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Direito Tributário - Aula 03

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Curso Direito Tributário (Teoria e Exercícios) p/ TSE e TRE (CESPE) 
Prof. Alberto Macedo 
Aula 03 - Tributos Federais 
Conteúdo 
1. IMPOSTOS FEDERAIS 2 
1.1. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II) (art.153, I) 2 
1.2. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE) (art.153, II) 8 
1.3. IMPOSTO DE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR) 
(art.153, III) 11 
1.4. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) (art.153, IV).. 18 
1.5. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU 
RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS (IOF) (art.153, V) 25 
1.6. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR) (art.153, 
VI) 31 
1.7. IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS (IGF) (art.153, VII) 41 
1.8. IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS (Art.154, II) 45 
2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 50 
2.1. CONTRIBUIÇÕES DE SEGURIDADE SOCIAL 51 
2.2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS GERAIS 61 
2.3. CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO 63 
2.4. CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DE CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU 
ECONÔMICAS (= CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS) 70 
2.5. OUTRAS CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 75 
2.6. OUTROS ASPECTOS SOBRE CONTRIBUIÇÕES 77 
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1 
Curso Direito Tributário (Teoria e Exercícios) p/ TSE e TRE (CESPE) 
Prof. Alberto Macedo 
Aula 03 - Tributos Federais 
1. IMPOSTOS FEDERAIS 
1.1. IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO (II) (art.153, I) 
1.1.1. FATO GERADOR 
A entrada de produtos estrangeiros no território nacional (art.19, CTN) 
OU 
A entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro (art.72, Decreto 
n° 6.759/2009 - Regulamento Aduaneiro) 
OBSERVAÇÃO: Alguns tributos possuem seu regulamento, que é um decreto 
consolidando a legislação vigente do tributo, para facilitar sua consulta e 
estudo. É o caso do Regulamento Aduaneiro (para o II e o IE); do 
Regulamento do IPI; do Regulamento do IOF, etc. 
O fato gerador é a entrada, e não a compra e venda da mercadoria importada. 
Por isso que não importa se a data da celebração do contrato de compra e 
venda da mercadoria se deu num mês, e ela chegou ao Brasil, de navio, 2 
meses depois. Para efeito de cálculo do II, considera-se ocorrido o fato 
gerador na data do registro da declaração de importação (DI) de 
mercadoria submetida a despacho para consumo (Decreto-Lei n° 37, de 1966, 
art. 23, caput e parágrafo único). Esse entendimento foi confirmado pela 
jurisprudência do STJ: REsp 1.016.132 SP; REsp 1.000.829 ES, entre outros. 
Ou seja, se na data da celebração do contrato a alíquota do II era 5%, e na 
data do registro da DI passou a ser de 20%, o importador deverá pagar o II 
sobre esta última alíquota. 
Incide II em casos de permanência definitiva do bem no território nacional. 
Se o ingresso da mercadoria for temporário, por exemplo, para cumprir 
finalidades específicas, como feiras, exposições, eventos esportivos etc., ou em 
trânsito para outro país, não cabe falar em incidência do II. 
1.1.2. BASE DE CÁLCULO 
Base de cálculo do II: 
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Aula 03 - Tributos Federais 
- Se Alíquota Ad Valorem: BC = o valor aduaneiro apurado segundo 
as normas do Artigo VII do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio -
GATT 1994; 
- Se Alíquota Específica: BC = a quantidade de mercadoria expressa 
na unidade de medida estabelecida. 
- Se produto apreendido ou abandonado, levado a leilão: BC = Preço da 
Arrematação. 
Repare que em relação à alíquota ad valorem, a base de cálculo não é mais 
"o preço normal que o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da 
importação, em uma venda em condições de livre concorrência, para entrega 
no porto ou lugar de entrada do produto no País", como dispõe o CTN, em seu 
art.20, II. [A NÃO SER QUE A QUESTÃO DA PROVA EXPRESSAMENTE FAÇA 
MENÇÃO AO CTN, QUANDO PERGUNTAR DA BASE DE CÁLCULO DO II] 
Senão, prevalece aquele definido no GATT 1994, que foi incorporado pelo 
ordenamento brasileiro (art.75, I, Decreto 6759/2009). 
Exemplo Alíquota Ad Valorem: 
Valor aduaneiro (BC) = R$ 10.000,00 
Alíquota = 10% 
Imposto = R$ 10.000,00 x 10% = R$ 1.000,00 
Exemplo Alíquota Específica: 
Valor (BC) = 50 toneladas 
Alíquota específica = R$ 100,00/tonelada 
Imposto = (R$ 100,00/tonelada) x 50 toneladas = R$ 5.000,00 
1.1.3. CONTRIBUINTE 
Podem ser contribuintes do imposto (Art.104, Decreto 6759/2009): 
(i) O importador, assim considerada qualquer pessoa que promova a 
entrada de mercadoria estrangeira no território aduaneiro; 
(ii) O destinatário de remessa postal internacional indicado pelo 
respectivo remetente; 
(iii) O adquirente de mercadoria entrepostada; e 
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(iv) O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (art.22, II, 
CTN). 
1.1.4. FUNÇÃO PRINCIPAL 
O II é um imposto de função EXTRAFISCAL, pois, aumentando ou diminuindo 
suas alíquotas, a União pode controlar as importações, podendo, por exemplo, 
proteger o mercado nacional da concorrência de produtos estrangeiros 
similares. 
E a União consegue exercer esse controle de maneira mais eficaz porque o 
aumento ou diminuição das alíquotas não precisa obedecer aos Princípios da 
Legalidade Estrita, na alteração de alíquota, da Anterioridade do Exercício 
Financeiro e da Anterioridade Nonagesimal. 
1.1.5. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
Não há. 
1.1.6. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
- Exceção ao Princípio da Legalidade Estrita - Alteração de Alíquotas (art.153, 
§1°, CF88) 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade do Exercício Financeiro (art.150, §1°, 
CF88) 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal (art.150, §1°, CF88) 
1.1.7. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
Não há. 
1.1.8. REGIMES ADUANEIROS 
O conjunto de regras relativas às mercadorias submetidas a nacionalização, ou 
seja, a importação em caráter definitivo e consumo no território nacional, 
chama-se Regime Aduaneiro comum. 
Mas há os Regimes Aduaneiros Aplicados em Áreas Especiais, como a Zona 
Franca de Manaus, em que a legislação busca promover o desenvolvimento 
com a aplicação de incentivos fiscais diversos. 
E há os Regimes Aduaneiros Especiais, cuja legislação objetiva a permissão de 
ingresso temporário de mercadoria no território nacional com a suspensão do 
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pagamento de tributos, a fim de não inibir o comércio internacional de alguns 
produtos e setores da economia. 
São Regimes Aduaneiros Especiais, no Regulamento Aduaneiro (Decreto n° 
6759/2009): 
(i) Trânsito Aduaneiro (arts.315 a 352); 
(ii) Admissão Temporária (arts.353 a 379); 
(iii) Admissão Temporária para Aperfeiçoamento Ativo (arts.380 a 382); 
(iv) Drawback (arts.383 a 403); 
(v) Entreposto Aduaneiro (arts.404 a 419); 
(vi) Entreposto Industrial Sob Controle Aduaneiro Informatizado - RECOF 
(arts.420 a 426); 
(vii) Regime Aduaneiro Epecial de Importação de Insumos Destinados a 
Industrialização por Encomenda de Produtos Classificados nas Posições 
8701 a 8705 da Nomenclatura Comum do Mercosul - RECOM (arts.427 a 
430); 
(viii) De Exportação e de Importação de Bens Destinados às Atividades de 
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural - REPETRO 
(arts.458 a 462); 
(ix) De Importação De Petróleo Bruto E Seus Derivados - REPEX (arts.463 a 
470); 
(x) Do Regime Tributário Para Incentivo À Modernização E À Ampliação Da 
Estrutura Portuária - Reporto (arts.471 a 475); 
(xi) Loja Franca (arts.476 a 479); 
(xii) Depósito Especial (arts.480 a 487); 
(xii) Depósito Afiançado (arts.488 a 492); 
(xiii) Depósito Alfandegado Certificado (arts.493 a 498); 
(xiv) Depósito Franco (arts.499 a 503). 
01- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Com relação 
ao imposto sobre importação de produtos estrangeiros,assinale a opção 
incorreta. 
a) Somente se deve considerar entrada e importada aquela mercadoria 
estrangeira que ingressa no território nacional para uso comercial ou industrial 
e consumo, não aquela em trânsito, destinada a outro país. 
b) A Constituição Federal outorga à União a competência para instituí-lo, vale 
dizer, concede a este ente político a possibilidade de instituir imposto sobre a 
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entrada no território nacional, para incorporação à economia interna, de bem 
destinado ou não ao comércio, produzido pela natureza ou pela ação humana, 
fora do território nacional. 
c) A simples entrada em território nacional de um quadro para exposição 
temporária num museu ou de uma máquina para exposição em feira, 
destinados a retornar ao país de origem, não configuram importação, e, por 
conseguinte não constituem fato gerador. 
d) Terá suas alíquotas graduadas de acordo com o grau de essencialidade do 
produto, de modo a se tributar com alíquotas mais elevadas os produtos 
considerados supérfluos, e com alíquotas inferiores os produtos tidos como 
essenciais. 
e) Possui caráter nitidamente extrafiscal, tanto que a Constituição Federal 
faculta ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos 
em lei, alterar suas alíquotas, já que sua arrecadação não possui objetivo 
exclusivo de abastecer os cofres públicos, mas também a conjugação de outros 
interesses que interferem no direcionamento da atividade impositiva -
políticos, sociais e econômicos, por exemplo. 
