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¹ Graduando do Curso de Odontologia pelo Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais - CESCAGE. E-mail: gelysonpontarollo@hotmail.com. ² Especialista, Mestre e Doutora em Dentistica Restauradora. Professora orientadora do Centro de Ensino Superior dos Campos Gerais – CESCAGE. E-mail: fcoppla@hotmail.com. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 ESTRATÉGIAS PARA REDUÇÃO DA SENSIBILIDADE DENTAL APÓS CLAREAMENTO: REVISÃO DE LITERATURA Gelison Danilo Pontarollo¹ Fabiana Madalozzo Coppla² RESUMO: Os tratamentos estéticos vêm crescendo consideravelmente na odontologia e nos dias atuais o clareamento dental tem se destacado por tratar-se de um procedimento conservador e com resultados satisfatórios. O clareamento dental pode ser realizado em consultório com altas concentrações e de forma caseira supervisionada pelo cirurgião dentista, utilizando moldeiras individuais e peróxidos de baixas concentrações. O clareamento caseiro ou realizado no consultório podem trazer efeitos indesejáveis aos pacientes como a sensibilidade dental. Essa revisão de literatura foi realizada através de buscas por artigos científicos em bases de dados como SCIELO, Google Acadêmico, PUBMED/MEDLINE e LILACS com o objetivo de avaliar as estratégias que são utilizadas a fim de minimizar a sensibilidade após o clareamento dental. Dentre elas, a redução da frequência e do tempo do uso do gel clareador, redução da concentração de peróxido de hidrogênio, utilização de medicamentos de uso tópico e sistêmico. Pode-se concluir que de todas as alternativas encontradas na literatura, a que trouxe melhores resultados foi a aplicação de dessensibilizantes de uso tópico como nitrato de potássio e fluoreto de sódio previamente ao clareamento, porém nenhum foi capaz de eliminar completamente esse efeito adverso. PALAVRAS-CHAVE: CLAREAMENTO DENTAL, SENSIBILIDADE DA DENTINA, PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO. STRATEGIES FOR DENTAL SENSITIVITY REDUCTION AFTER GLAZING: LITERATURE REVIEW ABSTRACT: Aesthetic treatments have been growing considerably in dentistry and in the present day dental bleaching has been outstanding because it is a conservative procedure and with satisfactory results. Dental bleaching can be performed in a high concentration, home-based office supervised by the dental surgeon, using individual trays and low concentration peroxides. Home bleaching or in-office bleaching can bring undesirable effects to patients such as tooth sensitivity. This review of the literature was carried out through searches of scientific articles in databases such as SCIELO, Google Scholar, PUBMED / MEDLINE and LILACS, in order to evaluate the strategies that are used to minimize sensitivity after dental bleaching. Among them, the reduction of the frequency and time of the use of bleaching gel, reduction of hydrogen peroxide concentration, use of topical and CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 systemic drugs. It can be concluded that of all the alternatives found in the literature, the one that brought better results was the application of topical desensitizers such as potassium nitrate and sodium fluoride prior to bleaching, but none were able to completely eliminate this adverse effect. KEYWORDS: DENTAL CLARIFICATION, DENTINAL SENSITIVITY, HYDROGEN PEROXIDE. 1 INTRODUÇÃO A procura pelos tratamentos estéticos vem crescendo consideravelmente na Odontologia e nos dias atuais o clareamento dental vem tendo um amplo destaque por tratar-se de um procedimento seguro e conservador (COPPLA et al., 2016; BONAFÉ et al., 2013). Entretanto, para atingir resultados satisfatórios na prática clareadora e reduzir o risco de efeitos adversos, o cirurgião-dentista precisa ter conhecimento sobre os produtos e técnicas clareadoras utilizadas para esse procedimento (BARATIERI et al., 2003; KINA et al., 2015). O clareamento dental pode ser realizado através de diferentes técnicas: clareamento caseiro supervisionado pelo cirurgião-dentista (BARBOSA et al., 2015) onde se utilizam moldeiras individuais com peróxidos de baixa concentração (3% a 22%) e clareamento em consultório onde se utilizam peróxidos em altas concentrações, variando de 20% a 38% (REZENDE et al., 2013; SIQUEIRA et al., 2014; COPPLA et al., 2016). Apesar de ser considerado um tratamento seguro, pode apresentar alguns efeitos indesejáveis como, por exemplo, a sensibilidade dental, irritação e inflamação gengival, inflamação pulpar, toxidade, desmineralização, reabsorção cervical, alterações do pH dental e aumento das rachaduras do esmalte (MANDARINO et al., 2003; SOSSAI et al., 2011). No entanto a sensibilidade dental é um efeito adverso que atinge em média 96% dos pacientes (COPPLA et al., 2018) fazendo com que alguns pacientes abandonem o tratamento. Desde o inicio do clareamento dental várias pesquisas tem sido feitas com o objetivo de minimizar os efeitos adversos do uso das técnicas do clareamento dental (HAYWOOD 2005; MARSON et al,. 2008; SOSSAI et al 2011; COPPLA et al., 2018). Dentre elas, redução da frequência e do tempo do uso do gel clareador (ARAUJO JUNIOR, 2002) redução da concentração do peróxido de hidrogênio (DOMINGUES, 2014) utilização de medicamentos de uso tópico como Nitrato de Potássio (CERQUEIRA et al., 2013; REIS et al., 2011) e medicamentos de uso sistêmico (REZENDE et al., 2016; DE PAULA et al., 2013; COPPLA et al., 2018) porém nenhuma dessas técnicas de acordo com a literatura foram capaz de eliminar completamente a sensibilidade dental. Portanto o objetivo dessa revisão de literatura foi relatar as alternativas utilizadas para a redução da sensibilidade após clareamento dental. 