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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DISCIPLINA: CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I PROFESSOR: MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO - ICMS - ELABORADO POR: MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS junho / 2021 22 SUMÁRIO 1) VISÃO HISTÓRICA 2) CONSIDERAÇÕES GERAIS / CONCEITOS BÁSICOS 3) INCIDÊNCIA DO ICMS 4) NÃO-INCIDÊNCIA 5) ISENÇÕES 6) DIFERIMENTO 7) SUSPENSÃO 8) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 9) ALÍQUOTAS DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS 10) BASE DE CÁLCULO DO ICMS 11) CONTRIBUINTES 12) RESPONSÁVEIS 13) ESTABELECIMENTO 14) LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO 15) APURAÇÃO DO ICMS 16) LOCAL E FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO 17) LIVROS FISCAIS 18) DOCUMENTOS FISCAIS 19) REGIMES ESPECIAIS RELATIVOS À EMISSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS E À ESCRITURAÇÃO FISCAL 20) REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO 21) CÓDIGO FISCAL DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES E CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA APÊNDICE 33 IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO - ICMS 1) VISÃO HISTÓRICA O ICMS é um imposto indireto, de competência atribuída aos estados e ao Distrito Federal, concebido pela Carta Constitucional de 1988, que sucedeu o, à época vigente, Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), que por sua vez originou-se de desmembramento do antigo Imposto sobre Vendas e Consignações (IVC). Porém, o atual ICMS apresenta um substancial aumento de sua base tributária comparado com o extinto ICM, uma vez que foram incluídas novas hipóteses dentro de seu campo de incidência com a nova distribuição das competências tributárias implementada pela Constituição de 1988. O extinto ICM possuía como hipótese de incidência, comumente, as operações de circulação ou importação de mercadorias> Já ao seu sucessor, o ICMS, foram agregadas outras situações, quais sejam, as prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e as prestações de serviços de comunicação. Foram ainda extintos os antigos Impostos Únicos, incidentes sobre energia elétrica, minerais, combustíveis e derivados do petróleo e de comunicação, que também passaram a integrar a hipótese de incidência do atual ICMS. Houve portanto uma grande dilatação do campo de incidência do antigo ICM (aumento da base tributária), dando origem assim, a partir da atual Constituição, ao ICMS nos atuais contornos, que em muito se diferenciam, haja vista a inclusão dessas novas hipóteses, gerando novas relações tributárias, novas possibilidades de creditamentos e novos contribuintes. 2) CONSIDERAÇÕES GERAIS / CONCEITOS BÁSICOS Para os estudos de nossa matéria alguns conceitos são necessários serem preestabelecidos, pois durante toda a explanação por vezes haverá referência aos mesmos. Melhor portanto que se conheça o significado, ou melhor dizendo a acepção que é dada pela legislação do ICMS a estes vocábulos ou expressões. Importante frisar nestas considerações que todo o trabalho ora apresentado encontra-se baseado, no que se refere aos aspectos legais, na legislação tributária do ICMS do Estado de Minas Gerais. Por outro lado, toda a legislação mineira, nos termos da Constituição da República, está balizada pela Lei Complementar número 87, de 13 de setembro de 1996, a qual, em observância ao disposto no inciso XII do parágrafo 2o. do artigo 155 da Constituição dispõe sobre o ICMS, devendo ser observada por todos os Estados Membros e Distrito Federal, no momento da instituição do tributo no âmbito de suas respectivas jurisdições. 44 A) MERCADORIA - segundo conceituação da legislação tributária, é qualquer bem móvel, novo ou usado, suscetível de circulação econômica, inclusive semovente, energia elétrica, substâncias minerais ou fósseis, petróleo e seus derivados, lubrificante e combustível sólido, líquido e gasoso, e bens importados para uso, consumo ou incorporação no ativo permanente do estabelecimento; B) CONSUMIDOR FINAL é a pessoa física ou jurídica que adquira mercadoria para uso ou consumo próprio; C) MATÉRIAS-PRIMAS E PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS são aqueles consumidos ou que integrem o produto final, fabricado por determinada indústria, na condição de elemento indispensável à sua composição; D) INSUMOS: é o tratamento genérico dado às matérias-primas, aos produtos intermediários e aos materiais de embalagem utilizados no processo de industrialização de um produto; E) CONFAZ - é o Conselho Nacional de Política Fazendária, trata-se de um órgão colegiado, formado por todos os Secretários da Fazenda ou Finanças dos Estados Membros e o do Distrito Federal e pelo Ministro da Fazenda. F) REGULAMENTO DO ICMS (RICMS) - Como foi dito anteriormente, este trabalho tem como referência a legislação do ICMS do estado de Minas Gerais, que se encontra consolidada no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto no. 43.080/02. Este Regulamento se apresenta da seguinte forma: possui um texto básico, com 223 artigos, onde são tratados de forma genérica os principais aspectos relativos ao imposto, tais como hipótese de incidência, base de cálculo, alíquotas, créditos. Além deste texto básico possui ainda 14 anexos, identificados por algarismos romanos, numerados de I a XV, onde são tratadas situações específicas, ou são listadas classes de empresas ou produtos beneficiados por algum tipo de incentivo. Durante o desenvolvimento deste trabalho estes anexos serão citados várias vezes, visando identificar do que se tratam ou o tipo de benefício estabelecido para os produtos ou empresas neles listados, são os casos, a título exemplificativo, dos Anexos I (que trata de isenções), II (que trata de diferimento), entre outros. 3) INCIDÊNCIA DO ICMS O capítulo relativo à incidência do ICMS será abordado sob três aspectos, o primeiro trata da hipótese legal de incidência do imposto, ou seja aquele fato hipotético, na lição de alguns juristas, previsto na norma que, uma vez ocorrido, ensejaria ou daria nascimento à obrigação tributária. Noutro giro será demonstrado o aspecto temporal, ou seja o momento que, uma vez praticado tal ato, ou ocorrido o já então fato gerador, passaria a ser devido o imposto. Finalmente serão tratadas algumas situações especiais que, embora não tenha havido por vezes circulação econômica, ou mesmo física de mercadorias, ou outros aspectos, a legislação trata tais fatos de forma diferenciada buscando o melhor meio de tributação destas operações ou prestações. 3.1) O ICMS INCIDE SOBRE: (ASPECTO MATERIAL, PRINCIPAIS HIPÓTESES) A) a operação relativa à circulação de mercadoria, inclusive o fornecimento de alimentação e bebida em bar, restaurante e estabelecimento similar; 55 B) a prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal de bens, mercadorias, valores, pessoas e passageiros, por qualquer via ou meio, inclusive gasoduto e oleoduto; C) a prestação onerosa de serviço de comunicação de qualquer natureza, por qualquer meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e a ampliação; D) a saída de mercadoria em hasta pública ou a aquisição, em licitação promovida pelo poder público, de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; E) a entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação, destinada a uso, consumo ou ativo permanente; F) o fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: a - não compreendido na competência tributária dos Municípios; b - compreendido na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do impostoestadual, como definido em lei complementar; G) a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda quando se tratar de bem destinado a uso, consumo ou ativo permanente de estabelecimento; H) a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha se iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes. 3.2) CONSIDERA-SE OCORRIDO O FATO GERADOR DO IMPOSTO (ASPECTO TEMPORAL) A) na saída de mercadoria, a qualquer título, inclusive em decorrência de bonificação, de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular; B) no início da prestação ou da execução dos serviços de transporte interestadual ou intermunicipal de pessoas, passageiros, bens, mercadorias e valores, por qualquer meio, por pessoa física ou jurídica, considerando-se prestado ou executado o serviço no momento em que deva ser emitido o documento a ele relativo; C) na geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação ou recepção de comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que iniciada no exterior, ressalvado o serviço de comunicação realizado internamente no estabelecimento pelo próprio contribuinte, observado o seguinte: a - quando se tratar de serviço de telecomunicações, o imposto será devido a este Estado: a.1 - nos serviços internacionais, tarifados e cobrados no Brasil, cuja receita pertença às operadoras, e o equipamento terminal brasileiro esteja situado em território deste Estado; a.2 - na prestação de serviços móveis de telecomunicações, desde que em território deste Estado esteja instalada a estação que receber a solicitação; b - caso o serviço seja prestado mediante ficha, cartão ou assemelhados, considera-se ocorrido o fato gerador do imposto quando de seu fornecimento ao usuário; D) no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior; A) na entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria oriunda de outra unidade da Federação, destinada a uso, consumo ou ativo permanente; 66 B) na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha-se iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes; C) na aquisição, em licitação promovida pelo poder público, de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou abandonados; D) na saída de mercadoria em hasta pública; E) no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer estabelecimento que explore tal atividade, incluídos os serviços a ela inerentes; F) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: a - não compreendidos na competência tributária dos Municípios; b - compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa de incidência do imposto estadual, como definido em lei complementar; L) no momento da transmissão da propriedade de mercadoria objeto de arrendamento mercantil ao arrendatário. 