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Manual de Procedimentos ICMS - IPI e Outros

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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em 
www.iob.com.br/boletimiobeletronico
Boletimj
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Fascículo No 16/2020
Mato Grosso
Veja nos Próximos 
Fascículos
a IPI - Mercadoria recusada pelo 
destinatário - Entrega em 
estabelecimento de terceiro
a ICMS - Base de cálculo 
reduzida
/a Federal
IPI
Livros fiscais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
/a Estadual
ICMS
Substituição tributária - Regras gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
/a IOB Setorial
Estadual
Comunicação - Redução da base de cálculo do ICMS nas prestações 
internas de Serviços de Comunicações Multimídia (SCM) a consumi-
dor final . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
/a IOB Comenta
Federal
IPI - Bebidas alcoólicas - Industrialização por encomenda - Suspen-
são . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
/a IOB Perguntas e Respostas
IPI
Produtos fabricados na Zona Franca de Manaus - Isenção . . . . . . . . 21
Zona Franca de Manaus e Áreas de Livre Comércio - Internamento de 
mercadorias - Procedimento fiscal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
ICMS/MT
Ambulantes - Venda ambulante . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
Fato gerador - Energia elétrica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
© 2020 by IOB
Capa:
Marketing IOB
Editoração Eletrônica e Revisão: 
Editorial IOB
0800-724-7900 SAC
Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer 
meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).
Impresso no Brasil
Printed in Brazil Bo
le
tim
 IO
B
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) 
 
 ICMS, IPI e outros : IPI : livros fiscais.-- 16. 
ed. -- São Paulo : IOB, 2020. -- (Coleção manual de 
procedimentos ; 16) 
 
 
 
 
 ISBN 978-85-379-3608-5 
 
 
 
 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
 Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos 
 Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil 
 I. Série. 
 
 
 
 
 
 
 
 
20-34299 CDU-34:336.223(81) 
 
 Índices para catálogo sistemático: 
 
1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias 
 e Serviços : ICMS : Direito tributário 
 34:336.223(81) 
2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : 
 IPI : Direito tributário 34:336.223(81) 
 
Maria Alice Ferreira - Bibliotecária - CRB-8/7964 
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
Boletimj
16-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
a Federal
IPI
Livros fiscais
 SUMÁRIO
 1. Quadro sinótico
 2. Considerações iniciais
 3. Livros fiscais
 4. Indicações
 5. Escrituração fiscal
 6. Guarda, exibição e retirada
 7. EFD-ICMS/IPI
 8. Infrações e penalidades
 9. Jurisprudência administrativa
1. Quadro SInóTICo
Veja, a seguir, quadro sinótico com os principais 
tópicos deste texto:
Quadro sinótico
tópicos descrição
Escrituração Fiscal Digital (EFD- 
-ICMS/IPI)
O contribuinte deverá substituir a escrituração e a impressão dos livros fiscais de que tratam os 
incisos I, II, VII e VIII do art. 444 do Regulamento do IPI (RIPI) pela EFD-ICMS/IPI, em arquivo 
digital, na forma da legislação específica.
A EFD-ICMS/IPI compõe-se da totalidade das informações, em meio digital, necessárias à apu-
ração do imposto, referentes às operações e às prestações praticadas pelo contribuinte, bem 
como de outras de interesse das administrações tributárias das Unidades da Federação (UF) e 
da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil (RFB).
Considera-se a EFD-ICMS/IPI válida, para os efeitos fiscais, após a confirmação do recebimen-
to do arquivo que a contém, no ambiente nacional do Sistema Público de Escrituração Digital 
(Sped), instituído pelo Decreto federal nº 6.022/2007.
O contribuinte deverá:
a) prestar as informações relativas à EFD-ICMS/IPI em arquivo digital individualizado por estabe-
lecimento; e
b) armazenar o arquivo digital, observando os requisitos de segurança, autenticidade, integri-
dade e validade jurídica, pelo mesmo prazo estabelecido pela legislação para a guarda dos 
documentos fiscais.
A geração, o armazenamento e o envio do arquivo digital não dispensam o contribuinte da guar-
da dos documentos que deram origem às informações neles constantes, na forma e nos prazos 
estabelecidos pela legislação aplicável.
Guarda, exibição e retirada
Sem prévia autorização do Fisco estadual, os livros não poderão ser retirados do estabelecimen-
to, salvo para serem levados à repartição fiscal.
Sob esse aspecto, presume-se retirado do estabelecimento o livro que não for exibido ao Fisco 
quando solicitado.
Os agentes do Fisco arrecadarão, mediante termo, todos os livros fiscais encontrados fora do 
estabelecimento e os devolverão aos contribuintes, adotando-se, no ato da devolução, as provi-
dências cabíveis.
Os contribuintes são obrigados a apresentar os livros fiscais à repartição competente do Fisco 
estadual dentro de 30 dias contados da data da cessação da atividade para cujo exercício foram 
inscritos, a fim de serem lavrados os respectivos termos de encerramento.
No prazo de 30 dias, após a devolução dos livros pelo Fisco estadual, os contribuintes deverão 
comunicar à unidade local da RFB o nome e o endereço da pessoa que deverá guardá-los, até 
que se extinga o direito da constituição do crédito tributário em razão de operações neles escri-
turadas.
Nos casos de fusão, incorporação, transformação ou aquisição, o novo contribuinte deverá trans-
ferir para o seu nome, por intermédio da repartição competente do Fisco estadual, no prazo de 
30 dias da data da ocorrência, os livros fiscais em uso, assumindo a responsabilidade pela sua 
guarda, conservação e exibição ao Fisco.
Cabe observar que a repartição fiscal poderá autorizar a adoção de livros novos em substituição 
aos usados anteriormente.
16-02 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
tópicos descrição
Infrações e penalidades
Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância 
de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo RIPI, ou pelos atos administrativos de caráter 
normativo destinados a complementá-lo.
Sob esse aspecto, é importante destacar que a responsabilidade por infrações independe da 
intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.
As infrações são punidas com as seguintes penas, aplicáveis separada ou cumulativamente: 
a) multa;
b) perdimento da mercadoria; e
c) cassação de regimes ou controles especiais estabelecidos em benefício de contribuintes ou 
de outras pessoas obrigadas ao cumprimento dos dispositivos do RIPI.
2. ConSIdEraçõES InICIaIS
Os contribuintes do Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI) devem utilizar e escriturar os 
livros fiscais próprios, de acordo com as operações 
que realizarem, conforme previsão expressa no 
Regulamento do IPI (RIPI), aprovado pelo Decreto 
nº 7.212/2010.
Cabe destacar que para a adoção de livros 
fiscais deverá ser consultada, também, a legislação 
do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e 
Serviços (ICMS) da UF em que o contribuinte estiver 
localizado.
Examinaremos, nos itens seguintes, as normas 
pertinentes à matéria, com fundamento na legislação 
citada.
(RIPI - Decreto nº 7.212/2010)
3. LIvroS FISCaIS
Os contribuintes devem manter, em cada estabe-
lecimento, conforme a natureza das operações que 
realizarem,os seguintes livros fiscais:
a) Registro de Entradas, modelo 1;
b) Registro de Saídas, modelo 2;
c) Registro de Controle da Produção e do Esto-
que (RCPE), modelo 3;
d) Registro de Entrada e Saída do Selo de Con-
trole, modelo 4;
e) Registro de Impressão de Documentos Fis-
cais, modelo 5;
f) Registro de Utilização de Documentos Fiscais 
e Termos de Ocorrências, modelo 6;
g) Registro de Inventário, modelo 7; e
h) Registro de Apuração do IPI, modelo 8.
Os livros Registro de Entradas e Registro de 
Saídas serão utilizados pelos estabelecimentos indus-
triais e pelos que lhes são equiparados.
O RCPE que corresponde ao bloco “K” da EFD-
-ICMS/IPI, na forma do Ajuste Sinief nº 2/2009, será 
obrigatório conforme o seguinte escalonamento:
a) para os estabelecimentos industriais perten-
centes a empresa com faturamento anual igual 
ou superior a R$ 300.000.000,00:
a.1) 1º.01.2017, restrita à informação dos sal-
dos de estoques escriturados nos Re-
gistros K200 e K280, para os estabele-
cimentos industriais classificados nas di-
visões 10 a 32 da Classificação Nacional 
de Atividades Econômicas (CNAE);
a.2) 1º.01.2019, correspondente à escritura-
ção completa do bloco K, para os esta-
belecimentos industriais classificados 
nas divisões 11, 12 e nos grupos 291, 
292 e 293 da CNAE;
a.3) 1º.01.2020, correspondente à escritura-
ção completa do bloco K, para os esta-
belecimentos industriais classificados 
nas divisões 27 e 30 da CNAE;
a.4) 1º.01.2021, correspondente à escritura-
ção completa do bloco K, para os esta-
belecimentos industriais classificados 
na divisão 23 e nos grupos 294 e 295 da 
CNAE;
a.5) 1º.01.2022, correspondente à escritura-
ção completa do bloco K, para os esta-
belecimentos industriais classificados 
nas divisões 10, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 
19, 20, 21, 22, 24, 25, 26, 28, 31 e 32 da 
CNAE;
b) 1º.01.2018, restrita à informação dos saldos 
de estoques escriturados nos Registros K200 
e K280, para os estabelecimentos industriais 
classificados nas divisões 10 a 32 da CNAE, 
pertencentes a empresa com faturamento 
anual igual ou superior a R$ 78.000.000,00, 
com escrituração completa conforme escalo-
namento a ser definido;
c) 1º.01.2019, restrita à informação dos saldos 
de estoques escriturados nos Registros K200 
e K280, para os demais estabelecimentos in-
dustriais classificados nas divisões 10 a 32; 
os estabelecimentos atacadistas classificados 
16-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
nos grupos 462 a 469 da CNAE e os estabele-
cimentos equiparados a industrial, com escri-
turação completa conforme escalonamento a 
ser definido.
Notas
(1) Para fins do bloco K, estabelecimento industrial é aquele que possui 
qualquer dos processos que caracterizam uma industrialização, segundo a 
legislação do ICMS e do IPI, e cujos produtos resultantes sejam tributados 
pelo ICMS ou pelo IPI, mesmo que de alíquota zero ou isento.