2 MATERIAIS E MÉTODOS CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 Esta revisão de literatura foi realizada através de buscas por artigos científicos, monografias e clássicos da literatura em bases de dados como SCIELO, Google Acadêmico, PUBMED/MEDLINE, LILACS, com artigos em línguas portuguesa e inglesa. Também foram utilizadas outras fontes, como livros didáticos na área de Odontologia, bem como trabalhos acadêmicos de pós- graduação e mestrado. Foram abrangidos no estudo, trabalhos que envolvessem os temas “sensibilidade dental após clareamento”, “clareamento dental” e “redução da sensibilidade”. Foram encontrados 100 artigos, onde foram selecionados 43 artigos que possuíam relevância clínica e científica para essa pesquisa e os que não se enquadravam no assunto principal e respectivos itens avaliados foram excluídos da revisão. 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 CLAREAMENTO DENTAL Klusmier em 1968 analisou que os pacientes em que ele prescrevia um antisséptico contendo peróxido de carbamida 10% aplicado em portadores de aparelhos removíveis a fim de melhorar a condição gengival também apresentava um efeito clareador. Dessa maneira este foi considerado o início do clareamento dental com moldeiras de uso noturno. Haywood e Heymann em 1989 publicaram pela primeira vez um estudo clínico onde relataram o uso de moldeiras termoplásticas individuais para reter o gel de peróxido de carbamida 10%, sendo que esta técnica passou a ser chamada de “night guard vital bleaching” ou técnica de clareamento caseiro ou doméstico, sendo que o própriopaciente aplicava o gel clareador em casa durante a noite, por aproximadamente 7 horas. Foram realizados controles de 2 e 5 semanas e apesar de serem observados já nas primeiras semanas um efeito clareador, o efeito esperado foi atingido após 5 semanas de tratamento e sem nenhum efeito deletério. Essa técnica tornou-se uma das mais utilizadas, segura e econômica até os dias atuais. Heymann et al, (2005) dividiram o clareamento em 3 técnicas diferentes: clareamento caseiro supervisionado pelo dentista, clareamento de consultório e clareamento com medicamentos de venda livre. Descreveram que o clareamento mais popular é o clareamento caseiro, em que o paciente usa uma moldeira individual e agentes clareadores de baixa concentração. Já o clareamento de consultório em geral envolve a utilização de peróxido de hidrogênio com concentrações mais elevadas (25 a 35%) para serem aplicados com a proteção dos tecidos moles, por um período de tempo menor e o uso opcional de fontes de luz. Esta técnica é indicada para aqueles pacientes que não tem tempo suficiente para realizar a técnica em casa, para os que apresentam problemas com a utilização de moldeiras ou possuem muitas lesões cervicais não cariosas, como retrações e abfrações, que podem ser protegidas com as barreiras gengivais, entretanto dificilmente se consegue um resultado satisfatório com apenas uma aplicação. O autor relatou que os medicamentos de venda livre seria uma opção mais barata de clareamento, mas que podem ser efetiva igualmente aos produtos usados com supervisão do dentista, se forem utilizados bons materiais. Quando administrado corretamente, o autor considera o clareamento dental um dos procedimentos estéticos mais seguros CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 e conservadores disponíveis atualmente. Braun et al, (2007) avaliaram duas concentrações de peróxido de carbamida (PC) e a correlação entre a concentração do peróxido utilizado e a eficiência do clareamento dental. Em seu estudo duplo cego, os indivíduos foram organizados em 3 grupos (n=10): peróxido de carbamida 10%, peróxido de carbamida 17% e grupo controle 0%. Os voluntários usaram o gel clareador durante 2 horas diárias durante 1 semana. A cor foi analisada através da escala de cor Vitapan 3D (Vita Zahnfabrik, Bad Säckingen, Alemanha) e espectrofotômetro (SpectroShadeTM, MHT, Niederhasli, Switzerland) determinando o valor de L, C e H. a cor foi avaliada diariamente durante o clareamento e após 2 semanas do término do tratamento. Os autores puderam observar que após 1 aplicação do gel clareador não houve diferença entre o grupo controle e experimental (PC 10% e PC17%). Os grupos divergiram do grupo controle a partir do sétimo dia para o PC 10% e do terceiro dia para o PC 17%. Não houve diferença na efetividade ao término do clareamento entre PC 10% (∆L 2,6) e PC 17%(∆L 2,8), mas foram estatisticamente diferentes do grupo controle (∆L 0,1). Os autores concluíram que não houve diferença entre os métodos de avaliação de cor e as duas concentrações do gel clareador (PC 10% e PC 17%) proporcionaram clareamento semelhante após 1 semana de tratamento. Com o uso do PC 17% foi verificado maiores alterações na luminosidade e clareamento dental mais rápido. Após o tratamento foi observado recidiva da cor dos dentes para as duas concentrações de PC avaliadas, mas a cor permaneceu mais clara quando comparada a coloração inicial dos dentes. Marson et al, (2008) analisaram clinicamente o uso de diferentes