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IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
DISCIPLINA: CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA I 
PROFESSOR: MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À 
CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE 
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE 
INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE 
COMUNICAÇÃO 
 
 
- ICMS - 
 
 
 
 
 
ELABORADO POR: MÁRIO HERMES SOARES CAMPOS 
 
 
 
 
 
 
junho / 2021 
 
 22 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
 
1) VISÃO HISTÓRICA 
2) CONSIDERAÇÕES GERAIS / CONCEITOS BÁSICOS 
3) INCIDÊNCIA DO ICMS 
4) NÃO-INCIDÊNCIA 
5) ISENÇÕES 
6) DIFERIMENTO 
7) SUSPENSÃO 
8) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
9) ALÍQUOTAS DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS 
10) BASE DE CÁLCULO DO ICMS 
11) CONTRIBUINTES 
12) RESPONSÁVEIS 
13) ESTABELECIMENTO 
14) LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO 
15) APURAÇÃO DO ICMS 
16) LOCAL E FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO 
17) LIVROS FISCAIS 
18) DOCUMENTOS FISCAIS 
19) REGIMES ESPECIAIS RELATIVOS À EMISSÃO DE 
DOCUMENTOS FISCAIS E À ESCRITURAÇÃO FISCAL 
20) REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO 
21) CÓDIGO FISCAL DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES E CÓDIGO 
DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
APÊNDICE 
 
 
 
 33 
 
IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS 
À CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E SOBRE PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS 
DE TRANSPORTE INTERESTADUAL E INTERMUNICIPAL E DE 
COMUNICAÇÃO - ICMS 
 
 
1) VISÃO HISTÓRICA 
 
 
 O ICMS é um imposto indireto, de competência atribuída aos estados e ao Distrito 
Federal, concebido pela Carta Constitucional de 1988, que sucedeu o, à época vigente, 
Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM), que por sua vez originou-se de 
desmembramento do antigo Imposto sobre Vendas e Consignações (IVC). 
Porém, o atual ICMS apresenta um substancial aumento de sua base tributária 
comparado com o extinto ICM, uma vez que foram incluídas novas hipóteses dentro de seu 
campo de incidência com a nova distribuição das competências tributárias implementada 
pela Constituição de 1988. 
O extinto ICM possuía como hipótese de incidência, comumente, as operações de 
circulação ou importação de mercadorias> Já ao seu sucessor, o ICMS, foram agregadas 
outras situações, quais sejam, as prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e as prestações de serviços de comunicação. Foram ainda extintos os antigos 
Impostos Únicos, incidentes sobre energia elétrica, minerais, combustíveis e derivados do 
petróleo e de comunicação, que também passaram a integrar a hipótese de incidência do atual 
ICMS. 
Houve portanto uma grande dilatação do campo de incidência do antigo ICM 
(aumento da base tributária), dando origem assim, a partir da atual Constituição, ao ICMS 
nos atuais contornos, que em muito se diferenciam, haja vista a inclusão dessas novas 
hipóteses, gerando novas relações tributárias, novas possibilidades de creditamentos e novos 
contribuintes. 
 
 
2) CONSIDERAÇÕES GERAIS / CONCEITOS BÁSICOS 
 
 
Para os estudos de nossa matéria alguns conceitos são necessários serem preestabelecidos, 
pois durante toda a explanação por vezes haverá referência aos mesmos. Melhor portanto que 
se conheça o significado, ou melhor dizendo a acepção que é dada pela legislação do ICMS a 
estes vocábulos ou expressões. 
Importante frisar nestas considerações que todo o trabalho ora apresentado encontra-se 
baseado, no que se refere aos aspectos legais, na legislação tributária do ICMS do Estado de 
Minas Gerais. Por outro lado, toda a legislação mineira, nos termos da Constituição da 
República, está balizada pela Lei Complementar número 87, de 13 de setembro de 1996, a 
qual, em observância ao disposto no inciso XII do parágrafo 2o. do artigo 155 da Constituição 
dispõe sobre o ICMS, devendo ser observada por todos os Estados Membros e Distrito 
Federal, no momento da instituição do tributo no âmbito de suas respectivas jurisdições. 
 
 44 
A) MERCADORIA - segundo conceituação da legislação tributária, é qualquer bem 
móvel, novo ou usado, suscetível de circulação econômica, inclusive semovente, energia 
elétrica, substâncias minerais ou fósseis, petróleo e seus derivados, lubrificante e 
combustível sólido, líquido e gasoso, e bens importados para uso, consumo ou incorporação 
no ativo permanente do estabelecimento; 
B) CONSUMIDOR FINAL é a pessoa física ou jurídica que adquira mercadoria para 
uso ou consumo próprio; 
C) MATÉRIAS-PRIMAS E PRODUTOS INTERMEDIÁRIOS são aqueles 
consumidos ou que integrem o produto final, fabricado por determinada indústria, 
na condição de elemento indispensável à sua composição; 
D) INSUMOS: é o tratamento genérico dado às matérias-primas, aos produtos 
intermediários e aos materiais de embalagem utilizados no processo de 
industrialização de um produto; 
E) CONFAZ - é o Conselho Nacional de Política Fazendária, trata-se de um órgão 
colegiado, formado por todos os Secretários da Fazenda ou Finanças dos Estados 
Membros e o do Distrito Federal e pelo Ministro da Fazenda. 
 F) REGULAMENTO DO ICMS (RICMS) - Como foi dito anteriormente, este 
trabalho tem como referência a legislação do ICMS do estado de Minas Gerais, que se 
encontra consolidada no Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto no. 43.080/02. Este 
Regulamento se apresenta da seguinte forma: possui um texto básico, com 223 artigos, onde 
são tratados de forma genérica os principais aspectos relativos ao imposto, tais como 
hipótese de incidência, base de cálculo, alíquotas, créditos. Além deste texto básico possui 
ainda 14 anexos, identificados por algarismos romanos, numerados de I a XV, onde são 
tratadas situações específicas, ou são listadas classes de empresas ou produtos beneficiados 
por algum tipo de incentivo. Durante o desenvolvimento deste trabalho estes anexos serão 
citados várias vezes, visando identificar do que se tratam ou o tipo de benefício estabelecido 
para os produtos ou empresas neles listados, são os casos, a título exemplificativo, dos 
Anexos I (que trata de isenções), II (que trata de diferimento), entre outros. 
 
 
3) INCIDÊNCIA DO ICMS 
 
 
 O capítulo relativo à incidência do ICMS será abordado sob três aspectos, o primeiro 
trata da hipótese legal de incidência do imposto, ou seja aquele fato hipotético, na lição de 
alguns juristas, previsto na norma que, uma vez ocorrido, ensejaria ou daria nascimento à 
obrigação tributária. Noutro giro será demonstrado o aspecto temporal, ou seja o momento 
que, uma vez praticado tal ato, ou ocorrido o já então fato gerador, passaria a ser devido o 
imposto. Finalmente serão tratadas algumas situações especiais que, embora não tenha 
havido por vezes circulação econômica, ou mesmo física de mercadorias, ou outros aspectos, 
a legislação trata tais fatos de forma diferenciada buscando o melhor meio de tributação 
destas operações ou prestações. 
 
3.1) O ICMS INCIDE SOBRE: (ASPECTO MATERIAL, PRINCIPAIS HIPÓTESES) 
 
A) a operação relativa à circulação de mercadoria, inclusive o fornecimento de 
alimentação e bebida em bar, restaurante e estabelecimento similar; 
 55 
 B) a prestação de serviço de transporte interestadual e intermunicipal de bens, 
mercadorias, valores, pessoas e passageiros, por qualquer via ou meio, inclusive gasoduto e 
oleoduto; 
 C) a prestação onerosa de serviço de comunicação de qualquer natureza, por qualquer 
meio, inclusive a geração, a emissão, a recepção, a transmissão, a retransmissão, a repetição e 
a ampliação; 
 D) a saída de mercadoria em hasta pública ou a aquisição, em licitação promovida 
pelo poder público, de mercadoria ou bem importados do exterior e apreendidos ou 
abandonados; 
 E) a entrada, em estabelecimento de contribuinte, de mercadoria oriunda de outra 
unidade da Federação, destinada a uso, consumo ou ativo permanente; 
 F) o fornecimento de mercadoria com prestação de serviço: 
 a - não compreendido na competência tributária dos Municípios; 
 b - compreendido na competência tributária dos Municípios e com indicação expressa 
de incidência do impostoestadual, como definido em lei complementar; 
 G) a entrada de mercadoria importada do exterior, por pessoa física ou jurídica, ainda 
quando se tratar de bem destinado a uso, consumo ou ativo permanente de estabelecimento; 
 H) a utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha se iniciado em outra 
unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes. 
 
3.2) CONSIDERA-SE OCORRIDO O FATO GERADOR DO IMPOSTO 
(ASPECTO TEMPORAL) 
 
A) na saída de mercadoria, a qualquer título, inclusive em decorrência de bonificação, 
de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do 
mesmo titular; 
B) no início da prestação ou da execução dos serviços de transporte interestadual ou 
intermunicipal de pessoas, passageiros, bens, mercadorias e valores, por qualquer 
meio, por pessoa física ou jurídica, considerando-se prestado ou executado o 
serviço no momento em que deva ser emitido o documento a ele relativo; 
C) na geração, emissão, transmissão, retransmissão, repetição, ampliação ou 
recepção de comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que 
iniciada no exterior, ressalvado o serviço de comunicação realizado internamente 
no estabelecimento pelo próprio contribuinte, observado o seguinte: 
a - quando se tratar de serviço de telecomunicações, o imposto será devido a este 
Estado: 
a.1 - nos serviços internacionais, tarifados e cobrados no Brasil, cuja receita pertença 
às operadoras, e o equipamento terminal brasileiro esteja situado em território deste Estado; 
a.2 - na prestação de serviços móveis de telecomunicações, desde que em território 
deste Estado esteja instalada a estação que receber a solicitação; 
b - caso o serviço seja prestado mediante ficha, cartão ou assemelhados, considera-se 
ocorrido o fato gerador do imposto quando de seu fornecimento ao usuário; 
D) no desembaraço aduaneiro de mercadoria ou bem importados do exterior; 
A) na entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria oriunda de outra 
unidade da Federação, destinada a uso, consumo ou ativo permanente; 
 66 
B) na utilização, por contribuinte, de serviço cuja prestação tenha-se iniciado em 
outra unidade da Federação e não esteja vinculada a operação ou prestação 
subseqüentes; 
C) na aquisição, em licitação promovida pelo poder público, de mercadoria ou bem 
importados do exterior e apreendidos ou abandonados; 
D) na saída de mercadoria em hasta pública; 
E) no fornecimento de alimentação, bebidas e outras mercadorias por qualquer 
estabelecimento que explore tal atividade, incluídos os serviços a ela inerentes; 
F) no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços: 
a - não compreendidos na competência tributária dos Municípios; 
b - compreendidos na competência tributária dos Municípios e com indicação 
expressa de incidência do imposto estadual, como definido em lei complementar; 
L) no momento da transmissão da propriedade de mercadoria objeto de arrendamento 
mercantil ao arrendatário. 
 