(2) Para o estabelecimento da receita referida nas letras “a” e “b”, de-
verá ser observado o seguinte:
a) considera-se faturamento a receita bruta de venda de mercadorias 
de todos os estabelecimentos da empresa no território nacional, in-
dustriais ou não, excluídas as vendas canceladas, as devoluções de 
vendas e os descontos incondicionais concedidos; e
b) o exercício de referência do faturamento deverá ser o 2º exercício 
anterior ao início de vigência da obrigação (exemplo: início da vigên-
cia 1º.01.2020 - exercício de referência: 2018 = 2º exercício anterior 
ao de início da vigência).
O Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle, 
modelo 4, será utilizado pelo estabelecimento que 
fabricar, importar ou licitar produtos sujeitos ao 
emprego do selo.
O Registro de Impressão de Documentos Fiscais, 
modelo 5, será utilizado pelos estabelecimentos que 
confeccionem documentos fiscais para uso próprio ou 
para terceiros.
O Registro de Utilização de Documentos Fiscais e 
Termos de Ocorrências, modelo 6, será utilizado pelos 
estabelecimentos obrigados à emissão de documen-
tos fiscais.
O Registro de Inventário, modelo 7, será utilizado 
pelos estabelecimentos que mantenham em estoque 
matéria-prima (MP), produto intermediário (PI) e mate-
rial de embalagem (ME) e, ainda, produtos em fase de 
fabricação e produtos acabados.
O livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, 
será utilizado pelos estabelecimentos industriais ou a 
eles equiparados.
(RIPI/2010, art. 444; Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusulas pri-
meira, § 1º, e terceira, §§ 7º a 9º)
4. IndICaçõES
Aos livros fiscais poderão ser acrescidas outras 
indicações, desde que não prejudiquem a clareza dos 
respectivos modelos.
(RIPI/2010, art. 445)
5. ESCrITuração FISCaL
A escrituração dos livros fiscais será feita à tinta, 
no prazo de 5 dias contados da data do documento a 
ser escriturado ou da ocorrência do fato gerador, res-
salvados aqueles a cuja escrituração forem atribuídos 
prazos especiais.
A escrituração será encerrada periodicamente, 
nos prazos estipulados, somando-se as colunas, 
quando for o caso.
Quando não houver período previsto, a escritura-
ção será encerrada no último dia de cada mês.
Será permitida a escrituração por sistema mecani-
zado mediante prévia autorização do Fisco estadual, 
bem como por processamento eletrônico de dados, 
observado o disposto no art. 388 do RIPI.
O art. 388 do RIPI estabelece que a emissão de 
documentos fiscais e a escrituração de livros fiscais 
por usuário de sistema de processamento eletrônico 
de dados dependem de prévia autorização do fiscal 
estadual, exceto em relação aos livros modelos 4 e 8 
(veja item 3).
O livro Registro de Apuração do IPI, modelo 8, 
destina-se a consignar, de acordo com o respectivo 
período de apuração, os totais dos valores contábeis 
e dos valores fiscais das operações de entrada e de 
saída, extraídos dos livros próprios, atendido o Código 
Fiscal de Operações e Prestações (CFOP).
Nesse livro serão também registrados os débitos 
e os créditos do imposto, os saldos apurados e outros 
elementos que venham a ser exigidos.
Os contribuintes autorizados à emissão de livros 
fiscais por processamento eletrônico de dados pode-
rão emitir pelo mesmo sistema o livro modelo 8, nas 
condições estabelecidas pela RFB. 
Sob esse aspecto, a Instrução Normativa SRF 
nº 67/1995 dispõe que os contribuintes do IPI autori-
zados à emissão de documentos fiscais, nos termos 
do Convênio ICMS nº 57/1995, ficam autorizados a 
emitir, pelos mesmos sistemas e processos, o livro 
Registro de Entrada e Saída do Selo de Controle e o 
livro Registro de Apuração do IPI, independentemente 
de nova autorização pela RFB, sujeitando-se às nor-
mas estabelecidas no mencionado Convênio.
(RIPI/2010, arts. 388, 446, 468, 477 e 478; Convênio ICMS 
nº 57/1995; Instrução Normativa SRF nº 67/1995, art. 1º, caput)
16-04 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
5.1 requisitos 
Os livros serão impressos e terão as folhas costu-
radas, encadernadas e numeradas tipograficamente, 
ressalvada a hipótese de emissão por sistema de 
processamento eletrônico de dados.
Os livros só poderão ser usados depois de visa-
dos pela repartição competente do Fisco estadual, 
salvo se esta dispensar a exigência e eles forem 
registrados na Junta Comercial ou, ainda, se o “visto” 
for substituído por outro meio de controle previsto na 
legislação estadual.
O visto será aposto em seguida ao termo de aber-
tura lavrado e assinado pelo contribuinte, exigindo-
-se, no caso de renovação, a apresentação do livro 
anterior, no qual será declarado o encerramento pelo 
órgão encarregado do visto.
Para efeito da declaração referida, os livros serão 
exibidos à repartição competente do Fisco estadual 
dentro de 5 dias após a utilização de sua última folha.
(RIPI/2010, arts. 447 e 448)
6. Guarda, ExIBIção E rETIrada
Sem prévia autorização do Fisco estadual os livros 
não poderão ser retirados do estabelecimento,salvo 
para serem levados à repartição fiscal.
Sob esse aspecto, presume-se retirado do 
estabelecimento o livro que não for exibido ao Fisco 
quando solicitado.
Os agentes do Fisco arrecadarão, mediante 
termo, todos os livros fiscais encontrados fora do 
estabelecimento e os devolverão aos contribuintes, 
adotando-se, no ato da devolução, as providências 
cabíveis.
Os contribuintes são obrigados a apresentar os 
livros fiscais à repartição competente do Fisco esta-
dual dentro de 30 dias, contados da data da cessação 
da atividade para cujo exercício foram inscritos, a fim 
de serem lavrados os respectivos termos de encerra-
mento.
No prazo de 30 dias após a devolução dos livros 
pelo Fisco estadual, os contribuintes deverão comuni-
car à unidade local da RFB o nome e o endereço da 
pessoa que deverá guardá-los, até que se extinga o 
direito da constituição do crédito tributário em razão 
das operações neles escrituradas.
Nos casos de fusão, incorporação, transformação 
ou aquisição, o novo contribuinte deverá transferir 
para o seu nome, por intermédio da repartição com-
petente do Fisco estadual no prazo de 30 dias da data 
da ocorrência, os livros fiscais em uso, assumindo a 
responsabilidade pela sua guarda, conservação e 
exibição ao Fisco.
Cabe observar que a repartição fiscal poderá 
autorizar a adoção de livros novos em substituição 
aos usados anteriormente.
(RIPI/2010, arts. 449 a 452)
7. EFd-ICMS/IPI
O contribuinte deverá substituir a escrituração e a 
impressão dos livros fiscais de que tratam os incisos I, 
II, VII e VIII do art. 444 do RIPI pela Escrituração Fiscal 
Digital (EFD-ICMS/IPI), em arquivo digital, na forma da 
legislação específica.
Notas
(1) O Ajuste Sinief nº 2/2009 dispõe sobre a EFD-ICMS/IPI.
(2) O Ato Cotepe/ICMS nº 44/2018 dispõe sobre as especificações téc-
nicas para a geração de arquivos da EFD-ICMS/IPI. O parágrafo único do 
art. 1º deste Ato dispõe que deverão ser observadas as orientações do Guia 
Prático da Escrituração Fiscal Digital - ICMS-IPI, versão 3.0.3, publicado no 
Portal Nacional do Sped.
(3) O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3, 
de que trata o inciso III do art. 444 do RIPI, o qual corresponde ao bloco K da 
EFD-ICMS/IPI, é utilizado de forma gradativa nos termos do § 7º da cláusula 
terceira do Ajuste Sinief nº 2/2009 (veja item 3).
Ao contribuinte obrigado à EFD-ICMS/IPI não 
se aplicam as disposições de que tratam o § 8º do 
art. 444 e os arts. 446 a 450 do RIPI.
A EFD-ICMS/IPI compõe-se da totalidade das 
informações em meio digital, necessárias à apuração 
do imposto, referentes às operações e às prestações 
praticadas pelo contribuinte, bem como de outras de 
interesse das administrações tributárias das UF e da 
RFB.
Considera-se a EFD-ICMS/IPI válida, para efei-
tos fiscais, após a confirmação do recebimento do 
arquivo que a contém, no ambiente nacional do Sped, 
instituído pelo Decreto federal nº 6.022/2007.
A EFD-ICMS/IPI substitui a escrituração e a im-
pressão dos seguintes livros fiscais:
a) Registro de Entradas (EFD-ICMS/IPI - Bloco C);
b) Registro de Saídas (EFD-ICMS/IPI - Bloco C);
c) Registro de Inventário (EFD-ICMS/IPI - Bloco H);
16-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
d) Registro de Apuração do IPI (EFD-ICMS/IPI - 
Bloco E - Registro E500, pai e filhos);
e) Registro de Apuração do ICMS (EFD-ICMS/IPI 
- Bloco E - Registro E100, pai e filhos); 
f) Ciap, modelos “C” ou “D” (EFD-ICMS/IPI - Blo-
co G); e
g) RCPE (EFD-ICMS/IPI - Bloco K).
Nota 
O RCPE, modelo 3, de que trata o inciso III do art. 444 do RIPI, o qual 
corresponde ao bloco K da EFD-ICMS/IPI, é utilizado de forma gradativa nos 
termos do § 7º da cláusula terceira do Ajuste Sinief nº 2/2009 (veja item 3).
A escrituração do Controle de Crédito de ICMS 
do Ativo Permanente (Ciap), modelos “C” ou “D”, de 
que trata o Ajuste Sinief nº 8/1997, é obrigatória desde 
1º.01.2011, nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2010.
A cláusula vigésima segunda do Ajuste Sinief 
nº 2/2009 dispõe que se aplicam à EFD-ICMS/IPI, no 
que couber:
a) as normas do Convênio Sinief s/nº, de 
15.12.1970;
b) a legislação tributária nacional e de cada UF, 
inclusive no que se refere à aplicação de pe-
nalidades por infrações;
c) as normas do citado Ajuste Sinief nº 8/1997, 
que instituiu o Ciap.
O contribuinte deverá:
a) prestar as informações relativas à EFD-ICMS/
IPI em arquivo digital individualizado por esta-
belecimento; e
b) armazenar o arquivo digital da EFD-ICMS/IPI, 
observando os requisitos de segurança, au-
tenticidade, integridade e validade jurídica, 
pelo mesmo prazo estabelecido pela legis-
lação para a guarda dos documentos fiscais 
(veja item 6).