Resolução 
a) CORRETA. Mercadoria estrangeira que ingressa no território nacional em 
trânsito, destinada a outro país, não sofre a incidência do II. 
b) CORRETA. Art.153, I, CF88. A expressão "para incorporação à economia 
interna" dá a ideia de que se quer tributar mais a importação em caráter 
definitivo, e não o ingresso temporário de mercadorias. 
c) CORRETA. É o caso de Regime de Admissão Temporária, que "é o que 
permite a importação de bens que devam permanecer no País durante prazo 
fixado, com suspensão total do pagamento de tributos, ou com suspensão 
parcial, no caso de utilização econômica, na forma e nas condições" dos artigos 
353 a 379 do Decreto n° 6.759/09 (Regulamento Aduaneiro). 
d) INCORRETA. O grau de essencialidade do produto, de modo a se tributar 
com alíquotas mais elevadas os produtos considerados supérfluos, e com 
alíquotas inferiores os produtos tidos como essenciais, está presente no IPI 
(art.153, §3°, I, CF88), e não no II. 
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e) CORRETA. O caráter nitidamente extrafiscal se revela em objetivos de 
ordem política, social e econômica, como quando são concedidos benefícios 
fiscais que estimulem a economia de certos setores da sociedade. 
GABARITO: D 
02- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tributos e Aduana 2005 
ESAF) Segundo a legislação própria, considera-se estrangeira(o) e, salvo 
disposição em contrário, pode, sobre ela(e), incidir o imposto de importação 
(salvo se por outra razão seja verificada sua não-incidência): 
a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de 
modificações na sistemática de importação por parte do país importador. 
b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo 
autorizado, quando retorna ao País. 
c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou 
substituição. 
d) mercadoria nacional que retornar ao País. 
e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente 
destruído no País. 
Resolução 
Primeiramente, o art.69 do Regulamento Aduaneiro (Decreto 6.759/09) prevê 
que o imposto de importação incide sobre mercadoria estrangeira. 
Daí, o art.70 prescreve, em seus incisos, as hipóteses em que a mercadoria 
não é considerada estrangeira, não incidindo o II. São elas: I - enviada em 
consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de 
defeito técnico, para reparo ou para substituição; III - por motivo de 
modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV -
por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou V - por outros fatores 
alheios à vontade do exportador. 
Assim, analisando as alternativas: 
a) mercadoria restituída pelo importador estrangeiro, por motivo de 
modificações na sistemática de importação por parte do país importador. NÃO 
É ESTRANGEIRA (art.70, III, Decreto 6.759/09) 
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b) mercadoria enviada em consignação e não vendida no exterior no prazo 
autorizado, quando retorna ao País. NÃO É ESTRANGEIRA (art.70, I, Decreto 
6.759/09). 
c) produto devolvido do exterior por motivo de defeito técnico, para reparo ou 
substituição NÃO É ESTRANGEIRA (art.70, II, Decreto 6.759/09). 
d) mercadoria nacional que retornar ao País (art.70, parágrafo único, Decreto 
6.759/09). 
e) produto estrangeiro em trânsito aduaneiro de passagem acidentalmente 
destruído no País. É HIPÓTESE DE NÃO-INCIDÊNCIA DO II (art.71, VII, 
Decreto 6.759/09). 
GABARITO: D 
• 
03- (ANALISTA DE COMÉRCIO EXTERIOR MICT 1998 ESAF) O Imposto 
sobre Importação de Produtos Estrangeiros 
a) sujeita-se, sem exceções, ao princípio da estrita legalidade 
b) pode ter suas alíquotas e bases de cálculo alteradas pelo Poder Executivo, 
atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei 
c) tem fato gerador instantâneo 
d) não é abrangido pelo princípio da irretroatividade da lei tributária 
e) não admite a inclusão de animais vivos em seu campo de incidência 
Resolução 
a) ERRADA. É exceção ao princípio da estrita legalidade (art.153, §1°, CF88) 
b) ERRADA. bases de cálculo NÃO (art.153, §1°, CF88). 
c) CORRETA. tem fato gerador instantâneo. 
d) ERRADA. O princípio da irretroatividade da lei tributária não comporta 
exceção em nível constitucional. 
e) ERRADA. animal vivo pode ser produto. 
GABARITO: C 
1.2. IMPOSTO DE EXPORTAÇÃO (IE) (art.153, II) 
1.2.1. FATO GERADOR 
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Fato gerador do IE é "a saída da mercadoria do território aduaneiro" (Decreto-
lei no 1.578, de 1977, art. 1°). 
Para efeito de cálculo do imposto, considera-se ocorrido o fato gerador na 
data do registro de exportação no Sistema Integrado de Comércio Exterior 
(Siscomex) (Decreto-lei no 1.578, de 1977, art. 1o, § 1o). 
É elucidativo o REsp 964.151 PR, a respeito: 
"Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto de exportação no 
momento em que é efetivado o registro de exportação (RE) no 
Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), ou seja, no 
momento em que a empresa obtém o RE. [...] com a instituição do 
Siscomex, as guias de exportação e importação foram substituídas pelo 
registro de exportação (RE) e registro de importação (RI), [...]. Portanto 
o registro de exportação (RE) é o único registro indispensável para a 
efetivação de todas as operações de comércio, em torno dele gravitam 
as demais etapas. [...]. Dessa forma, pouco importa considerações 
sobre a data da obtenção do registro de venda [RV]." 
1.2.2. BASE DE CÁLCULO 
Base de cálculo do IE: 
- Se Alíquota Específica: BC = a quantidade de mercadoria expressa 
na unidade de medida adotada pela lei tributária. 
- Se Alíquota Ad Valorem: BC = é o preço normal que a mercadoria, 
ou sua similar, alcançaria, ao tempo da exportação, em uma venda em 
condições de livre concorrência no mercado internacional, 
observadas as normas expedidas pela Câmara de Comércio Exterior 
(Decreto-Lein° 1.578, de 1977, art. 2o, caput, com a redação dada pela 
Medida Provisória no 2.158-35, de 2001, art. 51). 
- Se preço for de difícil apuração ou suscetível de oscilações bruscas no 
mercado internacional: BC = Pauta Mínima de Valores. 
Preço Mínimo para Base de cálculo = (custo de aquisição ou de 
produção) + (impostos e contribuições incidentes) + (margem de lucro 
de quinze por cento sobre a soma dos custos) + (impostos e 
contribuições). 
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1.2.3. CONTRIBUINTE 
É o exportador = qualquer pessoa que promova a saída de mercadoria do 
território aduaneiro (Decreto-Lei no 1.578, de 1977, art. 5o). 
1.2.4. FUNÇÃO PRINCIPAL 
O IE também é um imposto de função EXTRAFISCAL, pois aumentando ou 
diminuindo suas alíquotas, a União pode controlar as EXPORTAÇÕES, podendo, 
por exemplo, evitar que o mercado interno fique desabastecido de 
determinado produto aumentando a alíquota do IE sobre esse produto, 
dificultando sua exportação. 
E a União consegue exercer esse controle porque o aumento ou diminuição das 
alíquotas não precisa obedecer aos Princípios da Legalidade, na alteração de 
alíquota, da Anterioridade do Exercício Financeiro e da Anterioridade 
Nonagesimal. 
1.2.5. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
Não há. 
1.2.6. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
- Exceção ao Princípio da Legalidade - Alteração de Alíquotas (art.153, §1°, 
CF88) 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade do Exercício Financeiro (art.150, §1°, 
CF88) 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal (art.150, §1°, CF88) 
1.2.7. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
Não há. 
1.2.8. REGIMES ADUANEIROS 
São Regimes Aduaneiros Especiais na exportação (Regulamento Aduaneiro -
Decreto n° 6759/2009): 
(i) Exportação Temporária (arts.431 a 448); 
(ii) Exportação Temporária para Aperfeiçoamento Passivo (arts.449 a 457); 
(iii) De Exportação e de Importação de Bens Destinados às Atividades de 
Pesquisa e de Lavra das Jazidas de Petróleo e de Gás Natural - REPETRO 
(arts.458 a 462). 
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1.3. IMPOSTO DE RENDA E PROVENTOS DE QUALQUER NATUREZA (IR) 
(art.153, III) 
1.3.1. FATO GERADOR 
Dispõe o art.43, CTN: 
Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos 
de qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da 
disponibilidade econômica ou jurídica : 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da 
combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os 
acréscimos patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
§ 1° A incidência do imposto independe da denominação da receita ou 
do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade 
da fonte, da origem e da forma de percepção. (Incluído pela Lcp n° 
104, de 10.1.2001) 
§ 2° Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei 
estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua 
disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste 
artigo. (Incluído pela Lcp n° 104, de 10.1.2001) 
Renda = produto do capital (por exemplo, rendimentos de aplicação 
financeira, aluguel, lucros, royalties). 
Renda = produto do trabalho (por exemplo, salário que o empregado recebe, 
honorários). 
Renda = produto da combinação de capital e de trabalho (por exemplo, 
pro labore que a empresa paga a seus sócios). 
Proventos = vencimentos de servidores públicos aposentados. 