3.3) SITUAÇÕES ESPECIAIS - PARA OS EFEITOS DO ICMS CONSIDERA-SE: A) como tendo entrado e saído do estabelecimento do importador, neste Estado, a mercadoria ou o bem estrangeiros saídos da repartição aduaneira ou fazendária com destino diverso do estabelecimento que os tiver importado; B) saída do estabelecimento, a mercadoria constante do estoque final na data do encerramento de suas atividades; C) saída do estabelecimento depositante, a mercadoria remetida para armazém-geral ou depósito fechado do próprio contribuinte, neste Estado, no momento: a - da saída da mercadoria do armazém-geral ou do depósito fechado, salvo se para retornar ao estabelecimento de origem; b - da transmissão da propriedade da mercadoria depositada em armazém-geral ou em depósito fechado; D) saída do estabelecimento autor da encomenda, dentro do Estado, a mercadoria que, pelo estabelecimento executor da industrialização, for remetida diretamente a terceiro adquirente ou a estabelecimento diferente daquele que a tiver mandado industrializar; E) como tendo entrado e saído do estabelecimento do arrematante, neste Estado, a mercadoria ou bem estrangeiros saídos da repartição aduaneira ou fazendária com destino diverso do estabelecimento que os tiver arrematado; F) equiparada à saída a transmissão da propriedade de mercadoria ou bem, ou de título que os represente, quando estes não transitarem pelo estabelecimento transmitente. 3.4) SÃO IRRELEVANTES PARA A CARACTERIZAÇÃO DO FATO GERADOR DO IMPOSTO: A) a natureza jurídica da: a - operação de que resulte a saída da mercadoria; b - transmissão de propriedade da mercadoria; c - entrada de mercadoria importada do exterior; d - prestação de serviço, ainda que iniciada no exterior; B) o título jurídico pelo qual a mercadoria efetivamente saída do estabelecimento encontrava-se na posse do respectivo titular; 77 C) a validade jurídica da propriedade ou da posse do instrumento utilizado na prestação do serviço; D) o cumprimento de exigências legais, regulamentares ou administrativas, referentes às operações ou prestações; E) o resultado financeiro obtido com a prestação ou execução de serviço. 4) NÃO-INCIDÊNCIA Tratam-se de diversas hipóteses de imunidade, estabelecidas na Constituição e que, como não poderia deixar de ser, devem ser afastadas do campo de incidência do imposto quando da sua instituição pelos Estados. Também encontramos algumas situações que foram criadas pela própria Lei Complementar 87/96. O ICMS não incide sobre: A) o serviço de transporte ou de comunicação, salvo se relacionado com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, quando prestados: a - pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios; b - pelas autarquias e fundações instituídas pelo Poder Público e vinculadas às suas atividades essenciais ou delas decorrentes; B) a prestação de serviços de transporte e de comunicação, quando relacionados com as finalidades essenciais e prestados por: a - templos de qualquer culto; b - partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores e instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os seguintes requisitos: b.1 - não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de lucro ou participação no seu resultado; b.2 - aplicar integralmente, no País, os seus recursos, na manutenção dos seus objetivos institucionais; b.3 - manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes de assegurar sua exatidão; C) a operação, que destine ao exterior mercadoria, bem como sobre prestação de serviços para o exterior; D) a operação que destine a outra unidade da Federação petróleo, inclusive lubrificante e combustível líquido e gasoso dele derivados, e energia elétrica, quando destinados à comercialização ou à industrialização; E) a operação com ouro definido como ativo financeiro ou como instrumento cambial (esta definição do ouro como ativo financeiro foi implementada pela no. 7766/89); F) a operação com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, inclusive o serviço de transporte com ela relacionado, não se aplicando: a - a operação com livros em branco, pautados ou destinados à escrituração ou ao preenchimento; b - a papel: 88 b.1 - encontrado com pessoa diferente da empresa jornalística, editora ou gráfica impressora de livro ou periódico; b.2 - encontrado na posse de pessoa que não seja o importador, o licitante, o fabricante, ou de estabelecimento distribuidor do fabricante do produto; b.3 - consumido ou utilizado em finalidade diversa da edição de livros, jornais e periódicos; b.4 - encontrado desacobertado de documento fiscal; G) a saída de mercadoria objeto de alienação fiduciáriaem garantia, na: a - transmissão do domínio, feita pelo devedor fiduciante em favor do credor fiduciário; b - transferência da posse, em favor do credor fiduciário, em virtude de inadimplemento do devedor fiduciante; c - transmissão do domínio, do credor em favor do devedor, em virtude da extinção da garantia pelo seu pagamento; H) a saída, de estabelecimento prestador de serviço alcançado por tributação municipal, de mercadoria para utilização ou emprego na prestação de serviço listado em lei complementar, ressalvados os casos expressos de incidência do ICMS; I) a saída de mercadoria de terceiros, de estabelecimento de empresa de transporte, ou de depósito por conta e ordem desta; J) a saída de mercadoria com destino a armazém-geral ou para depósito fechado do próprio contribuinte, no Estado, para guarda em nome do remetente, bem como seu retorno ao estabelecimento do depositante; L) saída, de bem integrado ao ativo permanente, assim considerado aquele imobilizado pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, e após o uso normal a que era destinado; M) a execução de serviço de transporte, quando efetuado internamente pelo próprio contribuinte, em seu estabelecimento; N) a execução de serviço de transporte de bens de seu ativo permanente, quando efetuado pelo próprio contribuinte; O) a saída, em operação interna, de material de uso ou de consumo, de um para outro estabelecimento do mesmo titular, inclusive o serviço de transporte com ela relacionado, quando efetuado pelo próprio contribuinte; P) a saída de bem em decorrência de comodato, locação ou arrendamento mercantil, ressalvada a opção de compra exercida pelo arrendatário; Q) a saída de mercadoria em razão de mudança de endereço do estabelecimento, desde que dentro do Estado; R) a operação, de qualquer natureza, de que decorra a transferência de bens móveis salvados de sinistro para companhias seguradoras. 5) ISENÇÕES Como já explanado no capítulo 2, o Regulamento do ICMS mineiro possui uma série de Anexos, que tratam de situações específicas ou comuns a grupos de empresas ou produtos. A primeira destas situações é a relativa às isenções do ICMS, que se encontram previstas no Anexo I, onde são listadas várias operações com mercadorias e prestações de serviços de 99 transporte ou comunicação que são beneficiadas pela isenção do imposto. São portanto isentas do imposto as operações e as prestações relacionadas no Anexo I do RICMS, devendo se observar ainda que: 1) - A isenção concedida para determinada operação ou prestação não dispensa o beneficiário do cumprimento das obrigações acessórias. 2) - Quando o reconhecimento da isenção do imposto depender de condição posterior, não sendo esta satisfeita, o imposto será considerado devido no momento em que ocorrer a operação ou prestação. 3) - A isenção para operação com determinada mercadoria não alcança a prestação de serviço de transporte com ela relacionada, salvo disposição em contrário. 6) DIFERIMENTO 6.1) CONCEITO Trata-se de instituto característico do ICMS, onde o lançamento e o recolhimento do imposto incidente na operação com determinada mercadoria ou sobre a prestação de serviço ficam transferidos para operação ou prestação posterior. O diferimento aplica-se somente às operações e prestações internas, e, salvo disposição em contrário, quando previsto para operação com determinada mercadoria, alcança a prestação do serviço de transporte com ela relacionada. Entretanto, excepcionalmente, mediante acordo celebrado entre as unidades da Federação envolvidas, poderá ainda se aplicar às operações e prestações interestaduais. O ICMS pode ser diferido nas hipóteses relacionadas no Anexo II do RICMS, podendo ser estendido a outras operações ou prestações, mediante assinatura de termo de acordo, entre a empresa interessada e o órgão fazendário, e pode ser suspenso a qualquer tempo, relativamente a determinado contribuinte, por ato da Secretaria de Estado da Fazenda, desde que se revele prejudicial aos interesses públicos, podendo ser restabelecido, cessados os motivos que determinaram a suspensão. O diferimento não exclui a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria ou do prestador do serviço, quando o adquirente ou destinatário deixar de cumprir, total ou parcialmente, a obrigação. 