fontes de ativação por luz no resultado de tratamentos de clareamento em consultório com um peróxido de hidrogênio a 35%. Selecionaram 40 pacientes entre 18 e 28 anos que não apresentassem cáries ou restaurações nos dentes anteriores, com uma boa higiene oral, livres de doença periodontal ou irritação gengival, não fumantes e sem lesões cervicais ou quaisquer sensações dolorosas. Foram excluídos do estudo pacientes em estado de gravidez ou amamentação, com manchas severas (tetraciclina, fluorose ou endodontia) ou que já tivessem realizado clareamentos anteriores ao estudo. A avaliação da cor foi registrada antes e depois do procedimento clareador, utilizando dois métodos: escala de cores e espectrofotômetro. Os indivíduos foram divididos aleatoriamente em quatro grupos com n = 10, onde: G1 = clareamento com peróxido de hidrogênio 35%; G2 = clareamento com peróxido de hidrogênio 35% + ativação com luz halógena; G3 = clareamento com peróxido de hidrogênio 35% + ativação com LED Demetron e G4 = clareamento com peróxido de hidrogênio 35% + ativação com LED/ laser Biolux. Os autores relataram a efetividade do clareamento de dentes vitais com peróxido de hidrogênio 35%, porém concluíram que o uso de quaisquer fontes de luz testados não apresentaram melhora. Santos et al, (2010) realizaram um estudo in vivo com a finalidade de comparar os resultados entre as técnicas de clareamento caseiro supervisionado e em consultório. Foram selecionados 56 pacientes que CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 apresentaram dentes com vitalidade e dividiram esses aleatoriamente em 4 grupos de 14 indivíduos cada, de acordo com o material e procedimento clareador utilizado: G1: peróxido de carbamida 35%; G2: peróxido de hidrogênio 35%; G3: peróxido de carbamida 16% e G4: peróxido de hidrogênio 5,5%, todos os clareadores foram utilizados segundo as orientações dos fabricantes. Verificaram que ambas as técnicas e substâncias são eficazes, todavia os clareadores com maior concentração de peróxido de hidrogênio apresentaram uma maior alteração de cor, bem como a longevidade desta alteração. Jiang et al, (2008) realizaram um estudo a fim de investigar os efeitos de 30% de Peróxido de hidrogênio no esmalte dentário humano. Os espécimes foram divididos aleatoriamente em três grupos e tratados com água destilada, HCl e HP, respectivamente. Espalhamento Raman e fluorescência de esmalte induzida por laser foram determinados antes e depois tratamento. Também foram utilizados teste de microdureza e microscopia eletrônica de varredura. Os resultados do espalhamento Raman mostraram que a intensidade relativa de Raman do esmalte mudou significativamente após HP e tratamento com HCl. Esses achados foram consistentes com os resultados do teste de microdureza e observações morfológicas. A fluorescência induzida por laser revelou que o HP causou a maior redução de fluorescência. Isso sugeriu que a matéria orgânica no esmalte pode ser muito afetado pela PH, que também foi apoiada pelo resultado de microdureza. Assim, concluiram que os 30% PH pode ter efeitos adversos sobre o mineral e a matéria orgânica do esmalte dentário humano. 3.2 SENSIBILIDADE APÓS CLAREAMENTO Desde o início do clareamento dental, diversos trabalhos in vitro e in situ têm sido realizados com o objetivo de avaliar os efeitos adversos do uso das técnicas de clareamento dental (SOSSAI et al 2011). Segundo Baratieri et al (2003) a sensibilidade dental que ocorre no clareamento normalmente não é severa e quando presente, ocorre apenas quando os dentes são expostos as trocas térmicas, nos primeiros dias de tratamento e nas primeiras horas após a remoção da placa. Para Marson e colaboradores (2008) em relação à sensibilidade dental e irritação gengival, relatam que é um efeito adverso muito comum em pacientes que optam por realizar a técnica caseira, embora também aconteça naquelespacientes que realizam o tratamento clareador optando pela técnica de consultório, porém com menor frequência. A principal explicação para apresentar sensibilidade na técnica caseira esta no fato de haver um tempo maior de contato entre o gel clareador e a estrutura dental, quando comparado à técnica de consultório. Em pesquisa realizada por Paraiso et al, (2008) quanto a irritação gengival na utilização do peróxido de carbamida a 16% somente 2 pacientes, em um total de 13, desenvolveram gengivite leve. Sendo que o restante não apresentou alteração gengival durante o tratamento. Desse modo é possível indicar que o aumento da concentração e do tempo de exposição do peróxido podem causar alterações inflamatórias gengivais de grau leve. Segundo Jorgensen et al (2002) o CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 peróxido de hidrogênio quando em concentrações de 30 a 38% é extremamente caustico, sendo capaz de gerar irritação e queimaduras quando em contato com tecidos moles. Um dos efeitos adversos mais encontrados no clareamento de dentes vitais é a sensibilidade dentária. Sabe- se que este tratamento só é possível devido algumas características dos agentes clareadores, como o baixo peso molecular de alguns componentes químicos ativos, dentre eles o peróxido de hidrogênio e a sua capacidade de difusão pelo esmalte e dentina, podendo atingir a polpa. Esta difusão pelos tecidos dentais ainda pode ser aumentada na presença de dentina exposta em áreas de recessões gengivais, defeitos na junção cemento- esmalte, defeitos no esmalte, ou em áreas marginais entre o dente e a restauração. (DAHL et al, 2003; ARAGÃO, 2011; VIEIRA et al, 2015). 