A geração, o armazenamento e o envio do arquivo 
digital não dispensam o contribuinte da guarda dos 
documentos que deram origem às informações neles 
constantes, na forma e nos prazos estabelecidos pela 
legislação aplicável.
(RIPI/2010, arts. 391, 444, 446 a 450, 453, 454 e 455; 
Decreto nº 6.022/2007; Ajuste Sinief nº 8/1997; Ajuste Sinief 
nº 2/2009, cláusulas primeira, §§ 1º e 3º, terceira, § 7º, sex-
ta, sétima e vigésima segunda; Ajuste Sinief nº 2/2010; Ato 
Cotepe/ICMS nº 44/2018; Convênio Sinief s/nº de 1970)
8. InFraçõES E PEnaLIdadES
Constitui infração toda ação ou omissão, voluntá-
ria ou involuntária, que importe em inobservância de 
preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo RIPI 
ou pelos atos administrativos de caráter normativo 
destinados a complementá-lo.
Sob esse aspecto, é importante destacar que a 
responsabilidade por infrações independe da inten-
ção do agente ou do responsável e da efetividade, 
natureza e extensão dos efeitos do ato.
As infrações são punidas com as seguintes penas, 
aplicáveis separada ou cumulativamente: 
a) multa;
b) perdimento da mercadoria; e
c) cassação de regimes ou controles especiais 
estabelecidos em benefício de contribuintes 
ou de outras pessoas obrigadas ao cumpri-
mento dos dispositivos do RIPI.
Entre as multas por infrações previstas no RIPI, 
selecionamos as seguintes:
a) aplicação de regime especial de fiscalização 
nos termos do art. 541, caput, I, do RIPI ao 
sujeito passivo que incorrer em embaraço à 
fiscalização, caracterizado pela negativa não 
justificada de exibição de livros e documentos 
em que se assente a escrituração das ativida-
des do sujeito passivo, bem como pelo não 
fornecimento de informações sobre bens, mo-
vimentação financeira, negócio ou atividade, 
próprios ou de terceiros, quando intimado, e 
demais hipóteses que autorizam a requisição 
do auxílio da força pública, nos termos do art. 
200 da Lei nº 5.172/1966 (Código Tributário 
Nacional - CTN);
b) multa igual a 20% do valor comercial das quan-
tidades não escrituradas quando apurada, em 
estabelecimento industrial de charutos, cigar-
ros, cigarrilhas ou de fumo desfiado, picado, 
migado, em pó, ou em rolo e em corda, a falta 
da escrituração, nos assentamentos próprios, 
da aquisição do tabaco em folha ou do papel 
para cigarros em bobinas; e
c) multa de 5 vezes a pena prevista no art. 597 
do RIPI (multa mínima equivalente a R$ 21,90) 
para aqueles que simularem, viciarem ou falsi-
ficarem documentos ou a escrituração de seus 
livros fiscais ou comerciais, ou utilizarem do-
cumentos falsos para iludir a fiscalização ou 
16-06 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
fugir ao pagamento do imposto, se não couber 
outra multa maior por falta de lançamento ou 
pagamento do imposto.
(RIPI/2010, arts. 541, caput, I, 548, 555, 583, 589 e 597)
9. JurISPrudênCIa adMInISTraTIva
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais 
(CARF), criado pela Medida Provisória nº 449/2008, 
convertida na Lei nº 11.941/2009, por meio da Portaria 
CARF nº 52/2010, divulga no site http://carf.fazenda.
gov.br/sincon/public/pages/index.jsf diversas súmulas 
consolidadas, das quais destacamos as seguintes:a) Súmula CARF nº 6: É legítima a lavratura de auto de 
infração no local em que foi constatada a infração, ainda 
que fora do estabelecimento do contribuinte;
b) Súmula CARF nº 8: O Auditor Fiscal da Receita Federal 
é competente para proceder ao exame da escrita fiscal da 
pessoa jurídica, não lhe sendo exigida a habilitação profis-
sional de contador; 
c) Súmula CARF nº 9: É válida a ciência da notificação 
por via postal realizada no domicílio fiscal eleito pelo con-
tribuinte, confirmada com a assinatura do recebedor da 
correspondência, ainda que este não seja o representante 
legal do destinatário; 
d) Súmula CARF nº 11: Não se aplica a prescrição intercor-
rente no processo administrativo fiscal;
e) Súmula CARF nº 16: O direito ao aproveitamento dos cré-
ditos de IPI decorrentes da aquisição de matérias-primas, 
produtos intermediários e material de embalagem utiliza-
dos na fabricação de produtos cuja saída seja com isenção 
ou alíquota zero, nos termos do art. 11 da Lei nº 9.779, de 
1999, alcança, exclusivamente, os insumos recebidos pelo 
estabelecimento do contribuinte a partir de 1º de janeiro 
de 1999;
f) Súmula CARF n°18: A aquisição de matérias-primas, pro-
dutos intermediários e material de embalagem tributados à 
alíquota zero não gera crédito de IPI; e
g) Súmula CARF nº 20: Não há direito aos créditos de IPI 
em relação às aquisições de insumos aplicados na fabrica-
ção de produtos classificados na TIPI como NT. 
(Medida Provisória nº 449/2008; Lei nº 11.941/2009; Porta-
ria CARF nº 52/2010)
N
a Estadual
ICMS
Substituição tributária - Regras gerais
 SUMÁRIO
 1. Quadro sinótico
 2. Conceito
 3. Esclarecimentos acerca do regime
 4. Aplicabilidade
 5. Inaplicabilidade
 6. Responsáveis
 7. Contribuintes substitutos e substituídos
 8. Inscrição cadastral
 9. Produtos sujeitos ao regime
 10. Bens e mercadorias fabricadas em escala industrial 
não relevante - Inaplicabilidade
 11. Base de cálculo
 12. Valores de frete, seguro e de outros encargos
 13. Alíquota
 14. Margem de valor agregado (MVA)
 15. Levantamento de estoque
 16. Fundo Estadual de Combate e Erradicação da 
Pobreza
 17. Recolhimento do imposto
 18. Restituição do imposto retido
 19. Estabelecimento industrial mato-grossense 
enquadrado em programa de desenvolvimento 
setorial - Apuração do imposto devido por substituição 
tributária
 20. Obrigações do contribuinte
 21. Emissão de documentos fiscais
 22. Cest
 23. Escrituração fiscal - Contribuinte substituto/substituído
 24. Obrigação acessória
 25. Penalidades
1. Quadro SInóTICo
A responsabilidade pelo pagamento do ICMS e 
pelo cumprimento das obrigações tributárias recor-
rentes, em geral, é da pessoa que promove a circula-
ção de mercadorias e/ou a prestação de serviços de 
transporte ou de comunicação. Contudo, a legislação 
do ICMS estabelece que o contribuinte que realizar 
operações com produtos sujeitos ao pagamento do 
imposto pelo regime jurídico-tributário de sujeição 
passiva por substituição com retenção antecipada 
do imposto deverá observar o tratamento específico 
a esse regime.
Abordaremos neste texto os procedimentos 
necessários relativos à substituição tributária com 
base no RICMS-MT/2014, cujas principais regras 
estão sintetizadas no quadro a seguir:
16-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
Aplicabilidade Nas operações internas, interestaduais e de importação, ainda que destinadas ao Município de Manaus e às Áreas de Livre Comércio.
Inaplicabilidade
O regime de substituição tributária não se aplica nas operações:
a) que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição tributária, da mesma mercadoria;
b) pelas quais forem destinados bens ou mercadorias, em transferência, a estabelecimento des-
te Estado, pertencente ao mesmo titular do estabelecimento remetente, localizado em outro Es-
tado, ressalvadas as operações com combustíveis e lubrificantes, derivados ou não de petróleo 
e outros produtos;
c) que destinem produtos para integração ou consumo em processo de industrialização;
d) subsequentes a ser realizadas pelo estabelecimento destinatário, exceto microempresa, 
quando estiver amparada por isenção, não incidência ou diferimento do imposto;
e) destinadas a consumidor final, ressalvado o disposto no RICMS-MT/2014.
Base de cálculo - Substituição Tributária 
(ST) Observar o tópico 11.
Relação de produtos RICMS-MT/2014, Anexo X, Apêndice. Observar segmentos no tópico 9.
Responsável pela retenção e pelo reco-
lhimento do imposto
Ao estabelecimento importador ou estabelecimento industrial fabricante, na qualidade de con-
tribuinte substituto, caberá a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto 
devido.
2. ConCEITo
A substituição tributária é um regime por meio do 
qual a responsabilidade pelo ICMS devido em relação 
às operações ou às prestações é atribuída a outro con-
tribuinte. Ou seja, a lei altera a responsabilidade pelo 
cumprimento da obrigação tributária, conferindo-a a 
terceiro, que não praticou o fato gerador diretamente, 
mas que possui vinculação indireta com aquele que 
deu causa ao fato.
No regime de substituição tributária (ST), o con-
tribuinte nomeado como substituto tributário paga 
o imposto devido pelas operações posteriores até 
chegar ao consumidor final, ou seja, paga o imposto 
de uma operação que ainda não ocorreu e que nem 
sabe se vai ocorrer.
(Lei Complementar nº 87/1996, arts. 6º e 7º)
3. ESCLarECIMEnToS aCErCa do rEGIME
É importante observar que, segundo disposição 
constitucional, a lei poderá atribuir ao sujeito passivo 
de obrigação tributária a condição de responsável 
pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo 
fato gerador deva ocorrer posteriormente (sujeição 
passiva por substituição para frente), assegurada a 
imediata e preferencial restituição da quantia paga, 
caso não se realize o fato gerador presumido.
A substituição tributária é utilizada para facilitar 
a fiscalização dos tributos “plurifásicos”, ou seja, os 
tributos que incidem várias vezes no decorrer da 
cadeia de circulação de determinada mercadoria ou 
serviço.
Pelo sistema de substituição tributária, o tributo 
plurifásico passa a ser recolhido de uma só vez, como 
se o tributo fosse monofásico.
A responsabilidade direta pelo pagamento do 
ICMS é daquele que promove a circulação de merca-
dorias ou a prestação de serviços de transporte ou de 
comunicação.
Na linguagem corrente, é denominado “ICMS 
próprio”.
No entanto, em determinadas situações, a legisla-
ção atribui a terceiros a obrigação de reter e recolher 
o ICMS devido pelas operações ou prestações subse-
quentes, hipótese em que esse terceiro, geralmente, 
participa dessa operação/prestação em determinada 
fase do seu ciclo econômico. 
