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Petrografia básica

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Petrografia básica: 
as principais texturas de rochas ígneas 
 
Andrea Sander 
Mineralogia I 
68 
 
 
Este material tem por objetivo e auxiliar na descrição das rochas e 
no reconhecimento dos seus minerais formadores, consistindo em uma breve 
introdução sobre as principais texturas presentes nas rochas magmáticas. 
Trata-se de um resumo das principais texturas destas rochas, dirigidos 
para a disciplina de Mineralogia I e II e não para as petrologias! 
 
PRINCIPAIS TEXTURAS DE ROCHAS MAGMÁTICAS 
 
Textura: é a relação entre os grãos dos minerais que formam uma 
rocha. As texturas indicam as condições de cristalização. 
Fatores principais determinantes da textura: 
 Temperatura 
 Pressão Litostática 
 Pressão de Voláteis 
 Composição do Magma 
 
Outros fatores que influenciam nas texturas: atividade dos elementos 
químicos; assimilação de magma; e mistura de magmas 
 
As texturas podem ser feições impostas durante a fase principal de 
cristalização; feições desenvolvidas durante a movimentação do magma; 
feições ligadas ao desprendimento de gases e fragmentação do magma; 
feições desenvolvidas durante a fase pós-solidificação; e feições acidentais. 
 
Quanto a Cristalinidade: a cristalinidade é uma feição imposta na fase 
de cristalização, e é determinada pela velocidade de resfriamento do 
magma. É dada pela proporção entre cristais e matriz: 
Holialina Rocha composta exclusivamente de vidro 
Hipoialina Rocha composta predominantemente de vidro 
Hipocristalina Rocha composta predominantemente de cristais 
Holocristalina Rocha composta exclusivamente de cristais 
 
Quanto a granularidade: 
Afanítica 
quando os cristais não podem ser distinguidos a olho nu (ou pelo 
menos não todos) 
Fanerítica 
quando todos os cristais constituintes da rocha podem ser 
observados a olho nu 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto a homogeneidade do tamanho dos constituintes: 
Equigranular 
quando todos os cristais 
constituintes da rocha possuem o 
mesmo tamanho. 
Afanítica 
Fanerítica 
Inequigranular 
quando podem ser distintas pelo 
menos duas dimensões diferentes 
dos constituintes minerais 
Porfirítica 
Seriada 
 
Se a rocha for inequigranular: 
 
Inequigranular 
Porfirítica 
Fenocristais* (isolados 
ou glomeroporfiríticos; 
forma; tamanho) 
Grão fino (< 1 mm) 
Grão médio (entre 1 e 5 mm) 
Grão grosso (> 5 mm) 
Matriz 
(afanítica/ fanerítica) 
Afanítica Grão < 1 mm 
Fanerítica 
Grão fino 
Grão médio 
Grão grosso 
Seriada 
quando há uma gradação no tamanho dos 
fenocristais 
 
*Os fenocristais são aqueles que se destacam dos demais, a presença 
de fenocristais indica um período de resfriamento lento, durante o qual se dá 
o crescimento de cristais, seguido por um período de resfriamento rápido, 
durante o qual ocorre a cristalização da matriz. 
Granito com textura 
equigranular fanerítica média 
(grãos entre 3 e 1 mm) 
Basalto com textura 
equigranular afanítica (grãos 
com tamanho menor que 1 m) 
69 
 
 
Quando o tamanho dos fenocristais for inferior a 0,5 mm são 
denominados de microfenocristais, sendo esta uma textura típica de rochas 
vulcânicas. 
Quando os fenocristais encontram-se agrupados a textura se chama 
glomeroporfirítica. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto a granulação: quanto ao tamanho dos grãos as rochas 
podem ter grão fino, médio ou grosso. 
 