3.3) SITUAÇÕES ESPECIAIS - PARA OS EFEITOS DO ICMS CONSIDERA-SE: 
 
A) como tendo entrado e saído do estabelecimento do importador, neste Estado, a 
mercadoria ou o bem estrangeiros saídos da repartição aduaneira ou fazendária com destino 
diverso do estabelecimento que os tiver importado; 
B) saída do estabelecimento, a mercadoria constante do estoque final na data do 
encerramento de suas atividades; 
C) saída do estabelecimento depositante, a mercadoria remetida para armazém-geral 
ou depósito fechado do próprio contribuinte, neste Estado, no momento: 
a - da saída da mercadoria do armazém-geral ou do depósito fechado, salvo se para 
retornar ao estabelecimento de origem; 
b - da transmissão da propriedade da mercadoria depositada em armazém-geral ou em 
depósito fechado; 
D) saída do estabelecimento autor da encomenda, dentro do Estado, a mercadoria 
que, pelo estabelecimento executor da industrialização, for remetida diretamente a terceiro 
adquirente ou a estabelecimento diferente daquele que a tiver mandado industrializar; 
E) como tendo entrado e saído do estabelecimento do arrematante, neste Estado, a 
mercadoria ou bem estrangeiros saídos da repartição aduaneira ou fazendária com destino 
diverso do estabelecimento que os tiver arrematado; 
F) equiparada à saída a transmissão da propriedade de mercadoria ou bem, ou de 
título que os represente, quando estes não transitarem pelo estabelecimento transmitente. 
 
3.4) SÃO IRRELEVANTES PARA A CARACTERIZAÇÃO DO FATO GERADOR 
DO IMPOSTO: 
 
A) a natureza jurídica da: 
a - operação de que resulte a saída da mercadoria; 
b - transmissão de propriedade da mercadoria; 
c - entrada de mercadoria importada do exterior; 
d - prestação de serviço, ainda que iniciada no exterior; 
B) o título jurídico pelo qual a mercadoria efetivamente saída do estabelecimento 
encontrava-se na posse do respectivo titular; 
 77 
C) a validade jurídica da propriedade ou da posse do instrumento utilizado na 
prestação do serviço; 
D) o cumprimento de exigências legais, regulamentares ou administrativas, referentes 
às operações ou prestações; 
E) o resultado financeiro obtido com a prestação ou execução de serviço. 
 
 
4) NÃO-INCIDÊNCIA 
 
 
Tratam-se de diversas hipóteses de imunidade, estabelecidas na Constituição e que, 
como não poderia deixar de ser, devem ser afastadas do campo de incidência do imposto 
quando da sua instituição pelos Estados. Também encontramos algumas situações que foram 
criadas pela própria Lei Complementar 87/96. 
O ICMS não incide sobre: 
A) o serviço de transporte ou de comunicação, salvo se relacionado com exploração 
de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou 
em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, quando 
prestados: 
a - pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios; 
b - pelas autarquias e fundações instituídas pelo Poder Público e vinculadas às suas 
atividades essenciais ou delas decorrentes; 
B) a prestação de serviços de transporte e de comunicação, quando relacionados com 
as finalidades essenciais e prestados por: 
a - templos de qualquer culto; 
b - partidos políticos, inclusive suas fundações, entidades sindicais de trabalhadores e 
instituições de educação e assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os seguintes 
requisitos: 
b.1 - não distribuir qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a título de 
lucro ou participação no seu resultado; 
b.2 - aplicar integralmente, no País, os seus recursos, na manutenção dos seus 
objetivos institucionais; 
b.3 - manter escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de 
formalidades capazes de assegurar sua exatidão; 
 C) a operação, que destine ao exterior mercadoria, bem como sobre prestação de 
serviços para o exterior; 
 D) a operação que destine a outra unidade da Federação petróleo, inclusive 
lubrificante e combustível líquido e gasoso dele derivados, e energia elétrica, quando 
destinados à comercialização ou à industrialização; 
E) a operação com ouro definido como ativo financeiro ou como instrumento cambial 
(esta definição do ouro como ativo financeiro foi implementada pela no. 7766/89); 
F) a operação com livros, jornais, periódicos e o papel destinado à sua impressão, 
inclusive o serviço de transporte com ela relacionado, não se aplicando: 
a - a operação com livros em branco, pautados ou destinados à escrituração ou ao 
preenchimento; 
b - a papel: 
 88 
b.1 - encontrado com pessoa diferente da empresa jornalística, editora ou gráfica 
impressora de livro ou periódico; 
b.2 - encontrado na posse de pessoa que não seja o importador, o licitante, o 
fabricante, ou de estabelecimento distribuidor do fabricante do produto; 
b.3 - consumido ou utilizado em finalidade diversa da edição de livros, jornais e 
periódicos; 
b.4 - encontrado desacobertado de documento fiscal; 
G) a saída de mercadoria objeto de alienação fiduciáriaem garantia, na: 
a - transmissão do domínio, feita pelo devedor fiduciante em favor do credor 
fiduciário; 
b - transferência da posse, em favor do credor fiduciário, em virtude de 
inadimplemento do devedor fiduciante; 
c - transmissão do domínio, do credor em favor do devedor, em virtude da extinção da 
garantia pelo seu pagamento; 
 H) a saída, de estabelecimento prestador de serviço alcançado por tributação 
municipal, de mercadoria para utilização ou emprego na prestação de serviço listado em lei 
complementar, ressalvados os casos expressos de incidência do ICMS; 
I) a saída de mercadoria de terceiros, de estabelecimento de empresa de transporte, ou 
de depósito por conta e ordem desta; 
J) a saída de mercadoria com destino a armazém-geral ou para depósito fechado do 
próprio contribuinte, no Estado, para guarda em nome do remetente, bem como seu retorno 
ao estabelecimento do depositante; 
L) saída, de bem integrado ao ativo permanente, assim considerado aquele 
imobilizado pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, e após o uso normal a que era destinado; 
M) a execução de serviço de transporte, quando efetuado internamente pelo próprio 
contribuinte, em seu estabelecimento; 
N) a execução de serviço de transporte de bens de seu ativo permanente, quando 
efetuado pelo próprio contribuinte; 
O) a saída, em operação interna, de material de uso ou de consumo, de um para outro 
estabelecimento do mesmo titular, inclusive o serviço de transporte com ela relacionado, 
quando efetuado pelo próprio contribuinte; 
 P) a saída de bem em decorrência de comodato, locação ou arrendamento mercantil, 
ressalvada a opção de compra exercida pelo arrendatário; 
Q) a saída de mercadoria em razão de mudança de endereço do estabelecimento, 
desde que dentro do Estado; 
 R) a operação, de qualquer natureza, de que decorra a transferência de bens móveis 
salvados de sinistro para companhias seguradoras. 
 
 
5) ISENÇÕES 
 
 
Como já explanado no capítulo 2, o Regulamento do ICMS mineiro possui uma série 
de Anexos, que tratam de situações específicas ou comuns a grupos de empresas ou produtos. 
A primeira destas situações é a relativa às isenções do ICMS, que se encontram previstas no 
Anexo I, onde são listadas várias operações com mercadorias e prestações de serviços de 
 99 
transporte ou comunicação que são beneficiadas pela isenção do imposto. São portanto 
isentas do imposto as operações e as prestações relacionadas no Anexo I do RICMS, devendo 
se observar ainda que: 
1) - A isenção concedida para determinada operação ou prestação não dispensa o 
beneficiário do cumprimento das obrigações acessórias. 
2) - Quando o reconhecimento da isenção do imposto depender de condição posterior, 
não sendo esta satisfeita, o imposto será considerado devido no momento em que ocorrer a 
operação ou prestação. 
3) - A isenção para operação com determinada mercadoria não alcança a prestação de 
serviço de transporte com ela relacionada, salvo disposição em contrário. 
 
 
6) DIFERIMENTO 
 
 
6.1) CONCEITO 
 
 Trata-se de instituto característico do ICMS, onde o lançamento e o recolhimento do 
imposto incidente na operação com determinada mercadoria ou sobre a prestação de serviço 
ficam transferidos para operação ou prestação posterior. 
O diferimento aplica-se somente às operações e prestações internas, e, salvo 
disposição em contrário, quando previsto para operação com determinada mercadoria, 
alcança a prestação do serviço de transporte com ela relacionada. Entretanto, 
excepcionalmente, mediante acordo celebrado entre as unidades da Federação envolvidas, 
poderá ainda se aplicar às operações e prestações interestaduais. 
O ICMS pode ser diferido nas hipóteses relacionadas no Anexo II do RICMS, 
podendo ser estendido a outras operações ou prestações, mediante assinatura de termo de 
acordo, entre a empresa interessada e o órgão fazendário, e pode ser suspenso a qualquer 
tempo, relativamente a determinado contribuinte, por ato da Secretaria de Estado da Fazenda, 
desde que se revele prejudicial aos interesses públicos, podendo ser restabelecido, cessados 
os motivos que determinaram a suspensão. 
O diferimento não exclui a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria 
ou do prestador do serviço, quando o adquirente ou destinatário deixar de cumprir, total ou 
parcialmente, a obrigação. 
 