3.3 MÉTODOS UTILIZADOS PARA MINIMIZAR A SENSIBILIDADE 3.3.1 Redução do Tempo do Gel Clareador Cardoso (2006) realizou um estudo clínico onde avaliou o resultado da cor e a influência do tempo de aplicação do agente clareador peróxido de carbamida 10% utilizado no clareamento caseiro supervisionado pelo cirurgião dentista. Para esse estudo, selecionou 60 pacientes onde foram divididos em 4 grupos de acordo com o tempo de aplicação diário do gel clareador: Grupo I (n=15): 15 minutos; Grupo II (n=15): 30 minutos; Grupo III (n=15): 1 hora; Grupo IV (n=15): 8 horas, ambos os grupos utilizando por um período de 16 dias de aplicação do gel. A cor foi determinada utilizando espectrofotômetro e escala de cor visual e concluiu que o tempo de aplicação de 1 hora pode alcançar a mesma mudança de cor que o de 8 horas durante 16dias; o tempo de aplicação de 15 minutos quando prolongado por 28 dias apresentou resultados satisfatórios na análise qualitativa; a sensibilidade dental foi maior no tempo de aplicação de 8 horas e não houve diferença estatística entre os métodos de mensuração de cor. Kose et al (2016) realizaram um estudo com o objetivo de comparar a eficácia clareadora e a sensibilidade dentinária do clareamento em consultório, aplicado sob diversos protocolos de tempo. Foram submetidos a esse estudo 53 pacientes distribuídos aleatoriamente em três grupos: (1 × 15), dois (2 × 15), ou três (3 × 15) aplicações de 15 minutos. As superfícies labiais dos dentes anteriores foram clareadas usando um gel de peróxido de hidrogênio a 35%, onde foi realizada duas sessões de clareamento com intervalo de uma semana entre elas. A avaliação da cor foi realizada com um guia visual de cores e espectrofotômetro antes e 30 dias após o clareamento. Em relação a sensibilidade dentária, os participantes gravaram com uma escala verbal de cinco pontos. O clareamento significativo foi observado em todos os grupos, com eficácia clareadora estatisticamente menor para o grupo 1 × 15 (p <0,05). O risco absoluto de sensibilidade dentária (intervalo de confiança de 95%) foi menor para o grupo 1 × 15 do que para os outros grupos (p <0,05). A intensidade da sensibilidade do grupo 3 × 15 foi estatisticamente superior à associada aos demais protocolos (p <0,05). Sendo assim, concluiram que uma única aplicação de 15 minutos produziu menos sensibilidade, mas reduziu a eficácia clareadora. O protocolo com 2 × 15 produziu um grau de eficácia CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 clareadora similar ao do grupo 3 × 15, mas com intensidade total reduzida de sensibilidade dental. 3.3.2 Redução da Concentração do Gel Clareador Quando os agentes clareadores são usados em altas concentrações, as probabilidades de ocorrerem maiores níveis de sensibilidade pulpar e periodontal aumentam devido o alto grau de atuação dos peróxidos. Em decorrência das maiores proporções dos clareadores a superfície do esmalte clareado passa por um processo maior de desmineralização, necessitando de aplicações de flúor antes e depois da sessão de clareamento. Portanto, quanto maior a concentração, mais rápido e mais efetivo o clareamento dental, buscando de forma mais acelerada o nível de cor desejada (PASQUALI et al, 2014). Basting et al, (2012) realizaram um estudo clínico a fim de comparar a eficácia e a sensibilidade dentária, utilizando peróxido de carbamida 10% e 20% para uso doméstico usados 2 horas por noite, durante 3 semanas, e peróxido de hidrogênio a 35% e 38% usados no consultório, onde foram realizadas 3 aplicações em 3 sessões com intervalo de 7 dias, todos contendo agentes dessensibilizantes. Quatro agentes foram avaliados: peróxido de carbamida 10%, peróxido de carbamida 20%, (ambos com 0,5% de nitrato de potássio e 0,11% de íons de flúor) peróxido de hidrogênio a 38% (contendo 3% de nitrato de potássio e 1,1% de íons de flúor) e peróxido de hidrogênio a 35% (contendo nitrato de potássio). O estudo teve 100 voluntários que foram atribuídos entre as técnicas de clareamento onde foram avaliados uma semana antes, duas semanas e três semanas após o inicio do tratamento, pedindo aos participantes que classificassem a sensibilidade durante o tratamento como ausente, leve, moderada ou grave. Segundo os autores, 13,8% dos participantes se retiraram do estudo devido a sensibilidade dentinária e 43,2% apresentaram algum tipo de densibilidade durante o clareamento. Houve uma prevalência significativa de sensibilidade durante o clareamento com uso de Peróxido de carbamida 20% com 71,4% dos voluntários comparado aos que usaram peróxido de hidrogênio a 38% no consultório. Rezende et al, (2014) realizaram um estudo com 30 pacientes com o objetivo de avaliar a sensibilidade dental no clareamento de dentes vitais, onde foram divididos em dois grupos (n=15) um para clareamento caseiro utilizando Peróxido de Hidrogênio 6% (Mix Day, Villevie) durante 4 semanas e outro para clareamento em consultório utilizando Peróxido de Hidrogênio 35% (Mix One Supreme, Villevie) em 2 sessões. Observou que 73% dos pacientes apresentaram sensibilidade dental no grupo de clareamento caseiro e 80% no clareamento de consultório, sendo a maioria de intensidade leve. De acordo com Rezende e colaboradores (2014) a sensibilidade