Proventos de qualquer natureza = todos os acréscimos patrimoniais não 
enquadráveis no conceito de renda (por exemplo, ganhos de loterias e 
acréscimos patrimoniais não justificáveis). 
Disponibilidade Jurídica = é ter o direito de crédito sobre o dinheiro (com 
documentos que lhe confiram liquidez e certeza, mas sem necessariamente ter 
recebido o dinheiro). Este direito de crédito está sujeito a qualquer condição 
suspensiva. 
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Disponibilidade Econômica = é ter o dinheiro como situação de fato, 
independentemente de uma situação jurídica que lhe dê respaldo (por 
exemplo, decorrente de jogos, atividades ilícitas). 
Inclusive, o STF confirmou que atividades criminosas podem ter seus produtos 
financeiros tributados pelo IR (HC 77.530 RS). 
1.3.2. BASE DE CÁLCULO 
Art. 44, CTN. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado 
ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis. 
NA PESSOA JURÍDICA: 
- LUCRO REAL (art.247, RIR/1999): 
Lucro real é o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas 
adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas por 
este Decreto (art.247, RIR/1999) (Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 
6°). 
Lucro líquido do período de apuração é a soma algébrica do lucro 
operacional, dos resultados não operacionais, e das participações, 
e deverá ser determinado com observância dos preceitos da lei comercial 
(Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 6°, § 1°, Lei n° 7.450, de 1985, art. 
18, e Lei n° 9.249, de 1995, art. 4°). 
Lucro operacional é o resultado das atividades, principais ou 
acessórias, que constituam objeto da pessoa jurídica (art. 277, 
RIR/1999) (Decreto-Lei n° 1.598, de 1977, art. 11). 
- LUCRO PRESUMIDO (espalhado por diversos dispositivos legais): 
É um regime de tributação em que o IRPJ é calculado sobre lucro presumido 
(que, neste caso, vai ser a base de cálculo do IRPJ), conforme o tipo de 
atividade da empresa. E a esse lucro presumido chega-se multiplicando um 
percentual sobre a receita bruta da atividade. 
Por exemplo, na atividade de prestação de serviços de transporte de cargas, a 
lei manda aplicar uma alíquota de 8% sobre a receita bruta para se chegar ao 
lucro presumido (base de cálculo do IRPJ, neste caso), e alíquota de 32% 
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sobre a receita bruta para se chegar ao lucro presumido da empresa cuja 
atividade é prestação de serviços em geral, exceto serviços hospitalares, entre 
outros. 
- LUCRO ARBITRADO (art.530, RIR/1999): 
Aplicado quando da impossibilidade de se apurar o lucro real ou lucro 
presumido da empresa, seja por descumprimento de obrigações acessórias 
(por exemplo, o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, 
não manteve escrituração na forma das leis comerciais e fiscais), seja por 
própria escolha do contribuinte. 
NA PESSOA FÍSICA: ' 
Diferença entre as somas algébricas: 
I - de todos os rendimentos percebidos durante o ano-calendário, exceto os 
isentos, os não tributáveis, os tributáveis exclusivamente na fonte e os sujeitos 
à tributação definitiva; 
II - das deduções previstas em lei, como despesas com educação, saúde, 
previdência social oficial e privada, valor padrão por dependente etc. 
1.3.3. CONTRIBUINTE 
Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade econômica ou 
jurídica (art. 45, caput, CTN). 
Pode a lei estabelecer, como responsáveis tributários: 
- O possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos 
proventos tributáveis (art.45, caput, in fine, CTN). 
- A fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis pelo imposto cuja 
retenção e recolhimento lhe caibam (art.45, parágrafo único, CTN). 
1.3.4. FUNÇÃO PRINCIPAL 
O IR tem função predominantemente FISCAL, pois é responsável por grande 
parte da arrecadação de tributos da União. 
1.3.5. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
Art.153, § 2° - O imposto previsto no inciso III [IR]: 
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I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade 
e da progressividade, na forma da lei; 
Esses princípios decorrem dos princípios da Isonomia e da Capacidade 
Contributiva. 
Princípio da Generalidade - todos que possuem capacidade contributiva 
deverão contribuir pagando o IR. 
Princípio da Universalidade - todos os rendimentos estarão sujeitos ao IR, 
independentemente de sua denominação jurídica. 
A LC 104/2001 deu mais concretude a esses preceitos inserindo o §1° ao 
art.43, CTN: 
Art.43, § 1° A incidência do imposto independe da denominação da 
receita ou do rendimento, da localização, condição jurídica ou 
nacionalidade da fonte, da origem e da forma de percepção. 
Há autores que invertem essas definições, dando para o princípio da 
universalidade a definição que demos para o da generalidade, e vice-versa. Por 
isso, é improvável que, na prova, a banca peça isoladamente a definição de 
algum desses princípios. 
Princípio da Progressividade - no IR se dá em relação à base de cálculo. 
Assim, quanto maior for a base de cálculo, maior será a alíquota aplicável. 
1.3.6. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal (art.150, §1°, CF88). 
1.3.7. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
Não há. 
HAVIA uma imunidade no art.153, §2°, II: 
II - não incidirá, nos termos e limites fixados em lei, sobre rendimentos 
provenientes de aposentadoria e pensão, pagos pela previdência social 
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, a pessoa 
com idade superior a sessenta e cinco anos, cuja renda total seja 
constituída, exclusivamente, de rendimentos do trabalho. 
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Mas ela foi REVOGADA pela Emenda Constitucional 20/1998. 
Atualmente, a mesma regra consta como isenção dada por lei ordinária. 
04- (FISCAL DO INSS 1998 CESPE) Quanto ao lançamento, julgue os itens 
seguintes. 
1. O imposto de renda, cuja averiguação do montante cabe primariamente ao 
devedor, é caso típico de tributo cujo lançamento compete ao contribuinte. 
Resolução 
1. Em regra, o imposto de renda é sujeito ao lançamento por homologação, o 
que não quer dizer que o lançamento seja feito pelo contribuinte. Ele tem o 
dever de constituir o crédito tributário e antecipar o pagamento. 
O lançamento se perfaz com a homologação pelo Fisco, expressa ou 
tacitamente (art.150, CTN). 
GABARITO: 1.E 
05- (CONSULTOR LEGISLATIVO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO SENADO 
FEDERAL 2002 CESPE) Julgue os seguintes itens, a respeito dos impostos 
em geral. 
1. O pagamento de férias não-gozadas por necessidade de serviço está sujeito 
à incidência do imposto de renda. 
Resolução 
Súmula 125, STJ 
O PAGAMENTO DE FERIAS NÃO GOZADAS POR NECESSIDADE DO 
SERVIÇO NÃO ESTA SUJEITO A INCIDENCIA DO IMPOSTO DE RENDA. 
GABARITO: 1.E 
06- (ANALISTA DE PLANEJAMENTO E ORÇAMENTO - APO 2008 ESAF) 
Em relação ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, de 
competência da União, é correto afirmar-se que: 
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a) rendimentos oriundos de atividade ilícita não se sujeitam à sua incidência, 
pois o legislador não descreveu estes como elemento da hipótese de 
incidência. 
b) rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do imposto, 
já que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação tributária. 
c) rendimentos oriundos de atividade ilícita só permitem a cobrança do 
imposto após o pronunciamento declaratório da licitude da atividade. 
d) rendimentos oriundos de atividade ilícita, por não se circunscreverem dentro 
do conceito de ato jurídico - que requer agente capaz, objeto lícito e forma 
prescrita ou não defesa em lei - não permitem o nascimento da obrigação 
tributária. 
e) rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do imposto, 
já que a cobrança de tributo, a teor da definição deste no art. 30 do Código 
Tributário Nacional, pode também constituir sanção de ato ilícito. 
Resolução 
a) ERRADA. Mesmo que a atividade que ensejou os rendimentos seja ilícita, a 
existência dos rendimentos em si é fato tributável pelo imposto de renda 
(Princípio Pecunia Non Olet = "dinheiro não tem cheiro"). 
b) CORRETA. Rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência 
do imposto, já que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação 
tributária (Princípio Pecunia Non Olet = "dinheiro não tem cheiro"). 
c) ERRADA. Não há qualquer condição nesse sentido para os rendimentos 
oriundos de atividade ilícita serem tributados pelo imposto de renda. 
d) ERRADA. Rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do 
imposto, já que a ilicitude dos atos praticados não interfere na relação 
tributária (Princípio Pecunia Non Olet = "dinheiro não tem cheiro"). 
e) ERRADA. rendimentos oriundos de atividade ilícita permitem a exigência do 
imposto, mas não porque a cobrança de tributo, a teor da definição deste no 
art. 3° do Código Tributário Nacional, pode também constituir sanção de ato 
ilícito (Tributo não é sanção por ato ilícito), mas sim porque a ilicitude dos atos 
praticados não interfere na relação tributária (Princípio Pecunia Non Olet = 
"dinheiro não tem cheiro"). 