6.2) MOMENTO DO RECOLHIMENTO 
 
Outra característica marcante do diferimento é o fato de que o recolhimento do 
imposto diferido é realizado pelo contribuinte que promover a operação ou prestação que 
encerrar a fase do diferimento, ainda que não tributada; sendo que o adquirente ou 
destinatário da mercadoria ou do serviço não necessita se debitar em separado pelo imposto 
diferido na operação anterior, sendo-lhe vedado abater o respectivo valor como crédito. 
 
6.3) CASOS EM QUE DEVERÁ HAVER O RECOLHIMENTO, EM SEPARADO, 
DO IMPOSTO DIFERIDO: 
 
 10 1
Excepcionalmente, o adquirente ou destinatário da mercadoria deverá recolher o 
imposto diferido, inclusive o relativo ao serviço de transporte, em documento de arrecadação 
distinto, sem direito ao aproveitamento do valor correspondente como crédito do imposto, 
nas hipóteses de: 
I - a mercadoria, adquirida ou recebida para comercialização ou emprego em processo 
de industrialização, ser objeto de operação posterior isenta ou não tributada pelo imposto, no 
mesmo estado, ou após industrialização; 
II - perecimento, deterioração, inutilização, extravio, furto, roubo ou perda, por 
qualquer motivo, da mesma mercadoria ou de outra dela resultante. 
 
 
7) SUSPENSÃO 
 
 
CONCEITO - Ocorre a suspensão do ICMS no caso em que a incidência do imposto 
fica condicionada a evento futuro, sendo que a suspensão aplicável à operação com 
determinada mercadoria não alcança a prestação de serviço de transporte com ela 
relacionada. 
A incidência do ICMS fica suspensa nas hipóteses previstas no Anexo III. 
 
 
8) SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 
8.1) CONCEITO 
 
 Ocorre a substituição tributária, quando o recolhimento do imposto devido por um 
contribuinte ficar sob a responsabilidade de um outro envolvido na operação, ou prestação, 
passando então, este outro, à qualidade de contribuinte substituto do imposto que seria 
devido por aquele que praticou o fato gerador. Diferentemente do diferimento, o imposto 
devido em decorrência da substituição deve ser recolhido integralmente, em separado, pela 
empresa eleita como substituta, não sendo permitidos abatimentos, ou a compensação de 
débitos relativos a substituição tributária com qualquer outro crédito do imposto. 
 
8.2) HIPÓTESES DE SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 A substituição tributária ocorrerá nas seguintes operações/prestações, quando o 
imposto devido pelo: 
I - alienante ou remetente da mercadoria ou pelo prestador de serviços de transporte e 
comunicação ficar sob a responsabilidade do adquirente ou destinatário da mercadoria, ou do 
destinatário ou usuário do serviço; 
 II - adquirente ou destinatário da mercadoria, pelas operações subseqüentes, ficar sob 
a responsabilidade do alienante ou remetente da mercadoria; 
 III - adquirente ou destinatário da mercadoria, ainda que não contribuinte, pela 
entrada ou recebimento para uso, consumo ou ativo permanente, ficar sob a responsabilidade 
do alienante ou remetente da mercadoria; 
 111
 IV - prestador do serviço de transporte ficar sob a responsabilidade do alienante ou 
remetente da mercadoria ou de outro prestador de serviço; 
 V - depositante da mercadoria, em operações anteriores ou subseqüentes, ficar sob a 
responsabilidade do depositário. 
 
A substituição tributária aplica-se nas hipóteses previstas no ANEXO XV do 
RICMS, podendo ainda ser atribuída a outro contribuinte ou categoria de contribuintes, 
mediante termo de acordo. 
É vedada a compensação de débito relativo à substituição tributária com qualquer 
crédito do imposto. 
 
8.3) CÁLCULO DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 O valor a recolher, a título desubstituição tributária, será a diferença entre o imposto 
calculado mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre a base de 
cálculo definida para a substituição e o devido pela operação própria do contribuinte 
substituto (BASE DE CÁLCULO DA ST X ALÍQUOTA) – ICMS OPERAÇÃO 
PRÓPRIA)). 
 
 
 
 12 1
9) ALÍQUOTAS DO ICMS NO ESTADO DE MINAS GERAIS 
 
9.1) FORMA DE APLICAÇÃO DA ALÍQUOTA 
 
O lançamento do ICMS ocorre mediante a aplicação de determinada alíquota 
estabelecida sobre o valor da operação ou prestação do serviço que deu origem ao fato 
gerador do tributo. Conforme visto anteriormente, tais alíquotas podem ser diferenciadas 
atendendo-se, principalmente, ao princípio constitucional da seletividade, em função da 
maior ou menor essencialidade dos produtos e serviços, onde aqueles considerados mais 
necessários à coletividade poderão ser menos onerados. As atuais alíquotas estabelecidas 
para as diversas mercadorias e serviços estão estabelecidas da seguinte forma. 
 
9.2) NAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, INTERNAS: 
 
9.2.A) REGRA GERAL: 
 18% (dezoito por cento), em regra, é a alíquota do ICMS prevista nas operações e 
nas prestações de serviços, exceto nas operações e prestações a que se referem os itens 
seguintes; 
 
9.2.B) 30% (trinta por cento), no fornecimento de energia elétrica para consumo 
residencial, exceto: 
1 - atividade produtiva de produtor rural = 12%; 
2 - operações com energia elétrica destinada às instituições públicas de ensino 
superior e a hospitais públicos universitários mantidos por instituições federais e estaduais de 
ensino superior = 6% ; 
 
9.2.C) 31% (vinte e nove por cento), nas operações com gasolina para fins carburantes e 
com solventes; 
 
9.2.D) 27% (vinte e sete por cento), , na prestação de serviço de comunicação, de 1° de 
janeiro de 2016 a 31 de dezembro de 2019, e 25% (vinte e cinco por cento), a partir de 1° de 
janeiro de 2020; 
 
9.2.E) 25% (vinte e cinco por cento), nas seguintes operações e prestações: 
 
1 - cigarros e produtos de tabacaria; 
2 - refrigerantes importados de países não membros do GATT (General Agreement 
on Tariffs and Trade - ACORDO GERAL SOBRE TARIFAS E COMÉRCIO); 
3 - armas e munições; 
4 - fogos de artifício; 
5 - embarcações de esporte e recreação, inclusive seus motores, ainda que objeto de 
operações distintas; 
6 - perfumes, água de colônia, cosméticos e produtos de toucador; 
7 - artefatos de joalheira ou ourivesaria, das posições 7113 a 7116 da NBM/SH, 
importados de países não membros do GATT; 
 8 - combustíveis para aviação; 
 13 1
9 - bebidas alcoólicas, exceto cervejas, chopes e aguardentes de cana ou de melaço; 
10 –energia elétrica para consumo da classe Comercial, Serviços e outras Atividades, 
assim definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), exceto para os imóveis 
das entidades religiosas, das entidades beneficentes educacionais, de assistência social ou de 
saúde, inclusive filantrópicas, e dos hospitais públicos e privados; 
11 - nas operações envolvendo importação de mercadorias ou bens integrantes de 
remessa postal ou de encomenda aérea internacional. 
 
9.2.F) 23% (vinte e três por cento), nas operações com cervejas e chopes alcoólicos; 
 
9.2.G) 15% (vinte e sete por cento), nas operações com óleo diesel; 
 
9.2.H) 16% (vinte e sete por cento), nas operações com álcool para fins carburantes; 
 
 
9.2.I) - 12 % (doze por cento), nas prestações abaixo discriminadas e nas operações com as 
seguintes mercadorias: 
 
l - arroz, feijão, fubá de milho, farinha de milho, farinha de mandioca, de produção 
nacional; 
2 – energia elétrica destinada a produtor rural e utilizada na atividade de irrigação no 
período diurno, nos termos definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
 
 3 - máquinas, aparelhos e equipamentos industriais e máquinas, equipamentos e 
ferramentas agrícolas; 
4 - automóveis e motocicletas; 
 5 – álcool para fins carburantes, saído da usina com destino às empresas 
distribuidoras; 
 6 – medicamento genérico, conforme definido pela Lei Federal n° 6.360, de 23 de 
setembro de 1976, relacionado em resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 
(ANVISA); 
 7 - - kit para gás para gás natural veicular (GNV); 
 8 - frutas frescas não alcançadas pela isenção do ICMS; 
 9 - mercadorias adquiridas em operações promovidas por estabelecimento que opere 
exclusivamente no âmbito do comércio eletrônico ou do telemarketing, signatário de 
protocolo firmado com o Estado. 
 10 – tratores, caminhões e outros veículos destinados ao transporte de carga; 
 11 chapas, folhas, películas, tiras e lâminas de plástico classificadas nas posições 
3919, 3920 e 3921 da NBM/SH; 
 12 – prestação de serviço de transporte aéreo; 
 13 – bolsa para coleta de sangue, saídas do estabelecimento industrial; 
 14 – leite não acondicionado em embalagem própria para consumo; 
 15 – telhas e lajes planas pré fabricadas, postes e blocos de concreto nas operações 
promovidas pelos estabelecimentos industriais; 
 16 – embalagens, inclusive saco plástico para acondicionamento de lixo, em 
operações promovidas por estabelecimento industrial destinadas a estabelecimento de 
contribuinte inscrito; 
 14 1
 
9.2.J) - 7 % (sete por cento): 
01 – energia elétrica destinada a produtor rural e utilizada na atividade de irrigação no 
período noturno, nos termos definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
 
02 - mel, própolis, geléia real, cera de abelha e demais produtos da apicultura; 
 03 - solução parenteral (soros) classificada na subposição 3004.90.99 da NBM/SH, 
promovidas pelo estabelecimento industrial fabricante; 
 04 - bucha vegetal in natura; 
 05 - produtos alimentícios fornecidos a órgãos da Administração Pública, destinados 
à merenda escolar, identificados em edital de licitação pública. 
 