6.2) MOMENTO DO RECOLHIMENTO Outra característica marcante do diferimento é o fato de que o recolhimento do imposto diferido é realizado pelo contribuinte que promover a operação ou prestação que encerrar a fase do diferimento, ainda que não tributada; sendo que o adquirente ou destinatário da mercadoria ou do serviço não necessita se debitar em separado pelo imposto diferido na operação anterior, sendo-lhe vedado abater o respectivo valor como crédito. 6.3) CASOS EM QUE DEVERÁ HAVER O RECOLHIMENTO, EM SEPARADO, DO IMPOSTO DIFERIDO: 10 1 Excepcionalmente, o adquirente ou destinatário da mercadoria deverá recolher o imposto diferido, inclusive o relativo ao serviço de transporte, em documento de arrecadação distinto, sem direito ao aproveitamento do valor correspondente como crédito do imposto, nas hipóteses de: I - a mercadoria, adquirida ou recebida para comercialização ou emprego em processo de industrialização, ser objeto de operação posterior isenta ou não tributada pelo imposto, no mesmo estado, ou após industrialização; II - perecimento, deterioração, inutilização, extravio, furto, roubo ou perda, por qualquer motivo, da mesma mercadoria ou de outra dela resultante. 7) SUSPENSÃO CONCEITO - Ocorre a suspensão do ICMS no caso em que a incidência do imposto fica condicionada a evento futuro, sendo que a suspensão aplicável à operação com determinada mercadoria não alcança a prestação de serviço de transporte com ela relacionada. A incidência do ICMS fica suspensa nas hipóteses previstas no Anexo III. 8) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 8.1) CONCEITO Ocorre a substituição tributária, quando o recolhimento do imposto devido por um contribuinte ficar sob a responsabilidade de um outro envolvido na operação, ou prestação, passando então, este outro, à qualidade de contribuinte substituto do imposto que seria devido por aquele que praticou o fato gerador. Diferentemente do diferimento, o imposto devido em decorrência da substituição deve ser recolhido integralmente, em separado, pela empresa eleita como substituta, não sendo permitidos abatimentos, ou a compensação de débitos relativos a substituição tributária com qualquer outro crédito do imposto. 8.2) HIPÓTESES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA A substituição tributária ocorrerá nas seguintes operações/prestações, quando o imposto devido pelo: I - alienante ou remetente da mercadoria ou pelo prestador de serviços de transporte e comunicação ficar sob a responsabilidade do adquirente ou destinatário da mercadoria, ou do destinatário ou usuário do serviço; II - adquirente ou destinatário da mercadoria, pelas operações subseqüentes, ficar sob a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria; III - adquirente ou destinatário da mercadoria, ainda que não contribuinte, pela entrada ou recebimento para uso, consumo ou ativo permanente, ficar sob a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria; 111 IV - prestador do serviço de transporte ficar sob a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria ou de outro prestador de serviço; V - depositante da mercadoria, em operações anteriores ou subseqüentes, ficar sob a responsabilidade do depositário. A substituição tributária aplica-se nas hipóteses previstas no ANEXO XV do RICMS, podendo ainda ser atribuída a outro contribuinte ou categoria de contribuintes, mediante termo de acordo. É vedada a compensação de débito relativo à substituição tributária com qualquer crédito do imposto. 8.3) CÁLCULO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA O valor a recolher, a título desubstituição tributária, será a diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre a base de cálculo definida para a substituição e o devido pela operação própria do contribuinte substituto (BASE DE CÁLCULO DA ST X ALÍQUOTA) – ICMS OPERAÇÃO PRÓPRIA)). 12 1 9) ALÍQUOTAS DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS 9.1) FORMA DE APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA O lançamento do ICMS ocorre mediante a aplicação de determinada alíquota estabelecida sobre o valor da operação ou prestação do serviço que deu origem ao fato gerador do tributo. Conforme visto anteriormente, tais alíquotas podem ser diferenciadas atendendo-se, principalmente, ao princípio constitucional da seletividade, em função da maior ou menor essencialidade dos produtos e serviços, onde aqueles considerados mais necessários à coletividade poderão ser menos onerados. As atuais alíquotas estabelecidas para as diversas mercadorias e serviços estão estabelecidas da seguinte forma. 9.2) NAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, INTERNAS: 9.2.A) REGRA GERAL: 18% (dezoito por cento), em regra, é a alíquota do ICMS prevista nas operações e nas prestações de serviços, exceto nas operações e prestações a que se referem os itens seguintes; 9.2.B) 30% (trinta por cento), no fornecimento de energia elétrica para consumo residencial, exceto: 1 - atividade produtiva de produtor rural = 12%; 2 - operações com energia elétrica destinada às instituições públicas de ensino superior e a hospitais públicos universitários mantidos por instituições federais e estaduais de ensino superior = 6% ; 9.2.C) 31% (vinte e nove por cento), nas operações com gasolina para fins carburantes e com solventes; 9.2.D) 27% (vinte e sete por cento), , na prestação de serviço de comunicação, de 1° de janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2019, e 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1° de janeiro de 2020; 9.2.E) 25% (vinte e cinco por cento), nas seguintes operações e prestações: 1 - cigarros e produtos de tabacaria; 2 - refrigerantes importados de países não membros do GATT (General Agreement on Tariffs and Trade - ACORDO GERAL SOBRE TARIFAS E COMÉRCIO); 3 - armas e munições; 4 - fogos de artifício; 5 - embarcações de esporte e recreação, inclusive seus motores, ainda que objeto de operações distintas; 6 - perfumes, água de colônia, cosméticos e produtos de toucador; 7 - artefatos de joalheira ou ourivesaria, das posições 7113 a 7116 da NBM/SH, importados de países não membros do GATT; 8 - combustíveis para aviação; 13 1 9 - bebidas alcoólicas, exceto cervejas, chopes e aguardentes de cana ou de melaço; 10 –energia elétrica para consumo da classe Comercial, Serviços e outras Atividades, assim definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), exceto para os imóveis das entidades religiosas, das entidades beneficentes educacionais, de assistência social ou de saúde, inclusive filantrópicas, e dos hospitais públicos e privados; 11 - nas operações envolvendo importação de mercadorias ou bens integrantes de remessa postal ou de encomenda aérea internacional. 9.2.F) 23% (vinte e três por cento), nas operações com cervejas e chopes alcoólicos; 9.2.G) 15% (vinte e sete por cento), nas operações com óleo diesel; 9.2.H) 16% (vinte e sete por cento), nas operações com álcool para fins carburantes; 9.2.I) - 12 % (doze por cento), nas prestações abaixo discriminadas e nas operações com as seguintes mercadorias: l - arroz, feijão, fubá de milho, farinha de milho, farinha de mandioca, de produção nacional; 2 – energia elétrica destinada a produtor rural e utilizada na atividade de irrigação no período diurno, nos termos definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); 3 - máquinas, aparelhos e equipamentos industriais e máquinas, equipamentos e ferramentas agrícolas; 4 - automóveis e motocicletas; 5 – álcool para fins carburantes, saído da usina com destino às empresas distribuidoras; 6 – medicamento genérico, conforme definido pela Lei Federal n° 6.360, de 23 de setembro de 1976, relacionado em resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA); 7 - - kit para gás para gás natural veicular (GNV); 8 - frutas frescas não alcançadas pela isenção do ICMS; 9 - mercadorias adquiridas em operações promovidas por estabelecimento que opere exclusivamente no âmbito do comércio eletrônico ou do telemarketing, signatário de protocolo firmado com o Estado. 