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Profa. Alessandra Pereira Terapia Cognitivo- Comportamental na Infância TRANSTORNO DE ANSIEDADE EM CRIANÇAS Como sentimos emocionalmente a ansiedade? Psicologicamente: Normalmente, aparece em nossa vida como um sentimento de apreensão, uma sensação de que algo está para acontecer, uma expectativa e um estado de alerta. Quando mais intensa, a Ansiedade é responsável por uma constante pressa em terminar as coisas que ainda nem começamos, um estado de "susto crônico e contínuo". É um estado de alarme contínuo e uma prontidão para o que der e vier. TRANSTORNO DE ANSIEDADE Ansiedade é um sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. Em crianças, pode causar efeito significativo no funcionamento diário, criar um impacto na trajetória do desenvolvimento e interferir na capacidade de aprendizagem, no desenvolvimento de amizades e nas relações familiares. • Diferentemente dos adultos, crianças podem não reconhecer seus medos como exagerados ou irracionais, especialmente as menores. A ansiedade envolve componentes: Cognitivos: avaliações de situações e eventos com um risco antecipado. Fisiológicos: prepara o corpo para alguma ação que se faça necessária (ex. luta ou fuga). Comportamentais: ajuda a criança a antecipar e evitar um perigo futuro. Neste sentido, ansiedade é uma resposta normativa concebida para facilitar a auto-proteção, com o foco particular do medo e da preocupação variando de acordo com o desenvolvimento da criança e suas experiências anteriores. A preocupação é um dos componentes mais importantes da ansiedade. O conteúdo foca-se no desempenho escolar, em morrer, na saúde e nos contatos sociais, porém se alteram ao longo da infância. Relacionam o medo e ansiedade a: ▪ Crianças muito pequenas: ruídos repentinos, acontecimentos inesperados e cautela em relação a estranhos; Conforme a criança vai desenvolvendo apego, é comum surgir um medo de separação no final do primeiro ano. ▪ Em torno dos 6 a: continuam as preocupações com a perda do pais ou em se separar deles; ▪ Entre 10 e 13 a: surgem temores quanto a ferimentos, morte, perigos e desastres naturais; ▪ Na adolescência: temores baseados em comparações sociais, é comum a ansiedade em relação a falhas, críticas e aparência física. Prevalência e Comorbidade: ▪ Prevalece mais em meninas (maior probabilidade em relatar fobias, transtorno de pânico, agorafobia e transtorno de ansiedade de separação), como também em crianças mais velhas; ▪ 2 a 4% das crianças entre 5 e 16 anos (Reino Unido e EUA) ▪ Mais comumente diagnosticados: TAG - Ansiedade de separação - Fobia simples ocorrem em cerca de 5% ▪ Fobia social - agorafobia - transtorno de pânico - transtorno evitativo e TOC – índice de prevalência = abaixo de 2%. Comorbidade: Há considerável comorbidade entre Transtornos de ansiedade e transtornos emocionais, em particular a depressão. 1 – A região neurológica mais importante para o início do processo orgânico de ansiedade é o Hipotálamo (uma região capaz de integrar uma série de informações recebidas pelo SNC). 2 2 - Depois de integradas essas informações, o Hipotálamo age sobre a Hipófise. A Hipófise, então, passa a estimular toda a constelação endócrina do organismo. https://lh4.googleusercontent.com/-e6bu1e83MmI/TW7lzL2NY4I/AAAAAAAABPs/v8bsNq_HfXw/s1600/hipotalamo_hipofisis.gif 3 - As Supra-Renais produz adrenalina e cortisol ( são glândulas da maior importância no processo de Ansiedade e Estresse) Através de um esquema neuro- endócrino-visceral todo organismo participará da atitude do Estresse e da Ansiedade Avaliação Infantil durante anamnese: • Entrevista clínica estruturada ou semi-estruturada obter o diagnóstico - investigar as informações – identificar e quantificar os sintomas e áreas de comprometimento - definir alvos de mudança terapêutica • Auto relatos dos pais – professores - criança • Escala de levantamento de medos • Inventário de Ansiedade Traço Estado para Criança (IDATE), • Escala de Ansiedade Infantil "O Que Penso e Sinto" (OQPS) • CBCL - Inventário de Comportamentos da Infância e Adolescência • Escala Yale-Brown de Obsessões e Compulsões versão para crianças (Y- BOCS-VC) • Inventário