Dessa relação, nasce a figura do contribuinte 
substituto tributário, ou seja, aquele que, embora 
não tenha relação direta com a obrigação tributária, 
torna-se responsável pelo cumprimento de determi-
nada obrigação em decorrência de norma legal a ele 
imposta.
A responsabilidade poderá ser atribuída em 
relação ao imposto incidente sobre uma ou mais 
operações ou prestações, antecedentes, concomi-
tantes ou subsequentes, inclusive em relação ao valor 
decorrente da diferença entre as alíquotas interna e 
interestadual nas operações e prestações que desti-
nem bens e serviços a consumidor final localizado em 
outro Estado, que seja contribuinte do imposto.
(Constituição Federal/1988, art. 150, § 7º)
16-08 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
4. aPLICaBILIdadE
O regime de substituição tributária será aplicado 
nas operações internas, interestaduais e de importa-
ção, ainda que destinadas ao Município de Manaus e 
às Áreas de Livre Comércio.
Quando determinado na legislação tributária, 
poderá ser aplicado, inclusive, nas remessas de 
bens ou mercadorias, em transferência, para outro 
estabelecimento pertencente ao mesmotitular do 
estabelecimento remetente, sujeito passivo por 
substituição tributária, responsável pela retenção e 
pelo recolhimento do imposto devido em relação às 
operações subsequentes a ocorrerem no território 
mato-grossense.
Observa-se que o referido regime aplica-se tam-
bém ao imposto correspondente à diferença entre a 
alíquota interna e a alíquota interestadual incidente 
sobre as operações interestaduais com bens e mer-
cadorias destinadas ao uso, consumo ou ativo imo-
bilizado de contribuinte do imposto localizado neste 
Estado.
(RICMS-MT/2014, art. 448 e § 5º e Anexo X, art. 1º, §§ 1º 
e 2º)
5. InaPLICaBILIdadE
O regime de substituição tributária não se aplicará:
a) nas operações que destinem mercadorias a 
sujeito passivo por substituição tributária, da 
mesma mercadoria;
b) nas operações pelas quais forem destinados, 
em transferência, bens ou mercadorias a es-
tabelecimento deste Estado, exceto varejista, 
pertencente ao mesmo titular do sujeito pas-
sivo por substituição, localizado em outra Uni-
dade da Federação, ressalvadas as disposi-
ções do Capítulo II do RICMS-MT/2014, que 
dispõe sobre o Regime de Substituição Tribu-
tária nas Operações com Combustíveis e Lu-
brificantes, Derivados ou Não de Petróleo e 
outros Produtos;
c) nas operações que destinem produtos para in-
tegração ou consumo em processo de indus-
trialização;
d) quando a operação subsequente a ser reali-
zada pelo estabelecimento destinatário estiver 
amparada por isenção, não incidência ou dife-
rimento do imposto;
e) nas operações destinadas a consumidor fi-
nal, ressalvado o disposto no RICMS-MT/2014, 
art. 448, § 3º, e no art. 463, § 1º, I.
Observa-se que o previsto na letra “a” não se 
aplica nas saídas de bens ou mercadorias de esta-
belecimento industrial instalado no território mato-
grossense com destino a estabelecimento comercial, 
também instalado no território deste Estado, hipótese 
em que compete à indústria efetuar a retenção e o 
recolhimento do ICMS devido por substituição tribu-
tária. 
Também não se aplica o referido regime:
a) às operações com mercadorias desoneradas do 
pagamento de ICMS nas operações internas;
b) às operações com mercadorias cujas saídas 
internas sejam albergadas pelo diferimento do 
ICMS;
c) às operações interestaduais que destinem 
bens e mercadorias submetidas ao regime 
de substituição tributária a estabelecimento 
industrial fabricante do mesmo bem e merca-
doria;
d) às transferências interestaduais promovidas 
entre estabelecimentos do remetente, exceto 
quando o destinatário for estabelecimento va-
rejista;
e) às operações que destinem bens e mercado-
rias a estabelecimento industrial para emprego 
em processo de industrialização como maté-
ria-prima, produto intermediário ou material de 
embalagem, desde que este estabelecimento 
não comercialize o mesmo bem ou mercadoria;
f) às operações interestaduais que destinem 
bens e mercadorias a estabelecimento locali-
zado neste Estado, credenciado como substi-
tuto tributário em relação ao ICMS devido nas 
operações internas;
g) às operações interestaduais com bens e mer-
cadorias produzidas em escala industrial não 
relevante, nos termos da cláusula vigésima se-
gunda do Convênio ICMS nº 142/2018;
h) às operações entre estabelecimentos de em-
presas interdependentes, exceto na hipótese 
de o destinatário ser varejista;
i) às operações entre estabelecimentos de em-
presas pertencentes ao mesmo grupo econô-
mico, exceto na hipótese de o destinatário ser 
varejista;
j) às operações entre estabelecimentos de em-
presas coligadas ou controladas, exceto na 
hipótese de o destinatário ser varejista;
k) às operações com fármacos e medicamentos 
“com destinação hospitalar”, apresentados 
16-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
em “embalagem hospitalar”, conforme defini-
ção da Agência Nacional de Vigilância Sani-
tária (Anvisa), ainda que destinados a estabe-
lecimentos comerciais, hipóteses em que será 
observado o regime de apuração normal do 
ICMS.
(RICMS-MT/2014, art. 450 e Anexo X, art. 3º, I ao XI)
6. rESPonSávEIS
A condição de responsável por substituição será 
atribuída ao:
a) industrial, comerciante ou pertencente a outra 
categoria de contribuinte, pelo pagamento do 
imposto devido em operação ou operações 
anteriores;
b) produtor, extrator, gerador, inclusive de ener-
gia, industrial, distribuidor, comerciante ou 
transportador, pelo pagamento do imposto de-
vido nas operações subsequentes;
c) depositário, a qualquer título, em relação à 
mercadoria depositada por contribuinte;
d) contratante de serviço ou terceiro que partici-
pe da prestação de serviços de transporte in-
terestadual e intermunicipal e de comunicação.
(RICMS-MT/2014, art. 45)
7. ConTrIBuInTES SuBSTITuToS E SuBSTITuídoS
Será contribuinte substituto o sujeito passivo da 
obrigação principal que, sem se revestir da condição 
de contribuinte, apresentar obrigação decorrente 
de disposição expressa de lei, de maneira que será 
aquele eleito por lei para antecipar o recolhimento do 
imposto devido pelas operações subsequentes, até 
que a mercadoria chegue ao consumidor final.
Será contribuinte substituído o sujeito passivo da 
obrigação principal, titular do dever de pagar o tributo, 
que tiver relação pessoal e direta com a situação que 
constitui o respectivo fato gerador, ou seja, aquele 
que praticar o fato gerador do ICMS e a circulação 
jurídica e econômica de mercadorias.
(RICMS-MT/2014, art. 448; Lei Complementar nº 87/1996, 
art. 5º)
7.1 Substitutos tributários
São considerados substitutos tributários:
a) o destinatário da mercadoria, por exemplo, co-
merciante, industrial, cooperativa ou qualquer 
outro contribuinte, exceto produtor ou extrator 
de minério, quando devidamente indicado na 
documentação correspondente, relativamente 
ao imposto devido na saída promovida pelo 
produtor ou extrator de minério;
b) o remetente da mercadoria, por exemplo, co-
merciante, industrial, produtor, cooperativa ou 
qualquer outro contribuinte, pessoa de direito 
público ou privado, relativamente ao imposto 
devido nas subsequentes operações realiza-
das por representante, mandatário, comissá-
rio, gestor de negócio ou adquirente da res-
pectiva mercadoria, quando estes, a critério 
do Fisco, estejam dispensados de inscrição 
no Cadastro de Contribuintes do Estado;
c) o produtor, extrator, gerador, inclusive de ener-
gia, industrial, distribuidor, comerciante ou 
transportador, pelo pagamento do imposto de-
vido nas operações subsequentes;
d) a empresa distribuidora de lubrificante ou 
combustível, líquido ou gasoso, relativamente 
ao imposto devido pelas operações posterio-
res da mercadoria até a sua entrega ao consu-
midor final;
e) a empresa distribuidora de energia elétrica ao 
consumidor, relativamente ao imposto devido 
pelas operações anteriores, desde a produção 
ou importação, conforme o caso;
f) o revendedor atacadista de fumo e seus suce-
dâneos manufaturados que os tenha recebido 
de estabelecimento situado em outro Estado 
ou no Distrito Federal, relativamente ao impos-
to devido nas subsequentes saídas dessas 
mercadorias efetuadas por quaisquer outros 
contribuintes;
g) o contribuinte que realize as operações a se-
guir indicadas, relativamente ao imposto de-
vido nas anteriores saídas de papel usado e 
apara de papel, sucata de metal, caco de vi-
dro, retalho, fragmento e resíduo de plástico, 
de borracha ou tecido, promovidas por quais-
quer estabelecimentos:
g.1) saída de mercadoria fabricada com es-
ses insumos;
g.2) saída dessas mercadorias com destino 
a outro Estado, ao Distrito Federal ou ao 
exterior;
h) o contribuinte que realize quaisquer das op-
erações a seguir relacionadas, relativamente 
ao imposto devido nas anteriores saídas de 
produto agropecuário ou mineral:
h.1) saída com destino a outro Estado, ao 
Distrito Federal ou ao exterior;
16-10 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
h.2) saída com destino a estabelecimento in-
dustrial;
h.3) saída com destino a estabelecimento co-
mercial;
h.4) saída com destino a consumidor ou a 
usuário final;
h.5) saída de estabelecimento que o tenha 
recebido de outro estabelecimento do 
mesmo titular, indicado como substituto 
nas letras precedentes;
h.6) industrialização;
i) o contribuinte, autor da encomenda, relativa-
mente ao imposto devido nas sucessivas saí-
das de mercadorias remetidas para industrial-
ização, até o respectivo retorno ao seu estabe-
lecimento;
j) a cooperativa, relativamente ao imposto devi-
do na saída de mercadoria que lhe seja desti-
nada por produtor ou extrator de minério que 
dela faça parte;
k) o tomador do serviço, por exemplo, comer-
ciante, industrial, cooperativa ou qualquer 
outro contribuinte, pessoa de direito público ou 
privado, relativamente ao imposto devido na 
prestação de serviço realizada pelo prestador;
l) o prestador de serviço que promova a cobran-
ça integral do preço, relativamente ao imposto 
devido sobre prestações realizadas por mais 
de uma empresa;
m) o depositário a qualquer título, em relação à 
mercadoria depositada por contribuinte.
