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123- LEI COMPLEMENTAR

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MPC-PA
MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS DO ESTADO DO PARÁ
Pós-edital
DIREITO ADMINISTRATIVO
LEI COMPLEMENTAR N. 123/2006 (ESTATUTO NACIONAL 
DA MICROEMPRESA E DA EMPRESA DE PEQUENO PORTE)
Livro Eletrônico
PRESIDENTE: Gabriel Granjeiro
VICE-PRESIDENTE: Rodrigo Teles Calado
COORDENADORA PEDAGÓGICA: Élica Lopes
ASSISTENTES PEDAGÓGICAS: Francineide Fontana, Kamilla Fernandes e Larissa Carvalho
SUPERVISORA DE PRODUÇÃO: Emanuelle Alves Melo
ASSISTENTES DE PRODUÇÃO: Giulia Batelli, Juliane Fenícia de Castro e Thaylinne Gomes Lima
REVISOR(A): Nathielen Fernandes
DIAGRAMADOR: Clenio Da Mata
CAPA: Washington Nunes Chaves
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sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos 
autorais e do editor.
© 04/2019
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(Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte)
Prof. George Firmino
Simples Nacional ........................................................................................5
1. Simples Federal – o Antecessor .................................................................8
2. Definições ............................................................................................10
2.1. O que É o Simples Nacional?................................................................10
2.2. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte ...........................................11
2.3. Receita Bruta.....................................................................................12
3. Enquadramento Diferenciado por Estado ..................................................15
4. Tributos Compreendidos ........................................................................17
4.1. Tributos Incluídos na Sistemática .........................................................17
4.2. Tributos não Incluídos no Recolhimento Unificado ...................................18
4.3. Dispensa de Pagamento de Outras Contribuições ....................................20
5. Opção pelo Regime ...............................................................................22
5.1. Forma e Momento da Opção ................................................................22
5.2. Vedações à Opção ..............................................................................23
6. Exclusão do Regime ..............................................................................28
7. Cálculo, Alíquotas e Partilha do Simples Nacional ......................................30
8. Regras Específicas ................................................................................32
8.1. ICMS e ISS com Recolhimento em Valor Fixo .........................................32
8.2. Retenção do ISS na Fonte ...................................................................33
8.3. Substituição Tributária e Exportação .....................................................34
9. Gerência e Regulamentação ...................................................................36
9.1. Comitê Gestor do Simples Nacional ......................................................36
9.2. Fórum Permanente das ME e EPP .........................................................36
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9.3. Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação do Registro e da 
Legalização de Empresas e Negócios ...........................................................37
Resumo ...................................................................................................39
Questões de Concurso ...............................................................................41
Gabarito ..................................................................................................53
Gabarito Comentado .................................................................................54
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SIMPLES NACIONAL
Olá, prezado(a) aluno(a)!
Embora estejamos no curso de Direito Administrativo, o tema abordado nesta 
aula é mais relacionado ao Direito Tributário.
Por essa razão, irei acompanhá-lo(a) ao longo de toda a aula.
Vamos lá!
É bastante comum relacionarmos o aumento da informalidade à elevada carga 
tributária ou à complexidade de obrigações a que estão sujeitas as empresas.
Apenas a título de exemplo, em relação aos tributos federais as pessoas jurídicas 
estão sujeitas ao IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI etc. Não bastasse a apuração (muitas 
vezes complexa) desses tributos, a exigência de inúmeras obrigações acessórias e 
da escrituração de livros fiscais acaba por tornar a atividade empresarial algo muito 
oneroso em nosso país.
E o que dizer das pequenas e microempresas? Se até para as médias e grandes 
é difícil ter como se manter firme em um mercado tão competitivo e com tantas 
obrigações impostas pelo Estado, como iriam sobreviver os pequenos empresários?
Preocupado com essa situação, o constituinte originário previu no art. 179 do texto 
constitucional a obrigação para que o Estado confira um tratamento mais favorecido 
a quem se encontra em situação de desvantagem frente a um mercado tão agressivo.
Essa previsão guarda relação com o princípio constitucional da isonomia e tem 
fundamento também no princípio da capacidade contributiva. Vejamos:
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às 
microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento 
jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações 
administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou re-
dução destas por meio de lei.
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Em complemento,o constituinte derivado alterou a redação do inciso IX, do art. 
170, passando a dispor que o tratamento favorecido para as empresas de pequeno 
porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no 
País é um dos princípios da ordem econômica.
Percebe-se que a determinação constitucional não tem apenas implicações tribu-
tárias, mas envolve obrigações administrativas, creditícias e previdenciárias.
A fim de atender a essa exigência constitucional, em 5 de outubro de 1999, 
exatamente onze anos após a inauguração da atual ordem constitucional, foi pu-
blicada a Lei n. 9.841, que instituiu o Estatuto da Microempresa e Empresa de 
Pequeno Porte.
As disposições dessa lei conferiam um tratamento diferenciado para alguns dos 
aspectos previstos no art. 179 da CF, mas não contemplava os aspectos tributários 
da forma unificada que temos atualmente. Previu, tão somente, que o Poder Exe-
cutivo deveria estabelecer mecanismos de incentivos fiscais e financeiros, de forma 
simplificada e descentralizada, às microempresas e às empresas de pequeno porte, 
levando em consideração a sua capacidade de geração e manutenção de ocupação 
e emprego, potencial de competitividade e de capacitação tecnológica, a fim de 
lhes garantir o crescimento e o desenvolvimento.
Sendo assim, considerando que o próprio Estatuto definia a instituição de me-
canismos de forma descentralizada, coube a cada ente político estabelecer suas 
leis definindo o tratamento diferenciado às micro e pequenas empresas.
Apenas em 2003, a Emenda Constitucional n. 42, incluiu a alínea d, ao inciso 
III, do art. 146, elevando à condição de normas gerais em matéria tributária o 
tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as 
empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados de 
impostos e contribuições.
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Sendo tal tratamento considerado uma norma geral, é certo que deve ser vei-
culada por meio de lei complementar como dispõe o próprio art. 146. Ademais, 
complementa o parágrafo único (também incluído pela EC n. 42/2003):
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir 
um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios, observado que:
I – Será opcional para o contribuinte;
II – Poderão ser estabelecidas condições de enquadramento diferenciadas por Estado;
III – O recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos 
pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção 
ou condicionamento;
IV – A arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes 
federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes.
Acontece que editar normas gerais que obriguem todos os entes políticos e dis-
ciplinem o recolhimento unificado dos mais variados tributos não é algo que ocorre 
da noite para o dia. Diante disso, cada ente político continuou a estabelecer suas 
próprias regras para conferir tratamento diferenciado, até que fosse editada uma 
norma geral em matéria tributária, expedida pela União, a fim de regulamentar a 
matéria definitivamente.