9.3) NAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS, INTERESTADUAIS: 
 
9.3.A) - 7% (sete por cento), nas operações entre contribuintes do ICMS iniciadas nos 
estados das regiões Sul e Sudeste, exceto Espírito Santo e destinadas aos localizados nas 
regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, ou ao Estado do Espírito Santo; 
 
9.3.B) - 12% (doze por cento), nas operações entre contribuintes do ICMS, em operações 
interestaduais que não se enquadrarem no item anterior; 
 
9.3.C) - 4% (quatro por cento), nas prestações de transporte aéreo interestadual de carga e 
mala postal, quando o tomador e o destinatário forem contribuintes do imposto e nas 
operações com bens e mercadorias importadas do exterior. 
 
OBSERVAÇÕES: 
 
1 - DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA = nas operações e prestações que destinem 
bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro 
Estado, caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto correspondente à diferença 
entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota interestadual: 
 
1.1 - na hipótese de entrada de mercadoria ou serviço, em decorrência de 
operação interestadual, em estabelecimento de contribuinte do ICMS 
no Estado, para uso, consumo ou imobilização, e de utilização, pelo 
mesmo, do respectivo serviço de transporte, fica o contribuinte 
RECEBEDOR DA MERCADORIA obrigado a recolher para o seu 
estado o valor do imposto resultante da aplicação do percentual 
relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual; 
1.2 - em operação interestadual de mercadoria ou serviço destinado a 
pessoas físicas ou jurídicas não contribuintes do ICMS, deverá o 
remetente/prestador recolher o imposto correspondente à diferença 
entre a alíquota interna do estado destinatário da mercadoria ou 
serviço e a alíquota interestadual incidente sobre a prestação ou 
operação, para o estado DESTINATÁRIO das mercadorias ou 
serviços. 
 
 15 1
2 - MERCADORIA IMPORTADA = Considera-se operação ou prestação interna a 
entrada, real ou simbólica, em estabelecimento do contribuinte, de mercadoria ou de serviço 
importado do exterior pelotitular do estabelecimento, bem como a arrematação, em licitação, 
de mercadoria importada e apreendida ou abandonada. 
3 - Na prestação de serviço de transporte de mercadorias destinadas à exportação 
direta, do estabelecimento exportador ou remetente até o porto, aeroporto ou zona de 
fronteira, localizados em outra unidade da Federação, a alíquota aplicável será a 
correspondente à prestação interna. 
4 – Na devolução de mercadoria recebida de outra unidade da Federação aplica-se a 
mesma alíquota adotada no documento que acobertou o recebimento. 
 
 
10) BASE DE CÁLCULO DO ICMS 
 
 
10.1) REGRAS BÁSICAS 
 
 O ICMS tem como base de cálculo: 
1) na saída de mercadoria, a qualquer título, de estabelecimento de contribuinte, 
ainda que em transferência para outro estabelecimento do mesmo titular: o valor 
da operação; 
 
2) na execução de serviço de transporte interestadual e intermunicipal, ainda que 
iniciado ou prestado no exterior, o preço do serviço, ou, na prestação sem preço 
determinado, o valor usual ou corrente, assim entendido o praticado na praça do 
prestador do serviço, ou, na sua falta, o constante de tabelas baixadas pelos órgãos 
competentes; 
 
3) na geração, emissão, transmissão ou retransmissão, repetição, ampliação ou 
recepção de comunicação de qualquer natureza, por qualquer processo, ainda que 
iniciada ou prestada no exterior, o preço do serviço, ou, nas prestações sem preço 
determinado, o valor usual ou corrente, assim entendido o praticado na praça do 
prestador do serviço, ou, na sua falta, o constante de tabelas baixadas pelos órgãos 
competentes; 
 
4) em qualquer hipótese, o valor tributável não poderá ser inferior ao custo da 
mercadoria ou da prestação do serviço. 
 
10.2) INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DO ICMS: 
 
10.2.A) - nas operações 
a - todas as importâncias recebidas ou debitadas pelo alienante ou remetente, como 
frete, seguro, juro, acréscimo ou outra despesa; 
b - vantagem recebida, a qualquer título, pelo adquirente, salvo o desconto ou 
abatimento que independa de condição, assim entendido o que não estiver subordinado a 
evento futuro ou incerto (desconto incondicional); 
 16 1
 
10.2.B) - nas prestações de serviço, todas as importâncias recebidas ou debitadas ao 
tomador do serviço, como juros, seguro, desconto concedido sob condição e preço de serviço 
de coleta e entrega de carga. 
 
10.3) O MONTANTE DO ICMS INTEGRA A SUA PRÓPRIA BASE DE CÁLCULO. 
 
 O ICMS é um tributo em que o montante integra a sua própria base de cálculo, 
constituindo o respectivo destaque mera indicação para fins de controle. Desta forma, para 
cálculo do preço final da mercadoria ou serviço há que se considerar tal fato, pois sobre este 
preço é que incidirá a alíquota do imposto e não sobre o custo final. Trata-se portanto de 
imposto que se diz cobrado por dentro, uma vez que o seu próprio valor é considerado para o 
efeito de aplicação da alíquota estabelecida para a operação ou prestação, esta forma de 
cálculo encontra-se prevista na Lei Complementar 87/96. 
 
10.4) INCIDÊNCIA SIMULTÂNEA DE ICMS E IPI 
 
 Quando se tratar de operação em que haja incidência do ICMS e do Imposto sobre 
Produtos Industrializados (IPI) e destinada ao uso ou consumo do adquirente, o montante do 
IPI deverá integrar (ser somado) a base de cálculo do ICMS. Entretanto, nesta mesa hipótese, 
não deverá integrar a base de cálculo do ICMS o montante do IPI, quando se tratar de 
operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado a industrialização ou a 
comercialização. 
 
10.5) REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO 
 
 As operações e prestações arroladas no Anexo IV do RICMS terão a base de cálculo 
reduzida nos respectivos percentuais previstos no referido anexo, para o efeito de apuração 
do imposto devido. Deve-se, portanto, para o efeito de cálculo do imposto, inicialmente se 
aplicar sobre o valor da operação ou prestação o percentual de redução previsto no Anexo 
IV, aplicando-se, posteriormente, a alíquota incidente na operação ou prestação sobre o 
valor reduzido. 
 Os principais produtos e serviços previstos no Anexo IV, são, entre outros e 
observados os respectivos requisitos: 
- fornecimento de alimentação, excluídas as bebidas, quando promovida por bares, 
restaurantes, lanchonetes e estabelecimentos similares e empresas fornecedoras de 
refeições coletivas (alimentação industrial), redução de 53,33%; 
- saída de ração animal, redução de 60%; 
- saída das seguintes mercadorias usadas: móveis, motores e artigos de vestuário, assim 
entendidas aquelas que guardem as características e finalidades para as quais foram 
produzidas e já tenham, em qualquer época, pertencido a consumidor final, redução 
de 80%; 
- saída de máquinas, aparelhos e veículos, usados, desde também que guardem as 
características e finalidades para as quais foram produzidas e já tenham, em qualquer 
época, pertencido a consumidor final, redução de 95%; 
- saída em operação interna de gás natural, exceto veicular, redução de 33,33%; 
 17 1
- prestação de serviço de comunicação, na modalidade de televisão, explorado em base 
comercial (TV a Cabo, TV por Assinatura), redução de 60%; 
- prestação onerosa de serviço de comunicação, na modalidade de acesso à Internet, 
redução de 80%. 
 
10.6) ALGUNS CASOS ESPECIFICOS RELATIVOS À BASE DE CÁLCULO: 
 
10.6.A) - mercadorias importadas - na hipótese de importação de mercadorias, a base de 
cálculo é o valor constante do documento de importação, acrescido do valor dos impostos de 
importação, sobre produtos industrializados e sobre operações de câmbio, e de despesas 
aduaneiras, assim entendidas aquelas necessárias e compulsórias no controle e desembaraço 
da mercadoria. Sempre que o valor tributável estiver expresso em moeda estrangeira, deverá 
ser feita a conversão para moeda nacional ao câmbio do dia da ocorrência do fato gerador; 
 
10.6.B) - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços não compreendidos na 
competência tributária dos Municípios, o valor total da operação, compreendendo o valor da 
mercadoria e o dos serviços prestados; 
 
10.6.C) - no fornecimento de mercadoria com prestação de serviços compreendidos na 
competência tributária dos Municípios e com indicação de incidência do imposto de 
competência estadual, prevista em lei complementar, o preço corrente da mercadoria 
fornecida ou empregada; 
 
10.6.D) - no caso de diferencial de alíquota, este será aplicado sobre a base de cálculo sobre a 
qual foi cobrado o imposto na origem; 
 
10.6.E) - operações de leasing: na venda de produto objeto de arrendamento mercantil, em 
decorrência de opção de compra exercida pelo arrendatário, o preço fixado para o exercício 
da opção de compra; 
 
10.6.F) - montagem: na saída de máquina, aparelho, equipamento e conjunto industrial, de 
qualquer natureza, quando o estabelecimento remetente ou outro do mesmo titular assumir 
contratualmente a obrigação de entregá-los montados para uso, o valor cobrado, nele 
compreendido o da montagem. 
 