A sujeição passiva por substituição prevalece, 
também, nas seguintes hipóteses:
a) saída da mercadoria com destino ao consumi-
dor ou usuário final ou, ainda, a pessoa de di-
reito público ou privado não contribuinte;
b) saída da mercadoria ou prestação de serviço 
amparadas por não incidência ou isenção;
c) saída ou qualquer evento que impossibilite a 
ocorrência das operações ou prestações in-
dicadas neste tópico.
(RICMS-MT/2014, art. 47)
8. InSCrIção CadaSTraL
O Estado de Mato Grosso poderá exigir ou 
conceder inscrição no cadastro de contribuintes ao 
sujeito passivo por substituição definido em convênio 
ou protocolo de atribuição de responsabilidade por 
substituição tributária.
O número de inscrição deverá ser aposto em 
todos os documentos destinados ao Estado de Mato 
Grosso, inclusive no documento de arrecadação.
A mera obtenção de inscrição estadual não con-
figura credenciamento do contribuinte para retenção e 
recolhimento mensal do ICMS devido por substituição 
tributária.
A concessão da inscrição estadual observará 
as normas relativas ao Cadastro de Contribuintes do 
Estado de Mato Grosso.
Assim, para obtenção do credenciamento, para 
fins de retenção e recolhimento mensal do ICMS devido 
por substituição tributária, o contribuinte remetente da 
mercadoria, localizado nesta ou em outra Unidade da 
Federação, deverá atender as exigências relativas à 
inscrição cadastral, assim como as demais disposi-
ções normativas pertinentes ao credenciamento.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, arts. 18 e 19)
9. ProduToS SuJEIToS ao rEGIME
Os produtos sujeitos ao regime de substituição 
tributária estão arrolados nas Tabelas II a VI e IX a XXV 
do art. 1º do apêndice do Anexo X do RICMS-MT/2014, 
de acordo com os segmentos a seguir:
segmentos de mercadorias
item nome do segmento código do segmento
01 Autopeças 01
02 Bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope 02
03 Cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras bebidas 03
04 Cigarros e outros produtos derivados do fumo 04
05 Cimentos 05
06 Combustíveis e lubrificantes 06
07 Energia elétrica 07
08 Ferramentas 08
09 Lâmpadas, reatores e starter 09
10 Materiais de construção e congêneres 10
16-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
item nome do segmento código do segmento
11 Materiais de limpeza 11
12 Materiais elétricos 12
13 Medicamentos de uso humano e outros produtos farmacêuticos para uso humano ou veterinário 13
14 Papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros 14
15 Pneumáticos, câmaras de ar e protetores de borracha 16
16 Produtos alimentícios 17
17 Produtos de papelaria 19
18 Produtos de perfumaria e de higiene pessoal e cosméticos 20
19 Produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos 21
20 Rações para animais domésticos 22
21 Sorvetes e preparados para fabricação de sorvetes em máquinas 23
22 Tintas e vernizes 24
23 Veículos automotores 25
24 Veículos de duas e três rodas motorizados 26
25 Venda de mercadorias pelo sistema porta a porta 28
(RICMS-MT/2014, Anexo X, Apêndice)
10. BEnS E MErCadorIaS FaBrICadaS EM 
ESCaLa InduSTrIaL não rELEvanTE - 
InaPLICaBILIdadE
Os bens e mercadorias fabricados em escala 
industrial não relevante, mencionados no Anexo XXVII 
do Convênio ICMS nº 142/2018, não se aplicam à 
substituição tributária.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 3º, VII; Convênio ICMS 
nº 142/2018, cláusula vigésima segunda)
11. BaSE dE CáLCuLo
A base de cálculo para a retenção do imposto 
com mercadorias sujeitas à substituição tributária 
será obtida pelo somatório das parcelas seguintes:
a) o valor da operação ou prestação própria, re-
alizada pelo substituto tributário ou pelo sub-
stituído intermediário;
b) o montante dos valores de seguro, frete e out-
ros encargos cobrados ou transferíveis aos 
adquirentes ou tomadores de serviço;
c) a margem de valor agregado, inclusive lucro, 
relativa às operações ou às prestações subse-
quentes.
Assim, a base de cálculo para fins de retenção do 
imposto devido por substituição tributária em relação 
às operações subsequentes será o valor correspon-
dente ao preço final a consumidor, único ou máximo, 
fixado por órgão público competente.
Observa-se que, inexistindo o valor mencionado 
no parágrafo anterior, a base de cálculo para fins de 
retenção do imposto devido por substituição tributária, 
em relação às operações subsequentes, correspon-
derá, sucessivamente ao:
a) preço médio ponderado a consumidor final 
(PMPF); ou,
b) preço final a consumidor sugerido pelo reme-
tente, fabricante ou importador, assim enten-
dido aquele constante em catálogo ou lista de 
preços de sua emissão, acrescido do valor do 
frete quando este não estiver incluído no pre-
ço; ou
c) preço praticado pelo remetente acrescido dos 
valores correspondentes a frete, seguro, im-
postos, contribuições e outros encargos trans-
feríveis ou cobrados do destinatário, adiciona-
do da parcela resultante da aplicação sobre 
o referido montante do percentual de margem 
de valor agregado (MVA) estabelecida pelo 
Estado de Mato Grosso, ou, inexistindo esta, a 
prevista em convênio ou protocolo, para a mer-
cadoria submetida ao regime de substituição 
tributária, observado o disposto no tópico 10.
Na fixação da base de cálculo do ICMS devido 
por substituição tributária, relativo a aquisições inte-
restaduais de bens e mercadorias submetidos ao alu-
dido regime, será adotado o critério previsto no inciso 
II do caput deste artigo, quando o valor resultante for 
superior ao preço médio ponderado a consumidor 
final (PMPF), em vigor na data da operação, exceto 
combustíveis derivados de petróleo.
(RICMS-MT/2014, art. 81, II, § 8° e Anexo X, art. 5º e 6º, I 
à III)
16-12 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
12. vaLorES dE FrETE, SEGuro E dE ouTroS 
EnCarGoS
Nas operações com mercadorias sujeitas à subs-
tituição tributária em que os valores de frete, seguro e 
de outros encargos sejam desconhecidos do sujeito 
passivo por substituição tributária, a responsabilidade 
pelo pagamento do imposto incidente sobre esses 
valores será do destinatário, desde que tal condição 
seja indicada no correspondente documento fiscal.
Dessa forma, o destinatário da mercadoria lan-
çará o imposto a pagar, referente a frete ou seguro, no 
Registro E110 - Apuração do ICMS, na forma prevista 
na legislação, no período em que a mercadoria entrar 
no estabelecimento, vedada a utilização como crédito.
(RICMS-MT/2014, art. 81, § 1º, e art. 456)
13. aLíQuoTa
Para o cálculo da substituição tributária, o con-
tribuinte deverá verificar a alíquota aplicável para 
o produto, conforme previsto no RICMS-MT/2014, 
art. 95. O produto que não possuiralíquota específica 
será enquadrado na alíquota genérica deste Estado, 
que é de 17%.
(RICMS-MT/2014, art. 95)
14. MarGEM dE vaLor aGrEGado (Mva)
Margens de valor agregado a serem aplicadas 
nas operações com mercadorias sujeitas ao regime 
desde 1º.01.2020.
14.1 Hipóteses de utilização da Mva
A MVA prevista nas tabelas do Anexo Único da 
Portaria Sefaz nº 195/2019 só poderá ser utilizada 
quando o destinatário mato-grossense for:
a) optante pelo benefício fiscal de crédito ou-
torgado, previsto no RICMS-MT/2014, Anexo 
XVII, art. 2º, I e II, alínea “a”;
b) optante pelo tratamento diferenciado e favore-
cido previsto na Lei Complementar nº 123/2006 
(Simples Nacional).
Assim, caso o contribuinte não se enquadre nas 
situações tratadas anteriormente, deverá ser utilizada 
a MVA conforme os segmentos a seguir:
a) autopeças - Cest 01.001.00 a 01.999.00: 
65,29%;
b) bebidas alcoólicas, exceto cerveja e chope - 
Cest 02.001.00 a 02.999.00: 67,49%;
c) cervejas, chopes, refrigerantes, águas e outras 
bebidas - Cest 03.001.00 a 03.025.00: 73,63%;
d) cimento - Cest 05.001.00: 29,94%;
e) ferramentas - Cest 08.001.00 a 08.019.00 e 
08.020.00 a 08.023.00: 55,61%;
f) ferramentas - Cest 08.019.01: 65,29%;
g) lâmpadas, reatores e starter - Cest 09.001.00 a 
09.002.00: 83,24%;
h) lâmpadas, reatores e starter - Cest 09.003.00 a 
09.004.00: 108,84%;
i) lâmpadas, reatores e starter - Cest 09.005.00: 
64,06%;
j) materiais de construção e congêneres - Cest 
10.001.00 a 10.080.00: 74,75%;
k) materiais de limpeza - Cest 11.001.00 a 
11.012.00: 75,80%;
l) materiais elétricos - Cest 12.001.00 a 
12.009.00: 63,28%;
m) medicamentos de uso humano e outros produ-
tos farmacêuticos para uso humano ou veter-
inário - Cest 13.001.00 a 13.016.00: 60,35%;
n) papéis, plásticos, produtos cerâmicos e vidros 
- Cest 14.001.00 a 14.013.00: 66,52%;
o) pneumáticos, câmaras de ar e protetores 
de borracha - Cest 16.001.00 a 16.009.00: 
78,79%;
p) produtos alimentícios - Cest 17.001.00 a 
17.115.00: 59,75%;
q) produtos de papelaria - Cest 19.001.00 a 
19.033.00: 73,90%;
r) produtos de perfumaria e de higiene pessoal 
e cosméticos - Cest 20.001.00 a 20.064.00: 
75,80%;
s) produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e ele-
trodomésticos - Cest 21.001.00 a 21.126.00: 
53,86%;
t) rações para animais domésticos - Cest 
22.001.00: 68,57%;
u) sorvetes e preparados para fabricação de 
sorvetes em máquinas - Cest 23.001.00 a 
23.002.00: 61,78%;
v) tintas e vernizes - Cest 24.001.00 a 24.003.00: 
72,12%;
w) cigarros e outros produtos derivados do fumo 
- Cest 04.001.00 e 04.002.00: 94,70%.