Por esse motivo, juntamente com a nova redação do art. 146, a EC n. 42 trou-
xe também o art. 94 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT), 
determinando que os regimes especiais de tributação para microempresas e em-
presas de pequeno porte próprios da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios cessassem a partir da entrada em vigor do regime previsto no art. 146, 
III, d, da Constituição.
Antes de adentarmos o estudo dos detalhes do Simples Nacional, convém obser-
varmos que a determinação constitucional do art. 146 é algo mais restrito, dizendo 
respeito apenas aos aspectos tributários, diferentemente da amplitude do art. 179.
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Com efeito, conclui-se que o Estatuto das Microempresas e Empresas de Pe-
queno Porte é algo mais abrangente, que contempla os aspectos administrativos, 
creditícios, previdenciários e também tributários.
Como vimos, o Estatuto havia sido criado em 1999 e apenas em 2003 passou a 
ser prevista essa exigência de normas gerais para os aspectos tributários aplicáveis 
às ME e EPP. Logo, o Estatuto de 1999 não previa essas normas gerais em matéria 
tributária. Assim, as normas gerais em matéria tributária contidas no Estatuto por 
força do disposto no art. 146, III, d, e parágrafo único, são apenas parte integrante 
de um aparato normativo bem mais amplo.
1. Simples Federal – o Antecessor
Conforme previa o antigo Estatuto das ME e EPP, criado em 1999, cada ente 
deveria criar seus próprios regimes de tratamento diferenciado às empresas de 
menor capacidade contributiva.
Diante de tal situação, tínhamos uma diversidade de regimes, cada qual com suas 
peculiaridades, o que acabava por prejudicar a uniformidade da tributação e nem 
sempre havia a garantia de atendimento ao princípio constitucional da isonomia.
Tal fato poderia ocorrer para uma empresa prestadora de serviços, por exemplo, 
caso dois municípios vizinhos possuíssem regimes diferentes, de modo que a pres-
tação de serviços em cada um deles pela mesma empresa sofreria uma tributação 
totalmente diferenciada.
Para fins de estudo para concurso, é relevante entendermos o histórico, ou seja, 
conhecermos o regime instituído pela Lei n. 9.317, de 1996, a saber: o SIMPLES 
ou Simples Federal.
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O regime instituído pela União contemplava apenas os tributos federais (IRPJ, 
PIS/PASEP, CSLL, COFINS, IPI e contribuições para a Seguridade Social). A possi-
bilidade de inclusão do ICMS e do ISS apenas se dava caso houvesse interesse dos 
Estados e Municípios, a ser manifestado mediante convênio com a União. Somente 
assim poderia ocorrer a cobrança conjunta dos impostos estaduais e municipais em 
paralelo com os federais.
A partir da EC n. 42/2003, o recolhimento passou a ser unificado e centralizado.
Apenas em 2006, a União cumpriu a determinação constitucional e editou nor-
mas gerais relativas ao tratamento diferenciado a ser conferido às ME e EPP, com 
a edição da Lei Complementar n. 123, inaugurando a disciplina atual relativa ao 
Simples, já de acordo com os novos ditames estabelecidos pela EC n. 42/2003.
A partir daí, foram revogados todos os regimes próprios instituídos, pois foram 
unificados no então criado Simples Nacional. Porém, tal revogação não ocorreude 
imediato como previa o art. 94 do ADCT. A LC n. 123/2006 definiu, em seus arts. 
88 e 89, que o regime unificado de tributação entraria em vigor em 1º de julho de 
2007 e que, a partir daí, estariam revogados os regimes próprios de cada ente.
Cumpre destacar que a LC n. 123 substitui todo o Estatuto das ME e EPP, en-
volvendo não somente os aspectos tributários, mas todos os elementos definidos 
no art. 179 da CF. Sendo assim, o Simples Nacional é apenas um dos elementos 
do Estatuto, representando o regime único de arrecadação previsto no art. 146, 
parágrafo único.
O Estatuto estabelece normas gerais relativas às Microempresas e às Empresas 
de Pequeno Porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, contemplando não apenas o regime tributário diferenciado (Sim-
ples Nacional), como também aspectos relativos às licitações públicas, às relações 
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de trabalho, ao estímulo ao crédito, à capitalização e à inovação, ao acesso à jus-
tiça, dentre outros.
Passemos ao estudo da nova sistemática inaugurada em 2006.
2. Definições
2.1. O que É o Simples Nacional?
O Simples Nacional é um regime tributário diferenciado, simplificado e fa-
vorecido previsto na LC n. 123/2006, aplicável às Microempresas e às Empresas 
de Pequeno Porte, a partir de 1/7/2007.
A própria lei instituidora define no art. 12 que o Simples Nacional é um regime 
especial unificado de arrecadação de tributos e contribuições devidos pelas Micro-
empresas e Empresas de Pequeno Porte.
Vale destacar que o Simples representa a arrecadação unificada de vários tribu-
tos. Isso não significa que as empresas pagam um único tributo, apenas o fazem 
de forma unificada, em guia única.
Assim, uma empresa que seja contribuinte do ISS e do ICMS, por exemplo, em vez 
de apurar o ICMS por meio de GIA (Guia de Informações e Apuração do ICMS) e de 
apurar e recolher o ISS por meio de DAM (Documento de Arrecadação Municipal), 
ao optar pelo Simples Nacional, iria apurar e recolher esses e outros tributos em 
documento único, de forma bastante simplificada.
Nessa linha, podemos afirmar que o Simples reduz a carga tributária, conferin-
do um tratamento favorecido, e reduz também as inúmeras obrigações acessórias 
dos diversos entes, a que estão sujeitas as empresas não optantes.
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2.2. Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
Os conceitos de microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP), para 
fins de enquadramento no Simples Nacional, estão definidos no art. 3º da LC n. 
123/2006.
É considerada ME a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa in-
dividual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em cada ano-ca-
lendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00.
Já a EPP, a partir de 1/1/2018, é a sociedade empresária, a sociedade simples, 
a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário que aufiram, em 
cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 e igual ou infe-
rior a R$ 4.800.000,00.
Assim, temos:
Uma importante inovação trazida pela Lei Complementar n. 139/2011 
foi a possibilidade de a empresa auferir receitas oriundas de exportação, 
sem impactar no cômputo da receita bruta para fins de enquadramento. A 
partir daí, a empresa passou a ter um limite extra para exportação de mer-
cadorias no valor de R$ 4.800.000,00 (até 2017, R$ 3.600.000,00). Desse 
modo, pode auferir receita bruta até R$ 9.600.000,00, desde que observe, 
de forma segregada, no mercado interno ou em exportação de mercadorias, 
o limite de R$ 4.800.000,00.
