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Atividade integradora - Evelyn

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LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
6° PERÍODO 
 
EVELYN GABRIELLY DUARTE SILVA 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE INTEGRADORA 
 
 
 
 
 
 
 
PALMEIRA DOS ÍNDIOS — AL 
2020 
 
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA 
6° PERÍODO 
 
EVELYN GABRIELLY DURTE SILVA 
 
 
 
 
 
 
ATIVIDADE INTEGRADORA 
 
 
 
 
Atividade integradora apresentada ao Centro 
Universitário Filadélfia, como requisito 
obrigatório para obtenção de nota na 
disciplina. 
 
 
 
 
PALMEIRA DOS ÍNDIOS — AL 
2020 
PRÁTICA PEDAGÓGICA NO AMBITO DA DIVERSIDADE CULTURAL 
 
 
 É incontrovertível que o Brasil é um gigante miscigenado e multicultural, 
conquanto parte de sua população ainda sofre com imbróglios arcaicos que 
configuram-se no âmbito da diversidade cultural. Não obstante, as práticas 
pedagógicas e as instituições de ensino são imprescindíveis para formação discente, 
pois como indicado por Kant e Lamarck, a educação e o meio, respectivamente, são 
fatores determinantes na formação humana. Nesse sentido, faz-se necessária a 
valorização da alteridade e da pluralidade cultural aliada com as esferas 
governamentais e instituições de ensino. 
 Não obstante, uma das obras infantis mais conhecidas de sua época e hodierna, 
O Sítio do Pica-pau Amarelo, faz uma representação da figura do negro perante a 
sociedade. A mesma faz o leitor refletir e adquirir uma nova perspectiva no que tange 
os personagens e a história, uma vez que, esta mostra traços de preconceito e 
racismo. Estes têm origens arcaicas e amargas que são oriundas do período de 
escravidão. Mediante os fatos expostos fica evidente o etnocentrismo imbricado na 
sociedade que, por sua vez ocorre em todas as sociedades, devido aos preconceitos 
produzidos pela própria dinâmica cultural e que leva a adotar os padrões culturais que 
lhes são semelhantes, tendo como base a superioridade de um grupo sobre outro. 
Isso se evidencia principalmente a partir das más-criações da boneca de pano Emília, 
uma vez que, sempre que contada uma história por a Tia Nastácia, Emília retruca com 
frases de intolerância como: 
 
 
 