(Portaria Sefaz nº 195/2019, art. 1º, § 1º, e art. 2º-B)
14.2 utilização da redução de 50% da Mva
Com relação à redução de 50% da MVA sobre a 
base de cálculo do imposto devido por substituição 
16-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
tributária, esta será utilizada pelo estabelecimento 
atacadista que:
a) for optante pelo Regime Optativo de Tributa-
ção da Substituição Tributária;
b) for optante pelo benefício fiscal de crédito ou-
torgado previsto no Regulamento do ICMS, 
Anexo XVII, art. 2º, II, “a”;
c) for credenciado como substituto tributário;
d) atenda a condição prevista no RICMS-
-MT/2014, Anexo XVII, art. 6º, § 4º.
Importante informar que poderá ser utilizada 
a referida redução sobre a base de cálculo do 
imposto devido por substituição tributária, relativo às 
operações subsequentes à saída do estabelecimento 
comercial atacadista, hipótese em que não poderá 
ser aplicada nas compras e vendas interestaduais.
(Portaria Sefaz nº 195/2019, art. 2º-A, § 3º)
14.3 Cálculo do diferencial de alíquotas - 
operações interestaduais com produtos 
sujeitos a ST
Nas operações interestaduais com bens e mer-
cadorias submetidos ao regime de substituição tribu-
tária, destinados a uso, consumo ou ativo imobilizado 
do adquirente, a base de cálculo do imposto devido 
será o valor da operação interestadual adicionado do 
imposto correspondente à diferença entre a alíquota 
interna a consumidor final estabelecida no Estado de 
Mato Grosso para o bem ou a mercadoria e a alíquota 
interestadual.
O cálculo do diferencial será realizado aplicando-
se a fórmula:
“ICMS ST Difal = [(V oper - ICMS origem)/(1 - ALQ 
interna)] x ALQ interna - (V oper x ALQ interestadual)”
Onde:
a) “ICMS ST Difal” é o valor do imposto corre-
spondente à diferença entre a alíquota interna 
a consumidor final estabelecida na Unidade 
da Federação de destino para o bem ou a mer-
cadoria e a alíquota interestadual;
b) “V oper” é o valor da operação interestadual, 
acrescido dos valores correspondentes a fre-
te, seguro, impostos, contribuições e outros 
encargos transferíveis ou cobrados do desti-
natário, ainda que por terceiros;
c) “ICMS origem” é o valor do imposto correspon-
dente à operação interestadual, destacado no 
documento fiscal de aquisição;
d) “ALQ interna” é a alíquota interna estabeleci-
da na Unidade da Federação de destino para 
as operações com o bem e a mercadoria a 
consumidor final, devendo esta ser acrescida 
do adicional destinado ao Fundo Estadual de 
Combate e Erradicação da Pobreza, nas hipó-
teses previstas no inciso IV do art. 5º da Lei 
Complementar nº 144/2003 e no § 9º do art. 14 
da Lei nº 7.098/1998;
e) “ALQ interestadual” é a alíquota estabelecida 
pelo Senado Federal para a operação.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 8º, § 4º)
15. LEvanTaMEnTo dE ESToQuE
Os contribuintes inscritos no Cadastro de Contri-
buintes do ICMS, cuja atividade econômica principal 
esteja enquadrada como estabelecimento comercial 
atacadista ou distribuidor ou estabelecimento com-
ercial varejista, independentemente de terem optado 
pela fruição de benefício fiscal previsto no RICMS- 
-MT/2014, Anexo XVII, deverão efetuar o inventário do 
estoque mantido no estabelecimento em 31.12.2019, 
das mercadorias cujas entradas no estabelecimento 
tenham sido tributadas pelo regime de estimativa 
simplificado, em vigor até aquela data.
Dessa forma, no arrolamento das mercadorias 
inventariadas, deverão ser segregadas em rubrica 
específica aquelas que forem submetidas à tributação 
pelo regime de estimativa simplificado, bem como 
aquelas amparadas por benefícios cuja fruição esteja 
condicionada à tributação pela entrada, mediante 
aplicação de carga tributária previamente fixada, com 
encerramento da cadeia tributária.
(RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, §§ 1º e 3º a 4º)
15.1 aproveitamento do crédito do ICMS
Sobre o estoque existente no estabelecimento, 
em 31.12.2019, será permitido o aproveitamento do 
crédito do ICMS pelas entradas das mercadorias 
no montante de 7% sobre o valor da última entrada, 
exceto quando se tratar de mercadorias:
a) isentas ou não tributadas;
b) que tenham a base de cálculo do imposto re-
duzida de forma que a carga tributária seja 
menor que 7%, mercadorias importadas ad-
quiridas em operações interestaduais ou mer-
cadorias que sejam oriundas de contribuintes 
optantes pelo Simples Nacional, hipóteses em 
que será admitido o crédito de ICMS destaca-
16-14 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
do na respectiva nota fiscal de entrada no es-
tabelecimento.
Ressalta-se que também será permitido o aprovei-
tamento do crédito do ICMS efetivamente pago pelo 
contribuinte inventariante, tomando por base o valor 
da última entrada, calculado com base nos regimes 
de antecipação do imposto em vigor até 31.12.2019.
Dessa forma, o aproveitamento do crédito per-
tinente ao estoque inventariado será parcelado em 
8 meses, a partir da escrituração fiscal do mês de 
fevereiro de 2020, da seguinte forma:
a) a parcela correspondente a 1/8 do crédito 
apurado, na forma prevista nas letras “a” e “b” 
mencionadas anteriormente, será lançada na 
escrituração fiscal juntamente com os créditos 
de ICMS do respectivo mês, antes da apura-
ção do crédito outorgado;
b) a parcelacorrespondente a 1/8 do crédito 
apurado efetivamente pelo imposto pago pelo 
contribuinte inventariante, tomando por base o 
valor da última entrada, calculado com base 
nos regimes de antecipação do imposto em 
vigor até 31.12.2019, será lançada na escritu-
ração fiscal após a apuração do crédito outor-
gado.
Importante informar que os contribuintes optantes 
pelo Simples Nacional, para fins de compensação 
da antecipação do recolhimento do ICMS, incidente 
sobre os estoques das mercadorias inventariadas, em 
31.12.2019, deverão observar que:
a) será permitido o ajuste no Programa Gerador 
do Documento de Arrecadação do Simples 
Nacional (PGDAS), em 8 parcelas mensais e 
iguais, correspondente ao ICMS efetivamente 
pago pelo contribuinte inventariante, tomando 
por base o valor da última entrada, calculado 
com base nos regimes de antecipação do im-
posto em vigor até 31.12.2019;
b) o ajuste mencionado na letra “a” será efetuado 
a partir do registro no PGDAS relativo ao mês 
de fevereiro até o relativo ao mês de setembro 
de 2020;
c) nos termos da legislação do Simples Nacional, 
não será objeto de compensação o ICMS des-
tacado na nota fiscal que acobertou a entra-
da da mercadoria inventariada, nos termos do 
RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, § 2º.
(RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, §§ 2º a 4º)
15.1.1 Simples nacional
Importante informar que os contribuintes optantes 
pelo Simples Nacional, para fins de compensação 
da antecipação do recolhimento do ICMS, incidente 
sobre os estoques das mercadorias inventariadas, em 
31.12.2019, deverão observar que:
a) será permitido o ajuste no PGDAS, em 8 parce-
las mensais e iguais, correspondente ao ICMS 
efetivamente pago pelo contribuinte inventa-
riante, tomando por base o valor da última en-
trada, calculado com base nos regimes de an-
tecipação do imposto em vigor até 31.12.2019;
b) o ajuste mencionado na letra “a” será efetuado 
a partir do registro no PGDAS relativo ao mês 
de fevereiro até o relativo ao mês de setembro 
de 2020;
c) nos termos da legislação do Simples Nacional, 
não será objeto de compensação o ICMS des-
tacado na nota fiscal que acobertou a entra-
da da mercadoria inventariada, nos termos do 
RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, § 2º.
(RICMS-MT/2014, Anexo XVII, art. 8º, § 5º)
16. Fundo ESTaduaL dE CoMBaTE E 
ErradICação da PoBrEza
Constituem receitas do Fundo a parcela do 
produto da arrecadação correspondente ao adicional 
de 2% na alíquota do ICMS, sobre os produtos e ser-
viços a seguir relacionados:
a) na prestação onerosa regular e idônea de 
serviço de telecomunicação fixa comutada 
prestada por operador de telecomunicação 
inscrito e regular, quanto ao tomador usuário 
final que residir e domiciliar dentro do território 
deste Estado;
b) nas demais prestações onerosas de serviços 
de comunicação, inclusive quando prestados 
ou iniciados no exterior, ressalvado o disposto 
na letra “a”;
c) nas operações internas e de importação, reali-
zadas com:
c.1) armas e munições, suas partes e aces-
sórios, classificados no Capítulo 93 da 
Nomenclatura Brasileira de Mercadorias 
- Sistema Harmonizado (NBM/SH) (Ca-
pítulo 93 da Nomenclatura Comum do 
Mercosul - NCM);
c.2) embarcações de esporte e de recrea-
ção, classificadas no código 8903 da 
NBM/SH (código 89.03 da NCM);
16-15Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
c.3) bebidas classificadas nos códigos 
2203, 2204, 2205, 2206, 2207 e 2208 da 
NBM/SH (códigos 2203.00.00, 22.04, 
22.05, 2206.00, 22.07 e 22.08 da NCM);
c.4) cigarro, fumo e seus derivados, classi-
ficados no Capítulo 24 (Capítulo 24 da 
NCM);
c.5) joias classificadas nos códigos 7113 a 
7116 da NBM/SH (códigos 71.13 a 71.16 
da NCM);
c.6) cosméticos e perfumes classificados nos 
códigos 3303, 3304, 3305 e 3307 (có-
digos 3303.00, 33.04, 33.05, 33.07 da 
NCM).
Assim, deve ser adicionado o valor de 2 pontos 
percentuais às alíquotas previstas nos incisos III, “b”, 
“c” e “d”, IV e VII do art. 95 do RICMS-MT/2014, nas 
operações com as citadas mercadorias.
Ressalta-se que o percentual da alíquota de 
30% aplicada às mercadorias previstas na letra “c”, 
efetivamente recolhido, que ultrapassar 25% será, 
também, destinado ao Fundo Estadual de Combate e 
Erradicação da Pobreza.