GABARITO: B 
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07- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tributos e Aduana 2005 
ESAF) Para os efeitos do imposto de renda, o percebido na 
alienação de bens imóveis considera-se . Já a importância paga a 
título de aluguel, remetida, creditada, empregada ou entregue ao contribuinte, 
produzido por bens imóveis é denominada . Um(a) , na 
linguagem tributária, é o valor percebido independentemente de ser produzido 
pelo capital ou o trabalho do contribuinte. 
a) rendimento....rendimento de capital ganho imobiliário....sinecura 
b) provento rendimento imobiliário provento predial....provento 
c) rendimento....rendimento de capital ganho imobiliário....prebenda 
d) ganho....ganho de capital rendimento de capital....sinecura 
e) ganho ....ganho de capital rendimento de capital....provento 
Resolução 
- Ganho e ganho de capital: 
Art. 117, RIR/1999. Está sujeita ao pagamento do imposto de que trata este 
Título a pessoa física que auferir ganhos de capital na alienação de bens ou 
direitos de qualquer natureza (Lei n° 7.713, de 1988, arts. 2° e 3°, § 2°, e Lei 
n° 8.981, de 1995, art. 21). 
- Rendimentos de aluguel (art.49, I, RIR/1999) são rendimentos de capital. 
- Proventos 
Art.43. [...] 
I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da 
combinação de ambos; 
II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos 
patrimoniais não compreendidos no inciso anterior. 
GABARITO: E 
08- (AUDITOR DO TRIBUNAL DE CONTAS DO PR 2003 ESAF) Em relação 
ao imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza, é incorreto 
afirmar que, nos termos do Código Tributário Nacional: 
a) A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do 
rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da 
origem e da forma de percepção. 
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b) Na hipótese de receitas ou rendimentos tributáveis, oriundos do exterior, é 
facultado ao Poder Executivo estabelecer, mediante decreto, as condições e o 
momento em que se dará sua disponibilidade, para fins de incidência do 
imposto. 
c) A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou presumido,da 
renda ou dos proventos tributáveis. 
d) Contribuinte do imposto é o titular de disponibilidade econômica ou jurídica 
de renda ou de proventos de qualquer natureza, sem prejuízo de a lei atribuir 
essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores de renda ou 
dos proventos tributáveis. 
e) A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos tributáveis a 
condição de responsável pelo imposto cuja retenção e recolhimento lhe 
caibam. • 
Resolução 
a) CORRETA. A incidência do imposto independe da denominação da receita ou 
do rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da 
origem e da forma de percepção (art.43, §1°, CTN). 
b) INCORRETA. Na hipótese de receitas ou rendimentos tributáveis, oriundos 
do exterior, A LEI ESTABELECERÁ as condições e o momento em que se dará 
sua disponibilidade, para fins de incidência do imposto (art.43, §2°, CTN). 
c) CORRETA. A base de cálculo do imposto é o montante, real, arbitrado ou 
presumido, da renda ou dos proventos tributáveis (art.44, CTN). 
d) CORRETA. Contribuinte do imposto é o titular de disponibilidade econômica 
ou jurídica de renda ou de proventos de qualquer natureza, sem prejuízo de a 
lei atribuir essa condição ao possuidor, a qualquer título, dos bens produtores 
de renda ou dos proventos tributáveis (art.45, CTN). 
e) CORRETA. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos proventos 
tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja retenção e 
recolhimento lhe caibam (art.45, parágrafo único, CTN). 
GABARITO: B 
1.4. IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) (art.153, 
IV) 
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1.4.1. FATO GERADOR 
Pelo CTN: 
Fato gerador do IPI: 
I - Desembaraço aduaneiro do produto industrializado, quando de 
procedência estrangeira; 
II - Saída do produto industrializado do 
estabelecimento de importador, industrial, 
comerciante ou arrematante; 
III - Arrematação do produto industrializado, quando 
apreendido ou abandonado e levado a 
leilão. 
Produto industrializado = é o produto submetido a industrialização. 
Definição de Industrialização (CTN): 
Operação que: 
- modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a 
finalidade do produto, ou 
- aperfeiçoe o produto para o consumo. 
E Industrialização (art.40, 
1. Transformação = 
2. Beneficiamento = 
3. Montagem = 
4. Acondicionamento ou 
Reacondicionamento = 
Dec. 4.544/2002): 
operação que, exercida sobre matérias-primas ou 
produtos intermediários, importa na obtenção 
de espécie nova; 
operação que importa em modificar, 
aperfeiçoar ou, de qualquer forma, alterar o 
funcionamento, a utilização, o acabamento ou a 
aparência do produto; 
operação que consiste na reunião de produtos, 
peças ou partes e de que resulte um novo 
produto ou unidade autônoma, ainda que sob a 
mesma classificação fiscal; 
operação que importa em alterar a 
apresentação do produto, pela colocação da 
embalagem, ainda que em substituição da 
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1.4.2. BASE DE CÁLCULO 
Pelo art. 47, CTN, a base de cálculo do IPI é: 
I - desembaraço aduaneiro: "preço normal 
+ 
imposto sobre a importação 
+ 
taxas exigidas para entrada do produto no País 
+ 
encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis 
II - saída dos estabelecimentos: valor da operação de saída da mercadoria 
ou 
na falta, o preço corrente da mercadoria ou 
similar, no mercado atacadista da praça do remetente 
III - arrematação: preço da arrematação. 
1.4.3. CONTRIBUINTE 
Conforme art.51, CTN, contribuinte do IPI é: 
I - o importador ou quem a lei a ele equiparar; 
II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar; 
III - o comerciante de produtos industrializados, que os forneça aos 
industriais; 
IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a 
leilão. 
Considera-se contribuinte autônomo qualquer estabelecimento de 
importador, industrial, comerciante ou arrematante. 
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original, salvo quando a embalagem colocada se 
destine apenas ao transporte da mercadoria; ou 
operação que, exercida sobre produto usado ou 
parte remanescente de produto deteriorado ou 
inutilizado, renova ou restaura o produto para 
utilização. 
5. Renovação ou 
Recondicionamento = 
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1.4.4. FUNÇÃO PRINCIPAL 
O IPI apresenta uma função mista, tanto FISCAL quanto EXTRAFISCAL. FISCAL 
porque é um dos tributos de maior arrecadação da União, mas também 
EXTRAFISCAL por ser instrumento de regulação do mercado, como aconteceu 
na crise de 2008, em que o Governo Federal, reduziu a zero a alíquota do 
IPI sobre vários produtos para estimular o consumo. 
INCENTIVO NA AQUISIÇÃO DE BENS DE CAPITAL - O IPI terá reduzido 
seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte do 
imposto, na forma da lei (art.153, §3°, IV, CF88). 
1.4.5. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS ' 
PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE 
Art.153, § 3° - O imposto previsto no inciso IV [IPI]: 
I - será seletivo, em função da essencialidade do produto; 
Esse princípio visa a dar cumprimento ao Princípio da Capacidade 
Contributiva. 
Quanto MAIS SUPÉRFLUO o produto, MAIOR A ALÍQUOTA 
Quanto MAIS ESSENCIAL o produto, MENOR A ALÍQUOTA 
PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE 
Art.153, § 3° - O imposto previsto no inciso IV[IPI]: [...] 
II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação com o montante cobrado nas anteriores; 
Funciona sob o sistema de débitos e créditos. 
O valor de IPI pago pelo contribuinte (que deu saída do produto do 
estabelecimento industrial) vai ser crédito para o adquirente do produto 
quando for contribuinte da sua própria saída, na operação seguinte, em que 
deverá pagar o débito de IPI relativo. 
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Alíquota Zero e Não-Tributado £ Isenção 
O STF decidiu (RE 353.657 PR, RE 370.682) que se na operação 1 o 
contribuinte adquiriu o insumo com Alíquota Zero de IPI ou Não-Tributado 
(sigla NT na TIPI), não se mantém o crédito fictício de R$ 10 para a 
operação 2. 
(Na TIPI - Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados, os 
produtos com sigla NT estão fora do campo de incidência do IPI). 
Diferentemente, se o IPI 1 = 0 decorrer de Isenção, mantém-se o crédito 
fictício de R$ 10 para a operação 2. 
Por que a diferença? 
Entendeu o STF que na isenção, como o legislador quis desonerar a cadeia 
produtiva, se não houvesse o creditamento para a operação seguinte, o 
contribuinte "B" pagaria 120 x 10% = 12. Ou seja, não haveria desoneração 
na cadeia como um todo, mas apenas um diferimento do IPI antes devido pelo 
contribuinte "A". 
1.4.6. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
- Exceção ao PRINCÍPIO DA LEGALIDADE quanto à Alteração de alíquotas 
(art.153, §1°, CF88) 
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- Exceção ao PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADE DO EXERCÍCIO FINANCEIRO 
(mas não à Anterioridade Nonagesimal) (art.150, §1°, CF88) 
I.4.7. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
IMUNIDADE NA EXPORTAÇÃO - Não incide IPI sobre produtos industrializados 
destinados ao exterior (art.153, §3°, III) 
09- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tecnologia da 
Informação 2005 ESAF) O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), de 
competência da União, 
a) terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bensde capital pelo 
contribuinte do imposto, mediante ato do Poder Executivo. 
b) poderá incidir sobre produtos industrializados destinados ao exterior. 
c) poderá ser seletivo, em função da essencialidade do produto. 
d) constitui exceção ao princípio da legalidade, eis que é facultado ao Poder 
Executivo, atendidas as condições e os limites da lei, alterar suas alíquotas. 
e) poderá ser não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada 
operação com o montante cobrado nas anteriores. 