10.7) BASE DE CÁLCULO NA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
10.7.A) - tratando-se de substituição tributária, em relação às operações ou prestações 
antecedentes ou concomitantes, a base de cálculo relativa às mesmas será o valor da operação 
ou da prestação praticado pelo contribuinte substituído; 
 
10.7.B) - em relação às operações ou prestações subseqüentes, tratando-se de mercadoria ou 
serviço cujo preço final a consumidor, único ou máximo, seja fixado por órgão público 
competente, a base de cálculo do imposto, para fins de substituição tributária, será o preço 
estabelecido. 
 Na ausência de preço tabelado, mas existindo preço final sugerido pelo fabricante ou 
importador, este será tido como base de cálculo. 
 18 1
Inexistindo preço final tabelado ou fixado, a base de cálculo deve ser obtida pelo 
somatório das seguintes parcelas: BC = (1 + 2 + 3) 
 1) o valor da operação ou da prestação própria realizada pelo substituto tributário ou, 
quando for o caso, pelosubstituído intermediário; 
 2) o montante dos valores de seguro, de frete e de outros encargos cobrados ou 
transferíveis aos adquirentes ou tomadores de serviço; 
 3) a margem de valor agregado - MVA, nela incluída a parcela referente ao lucro e o 
montante do próprio imposto, relativa às operações ou prestações subseqüentes, estabelecida 
no Regulamento do ICMS. A MVA é definida pelo estado de acordo com pesquisa de preços 
de venda dos respectivos produtos ou mercadorias nos mercados atacadistas ou varejistas da 
praça. A título meramente exemplificativo, segue a MVA de alguns produtos: 
- cerveja = 140 % 
- refrigerantes = 140 % 
- cimento = 20% 
- pneus = 42 % 
- discos e fitas = 25 % 
- lâmpadas = 35 % 
- pilhas = 55 % 
- sorvetes – 70 %. 
- 
 
 
10.7.C) - o valor a recolher, a título de substituição tributária, será a diferença entre o imposto 
calculado mediante aplicação da alíquota vigente nas operações internas sobre a base de 
cálculo definida para a substituição e o devido pela operação própria do contribuinte 
substituto (BASE DE CÁLCULO DA ST X ALÍQUOTA) – ICMS OPERAÇÃO 
PRÓPRIA)). 
 
 
 
 19 1
11) CONTRIBUINTES 
 
 
11.1) CONCEITO - Contribuinte do ICMS é qualquer pessoa, física ou jurídica, que 
realize operação de circulação de mercadoria ou prestação de serviço, descrita como fato 
gerador do imposto, sendo que a condição de contribuinte independe de estar a pessoa 
constituída ou registrada, bastando que pratique com habitualidade ou em volume que 
caracterize intuito comercial as operações ou prestações. 
 
11.2) HABITUALIDADE - Entende-se por habitualidade, para fins de tributação, a prática 
de operações que importem em circulação de mercadorias ou de prestações de serviços de 
transporte interestadual ou intermunicipal e de comunicação, a qual, pela sua repetição, induz 
à presunção de que tal prática constitui atividade própria de contribuinte regular. 
 O requisito da habitualidade, não é condição geral, havendo várias exceções, tais 
como no caso de importação de mercadorias, arrematação em hasta pública ou em leilões. 
 
11.3) Incluem-se entre os contribuintes do ICMS, a título exemplificativo: 
1) o comerciante, o industrial, o produtor rural e o extrator de substância mineral ou 
fóssil ou de produto vegetal; 
2) o prestador de serviço de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação; 
3) o importador de mercadorias, bens ou serviços; 
 4) o adquirente, em licitação promovida pelo poder público, de mercadorias ou bens 
importados do exterior e apreendidos ou abandonados; 
5) o adquirente de mercadorias em hasta pública; 
6) o adquirente ou destinatário, em operação interestadual, de mercadorias destinadas 
ao consumo ou ao ativo fixo do estabelecimento; 
7) o estabelecimento destinatário, em prestação interestadual, de serviço cuja 
utilização não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüente; 
8) a concessionária ou permissionária de serviço público de transporte, de 
comunicação e de energia elétrica; 
9) o prestador de serviços não compreendidos na competência tributária dos 
Municípios, que envolvam fornecimento de mercadorias; 
10) o prestador de serviços compreendidos na competência tributária dos Municípios, 
que envolvam fornecimento de mercadorias, conforme ressalvas constantes de lei 
complementar; 
11) o fornecedor de alimentação, bebidas e outras mercadorias em qualquer 
estabelecimento. 
 
 20 2
12) RESPONSÁVEIS 
 
 
12.1) CONCEITO 
 
 A responsabilidade, nos termos do CTN, decorre de disposição expressa da lei 
elegendo terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação tributária como 
responsável pelo cumprimento da mesma, podendo ou não excluir a responsabilidade do 
contribuinte ou atribuindo-a em caráter supletivo. Esta responsabilidade, nos termos da lei, 
pode se ser estabelecida de forma solidária, onde o responsável responde diretamente pela 
obrigação, podendo ser exigida todo o crédito tanto do contribuinte quanto daquele, ou de 
forma subsidiária, onde há o benefício de ordem, devendo primeiro se exigir o crédito 
daquele que deu causa ao nascimento da obrigação e somente subsidiariamente do 
responsável. 
 
12.2) RESPONSÁVEIS SOLIDÁRIOS 
 
 São solidariamente responsáveis pelo pagamento do imposto e acréscimos legais, 
inclusive multa por infração para a qual tenham concorrido por ação ou omissão: 
1) o armazém-geral, a cooperativa, o depositário, o estabelecimento beneficiador e 
qualquer outro encarregado da guarda, beneficiamento ou comercialização de mercadorias, 
nas seguintes hipóteses: 
a - relativamente à saída ou transmissão de propriedade de mercadoria depositada, 
inclusive por contribuinte de fora do Estado; 
b - no caso de receber, manter em depósito, dar entrada ou saída a mercadoria de 
terceiro, sem documento fiscal hábil e sem pagamento do imposto; 
2) o transportador, em relação à mercadoria: 
a - que entregar a destinatário diverso do indicado na documentação fiscal; 
b - que for negociada em território mineiro durante o transporte; 
c - transportada sem documento fiscal ou com nota fiscal com prazo de validade 
vencido; 
d - transportada com documentação fiscal falsa ou inidônea; 
 3) a pessoa que, a qualquer título, recebe, dá entrada ou mantém em estoque 
mercadoria sua ou de terceiro, desacobertada de documento fiscal; 
 4) o leiloeiro, pelo imposto devido na operação realizada em leilão; 
5) o despachante, o entreposto aduaneiro e o armazém alfandegado em relação a 
entrada de mercadoria estrangeira, entregue a destinatário diverso daquele que a tiver 
importado ou arrematado; 
 6) a empresa de comunicação, concessionária de serviço de telefonia móvel celular, 
em relação ao respectivo aparelho telefônico, quando não exigido do proprietário, no 
momento da habilitação ou transferência, cópia autenticada da nota fiscal de compra ou 
documento de arrecadação do imposto, dos quais constem o número e série do aparelho, 
devendo a comprovação do cumprimento da obrigação ser feita mediante arquivamento de 
cópia do documento. 
 7) a empresa exploradora de serviço postal, em relação à mercadoria: 
 21 2
 a - transportada sem documento fiscal ou com nota fiscal com prazo de validade 
vencido; 
 b - transportada com documentação fiscal falsa ou inidônea; 
c - importada do exterior, e por ela entregue sem o pagamento do imposto devido; 
 8) qualquer pessoa, quando seus atos ou omissões concorrerem para o não 
recolhimento do tributo devido por contribuinte ou responsável. 
 
12.3) RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA 
 
 Respondem subsidiariamente pelo pagamento do imposto e acréscimos legais: 
 1) o contabilista ou empresa prestadora de serviço de contabilidade, em relação 
ao imposto devido e não recolhido em função de ato por eles praticado com dolo ou 
má-fé (art. 57 do RICMS); 
2) o inventariante, o síndico ou o comissário, pelo imposto devido pelo espólio, pela 
massa falida ou pelo concordatário, respectivamente; 
 3) na hipótese de diferimento do imposto, o alienante ou remetente da mercadoria ou 
o prestador do serviço, quando o adquirente ou destinatário descumprir, total ou 
parcialmente, a obrigação, caso em que, será concedido ao responsável subsidiário, antes da 
formalização do crédito tributário, o prazo de 30 (trinta) dias para pagamento do tributo 
devido, monetariamente atualizado, sem acréscimos ou penalidades; 
4) o diretor, o administrador ou o sócio-gerente, pelo imposto devido pela sociedade 
que dirige ou dirigiu ou de que faz ou fez parte. 
 
 
13) ESTABELECIMENTO 
 
 
13.1) CONCEITO 
 
 Considera-se estabelecimento o local, privado ou público, com ou sem edificação, 
onde pessoas físicas ou jurídicas exerçam suas atividades em caráter temporário ou 
permanente, bem como o local, ainda que pertencente a terceiro, onde a mercadoria objeto da 
atividade do contribuinte é armazenada ou depositada. Também são considerados 
estabelecimentos: 
 1) o local, ainda que pertencente a terceiro, que receba mercadoria vinda deoutra 
unidade da Federação, destinada a uso, consumo ou ativo permanente do adquirente; 
2) o depósito fechado, assim considerado o lugar onde o contribuinte promova, com 
exclusividade, o armazenamento de suas mercadorias; 
3) o local onde se realize o fornecimento de alimentação, bebidas e outras 
mercadorias, por contribuinte que explore tal atividade. 
Na impossibilidade de determinação do estabelecimento, considera-se como tal o 
local em que tenha sido efetuada a operação ou encontrada a mercadoria, ou o local onde 
tenha sido prestado o serviço ou constatada a sua prestação. 
 
13.2) PRINCÍPIO DA AUTONOMIA DOS ESTABELECIMENTOS 
 
 22 2
 Trata-se de um dos princípios fundamentais do ICMS, estabelece que para os efeitos 
da legislação tributária considera-se autônomo cada estabelecimento da empresa, seja ele 
matriz, filial, depósito fechado, agência, etc. Assim, cada operação ou prestação praticada 
por cada um dos estabelecimentos deve ser considerada isoladamente, dando nascimento a 
obrigações distintas, além do que as operações e prestações entre os diversos 
estabelecimentos devem ser acobertadas por toda documentação fiscal exigível 
relativamente a fatos praticados com outras empresas. Também são considerados autônomos 
o veículo utilizado pelo contribuinte no comércio ambulante. Não obstante tal princípio, 
todos os estabelecimentos do mesmo titular são considerados em conjunto, para o efeito de 
garantia do crédito tributário e acréscimos legais. 
 
