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Lateralidade- esquema corporal

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Lateralidade – Esquema Corporal – Relação com a Psicomotricidade.
A) Definição de lateralidade?
A lateralidade é definida pela propensão do ser humano utilizar preferencialmente mais um lado do corpo do que o outro em três níveis: mão, olho e pé. Isso significa que existe um predomínio motor, ou melhor, uma dominância de um dos lados, em que o lado dominante apresenta maior força muscular, mais precisão e maior rapidez, sendo ele quem inicia e executa a ação principal. O outro lado auxilia esta ação, e é igualmente importante. Os dois não funcionam isoladamente, mas de forma complementar. Ou seja, é o domínio de um lado do corpo sobre o outro. Quando somos bebês, podemos dizer que somos ambidestros, já que utilizamos ambas as mãos, sendo difícil perceber se seremos destros, canhotos ou ambidestros para a vida toda.
Classificação: Magalhães (2001) classifica, em relação à lateralidade, os sujeitos da seguinte forma:
a. Destros – são aqueles nos quais não existe um predomínio claro estabelecido do lado direito na utilização dos membros e órgãos,
b. Sinistros ou canhotos – são aqueles nos quais existe um predomínio claro estabelecido do lado esquerdo na utilização dos membros e órgãos.
c. Ambidestros - são aqueles nos quais não existe predomínio claro estabelecido, ocorrendo o uso indiscriminado dos dois lados
B) Definição de esquema corporal?
Para Wallon (1974), o esquema corporal é a consciência do corpo como meio de comunicação consigo mesmo e com o meio. Para esse autor, é um elemento básico indispensável para a formação da personalidade da criança, permitindo a ela conhecer o seu mundo, desenvolvendo sua aprendizagem motora e cognitiva.
Resulta das experiências que possuímos vindas através do corpo, sendo uma construção mental que a criança realiza gradualmente, de acordo com o desenvolvimento do seu corpo tendo assim uma boa evolução da motricidade, da percepção espacial, temporal e da afetividade.
Assim, o conhecimento e a representação do próprio corpo são fundamentais na relação do eu com o mundo exterior. A criança aprende a conhecer as diferentes partes do corpo, a diferenciá-las e com isso alcança a independência de seus movimentos e a disponibilidade de seu corpo em vista da ação.
O conhecimento e a representação 
Por meio do controle de si mesmo el
C)Qual a relação da lateralidade com a psicomotricidade?
A lateralidade é um fator psicomotor que é essencial para o desenvolvimento da criança. É uma característica do homem e coloca em jogo a especialização hemisférica do cérebro, refletindo a organização funcional do sistema nervoso central. Lateralidade tem relação com ter consciência do corpo, com a dominância homolateral (manual, pedal e ocular, principalmente) e o reconhecimento de direita e esquerda (em si e no outro). 
Caso esse aspecto esteja deficitário, pode ocorrer comprometimento de diversos aspectos no contexto escolar, como por exemplo, a orientação de letras e números (espelhamento) e o sentido da escrita.
Assim, o desenvolvimento motor e todos os elementos da psicomotricidade são fundamentais ao processo de aprendizagem, principalmente para as crianças de cinco anos, pois, é nessa idade que elas desenvolvem aquisições do acervo motor.
A lateralidade, no entanto, não depende apenas do desenvolvimento cognitivo, mas também da percepção, formada tanto de sensações visuais, táteis, sinestésicas e em parte, da contribuição da linguagem, que ajuda a precisar os conceitos, estabelecendo a distinção entre o seu eu e o mundo exterior.
D)Qual a relação do esquema corporal com a psicomotricidade? 
O esquema corporal é muito importante para o desenvolvimento global da criança como o aspecto psicomotor, que se inicia na fase onde a criança começa a perceber o seu corpo como um todo e como meio de comunicação, com os objetos, com as pessoas e com o mundo externo.
A percepção do próprio corpo (esquema corporal) pode ser definida como uma organização psicomotora global, compreendendo todos os níveis motores, tônicos, perceptivos sensoriais e expressivos, estando o aspecto afetivo constantemente investido.
O esquema corporal fundamenta-se principalmente em órgãos relacionados com a postura e as posições do corpo. As experiências com o próprio corpo por meio de músicas, brincadeiras, como por exemplo: engatinhar, andar ou fazer movimentos livres, são fundamentais para o desenvolvimento.