dental é um dos efeitos adversos frequentemente identificados durante o tratamento clareador, especialmente quando se utiliza peróxidos mais concentrados, sendo capaz de variar de sensibilidade leve a sensibilidade severa, sendo que sua intensidade diminui com o passar do tempo, não ultrapassando de 48 horas. Chemin et al (2018) avaliaram em seu estudo o risco e a intensidade da sensibilidade dentária e da mudança CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOSCAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 de cor do clareamento dental caseiro utilizando peróxido de hidrogênio a 4% e 10%. Selecionaram 78 pacientes de acordo com os criterios de inclusão e exclusão em dois grupos: peróxido de hidrogênio 4% e peróxido de hidrogênio 10% (White Class, FGM). Ambos os grupos realizaram o clareamento caseiro por um periodo de 30 minutos, duas vezes ao dia, durante duas semanas. A cor foi avaliada no Vita Classical, no Vita Bleachedguide 3D- MASTER e no espectrofotômetro Vita Easyshade (Vita Zahnfabrik) no início, durante o clareamento (primeira e segunda semanas) e após o clareamento (um mês). Apos analise dos resultados, observaram que o risco e a intensidade de sensibilidade dentária firam maiores no grupo que utilizou peróxido de hidrogênio 10% do que aqueles que utilizaram peróxido de hidrogênio a 4%. Os dados de mudança no número de unidades guia de cores e variação de cor após um mês de clareamento para ambos os grupos mostraram clareamento significativo, sem diferença entre os grupos e concluiram que o clareamento caseiro em concentrações de 4% e 10% de peróxido de hidrogênio é eficaz, mas na concentração de 10% aumentou o risco absoluto e a intensidade da sensibilidade dentária durante o clareamento caseiro. 3.3.3 Medicamentos de Uso Tópico Marson et al,(2005) avaliaram clinicamente a sensibilidade dental em pacientes submetidos ao clareamento através da técnica caseira. Neste estudo os pacientes que apresentaram sensibilidade dental média e severa foram instruídos a aplicar diariamente por 5 minutos após o tratamento clareador, fluoreto de sódio neutro em gel a 1,1% nas moldeiras. Constatou-se que todos pacientes que fizeram uso do flúor relataram diminuição da sensibilidade dental. Para Vieira et al, (2015) quando o flúor entra em contato com a estrutura dental, formam-se cristais de fluoreto de cálcio, quando reagem quimicamente com íons cálcio e fosfato, diminuindo o diâmetro dos túbulos dentinários e dificultando a penetração dos géis, podendo atuar como um reservatório de flúor. Reis et al, (2011) com o intuito de avaliar a intensidade da sensibilidade dental após clareamento, realizaram um estudo clinico duplo cego com 30 pacientes, onde foram divididos aleatoriamente em grupo experimental e grupo placebo. Assim, foi aplicado nitrato de potássio a 5% e gel dessensibilizante a 2 % de fluoreto de sódio na superfície vestibular dos dentes durante 10 minutos dos participantes do grupo experimental, e gel placebo nos participantes do grupo controle, sendo que o gel placebo continha a mesma composição de dessensibilizante utilizada no grupo experimental, com a única diferença que não continha os princípios ativos de nitrato de potássio e fluoreto de sódio. Utilizou peroxido de hidrogênio a 35% como gel clareador para os dois grupos. Dentro das limitações dessa investigação os autores concluem que o uso de um gel dessensibilizante com base em nitrato de potássio a 5% e fluoreto de sódio a 2% antes do clareamento dental no consultório reduz a prevalência e a intensidade da sensibilidade dentária induzida pelo clareamento. Cerqueira et al, (2013) realizaram um estudo com o objetivo de avaliar clinicamente o efeito de um agente dessensibilizante utilizado previamente a aplicação de um gel de CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 peróxido de hidrogênio 20% contendo cálcio (PH20) na efetividade do clareamento e sensibilidade dental. Foram selecionados 30 pacientes divididos em grupo placebo e grupo experimental. Um gel placebo ou dessensibilizante foi aplicado durante 10 minutos antes do clareamento de consultório realizado com peroxido de hidrogênio 20%, em duas sessões com aplicação única de 50 minutos. Esse protocolo foi repetido na primeira e segunda sessão com intervalo de 7 dias, sendo que os pacientes utilizaram uma escala de 0 a 4 para anotar a sensibilidade dental. Ao final do tratamento houve relato de sensibilidade dental de 33% no grupo placebo e 20% no grupo experimental, sendo que a intensidade da sensibilidade dental foi similar aos dois grupos. Assim concluiu que o uso de um agente dessensibilizante não reduziu a prevalência e intensidade da sensibilidade. Rezende et al, (2013) realizaram um estudo a fim de comparar a sensibilidade dentária após o clareamento em consultório após o uso de dipirona tópica ou gel placebo. O estudo clínico de boca dividida, triplo cego, foi composto por 120 indivíduos. As superfícies do dente dos lados direito e esquerdo do arco maxilar foram designadas para receber dipirona tópica ou gel placebo antes da 2 sessão de clareamento em consultório realizado com peróxido de hidrogênio a 35% separadas por 2 semanas. Foram utilizadas escalas visuais e analógicas numéricas para registrar a sensibilidade dentária durante e até 48 horas após o clareamento. A mudança de cor dentária desde o início até 1 mês após o clareamento foi