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Tal previsão, contudo, era válida apenas para as empresas de pequeno porte, 
não abrangendo as microempresas, cuja receita bruta não comportava qualquer 
diferenciação.
Ocorre que em mudança na legislação, operada por meio da Lei Complementar 
n. 147, de 7 de agosto de 2014, as EPP também foram beneficiadas com a previ-
são. Assim dispõe o § 14, do art. 3º, da LC n. 123/2006, com a nova redação:
§ 14. Para fins de enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno por-
te, poderão ser auferidas receitas no mercado interno até o limite previsto no inciso 
II do caput ou no § 2º, conforme o caso, e, adicionalmente, receitas decorrentes da 
exportação de mercadorias ou serviços, inclusive quando realizada por meio de comer-
cial exportadora ou da sociedade de propósito específico prevista no art. 56 desta Lei 
Complementar, desde que as receitas de exportação também não excedam os referidos 
limites de receita bruta anual.
Para as pessoas jurídicas que iniciarem atividade no curso do ano-calendário em 
que seja feita a opção pelo regime, os limites para a ME e para a EPP serão propor-
cionais ao número de meses compreendidos entre o início da atividade e o final do 
respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
Assim, os limites proporcionais de ME e de EPP serão, respectivamente, de R$ 
30.000,00 e de R$ 400.000,00 (R$ 300.000,00 até 2017) multiplicados pelo nú-
mero de meses compreendidos entre o início da atividade e o final do respectivo 
ano-calendário, sendo consideradas as frações de meses como um mês inteiro.
O limite proporcional para a empresa em início de atividade também se aplica 
ao limite extra para exportação de mercadorias.
2.3. Receita Bruta
Nos termos do § 1º, do art. 3º, da LC n. 123, considera-se receita bruta o pro-
duto da venda de bens e serviços nas operações de conta própria, o preço 
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dos serviços prestados e o resultado nas operações em conta alheia, não 
incluídas as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.
Para fins de apuração da receita bruta, os descontos incondicionais são as par-
celas redutoras do preço de venda, quando constarem da nota fiscal de venda dos 
bens ou da fatura de serviços e não dependerem, para sua concessão, de evento 
posterior à emissão desses documentos.
Vejamos como essas disposições já foram cobradas em prova de concurso.Questão 1 (ESAF/PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL/PGFN/2012) A Consti-
tuição Federal permitiu o tratamento tributário diferenciado e favorecido para as 
microempresas e para as empresas de pequeno porte. Assim, editou-se a Lei Com-
plementar n. 123, de 14 de dezembro de 2006. De acordo com esta lei, analise os 
itens a seguir, para então assinalar a opção que corresponda às suas respostas.
I – Para a classificação como microempresa, a lei estabeleceu determinado valor 
máximo auferido por ano-calendário a título de receita bruta.
II – O conceito de receita bruta compreende o produto da venda de bens e serviços 
nas operações de conta própria, não incluídas as vendas canceladas e quaisquer 
descontos concedidos.
III – Também integram o conceito de receita bruta o preço dos serviços prestados 
e o resultado nas operações em conta alheia.
IV – O enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, bem 
como o seu desenquadramento, não implicarão alteração, denúncia ou qualquer 
restrição em relação a contratos por elas anteriormente firmados.
V – No caso de início de atividade no próprio ano calendário, o limite (valor má-
ximo no caso de microempresa; valores mínimo e máximo no caso de empresa 
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de pequeno porte) será proporcional ao número de meses em que a microem-
presa ou a empresa de pequeno porte houver exercido atividade, inclusive as 
frações de meses.
Estão corretos apenas os itens:
a) I, II, III e IV.
b) I, III e IV.
c) I, III, IV e V.
d) II, III e IV.
e) todos os itens estão corretos.
Letra c.
I – Certo. O valor máximo da receita bruta anual para que uma pessoa jurídica 
seja classificada como microempresa é de R$ 360.000.
II – Errado. Apenas estão excluídos da receita bruta os descontos incondicionais.
III – Certo. Integram o conceito de receita bruta o produto da venda de bens e 
serviços nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resul-
tado nas operações em conta alheia.
IV – Certo. O enquadramento ou desenquadramento de empresa como ME ou EPP 
não afasta os efeitos dos atos por ela anteriormente praticados. O item reproduz o 
disposto no art. 3º, § 3º, da LC n. 123/2006.
V – Certo. Para as pessoas jurídicas que iniciarem atividade no curso do ano-ca-
lendário em que seja feita a opção pelo regime, os limites para a ME e para a EPP 
serão proporcionais ao número de meses compreendidos entre o início da atividade 
e o final do respectivo ano-calendário, consideradas as frações de meses como um 
mês inteiro.
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3. Enquadramento Diferenciado por Estado
Conforme acabamos de estudar, para ser considerada microempresa, a pes-
soa jurídica não pode ter faturamento anual superior a R$ 360.000 e, para se 
enquadrar no conceito de empresa de pequeno porte, a receita bruta anual deve 
estar entre R$ 360.000 e R$ 4.800.000 a partir de 2017 (entre R$ 360.000 e 
R$ 3.600.000 até 2017).
Ocorre que esses valores podem destoar quando são comparadas realidades distin-
tas. Uma empresa sediada no centro econômico de São Paulo e que fatura R$ 300.000 
por ano é uma microempresa, mas será que uma empresa localizada no extremo 
norte do País, por exemplo, em um município pequeno e com poucas empresas de 
grande porte, que apresentasse o mesmo faturamento anual, poderia ser considera-
da microempresa? Possivelmente seria uma das maiores empresas do local.
E é por essa razão que a Constituição Federal levou em conta o desenvolvimen-
to econômico local, ao permitir que os Estados possam adotar faixas diferentes de 
enquadramento para micro e pequenas empresas, no art. 146, parágrafo único, I.
Seguindo a diretriz constitucional, a LC n. 123/2006 estabeleceu, nos artigos 
19 e 20, que o critério para verificar se o Estado poderá definir faixas de receitas 
diferenciadas para fins de enquadramento é a sua participação no PIB do País.
Os Estados que tenham uma representação de mais de 1% do PIB e decidirem 
optar pela aplicação de limite devem observar a única opção possível: sublimite de 
R$ 3.600.000,00. Já os Estados que tiverem participação de até 1% do PIB 
poderão optar pelo limite de R$ 1.800.000,00 ou R$ 3.600.000,00, conforme 
definição prevista no art. 19, § 4º, da Lei Complementar n.123/2006.
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Assim, temos:
Mas quais as implicações dessa opção dos Estados? O que isso influencia em 
termos práticos para as empresas?