10 – tratores, caminhões e outros veículos destinados ao transporte de carga; 11 chapas, folhas, películas, tiras e lâminas de plástico classificadas nas posições 3919, 3920 e 3921 da NBM/SH; 12 – prestação de serviço de transporte aéreo; 13 – bolsa para coleta de sangue, saídas do estabelecimento industrial; 14 – leite não acondicionado em embalagem própria para consumo; 15 – telhas e lajes planas pré fabricadas, postes e blocos de concreto nas operações promovidas pelos estabelecimentos industriais; 16 – embalagens, inclusive saco plástico para acondicionamento de lixo, em operações promovidas por estabelecimento industrial destinadas a estabelecimento de contribuinte inscrito; 14 1 9.2.J) - 7 % (sete por cento): 01 – energia elétrica destinada a produtor rural e utilizada na atividade de irrigação no período noturno, nos termos definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL); 02 - mel, própolis, geléia real, cera de abelha e demais produtos da apicultura; 03 - solução parenteral (soros) classificada na subposição 3004.90.99 da NBM/SH, promovidas pelo estabelecimento industrial fabricante; 04 - bucha vegetal in natura; 05 - produtos alimentícios fornecidos a órgãos da Administração Pública, destinados à merenda escolar, identificados em edital de licitação pública. 9.3) NAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, INTERESTADUAIS: 9.3.A) - 7% (sete por cento), nas operações entre contribuintes do ICMS iniciadas nos estados das regiões Sul e Sudeste, exceto Espírito Santo e destinadas aos localizados nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou ao Estado do Espírito Santo; 9.3.B) - 12% (doze por cento), nas operações entre contribuintes do ICMS, em operações interestaduais que não se enquadrarem no item anterior; 9.3.C) - 4% (quatro por cento), nas prestações de transporte aéreo interestadual de carga e mala postal, quando o tomador e o destinatário forem contribuintes do imposto e nas operações com bens e mercadorias importadas do exterior. OBSERVAÇÕES: 1 - DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA = nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual: 1.1 - na hipótese de entrada de mercadoria ou serviço, em decorrência de operação interestadual, em estabelecimento de contribuinte do ICMS no Estado, para uso, consumo ou imobilização, e de utilização, pelo mesmo, do respectivo serviço de transporte, fica o contribuinte RECEBEDOR DA MERCADORIA obrigado a recolher para o seu estado o valor do imposto resultante da aplicação do percentual relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; 1.2 - em operação interestadual de mercadoria ou serviço destinado a pessoas físicas ou jurídicas não contribuintes do ICMS, deverá o remetente/prestador recolher o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do estado destinatário da mercadoria ou serviço e a alíquota interestadual incidente sobre a prestação ou operação, para o estado DESTINATÁRIO das mercadorias ou serviços. 15 1 2 - MERCADORIA IMPORTADA = Considera-se operação ou prestação interna a entrada, real ou simbólica, em estabelecimento do contribuinte, de mercadoria ou de serviço importado do exterior pelotitular do estabelecimento, bem como a arrematação, em licitação, de mercadoria importada e apreendida ou abandonada. 3 - Na prestação de serviço de transporte de mercadorias destinadas à exportação direta, do estabelecimento exportador ou remetente até o porto, aeroporto ou zona de fronteira, localizados em outra unidade da Federação, a alíquota aplicável será a correspondente à prestação interna. 4 – Na devolução de mercadoria recebida de outra unidade da Federação aplica-se a mesma alíquota adotada no documento que acobertou o recebimento. 10) BASE DE CÁLCULO DO ICMS 10.1) REGRAS BÁSICAS O ICMS tem como base de cálculo: 1) na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, ainda que em transferência para outro estabelecimento do mesmo titular: o valor da operação; 2) na execução de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, ainda que iniciado ou prestado no exterior, o preço do serviço, ou, na prestação sem preço determinado, o valor usual ou corrente, assim entendido o praticado na praça do prestador do serviço, ou, na sua falta, o constante de tabelas baixadas pelos órgãos competentes; 3) na geração, emissão, transmissão ou retransmissão, repetição, ampliação ou recepção de comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que iniciada ou prestada no exterior, o preço do serviço, ou, nas prestações sem preço determinado, o valor usual ou corrente, assim entendido o praticado na praça do prestador do serviço, ou, na sua falta, o constante de tabelas baixadas pelos órgãos competentes; 4) em qualquer hipótese, o valor tributável não poderá ser inferior ao custo da mercadoria ou da prestação do serviço. 10.2) INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO ICMS: 10.2.A) - nas operações a - todas as importâncias recebidas ou debitadas pelo alienante ou remetente, como frete, seguro, juro, acréscimo ou outra despesa; b - vantagem recebida, a qualquer título, pelo adquirente, salvo o desconto ou abatimento que independa de condição, assim entendido o que não estiver subordinado a evento futuro ou incerto (desconto incondicional); 16 1 10.2.B) - nas prestações de serviço, todas as importâncias recebidas ou debitadas ao tomador do serviço, como juros, seguro, desconto concedido sob condição e preço de serviço de coleta e entrega de carga. 10.3) O MONTANTE DO ICMS INTEGRA A SUA PRÓPRIA BASE DE CÁLCULO. O ICMS é um tributo em que o montante integra a sua própria base de cálculo, constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle. Desta forma, para cálculo do preço final da mercadoria ou serviço há que se considerar tal fato, pois sobre este preço é que incidirá a alíquota do imposto e não sobre o custo final. Trata-se portanto de imposto que se diz cobrado por dentro, uma vez que o seu próprio valor é considerado para o efeito de aplicação da alíquota estabelecida para a operação ou prestação, esta forma de cálculo encontra-se prevista na Lei Complementar 87/96. 10.4) INCIDÊNCIA SIMULTÂNEA DE ICMS E IPI Quando se tratar de operação em que haja incidência do ICMS e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e destinada ao uso ou consumo do adquirente, o montante do IPI deverá integrar (ser somado) a base de cálculo do ICMS. Entretanto, nesta mesa hipótese, não deverá integrar a base de cálculo do ICMS o montante do IPI, quando se tratar de operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou a comercialização. 10.5) REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO As operações e prestações arroladas no Anexo IV do RICMS terão a base de cálculo reduzida nos respectivos percentuais previstos no referido anexo, para o efeito de apuração do imposto devido. Deve-se, portanto, para o efeito de cálculo do imposto, inicialmente se aplicar sobre o valor da operação ou prestação o percentual de redução previsto no Anexo IV, aplicando-se, posteriormente, a alíquota incidente na operação ou prestação sobre o valor reduzido. Os principais produtos e serviços previstos no Anexo IV, são, entre outros e observados os respectivos requisitos: - fornecimento de alimentação, excluídas as bebidas, quando promovida por bares, restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares e empresas fornecedoras de refeições coletivas (alimentação industrial), redução de 53,33%; - saída de ração animal, redução de 60%; - saída das seguintes mercadorias usadas: móveis, motores e artigos de vestuário, assim entendidas aquelas que guardem as características e finalidades para as quais foram produzidas e já tenham, em qualquer época, pertencido a consumidor final, redução de 80%; - saída de máquinas, aparelhos e veículos, usados, desde também que guardem as características e finalidades para as quais foram produzidas e já tenham, em qualquer época, pertencido a consumidor final, redução de 95%; - saída em operação interna de gás natural, exceto veicular, redução de 33,33%; 17 1 - prestação de serviço de comunicação, na modalidade de televisão, explorado em base comercial (TV a Cabo, TV por Assinatura), redução de 60%; - prestação onerosa de serviço de comunicação, na modalidade de acesso à Internet, redução de 80%. 10.6) ALGUNS CASOS ESPECIFICOS RELATIVOS À BASE DE CÁLCULO: 10.6.A) - mercadorias importadas - na hipótese de importação de mercadorias, a base de cálculo é o valor constante do documento de importação, acrescido do valor dos impostos de importação, sobre produtos industrializados e sobre operações de câmbio, e de despesas aduaneiras, assim entendidas aquelas necessárias e compulsórias no controle e desembaraço da mercadoria. Sempre que o valor tributável estiver expresso em moeda estrangeira, deverá ser feita a conversão para moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador; 10.6.B) - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios, o valor total da operação, compreendendo o valor da mercadoria e o dos serviços prestados; 10.6.C) - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação de incidência do imposto de competência estadual, prevista em lei complementar, o preço corrente da mercadoria fornecida ou empregada; 10.6.D) - no caso de diferencial de alíquota, este será aplicado sobre a base de cálculo sobre a qual foi cobrado o imposto na origem; 10.6.E) - operações de leasing: na venda de produto objeto de arrendamento mercantil, em decorrência de opção de compra exercida pelo arrendatário, o preço fixado para o exercício da opção de compra; 10.6.F) - montagem: na saída de máquina, aparelho, equipamento e conjunto industrial, de qualquer natureza, quando o estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular assumir contratualmente a obrigação de entregá-los montados para uso, o valor cobrado, nele compreendido o da montagem. 