(RICMS-MT/2014, art. 95, III, “b”, “c” e “d”, IV e VII, §§ 7º 
a 9º)
17. rECoLHIMEnTo do IMPoSTo
Como regra geral, no regime de substituição tribu-
tária, o imposto será arrecadado e pago:
a) quando devidamente indicado na documenta-
ção fiscal correspondente, no momento da en-
trada no estabelecimento, localizado neste Es-
tado, de comerciante, industrial, cooperativa 
ou outra pessoa jurídica de direito público ou 
privado, contribuinte do ICMS, em relação às 
saídas de mercadorias promovidas por produ-
tor mato-grossense, observado o disposto no 
art. 140 do RICMS-MT/2014;
b) antecipadamente, pelo remetente, comer-
ciante, industrial, produtor, cooperativa, ou 
outra pessoa jurídica de direito público ou 
privado, relativamente às subsequentes saí-
das de mercadorias promovidas por repre-
sentantes, mandatários, comissários, gestores 
de negócios ou adquirentes neste Estado das 
respectivas mercadorias, quando estiverem 
dispensados da inscrição no Cadastro de 
Contribuintes do imposto;
c) antecipadamente, pelo industrial, importador, 
arrematante de mercadoria importada, comer-
ciante atacadista, distribuidor ou engarrafador, 
conforme o caso, em relação às subsequentes 
saídas promovidas por quaisquer estabeleci-
mentos para o território do Estado, com as se-
guintes mercadorias e serviços:
c.1) animais vivos e produtos do reino animal, 
compreendidos na Seção I da NBM/SH;
c.2) produtos do reino vegetal compreendi-
dos na Seção II da NBM/SH;
c.3) gorduras e óleos animais ou vegetais, 
produtos da sua dissociação, gorduras 
alimentares elaboradas e ceras de ori-
gem animal ou vegetal, compreendidos 
na Seção III da NBM/SH;
d) produtos das indústrias alimentares, bebidas, 
líquidos alcoólicos e vinagres, fumo (tabaco) e 
seus sucedâneos manufaturados, compreen-
didos na Seção IV da NBM/SH;
e) produtos minerais compreendidos na Seção V 
da NBM/SH;
f) produtos das indústrias químicas ou das in-
dústrias conexas, compreendidos na Seção VI 
da NBM/SH;
g) plásticos e suas obras e borracha e suas 
obras, compreendidos na Seção VII da 
NBM/SH;
h) peles, couros, peleteria (peles com pelo) e 
obras destas matérias, artigos de correeiro ou 
de seleiro, artigos de viagem, bolsas e artefa-
tos semelhantes e obras de tripa, compreendi-
dos na Seção VIII da NBM/SH;
i) madeira, carvão vegetal e obras de madeira, 
cortiça e suas obras e obras de espartaria ou 
de cestaria, compreendidos na Seção IX da 
NBM/SH;
j) pasta de madeira ou de outras matérias fibro-
sas celulósicas, papel ou cartão de reciclar 
(desperdícios e aparas) e papel e suas obras, 
compreendidos na Seção X da NBM/SH;
k) matérias têxteis e suas obras, compreendidos 
na Seção XI da NBM/SH;
l) calçados, chapéus e artefatos de uso seme-
lhante, guarda-chuvas, guarda-sóis, bengalas, 
chicotes e suas partes; penas preparadas e 
suas obras, flores artificiais e obras de cabelo, 
compreendidos na Seção XII da NBM/SH;
m) obras de pedra, gesso, cimento, amianto, mica 
ou de matérias semelhantes, produtos cerâmi-
cos e vidro e suas obras, compreendidos na 
Seção XIII da NBM/SH;
16-16 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
n) pérolas naturais ou cultivadas, pedras precio-
sas ou semipreciosas e semelhantes, metais 
preciosos, metais folheados ou chapeados 
de metais preciosos, e suas obras, bijuterias 
e moedas, compreendidos na Seção XIV da 
NBM/SH;
o) metais comuns e suas obras, compreendidos 
na Seção XV da NBM/SH;
p) máquinas e aparelhos, material elétrico, e 
suas partes, aparelhos de gravação ou de re-
produção de som, aparelhos de gravação ou 
de reprodução de imagens e de som em tele-
visão,e suas partes e acessórios, compreen-
didos na Seção XVI da NBM/SH;
q) material de transporte compreendido na Seção 
XVII da NBM/SH;
r) instrumentos e aparelhos de óptica, fotogra-
fia ou cinematografia, medida, controle ou de 
precisão, instrumentos e aparelhos médico-
cirúrgicos, aparelhos de relojoaria, instrumen-
tos musicais, suas partes e acessórios, com-
preendidos na Seção XVIII da NBM/SH;
s) armas e munições, suas partes e acessórios, 
compreendidos na seção XIX da NBM/SH;
t) mercadorias e produtos diversos compreendi-
dos na Seção XX da NBM/SH;
u) serviços de transporte e de comunicação;
v) pela empresa transportadora contratante, de-
vidamente inscrita neste Estado, na hipótese 
de subcontratação de prestação de serviço de 
transporte de carga;
w) na prestação de serviço de transporte de car-
ga realizado por transportador autônomo ou 
empresa transportadora de outra Unidade da 
Federação não inscrita no Cadastro de Contri-
buintes deste Estado:
w.1) pelo alienante ou remetente da mercado-
ria, exceto se produtor rural ou microem-
presa, quando contribuinte do ICMS;
w.2) pelo depositário da mercadoria a qual-
quer título na saída da mercadoria ou bem 
depositado por pessoa física ou jurídica;
w.3) pelo destinatário da mercadoria, exceto 
produtor rural ou microempresa, quando 
contribuinte do ICMS na prestação interna;
x) antecipadamente, na forma indicada em por-
taria editada pela Secretaria Adjunta da Recei-
ta Pública da Secretaria de Estado de Fazen-
da, quando o remetente e o destinatário das 
mercadorias submetidas ao referido regime 
forem devidamente credenciados por aquela 
Secretaria como substitutos tributários, con-
forme requisitos exigidos em normas comple-
mentares;
y) pela empresa encarregada de executar o 
transporte ferroviário, nas prestações de ser-
viços de transporte ferroviários iniciadas no Es-
tado de Mato Grosso, até a entrega do bem ou 
da mercadoria no seu destino final, observado 
o disposto no art. 564 do RICMS-MT/2014.
(RICMS-MT/2014, art. 448)
17.1 Prazo de recolhimento
O vencimento do imposto devido por substituição 
tributária será:
a) o dia 9 do mês subsequente ao da saída do 
bem e da mercadoria, em se tratando de sujei-
to passivo por substituição inscrito no Cadas-
tro de Contribuintes do Estado de Mato Grosso 
e devidamente autorizado a realizar a apura-
ção e o recolhimento mensal do ICMS devido 
por substituição tributária;
b) o dia 2 do segundo mês subsequente ao da 
saída do bem e da mercadoria, na hipótese 
de responsabilidade por substituição tributária 
atribuída a optante pelo Simples Nacional, in-
scrito no Cadastro de Contribuintes do Estado 
de Mato Grosso e devidamente autorizado a 
realizar a apuração e o recolhimento mensal 
do ICMS devido por substituição tributária;
c) o dia do desembaraço aduaneiro, de bem ou 
mercadoria importada, exceto na hipótese do 
importador ser inscrito no Cadastro de Contri-
buintes do Estado de Mato Grosso e devida-
mente autorizado a realizar a apuração e o re-
colhimento mensal do ICMS devido por substi-
tuição tributária, hipótese em que o prazo será 
o previsto nas letras “a” e “b”;
d) o dia da saída do bem ou da mercadoria do 
estabelecimento remetente, nas demais hipó-
teses.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 14)
17.2 documentos de arrecadação
O imposto devido por substituição tributária 
em relação às operações interestaduais deverá ser 
recolhido por meio de documento de arrecadação 
(DAR-1/AUT) ou da Guia Nacional de Recolhimento 
de Tributos Estaduais (GNRE).
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 14, parágrafo único)
16-17Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
18. rESTITuIção do IMPoSTo rETIdo
O contribuinte substituído terá direito à restituição 
do valor do imposto pago por força da substituição 
tributária, correspondente ao fato gerador presumido 
que, comprovadamente, não se realizar.
Dessa forma, para fins de restituição do imposto, 
deverá ser observado o disposto no Regulamento do 
ICMS, arts. 1.014 a 1.025.
Não se aplica a restituição do imposto na hipótese 
de ocorrência do fato gerador em valor inferior ao 
presumido, hipótese em que se aplicará o disposto no 
RICMS-MT/2014, Anexo X, art.10.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 13)
19. ESTaBELECIMEnTo InduSTrIaL MaTo- 
-GroSSEnSE EnQuadrado EM ProGraMa 
dE dESEnvoLvIMEnTo SETorIaL - 
aPuração do IMPoSTo dEvIdo Por 
SuBSTITuIção TrIBuTárIa
Quando o estabelecimento industrial mato-
-grossense estiver enquadrado em programa de 
desenvolvimento setorial, nas operações internas, 
para fins de apuração do imposto devido por subs-
tituição tributária, em relação às demais operações a 
ocorrerem no território do Mato Grosso, sem prejuízo 
da apuração e do recolhimento do ICMS devido pelas 
operações próprias, na forma disciplinada na legisla-
ção específica, o mesmo deverá:
a) calcular o montante correspondente à margem 
de valor agregado relativa à operação subse-
quente a ocorrer no território mato-grossense, 
mediante a aplicação do percentual de MVA, 
fixado na legislação tributária, sobre o valor to-
tal da operação própria;
b) calcular o montante correspondente à diferen-
ça entre o valor do PMPF, quando houver, e o 
valor da operação própria;
c) o valor do ICMS devido por substituição tribu-
tária, relativo à operação subsequente, corres-
ponderá ao que resultar da aplicação da alí-
quota prevista para a operação interna com o 
bem ou mercadoria, sobre o maior valor apu-
rado de acordo com as letras “a” e “b”, sem 
prejuízo do recolhimento do adicional do ICMS 
devido ao Fundo Estadual de Combate e Erra-
dicação da Pobreza, quando for o caso, veda-
da a dedução de qualquer crédito.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 7º, § 3º)
20. oBrIGaçõES do ConTrIBuInTE 
O remetente da mercadoria deverá:
a) demonstrar, na nota fiscal que acobertar saída 
de mercadoria destinada a contribuinte esta-
belecido no território mato-grossense, o cál-
culo do ICMS devido por substituição tribu-
tária a este Estado, em conformidade com o 
disposto no tópico 19, efetuando o respectivo 
destaque;
b) efetivar o recolhimento do ICMS devido por 
substituição tributária ao Estado de Mato Gros-
so, antes da saída da mercadoria, mediante 
utilização de GNRE ou de DAR-1/AUT;
c) anexar a GNRE ou o DAR-1/AUT correspon-
dente à nota fiscal que acobertar o trânsito 
da mercadoria, para comprovação do recolhi-
mento do valor do ICMS devido por substitu-
ição tributária relativo a cada operação, infor-
mando a respectiva chave de acesso da Nota 
Fiscal Eletrônica (NF-e). 