Veremos mais adiante as condições para a opção pelo Simples Nacional. Em re-
lação à receita bruta, poderão optar no ano-calendário 2018 todas as ME e EPP, ou 
seja, todas as empresas com receita bruta anual de até R$ 4.800.000.
Caso um Estado opte pelo enquadramento diferenciado, definindo nova faixa 
para o limite da receita bruta, isso não influenciará na opção. As empresas que ob-
tiverem um faturamento maior que o definido pelo Estado, mas que estejam abaixo 
de R$ 4.800.000 poderão continuar optando pelo Simples Nacional.
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Ocorre que, se a empresa no curso do ano-calendário ultrapassar o limite esta-
dual, deverá recolher o ICMS por fora da sistemática, ou seja, recolherá os tributos 
normalmente dentro do Simples e o ICMS por fora.
É como se, para fins de ICMS, a empresa não fosse mais optante pelo regime, 
já que ultrapassou o limite definido pelo Estado.
Essa determinação vincula também os municípios pertencentes àquele Estado. 
Assim, o ISS passa a ser recolhido por fora, no caso de a empresa ultrapassar o 
limite estadual. Não há qualquer margem de escolha para os municípios, que ficam 
amarrados à decisão estadual para a definição de limites de enquadramento.
4. Tributos Compreendidos
4.1. Tributos Incluídos na Sistemática
Conforme dispõe a Constituição Federal, a LC n. 123/2006 instituiu o regime es-
pecial unificado de arrecadação dos tributos – o Simples Nacional – em seu art. 12.
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único 
de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica(IRPJ);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
• Contribuição para o PIS/Pasep;
• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo 
da pessoa jurídica, exceto no caso da microempresa e da empresa de peque-
no porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 
5º-C, do art. 18, da LC n. 123/2006 (construção civil e obras de engenharia 
em geral e serviços de vigilância, conservação ou limpeza);
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• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-
tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-
nicação (ICMS);
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Percebe-se aí a grande diferença entre o novo regime instituído pela LC n. 
123/2006 (Simples Nacional) e o Simples Federal: a obrigatoriedade de inclu-
são do ICMS e do ISS no recolhimento unificado.
Com isso, não há mais opção para os Estados e Municípios, a participação na 
sistemática é obrigatória. Todas as empresas optantes pela nova sistemática do 
Simples Nacional recolherão de forma unificada esses impostos.
4.2. Tributos não Incluídos no Recolhimento Unificado
Apesar do recolhimento unificado da grande maioria dos tributos a que estão 
sujeitas, as empresas optantes pelo Simples Nacional devem recolher em separado 
alguns tributos que não estão incluídos na sistemática.
O recolhimento unificado não exclui a incidência dos seguintes impostos ou con-
tribuições, devidos na qualidade de contribuinte ou responsável, em relação aos 
quais será observada a legislação aplicável às demais pessoas jurídicas:
• Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos 
ou Valores Mobiliários (IOF);
• Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros (II);
• Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou Nacio-
nalizados (IE);
• Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR);
• Imposto de Renda, relativo aos rendimentos ou ganhos líquidos auferidos em 
aplicações de renda fixa ou variável;
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• Imposto de Renda relativo aos ganhos de capital auferidos na alienação de 
bens do ativo permanente;
• Contribuição para o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS);
• Contribuição para manutenção da Seguridade Social, relativa ao trabalhador;
• Contribuição para a Seguridade Social, relativa à pessoa do empresário, na 
qualidade de contribuinte individual;
• Imposto de Renda relativo aos pagamentos ou créditos efetuados pela pessoa 
jurídica a pessoas físicas;
• Contribuição para o PIS/Pasep, Cofins e IPI incidentes na importação de bens 
e serviços;
• ICMS devido:
a) nas operações ou prestações sujeitas ao regime de substituição tributária;
b) por terceiro, a que o contribuinte se ache obrigado, por força da legislação 
estadual ou distrital vigente;
c) na entrada, no território do Estado ou do Distrito Federal, de petróleo, in-
clusive lubrificantes e combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, bem 
como energia elétrica, quando não destinados à comercialização ou indus-
trialização;
d) por ocasião do desembaraço aduaneiro;
e) na aquisição ou manutenção em estoque de mercadoria desacobertada de 
documento fiscal;
f) na operação ou prestação desacobertada de documento fiscal;
g) nas operações com bens ou mercadorias sujeitas ao regime de antecipação do 
recolhimento do imposto, nas aquisições em outros Estados e Distrito Federal:
− com encerramento da tributação, observado o disposto no inciso IV, do § 
4º, do art. 18, desta Lei Complementar;
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− sem encerramento da tributação, hipótese em que será cobrada a diferença 
entre a alíquota interna e a interestadual, sendo vedada a agregação de 
qualquer valor;
h) nas aquisições em outros Estados e no Distrito Federal de bens ou merca-
dorias, não sujeitas ao regime de antecipação do recolhimento do imposto, 
relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual;
• ISS devido:
− em relação aos serviços sujeitos à substituição tributária ou retenção na 
fonte;
− na importação de serviços;
− demais tributos de competência da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios, não relacionados nos incisos anteriores.
4.3. Dispensa de Pagamento de Outras Contribuições
Outras contribuições instituídas pela União têm previsão expressa na LC n. 
123/2006 para dispensa do pagamento.
Isso significa que elas não serão recolhidas de forma unificada juntamente com 
os tributos incluídos na sistemática do Simples Nacional nem serão recolhidas à 
parte. Trata-se de dispensa legal do recolhimento, ou seja, as empresas optantes 
pelo Simples não recolherão essas contribuições.
A previsão está no art. 13, § 3º, da lei:
§ 3º As microempresas e empresas de pequeno porte optantes pelo Simples Nacional 
ficam dispensadas do pagamento das demais contribuições instituídas pela União, inclu-
sive as contribuições para as entidades privadas de serviço social e de formação profis-
sional vinculadas ao sistema sindical, de que trata o art. 240 da Constituição Federal, e 
demais entidades de serviço social autônomo.
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Analisemos essas disposições por meio de uma questão.
Questão 2 (CETRO/AUDITOR FISCAL DO TESOURO MUNICIPAL/PREFEITURA DE 
CAMPINAS/2011) O SIMPLES Nacional implica o recolhimento mensal, mediante 
documento único de arrecadação. Inclui-se, na forma de recolhimento prevista pelo 
SIMPLES Nacional, o (a)
a) Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou 
Valores Mobiliários – IOF.
b) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido – CSLL.
c) Imposto sobre a Importação de Produtos Estrangeiros – II.
d) Imposto sobre a Exportação, para o Exterior, de Produtos Nacionais ou 
Nacionalizados – IE.
e) Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural – ITR.