10.7) BASE DE CÁLCULO NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 10.7.A) - tratando-se de substituição tributária, em relação às operações ou prestações antecedentes ou concomitantes, a base de cálculo relativa às mesmas será o valor da operação ou da prestação praticado pelo contribuinte substituído; 10.7.B) - em relação às operações ou prestações subseqüentes, tratando-se de mercadoria ou serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, será o preço estabelecido. Na ausência de preço tabelado, mas existindo preço final sugerido pelo fabricante ou importador, este será tido como base de cálculo. 18 1 Inexistindo preço final tabelado ou fixado, a base de cálculo deve ser obtida pelo somatório das seguintes parcelas: BC = (1 + 2 + 3) 1) o valor da operação ou da prestação própria realizada pelo substituto tributário ou, quando for o caso, pelosubstituído intermediário; 2) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; 3) a margem de valor agregado - MVA, nela incluída a parcela referente ao lucro e o montante do próprio imposto, relativa às operações ou prestações subseqüentes, estabelecida no Regulamento do ICMS. A MVA é definida pelo estado de acordo com pesquisa de preços de venda dos respectivos produtos ou mercadorias nos mercados atacadistas ou varejistas da praça. A título meramente exemplificativo, segue a MVA de alguns produtos: - cerveja = 140 % - refrigerantes = 140 % - cimento = 20% - pneus = 42 % - discos e fitas = 25 % - lâmpadas = 35 % - pilhas = 55 % - sorvetes – 70 %. - 10.7.C) - o valor a recolher, a título de substituição tributária, será a diferença entre o imposto calculado mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre a base de cálculo definida para a substituição e o devido pela operação própria do contribuinte substituto (BASE DE CÁLCULO DA ST X ALÍQUOTA) – ICMS OPERAÇÃO PRÓPRIA)). 19 1 11) CONTRIBUINTES 11.1) CONCEITO - Contribuinte do ICMS é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço, descrita como fato gerador do imposto, sendo que a condição de contribuinte independe de estar a pessoa constituída ou registrada, bastando que pratique com habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial as operações ou prestações. 11.2) HABITUALIDADE - Entende-se por habitualidade, para fins de tributação, a prática de operações que importem em circulação de mercadorias ou de prestações de serviços de transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicação, a qual, pela sua repetição, induz à presunção de que tal prática constitui atividade própria de contribuinte regular. O requisito da habitualidade, não é condição geral, havendo várias exceções, tais como no caso de importação de mercadorias, arrematação em hasta pública ou em leilões. 11.3) Incluem-se entre os contribuintes do ICMS, a título exemplificativo: 1) o comerciante, o industrial, o produtor rural e o extrator de substância mineral ou fóssil ou de produto vegetal; 2) o prestador de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação; 3) o importador de mercadorias, bens ou serviços; 4) o adquirente, em licitação promovida pelo poder público, de mercadorias ou bens importados do exterior e apreendidos ou abandonados; 5) o adquirente de mercadorias em hasta pública; 6) o adquirente ou destinatário, em operação interestadual, de mercadorias destinadas ao consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento; 7) o estabelecimento destinatário, em prestação interestadual, de serviço cuja utilização não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente; 8) a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte, de comunicação e de energia elétrica; 9) o prestador de serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios, que envolvam fornecimento de mercadorias; 10) o prestador de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios, que envolvam fornecimento de mercadorias, conforme ressalvas constantes de lei complementar; 11) o fornecedor de alimentação, bebidas e outras mercadorias em qualquer estabelecimento. 20 2 12) RESPONSÁVEIS 12.1) CONCEITO A responsabilidade, nos termos do CTN, decorre de disposição expressa da lei elegendo terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação tributária como responsável pelo cumprimento da mesma, podendo ou não excluir a responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a em caráter supletivo. Esta responsabilidade, nos termos da lei, pode se ser estabelecida de forma solidária, onde o responsável responde diretamente pela obrigação, podendo ser exigida todo o crédito tanto do contribuinte quanto daquele, ou de forma subsidiária, onde há o benefício de ordem, devendo primeiro se exigir o crédito daquele que deu causa ao nascimento da obrigação e somente subsidiariamente do responsável. 12.2) RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIOS São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos legais, inclusive multa por infração para a qual tenham concorrido por ação ou omissão: 1) o armazém-geral, a cooperativa, o depositário, o estabelecimento beneficiador e qualquer outro encarregado da guarda, beneficiamento ou comercialização de mercadorias, nas seguintes hipóteses: a - relativamente à saída ou transmissão de propriedade de mercadoria depositada, inclusive por contribuinte de fora do Estado; b - no caso de receber, manter em depósito, dar entrada ou saída a mercadoria de terceiro, sem documento fiscal hábil e sem pagamento do imposto; 2) o transportador, em relação à mercadoria: a - que entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal; b - que for negociada em território mineiro durante o transporte; c - transportada sem documento fiscal ou com nota fiscal com prazo de validade vencido; d - transportada com documentação fiscal falsa ou inidônea; 3) a pessoa que, a qualquer título, recebe, dá entrada ou mantém em estoque mercadoria sua ou de terceiro, desacobertada de documento fiscal; 4) o leiloeiro, pelo imposto devido na operação realizada em leilão; 5) o despachante, o entreposto aduaneiro e o armazém alfandegado em relação a entrada de mercadoria estrangeira, entregue a destinatário diverso daquele que a tiver importado ou arrematado; 6) a empresa de comunicação, concessionária de serviço de telefonia móvel celular, em relação ao respectivo aparelho telefônico, quando não exigido do proprietário, no momento da habilitação ou transferência, cópia autenticada da nota fiscal de compra ou documento de arrecadação do imposto, dos quais constem o número e série do aparelho, devendo a comprovação do cumprimento da obrigação ser feita mediante arquivamento de cópia do documento. 7) a empresa exploradora de serviço postal, em relação à mercadoria: 21 2 a - transportada sem documento fiscal ou com nota fiscal com prazo de validade vencido; b - transportada com documentação fiscal falsa ou inidônea; c - importada do exterior, e por ela entregue sem o pagamento do imposto devido; 8) qualquer pessoa, quando seus atos ou omissões concorrerem para o não recolhimento do tributo devido por contribuinte ou responsável. 12.3) RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA Respondem subsidiariamente pelo pagamento do imposto e acréscimos legais: 1) o contabilista ou empresa prestadora de serviço de contabilidade, em relação ao imposto devido e não recolhido em função de ato por eles praticado com dolo ou má-fé (art. 57 do RICMS); 2) o inventariante, o síndico ou o comissário, pelo imposto devido pelo espólio, pela massa falida ou pelo concordatário, respectivamente; 3) na hipótese de diferimento do imposto, o alienante ou remetente da mercadoria ou o prestador do serviço, quando o adquirente ou destinatário descumprir, total ou parcialmente, a obrigação, caso em que, será concedido ao responsável subsidiário, antes da formalização do crédito tributário, o prazo de 30 (trinta) dias para pagamento do tributo devido, monetariamente atualizado, sem acréscimos ou penalidades; 4) o diretor, o administrador ou o sócio-gerente, pelo imposto devido pela sociedade que dirige ou dirigiu ou de que faz ou fez parte. 13) ESTABELECIMENTO 13.1) CONCEITO Considera-se estabelecimento o local, privado ou público, com ou sem edificação, onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou permanente, bem como o local, ainda que pertencente a terceiro, onde a mercadoria objeto da atividade do contribuinte é armazenada ou depositada. Também são considerados estabelecimentos: 1) o local, ainda que pertencente a terceiro, que receba mercadoria vinda deoutra unidade da Federação, destinada a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente; 2) o depósito fechado, assim considerado o lugar onde o contribuinte promova, com exclusividade, o armazenamento de suas mercadorias; 3) o local onde se realize o fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias, por contribuinte que explore tal atividade. Na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o local em que tenha sido efetuada a operação ou encontrada a mercadoria, ou o local onde tenha sido prestado o serviço ou constatada a sua prestação. 