Resolução 
a) ERRADA. Terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital 
pelo contribuinte do imposto, NA FORMA DA LEI, E NÃO mediante ato do Poder 
Executivo (art.153, §3°, IV, CF88). 
b) ERRADA. NÃO poderá incidir sobre produtos industrializados destinados ao 
exterior (art. 153, §3°, III, CF88). 
c) ERRADA. PODERÁ NÃO, SERÁ seletivo, em função da essencialidade do 
produto (art.153, §3°, I, CF88). 
d) CORRETA. (art.153, §1°, CF88). 
e) ERRADA. PODERÁ NÃO, SERÁ não-cumulativo, compensando-se o que for 
devido em cada operação com o montante cobrado nas anteriores (153, §3°, 
II, CF88). 
GABARITO: D 
10- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tributos e Aduana 2005 
ESAF) O campo de incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados 
abrange: 
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a) todos os produtos relacionados na TIPI. 
b) todos os produtos relacionados na TIPI, com alíquota, mesmo os com 
alíquota zero. 
c) todos os produtos, exceto aqueles a que corresponde a notação "Zero". 
d) todos os produtos com alíquota. 
e) todos os produtos, mesmo os com alíquota zero ou com a notação NT, ainda 
que não relacionados na TIPI. 
Resolução 
A TIPI abrange uma lista de produtos cuja coluna alíquota pode constar uma 
alíquota diferente de zero, alíquota zero ou NT (Não Tributado). Dessas 
situações, apenas os produtos NT não foram abrangidos pelo campo de 
incidência do IPI. 
GABARITO: B 
OBSERVAÇÃO: Repare que Alíquota Zero e Não-Tributado têm efeitos distintos 
para fins de haver incidência do IPI, mas têm efeitos idênticos para fins de não 
manutenção de crédito fictício. 
11- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Avalie o acerto 
das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em 
seguida, marque a opção correta. 
( ) Os encargos cambiais pagos pelo importador ou dele exigíveis não se 
incluem na base de cálculo do imposto sobre produtos industrializados, no caso 
de importação de produto de procedência estrangeira. 
( ) A base de cálculo do imposto sobre produtos industrializados, em se 
tratando de produto de procedência estrangeira apreendido ou abandonado e 
levado a leilão, é o preço da arrematação, acrescido do valor dos demais 
tributos exigíveis na importação regular do produto. 
( ) O imposto de importação não integra a base de cálculo do imposto sobre 
produtos industrializados, no caso de importação de produto de procedência 
estrangeira. 
a) V, V, F 
b) V, F, V 
c) V, V, V 
d) F, V, F 
e) F, F, F 
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Resolução 
( ) FALSA. Os encargos cambiais pagos pelo importador ou dele exigíveis SE 
INCLUEM na base de cálculo do imposto sobre produtos industrializados, no 
caso de importação de produto de procedência estrangeira (art.47, I, 'c', CTN). 
( ) FALSA. A base de cálculo do imposto sobre produtos industrializados, em se 
tratando de produto de procedência estrangeira apreendido ou abandonado e 
levado a leilão, é SOMENTE o preço da arrematação (art.47, III, CTN). 
( ) FALSA. O imposto de importação INTEGRA a base de cálculo do imposto 
sobre produtos industrializados, no caso de importação de produto de 
procedência estrangeira (art.47, I, 'a', CTN). 
• 
GABARITO: E 
1.5. IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES DE CRÉDITO, CÂMBIO E SEGURO, OU 
RELATIVAS A TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS (IOF) (art.153, V) 
1.5.1. FATO GERADOR 
Vide quadro abaixo. 
O STF declarou inconstitucional a incidência do IOF sobre: 
- a transmissão do ouro ativo financeiro, prevista no art.1°, II, Lei 8.033/90 
(RE 190.363), porque, como diz a CF88, ele só é devido na operação de 
origem (art.153, §5°, CF88), que pode ser a aquisição por instituição 
autorizada ou o desembaraço aduaneiro (neste último se ouro oriundo do 
exterior). 
- o saque efetuado em caderneta de poupança, prevista no art.1°, V, Lei 
8.033/90 (Súmula 664). 
Veja a Súmula 664, STF: 
É inconstitucional o inciso V do art. 1° da Lei 8033/1990, que instituiu 
a incidência do imposto nas operações de crédito, câmbio e seguros -
IOF sobre saques efetuados em caderneta de poupança. 
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A Resolução 52/1999 do Senado Federal suspendeu a aplicação do dispositivo 
que fazia incidir IOF sobre a transmissão do ouro ativo financeiro. 
1.5.2. BASE DE CÁLCULO 
Vide quadro abaixo. 
1.5.3. CONTRIBUINTE 
O art. 66, CTN, diz que contribuinte do imposto é qualquer das partes na 
operação tributada, como dispuser a lei. 
No Regulamento do IOF: 
IOF-CRÉDITO: 
- As pessoas físicas ou jurídicas tomadoras de crédito (Lei n° 8.894, de 
1994, art. 3°, inciso I) 
- O alienante pessoa física ou jurídica, no caso de alienação de direitos 
creditórios resultantes de vendas a prazo a empresas de factoring (Lei n° 
9.532, de 1997, art. 58). 
IOF-CÂMBIO: 
- Os compradores ou vendedores de moeda estrangeira nas operações 
referentes às transferências financeiras para o ou do exterior, respectivamente 
(Lei n° 8.894, de 1994, art. 6°). 
IOF-SEGURO: 
- As pessoas físicas ou jurídicas seguradas (Decreto-Lei n° 1.783, de 1980, 
art. 2°). 
IOF-TÍTULOS OU VALORES MOBILIÁRIOS: 
- Os adquirentes de títulos ou valores mobiliários e os titulares de 
aplicações financeiras (Decreto-Lei n° 1.783, de 1980, art. 2°, e Lei n° 
8.894, de 1994, art. 3°, inciso II). 
- As instituições financeiras, no caso de pagamento para a liquidação das 
operações de aquisição, resgate, cessão ou repactuação de títulos e valores 
mobiliários, quando inferior a noventa e cinco por cento do valor inicial da 
operação (Lei n° 8.894, de 1994, art. 3°, inciso III). 
IOF-OURO: 
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- As instituições autorizadas pelo Banco Central do Brasil que efetuarem a 
primeira aquisição do ouro, ativo financeiro, ou instrumento cambial (Lei n° 
7.766, de 1989, art. 10). 
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Fato gerador e base de cálculo (arts.63 e 64, CTN) + Base de cálculo do IOF-
OURO (Lei n° 7.766/1989, art. 9°) 
Contribuintes (Regulamento do IOF - Dec.6.306/2007) 
Fato Gerador Base de Cálculo Contribuinte 
IOF-CR Entrega total ou parcial do 
montante ou do valor que 
constitua o objeto da 
obrigação, ou sua colocação à 
disposição do interessado 
O montante da 
obrigação, 
compreendendo o 
principal e os juros 
As pessoas físicas ou 
jurídicas tomadoras de 
crédito 
IOF-CM Entrega de moeda nacional 
ou estrangeira, ou de 
documento que a represente, ou 
sua colocação à disposição do 
interessado em montante 
equivalente à moeda estrangeira 
ou nacional entregue ou posta à 
disposição por este 
O montante em 
moeda nacional, 
recebido, entregue 
ou posto à disposição 
Os compradores ou 
vendedores de moeda 
estrangeira 
IOF-SG Emissão da apólice ou do 
documento equivalente, ou 
recebimento do prêmio, na 
forma da lei aplicável 
O montante do 
prêmioPessoas físicas ou 
jurídicas seguradas 
IOF-TI A (i) emissão, (ii) 
transmissão, (iii) pagamento 
ou resgate destes, na forma da 
lei aplicável 
O (i) valor nominal 
mais o ágio, (ii) o 
preço ou o valor 
nominal, ou o valor 
da cotação em 
Bolsa, (iii) o preço 
Os adquirentes de 
títulos ou valores 
mobiliários e os 
titulares de 
aplicações 
financeiras; e as 
instituições financeiras 
IOF-OU A primeira aquisição do ouro, 
ativo financeiro, ou instrumento 
cambial, efetuada por 
instituição autorizada 
integrante do Sistema 
Financeiro Nacional 
O preço de 
aquisição do ouro, 
desde que dentro dos 
limites de variação 
da cotação vigente 
no mercado 
doméstico, no dia da 
operação 
Instituições 
autorizadas pelo 
BACEN que efetuarem a 
primeira aquisição do 
ouro, ativo financeiro, 
ou instrumento cambial 
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1.5.4. FUNÇÃO PRINCIPAL 
Possui função meramente EXTRAFISCAL, pois é instrumento importante para a 
União intervir no mercado financeiro. 
É o caso do aumento do IOF-Crédito para tornar mais caro o acesso ao crédito 
e assim reduzir o consumo, para conter a inflação. 
1.5.5. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
Não há. 
1.5.6. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
- Exceção ao Princípio da Legalidade - Alteração de Alíquotas (art.153, §1°, 
CF88) 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade do Exercício Financeiro (art.150, §1°, 
CF88) 
- Exceção ao Princípio da Anterioridade Nonagesimal (art.150, §1°, CF88) 
1.5.7. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
Na verdade, é uma imunidade de TODOS os tributos, exceto do IOF. 
Art.153, § 5°, CF88 - O ouro, quando definido em lei como ativo 
financeiro ou instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à 
incidência do imposto de que trata o inciso V [IOF] do "caput" deste 
artigo, [...] 
ATENÇÃO: Se não for ouro como meio de pagamento e sim como mercadoria, 
incidem normalmente ICMS, II, IE e IPI. 
12- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2009 ESAF) Analise os 
itens a seguir, classificando-os como verdadeiros (V) ou falsos(F). Em seguida, 
escolha a opção adequada às suas respostas: 
I. as operações de câmbio constituem fato gerador do IOF - imposto sobre 
operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores 
mobiliários; 
II. o câmbio traz um comércio de dinheiro, no qual este se torne mercadoria e, 
como tal, tem custo e preço; 
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III. operações de câmbio são negócios jurídicos de compra e venda de moeda 
estrangeira ou nacional, ou, ainda, os negócios jurídicos consistentes na 
entrega de uma determinada moeda a alguém em contrapartida de outra 
moeda recebida. 
a) Somente o item I está correto. 
b) Estão corretos somente os itens I e II. 
c) Estão corretos somente os itens I e III. 
d) Todos os itens estão corretos. 
e) Todos os itens estão errados. 
Resolução 
I. CORRETA. É exatamente um dos fatos geradores do IOF (art.153, V, CF88); 
II e III. CORRETAS. Enquadram-se no fato gerador do IOF-Câmbio: Entrega de 
moeda nacional ou estrangeira, ou de documento que a represente, ou sua 
colocação à disposição do interessado em montante equivalente à moeda 
estrangeira ou nacional entregue ou posta à disposição por este. 
GABARITO: D 
13- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2003 ESAF) Nos termos do 
Código Tributário Nacional, constitui base de cálculo do imposto, de 
competência da União, sobre operações de crédito, câmbio e seguro, e sobre 
operações relativas a títulos e valores mobiliários, entre outras hipóteses: 
a) Quanto às operações de seguro, o montante do valor contratado que a 
seguradora deverá pagar ao segurado na hipótese de ocorrência de sinistro. 
b) Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, na emissão, o 
valor nominal do título menos o deságio, se houver. 
c) Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, na 
transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, 
conforme determinar decreto do Poder Executivo. 
d) Quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em moeda nacional, 
recebido, entregue ou posto à disposição. 
e) Quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, exclusive os 
juros. 
Resolução 
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a) ERRADA. Quanto às operações de seguro, o montante PRÊMIO (art.64, III, 
CTN). 
b) ERRADA. Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, na 
emissão, o valor nominal do título MAIS O ÁGIO, se houver (art.64, IV, 'a', 
CTN). 
c) ERRADA. Quanto às operações relativas a títulos e valores mobiliários, na 
transmissão, o preço ou o valor nominal, ou o valor da cotação em Bolsa, 
COMO DETERMINAR A LEI (art.64, IV, 'b', CTN). 
d) CORRETA. Quanto às operações de câmbio, o respectivo montante em 
moeda nacional, recebido, entregue ou posto à disposição (art.64, II, CTN). 
e) ERRADA. Quanto às operações de crédito, o montante da obrigação, 
COMPREENDENDO O PRINCIPAL E OS JUROS (art.64, I, CTN). 
GABARITO: D 
1.6. IMPOSTO SOBRE A PROPRIEDADE TERRITORIAL RURAL (ITR) 
(art.153, VI) 
1.6.1. FATO GERADOR 
Fato gerador do ITR = a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel 
por natureza, como definido na lei civil, localização fora da zona urbana do 
Município (art.29, CTN). 
1.6.1.1. Por Natureza 
Bem imóvel por natureza = o solo com a sua superfície, os seus 
acessórios e adjacências naturais, compreendendo as árvores e frutos 
pendentes, o espaço aéreo e o subsolo. 
* 
Bem imóvel por acessão física = tudo quanto o homem incorporar 
permanentemente ao solo, como a semente lançada à terra, os edifícios e 
construções, de modo que se não possa retirar sem destruição, 
modificação, fratura, ou dano. 
* 
Bem imóvel por acessão intelectual = tudo quanto no imóvel o proprietário 
mantiver intencionalmente empregado em sua exploração industrial, 
aformoseamento ou comodidade. 
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O ITR não pode tributar, por exemplo, edificações construídas no imóvel rural, 
pois apenas os bens imóveis por natureza são tributáveis pelo imposto. 
1.6.1.2. Zona Rural = Fora da Zona Urbana 
Hoje, a definição de zona rural é dada POR EXCLUSÃO da definição de zona 
urbana (art.32, CTN, c/c art.15, Decreto-Lei n° 57/1966): 
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E O QUE NÃO É ZONA URBANA, É ZONA RURAL. 
1.6.2. BASE DE CÁLCULO 
A base do cálculo do imposto é o VALOR FUNDIÁRIO (Art. 30, CTN). 
Conforme a Lei n° 9.393/96: VALOR FUNDIÁRIO = VALOR DA TERRA NUA TRIBUTÁVEL (VTNt) 
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Zona urbana é a definida em lei municipal; com no mínimo 2 (dois) dos seguintes 
melhoramentos, construídos ou mantidos pelo Poder Público: 
I - meio-fio ou calçamento, com canalização de águas pluviais; 
II - abastecimento de água; 
III - sistema de esgotos sanitários; 
IV - rede de iluminação pública, com ou sem posteamento para distribuição domiciliar; 
V - escola primária ou posto de saúde a uma distância máxima de 3 (três) 
quilômetros do imóvel considerado. 
Áreas urbanizáveis, ou de expansão urbana, constantes de loteamentos aprovados 
pelos órgãos competentes, destinados à habitação, à indústria ou ao comércio, mesmo 
que localizados fora das zonas definidas nos termos do parágrafo anterior, desde que a 
lei municipal as considere urbanas. 
Imóvel de que, comprovadamente,seja utilizado em exploração extrativa vegetal, 
agrícola, pecuária ou agro-industrial. 
ZONA URBANA 
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VTN = VALOR DA TERRA NUA 
VTN = Valor do Imóvel (-) Valor de Construções, Instalações e Benfeitorias 
(-) Valor das Culturas Permanentes e Temporárias (-) Valor das Pastagens 
Cultivadas e Melhoradas (-) Valor das Florestas Plantadas 
Área Tributável = Área Total do Imóvel (-) Área de Preservação Permanente 
e de Reserva Legal (-) Área de Interesse Ecológico (-) Área 
Comprovadamente Imprestável (-) Área de Servidão Florestal ou Ambiental 
(-) Área de Florestas Nativas (-) Áreas Alagadas de Reservatório de Usinas 
Hidrelétricas 
1.6.3. CONTRIBUINTE 
Contribuinte do ITR é o proprietário do imóvel, o titular de seu domínio 
útil, ou o seu possuidor a qualquer título (Art. 31, CTN). 
Proprietário = tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito 
de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha. Ele 
a adquire mediante o registro no Registro de Imóveis (arts.1228 e 1245, 
Código Civil). 
Titular do Domínio Útil = é o Enfiteuta ou Foreiro, que recebe do 
proprietário (que passa a se chamar Senhorio Direto) o domínio util. O 
Senhorio Direto mantém consigo o domínio direto. 
A enfiteuse abarca todos os poderes da propriedade - usar, fruir, dispor e 
reivindicar a coisa de quem quer que seja - apesar do enfiteuta (ou foreiro) 
não a possuir em sua plenitude, afinal, o senhorio direto é o proprietário que 
atribui a outrem o domínio útil do imóvel, conforme prescreve a lei. 
Pelo atual Código Civil (Lei n° 10.406/2002), não podem ser constituídas 
novas enfiteuses ou subenfiteuses. As existentes até então ficam subordinadas 
às disposições a respeito no Código Civil anterior (art.2.038). 
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Possuidor a Qualquer Título = possuidor é todo aquele que tem de fato o 
exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade (Art. 
1.196). 
Não pode ser contribuinte do imposto quem exerce a posse sem ânimo 
definitivo, como na locação ou no comodato (REsp 325.489). 
1.6.4. FUNÇÃO PRINCIPAL 
A função do ITR é precipuamente EXTRAFISCAL, já que a própria CF88 diz que 
as alíquotas do ITR serão "fixadas de forma a desestimular a manutenção de 
propriedades improdutivas" (art.153, §4°, I). 
E essa função extrafiscal foi aplicada pela lei a partir da progressividade em 
dois aspectos: (i) Grau de Utilização do imóvel; (ii) Área Total do imóvel, 
conforme a tabela de alíquotas abaixo (Anexo à Lei n° 9.393/96): 
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ALÍQUOTAS GRAU DE UTILIZAÇÃO - GU ( EM %) 
Area total do 
imóvel 
(em hectares) 
Maior que 
80 
Maior que 
65 até 80 
Maior que 
50 até 65 
Maior 
que 30 
até 50 
Até 30 
Até 50 0,03 0,20 0,40 0,70 1,00 
Maior que 50 
até 200 
0,07 0,40 0,80 1,40 2,00 
Maior que 200 
até 500 
0,10 0,60 1,30 2,30 3,30 
Maior que 500 
até 1.000 
0,15 0,85 1,90 3,30 4,70 
Maior que 
1.000 até 
5.000 
0,30 1,60 3,40 6,00 8,60 
Acima de 5.000 0,45 3,00 6,40 12,00 20,00 
1.6.5. PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS 
Princípio da Progressividade - A progressividade prevista na CF88 (art.153, 
§4°, I), como visto acima, foi realizada pela lei pelo critério "área total do 
imóvel". 
1.6.6. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
Não há. 
1.6.7. IMUNIDADES ESPECÍFICAS 
§ 4° O imposto previsto no inciso VI[ITR] do caput: [...] 