Letra b.
Como vimos, o Simples Nacional implicao recolhimento unificado dos seguintes 
impostos e contribuições:
• IRPJ;
• IPI;
• CSLL;
• COFINS;
• PIS/Pasep;
• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP);
• ICMS;
• ISS.
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Os demais tributos deverão ser recolhidos de acordo com as normas aplicáveis às 
demais pessoas jurídicas.
5. Opção pelo Regime
5.1. Forma e Momento da Opção
Poderão optar pelo Simples Nacional todas as ME e EPP que não incorram em 
nenhuma das situações de vedação previstas na LC n. 123/2006.
Assim, sendo um regime destinado às ME e EPP, percebemos que o primei-
ro requisito diz respeito à receita bruta anual, que não poderá ser superior a R$ 
4.800.000 auferidos no mercado interno.
A opção pelo Simples Nacional deve ser realizada pela internet, no Portal do 
Simples Nacional, acessado pelo endereço:
http://www.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional
A opção é irretratável para todo o ano-calendário, ou seja, uma vez optan-
do pelo Simples, a empresa deverá permanecer na sistemática durante todo o ano, 
salvo se incorrer em uma das hipóteses de exclusão.
Essa opção ocorre no mês de janeiro de cada ano-calendário, havendo al-
gumas hipóteses de exceção. A primeira delas é referente ao agendamento da 
opção, que pode ser realizado no Portal no mês de dezembro. Isso permite que as 
empresas se organizem e não percam o prazo da opção, que é 31 de janeiro.
A outra exceção é para as empresas em início de atividade, que, após obter 
o seu CNPJ e as inscrições municipal e estadual, quando exigíveis, terão até trinta 
dias a contar da última inscrição para efetuar sua opção pelo Simples, não podendo 
esse prazo ultrapassar cento e oitenta dias da emissão do CNPJ.
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5.2. Vedações à Opção
A própria lei complementar que institui o regime simplificado de tributação para 
as microempresas e empresas de pequeno porte destaca algumas condições que 
impedem as pessoas jurídicas de ingressarem na sistemática. Essa previsão está 
no art. 3º, § 4º, da LC n. 123/2006, definindo que não poderá se beneficiar do tra-
tamento jurídico diferenciado, para nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:
• de cujo capital participe outra pessoa jurídica;
• que seja filial, sucursal, agência ou representação, no país, de pessoa jurídica 
com sede no exterior;
• de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou 
seja sócia de outra empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos 
termos da LC n. 123, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite 
anual estabelecido;
• cujo titular ou sócio participe com mais de 10% (dez por cento) do capital 
de outra empresa não beneficiada por esta Lei Complementar, desde que a 
receita bruta global ultrapasse o limite anual estabelecido;
• cujo sócio ou titular seja administrador ou equiparado de outra pessoa jurí-
dica com fins lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite 
anual estabelecido;
• constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;
• que participe do capital de outra pessoa jurídica;
• que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvi-
mento, de caixa econômica, de sociedade de crédito, financiamento e inves-
timento ou de crédito imobiliário, de corretora ou de distribuidora de títulos, 
valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de 
seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
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• resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmem-
bramento de pessoa jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 (cinco) anos-
-calendário anteriores;
• constituída sob a forma de sociedade por ações.
A lei destaca que a empresa que se enquadrar em qualquer dessas condições 
não poderá receber tratamento diferenciado para nenhum efeito legal.
Isso significa que não estará impedida apenas de ingressar no Simples Nacio-
nal, regime simplificado de tributação, como também de receber qualquer benefício 
administrativo, previdenciário ou creditício previsto no Estatuto. Trata-se, pois, de 
uma vedação geral.
Mais adiante, a LC prevê outras hipóteses de vedação, direcionando a casos 
mais específicos e relativos apenas à opção pelo regime tributário diferenciado 
(Simples Nacional). De acordo com a LC n. 123, não poderão recolher os impostos 
e as contribuições na forma do Simples Nacional a microempresa ou a empresa de 
pequeno porte:
• que explore atividade de prestação cumulativa e contínua de serviços de as-
sessoria creditícia, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de con-
tas a pagar e a receber, gerenciamento de ativos (asset management), com-
pras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de 
prestação de serviços (factoring);
• que tenha sócio domiciliado no exterior;
• de cujo capital participe entidade da administração pública, direta ou indireta, 
federal, estadual ou municipal;
• que possua débito com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ou com 
as Fazendas Públicas Federal, Estadual ou Municipal, cuja exigibilidade não 
esteja suspensa;
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• que preste serviço de transporte intermunicipal e interestadual de passageiros;
• que seja geradora, transmissora, distribuidora ou comercializadora de ener-
gia elétrica;
• que exerça atividade de importação ou fabricação de automóveis e motocicletas;
• que exerça atividade de importação de combustíveis;
• que exerça atividade de produção ou venda no atacado de:
− cigarros, cigarrilhas, charutos, filtros para cigarros, armas de fogo, muni-
ções e pólvoras, explosivos e detonantes;
− bebidas a seguir descritas:
 ◦ alcoólicas;
 ◦ cervejas sem álcool;
• que realize cessão ou locação de mão de obra;
• que realize atividade de consultoria;
• que se dedique ao loteamento e à incorporação de imóveis;
• que realize atividade de locação de imóveis próprios, exceto quando se referir 
à prestação de serviços tributados pelo ISS;
• com ausência de inscrição ou com irregularidade em cadastrofiscal federal, 
municipal ou estadual, quando exigível.
A Lei Complementar n. 147/2014 revogou a vedação direcionada aos fabrican-
tes de bebidas gaseificadas não alcoólicas (refrigerantes e águas saborizadas ga-
seificadas, bem como as preparações compostas para sua elaboração).
Desse modo, apenas os fabricantes de bebidas alcoólicas e cervejas sem álcool 
estavam impedidos de ingressar no Simples Nacional. Ocorre que, com o advento 
da Lei Complementar n. 155/2016, os micro e pequenos produtores e atacadistas 
de bebidas alcoólicas (cervejarias, vinícolas, licores e destilarias) puderam optar 
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pelo regime a partir de 2018, desde que inscritos no Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento.