 
14) LOCAL DA OPERAÇÃO OU DA PRESTAÇÃO 
 
 
14.1) MERCADORIAS 
 
 Tratando-se de mercadorias ou bens o local da operação ou da prestação, para os 
efeitos de cobrança do imposto e definição do estabelecimento responsável, é: 
 1) o do estabelecimento onde se encontre, no momento da ocorrência do fato gerador; 
 2) o local onde se encontre, quando em situação irregular pela falta de documentação 
fiscal ou quando acompanhado de documentação falsa ou inidônea; 
3) o do estabelecimento ao qual couber pagar o imposto, no caso do diferencial de 
alíquota ou no caso de substituição tributária. 
 
14.2) SERVIÇOS DE TRANSPORTE 
 
 Tratando-se de prestação de serviço de transporte, deve ser considerado local da 
prestação: 
1) o do início da prestação de serviço de transporte de passageiros ou pessoas, 
indicado no bilhete de passagem ou na nota fiscal, ainda que a venda ou emissão dos mesmos 
tenham ocorrido em outra unidade da Federação; 
2) o do estabelecimento ao qual couber pagar o imposto sobre utilização de serviço 
prestado por terceiro; 
3) o do estabelecimento destinatário do serviço, no caso do diferencial de alíquota: 
4) o do estabelecimento da empresa transportadora que contratar o transporte de 
carga com transportador autônomo ou empresa não-contribuinte no Estado; 
5) o do remetente da mercadoria, relativamente ao imposto incidente sobre a 
prestação de serviço efetuado por transportador autônomo ou empresa não-contribuinte no 
Estado; 
6) aquele onde se encontre o transportador, quando em situação irregular pela falta de 
documentação fiscal ou com documentação falsa ou inidônea; 
 
14.3) SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO 
 
 23 2
 Tratando-se de prestação de serviço de comunicação, deve ser considerado local da 
prestação: 
 1) o do estabelecimento que promover a geração, emissão, transmissão, 
retransmissão, repetição, ampliação ou recepção do serviço, inclusive de radiodifusão sonora 
e de som e imagem; 
2) o do estabelecimento da concessionária ou permissionária que forneça ficha, cartão 
ou assemelhados necessários à prestação do serviço; 
 3) o do estabelecimento destinatário do serviço, na hipótese de utilização, por 
contribuinte, de serviço cuja prestação tenha-se iniciado em outra unidade da Federação e 
não esteja vinculada a operação ou prestação subseqüentes. 
 
 
15) APURAÇÃO DO ICMS 
 
 
15.1) PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE DO ICMS 
 
O ICMS, nos termos da Constituição é um imposto não-cumulativo, compensando-se 
o que for devido em cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de 
serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação com o montante 
cobrado nas anteriores, por este ou por outro Estado. Para o exercício deste direito algumas 
regras devem ser observadas, tais como: 
1) o abatimento do valor do imposto, sob a forma de crédito, somente será permitido 
mediante apresentação da 1ª via do respectivo documento fiscal, salvo as exceções previstas 
na legislação tributária; 
2) o valor do imposto relativo ao serviço de transporte rodoviário de cargas somente 
poderá ser utilizado como crédito pelo tomador do serviço, desde que corretamente 
identificado: 
a) no Conhecimento de Transporte; 
b) no documento de arrecadação utilizado para pagamento do imposto pelo 
transportador autônomo ou empresa transportadora de outra unidade da Federação, não 
inscritos neste Estado, quando não houver emissão de conhecimento de transporte; 
c) na nota fiscal relativa à operação, quando a responsabilidade pelo recolhimento 
couber ao alienante ou remetente. 
 
15.2) FORMA DE APURAÇÃO 
 
O valor devido a título de imposto resultará da diferença a maior entre o somatório do 
imposto referente às mercadorias saídas e aos serviços de transporte ou de comunicação 
prestados, e o somatório do imposto cobrado relativamente à entrada, real ou simbólica, de 
mercadoria ou bem para o ativo permanente, e o recebimento de serviço de transporte ou de 
comunicação, no respectivo estabelecimento. Este imposto é, via de regra, apurado por 
períodos (decendiais, quinzenais, mensais, etc.), sendo que o saldo eventualmente verificado 
a favor do contribuinte transfere-se para o período ou períodos subseqüentes. 
O valor a ser abatido a título de crédito deve ser escriturado no mesmo período de 
apuração em que ocorrer a aquisição ou o recebimento da mercadoria, ou a utilização do 
 24 2
serviço, conforme o caso, sendo que os débitos e créditos devem ser apurados em cada 
estabelecimento do sujeito passivo, em observância ao princípio da autonomia dos 
estabelecimentos. O crédito corresponderá ao montante do imposto corretamente cobrado e 
destacado no documento fiscal relativo à operação ou à prestação. Se o imposto destacado no 
documento fiscal for inferior ao devido, o valor a ser abatido corresponderá ao do destaque, 
ficando assegurado o abatimento da diferença, desde que feito com base em documento fiscal 
complementar emitido pelo alienante ou remetente da mercadoria ou pelo prestador do 
serviço. 
 
 
15.3) CRÉDITO DO ICMS 
 
15.3.A) Nas operações comerciais pode ser abatido, sob a forma de crédito, o valor do 
imposto correspondente às mercadorias, inclusive material de embalagem, adquiridas ou 
recebidas no período para comercialização, inclusive o valor do ICMS relativo ao transporte 
de tais mercadorias, desde que contratado pelo adquirente; 
 
15.3.B) Tratando-se de industrialização poderá se abatido como crédito o valor do imposto 
correspondente à matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem adquiridos 
ou recebidos no período, para emprego diretamente no processo, assim como da energia 
elétrica consumida no processo de produção, extração, ou industrialização dos produtos, 
inclusive o valor do ICMS relativo ao transporte de tais mercadorias, desde que contratado 
pelo adquirente; 
 
15.3.C) Nas prestações de serviço de transporte e de comunicação o valor do ICMS 
correspondente às mesmas, realizadas no período, desde que a elas vinculado, sendo tal 
crédito atribuído ao tomador do serviço, corretamente identificado no documento hábil. É 
ainda admitido ao prestador de serviço de transporte, o creditamento do valor do imposto 
correspondente a combustível, lubrificante, pneus e câmaras-de-ar de reposição e de material 
de limpeza, adquiridos, desde que estritamente necessários à prestação do serviço e limitado 
ao mesmo percentual correspondente, no faturamento da empresa, ao valor das prestações 
alcançadas pelo imposto e restritoàs mercadorias empregadas ou utilizadas exclusivamente 
em veículos próprios; 
 
15.3.D) Também é permitido o creditamento do valor do ICMS relativo à aquisição de bens 
destinados ao ativo permanente dos estabelecimentos à proporção de 1/48 ao mês, desde que 
os bens adquiridos sejam destinados à utilização nas atividades de produção, 
comercialização ou prestação de serviços da empresa, tributados pelo ICMS. 
 
 
15.4) VEDAÇÕES DE CRÉDITO 
 
É vedado o aproveitamento de imposto, a título de crédito, quando: 
 1) a operação ou prestação que ensejar a entrada ou recebimento de bem, inclusive 
mercadoria, ou serviço estiver beneficiada por isenção ou não-incidência, ressalvadas as 
disposições em contrário previstas no Regulamento; 
 25 2
 2) a operação ou prestação subseqüente, com a mesma mercadoria ou com outra dela 
resultante, deva ocorrer com isenção ou não-incidência; 
 3) os serviços de transporte e de comunicação recebidos pelo tomador, não se 
destinarem a ser por ele utilizados na execução de serviços da mesma natureza, na 
comercialização de mercadorias ou em processo de produção, extração, industrialização ou 
geração, inclusive de energia elétrica; 
 4) a operação ou prestação estiver acobertada por documento fiscal falso ou inidôneo, 
salvo prova concludente de que o imposto devido pelo emitente foi integralmente pago; 
 5) o contribuinte não possuir a 1ª via do documento fiscal, salvo o caso de 
comprovação da autenticidade do valor a ser abatido, mediante apresentação de cópia do 
documento, com pronunciamento do fisco de origem e aprovação da autoridade fazendária 
da circunscrição do contribuinte; 
 6) o documento fiscal indicar como destinatário estabelecimento diverso daquele que 
o registrou; 
 7) o valor do imposto estiver destacado em excesso, no documento fiscal; 
 8) a operação ou prestação que ensejar a entrada do bem, mercadoria ou o 
recebimento do serviço for realizada com diferimento, salvo se o adquirente do bem ou 
destinatário do serviço debitar-se, para pagamento em separado, do imposto devido na 
operação ou prestação; 
 9) o imposto se relacionar à entrada de bens ou ao recebimento de serviços alheios à 
atividade do estabelecimento. 
 
15.5) ESTORNO DO CRÉDITO 
 
A empresa deverá efetuar o estorno do imposto creditado sempre que o serviço 
tomado ou a mercadoria ou bem entrado no estabelecimento: 
1) vier a ser objeto de operação subseqüente não-tributada ou isenta; 
2) vier a ser utilizado em fim alheio à atividade do estabelecimento; 
3) vier a ser objeto de perecimento, deterioração, inutilização, extravio, furto, roubo 
ou perda, por qualquer motivo, da mesma mercadoria ou bem, ou de outra dela 
resultante, dentro do mesmo período em que se verificar o fato, ou no prazo de 30 
(trinta) dias, em se tratando de calamidade pública, contado de sua declaração 
oficial. 
 
