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PORTIFOLIO CICLO 3 DIDATICA E METODOLOGIA DA EDUCAÇÃO

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CENTRO UNIVERSITARIO CALRETIANO
LICENCIATURA EM BIOLOGIA 
LAURA SUZIN FERREIRA (RA: 8105791)
A CIÊNCIA E AS IDAS E VOLTAS DO SENSO COMUM
ATIVIDADE PORTIFOLIO – CICLO 3
CURITIBA
2020
· A Ciência e as idas e voltas do senso comum 
O artigo proposto se refere aos altos e baixos do que se refere à ciência e o senso comum, levando em consideração a compreensão de ideias cientifica e comunicação, fazendo ponte com o senso comum, norteando a ideia de que qualquer novo conhecimento de importância precisa ultrapassar o senso comum, gerando a modificação desse senso comum, e esse tendo tanta qualificação quanto o anterior, portanto o titulo nos apresenta a ideia de que o senso comum se torna mais rico pela assimilação de conhecimentos, e assim levando as idas e voltas do senso comum e suas viagens com a comunicação integibilidade, ciência e novos conhecimentos, sendo, portanto ultrapassado a medica que qualquer conhecimento novo se apresente.
Sabendo da ideia que norteia o presente artigo “1. O que é senso comum?”, segundo o texto é uma disposição geral de todo ser humano resolver o problema do dia a dia , para de adaptar as circunstancias da existência, e está diretamente relacionado à percepção, capacidade de raciocínio e a reflexão sobre os fundamentos de uma situação, no meu ponto de vista inicial sabendo que conhecimento é definido como toda e qualquer forma que o homem acha para explicar a realidade apresentada a ele, o que ocorre no mundo e a si mesmo, e esse conhecimento sendo sempre dividido entre aquele que é cientifico, ou seja, com base critica experimentação, sistemática e passível de prova, e o conhecimento cotidiano, espontâneo e também posso denominar de senso comum, portanto sendo aquele que surge a partir da necessidade do homem de resolver um problema, não necessitando de comprovação, um saber imediato, ingênuo, subjetivo e sem base critica. No entanto o artigo nos mostra outras perspectivas a respeito do senso comum que se refere a novos conhecimentos científicos e faz pontes entre eles, demostrando que os conhecimentos novos surgem ao tirar o foco de certas ideias admitidas antes como corretas em nome do senso comum, como um exemplo é a própria física que uma vez compreendida passa a ser ensinada e se torna conhecida dessa forma gerado um novo senso comum, construindo uma nova linha de raciocino e conhecimento a partir do anterior, porem exercendo a mesma função. Sabendo disto, me deparo com uma nova visão de senso comum, onde não equivale apenas a “opinião comum” que se opõe a razão critica e cientifica, e sim uma noção de “aptidões necessárias ao exercício da capacidade de julgar partilhado por todos os homens”, ou seja, o sendo comum sendo base de todo pensamento racional e assim de toda ciência. Devida às varias vertentes, a aceitação do termo “senso comum” em sua utilização variou com o tempo, portanto, no que se refere à ciência, ela nos proporciona um campo fértil para “compreender como a compreensão é possível” sendo até possibilidade de transformar o senso comum, fazendo do senso cientifico então apenas um senso comum mais aguçado, fazendo do senso comum critico dele mesmo.
Partindo já do entendimento do que é o senso comum nos é colocado às relações entre ele e a teoria da relatividade, então “2. O que é a teoria da relatividade?”, a teoria da relatividade nada mais é do que a relação entre o espaço e tempo, sendo elas como faces da mesma moeda, ou seja, a forma que o tempo passa para mim pode ser diferente da forma que ele passa pra você. Porém, apesar de ser uma das ideias mais brilhantes já propostas e averiguadas, também é uma das menos compreendidas, e por conta disso causou inúmeras transformações em conceitos básicos além de apresentar, alguns fatos importantes que ainda não eram entendidos pudessem ser, e segundo o artigo também causando a chamada disputa entre o pensamento cientifico e o senso comum, e esse conflito se da principalmente pela resistência do publico e também dos próprios cientistas a novos conheceres, no meu ponto de vista cito que era por resistência a transformação de um senso comum já fixado, a formação de um senso comum que se apoie em uma analise critica dos fenômenos propostos para explicar novas perspectivas e então compreender elas, gerou o medo por isso à resistência. Falando da teoria da relatividade obviamente existiam aqueles que se opunham a teoria se aclamando ao senso comum ou dito também como o “bom senso” deles, pois se tratava de conceitos abstratos e outros que apoiariam a teoria e a entenderiam através da experimentação assim levando a modificação do senso comum, propondo então um novo senso comum. Então foram apresentadas ideias relativistas renovando o senso comum, trazendo o relativismo à física da mecânica clássica. Dessa forma, sabendo que a teoria da relatividade é a relação entre o espaço e tempo ela ainda se divide em restrita (movimentos lineares, inercia e uniformes) e a geral (aceleração e campo gravitacional), quando propostos foram temas abstratos para o senso comum já inserido então pra a melhor comunicação da teoria de Einstein e sua veracidade, Langevin um pedagogo que tinha muito entendimento sobre física e uma grande pré-disposição em aguçar seu senso comum e basear ele no conhecimento cientifico , ilustrou mais diretamente as novas descobertas teóricas para melhor compreensão comunicativa com o publico, e a partir dessa ilustração de pensamento a denominada “Viagem de Langevin”, levou a melhor compreensão das duas vertentes da teria da relatividade, deixando aquilo que era abstrato agora mais compreensível, criando uma ponte e a mudança do senso comum proposto antes agora com uma nova visão sobre determinado assunto, após isto e o entendimento, os conceitos de espaço tempo passaram a ser tão racionais quanto os pensamentos anteriores, e até mais bem fundamentados por apresentarem melhor os fenômenos e então se igualaram com os conceitos do senso comum assim gerando um novo senso comum, uma nova explicação a tais fenômenos.