O prazo previsto na letra “b” e o disposto na letra 
“c” não se aplicam quando o remetente da mercadoria, 
deste ou de outro Estado, for inscrito no Cadastro de 
Contribuintes do ICMS de Mato Grosso e credenciado 
para efetuar a retenção e o recolhimento mensal do 
ICMS devido por substituição tributária. Assim, o 
recolhimento deverá ser efetuado pelo remetente, 
também mediante uso de GNRE ou de DAR-1/AUT, 
observados os prazos previstos no RICMS-MT/2014, 
Anexo X, art. 14, I e II.
Ressalta-se que, fica autorizado o agrupamento, 
em única GNRE ou em único DAR-1/AUT, dos valores 
do ICMS devido por substituição tributária, destaca-
dos em mais de uma nota fiscal, desde que:
a) todos os documentos fiscais sejam emitidos 
pelo mesmo remetente, na mesma data e des-
tinem mercadorias ao mesmo destinatário, 
transportadas pelo mesmo veículo;
b) sejam anexadas à GNRE ou ao DAR-1/AUT 
todas as notas fiscais correspondentes, inclu-
sive durante o trânsito das mercadorias.
A mera obtenção de inscrição estadual não con-
figura credenciamento do contribuinte para retenção e 
recolhimento mensal do ICMS devido por substituição 
tributária, hipótese em que o recolhimento deverá, 
também, ser efetuado a cada operação.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 15)
16-18 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
21. EMISSão dE doCuMEnToS FISCaIS
O documentofiscal emitido nas operações com 
bens e mercadorias sujeitas à substituição tributária 
conterá, além das demais indicações exigidas pela 
legislação, as seguintes informações:
a) o Cest de cada bem e mercadoria, ainda que 
a operação não esteja sujeita ao regime de 
substituição tributária;
b) o valor que serviu de base de cálculo da subs-
tituição tributária e o valor do imposto retido, 
quando o bem e a mercadoria estiverem sujei-
tos ao regime de substituição tributária;
c) caso o documento fiscal acoberte operação 
com bens e mercadorias fabricados em escala 
industrial não relevante:
c.1) no campo “Informações Complementa-
res”, a declaração: “Bem/Mercadoria do 
Cest ______, fabricado em escala indus-
trial não relevante.”;
c.2) em campo específico, o número do CNPJ 
do respectivo fabricante.
As operações que envolvam contribuintes que 
atuem na modalidade porta a porta devem aplicar o 
Cest previsto no Anexo XVI, ainda que os bens e as 
mercadorias estejam listados nas Tabelas II a XXV, 
art. 1º, do Apêndice do Anexo X, ambos do Regula-
mento do ICMS.
Nas hipóteses de inaplicabilidade do regime de 
substituição tributária tratadas no tópico 5, o sujeito 
passivo indicará, no campo “Informações Comple-
mentares” do documento fiscal que acobertar a 
operação, o dispositivo em que se fundamenta a 
referida inaplicabilidade.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 16)
22. CEST
O documento fiscal emitido nas operações com 
bens e mercadorias relacionados nos anexos do 
Convênio ICMS nº 142/2018 conterá, além das demais 
indicações exigidas pela legislação tributária, o 
Código Especificador da Substituição Tributária (Cest) 
de cada bem e mercadoria, ainda que a operação 
não esteja sujeita ao regime de substituição tributária.
Importante informar que o Cest é composto por 7 
dígitos, sendo que:
a) o 1º e o 2º correspondem ao segmento do bem 
e da mercadoria;
b) o 3º ao 5º correspondem ao item de um seg-
mento de bem e mercadoria;
c) o 6º e o 7º correspondem à especificação do 
item.
(Convênio ICMS nº 142/2018, cláusula sexta, IV, e cláusula 
vigésima, I)
23. ESCrITuração FISCaL - ConTrIBuInTE 
SuBSTITuTo/SuBSTITuído
O sujeito passivo por substituição, bem com 
o contribuinte substituído, observará para fins de 
escrituração fiscal as Orientações Técnicas especí-
ficas para Escrituração Fiscal Digital (EFD), obser-
vando inclusive as operações sujeitas à incidência do 
adicional (Fundo Estadual de Combate e Erradicação 
da Pobreza - Fecop), devendo o valor da parcela adi-
cionada do ICMS e a sua respectiva base de cálculo 
constarem em campo específico.
(RICMS-MT/2014, arts. 390, 391 e 456)
24. oBrIGação aCESSórIa
O sujeito passivo por substituição tributária, 
devidamente cadastrado no Estado de Mato Grosso, 
remeterá à Secretaria da Fazenda (Sefaz) as obriga-
ções acessórias relacionadas nos subtópicos a seguir.
24.1 GIa-ST
A Guia Nacional de Informação e Apuração do 
ICMS - Substituição Tributária (GIA-ST) é a decla-
ração utilizada para a informação e apuração do 
ICMS devido por substituição tributária à Unidade da 
Federação (UF) diversa daquela do domicílio fiscal do 
substituto.
Importante informar que o contribuinte substituto 
tributário localizado no Estado de Mato Grosso, obrigado 
à entrega de EFD, fica dispensado da entrega da GIA-ST.
Salientamos que a Secretaria de Estado de 
Fazenda poderá dispensar a apresentação da GIA-ST 
em outras hipóteses.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 17, I e §§ 3º e 4º)
24.2 declaração de Substituição Tributária, 
diferencial de alíquota e antecipação
A Declaração de Substituição Tributária, Dife-
rencial de Alíquota e Antecipação (DeSTDA) deve 
ser apresentada mensalmente, relativamente a fatos 
geradores ocorridos desde 1º.01.2016, pelos contri-
buintes optantes pelo Simples Nacional.
Estão dispensados da entrega os microempreen-
dedores individuais (MEI) e os estabelecimentos 
impedidos de recolher o ICMS pelo Simples Nacional 
em virtude de a empresa ter ultrapassado o subli-
16-19Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 MT
ICMS - IPI e Outros
Manual de Procedimentos
mite estadual, nos termos do § 1º do art. 20 da Lei 
Complementar nº 123/2006.
O arquivo digital da DeSTDA deverá ser enviado 
até o dia 28 do mês subsequente ao encerramento do 
período de apuração, ou, quando for o caso, até o 1º 
dia útil imediatamente seguinte.
Importante informar que, desde 1º.01.2016, os 
contribuintes obrigados à apresentação da DeSTDA 
não estarão sujeitos à entrega de GIA-ST. 
(RICMS-MT/2014, Anexo IX, art. 2º-A, § 5º e Anexo X, 
art. 17, II)
24.3 arquivo magnético
O contribuinte, quando não obrigado à apresentação 
da EFD, apresentará o arquivo magnético com registro 
fiscal das operações interestaduais efetuadas no mês 
anterior, ou com seus registros totalizadores zerados, no 
caso de não terem sido efetuadas operações no período, 
inclusive daquelas não alcançadas pelos regimes de 
substituição tributária, em conformidade com a cláusula 
oitava do Convênio ICMS nº 57/1995, até o dia 15 do mês 
subsequente ao da realização das operações. 
O referido arquivo magnético substitui o exigido 
pela cláusula oitava do Convênio ICMS nº 57/1995, 
desde que inclua todas as operações citadas na 
referida cláusula, mesmo que não realizadas sob os 
regimes de substituição tributária.
Poderão ser objeto de arquivo magnético apartado 
as operações em que haja ocorrido desfazimento do 
negócio ou que por qualquer motivo a mercadoria 
informada em arquivo não haja sido entregue ao 
destinatário, nos termos do § 1º da cláusula oitava do 
Convênio ICMS nº 57/1995.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 17, III, §§ 1º e 2º)
24.4 Lista de preços a consumidor
Nos casos em que a base de cálculo seja o preço 
final a consumidor sugerido por fabricante ou importa-
dor, o contribuinte deverá entregar a lista de preços 
final a consumidor, em formato XML, em até 30 dias 
após inclusão ou alteração de preços, nos termos 
definidos pela Secretaria de Estado de Fazenda.
(RICMS-MT/2014, Anexo X, art. 17, IV)
25. PEnaLIdadES
As multas por infrações à legislação tributária 
estão indicadas no RICMS-MT/2014, art. 924. Entre 
as cabíveis nos termos deste texto, encontramos 
a multa equivalente a 100% do valor do crédito, 
quando indevidamente escriturado ou não estor-
nado, sem prejuízo do recolhimento da respectiva 
importância.
Constitui infração a ação ou omissão, voluntária 
ou não, que importe na inobservância, por parte do 
contribuinte ou responsável, de normas estabelecidas 
na legislação tributária do Estado, ou em atos admin-
istrativos de caráter normativo.
As infrações serão apuradas de acordo com 
as formalidades processuais específicas, não se 
podendo aplicar penalidades senão através de levan-
tamento ou ação fiscal.
Serão aplicadas, quando de infrações à legisla-
ção do ICMS, as seguintes penalidades, isoladas ou 
cumulativamente:
a) multa;
b) sujeição ao regime especial de fiscalização;
c) cancelamento de benefícios fiscais;
d) cassação de regimes especiais concedidos.
A responsabilidade por infração relativa ao ICMS 
independe da regularidade da atividade econômica 
do contribuinte, bem como da natureza e extensão 
dos efeitos do ato.
(RICMS-MT/2014, art. 924)
N
a IOB Setorial
EStadual
Comunicação - Redução da base de cálculo do ICMS nas prestações internas de 
Serviços de Comunicações Multimídia (SCM) a consumidor final
O Estado do Mato Grosso estabeleceu que, até 31.12.2020, nas prestações internas de Serviços de 
Comunicações Multimídia (SCM) a consumidor final, localizado no território mato-grossense, a base de cálculo 
do ICMS fica reduzida a:
16-20 MT Manual de Procedimentos - Abril/2020 - Fascículo 16 - Boletim IOB
Manual de Procedimentos
ICMS - IPI e Outros
a) 33,33%, para empresas cuja receita bruta acu-
mulada nos 12 meses anteriores ao pedido de 
concessão do benefício seja de até R$ 6 milhões;
b) 40%, para empresas cuja receita bruta acu-
mulada nos 12 meses anteriores ao pedido de 
concessão

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