13.2) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS 22 2 Trata-se de um dos princípios fundamentais do ICMS, estabelece que para os efeitos da legislação tributária considera-se autônomo cada estabelecimento da empresa, seja ele matriz, filial, depósito fechado, agência, etc. Assim, cada operação ou prestação praticada por cada um dos estabelecimentos deve ser considerada isoladamente, dando nascimento a obrigações distintas, além do que as operações e prestações entre os diversos estabelecimentos devem ser acobertadas por toda documentação fiscal exigível relativamente a fatos praticados com outras empresas. Também são considerados autônomos o veículo utilizado pelo contribuinte no comércio ambulante. Não obstante tal princípio, todos os estabelecimentos do mesmo titular são considerados em conjunto, para o efeito de garantia do crédito tributário e acréscimos legais. 14) LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO 14.1) MERCADORIAS Tratando-se de mercadorias ou bens o local da operação ou da prestação, para os efeitos de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 1) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador; 2) o local onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou quando acompanhado de documentação falsa ou inidônea; 3) o do estabelecimento ao qual couber pagar o imposto, no caso do diferencial de alíquota ou no caso de substituição tributária. 14.2) SERVIÇOS DE TRANSPORTE Tratando-se de prestação de serviço de transporte, deve ser considerado local da prestação: 1) o do início da prestação de serviço de transporte de passageiros ou pessoas, indicado no bilhete de passagem ou na nota fiscal, ainda que a venda ou emissão dos mesmos tenham ocorrido em outra unidade da Federação; 2) o do estabelecimento ao qual couber pagar o imposto sobre utilização de serviço prestado por terceiro; 3) o do estabelecimento destinatário do serviço, no caso do diferencial de alíquota: 4) o do estabelecimento da empresa transportadora que contratar o transporte de carga com transportador autônomo ou empresa não-contribuinte no Estado; 5) o do remetente da mercadoria, relativamente ao imposto incidente sobre a prestação de serviço efetuado por transportador autônomo ou empresa não-contribuinte no Estado; 6) aquele onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de documentação fiscal ou com documentação falsa ou inidônea; 14.3) SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO 23 2 Tratando-se de prestação de serviço de comunicação, deve ser considerado local da prestação: 1) o do estabelecimento que promover a geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação ou recepção do serviço, inclusive de radiodifusão sonora e de som e imagem; 2) o do estabelecimento da concessionária ou permissionária que forneça ficha, cartão ou assemelhados necessários à prestação do serviço; 3) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese de utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha-se iniciado em outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes. 15) APURAÇÃO DO ICMS 15.1) PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE DO ICMS O ICMS, nos termos da Constituição é um imposto não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante cobrado nas anteriores, por este ou por outro Estado. Para o exercício deste direito algumas regras devem ser observadas, tais como: 1) o abatimento do valor do imposto, sob a forma de crédito, somente será permitido mediante apresentação da 1ª via do respectivo documento fiscal, salvo as exceções previstas na legislação tributária; 2) o valor do imposto relativo ao serviço de transporte rodoviário de cargas somente poderá ser utilizado como crédito pelo tomador do serviço, desde que corretamente identificado: a) no Conhecimento de Transporte; b) no documento de arrecadação utilizado para pagamento do imposto pelo transportador autônomo ou empresa transportadora de outra unidade da Federação, não inscritos neste Estado, quando não houver emissão de conhecimento de transporte; c) na nota fiscal relativa à operação, quando a responsabilidade pelo recolhimento couber ao alienante ou remetente. 15.2) FORMA DE APURAÇÃO O valor devido a título de imposto resultará da diferença a maior entre o somatório do imposto referente às mercadorias saídas e aos serviços de transporte ou de comunicação prestados, e o somatório do imposto cobrado relativamente à entrada, real ou simbólica, de mercadoria ou bem para o ativo permanente, e o recebimento de serviço de transporte ou de comunicação, no respectivo estabelecimento. Este imposto é, via de regra, apurado por períodos (decendiais, quinzenais, mensais, etc.), sendo que o saldo eventualmente verificado a favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos subseqüentes. O valor a ser abatido a título de crédito deve ser escriturado no mesmo período de apuração em que ocorrer a aquisição ou o recebimento da mercadoria, ou a utilização do 24 2 serviço, conforme o caso, sendo que os débitos e créditos devem ser apurados em cada estabelecimento do sujeito passivo, em observância ao princípio da autonomia dos estabelecimentos. O crédito corresponderá ao montante do imposto corretamente cobrado e destacado no documento fiscal relativo à operação ou à prestação. Se o imposto destacado no documento fiscal for inferior ao devido, o valor a ser abatido corresponderá ao do destaque, ficando assegurado o abatimento da diferença, desde que feito com base em documento fiscal complementar emitido pelo alienante ou remetente da mercadoria ou pelo prestador do serviço. 15.3) CRÉDITO DO ICMS 15.3.A) Nas operações comerciais pode ser abatido, sob a forma de crédito, o valor do imposto correspondente às mercadorias, inclusive material de embalagem, adquiridas ou recebidas no período para comercialização, inclusive o valor do ICMS relativo ao transporte de tais mercadorias, desde que contratado pelo adquirente; 15.3.B) Tratando-se de industrialização poderá se abatido como crédito o valor do imposto correspondente à matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem adquiridos ou recebidos no período, para emprego diretamente no processo, assim como da energia elétrica consumida no processo de produção, extração, ou industrialização dos produtos, inclusive o valor do ICMS relativo ao transporte de tais mercadorias, desde que contratado pelo adquirente; 15.3.C) Nas prestações de serviço de transporte e de comunicação o valor do ICMS correspondente às mesmas, realizadas no período, desde que a elas vinculado, sendo tal crédito atribuído ao tomador do serviço, corretamente identificado no documento hábil. É ainda admitido ao prestador de serviço de transporte, o creditamento do valor do imposto correspondente a combustível, lubrificante, pneus e câmaras-de-ar de reposição e de material de limpeza, adquiridos, desde que estritamente necessários à prestação do serviço e limitado ao mesmo percentual correspondente, no faturamento da empresa, ao valor das prestações alcançadas pelo imposto e restritoàs mercadorias empregadas ou utilizadas exclusivamente em veículos próprios; 15.3.D) Também é permitido o creditamento do valor do ICMS relativo à aquisição de bens destinados ao ativo permanente dos estabelecimentos à proporção de 1/48 ao mês, desde que os bens adquiridos sejam destinados à utilização nas atividades de produção, comercialização ou prestação de serviços da empresa, tributados pelo ICMS. 15.4) VEDAÇÕES DE CRÉDITO É vedado o aproveitamento de imposto, a título de crédito, quando: 1) a operação ou prestação que ensejar a entrada ou recebimento de bem, inclusive mercadoria, ou serviço estiver beneficiada por isenção ou não-incidência, ressalvadas as disposições em contrário previstas no Regulamento; 25 2 2) a operação ou prestação subseqüente, com a mesma mercadoria ou com outra dela resultante, deva ocorrer com isenção ou não-incidência; 3) os serviços de transporte e de comunicação recebidos pelo tomador, não se destinarem a ser por ele utilizados na execução de serviços da mesma natureza, na comercialização de mercadorias ou em processo de produção, extração, industrialização ou geração, inclusive de energia elétrica; 4) a operação ou prestação estiver acobertada por documento fiscal falso ou inidôneo, salvo prova concludente de que o imposto devido pelo emitente foi integralmente pago; 5) o contribuinte não possuir a 1ª via do documento fiscal, salvo o caso de comprovação da autenticidade do valor a ser abatido, mediante apresentação de cópia do documento, com pronunciamento do fisco de origem e aprovação da autoridade fazendária da circunscrição do contribuinte; 6) o documento fiscal indicar como destinatário estabelecimento diverso daquele que o registrou; 7) o valor do imposto estiver destacado em excesso, no documento fiscal; 8) a operação ou prestação que ensejar a entrada do bem, mercadoria ou o recebimento do serviço for realizada com diferimento, salvo se o adquirente do bem ou destinatário do serviço debitar-se, para pagamento em separado, do imposto devido na operação ou prestação; 9) o imposto se relacionar à entrada de bens ou ao recebimento de serviços alheios à atividade do estabelecimento. 15.5) ESTORNO DO CRÉDITO A empresa deverá efetuar o estorno do imposto creditado sempre que o serviço tomado ou a mercadoria ou bem entrado no estabelecimento: 1) vier a ser objeto de operação subseqüente não-tributada ou isenta; 2) vier a ser utilizado em fim alheio à atividade do estabelecimento; 3) vier a ser objeto de perecimento, deterioração, inutilização, extravio, furto, roubo ou perda, por qualquer motivo, da mesma mercadoria ou bem, ou de outra dela resultante, dentro do mesmo período em que se verificar o fato, ou no prazo de 30 (trinta) dias, em se tratando de calamidade pública, contado de sua declaração oficial. 