Não obstante a vedação expressa para as atividades listadas anteriormente, a 
LC n. 123/2006 dispõe que tal imposição não se aplica às pessoas jurídicas que se 
dediquem exclusivamente às seguintes atividades:
• creche, pré-escola e estabelecimento de ensino fundamental, escolas técni-
cas, profissionais e de ensino médio, de línguas estrangeiras, de artes, cursos 
técnicos de pilotagem, preparatórios para concursos, gerenciais e escolas li-
vres, exceto as previstas nos incisos II e III, do § 5º-D, deste artigo;
• agência terceirizada de correios;
• agência de viagem e turismo;
• centro de formação de condutores de veículos automotores de transporte ter-
restre de passageiros e de carga;
• agência lotérica;
• serviços de instalação, de reparos e de manutenção em geral, bem como de 
usinagem, solda, tratamento e revestimento em metais;
• transporte municipal de passageiros; e
• escritórios de serviços contábeis;
• produções cinematográficas, audiovisuais, artísticas e culturais, sua exibição 
ou apresentação, inclusive no caso de música, literatura, artes cênicas, artes 
visuais, cinematográficas e audiovisuais.
• fisioterapia (incluído pela Lei Complementar n. 147, de 7 de agosto de 2014);
• corretagem de seguros (incluído pela Lei Complementar n. 147, de 7 de agos-
to de 2014);
• construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma 
de subempreitada, execução de projetos e serviços de paisagismo, bem como 
decoração de interiores;
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• serviço de vigilância, limpeza ou conservação;
• serviços advocatícios (incluído pela Lei Complementar n. 147, de 7 de agosto 
de 2014);
• cumulativamente administração e locação de imóveis de terceiros;
• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes marciais;
• academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes;
• elaboração de programas de computadores, inclusive jogos eletrônicos, des-
de que desenvolvidos em estabelecimento do optante;
• licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação;
• planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, 
desde que realizados em estabelecimento do optante;
• empresas montadoras de estandes para feiras;
• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
• serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos 
e métodos óticos, bem como ressonância magnética;
• serviços de prótese em geral;
• prestação de serviços de comunicação e de transportes interestadual e 
intermunicipal de cargas e de transportes autorizados, inclusive na moda-
lidade fluvial.
A grande inovação na sistemática se deu pela possibilidade de opção para aque-
les profissionais que atuam na prestação de serviços decorrentes do exercício de 
atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultu-
ral, que constitua profissão regulamentada ou não, bem como a que preste serviços 
de instrutor, de corretor, de despachante ou de qualquer tipo de intermediação de 
negócios. Para essas atividades, havia vedação expressa, recentemente revogada.
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Sendo assim, aqueles que desempenham atividades de cunho intelectual, téc-
nico, científico ou artístico poderão ingressar no regime. É o caso de médicos, ad-
vogados etc.
Outra grande inovação, essa trazida pela LC n. 155/2016, foi a figura do inves-
tidor anjo. Isso permitirá às empresas em fase de desenvolvimento ou início de 
atividades que precisam de capital para serem lançadas no mercado, as famosas 
startups, receberem investimentos sem que o investidor figure como sócio e, as-
sim, prejudique o ingresso no Simples Nacional. Com a nova previsão legal, para 
fins de opção ao regime, o investidor anjo passa a ser exclusivamente investidor, 
sem interferir na receita bruta anual da startup.
6. Exclusão do Regime
A exclusão do Simples Nacional será feita de ofício ou mediante comunica-
ção da própria ME ou EPP.
Será feita mediante comunicação da ME ou da EPP quando esta, espon-
taneamente, desejar deixar de ser optante pelo Simples Nacional (exclusão por 
comunicação opcional).
Deverá ser feita pela ME ou EPP, mediante comunicação obrigatória, quando 
tiver ultrapassado o limite de receita bruta anual ou o limite proporcional no 
ano de início de atividade ou ainda tiver incorrido em alguma outra situação de 
vedação (exclusão por comunicação obrigatória).
Será efetuada de ofício quando verificada a falta de comunicação obriga-
tória ou quando verificada a ocorrência de alguma ação ou omissão que cons-
titua motivo específico para exclusão de ofício. Essas hipóteses, previstas no 
art. 29 da LC n. 123/2006, ocorrerão quando:
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• verificada a falta de comunicação de exclusão obrigatória;
• for oferecido embaraço à fiscalização, caracterizado pela negativa não justi-
ficada de exibição de livros e documentos a que estiverem obrigadas, bem 
como pelo não fornecimento de informações sobre bens, movimentação fi-
nanceira, negócio ou atividade que estiverem intimadas a apresentar, e nas 
demais hipóteses que autorizam a requisição de auxílio da força pública;
• for oferecida resistência à fiscalização, caracterizada pela negativa de acesso 
ao estabelecimento, ao domicíliofiscal ou a qualquer outro local onde desen-
volvam suas atividades ou se encontrem bens de sua propriedade;
• a sua constituição ocorrer por interpostas pessoas;
• tiver sido constatada prática reiterada de infração ao disposto na LC n. 123;
• a empresa for declarada inapta, na forma dos arts. 81 e 82 da Lei n. 9.430, 
de 27 de dezembro de 1996, e alterações posteriores;
• comercializar mercadorias objetos de contrabando ou descaminho;
• houver falta de escrituração do livro-caixa ou não permitir a identificação da 
movimentação financeira, inclusive bancária;
• for constatado que durante o ano-calendário o valor das despesas pagas su-
pera em 20% (vinte por cento) o valor de ingressos de recursos no mesmo 
período, excluído o ano de início de atividade;
• for constatado que durante o ano-calendário o valor das aquisições de merca-
dorias para comercialização ou industrialização, ressalvadas hipóteses justifi-
cadas de aumento de estoque, for superior a 80% (oitenta por cento) dos in-
gressos de recursos no mesmo período, excluído o ano de início de atividade;
• houver descumprimento reiterado da obrigação contida no inciso I, do caput, 
do art. 26;
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• omitir de forma reiterada da folha de pagamento da empresa ou de docu-
mento de informações previsto pela legislação previdenciária, trabalhista ou 
tributária, segurado empregado, trabalhador avulso ou contribuinte individual 
que lhe preste serviço.
7. Cálculo, Alíquotas e Partilha do Simples Nacional
O valor a ser recolhido de forma unificada pelas empresas optantes pelo Sim-
ples Nacional é determinado pela aplicação da alíquota prevista nos Anexos da LC 
n. 123/2006, a depender da atividade exercida pela empresa optante e pela 
receita bruta acumulada.
A base de cálculo é a receita bruta do mês e a alíquota pode variar em 
função da receita bruta acumulada nos últimos 12 meses.
Sendo assim, a receita atual determina a base de cálculo e as receitas anterio-
res determinam a faixa de alíquota. No primeiro mês de atividade da empresa, a 
receita bruta acumulada será obtida pela multiplicação da receita do mês corrente 
por 12. A partir do 2º mês e até o 11º, a receita bruta será considerada a média 
dos meses multiplicada por 12.
A partir do 12º mês de atividades, valerá a receita acumulada nos últimos 12 
meses para fins de determinação da faixa de alíquota.