de Obsessões de Leyton • Inventário de Ansiedade e Fobia Social para Crianças (ISPAI-C) • Utilizar critérios do DSM 5 Instrumentos Centra-se em acalmar sintomas angustiantes (psicológicos, emocionais, comportamentais-corporais ou somáticos, cognitivos e interpessoais) ensinando mais habilidades de enfrentamento. Envolve três estágios: ▪ A psicoeducaçao (TCC – transtorno - seus aspectos neurobiológicos e psicológicos) e reações fisiológicas; ▪ A reestruturação cognitiva – erros cognitivos (catastrofização); ▪ As intervenções baseadas em exposições e prevenções de resposta ao estímulo fóbico. Tratamento com TCC • Não são considerados terapêutica de primeira escolha em crianças e adolescentes. • Há alguns estudos com utilização de fluoxetina e sertralina associada à TCC Farmacologia • Reestruturação cognitiva • Utilização de recompensas • Automonitoração • Relaxamento • Treino de respiração • Solução de problemas • Exposição gradual • Correção de pensamentos distorcidos • Treino de habilidades sociais Intervenções com TCC ▪ Prevenção de respostas baseadas em uma hierarquia de sintomas ▪ Hierarquia de Evitação e Medo lista-se as “10 mais” difíceis situações numa ordem estabelecida de acordo com o nível de medo e\ou evitação. Estas situações são avaliadas pela ação da criança e dos pais em uma escala de 0 a 10 (0=sem medo, sem evitação - 8=medo extremo, sempre evita). Intervenções com TCC Processo terapêutico Instrumento específico Objetivo Automonitoraçao Balões Trilhas do medo Termômetro do medo Inventários de autos relatos Determina Unidades subjetivas de Sofrimento Serve como base para construção de hierarquia de ansiedade e medo Identifica os componentes cognitivos, emocionais, interpessoais , fisiológicos e comportamentais do medo Avalia o grau de medo e ansiedade – Serve como base para a intervenção Avalia quantitativa e qualitativamente os componentes específicos de medos e ansiedades. – Fornece alvos para o tratamento Relaxamento Respiraçao diafragmática Relaxamento Muscular Progressivo Diminui a tensão muscular e as queixas somáticas Contra- condicionamento Dessensibilizaçao sistemática Rompe as associações entre sinais geradores de ansiedade e resposta do medo Treinamento de Habilidades Sociais Fantoches – role- play Enevoar-se Ignorar e afastar- se (Distração Observação) Diário de provocações Prática de HS de maneira divertida e gradual Quando sente-se provocado fingir espanto e responder com humor ( a criança desaponta seus provocadores Observar como o outro lida com as provocações Registrar (Como fui provocado - Como me senti - O que passou em minha cabeça - O que fiz - Como funcionou t=terrível o=ótimo) TRANSTORNO DEPRESSIVO FAIXA ETÁRIA AUTOR REFERE QUE: Feto Eduardo Sá (2001) Os fetos podem deprimir, devido por ex.: ❖ Ansiedade maternal na gravidez, Atraso no desenvolvimento fetal ou após o nascimento. Primeira Infância (0 a 2 anos):, Clerget (1999) A ansiedade pode se apresentar com: ❖ Recusa em alimentar-se; ❖ Atraso no crescimento, no desenvolvimento psicomotor, da linguagem; ❖ Perturbação do sono e afecções somáticas. Idade pré- escolar (2 a 6 anos): Kashani, et al. (1987) Clerget (1999) A perturbação depressiva, se manifesta por ❖ Distúrbios de humor ❖ Distúrbio vegetativo; Nas crianças pequenas, podem existir: ❖ Comportamentos regressivos a todos os níveis, nomeadamente a nível esfincteriano, motor e de linguagem.Depressão FAIXA ETÁRIA AUTOR REFERE QUE: Idade Escolar (6 a 12 anos):, Clerget (1999) Entre os 6 e os 8 anos - tristeza prolon-gada, ansiedade de separação e sintomas psicossomáticos. Acima de 8 anos: expressam os seus sentimentos depressivos através de baixa auto-estima, ideias autodepreciatórias, sintomas psicossomáticos, baixa de energia, interesse e desespero, etc. Muitas vezes manifesta dificuldades escolares, elevação da ansiedade, do desinteresse, das dificuldades da concentração intelectual e dos problemas de comportamento, além dos problemas alimentares e de sono. Podem também surgir queixas psicossomáticas. Sintomas Comuns: Humor depressivo ou irritável, dificuldade de concentração, alteração do sono (frequente hipersonia em crianças) ou apetite, sintomas de