medida com guia de cores e medidas espectrofotométricas. Nenhuma diferença estatisticamente significativa foi encontrada no risco absoluto de sensibilidade dentária entre os géis de dipirona e placebo (83% e 90%) respectivamente. Concluiram que o uso tópico de dipirona antes do clareamento dental, nos níveis utilizados neste estudo, não reduziu o risco ou a intensidade da sensibilidade dentária induzida pelo clareamento. Wang et al. (2015) realizaram uma revisão sistemática para avaliar a eficácia do nitrato de potássio e sódio fluoreto como agentes dessensibilizantes durante o tratamento de clareamento dental. Uma pesquisa eletrônica sistemática da literatura foi realizada na Cochrane Centro de Registro de Ensaios Controlados, MEDLINE (PubMed) e Embase em abril de 2014 em inglês e sem tempo restrições. Dados dicotômicos foram resumidos por odds ratio (OR) com 95% de intervalo de confiança (IC) e dados contínuos foram resumidos por diferença média (MD) ou média padronizada diferença (SMD) com intervalo de confiança de 95% (IC). As análises estatísticas foram realizadas por meio de Revisão Gerente 5.2. Para avaliação de porcentagem dos pacientes com sensibilidade dental (POTS), o pool de OR dos sensibilizadores. O placebo foi de 0,45 (IC 95%: 0,28-0,73, P = 0,29). O pool de SMD de sensibilizadores versus placebo foi de 0,47 (IC 95%: 0,77 a 0,18, P = 0,13) na avaliação do nível de sensibilidade dentária (LOTS). O resultado da avaliação de clareamento permaneceu inconsistente ao avaliar a diferença da unidade de guia de cores (DSGU ou SGU) e diferença de cor (DE). Concluíram que nitrato de potássio e fluoreto de sódio reduz a sensibilidade dental, embora não tenha sido encontrada uma conclusão consistente da alteração da cor do dente. CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 Maran et al (2018), realizaram um estudo clínico randomizado para avaliar o risco e a intensidade da sensibilidade e a alteração de cor após o clareamento caseiro com um agente dessensibilizante (nitrato de potássio a 3% e 0,2% de fluoreto de sódio) e gel de peróxido de carbamida (CP) a 10% sem dessensibilizante (Whiteness Perfect, FGM). Esse estudo triplo-cego foi realizado em 60 pacientes adultos livres de doença. Cada participante utilizou o gel em uma bandeja declareamento por 3 horas diariamente durante 21 dias em ambas as arcadas dentárias superiores e inferiores. O risco e a intensidade do TS foram avaliados diariamente através da escala de 0-10 VAS e NRS durante 21 dias. Quanto a mudança de cor, foi gravado usando guias de sombra (Vita Classical e Vita Bleachedguide) e o espectrofotômetro Easyshade em linha de base, semanalmente e 30 dias após o final do clareamento. O risco e a intensidade da ST foram avaliados pelo McNemar e Wilcoxon Signed Rank, respectivamente. A mudança de cor (ΔSGU e ΔE) foi avaliada pelo Teste de Mann-Whitney e um teste t pareado, respectivamente (α = 0,05). Sendo assim, concluiram que não houve diferença na ST e mudança de cor (p> 0,05). A incorporação de nitrato de potássio e fluoreto de sódio em 10% de peróxido de carbamida testado neste estudo não reduziu a sensibilidade e não afetou a mudança de cor. Parreiras et al, (2018), realizaram um estudo clínico triplo cego com 42 pacientes para verificar a eficácia de um gel dessensibilizante que continha 5 % de nitrato de potássio e 5 % de glutaraldeído aplicado antes do clareamento em consultório com 35% de peróxido de hidrogênio. O tratamento com os géis de dessensibilização ou controle placebo foi atribuído à metade dos dentes superiores em um desenho de boca dividida, aplicados por 10 minutos no esmalte dentário. A diferença no risco de desenvolver a sensibilidade dentária entre o grupo de gel dessensibilizante e grupo controle foi estatisticamente significante, bem como a diferença na intensidade da dor nas primeiras 24 horas. Os autores concluíram que a aplicação de gel dessensibilizante contendo 5% de nitrato de potássio e 5% de glutaraldeído antes do clareamento com PH 35% reduziu o risco e a intensidade da sensibilidade dentária, sem alterar a eficácia do clareamento. 3.3.4 Medicamentos de Uso Sistêmico Charakorn et al (2009) realizaram um estudo clínico duplo cego para determinar o efeito do Ibuprofeno 600 mg na sensibilidade do clareamento realizado em consultório utilizando peróxido de hidrogênio a 38%. Foram selecionados 31 pacientes os quais foram divididos em dois grupos. Grupo 1 (n=16) que recebeu um placebo (óleo colorido em cápsula transparente) e grupo 2 (n=15) que recebeu ibuprofeno 600 mg, orientados a administrar as cápsulas 30 minutos antes do tratamento. Foi aplicado PH 38%, duas vezes durante 20 minutos cada aplicação. Foi utilizado uma escala visual analógica (VAS) para avaliar o nível de sensibilidade 30 minutos antes do tratamento, imediatamente após o tratamento, depois 1 hora e 24 horas após o clareamento. Os pacientes classificaram seus níveis máximos de sensibilidade durante cada período em uma escala de 0 a 100 (0 = sem sensibilidade, 100 = sensibilidade insuportável). Apos analise dos resultados observaram que ao comparar os dois grupos em diferentes CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 momentos, o grupo ibuprofeno apresentou escores de sensibilidade estatisticamente significativamente menores imediatamente após o clareamento do que o grupo placebo, mas não em 1 hora ou 24 horas