Outra grande inovação da Lei Complementar n. 155/2016 foi a alteração dos 
Anexos do Simples Nacional, prevendo uma progressividade similar à que ocorre no 
Imposto de Renda das Pessoas Físicas, de modo que o aumento de alíquota incide 
apenas sobre a faixa de receita a que se refere, ao prever a parcela a deduzir.
Vejamos as faixas de alíquotas vigentes a partir de 01/01/2018.
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Anexo I
Comércio
Faixa Receita bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,00% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00
Anexo II
Indústria
Faixa Receita bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.000,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00
Anexo III
Serviços
Faixa Receita bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 6,00% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 648.000,00
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Anexo IV
Serviços em geral
Faixa Receita bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 4,50% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00
Anexo V
Serviços de academias, empresas de tecnologia, eventos, clínicas de 
exames médicos
Faixa Receita bruta em 12 meses (em R$) Alíquota Valor a deduzir (em R$)
1ª Faixa Até 180.000,00 15,50% –
2ª Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00
3ª Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00
4ª Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% 17.100,00
5ª Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% 62.100,00
6ª Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% 540.000,00
8. Regras Específicas
8.1. ICMS e ISS com Recolhimento em Valor Fixo
As regras específicas relativas ao recolhimento do ISS e ICMS em valor fixo es-
tão definidas nos §§ 18 a 20-A, do art. 18, da LC n. 123/2006:
Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, no âmbito de suas respectivas compe-
tências, poderão estabelecer, na forma definida pelo Comitê Gestor, independentemen-
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te da receita bruta recebida no mês pelo contribuinte, valores fixos mensais para o 
recolhimento do ICMS e do ISS devido por microempresa que aufira receita bruta, no 
ano-calendário anterior, de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficando a mi-
croempresa sujeita a esses valores durante todo o ano-calendário.
Os valores fixos estabelecidos não poderão exceder a 50% (cinquenta por cen-
to) do maior recolhimento possível do tributo para a faixa de enquadramento pre-
vista na tabela correspondente, respeitados os acréscimos decorrentes do tipo de 
atividade da empresa estabelecidos.
Na hipótese em que o Estado, o Município ou o Distrito Federal concedam isen-
ção ou redução do ICMS ou do ISSdevido por microempresa ou empresa de pe-
queno porte ou ainda determine recolhimento de valor fixo para esses tributos, 
será realizada redução proporcional ou ajuste do valor a ser recolhido, na forma 
definida em resolução do Comitê Gestor. A concessão desses benefícios poderá ser 
realizada:
• mediante deliberação exclusiva e unilateral do Estado, do Distrito Federal ou 
do Município concedente;
• de modo diferenciado para cada ramo de atividade.
8.2. Retenção do ISS na Fonte
A empresa optante pelo Simples Nacional que prestar serviço sujeito à retenção 
do ISS na fonte deverá informar à empresa tomadora do serviço a faixa de alíquota 
aplicável para que a retenção seja calculada e efetuada pelo tomador.
Essa obrigatoriedade está definida no art. 21, § 4º, da LC n. 123 e deverá ob-
servar as seguintes normas:
I – a alíquota aplicável na retenção na fonte deverá ser informada no documento fiscal 
e corresponderá ao percentual de ISS previsto nos Anexos III, IV ou V para a faixa de 
receita bruta a que a microempresa ou a empresa de pequeno porte estiver sujeita no 
mês anterior ao da prestação;
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II – na hipótese de o serviço sujeito à retenção ser prestado no mês de início de ativida-
des da microempresa ou empresa de pequeno porte, deverá ser aplicada pelo tomador 
a alíquota correspondente ao percentual de ISS referente à menor alíquota prevista nos 
Anexos III, IV ou V;
III – na hipótese do inciso II, constatando-se que houve diferença entre a alíquota uti-
lizada e a efetivamente apurada, caberá à microempresa ou empresa de pequeno porte 
prestadora dos serviços efetuar o recolhimento dessa diferença no mês subsequente ao 
do início de atividade em guia própria do Município;
IV – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte estar sujeita à tri-
butação do ISS no Simples Nacional por valores fixos mensais, não caberá a retenção;
V – na hipótese de a microempresa ou empresa de pequeno porte não informar a alíquo-
ta de que tratam os incisos I e II no documento fiscal, aplicar-se-á a alíquota correspon-
dente ao percentual de ISS referente à maior alíquota prevista nos Anexos III, IV ou V;
VI – não será eximida a responsabilidade do prestador de serviços quando a alíquota do 
ISS informada no documento fiscal for inferior à devida, hipótese em que o recolhimen-
to dessa diferença será realizado em guia própria do Município;
VII – o valor retido, devidamente recolhido, será definitivo, não sendo objeto de partilha 
com os municípios, e sobre a receita de prestação de serviços que sofreu a retenção não 
haverá incidência de ISS a ser recolhido no Simples Nacional.
8.3. Substituição Tributária e Exportação
Mensalmente, a empresa optante apura o valor dos tributos em aplicativo pró-
prio, o Programa Gerador do DAS ou PGDAS.
O DAS é o Documento de Arrecadação do Simples Nacional, por meio do 
qual são recolhidos todos os tributos de forma unificada. Trata-se de uma guia 
única de recolhimento de todos os tributos incluídos na sistemática.
Para apurar o valor devido no mês, basta a empresa informar a receita bruta, 
destacando por tipo de atividade. Como vimos, para cada tipo de atividade, há uma 
tabela em que são estabelecidas as alíquotas. O sistema armazena as informações 
anteriores da empresa e verifica a receita bruta acumulada nos últimos 12 meses, 
identifica a faixa de alíquota e apura o valor a recolher.
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Assim, a empresa optante irá segregar as receitas pelo tipo de atividade que 
gerou aquele valor. Havendo receitas decorrentes de vendas de mercadorias e de 
prestação de serviços, por exemplo, deverá ser informado o valor corresponde a 
cada uma delas de forma separada.
Sendo assim, no caso de auferimento de receitas decorrentes de expor-
tação ou sujeitas à substituição tributária, o contribuinte deverá informar 
essas receitas destacadamente de modo que o aplicativo de cálculo as descon-
sidere da base de cálculo dos tributos objeto de substituição (no caso de a ME ou 
EPP se encontrar na condição de substituída) ou exportação. Ressalte-se, porém, 
que essas receitas continuam fazendo parte da base de cálculo dos demais tributos 
abrangidos pelo Simples Nacional.
Por exemplo, se a empresa auferiu R$ 120.000,00 de mercadorias vendidas no mês 
e, desse valor, R$ 40.000,00 são referentes à receita cuja operação estava sujeita à 
substituição tributária do ICMS, esse valor deixará de compor a apuração do ICMS, 
pois o pagamento já ocorreu por fora da sistemática, de forma antecipada.