15.4) COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS ENTRE ESTABELECIMENTOS DA MESMA PESSOA JURÍDICA Na hipótese de estabelecimentos do mesmo titular, situados no Estado de Minas Gerais, a apuração do ICMS também será feita de forma individualizada, por estabelecimento, e, após o encerramento do período de apuração do imposto, os saldos devedor e credor de cada estabelecimentos poderão ser compensados entre si, observado o seguinte: I - o estabelecimento que tenha apurado saldo credor emitirá documento fiscal para transferência de crédito, tendo como destinatário o estabelecimento que tenha apurado saldo devedor, até o encerramento do prazo para o recolhimento do imposto devido pelo destinatário ,constando a informação de tratar-se de documento emitido para compensação de saldo devedor do destinatário; 26 2 II - o valor do crédito a ser transferido não poderá ser superior ao saldo devedor apurado pelo estabelecimento destinatário, sendo que em se havendo compensação apenas parcial do saldo devedor, o estabelecimento destinatário deverá efetuar o recolhimento do valor remanescente. III – a compensação autorizada pelo fisco mineiro somente se aplica aos estabelecimentos que adotem o regime normal de apuração do imposto e alcança apenas o ICMS devido por operações ou prestações próprias. 16) LOCAL E FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO 16.1) LOCAL DE RECOLHIMENTO O ICMS, bem como seus acréscimos, será recolhido em estabelecimento bancário credenciado situado no Estado de ocorrência do fato gerador, mediante preenchimento, pelo contribuinte, do Documento de Arrecadação Estadual (DAE). O recolhimento do imposto, relativo a substituição tributária deverá ser feito por meio de documento de arrecadação distinto. 16.2) GUIA NACIONAL DE RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS ESTADUAIS (GNRE) É um documento a ser utilizado para recolhimento do imposto, em estabelecimento bancário credenciado diretamente pela Secretaria de Estado da Fazenda, ou Banco signatário do convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais (ASBACE), nas seguintes hipóteses: 1) importação de mercadoria estrangeira quando o pagamento deva ser efetuado até o momento do desembaraço, desde que o mesmo ocorra fora do Estado; 2) quando o imposto devido a um Estado for retido por contribuinte substituto localizado em outra unidade da Federação. 16.3) DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA O ICMS deve ser também recolhido por meio de documento de arrecadação distinto, com observação de tratar-se de recolhimento referente à diferença de alíquota por aquisição, em operação interestadual, de mercadoria para uso, consumo ou imobilização, ou, sendo o caso, por utilização de serviço iniciado em outra unidade da Federação e não vinculado a operação ou prestação subseqüente. 27 2 16.4) PRAZOS DE RECOLHIMENTO DO ICMS Os prazos de recolhimento do ICMS são fixados pela agenda tributária do Estado e só vencem em dia de expediente normal na repartição fazendária ou agência arrecadadora onde deva ser efetuado o pagamento. Considera-se esgotado o prazo para recolhimento do imposto - relativamente à operação com mercadoria cuja saída, entrega, transporte ou manutenção em estoque ocorra: 1) sem documento fiscal, ou quando este não for exibido no momento da ação fiscalizadora, exceto quando o sujeito passivo, ou terceiro interessado, provar inequivocamente que existia documento hábil antes da ação fiscal; 2) com documento fiscal que mencione como valor da operação importância inferior ao real, no tocante à diferença (subfaturamento); 3) com documento fiscal que mencione destaque de valor do imposto inferior ao devido, com relação à diferença; 4) com documento fiscal sem destaque do imposto devido na operação própria ou do imposto retido por substituição tributária devido a este Estado. 16.5) REPETIÇÃO DE INDÉBITO A importância indevidamente paga aos cofres do Estado, a título de ICMS, poderá ser restituída em espécie ou sob a forma de aproveitamento de crédito, no todo ou em parte, para recolhimento futuro do imposto, mediante requerimento do contribuinte, sendo que a importância indevidamente paga será atualizada segundo os mesmos critérios adotados para a atualização dos créditos tributários do Estado. 17) LIVROS FISCAIS 17.1) ESCRITURAÇÃO A escrituração dos livros fiscais deve ser feita com base nos documentos relativos às operações ou prestações realizadas pelo contribuinte, ocorrendo sob sua exclusiva responsabilidade e na forma estabelecida pela legislação tributária. Os dados relativos à escrita fiscal do contribuinte serão fornecidos ao fisco, em síntese, mediante o preenchimento e entrega da Declaração Anual do Movimento Econômico e Fiscal (DAMEF), da Guia de Informação das Operações e Prestações Interestaduais (GI/ICMS) e do Demonstrativo de Apuração e Informação do ICMS (DAPI). 17.2) ESPÉCIES DE LIVROS FISCAIS O contribuinte do ICMS deverá manter, em cada um dos seus estabelecimentos, os seguintes livros fiscais, cujas regras gerais de escrituração e de lançamento são as estabelecidas noAnexo V: 28 2 1) Registro de Entradas, modelo 1 ou l-A; trata-se de livro a ser utilizado pelo contribuinte sujeito, simultaneamente, às legislações do IPI e do ICMS e o modelo 1-A, para a empresa sujeita apenas à legislação do ICMS; II - Registro de Saídas, modelo 2 ou 2-A; o livro modelo 2 deve ser utilizado pelo contribuinte sujeito, simultaneamente, às legislações do IPI e do ICMS e o modelo 2-A, para a empresa sujeita apenas à legislação do ICMS; III - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3; este livro deve ser utilizado pelo estabelecimento industrial ou a ele equiparado pela legislação federal e pelo atacadista, podendo, a critério do fisco, ser exigido de estabelecimento de contribuinte de outra categoria com as adaptações necessárias. IV - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5; utilizado pelo estabelecimento que confeccionar documento fiscal para terceiro ou para uso próprio. V - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6 (RUDFTO); de uso obrigatório por todos os estabelecimentos inscritos no Cadastro de Contribuintes do ICMS; VI - Registro de Inventário, modelo 7; utilizado por todo estabelecimento que mantenha ou tenha mantido mercadoria em estoque; VII - Registro de Apuração do Imposto sobre Produtos Industrializados, modelo 8; a ser utilizado pelos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados, contribuintes do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). VIII - Registro de Apuração do ICMS, modelo 9; utilizado pelo contribuinte para apuração do imposto no período considerado; IX - Livro de Movimentação de Combustíveis; a ser utilizado pelo Posto Revendedor para registro diário das movimentações de compra e venda de gasolina, óleo diesel, álcool etílico hidratado carburante e mistura metanol/etanol/gasolina, devendo ser observadas, quanto à sua escrituração e modelo, as normas do Departamento Nacional de Combustíveis, da Secretaria Nacional de Combustíveis; X – Livro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP), modelo A, destinado à apuração do valor-base do estorno de crédito e do total do estorno mensal do crédito de bem do ativo permanente cuja entrada no estabelecimento tenha ocorrido entre 1° de novembro de 1996 e 31 de julho de 2000; XI – Livro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP), modelo C, a ser utilizado para apuração do valor do crédito a ser mensalmente apropriado relativamente à aquisição de bem do ativo permanente cuja entrada no estabelecimento ocorra a partir de 1° de agosto de 2000; XII - Livro de Movimentação de Produtos, utilizado pelo Transportador Revendedor Retalhista (TRR) e pelo Transportador Revendedor Retalhista na Navegação Interior (TRRNI), para registro diário dos estoques e das movimentações de compra e venda de óleo diesel, querosene iluminante e óleos combustíveis, devendo ser observadas, quanto à sua escrituração e modelo, as normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP); XIII - Livro de Receituário Geral, utilizado pelas farmácias magistrais. 17.3) UTILIZAÇÃO DOS LIVROS Os livros Registro de Apuração do ICMS, registro de Apuração do IPI, Registro de Entradas, Registro de Saídas, Registro de Controle da Produção e do Estoque e Registro de 29 2 Inventário poderão ser escriturados por sistema datilográfico, mecanográfico ou de processamento eletrônico de dados. Todos os livros fiscais, impressos e de folhas numeradas tipograficamente em ordem crescente, terão suas folhas costuradas e encadernadas, e serão usados depois de visados pela repartição fazendária da circunscrição do contribuinte. Quando não se tratar de início de atividade, a repartição fazendária, para visar novo livro a ser utilizado pelo contribuinte, exigirá no ato a apresentação do livro anterior. 