pós- clareamento. Para o grupo placebo, o efeito não foi significativo. Dentro das limitações do presente estudo, os autores concluíram que o uso de um analgésico pode ajudar a reduz a sensibilidade dentária durante o clareamento no consultório, mas não após o tratamento. De Paula et al, (2013) realizaram um estudo clínico randomizado triplo cego com 30 pacientes utilizando Ibuprofeno 400mg para o primeiro grupo e placebo para o segundo, para avaliar os efeitos da sensibilidade dental causada pelo clareamento dental. A primeira dose do medicamento foi administrada 1 hora antes da primeira sessão de clareamento utilizando peróxido de hidrogênio a 35% e a cada 8 horas durante dois dias após a primeira sessão. Em relação ao risco absoluto de sensibilidade dentária, não foi observada diferença significativa entre os grupos, sendo assim, o uso de ibuprofeno 400mg não reduz o risco de sensibilidade dentária. De Paula et al, (2013) realizaram um estudo com o objetivo de determinar o efeito do etoricoxibe 60 mg na sensibilidade dentária causada pelo clareamento em consultório. O estudo triplo cego com 30 indivíduos, que receberam placebo ou etoricoxib, os quais foram administrados 1 hora antes do procedimento clareador realizado com peróxido de hidrogênio a 35%, e após 24 horas. A avaliação da tonalidade da cor foi realizada antes e 30 dias após o clareamento com guia visual de cores e um espectrofotômetro. Concluiram que nao houve diferenças significativas na porcentagem de pacientes com sensibilidade dental e cor entre os grupos, e que o medicamento anti- inflamatório etoricoxib 60mg nao foi capaz de reduzir a presença e a intensidade da sensibilidade. De Paula et al (2014) avaliaram o efeito do ácido ascórbico 500mg administrado a cada 8 horas após o clareamento dental. Em um estudo clínico triplo cego, foram selecionados 39 pacientes que receberam placebo ou ácido ascórbico administrados 3 vezes ao dia durante 48 horas, sendo a primeira dose administrada 1 hora antes do procedimento clareador. Para o clareamento dental foi utilizado peróxido de hidrogênio a 35% em 2 sessões, com intervalo de uma semana. A sensibilidade dentária foi registrada até 48 após o clareamento e a cor foi realizada antes e 30 dias após o clareamento. Os autores concluíram que ambos os grupos mostraram um risco semelhante de sensibilidade dentária. O uso do ácido ascórbico 500 mg, três vezes ao dia, por via oral, não foi capaz de prevenir a sensibilidade dentária induzida pelo clareamento ou reduzir sua intensidade. Rezende et al, (2016) realizaram um estudo clínico com 63 pacientes divididos em dois grupos, afim de avaliar a diminuição da intensidade da sensibilidade dental. O primeiro grupo recebeu placebo e o segundo foi administrado dexametasona 8mg, 1 hora antes do clareamento dental em consultório, utilizando peróxido de hidrogênio a 35% e doses extras de 4mg administradas a cada 6 horas durante 48 horas. Em ambos os grupos os autores detectaram alto risco de sensibilidade dental que foi de aproximadamente 90%, sendo assim concluiram que o uso de dexametasona antes e depois do clareamento dental CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 nao foi capaz de prevenir e reduzir o risco e a intensidade de sensibilidade dental. Vaez SC, et al (2016) realizaram um estudo para determinar a eficácia da administração preventiva de etolodaco 400mg no risco e intensidade de sensibilidade dentária e o efeito do clareamento utilizando peróxido de hidrogênio 35%. Foram selecionados 50 pacientes para este estudo clínico, onde foi administrado placebo ou etodolaco 400mg, 1 hora antes do procedimento clareador. O tratamento clareador foi realizado em duas sessões com intervalo de 7 dias. A sensibilidade foi avaliada antes, durante e 24 após o procedimento, utilizando escala visual ou analógica e escala de classificação verbal e a avaliação da cor foi realizada 7 dias após cada sessão. Os autores concluiram que a administração preventiva de dose única de 400mg de etodolaco não afetou o risco de sensibilidade dentária nem o nível de sensibilidade relatado pelos pacientes, durante ou após o procedimento de clareamento dental durante o consultório. Coppla et al, (2018) realizaram um estudo clinico triplo-cego com 105 pacientes,com o objetivo de determinar se a combinação de um analgésico opióide com não opióide (Tylex) podem minimizar a sensibilidade dental pós clareamento dental de consultório. Os pacientes foram divididos em dois grupos onde um recebeu placebo e outro uma combinação de paracetamol 500mg / codeína 30mg, 1 hora antes do clareamento dental e mantiveram de 6/6horas durante 48h. Os dois grupos tiveram seus dentes clareados com peróxido de hidrogênio a 35%. O risco absoluto de sensibilidade dental foi de aproximadamente 96% nos dois grupos. Portanto, o uso da combinação paracetamol/codeína antes e após o clareamento em consultório não reduziu o risco e a intensidade de sensibilidade. 