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, 
quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel; 
Essa redação é a trazida pela EC 42/2003. Com ela são os seguintes os 
requisitos para a referida imunidade: 
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(i) O imóvel tem que ser pequena gleba rural, conforme definido na 
lei; 
(ii) O proprietário não pode possuir outro imóvel 
Na redação original, os requisitos eram os seguintes: 
(i) O imóvel tem que ser pequeno gleba rural, conforme definido na lei; 
(ii) O proprietário não pode possuir outro imóvel; 
(iii) O proprietário que as explora, devia fazê-lo só ou com sua 
família. 
Vê-se que o terceiro requisito foi suprimido, o que viabiliza a possibilidade 
de atualmente o proprietário explorar a gleba com o auxílio de empregados, 
ou indiretamente, arrendando a terra, por exemplo, sem acarretar a perda 
do direito à imunidade. 
1.6.8. POSSIBILIDADE DE FISCALIZAÇÃO E COBRANÇA PELOS 
MUNICÍPIOS 
Com a redação da EC 42/2003, prevê o art.153, §4°, III, CF88: 
§ 4° O imposto previsto no inciso VI[ITR] do caput: [...] 
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim optarem, na 
forma da lei, desde que não implique redução do imposto ou qualquer 
outra forma de renúncia fiscal. 
No caso de o Município exercer essa opção, ficará com 100% da arrecadação 
do ITR relativo aos imóveis rurais nele situados (art.158, II, CF88). 
14- (FISCAL DO INSS 1997 CESPE) A Lei n.° 9.393, de 19 de dezembro de 
1996, trata do imposto sobre a propriedade territorial rural (ITR). 
Ele ostenta como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de 
imóvel localizado fora da zona urbana (art. 1°, caput, da lei). Será contribuinte 
o proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor (art. 4°, caput). A lei diz 
que é obrigatória a comprovação do pagamento do ITR dos cinco exercícios 
que precederem o ato de compra e venda do imóvel, para que se possa 
registrar a alienação no cartório do registro de imóveis. Serão devedores 
solidários do imposto e dos acréscimos legais os serventuários do registro de 
imóveis que não exigirem a comprovação do citado pagamento (art. 21). À luz 
dessas disposições e do CTN, julgue os itens seguintes. 
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1. Os serventuários do registro de imóveis que descumprirem o dever legal 
serão denominados responsáveis, para fins tributários. 
2. Mesmo que o proprietário do imóvel o empreste, gratuitamente, a um amigo 
seu, que aceite pagar o tributo - mas não o faça -, mediante contrato escrito 
válido, o primeiro não poderá se recusar a pagar o imposto, invocando a 
convenção particular contra a Fazenda Pública. 
3. serventuário do registro de imóveis que haja descumprido o dever legal de 
exigir a comprovação do pagamento do tributo não poderá pretender que a 
Fazenda Pública acione primeiramente o contribuinte do ITR, em lugar de sua 
pessoa. 
4. Em princípio, o pagamento do imposto, ainda que parcial, efetuado pelo 
serventuário solidário, exonera o contribuinte até o mesmo valor, em face da 
Fazenda Pública. 
5. A isenção ou a remissão do crédito tributário concedida ao contribuinte, 
sempre liberará de responsabilidade o serventuário solidário. 
Resolução 
1. CERTO. Art.21, Lei n° 9.393/1996: 
Art. 21. É obrigatória a comprovação do pagamento do ITR, referente 
aos cinco últimos exercícios, para serem praticados quaisquer dos atos 
previstos nos arts. 167 e 168 da Lei n° 6.015/1973 (Lei dos Registros 
Públicos), observada a ressalva prevista no caput do artigo anterior, in 
fine. 
Parágrafo único. São solidariamente responsáveis pelo imposto e 
pelos acréscimos legais, [...], os serventuários do registro de 
imóveis que descumprirem o disposto neste artigo, sem prejuízo de 
outras sanções legais. 
2. CERTO. Art.123, CTN: 
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções 
particulares, relativas à responsabilidade pelo pagamentode tributos, 
não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a 
definição legal do sujeito passivo das obrigações tributárias 
correspondentes. 
3. ERRADO. O art.21 da Lei n° 9.393/1996 fala em responsabilidade solidária, 
mas faz referência àquela do art.134, CTN, que afirma que as pessoas dos 
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seus incisos respondem solidariamente "Nos casos de impossibilidade de 
exigência do cumprimento da obrigação principal pelo contribuinte". Ou seja, 
na verdade é uma RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA. MAS CUIDADO!: ESTA 
BANCA ENTENDEU ASSIM, MAS ALGUMAS BANCAS VÃO PELA LITERALIDADE 
DO CAPUT DO ART.134, CTN, QUANDO FALA "RESPONDEM 
SOLIDARIAMENTE", IGNORANDO O QUE ESTÁ ESCRITO NO RESTO DO CAPUT. 
4. CERTO. Em princípio, o pagamento do imposto, ainda que parcial, efetuado 
pelo serventuário solidário, exonera o contribuinte até o mesmo valor, em face 
da Fazenda Pública (art.125, I, CTN). 
5. ERRADO. A isenção ou a remissão do crédito tributário concedida ao 
contribuinte, sempre liberará de responsabilidade o serventuário solidário, 
SALVO DISPOSIÇÃO DE LEI EM CONTRÁRIO (art.125, II, CTN). 
GABARITO: 1.C / 2.C / 3.E / 4.C / 5.E 
15- (FISCAL MUNICIPAL NÍVEL MÉDIO BOA VISTA-RR 2004 CESPE) 
Determinada indústria de transformação sediada em região rural de Boa Vista, 
em plena atividade há vinte anos, passou a promover cursos técnicos mediante 
pagamento. 
Considerando essa situação hipotética, julgue os itens subseqüentes. 
1. A indústria está sujeita a cobrança de Imposto sobre Propriedade Territorial 
Rural (ITR) pela União. 
2. O estado de Roraima poderá cobrar da indústria Imposto sobre Produtos 
Industrializados (IPI). 
3. O IPI incidente sobre o produto transformado poderá ter sua alíquota 
aumentada, desde que obedecido o princípio da anterioridade. 
Resolução 
1. CERTO. Art.29 c/c art.32, CTN c/c art.15, Decreto-Lei n° 57/1966: 
ZONA URBANA = art.32, CTN exceto imóvel de exploração vegetal, agrícola, 
pecuária ou agro-industrial. 
ZONA RURAL o resto + imóvel de exploração vegetal, agrícola, pecuária ou 
agro-industrial. 
2. ERRADO. O estado de Roraima poderá cobrar da indústria Imposto sobre 
Produtos Industrializados (IPI) SOBRE OS CURSOS TÉCNICOS, sujeitos ao ISS. 
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3. ERRADO. Aumento de alíquota de IPI só obedece à anterioridade 
nonagesimal. 
GABARITO: 1.C / 2.E / 3.E 
16- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) A norma 
constitucional que determina que o Imposto Territorial Rural (ITR) não incide 
sobre pequenas glebas rurais, assim definidas em lei, quando as explore o 
proprietário que não possua outro imóvel, veicula uma 
a) isenção subjetiva, por levar em conta a condição da entidade familiar. 
b) regra de não-incidência da norma tributária. 
c) isenção real, por recair sobre coisa. 
d) imunidade. 
e) elisão lícita imprópria. 
Resolução 
a) ERRADA. Não pode ser isenção porque é norma constitucional, e isenção é 
norma de não-incidência LEGALMENTE qualificada. 
b) ERRADA. Não é regra de não-incidência GENÉRICA da norma tributária, mas 
sim de NÃO-INCIDÊNCIA CONSTITUCIONALMENTE QUALIFICADA. 
c) ERRADA. Não pode ser isenção porque é norma constitucional, e isenção é 
norma de não-incidência LEGALMENTE qualificada. 
d) CORRETA. É uma norma de não-incidência constitucionalmente qualificada. 
e) ERRADA. Elisão é a situação em que o contribuinte se vale de meios lícitos 
para evitar a tributação ou torná-la menos onerosa. 
GABARITO: D 
17- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2002.2 ESAF) 
Relativamente ao Imposto Territorial Rural (ITR), avalie o acerto das 
afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em 
seguida, marque a opção correta. 
( ) Como regra, o ITR incide inclusive sobre o imóvel declarado de interesse 
social para fins de reforma agrária. 
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( ) Segundo a interpretação legal, imóvel rural de área inferior a 30 hectares, 
independentemente do local onde se encontre, é considerada pequena 
propriedade, imune ao imposto. 
( ) O "posseiro" do imóvel é estranho à relação jurídica relativa ao ITR, pois o 
contribuinte do imposto é o titular do domínio útil ou o proprietário. 
a) V, V, V 
b) V, V, F 
c) V, F, F 
d) F, F, F 
e) F, V, F 
Resolução 
( ) VERDADEIRA. Porque a imunidade referente à reforma agrária é para 
operações de TRANSFERÊNCIA de imóveis (ITBI ou ITCMD), o que não ocorre 
com o ITR (art.184, §5°, CF88). 
( ) VERDADEIRA. 
Pequena gleba: 
Até 100ha na Amazônia Ocidental e no Pantanal Mato-Grossense e Sul-Mato-
Grossense; 
Até 50ha no Polígono das Secas e na Amazônia Oriental 
Até 30ha nos demais Municípios 
( ) FALSA. O "posseiro" do imóvel NÃO É estranho à relação jurídica relativa ao 
ITR, pois o contribuinte do imposto é o proprietário do imóvel, o titular de seu 
domínio útil, ou o seu POSSUIDOR A QUALQUER TÍTULO (art.31, CTN). 
