICMS independe da regularidade da atividade econômica do contribuinte, bem como da natureza e extensão dos efeitos do ato. (RICMS-MT/2014, art. 924) N a IOB Setorial EStadual Comunicação - Redução da base de cálculo do ICMS nas prestações internas de Serviços de Comunicações Multimídia (SCM) a consumidor final O Estado do Mato Grosso estabeleceu que, até 31.12.2020, nas prestações internas de Serviços de Comunicações Multimídia (SCM) a consumidor final, localizado no território mato-grossense, a base de cálculo do ICMS fica reduzida a: 16-20 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros a) 33,33%, para empresas cuja receita bruta acu- mulada nos 12 meses anteriores ao pedido de concessão do benefício seja de até R$ 6 milhões; b) 40%, para empresas cuja receita bruta acu- mulada nos 12 meses anteriores ao pedido de concessão
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