culpa ou inutilidade, diminuição de interesses, isolamento social, declínio escolar, fadiga e pensamentos de morte ou suicídio, ainda que em crianças menores de sete anos a noção de morte não tenha conotação definitiva. A irritabilidade e o comportamento agressivo são sintomas frequentes entre os adolescentes deprimidos, principalmente no sexo masculino. Comorbidades • Ansiedade, • Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, • Uso de substâncias químicas (álcool e drogas) e • Transtorno de conduta. É comum também: problemas neurológicos que sofreram danos cerebrais, portadores de epilepsia ou enxaqueca. Avaliação: • Entrevista com pais e outros; • Observações em sessões, em casa e na escola • Desenhos, redações, argila, etc... • Inventários e monitoramento de atividades diárias; • Investigações das principais características e funcionamento social e conjugal dos pais que podem estar influenciando direta ou indiretamente o comportamento da criança • Na comunicação familiar, desempenho de papéis, regras, punições, etc... • Comportamentos familiares que exponha a criança a riscos, como violência doméstica (incluindo negligência, abuso psicológico, físico e sexual), alcoolismo, drogadição, etc... Modelo Cognitivo da Depressão proposto por Beck Alterar a visão de si, dos outros e do futuro (tríade cognitiva), uma vez que elas podem ser errôneas, demasiadamente rígidas, difíceis de serem mudadas, levando o sujeito à disfuncionalidade. Técnicas ✓ Psicoeducação; ✓ Treinamento de Habilidades Sociais e Assertividade (iniciar e manter diálogos, defender seu ponto de vista e entender que os outros podem não concordar, que isso não significa ser rejeitado, expressar seus desejos de forma adequada, etc...) Técnicas ✓Treinamento de Resolução de Problemas ✓Modelação – estimular o paciente na busca de um comportamento desejado. ✓Treinamento aos pais TRANSTORNO BIPOLAR Alterações cíclicas do humor que se manifestam com episódios depressivos alternando-se com episódios de euforia ou de mania em diferentes graus de intensidade. Está associado a alterações cerebrais funcionais envolvendo áreas como o lobo pré-frontal e a amígdala, fundamentais para o processamento das emoções e motivação e o hipocampo, importante para a memória. E também: A produção de serotonina, um neurotransmissor que atua no funcionamento harmônico do sistema nervoso. Fase maníaca • Estado de humor excessivamente elevado, eufórico Fase depressiva • Baixa auto-estima com sentimentos de tristeza, vazio, falta de esperança, culpa excessiva ou pessimismo. • Choro e melancolia. • Sentimentos de inferioridade. • Fadiga ou perda de energia e outros ...... Estado misto • É caracterizado por sintomas depressivos e maníacos acentuados acontecendo simultaneamente em um mesmo dia. Estado de hipomania • É um estado de euforia mais leve, que não causa muitos prejuízos Transtorno ciclotímico ou ciclotimia • Há uma alteração crônica e flutuante do humor, alternando períodos de sintomas maníacos e períodos de sintomas depressivos não graves, nem suficientes para se ter certeza de se tratar de depressão ou de mania. O TB acarreta graves problemas no funcionamento global das crianças e nos relacionamentos familiares. Elas apresentam dificuldades acadêmicas, nas relações interpessoais e apresentam maior risco para abuso de substâncias, além de problemas legais, maior frequência de comportamento suicida, e também maior número de hospitalizações. O Transtorno Bipolar é uma doença séria que prejudica severamente o crescimento emocional e cognitivo da criança. Em Adolescentes: • Comumente não é reconhecido até o final da adolescência devido às características da fase; • Podem ser confundidos com o TDAH, com um transtorno de comportamento, com o TDO ou com o transtorno de conduta (TC) e com a esquizofrenia. • Os sintomas mais frequentemente encontrados: • são mudanças episódicas de humor (depressão e irritável) e • raiva descontrolada, com ausência de diferença de gênero na apresentação do sintomas. Psicofármacos Estabilizadores de humor – primeira escolha: • lítio, • Valproato de sódio , • carbamazepina, • antipsicótico (risperidona) Estimulantes - Com comorbidade ao TDAH: pode ser tratado, mas somente após estabilização com um estabilizador do humor (antidepressivos e estimulantes podem exacerbar sintomas de mania). A TCC Inclui dois componentes: O cognitivo Que enfatiza a noção de que pacientes com transtorno bipolar desenvolvem estilos de pensamentos sobre si ou sobre o mundo, demasiadamente negativos ou positivos. Ex. crenças de que... “Não valem nada, ninguém gosta de mim” ou “Sou muito melhor do que todos posso fazer o que eu quiser”, desenvolvendo, assim, quadros de depressão ou mania; O Comportamental São abordadas questões de modificação de comportamento, a fim de melhorar os sintomas e o relacionamento social Ex.: Agenda de atividades físicas, culturais e sociais para melhora dos sintomas depressivos e treinos de manejo da raiva para sintomas de impulsividade. Os esquema situação-pensamento-ação São trabalhados buscando o reconhecimento e entendimento dos pensamentos distorcidos, modificando a forma de reagir às situações. Técnicas • Psicoeducação: (Fornecer material educativos) Auxiliar a família a reconhecer os comportamentos da criança como doença para pode prevenir crises e melhorar a interação e o apoio familiar. • Focar a melhora da comunicação e gerando estratégias de resolução de problemas sociais; • Indicar associações locais e se necessário, programa de inclusão escolar, principalmente durante o período de crise • Técnicas de manejo da impulsividade (comportamentos) (ABC, habilidades sociais); • Técnica de relaxamento e respiração (crises maníacas) • Técnica de resolução de problemas. • Recompensas • Fortalecimento da auto-estima • Modelagem • Contenção de contingências - negociação e troca. • Treinamento de pais, a qual visa suprimir o comportamento-problema da criança ou adolescente. TDAH E TDO Crianças que não conseguem parar quietas, estão o tempo todo “aprontando”, “a mil”, como se estivessem “ligadas na tomada”. Muitas vezes parecem não ouvir quando chamadas, e quando “ouvem” parecem ter muita dificuldade em se organizar para fazer o que lhes é pedido. Frequentemente têm dificuldade em aguardar sua vez nas atividades, interrompem os outros, mudam de assunto de forma recorrente e agem impulsivamente, chegando a apresentar comportamentos agressivos. Na escola apresentam, frequentemente, dificuldades no aprendizado, assim como no relacionamento com seus colegas, levando tanto a repetências quanto à evasão escolar, a expulsões e a sentimentos de menos valia e baixa auto-estima. TDAH Um transtorno de origem na infância que caracteriza-se por dificuldades intensas e persistentes na regulação da atenção e/ou impulsividade e hiperatividade frequente, levando ao comprometimento da vidasocial, profissional e acadêmica. Estudos epidemiológicos realizados em diversos países, com características culturais revelaram que o TDAH existe em todas as culturas. Esses estudos comprovam que o TDAH NÃO é secundário a fatores ambientais como estilo de educação dos pais (a famosa “falta de limites”) ou conseqüência de conflitos psicológicos. Sabe-se que várias áreas cerebrais estão envolvidas no TDAH, principalmente o córtex pré-frontal, que funciona como um “freio” inibitório. Para prestar atenção a um estímulo precisamos constantemente filtrar, ou inibir os demais estímulos a nossa volta. Portanto, um comprometimento dessa região torna a pessoa mais desatenta, hiperativa e impulsiva. Avaliação diagnóstica do TDAH: É feito a partir da demonstração de características neurocomportamentais de desatenção e hiperatividade/impulsividade comprometedoras do funcionamento do indivíduo e impróprias para determinada fase do desenvolvimento. Na maioria dos casos, sinais de hereditariedade É preciso descartar a hipótese de Retardo Mental. Avaliação diagnóstica do TDAH: • Não existem exames laboratoriais específicos; • Como pesquisa utiliza-se a tomografia, ressonância magnética ou SPECT cerebral; • Utiliza-se a histórica clínica completa, entrevistas (com criança, pais e professores) • Avaliação neurológica • Avaliação psiconeurológica (WISC-WAIS) Comorbidades com o TDAH: • Transtornos disruptivos (transtornos de conduta e transtorno desafiador de oposição) – entre 30 e 50% • Depressão – entre 15 a 20% • Transtornos de ansiedade – aproximad. 