GABARITO: B 
1.7. IMPOSTO SOBRE GRANDES FORTUNAS (IGF) (art.153, VII) 
Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre: [...] 
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar. 
Embora a CF88 tenha outorgado competência à União para instituir o referido 
imposto, essa competência nunca foi exercida. 
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Há celeuma sobre se a lei complementar seria somente uma norma geral, 
podendo ser o imposto instituído por lei ordinária, ou se o comando 
constitucional é no sentido de a própria lei complementar ter de criar o IGF. 
Na medida em que o art.146, III, 'a', CF88, já trata da necessidade de lei 
complementar para estabelecer normas gerais para todos os impostos, parece 
que não faria sentido repetir a exigência no inciso VII do art.153. Assim, seria 
necessária a lei complementar para instituir o IGF. Mas há divergência 
doutrinária a respeito. 
18- (PROMOTOR DE JUSTIÇA SUBSTITUTO MINISTÉRIO PÚBLICO MS 
2009 FMP-RS) No âmbito dos impostos da União, assinale a opção correta. 
(A) O imposto sobre a propriedade territorial rural não incidirá sobre pequenas 
glebas rurais se exploradas por proprietário que não possua outro imóvel. 
(B) A União só poderá instituir impostos para os quais haja expressa e 
específica autorização constitucional. 
(C) A Constituição autoriza a União a instituir impostos sobre grandes fortunas, 
desde que o faça por meio de lei ordinária. 
(D) Impostos sobre produtos industrializados incidirão tanto sobre os produtos 
destinados ao mercado interno quanto aos destinados ao mercado externo. 
(E) Orientada pelo postulado da competitividade, a Constituição veda a 
instituição de impostos sobre exportação de produtos nacionais ou 
nacionalizados. 
Resolução 
(A) CORRETA. O imposto sobre a propriedade territorial rural não incidirá sobre 
pequenas glebas rurais se exploradas por proprietário que não possua outro 
imóvel (Art.153, §4°, II, CF88). 
(B) ERRADA. Expressa sim, específica não. É o caso da competência residual, 
expressa, mas não específica quanto ao fato gerador do novo imposto a ser 
criado. 
(C) ERRADA. A Constituição autoriza a União a instituir impostos sobre grandes 
fortunas, desde que o faça por meio de LEI COMPLEMENTAR. Se o art.146, III, 
''a', CF88, já fala em lei complementar estabelecer normas gerais para todos 
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os impostos, então, o comandodo art.153, VII, deve ser no sentido de a lei 
complementar ali referida ser para a instituição do IGF, e não somente para 
estabelecer normas gerais a respeito. 
(D) ERRADA. Não incide IPI sobre os produtos destinados ao mercado externo 
(Art.153, §3°, III, CF88). 
(E) ERRADA. Não são quaisquer impostos, mas somente o IPI e o ICMS, 
quanto aos produtos nacionais ou nacionalizados. 
GABARITO: A 
19- (PROCURADOR DA FAZENDA NACIONAL 2004 ESAF) Com atenção 
aos princípios do sistema tributário nacional, marque com V a assertiva 
verdadeira e com F a falsa, assinalando ao final a opção correspondente. 
( ) O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e 
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de 
comunicação - ICMS sujeita-se ao princípio da não-cumulatividade, podendo a 
lei que o instituir observar o princípio da seletividade. 
( ) O imposto sobre produtos industrializados (IPI) sujeita-se ao princípio da 
não-cumulatividade, em função da essencialidade do produto. 
( ) O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza sujeita-se aos 
princípios da generalidade, uniformidade e progressividade. 
( ) O princípio da legalidade tributária remonta à Declaração dos Direitos do 
Homem e do Cidadão. 
a) V, F, F, F 
b) V, V, V, V 
c) F, F, V, V 
d) V, F, V, F 
e) V, V, V, F 
Resolução 
( ) VERDADEIRO. Princípio da não-cumulatividade do ICMS (art.155, §2°, I, 
CF88); facultatividade quanto ao princípio da seletividade (art.155, §2°, III, 
CF88). 
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( ) FALSO. O imposto sobre produtos industrializados (IPI) sujeita-se ao 
princípio da SELETIVIDADE, E NÃO NÃO-CUMULATIVIDADE, em função da 
essencialidade do produto. 
( ) FALSO. O imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza sujeita-se 
aos princípios da generalidade, UNIVERSALIDADE, E NÃO uniformidade, e 
progressividade. 
( ) FALSO. O princípio da legalidade tributária remonta à Carta Magna inglesa, 
de 1215, do Rei João Sem Terra. 
GABARITO: A 
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1.8. IMPOSTOS EXTRAORDINÁRIOS (Art.154, II) 
Art. 154. A União poderá instituir: [...] 
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos 
extraordinários, compreendidos ou não em sua competência 
tributária, os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as 
causas de sua criação. 
Qualquer hipótese de incidência pode ser eleita pelo legislador ordinário 
federal. 
Compreendidos ou não em sua competência tributária - não há aqui 
invasão de competência, mas sim uma possibilidade de bitributação 
constitucionalmente autorizada. 
1.8.1. EXCEÇÃO A PRINCÍPIOS GERAIS 
Excepcionam os princípios da Anterioridade do Exercício Financeiro e da 
Anterioridade Nonagesimal (art.150, §1°, CF88). 
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20- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL 2003 ESAF) Avalie o acerto 
das afirmações adiante e marque com V as verdadeiras e com F as falsas; em 
seguida, marque a opção correta. 
( ) A base de cálculo do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros, 
quando a alíquota seja específica, é o preço normal que o produto, ou seu 
similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda em condições de 
livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada do produto no 
País. 
( ) É facultado ao Poder Executivo, nas condições e nos limites estabelecidos 
em lei, alterar as alíquotas ou as bases de cálculo do imposto sobre a 
importação de produtos estrangeiros. 
( ) A posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, localizado fora 
da zona urbana do Município, não constitui fato gerador do imposto sobre 
propriedade territorial rural. 
a) F, V, F 
b) F, F, V 
c) F, F, F 
d) V, F, V 
e) V, V, F 
Resolução 
( ) FALSA. Se Alíquota Específica: BC = a quantidade de mercadoria 
expressa na unidade de medida estabelecida. 
( ) FALSA. É facultado ao Poder Executivo, nas condições e nos limites 
estabelecidos em lei, alterar SOMENTE as alíquotas, MAS NÃO as bases de 
cálculo, do imposto sobre a importação de produtos estrangeiros (art.153, §1°, 
CF88). 
( ) FALSA. A posse de imóvel por natureza, como definido na lei civil, 
localizado fora da zona urbana do Município, CONSTITUI fato gerador do 
imposto sobre propriedade territorial rural (art.29, CTN). 
GABARITO: C 
21- (AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL - Tecnologia da 
Informação 2005 ESAF) Sobre o Imposto sobre a Propriedade Predial e 
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Territorial Urbana (IPTU), previsto no artigo 156, I, da Constituição Federal, de 
competência dos municípios, é incorreto afirmar que 
a) terá alíquotas progressivas em razão do valor do imóvel. 
b) poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização do imóvel. 
c) poderá ter alíquotas diferentes de acordo com o uso do imóvel. 
d) poderá ter suas alíquotas progressivas no tempo, no caso de solo urbano 
não edificado, subutilizado ou não utilizado. 
e) terá como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel 
localizado em zona urbana. 
Resolução 
a) INCORRETA. PODERÁ TER, E NÃO "terá" alíquotas progressivas em razão do 
valor do imóvel (art.156, §1°, I, CF88). 
b) poderá ter alíquotas diferentes de acordo com a localização do imóvel 
(art.156, §1°, II, CF88). 
c) poderá ter alíquotas diferentes de acordo com o uso do imóvel (art.156, 
§1°, II, CF88). 
d) poderá ter suas alíquotas progressivas no tempo, no caso de solo urbano 
não edificado, subutilizado ou não utilizado (art.182, §4°, II, CF88). 
e) terá como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de imóvel 
localizado em zona urbana (art.32, CTN). 
Em que pese o rigor de se considerar errada a alternativa "a" ("poderá ter" em 
vez de "terá"), essa alternativa era a "menos correta" das cinco. 
GABARITO: A 
A título de esclarecimento, é interessante repetir o diagrama das espécies 
tributárias: 
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DIAGRAMA DAS 5 ESPÉCIES TRIBUTÁRIAS: 
Observação: Na verdade, quando do julgado em que o STF expressou que 
são cinco as espécies tributárias (1992), ainda não existia a Contribuição para 
o Custeio do Serviço de Iluminação Pública (COSIP ou CIP), pois ela foi 
inserida na CF88 pela Emenda Constitucional n° 39/2002. Mas, entendo ser 
adequado o seu enquadramento como mais uma da espécie "Outras 
Contribuições Tributárias". 
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Das que constam no diagrama acima, vamos tratar, nesta aula, das 
contribuições sociais e das contribuições especiais. 
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2. CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 
A competência para a instituição de contribuições sociais e de contribuições 
especiais (art.149, CF88) é privativa da União, exceto quanto às contribuições 
para o custeio do regime previdenciário dos servidores dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, a ser cobrada desses servidores, pelos respectivos 
entes políticos (art.149, §1°). 
As contribuições sociais a que alude o caput do art.149, podemos classificar 
em: (i)

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