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Conferência de Estocolmo e seus principais resultados A conferência de Estocolmo contou com representantes de 113 países, entre eles o Brasil, e de 400 organizações governamentais e não-governamentais; ocorreu em junho de 1972, em Estocolmo, na Suécia. Teve como objetivo discutir as consequências da degradação do meio ambiente. Esse foi o primeiro evento organizado pela ONU para discutir de maneira global sobre as questões ambientais. Alguns países desenvolvidos foram resistentes com as metas e objetivos propostos duran- te a conferência e por outro lado outros mostraram-se empenhados em cumprir os acor- dos estabelecidos. Os países em desenvolvimento não concordaram com as metas de redução das ativida- des industriais, visto que tal ação poderia comprometer a economia. O Brasil foi um país decisivo em muitas das discussões promovidas. Após os debates, foi elaborado o documento intitulado Declaração sobre o Meio Ambiente Humano. Entre os princípios da Declaração está o reconhecimento de que os recursos naturais ne- cessitam de gestão adequada para não serem esgotadas. O entendimento é de que qualquer tipo de recurso natural esteja presente e disponível pa- ra as gerações futuras. O documento aponta que a capacidade de produção de recursos renováveis do planeta deve ser mantida e, se possível, melhorada e restaurada. Entre os princípios da Declaração sobre o Meio Ambiente Humano estão: Descarte correto de substâncias tóxicas Apoio à luta contra a poluição Prevenção à poluição em mares, utilização legítima do mar Garantia de ambiente seguro para assegurar a melhoria da qualidade de vida Assistência financeira e transferência de tecnologia para os países em desenvolvimen- to Melhoria das políticas adequadas dos estados-membros da ONU Gestão racional dos recursos naturais em benefício de toda a população Investimento em educação e pesquisa Eliminação completa das armas de destruição em massa, como bombas nucleares Primeiras ações ambientais no Brasil A primeira ação no Brasil pela preservação ambiental foi baseada na criação de parques nacionais, localizados em pontos onde ocorriam ampla expansão agrícola e processos de desmatamento. Destacaram-se: Parque Nacional de Itatiaia (na divisa de Minas Gerais e Rio de Janeiro). Parque de Iguaçu (entre o Paraná e a Argentina). Parque da Serra dos Órgãos (Rio de Janeiro). Em 1934, o primeiro Código Florestal Brasileiro para regulamentar o uso da terra no senti- do de preservar o meio ambiente. Graças aos movimentos ambientalistas, além da realização da Conferência de Estocolmo de 1972, o Brasil retomou o emprego de ações direcionadas a ampliar a política ambiental no país. A principal ação ambiental pós Conferência de Estocolmo foi a criação no ano de 1973 da Secretaria Especial de Meio Ambiente (SEMA). Na década de 1980 foram criados: Sistema Nacional de Meio Ambiente (SISNAMA). Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA). Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), um órgão voltado para a fiscalização. Com a promulgação da Constituição Federal de 1988, a política ambiental no Brasil co- nheceu os seus maiores avanços quando foi elaborada aquela que é considerada uma das leis ambientais mais avançadas em todo o mundo. Tal referência deve-se, principalmente, ao fato de a legislação abarcar tanto os deveres dos cidadãos quanto das empresas, instituições e o próprio governo. Seu ponto fraco deixou de ser direcionada sobre a legislação, passando a questionar acerca de sua aplicação, uma vez que inúmeros crimes ambientais (sobretudo aqueles cometidos por grandes empresas) geralmente acabam sem punição. Em 2010, no entanto, houve uma nova polêmica envolvendo a política ambiental, com a elaboração de um Novo Código Florestal, que é considerado pelos grupos ambientalistas um retrocesso na legislação brasileira em relação ao meio ambiente. Entre os pontos po- lêmicos, está a redução das áreas das APPs e a anistia a crimes ambientais praticados por latifundiários.
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