25% • Transtorno de Aprendizagem – 10 a 25% • Abuso e/ou dependência de drogas – entre 9 e 40%. TRANSTORNO DESAFIADOR DE OPOSIÇÃO - TDO É a maior comorbidade encontrada em crianças e adolescentes. Sua incidência pode chegar à 65% dos casos de TDAH (DDA) dos quais 63% são meninos e 32% são meninas. Caracteriza-se por um comportamento desafiador e opositivo com relação às figuras de autoridade, principalmente pais e professores. Para enfrentar e desobedecer aos comandos destes, violam regras, mentem, podem ser agressivos, desrespeitando limites e direitos alheios. Esse comportamento resulta em respostas punitivas, raivosas, descontroladas às quais crianças e adolescentes revidam descontroladamente. Geralmente sentem-se injustiçados por tantas críticas e punições, gerando uma maior baixa auto-estima, mais agressividade, maiores taxas de disfunção escolar e transtornos anti-sociais. Etiologia: Acredita-se que fatores genéticos associados a desencadeadores ambientais possam estar envolvidos (práticas parentais inflexíveis/inadequadas/inconsistentes. Sintomas: Iniciam-se normalmente antes dos 8 anos de idade. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO TDAH - TDO MEDICAÇÕES UTILIZADAS NO TRATAMENTO DO TDAH NOME QUÍMICO NOME COMERCIAL DOSAGEM DURAÇÃO DO EFEITO MEDICAMENTOS DE PRIMEIRA LINHA Metilfenidato (ação curta) Ritalina 5 a 20mg de 2 a 3 vezes ao dia 3 a 5 horas Metilfenidato (ação prolongada) Concerta Ritalina LA 18 a 72mg pela manhã 20 a 40mg pela manhã Cerca de 12 horas Cerca de 8 horas Atomoxetina Strattera bloqueador de NA Antidepressivo 10,18,25,40 e 60mg 1 vez ao dia Cerca de 24 horas MEDICAMENTOS DE SEGUNDA LINHA (não são a primeira opção) Imipramina (antidepressivo) Tofranil 2,5 a 5mg por kg de peso divididos em 2 doses Nortriptilina (antidepressivo) Pamelor 1 a 2,5mg por kg de peso divididos em 2 doses Bupropiona (antidepressivo) Wellbutrin SR 150mg 2 vezes ao dia Clonidina (medicamento anti-hipertensivo) Atensina 0,05mg ao deitar ou 2 vezes ao dia 12 a 24 horas TRANSTORNO DE CONDUTA Dentro da psiquiatria da infância e da adolescência é um dos quadros mais problemáticos por situar-se nos limites da psiquiatria com a moral e a ética. Anteriormente chamado de delinqüência, o qual se caracteriza por um padrão repetitivo e persistente de conduta anti-social, agressiva ou desafiadora, por no mínimo seis meses. TRANSTORNO DE CONDUTA • Causa sérios prejuízos no funcionamento social, acadêmico ou ocupacional, favorecendo uma espécie de círculo vicioso: transtornos de conduta, prejuízo sócio-ocupacional, repressões sociais, rebeldia, mais Transtorno de Conduta. A baixa tolerância a frustrações favorece as crises de irritabilidade, explosões temperamentais e agressividade exagerada, parecendo, muitas vezes, uma espécie de comportamento vingativo e desaforado. Sintomas: Crueldade com animais Destruição propriedade alheia Brigas Fuga de casa Imposição de sexo a força Crueldade com pessoas Uso de armas Provocaçáo de incêndio Ausência na escola Roubos ……. O diagnóstico de Transtorno de Conduta deve ser feito muito cuidadosamente, pois pode ser indício do TDAH, ou Retardo Mental, Episódios Maníacos do Transtorno Afetivo Bipolar ou mesmo a Esquizofrenia. Tratamento psicofármaco • Estimulantes: metilfenidato (reduzem comporamento desinibido) • Estabilizador do humor: litio – anticonvulsivantes (reduzem o descontrole comportamental) • Antipsicóticos: Risperidona (reduz atividade do SNC) • Adrenérgicos: clonidina, propanolol…. (aumenta a toleräncia a frustração) Abordagens com a TCC ▪ Psicoeducação – TCC e trantorno e aumento de capacidades de raciocínio moral (sugestão de dilemas morais) ▪ Automonitoração (modelo ABC) ▪ Treinamento no manejo da raiva ▪ Habilidades comportamentais básicas (HS) ▪ Treinamento de empatia Abordagens com a TCC ▪ Resolução de problemas ▪ Análise racional (RPD – reatribuiçao ~Qual seria outra explicação para a situação?) ▪ Projeção do tempo ▪ Abordagens auto-instrutivas (de propósito – Sem querer) ▪ Técnicas de relaxamento e de respiração ▪ Programas de treinamento de pais (TP)
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