17.4) ESCRITURAÇÃO A escrituração dos livros será feita com clareza e, quando manuscrita, a tinta indelével, não podendo atrasar-se por mais de 5 (cinco) dias, ressalvada a fixação de prazo especial. Os livros não poderão conter emenda ou rasura, e os valores escriturados deverão ser somados no prazo estipulado. Quando não houver outro período expressamente previsto, os valores escriturados deverão ser somados no último dia de cada mês. 17.5) MANUTENÇÃO DE LIVROS EM ESCRITÓRIO CONTÁBIL Os livros fiscais não poderão ser retirados do estabelecimento sem autorização do fisco estadual, salvo para serem levados à repartição fazendária. O contribuinte poderá, a critério do Chefe da repartição fazendária, entregar seus livros a contabilista, desde que: 1) o autorize, na Declaração Cadastral do Contabilista e Empresa Contábil (DCC), a: a - permanecer com os livros fiscais em seu poder, para fins de escrituração e fornecimento de informações ao fisco; b - tomar ciência, em seu nome, de qualquer ação fiscal que lhe diga respeito, inclusive de Auto de Infração (AI); 2) o contabilista esteja estabelecido no Estado, registrado no Conselho Regional de Contabilidade (CRC/MG) e cadastrado junto à Secretaria de Estado da Fazenda. A DCC será preenchida em 3 ( três) vias, que terão a seguinte destinação: 1) 1ª via - repartição fazendária; 2) 2ª via - contribuinte; 3) 3ª via - contabilista ou empresa contábil. A permissão poderá ser cassada, a qualquer tempo, inclusive quando o contabilista: 1) deixar de atualizar seus dados cadastrais; 2) dificultar por qualquer meio a ação do fisco; 3) praticar ou concorrer para a prática de procedimentos lesivos à Fazenda Pública; 4) devolver os livros e documentos fiscais ao contribuinte, antes de comunicar ao fisco; 5) deixar de comunicar o início ou o término da escrituração, em relação a qualquer contribuinte. 30 3 No caso de rompimento do contrato de prestação de serviço celebrado entre o contribuinte e o contabilista, ambos comunicarão o fato à repartição fazendária no prazo de 5 (cinco) dias, antes da devolução dos livros e documentos ao contribuinte. 31 3 18) DOCUMENTOS FISCAIS 18.1) DOS DOCUMENTOS EM ESPÉCIE A empresa contribuinte do ICMS deverá emitir, conforme as operações e prestações que realizar, os seguintes documentos fiscais, cujas regras gerais sobre impressão, uso, preenchimento, prazos e escrituração são as estabelecidas no Anexo V do RICMS: I - Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A ou Nota Fiscal Eletrônica (modelo 55); II - Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2; III - Cupom Fiscal emitido por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), Terminal Ponto de Venda (PDV) ou Máquina Registradora (MR); IV - Nota Fiscal de Produtor, modelo 4 ou 4-A; V - Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6; VI - Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7; VII - Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; VIII - Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; IX - Conhecimento Aéreo, modelo 10; X - Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; XI - Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13; XII - Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14; XIII - Bilhete de Passagem Ferroviário, modelo 16; XIV - Despacho de Transporte, modelo 17; XV - Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20; XVI - Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21; XVII - Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicações, modelo 22; XVIII - Autorização de Carregamento e Transporte, modelo 24; XIX - Manifesto de Carga, modelo 25; XX - Relação de Despachos; XXI - Despacho de Cargas em Lotação; XXII - Despacho de Cargas Modelo Simplificado; XXIII - Excesso de Bagagem; XXIV - Romaneio; XXV - Nota Fiscal Avulsa; XXVI - Guia de Transporte de Valores; XXVII – Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas. 18.2) GENERALIDADES SOBRE DOCUMENTOS FISCAIS Relativamente à utilização de séries nas Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, observar-se-á o seguinte: 1) será obrigatória a utilização de séries distintas: a - na utilização simultânea dosmodelos 1 e 1-A; b - no caso de uso concomitante da Nota Fiscal e da Nota Fiscal-Fatura; 32 3 c - quando houver determinação do Chefe da Administração Fazendária de circunscrição do contribuinte, para separar as operações de entradas das de saídas; 2) sem prejuízo do disposto no item anterior, poderá ser permitida a utilização de séries distintas, quando houver interesse do contribuinte; 3) as séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente a partir de 1. É ainda permitido, em cada uma das séries dos documentos fiscais, o uso simultâneo de sub-séries. Os documentos fiscais serão numerados em todas as vias, por espécie, em ordem crescente de 000.001 a 999.999 e encadernados em blocos uniformes de 20 (vinte), no mínimo, e 50 (cinqüenta), no máximo. Os blocos serão usados pela ordem de numeração dos documentos, sendo que nenhum bloco será utilizado sem que o anterior esteja simultaneamente em uso, ou já tenha sido utilizado, ressalvados os casos previstos na legislação. Cada estabelecimento, seja matriz, filial, sucursal, agência, depósito ou qualquer outro, terá bloco de documentos fiscais próprio, vedada a sua utilização fora do estabelecimento, ressalvadas as hipóteses previstas na legislação. 18.3) CANCELAMENTO DE DOCUMENTOS Os documentos fiscais só podem ser cancelados antes de sua escrituração no livro próprio e no caso em que não tenha ocorrido a saída da mercadoria ou não se tenha iniciado a prestação do serviço, desde que integradas ao bloco ou formulário contínuo todas as suas vias, com declaração do motivo que determinou o cancelamento, e referência, se for o caso, ao novo documento emitido. 19) REGIMES ESPECIAIS RELATIVOS À EMISSÃO DE DOCUMENTOS FISCAIS E À ESCRITURAÇÃO FISCAL O contribuinte poderá pleitear junto à Secretaria de Estado da Fazenda regime especial relacionado com a emissão, escrituração e dispensa de documentos fiscais, devendo o pedido ser entregue pelo estabelecimento interessado na Administração Fazendária (AF) de sua circunscrição. O pedido será feito em 2 (duas) vias, e conterá, além da identificação do requerente, a descrição e esboço do sistema que pretende adotar e indicação clara e concisa das circunstâncias que os justifiquem, além dos modelos, em 2 (duas) vias, dos documentos ou livros a serem utilizados. Tratando-se de regime especial relacionado também com tributo federal ou municipal, o contribuinte, antes de adotá-lo, deverá requerer a manifestação da Administração competente. 20) REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO 33 3 Os regimes especiais de tributação disciplinam, na forma estabelecida no Anexo IX do RICMS, procedimentos a serem adotados pelos contribuintes, relativamente ao cumprimento de suas obrigações atinentes ao imposto, tratando-se de formas especiais de apuração, controle, emissão de documentos ou fiscalização, exercidas sobre determinados setores da economia ou atividades econômicas. A concessão ou imposição de regime especial não dispensa o contribuinte do cumprimento das demais obrigações previstas na legislação tributária. Além dos regimes previstos no Anexo IX, a Secretaria de Estado da Fazenda poderá conceder, em caráter individual, regime especial de tributação, requerido na forma prescrita pela legislação tributária administrativa, consideradas as peculiaridades e circunstâncias das operações ou prestações que justifiquem a sua adoção. 21) CÓDIGO FISCAL DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES E CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA As operações relativas à circulação de mercadorias e às prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, realizadas pelo contribuinte, serão codificadas mediante utilização do Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e do Código de Situação Tributária (CST), constantes das partes 2 e 3 do Anexo V do RICMS/MG. Trata-se de aglutinação das operações e prestações em determinadas categorias com o fim de apuração e controle por parte das administrações fazendárias. Tabela B - Tributação pelo ICMS 00 - Tributada integralmente; 10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 20 - Com redução de base de cálculo; 30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 40 - Isenta; 41 - Não tributada; 50 - Suspensão; 51 - Diferimento; 60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária; 70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária; 90 - Outras. 34 3 APÊNDICE CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, PROMULGADA EM 05/10/1988 (alterada até a E.C. 39/02) SEÇÃO IV DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior; III - propriedade de veículos automotores. § 1º O imposto previsto no inciso I: I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário processado no exterior; IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; § 2º O imposto previsto no inciso II, atenderá ao seguinte: I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes; 35 3 b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; V - é facultado ao Senado Federal: a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros; VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações interestaduais; VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final localizado em outro Estado, adotar-se-á: a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito) a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional
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