Grão grosso >5mm 
Grão médio entre 5mm e 1mm 
Grão fino < 1mm 
Granito estruturalmente 
homogêneo (ou 
maciço)com textura 
equigranular fanerítica, 
hipidiomórfica média 
Basalto com textura porfirítica 
e glomeroporfirítica, 
composto de fenocristais de 
grão grosso a médio de 
plagioclásio, prismáticos e 
esbranquiçados, alinhados 
pelo fluxo magmático ou 
radialmente arranjados, em 
matriz afanítica de coloração 
escura 
Glômero de fenocristais 
de plagioclásio 
Sentido do fluxo 
magmático 
Dacito com textura porfirítica, 
composto de fenocristais de 
grão grosso a médio, 
isolados, prismáticos de 
plagioclásio esbranquiçados 
e feldspatos alcalinos rosados 
e zonados, aleatoriamente 
distribuídos em matriz 
afanítica de coloração 
escura 
Granito com textura 
fanerítica inequigranular 
porfirítica, composto de 
fenocristais de grão grosso de 
feldspato alcalino prismático 
com coloração rosada, em 
matriz fanerítica, 
hipidiomórfica, média a fina 
Fenocristal prismático e 
hipidiomórfico de 
feldspato alcalino detalhe da matriz 
fanerítica média a fina 
70 
 
 
Quanto a morfologia dos grãos: a forma dos grãos é determinada por 
diversos fatores, tais como espaço livre disponível ao redor do grão, pela 
ordem de cristalização (ver a Série de Bowen, 1913). 
São utilizados três termos, para os quais é comum a utilização de 
diversos sinônimos, dependendo a escola de classificação. Na tabela os 
principais termos, seus sinônimos e significados: 
 
Termos mais 
comuns 
Sinônimos Significado 
Euédrico Idiomórfico Automórfico 
Cristais com suas faces 
perfeitamente desenvolvidas 
Subédrico Hipidiomórfico Hipautomórfico 
Cristais mantém algumas de 
suas características 
preservadas 
Anédrico Alotriomórfico Xenomórfico 
Cristais onde nenhuma de 
suas formas permanece 
preservada 
 
 Quando uma rocha possui a maioria dos grão anédricos diz-se que a 
textura é alotriomórfica ou xenomórfica; 
 Quando uma rocha possui a maioria dos grão subédricos diz-se que a 
textura é hipidiomórfica ou hipautomórfica (a textura equigranular média 
a grossa hipidiomórfica é a antiga textura granítica); 
 Quando uma rocha possui a maioria dos grão euédricos diz-se que a 
textura é idiomórfica ou automórfica; quanto a maior parte dos cristais é 
euédrico e tem tamanho uniforme a textura denomina-se de 
panidiomórfica e é uma textura típica de lamprófiros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ordem de cristalização (Série de Bowen) 
 
A ordem de cristalização foi estabelecida a partir de experimentos por 
Norman L. Bowen, no Laboratório de Geofísica do Carnegie Institute 
(Washington). Demonstrou um modelo amplamente aceito, de derivação das 
rochas ígneas por diferenciação magmática, causada por imiscibilidade, 
assentamento gravitacional, filter pressing e mistura de magmas. 
Publicou The Evolution of Igneous Rocks (1928): “muitos magmas 
graníticos podem ter sua origem na fusão parcial de outros granitos [...] 
derivados nos mais remotos tempos de materiais básicos”. 
 
Série de Bowen 
 
No microscópio ótico a série de cristalização pode ser determinada 
por diversas texturas, que definem a ordem cronológica da formação dos 
minerais, entre outras coisas: 
 
 
 
 
 
 
Sodalita sienito com textura 
equigranular fanerítica de grão médio 
(tamanho dos grãos entre 4 e 1 mm), 
onde se destacam cristais prismáticos, 
hipidiomórficos de feldspato alcalino 
esbranquiçados e domínios intersticiais 
constituídos de sodalita alotriomórfica 
de coloração azulada. 
(Para o feldspato alcalino estar 
subédrico a euédrico deve ter se 
cristalizado antes da sodalita, que 
preencheu os interstícios) 
71 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Detalhes das inclusões de 
biotita no feldspato alcalino, 
indicando que a biotita 
cristalizou-se antes do FK

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