Outra questão que se apresenta é “3 Como relacionar a comunicação com a universalidade do conhecimento?”, no meu posto de vista é a criação de uma relação entre os conceitos pessoais, a própria visão do mundo da pessoa e a caracterização teórica de um fato em uma representação cientifica racional, portanto através da comunicação entre a pessoa e suas próprias visões se relacionar com novos conhecimentos científicos apresentados a ela, assim interagindo ambos entre si. Um exemplo é ate mesmo a teoria da relatividade onde não apenas os já conhecedores da área tiveram o “star” para esse novo conhecimento, mas também o publico que não conhece tanto os detalhes técnicos e teóricos, mas a partir da comunicação e apresentação dessa nova linha de pensamento, ela passou a ser assimilada como um novo conhecimento a todos. Visto assim, então se pode confirmar que o senso comum não se opõe ao conhecimento cientifico, pois é graças a esse senso comum aguçado (curioso em saber) boa vontade de conhecer , que os ouvintes começam a compreender o que antes ignoravam, sendo assim posso deixar claro que o senso comum quando aguçado nutre novos conhecimentos, sendo uma racionalidade que se amplia a partir da comunicação. Outro exemplo da relação entre a comunicação e a universalidade do conhecimento apresentada no artigo é a de Galileu em seus dois diálogos, onde aponta que qualquer pessoa com bom senso e motivação compreendera com maior verdade as ideias apresentadas a ela, ou seja, se uma pessoa apurar seu senso comum se ater a comunicação de novas ideias, através das fontes de comunicação e aprendizagem terá uma maior compreensão de seja qual for o assunto apresentado a ela.
Partindo de teorias e pensamentos científicos que se interpuseram ao dito “bom senso”, é apresentada outra interrogação “4. Qual é o desafio da física quântica?”. Primeiramente conceituando a física quântica, ela é a área da física que estuda o comportamento de fenômenos que ocorrem em escalas moleculares, subatômicas e nucleares,ou seja, o comportamento dos sistemas físicos em escalas e dimensões reduzidas. Quando proposto qual o desafio que esse ramo da física apresenta, se faz uma ponte imediata com a sua aceitação e aplicabilidade, pois ela vai de encontro com conceitos já fixos do senso comum, assim como outras áreas já apresentadas , no entanto com maiores dificuldades por se tratar de algo que escapa totalmente das representações habituais, de escala muito inferior a realidade de muitos, pois sua pratica, visualização e experimentação são extremamente trabalhosas, demanda tempo demais e as estatísticas são abstratas. Mesmo assim, o artigo apresenta que os conceitos da física quântica também podem ser compreendidos pelo “homem da rua”, pode ser assim como as outras ciências estudadas e não se opor ao senso comum e se tornar algo da compreensão do homem popular sabemos então que é possível, mas a dificuldade é muito maior, pois sua relação com o mundo familiar e os objetos e fenômenos clássicos já compreendidos pelo senso comum é remota, indireta e abstrata, por se tratar do estudo de partículas subatômicas, de fenômenos que ultrapassam por muitas vezes o entendimento habitual, ainda mais que teoricamente mesmo descascando o átomo ele escaparia por não ser localizável no espaço, por isso a assimilação do conhecimento quântico passa por dificuldades, como citado no artigo “Embora tenhamos acesso a fenômenos produzidos por sistemas quânticos individuais, depois de varias décadas, é ainda através de experiências estatísticas que se ode aceder as suas leis por experiência”. E sabendo de tudo isto sobre a física quântica, a descrição de campo quântico em relação aos conceitos clássicos que apontam ao senso comum, é dada a primeira vista como impossível, pois se basear ela a conceitos clássicos ira fracassar, é por sua vez um campo da física que não facilita nem i entendimento racional em si quanto do senso comum, por conta das ideias já antes propostas na física clássica e o julgamento racional.