Isso deixa em evidencia, não apenas características de desrespeito à cultura popular, 
mas também como configurações de racismo. 
 Ao decorrer de toda esta obra Lobatiana, as narrações das histórias feitas por 
Nastácia, são permeadas de comentários vorazes por parte dos personagens ouvintes 
“Só aturo estas histórias como estudos da ignorância e 
burrice do povo. Prazer não sinto nenhum. Não são 
engraçadas, não têm humorismo [...] coisa mesmo de negra 
beiçuda, como Tia Nastácia.” 
destas, que são consumidores de outros tipos culturais, tais como, a cultura escrita. 
Com isso, os ouvintes dos contos, desqualificam as matrizes populares de onde vêm 
as histórias contadas e recontadas por Nastácia. Segundo Marisa Lajolo no texto “A 
figura do negro em Monteiro Lobato” essas histórias vêm da tradição oral e não 
desempenham papel de mediadora escrita, bem como sendo considerada pelos 
ouvintes como subalterna. O preconceito se evidencia pela noção de superioridade 
inata de um grupo sobre outro, ideias que tanto o autor quanto os personagens 
aderem ostensivamente, sendo dele derivada a prática discriminatória contida em 
diversos trechos. Outro ponto que enfatiza o preconceito é o fato de não encontrar 
personagens negros como protagonistas na literatura. Outrossim, Tia Nastácia e Tio 
Barnabé, encontravam-se em papéis secundários e de forma estereotipada que 
remete a figura do negro em épocas de escravidão. Todavia, entre as principais 
riquezas da humanidade está a diversidade entre os povos. Diferenças de cultura, 
raça e crença tornam o mundo mais interessante e repleto de aprendizagens. No 
entanto, essa diversidade nem sempre é encarada como um fator importante para o 
desenvolvimento humano. 
 Obras literárias como a de Lobato têm por objetivo levar prazer ao leitor, diverti-
lo e envolve-lo em experiências estimulantes, fazendo os que a leem reflitam sobre a 
temática. Conquanto, a representação dos personagens nas histórias infantis tem 
profundo impacto na formação da identidade das crianças, inclusive em referências 
de âmbito cultural. O preconceito seja cultural ou em qualquer outra forma, afeta a 
autoestima dos estudantes de qualquer faixa etária e isso se reflete no aprendizado 
dos mesmos, podendo levar a evasão escolar. A temática referente às práticas 
pedagógicas no âmbito da diversidade cultural tem trazido muitas discussões em torno 
da educação. Profissionais de ensino têm se manifestado a favor de uma educação 
voltada para a promoção dos direitos humanos, vislumbrando um ensino plural, 
antirracista, democrático e buscando minimizar as diferenças existentes na sociedade. 
 Mediante os fatos, é evidente que discutir diversidade na esfera escolar 
possibilitará a compreensão de que, a partir do momento das discussões e 
percepções reais sobre a diversidade, os sujeitos possam sair do conformismo e 
buscar condições mais justas, de modo que possam romper com práticas 
discriminatórias e racistas existentes. Nesse sentido, cabe à escola, com urgência 
mudar seu modelo monocultural e assumir uma proposta pluricultural para melhor 
atender as necessidades da sociedade e dos sujeitos nela inseridos, uma vez que, a 
esfera escolar se encontra no terreno das desigualdades, das identidades e das 
diferenças. Cabe, portanto, aos profissionais que nela atuam a construção de uma 
prática que permite conciliar tais elementos, no intuito de tornar explícita a 
compreensão de que não se trata de extinguir as diferenças, mas fazer delas o ponto 
de partida para a consolidação de uma educação pautada no respeito à diversidade. 
Além disto, a família deve ser a primeira a transmitir valores que, com o tempo, 
passam a fazer parte também do dia a dia escolar das crianças e de suas relações 
sociais. Por isso, é importante que a escola e os pais caminhem em mesma direção 
quando se tratar dos valores a serem internalizados nos indivíduos. Essa união é 
importante para a formação de cidadãos íntegros e que reconheçam a relevância do 
seu papel na sociedade e das demais manifestações culturais. A instituição escolar, 
por sua vez, é um espaço onde as vivências são permeadas pela diversidade seja, 
imposta ou como resultado das relações sócio-culturais. 
 Dermeval Saviani, filósofo e pedagogo brasileiro postula que “[...] a escola é uma 
instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado [...] é a 
exigência da apropriação do conhecimento sistematizado por parte das novas 
gerações que torna necessária a existência da escola”. Esta escola tem por 
necessidade romper com paradigmas da desigualdade social que vem 
desastrosamente comprometendo o crescimento do sujeito na sociedade em que está 
inserido. Neste sentido, não obstante, a cultura deve estar presente no âmbito escolar, 
pois ela também faz parte do processo de ensino aprendizagem, que nutre, socializa 
e fornece ideias para um aprendizado mais eficiente, como afirmado por Vygotsky. 
Ainda segundo o mesmo a cultura cria formas especiais de comportamento, muda o 
funcionamento da mente, constrói andares novos no sistema de desenvolvimento do 
comportamento humano. No curso do desenvolvimento histórico, os seres humanos 
sociais mudam os modos e os meios de seu comportamento, transformam suas 
premissas naturais e funções, elaboram e criam novas formas de comportamento, 
especificamente culturais. 
 Com isso, as práticas pedagógicas assumem um papel de grande valia no 
resgate ao respeito às diferenças. Elas devem ser pensadas pelo profissional docente 
a partir da reflexão para que esta possa garantir a valorização das demais culturas, 