15.4) COMPENSAÇÃO DE CRÉDITOS ENTRE ESTABELECIMENTOS DA 
MESMA PESSOA JURÍDICA 
 
Na hipótese de estabelecimentos do mesmo titular, situados no Estado de Minas 
Gerais, a apuração do ICMS também será feita de forma individualizada, por 
estabelecimento, e, após o encerramento do período de apuração do imposto, os saldos 
devedor e credor de cada estabelecimentos poderão ser compensados entre si, observado o 
seguinte: 
I - o estabelecimento que tenha apurado saldo credor emitirá documento fiscal para 
transferência de crédito, tendo como destinatário o estabelecimento que tenha apurado saldo 
devedor, até o encerramento do prazo para o recolhimento do imposto devido pelo 
destinatário ,constando a informação de tratar-se de documento emitido para compensação 
de saldo devedor do destinatário; 
 26 2
II - o valor do crédito a ser transferido não poderá ser superior ao saldo devedor 
apurado pelo estabelecimento destinatário, sendo que em se havendo compensação apenas 
parcial do saldo devedor, o estabelecimento destinatário deverá efetuar o recolhimento do 
valor remanescente. 
III – a compensação autorizada pelo fisco mineiro somente se aplica aos 
estabelecimentos que adotem o regime normal de apuração do imposto e alcança apenas o 
ICMS devido por operações ou prestações próprias. 
 
16) LOCAL E FORMA DE RECOLHIMENTO DO IMPOSTO 
 
 
16.1) LOCAL DE RECOLHIMENTO 
 
 O ICMS, bem como seus acréscimos, será recolhido em estabelecimento bancário 
credenciado situado no Estado de ocorrência do fato gerador, mediante preenchimento, pelo 
contribuinte, do Documento de Arrecadação Estadual (DAE). 
O recolhimento do imposto, relativo a substituição tributária deverá ser feito por meio 
de documento de arrecadação distinto. 
 
16.2) GUIA NACIONAL DE RECOLHIMENTO DE TRIBUTOS ESTADUAIS 
(GNRE) 
 
É um documento a ser utilizado para recolhimento do imposto, em estabelecimento 
bancário credenciado diretamente pela Secretaria de Estado da Fazenda, ou Banco signatário 
do convênio patrocinado pela Associação Brasileira dos Bancos Comerciais Estaduais 
(ASBACE), nas seguintes hipóteses: 
1) importação de mercadoria estrangeira quando o pagamento deva ser efetuado até o 
momento do desembaraço, desde que o mesmo ocorra fora do Estado; 
2) quando o imposto devido a um Estado for retido por contribuinte substituto 
localizado em outra unidade da Federação. 
 
16.3) DIFERENCIAL DE ALÍQUOTA 
 
O ICMS deve ser também recolhido por meio de documento de arrecadação distinto, 
com observação de tratar-se de recolhimento referente à diferença de alíquota por aquisição, 
em operação interestadual, de mercadoria para uso, consumo ou imobilização, ou, sendo o 
caso, por utilização de serviço iniciado em outra unidade da Federação e não vinculado a 
operação ou prestação subseqüente. 
 
 27 2
 
16.4) PRAZOS DE RECOLHIMENTO DO ICMS 
 
 Os prazos de recolhimento do ICMS são fixados pela agenda tributária do Estado e só 
vencem em dia de expediente normal na repartição fazendária ou agência arrecadadora onde 
deva ser efetuado o pagamento. Considera-se esgotado o prazo para recolhimento do imposto 
- relativamente à operação com mercadoria cuja saída, entrega, transporte ou manutenção em 
estoque ocorra: 
1) sem documento fiscal, ou quando este não for exibido no momento da ação 
fiscalizadora, exceto quando o sujeito passivo, ou terceiro interessado, provar 
inequivocamente que existia documento hábil antes da ação fiscal; 
2) com documento fiscal que mencione como valor da operação importância inferior 
ao real, no tocante à diferença (subfaturamento); 
3) com documento fiscal que mencione destaque de valor do imposto inferior ao 
devido, com relação à diferença; 
4) com documento fiscal sem destaque do imposto devido na operação própria ou do 
imposto retido por substituição tributária devido a este Estado. 
 
16.5) REPETIÇÃO DE INDÉBITO 
 
A importância indevidamente paga aos cofres do Estado, a título de ICMS, poderá ser 
restituída em espécie ou sob a forma de aproveitamento de crédito, no todo ou em parte, para 
recolhimento futuro do imposto, mediante requerimento do contribuinte, sendo que a 
importância indevidamente paga será atualizada segundo os mesmos critérios adotados para 
a atualização dos créditos tributários do Estado. 
 
 
17) LIVROS FISCAIS 
 
 
17.1) ESCRITURAÇÃO 
 
A escrituração dos livros fiscais deve ser feita com base nos documentos relativos às 
operações ou prestações realizadas pelo contribuinte, ocorrendo sob sua exclusiva 
responsabilidade e na forma estabelecida pela legislação tributária. 
Os dados relativos à escrita fiscal do contribuinte serão fornecidos ao fisco, em 
síntese, mediante o preenchimento e entrega da Declaração Anual do Movimento Econômico 
e Fiscal (DAMEF), da Guia de Informação das Operações e Prestações Interestaduais 
(GI/ICMS) e do Demonstrativo de Apuração e Informação do ICMS (DAPI). 
 
17.2) ESPÉCIES DE LIVROS FISCAIS 
 
 O contribuinte do ICMS deverá manter, em cada um dos seus estabelecimentos, os 
seguintes livros fiscais, cujas regras gerais de escrituração e de lançamento são as 
estabelecidas noAnexo V: 
 28 2
1) Registro de Entradas, modelo 1 ou l-A; trata-se de livro a ser utilizado pelo 
contribuinte sujeito, simultaneamente, às legislações do IPI e do ICMS e o modelo 1-A, para 
a empresa sujeita apenas à legislação do ICMS; 
II - Registro de Saídas, modelo 2 ou 2-A; o livro modelo 2 deve ser utilizado pelo 
contribuinte sujeito, simultaneamente, às legislações do IPI e do ICMS e o modelo 2-A, para 
a empresa sujeita apenas à legislação do ICMS; 
III - Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3; este livro deve ser 
utilizado pelo estabelecimento industrial ou a ele equiparado pela legislação federal e pelo 
atacadista, podendo, a critério do fisco, ser exigido de estabelecimento de contribuinte de 
outra categoria com as adaptações necessárias. 
IV - Registro de Impressão de Documentos Fiscais, modelo 5; utilizado pelo 
estabelecimento que confeccionar documento fiscal para terceiro ou para uso próprio. 
V - Registro de Utilização de Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 
6 (RUDFTO); de uso obrigatório por todos os estabelecimentos inscritos no Cadastro de 
Contribuintes do ICMS; 
VI - Registro de Inventário, modelo 7; utilizado por todo estabelecimento que 
mantenha ou tenha mantido mercadoria em estoque; 
VII - Registro de Apuração do Imposto sobre Produtos Industrializados, modelo 8; a 
ser utilizado pelos estabelecimentos industriais ou a eles equiparados, contribuintes do 
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). 
VIII - Registro de Apuração do ICMS, modelo 9; utilizado pelo contribuinte para 
apuração do imposto no período considerado; 
 IX - Livro de Movimentação de Combustíveis; a ser utilizado pelo Posto Revendedor 
para registro diário das movimentações de compra e venda de gasolina, óleo diesel, álcool 
etílico hidratado carburante e mistura metanol/etanol/gasolina, devendo ser observadas, 
quanto à sua escrituração e modelo, as normas do Departamento Nacional de Combustíveis, 
da Secretaria Nacional de Combustíveis; 
X – Livro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP), modelo A, 
destinado à apuração do valor-base do estorno de crédito e do total do estorno mensal do 
crédito de bem do ativo permanente cuja entrada no estabelecimento tenha ocorrido entre 1° 
de novembro de 1996 e 31 de julho de 2000; 
XI – Livro de Controle de Crédito de ICMS do Ativo Permanente (CIAP), modelo C, 
a ser utilizado para apuração do valor do crédito a ser mensalmente apropriado relativamente 
à aquisição de bem do ativo permanente cuja entrada no estabelecimento ocorra a partir de 1° 
de agosto de 2000; 
XII - Livro de Movimentação de Produtos, utilizado pelo Transportador Revendedor 
Retalhista (TRR) e pelo Transportador Revendedor Retalhista na Navegação Interior 
(TRRNI), para registro diário dos estoques e das movimentações de compra e venda de óleo 
diesel, querosene iluminante e óleos combustíveis, devendo ser observadas, quanto à sua 
escrituração e modelo, as normas da Agência Nacional do Petróleo (ANP); 
XIII - Livro de Receituário Geral, utilizado pelas farmácias magistrais. 
 
17.3) UTILIZAÇÃO DOS LIVROS 
 
 Os livros Registro de Apuração do ICMS, registro de Apuração do IPI, Registro de 
Entradas, Registro de Saídas, Registro de Controle da Produção e do Estoque e Registro de 
 29 2
Inventário poderão ser escriturados por sistema datilográfico, mecanográfico ou de 
processamento eletrônico de dados. 
Todos os livros fiscais, impressos e de folhas numeradas tipograficamente em ordem 
crescente, terão suas folhas costuradas e encadernadas, e serão usados depois de visados pela 
repartição fazendária da circunscrição do contribuinte. 
Quando não se tratar de início de atividade, a repartição fazendária, para visar novo 
livro a ser utilizado pelo contribuinte, exigirá no ato a apresentação do livro anterior. 
 
17.4) ESCRITURAÇÃO 
 
 A escrituração dos livros será feita com clareza e, quando manuscrita, a tinta 
indelével, não podendo atrasar-se por mais de 5 (cinco) dias, ressalvada a fixação de prazo 
especial. 
 
Os livros não poderão conter emenda ou rasura, e os valores escriturados deverão ser 
somados no prazo estipulado. 
Quando não houver outro período expressamente previsto, os valores escriturados 
deverão ser somados no último dia de cada mês. 
 