É importante após o entendimento desses diversos assuntos com o foco principal sendo a ciência e o senso comum a compreensão de “5. Como ocorre a formação de uma inteligibilidade intuitiva?”, ela se da a partir da capacidade universal de perceber a razão das coisas, tornando o conceito de senso comum de que todo que tem um pouco de bom senso dotado de razão e vontade de aprender consegue assimilar novos conhecimentos para consigo mesmo, tomando como exemplo a física quântica, é quando o concreto e o abstrato se tornam familiar pelo uso, ou seja, criar uma nova intuição e senso comum os adequando a realidade de seus fatos teóricos assim gerando uma inteligibilidade imediata. Sabendo disso, a inteligibilidade intuitiva se relaciona totalmente com a assimilação do senso comum a medida que ela pode se relacionar com a comunicação de novos conhecimentos, o artigo ainda aponta que o senso comum deve se modificar para assimilar esses conheceres, sendo assim, a formação de uma inteligibilidade intuitiva se da quando o teórico é levado a transformar seu próprio senso comum mais pratico do que discursivo, assim tornando-se capaz de não apenas analisar tais fenômenos, mas cria-los por intuitividade, objetivando de determinado jeito os componentes da teoria em fenômenos físicos que possam manipular, e assim criar uma inteligibilidade intuitiva, a qual não se surpreende mais com conceitos básicos do senso comum e ciências clássicas, não há surpresa mais com os fenômenos observados, aqueles que chocariam o senso comum, pois com essa inteligibilidade a compreensão da área já é familiar e a demanda que novos conhecimentos aparecem apenas comprovam suas próprias investigações sobre tal conteúdo, diferente dos que estão em fase inicial do estudo, por exemplo, da física, que ainda apresentam conflitos em assimilar seus sensos comuns ao pensamento cientifico gerando a transformação de seu senso comum. Assim para a formação de uma inteligibilidade intuitiva é preciso se desfazer das sugestões do senso comum para “acender uma racionalidade mais imediata”. Dando conceito a isso, é quando teórico cria um vinculo entre o conceito e o fenômeno, podendo cria-lo além de analisa-lo, através do que já se sabe sobre o assunto em seu senso comum modificado, assim não se surpreende mais se algo ocorre, pois já esta em sua familiaridade sua inteligibilidade intuitiva. 
Como sabemos que a comunicação, curiosidade, a mudança do modo de pensar e o ultrapassar o senso comum e modificado leva a uma inteligibilidade “6. Como a ética se relaciona com a inteligibilidade?”. Em uma analise critica, acredito que a maior relação ente a ética e a inteligibilidade é que os conhecimentos sobre novas hipóteses e teorias causam um efeito sobre o mundo, o homem social e o homem conseguem mesmo, e muitas vezes algo que trás conflito com o próprio senso comum causa dificuldades e discordâncias, e por falta de conhecer sobre algo muitos classificam certas ideias como antiéticas, mas a partir do momento em que algo se torna conhecido através da comunicação gerando a compreensão do público, passa a ser analisada a sua ética em aplicação, o novo e o desconhecido geram medo e questionamento, muitas das teorias e ideias que o artigo nos apresenta, por exemplo, já sofreu e sofre por ser desconhecida por alguns e então classificadas como fora da ética por ser muitas vezes confundida com o senso comum individual de cada um, mas se for perguntado sobre essas teorias a quem ousou questionar seu senso comum e estudar sobre elas modificando seu senso comum e pedir para fazer relação com a ética vera que tal pensamento não é um “bicho de sete cabeças”. Porem existe outra vertente da ética, que é a que diz que a ética reside também e, sobretudo no próprio movimento que leva o pensamento cientifico, sendo assim o conhecimento cientifico em relação com o senso comum tem maior conflito a partir da aplicabilidade desse conhecimento sobre o mundo, dessa forma levando em consideração que o trabalho racional é inseparável da escolha da ética de tal atividade, já que estamos em um planeta finito e devemos pesquisar e ter novos conhecimentos mantendo a mordomia para com o planeta. Outa relação entre os princípios da ética e a integibilidade é o processo de comunicação (que deve se dar a todos pela ética: todos tem o direito do saber) do conhecimento em termos compreensíveis para que também aqueles que não têm todo conhecimento técnico profissional possam assimilar um novo conhecimento. Então para isso é necessária a criação de formas de correlacionar o senso comum do ouvinte a um novo conhecimento gerando nele uma inteligibilidade sobre a área a ser estudada, criando conceitos e condições de comunicação dos elementos dos conhecimentos a serem apresentados, para o alcance de todos a própria ciência, assim fazendo com que a ciência tenha a compreensão dela mesma, para assim sua aplicabilidade e entendimento do leitor ou ouvinte, se não pensarmos por esse conceito ético de que todos tem o direito do conhecer, por mais incrível que seja a teoria cientifica seja ela se tornara vaga.
· Referência: 
PATY, Michel. A ciência e as idas e voltas do senso comum. SCIENTLAEstudia: v. 1, n. 1, p. 9-26, 2003. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ss/v1n1/a01v1n1.pdf. Acesso em: 16 mai. 2020.

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