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av1 direito civil II

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Estácio de Carapicuíba- SP 
Camila Souza Dos Santos
Ra: 201908188881
Professor: Debora Queiroz Oliveira Feres Ribeiro 
Matéria: Direito civil II 
Tema: resenha crítica sobre solidariedade 
 Desenvolvimento 
 A seguinte resenha busca mostrar as obrigações solidarias, mostrando seus principais contornos, assim vamos ver um estudo a partir das características legais da solidariedade, avaliando a solidariedade ativa e a passiva, vendo seus principais conceitos. 
Na obrigação solidaria quanto a multiplicidade de vínculos, é dividido entre vínculos internos e externos. O vinculo interno é encontrado entre os coobrigados, já o externo se forma entre os polos ativos e passivos da obrigação.
A solidariedade passiva consiste no vinculo jurídico de dois devedores ou mais, consequentemente cada devedor é coagido a execução de toda obrigação e ao credor dão a possibilidade de impor a divida por inteiro de qualquer devedor, a escolha fica com o credor, e ele podendo escolher se vai ser individual ou em conjunto, assim dando um alto grau de segurança para o credor. E se houver a morte de uns dos devedores solidários, e ele deixar herdeiros eles serão obrigados a pagar somente a percentagem que corresponde a sua parcela da herança, salvo se a obrigação for indivisível. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, mesmo o responsável sendo apenas um. Um exemplo que podemos usar para deixar mais fácil de entender é o seguinte, se o credor emprestar 100 mil para quatro pessoas, esses devedores não irá pagar 25 mil cada, e sim 100 mil, claro podendo ter regresso contra os demais devedores caso pague os 100 mil. Vemos mais sobre a solidariedade passiva nos artigos 275 a 285 do código civil. 
Já a solidariedade ativa se representa pela presença de vários credores que recebe o nome de cocredores e todos eles têm o direito de solicitar o pagamento da dívida completamente. Esse tipo de solidariedade não é muito visto, pois, a sua principal característica está ligada à sua principal inconveniência, se tiver um pagamento de apenas um dos credores solidários, mesmo ele pagando sem a autorização dos demais esse devedor se desobriga e os outros não poderão fazer nada com ele, e devera reclamar com quem recebeu o dinheiro. Se um dos credores resolver perdoar a divida de um dos devedores ele não vai mais precisar pagar, e sua parte será cobrada daquele que perdoou, nesse tipo de solidariedade cada credor fica sujeito a honestidade dos outros concredores, por causa disso acaba sendo rara pois não interessa o credor. Um exemplo que pode ser usado aqui é a conta conjunta entre marido e mulher, a confiança que exige é muito grande, podendo qualquer um deles tirar tudo do banco fazer empréstimos e desaparecer, sem ter nenhum problema. Nos artigos 267 ao 274 do código civil mostra mais sobre esse assunto.
As obrigações solidarias são obrigações complexas, pois apresenta mais de um sujeito no polo ativo/passivo, podemos falar que independentemente da espécie de solidariedade ajustada entre as partes, a importância referida na modalidade reside no aspecto do reforço da solução da obrigação. A solidariedade encontra limites na sociedade e na ética pois o credor não tem o direito de extrapolar no uso do direito, para estabelecer prestações diferentes, a aplicação da boa-fé nesses casos auxilia as pessoas na interpretação de solidariedade.
 Artigos 
Art. 267. Cada um dos credores solidários tem direito a exigir do devedor o cumprimento da prestação por inteiro.
Art. 268. Enquanto alguns dos credores solidários não demandarem o devedor comum, a qualquer daqueles poderá este pagar.
Art. 269. O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago.
Art. 270. Se um dos credores solidários falecer deixando herdeiros, cada um destes só terá direito a exigir e receber a quota do crédito que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível
Art. 271. Convertendo-se a prestação em perdas e danos, subsiste, para todos os efeitos, a solidariedade.
Art. 272. O credor que tiver remitido a dívida ou recebido o pagamento responderá aos outros pela parte que lhes caiba.
Art. 273. A um dos credores solidários não pode o devedor opor as exceções pessoais oponíveis aos outros.
Art. 274.  O julgamento contrário a um dos credores solidários não atinge os demais, mas o julgamento favorável aproveita-lhes, sem prejuízo de exceção pessoal que o devedor tenha direito de invocar em relação a qualquer deles.
 Solidariedade passiva 
Art. 275. O credor tem direito a exigir e receber de um ou de alguns dos devedores, parcial ou totalmente, a dívida comum; se o pagamento tiver sido parcial, todos os demais devedores continuam obrigados solidariamente pelo resto.
Parágrafo único. Não importará renúncia da solidariedade a propositura de ação pelo credor contra um ou alguns dos devedores.
Art. 276. Se um dos devedores solidários falecer deixando herdeiros, nenhum destes será obrigado a pagar senão a quota que corresponder ao seu quinhão hereditário, salvo se a obrigação for indivisível; mas todos reunidos serão considerados como um devedor solidário em relação aos demais devedores.
Art. 277. O pagamento parcial feito por um dos devedores e a remissão por ele obtida não aproveitam aos outros devedores, senão até à concorrência da quantia paga ou relevada.
Art. 278. Qualquer cláusula, condição ou obrigação adicional, estipulada entre um dos devedores solidários e o credor, não poderá agravar a posição dos outros sem consentimento destes.
Art.279. Impossibilitando-se a prestação por culpa de um dos devedores solidários, subsiste para todos o encargo de pagar o equivalente; mas pelas perdas e danos só responde o culpado.
Art.280. Todos os devedores respondem pelos juros da mora, ainda que a ação tenha sido proposta somente contra um; mas o culpado responde aos outros pela obrigação acrescida.
Art.281. O devedor demandado pode opor ao credor as exceções que lhe forem pessoais e as comuns a todos;(1) não lhe aproveitando as exceções pessoais a outro co-devedores.
Art.282. O credor pode renunciar à solidariedade em favor de um, de alguns ou de todos os devedores.
Art.283. O devedor que satisfez a dívida por inteiro tem direito a exigir de cada um dos co-devedores a sua quota, dividindo-se igualmente por todos a do insolvente, se o houver, presumindo-se iguais, no débito, as partes de todos os co-devedores.
Art.284. No caso de rateio entre os co-devedores, contribuirão também os exonerados da solidariedade pelo credor, pela parte que na obrigação incumbia ao insolvente.
Art.285.  Se a dívida solidária interessar exclusivamente a um dos devedores, responderá este por toda ela para com aquele que pagar.
 Referencia 
 Vade-mécum 2020 
 Direitonet.com

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