17.5) MANUTENÇÃO DE LIVROS EM ESCRITÓRIO CONTÁBIL 
 
 Os livros fiscais não poderão ser retirados do estabelecimento sem autorização do 
fisco estadual, salvo para serem levados à repartição fazendária. 
O contribuinte poderá, a critério do Chefe da repartição fazendária, entregar 
seus livros a contabilista, desde que: 
1) o autorize, na Declaração Cadastral do Contabilista e Empresa Contábil 
(DCC), a: 
a - permanecer com os livros fiscais em seu poder, para fins de escrituração e 
fornecimento de informações ao fisco; 
b - tomar ciência, em seu nome, de qualquer ação fiscal que lhe diga respeito, 
inclusive de Auto de Infração (AI); 
2) o contabilista esteja estabelecido no Estado, registrado no Conselho Regional 
de Contabilidade (CRC/MG) e cadastrado junto à Secretaria de Estado da Fazenda. 
A DCC será preenchida em 3 ( três) vias, que terão a seguinte destinação: 
1) 1ª via - repartição fazendária; 
2) 2ª via - contribuinte; 
3) 3ª via - contabilista ou empresa contábil. 
A permissão poderá ser cassada, a qualquer tempo, inclusive quando o 
contabilista: 
1) deixar de atualizar seus dados cadastrais; 
2) dificultar por qualquer meio a ação do fisco; 
3) praticar ou concorrer para a prática de procedimentos lesivos à Fazenda 
Pública; 
4) devolver os livros e documentos fiscais ao contribuinte, antes de comunicar ao 
fisco; 
5) deixar de comunicar o início ou o término da escrituração, em relação a 
qualquer contribuinte. 
 30 3
 
No caso de rompimento do contrato de prestação de serviço celebrado entre o 
contribuinte e o contabilista, ambos comunicarão o fato à repartição fazendária no prazo de 5 
(cinco) dias, antes da devolução dos livros e documentos ao contribuinte. 
 
 
 
 31 3
18) DOCUMENTOS FISCAIS 
 
 
18.1) DOS DOCUMENTOS EM ESPÉCIE 
 
A empresa contribuinte do ICMS deverá emitir, conforme as operações e prestações 
que realizar, os seguintes documentos fiscais, cujas regras gerais sobre impressão, uso, 
preenchimento, prazos e escrituração são as estabelecidas no Anexo V do RICMS: 
 I - Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A ou Nota Fiscal Eletrônica (modelo 55); 
II - Nota Fiscal de Venda a Consumidor, modelo 2; 
III - Cupom Fiscal emitido por Equipamento Emissor de Cupom Fiscal (ECF), 
Terminal Ponto de Venda (PDV) ou Máquina Registradora (MR); 
 IV - Nota Fiscal de Produtor, modelo 4 ou 4-A; 
V - Nota Fiscal/Conta de Energia Elétrica, modelo 6; 
 VI - Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7; 
 VII - Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; 
 VIII - Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; 
 IX - Conhecimento Aéreo, modelo 10; 
 X - Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; 
XI - Bilhete de Passagem Rodoviário, modelo 13; 
XII - Bilhete de Passagem Aquaviário, modelo 14; 
XIII - Bilhete de Passagem Ferroviário, modelo 16; 
XIV - Despacho de Transporte, modelo 17; 
XV - Ordem de Coleta de Cargas, modelo 20; 
XVI - Nota Fiscal de Serviço de Comunicação, modelo 21; 
XVII - Nota Fiscal de Serviço de Telecomunicações, modelo 22; 
XVIII - Autorização de Carregamento e Transporte, modelo 24; 
XIX - Manifesto de Carga, modelo 25; 
XX - Relação de Despachos; 
XXI - Despacho de Cargas em Lotação; 
XXII - Despacho de Cargas Modelo Simplificado; 
XXIII - Excesso de Bagagem; 
XXIV - Romaneio; 
XXV - Nota Fiscal Avulsa; 
 XXVI - Guia de Transporte de Valores; 
 XXVII – Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas. 
 
 
 
18.2) GENERALIDADES SOBRE DOCUMENTOS FISCAIS 
 
Relativamente à utilização de séries nas Notas Fiscais, modelos 1 e 1-A, 
observar-se-á o seguinte: 
1) será obrigatória a utilização de séries distintas: 
a - na utilização simultânea dosmodelos 1 e 1-A; 
b - no caso de uso concomitante da Nota Fiscal e da Nota Fiscal-Fatura; 
 32 3
c - quando houver determinação do Chefe da Administração Fazendária de 
circunscrição do contribuinte, para separar as operações de entradas das de saídas; 
2) sem prejuízo do disposto no item anterior, poderá ser permitida a utilização de 
séries distintas, quando houver interesse do contribuinte; 
3) as séries serão designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente a partir de 
1. 
É ainda permitido, em cada uma das séries dos documentos fiscais, o uso simultâneo 
de sub-séries. 
Os documentos fiscais serão numerados em todas as vias, por espécie, em ordem 
crescente de 000.001 a 999.999 e encadernados em blocos uniformes de 20 (vinte), no 
mínimo, e 50 (cinqüenta), no máximo. 
Os blocos serão usados pela ordem de numeração dos documentos, sendo que 
nenhum bloco será utilizado sem que o anterior esteja simultaneamente em uso, ou já tenha 
sido utilizado, ressalvados os casos previstos na legislação. 
Cada estabelecimento, seja matriz, filial, sucursal, agência, depósito ou qualquer 
outro, terá bloco de documentos fiscais próprio, vedada a sua utilização fora do 
estabelecimento, ressalvadas as hipóteses previstas na legislação. 
 
18.3) CANCELAMENTO DE DOCUMENTOS 
 
 Os documentos fiscais só podem ser cancelados antes de sua escrituração no livro 
próprio e no caso em que não tenha ocorrido a saída da mercadoria ou não se tenha iniciado a 
prestação do serviço, desde que integradas ao bloco ou formulário contínuo todas as suas 
vias, com declaração do motivo que determinou o cancelamento, e referência, se for o caso, 
ao novo documento emitido. 
 
 
19) REGIMES ESPECIAIS RELATIVOS À EMISSÃO DE 
DOCUMENTOS FISCAIS E À ESCRITURAÇÃO FISCAL 
 
 
 O contribuinte poderá pleitear junto à Secretaria de Estado da Fazenda regime 
especial relacionado com a emissão, escrituração e dispensa de documentos fiscais, devendo 
o pedido ser entregue pelo estabelecimento interessado na Administração Fazendária (AF) de 
sua circunscrição. 
O pedido será feito em 2 (duas) vias, e conterá, além da identificação do requerente, a 
descrição e esboço do sistema que pretende adotar e indicação clara e concisa das 
circunstâncias que os justifiquem, além dos modelos, em 2 (duas) vias, dos documentos ou 
livros a serem utilizados. 
Tratando-se de regime especial relacionado também com tributo federal ou 
municipal, o contribuinte, antes de adotá-lo, deverá requerer a manifestação da 
Administração competente. 
 
 
20) REGIMES ESPECIAIS DE TRIBUTAÇÃO 
 
 33 3
 
Os regimes especiais de tributação disciplinam, na forma estabelecida no Anexo IX 
do RICMS, procedimentos a serem adotados pelos contribuintes, relativamente ao 
cumprimento de suas obrigações atinentes ao imposto, tratando-se de formas especiais de 
apuração, controle, emissão de documentos ou fiscalização, exercidas sobre determinados 
setores da economia ou atividades econômicas. 
A concessão ou imposição de regime especial não dispensa o contribuinte do 
cumprimento das demais obrigações previstas na legislação tributária. 
Além dos regimes previstos no Anexo IX, a Secretaria de Estado da Fazenda poderá 
conceder, em caráter individual, regime especial de tributação, requerido na forma prescrita 
pela legislação tributária administrativa, consideradas as peculiaridades e circunstâncias das 
operações ou prestações que justifiquem a sua adoção. 
 
 
21) CÓDIGO FISCAL DE OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES E CÓDIGO 
DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA 
 
 
As operações relativas à circulação de mercadorias e às prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, realizadas pelo contribuinte, 
serão codificadas mediante utilização do Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) e 
do Código de Situação Tributária (CST), constantes das partes 2 e 3 do Anexo V do 
RICMS/MG. 
Trata-se de aglutinação das operações e prestações em determinadas categorias com o 
fim de apuração e controle por parte das administrações fazendárias. 
Tabela B - Tributação pelo ICMS 
00 - Tributada integralmente; 
10 - Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 
20 - Com redução de base de cálculo; 
30 - Isenta ou não tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 
40 - Isenta; 
41 - Não tributada; 
50 - Suspensão; 
51 - Diferimento; 
60 - ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária; 
70 - Com redução de base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária; 
90 - Outras. 
 
 34 3
 
APÊNDICE 
 
 
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA, PROMULGADA EM 05/10/1988 
(alterada até a E.C. 39/02) 
 
SEÇÃO IV 
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL 
 
Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: 
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos; 
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as 
prestações se iniciem no exterior; 
III - propriedade de veículos automotores. 
§ 1º O imposto previsto no inciso I: 
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete ao Estado da situação do 
bem, ou ao Distrito Federal 
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete ao Estado onde se processar o 
inventário ou arrolamento, ou tiver domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; 
III - terá competência para sua instituição regulada por lei complementar: 
a) se o doador tiver domicílio ou residência no exterior; 
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou teve o seu inventário 
processado no exterior; 
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; 
§ 2º O imposto previsto no inciso II, atenderá ao seguinte: 
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação relativa à 
circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante cobrado nas anteriores 
pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal; 
II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrário da legislação: 
a) não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou 
prestações seguintes; 
 35 3
b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações anteriores; 
III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços; 
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço 
dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas 
aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de exportação; 
V - é facultado ao Senado Federal: 
a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de 
um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros; 
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que 
envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e 
aprovada por dois terços de seus membros; 
VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do disposto 
no inciso XII, g, as alíquotas internas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e 
nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para as operações 
interestaduais; 
VII - em relação às operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final 
localizado em outro Estado, adotar-se-á: 
a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto; 
b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele; 
VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a 
alíquota interna e a interestadual de que trata o inciso VII será atribuída: (Redação dada pela 
Emenda Constitucional nº 87, de 2015) (Produção de efeito) 
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto; (Incluído pela Emenda 
Constitucional

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