etnias e diferenças, visando a desenvolvimento de um bom cidadão. Ao abordar a 
pluralidade cultural do Brasil o professor promove no aluno o sentimento de 
valorizaçãocultural do país, além do reconhecimento e respeito das diferentes 
culturas, mostrando que não existe uma melhor ou mais desenvolvida que a outra. 
Dentre todas as coisas que possam ser feitas em sala de aula para a valorização da 
alteridade é o hábito da leitura. Obras como a de Lobato ajudam na reflexão do 
educando. Segundo o autor Antenor Santos de Oliveira a literatura infantil é como 
“alimento do espírito da criança”. Assim, a literatura infantil pode ser comparada com 
a própria alimentação destinada à criança. Ela pode variar um pouco no sabor, na 
consistência, mas terá de conter os mesmos nutrientes em qualidade, da alimentação 
de um adulto. A literatura proporciona nutrientes imprescindíveis para a formação 
intelectual da criança. O docente pode ainda trabalhar sobre os conceitos de 
identidade e cultura através de atividades e trabalhos. Estes estão intimamente 
relacionados. Quando se é referido sobre identidade, fatalmente se remete ao 
conceito de cultura, porque a cultura é o referencial para a construção da identidade. 
Exemplo como este da literatura infantil podem ser usados nas práticas pedagógicas, 
dando subsídios para lidar com as diferenças. Estas literaturas devem fugir de 
raciocínios prontos, dando preferência para as histórias que permitam que os 
discentes façam uma reflexão sobre as problemáticas encontras. 
 Desse modo, o Estado fica responsável, no espaço escolar, para desenvolver a 
educação formal, com o objetivo de socializar, transmitir valores que devem ser 
assumidos e aceitos, preparar para diferentes papéis sociais e profissionais 
esperados pela sociedade, adaptando e melhorando os relacionamentos, bem como, 
transmitindo a herança cultural. Com a transmissão de valores haverá a possibilidade 
do conhecimento da cultura do outro e até um interesse individual em socializar o 
mesmo. Portanto, infere-se, a necessidade da democratização cultural e cabe à 
sociedade atrelada as autoridades competentes investirem em uma educação infantil 
com ensino sobre a importância da alteridade, nas escolas por meio de palestras, 
aulas interativas e até dinâmicas. O professor em sala deve ainda esclarecer sobre o 
conceito de cultura e citar os principais elementos que configuram a cultura de um 
determinado local. Buscando questionar os alunos sobre os aspectos culturais do 
Brasil e os principais povos responsáveis pela disseminação cultural. Em casa deve 
haver incentivo ao respeito. Além disso, cabe a mídia, por meio das propagandas, novelas, 
programas de TV, revelarem a pluralidade cultural, socializando a heterogeneidade, 
demonstrando a necessidade dessa transmissão igualitária nas diversas regiões. E assim, 
conquistar de forma abrangente e equilibrada da cultura. 
 A educação se tornou pública e gratuita, porém essas conquistas geraram 
situações difíceis de serem trabalhadas, pois muitos professores não sabem como 
lidar com a diversidade presente na escola, visto que é muito difícil estar totalmente 
preparado para tal. No entanto, cada vez mais alunos de diferentes níveis 
socioeconômicos e culturais se fazem presente nas escolas e aprender a trabalhar 
com essas questões se torna uma necessidade para todos os professores. Assim, é 
importante que o professor se abra para novas reflexões. Todavia, é indispensável 
que se tenha oportunidades para que essas reflexões aconteçam, pois, os professores 
também são fruto de sua própria cultura. Portanto, cabe à equipe diretiva e aos 
programas governamentais a construção desses espaços onde os professores 
poderão ter a oportunidade de desconstruir e reaprender, buscando um novo caminho 
com mais igualdade, oportunidade e justiça para todos. Cabe resaltar que, de acordo 
com o escritor francês André Malraux "A cultura não se herda, conquista-se". Logo, 
faz-se necessária à conquista da mesma por meio das práticas educacionais, pois 
como dito por Nelson Mandela “a educação é a melhor arma que você poderá usar 
para mudar o mundo.” 
 Fica evidente, portanto, que caberá ao ministério da Educação e ao Ministério 
da Cultura em conjunto com as instituições de ensino realizar práticas que busquem 
evidenciar a importância da pluralidade, da cultura e da alteridade dos indivíduos 
como, por exemplo, com a implantação de projetos nas escolas referentes á uma 
semana dedicada à cultura, além de, por meio da mídia exibir propagandas que 
estimularem e evidenciem a importância de todas as culturas para a formação do país 
ao qual vivem. Tais diferenças necessitam ser vistas como um meio de transformação. 
Cabe ao professor e à escola observar seus alunos, seu entorno social e, partindo 
dessa premissa, planejar-se quanto às formas de atender aos diferentes modos de 
vida, aprendizagem e cultura, colaborando para a formação mais ampla dos 
indivíduos. Pois segundo a Constituição Brasileira, todos são iguais perante a lei e 
todos os brasileiros e estrangeiros residentes têm direito à vida, à liberdade, à 
igualdade, à segurança e à propriedade sem separação e discriminação de qualquer 
natureza. Para finalizar, cabe resaltar que a educação através de práticas 
pedagógicas coerentes proporciona um crescimento à aprendizagem científica, bem 
como de cidadania, respeito às diferenças do outro, de convivência social, de 
dignidade, de humanidade. Através dela poderá se respeitar e resgatar o direito as 
diferenças da qual todos os cidadãos têm por direito.

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