O valor de R$ 40.000 continuaria compondo a base de apuração dos demais 
tributos.
A partir da Lei Complementar n. 128, de 2008, as ME e EPP optantes pelo Sim-
ples Nacional devem considerar, destacadamente, para fins de pagamento, além 
das receitas decorrentes da venda de mercadorias sujeitas a substituição tributária, 
também as decorrentes de tributação concentrada em uma única etapa (monofá-
sica), bem como, em relação ao ICMS, as de antecipação tributária com encerra-
mento de tributação.
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9. Gerência e Regulamentação
A LC n. 123/2006 estabelece no art. 2º que o Simples Nacional será gerido por 
três instâncias específicas.
9.1. Comitê Gestor do Simples Nacional
O CGSN é a instância que cuida dos aspectos tributários. É vinculado ao Mi-
nistério da Fazenda e composto de oito representantes, sendo quatro da Receita 
Federal do Brasil, representando a União, dois dos Estados e do DF e dois dos Mu-
nicípios.
A presidência do CGSN fica a cargo dos representantes da União (RFB). Os re-
presentantes dos Estados e do DF serão indicados pelo Conselho Nacional de Po-
lítica Fazendária (CONFAZ). Dos representantes dos Municípios, um será indicado 
pela entidade representativa das Secretarias de Finanças das Capitais e outro pelas 
entidades de representação nacional dos Municípios brasileiros.
Sendo instância responsável pelos aspectos tributários, cabe ao Conselho Ges-
tor do Simples Nacional a regulamentação relativa à opção, exclusão, tributação, 
fiscalização, arrecadação, cobrança, dívida ativa, recolhimento e demais itens rela-
tivos ao regime.
Nesse sentido, sempre que em questão de concurso público houver questiona-
mento de forma genérica sobre o órgão competente para a regulamentação, é do 
CGSN que a questão estará tratando.
9.2. Fórum Permanente das ME e EPP
O Fórum tem por finalidade orientar e assessorar a formulação e coorde-
nação da política nacional de desenvolvimento das microempresas e em-
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presas de pequeno porte, bem como acompanhar e avaliar a sua implantação, 
sendo presidido e coordenado pela Secretaria da Micro e Pequena Empresa da 
Presidência da República.
Por tratar de temas que não envolvem aspetos tributários, mas aqueles vol-
tados aos diversos setores de atuação das empresas, conta com a participação 
dos órgãos federais competentes nas respectivas áreas e das entidades vincu-
ladas ao setor.
9.3. Comitê para Gestão da Rede Nacional para Simplificação 
do Registro e da Legalização de Empresas e Negócios
O CGSIM é a instância responsável pelos aspectos formais de funciona-
mento das ME e EPP, competindo, na forma da lei, regulamentar a inscrição, 
cadastro, abertura, alvará, arquivamento, licenças, permissão, autorização, re-
gistros e demais itens relativos à abertura, legalização e funcionamento de 
empresários e de pessoas jurídicas de qualquer porte, atividade econômica ou 
composição societária.
O CGSIM era órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e 
Comércio Exterior (MDIC), mas, recentemente, com a alteração promovida pela LC 
n. 147/2014, passou a ser vinculado à Secretaria da Micro e Pequena Empresa da 
Presidência da República.
Assim como o CGSN, é composto de oito representantes, sendo quatro da 
Receita Federal do Brasil, representando a União, dois dos Estados e DF e dois 
dos Municípios, ficando a presidência do CGSN a cargo dos representantes da 
União (RFB).
Concluímos aqui a abordagem teórica da nossa aula.
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Em seguida, teremos a nossa bateria de questões, que serão apresentadas em 
forma de lista para você resolvê-las como um teste. Após a conclusão, verifique seu 
rendimento pelo gabarito e proceda à correção pelos comentários apresentados.
Antes, porém, teremos o resumo esquematizado da aula, com os pontos 
mais importantes para sua revisão.
Tudo pronto? Então, vamos lá!
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RESUMO
Simples Nacional
O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único 
de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições:
• Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ);
• Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
• Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);
• Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS);
• Contribuição para o PIS/Pasep;
• Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a Seguridade Social, a cargo 
da pessoa jurídica, exceto no caso da microempresa e da empresa de peque-
no porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 
5º-C, do art. 18, da LC n. 123/2006 (construção civil e obras de engenharia 
em geral e serviços de vigilância, conservação ou limpeza);
• Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Pres-
tações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comu-
nicação (ICMS);
• Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS).
Conceito de ME e EPP
Até 31/12/2017
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QUESTÕES DE CONCURSO
Questão 1 (CESPE/PROCURADOR/PGE/2017) Considerando as normas do re-
gime tributário do SIMPLES Nacional e o disposto no Estatuto da Microempresa 
e da Empresa de Pequeno Porte — Lei Complementar n. 123/2006 —, julgue os 
itens a seguir.
I – A empresa individual de responsabilidade limitada não pode ser enquadrada 
como microempresa para efeito de adesão ao SIMPLES Nacional.
II – Para o enquadramento como microempresa ou empresa de pequeno porte, a 
sociedade empresária deve, em cada ano-calendário, ter receita bruta inferior a 
determinado montante legal, excluídas as vendas canceladas e os descontos incon-
dicionais eventualmente concedidos.
III – O recolhimento de tributo pelo regime especial unificado de arrecadação do 
SIMPLES Nacional não exclui a incidência do ICMS devido nas operações sujeitas ao 
regime de substituição tributária.
Assinale a opção correta.
a) Apenas o item I está certo.
b) Estão certos apenas os itens I e II.
c) Estão certos apenas os itens I e III.
d) Estão certos apenas os itens II e III.
e) Todos os itens estão certos.
Questão 2 (CESPE/ANALISTA/SEDF/2017) Relativamente aos tributos retidos na 
fonte pela administração pública federal, julgue o item subsequente.
Será retido a título de CSLL 1% do valor do serviço prestado para órgão da admi-
nistração pública federal por microempresa optante pelo SIMPLES Nacional.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Lei Complementar n. 123/2006 
(Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte)
Prof. George Firmino
Questão 3 (CESPE/ANALISTA/TRT 8ª REGIÃO/2016) Com relação às contribuições 
previdenciárias do microempreendedor individual (MEI) retidas ou recolhidas pelos 
órgãos da administração pública federal direta, assinale a opção correta.
a) O órgão público deve reter 15% sobre o valor total da remuneração paga ou 
creditada ao MEI.
b) Em se tratando de prestação de serviços mediante cessão de mão de obra, a 
retenção se dá sobre o valor bruto do recibo emitido.
c) Retêm-se 11% sobre o valor bruto do recibo de prestação de serviços executa-
dos mediante empreitada.
d) Devem ser

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