Entretanto, o corpo não deve ser compreendido como apenas uma estrutura biológica, mas também como um meio de expressar emoções e estados interiores. É importante que o educador auxilie seus alunos, no sentido de permitir que eles centrem a atenção em si mesmos, facilitando o processo de interiorização do corpo, que é fundamental para que a criança tome consciência de seu esquema corporal.
O conhecimento e a representaç
Por meio do controle de si mesmo el
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E) Por que é importante trabalharmos o esquema corporal de crianças que ainda não possuem?
A percepção do próprio corpo e a percepção deste corpo no espaço e no tempo são essenciais para o desenvolvimento harmonioso dos aspectos motores, físicos e cognitivos. As dificuldades motoras podem interferir nas relações sociais, emocionais e escolares, por outro lado, explorar o movimento e o brincar espontaneamente precedem as atividades mais estruturadas de aprendizagem.
A representação que a criança possui do seu próprio corpo é um elemento 
indispensável na formação de sua personalidade. O esquema corporal é importante para a criança nos seus primeiros anos de vida, pois a aprendizagem sobre o seu corpo, possibilita a percepção de cada membro, o conhecimento da sua capacidade e do seu limite e permite que através da identificação e assimilação, a criança forme seu esquema corporal.
Conhecer o próprio corpo significa ter uma compreensão global do seu desenvolvimento. Isso implica conhecer e entender o seu desenvolvimento motor, sua lateralidade, saber orientar-se no espaço, ter uma memória sinestésica desenvolvida, fazendo com que haja uma interação entre corpo e a aprendizagem.
Um esquema corporal vago ou mal estruturado acarretará um déficit 
na relação sujeito-mundo exterior, sobre os seguintes planos:
Percepção: confusão das letras simétricas por inversão do sentido direita-esquerda, inversão do sentido cima/baixo, inversão na ordem das letras, inversão de sílabas, inversão das palavras, letras acrescentadas ou ausentes.
Motricidade: desajustamento e descoordenação, como lentidão, não controlar uma ou outra região do corpo, dificuldades na escrita, por problemas na coordenação motora fina, como letras mal formadas, trêmulas ou que ultrapassam as linhas.
Atividade: As crianças se deitam no chão, e com um giz um coleguinha desenha o formato do corpo do outro e vice versa. Contribui para ter noção do corpo.
F) Porque é importante trabalhar a lateralidade de crianças que ainda não possuem?
Um dos aspectos mais importantes na vida de uma pessoa é a lateralidade, pois quando pouco trabalhada pode causar problemas de ordem espacial, como por exemplo, apresentar certa dificuldade para acompanhar a direção gráfica de leitura e escrita. Outro problema é o fato da criança encontrar obstáculos quanto ao entendimento na distinção de letras específicas como ‘p’ e ‘b’, entre vários transtornos que podem aparecer no período pré-escolar.
Quando a lateralidade não está bem definida, a criança tem dificuldades na orientação espacial e na diferenciação entre o lado dominante e não-dominante, desconhecimentos de esquerda-direita, incapacidade de seguir a direção gráfica nas leituras iniciando pela esquerda.
Perturbações da lateralidade, pode trazer problemas na direção gráfica, esquerda e direita, leitura e escrita, coordenação motora fina, discriminação visual, perturbações afetivas, linguagem, sono, estruturação espacial, dentre outros. 
Logo, para que a lateralidade seja definida sem problemas, deveremos ter o cuidado de proporcionar atividades diversificadas à nossa criança como pintar, desenhar, manusear objetos, texturas e jogos para o movimento de coordenação motorafina e movimentos amplos como correr, pular, saltar e outros, para que no seu próprio ritmo, a criança manifeste sua predominância lateral. 
O aspecto fundamental no desenvolvimento da lateralidade, é fundamental que a criança não seja forçada a adotar esta ou aquela postura, mas que se criem situações em que ela possa expressar-se com espontaneidade e a partir da experiência vivenciada com o próprio corpo, definir o seu lado dominante sem pressões de qualquer ordem do meio exterior.
Atividade: A brincadeira do vivo e morto, pode ser feita de outra forma também, como sugerir que a criança se deite, role, vire para o lado. Ou cantar músicas que tem gestos e comandos, podendo pedir para criança dançar levantando primeiro a mão direita e depois a esquerda, e ir trabalhando isso.

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