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO Essa revisão de literatura foi realizada com o intuito de analisar as alternativas que podemos utilizar para um paciente que apresenta sensibilidade dental após realizar clareamento, seja ele caseiro ou em consultório. Até o momento existem algumas pesquisas relacionadas com o tratamento das reações adversas que o clareamento pode vir a causar no paciente (SOSSAI et al 2011; MARSON et al 2005; BARATIERI et al 2003). A sensibilidade dental e irritação gengival, principais efeitos indesejáveis relatados pelos pacientes pode ser ocasionada devido o contato prolongado do gel com a estrutura dental, podendo causar de uma leve inflamação gengival a queimaduras nos tecidos moles da boca (MARSON et al 2008, PARAISO et al, 2008; JORGENSEN et al 2002; REZENDE et al 2014). Devido a esses problemas, muitos pacientes optam por interromper o tratamento, quando os cirurgiões dentistas não seguem os protocolos clínicos corretos (VIEIRA et al 2015). A sensibilidade dental é uma resposta intensa da polpa, quando recebe a ação de um estímulo agressivo pela exposição dos túbulos dentinários e aumento de permeabilidade (BRAMANTE et al 1996). Segundo a Teoria hidrodinâmica dos fluidos dentinários proposta por Brannstrom (1992) a sensibilidade é devida ao deslocamento do fluído tubular. Embora a metade do túbulo fosse destituída de nervos ou processos odontoblásticos o movimento do fluído dentro da dentina CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 traduz o estímulo superficial pela deformação dos mecano-receptores pulpares, causando dor. Da mesma maneira tenta-se aplicar isso no processo de clareamento, quando da passagem das moléculas e radicais ativos dos agentes clareadores pelos túbulos dentinários. (RHEINHEIMER, 2008). A exposição dental esta diretamente ligada com a concentração e com o tempo em que o gel clareador fica em contato com a estrutura dental. Segundo KOSE et al (2016) realizaram um estudo durante a aplicação de peróxido de hidrogênio a 35% em consultório, para comparar a eficácia do clareamento e a sensibilidade em diferentes protocolos de tempo, onde puderam constatar que quando um dente é exposto por um menor período de tempo, tem-se um menor grau de sensibilidade relatada pelos pacientes. Estudo esse que também pode ser esclarecido por PASQUALI et al (2014) que relatam o alto grau de atuação dos peróxidos em altas concentrações na estrutura dental, podendo ser mais rápido o processo clareador, porem gerando maior desconforto ao paciente. Segundo MARAN et al (2018) quanto maior a concentração do peróxido, maior o estresse oxidativo gerado no tecido pulpar, que por sua vez pode ser o fator responsável pela sensibilidade dental. Esse estresse oxidativo gera um processo inflamatório que libera mediadores, como trifosfato de adenosina e prostaglandinas, que excitam a nociceptores e desencadeaiam a sensibilidade, induzidas pelo clareamento. Alguns estudos tem mostrado que o uso de dessensibilizantes aplicados previamente ao clareamento pode minimizar a intensidade da sensibilidade dental quando adicionado nitrato de potássio a 5 % e fluoreto de sódio a 2% em sua composição (REIS et al 2011). Esses íons de potássio reduzem a ativação do nervo sensitivo impedindo a despolarização da fibra nervosa e dos blocos de flúor, e os túbulos dentinários que podem estar expostos reduzem seu fluxo de fluido (REIS et al 2011;). Em estudo realizado por CERQUEIRA et al (2013) quando comparou a aplicação de peróxido de hidrogênio a 20% contendo cálcio e um gel placebo, em duas aplicações com intervalo de 7 dias, concluiu que ao final do seu estudo que a intensidade de sensibilidade foi similar aos dois grupos. Para Wang et al (2015) diversas publicações expressaram preocupações com a mudança na saúde bucal e com a estrutura dental após o clareamento. Dificuldade na higiene dental, sensação desagradável na boca, irritação gengival, sensibilidade dentária, integridade estrutural no tecido duro dentário e restauração são riscos comuns relatados com o clareamento dental. A sensibilidade dental e irritação gengival são os efeitos colaterais típicos relatados pelos pacientes durante o clareamento dental. Dentre as opções de tratamento, como a diminuição da concentração de produtos de peróxido e administração de analgésico ou a aplicação tópica de um agente dessensibilizante, os autores relatam que o uso tópico parece ser uma opção eficaz para reduzir a sensibilidade dentária. Nitrato de potássio e fluoreto de sódio como dessensibilizantes são amplamente utilizado para tratar a sensibilidade dentária. Outra opção que tem sido utilizada é a incorporação de agentes dessensibilizantes ao gel clareador, sendo assim, realizaram um estudo com peroxido de carbamida e peroxido CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DOS CAMPOS GERAIS – CESCAGE www.cescage.edu.br/publicacoes/journalofhealth 22ª Edição Volume I / Jul – Dez/ 2019 ISSN 2178 – 3594 de hidrogênio em diferentes concentrações, contendo dessensibilizantes em suas composições, como nitrato de potássio e fluoreto de sódio, observaram uma diminuição na sensibilidade dental relatada pelos pacientes (CHEMIN et al 2018). Alguns autores acreditam que a incorporação desses dessensibilizantes como nitrato de potássio, diminui a capacidade de despolarização das fibras nervosas na polpa, enquanto o fluoreto de sódio bloqueia os túbulos dentinários, diminuindo o fluxo de fluidos na câmara pulpar, controlando a dor (BASTING et al 2012). O uso de medicamentos por via sistêmica foi amplamente testado, abordando diferentes formas de atuação de acordo com os fármacos testados como antiinflamatórios, analgésicos, gilicocorticoides e opióides (CHARAKORN et al, 2009; DE PAULA et al, 2013; DE PAULA et al 2014; REZENDE et al 2016; VAEZ et al, 2016; COPPLA et al, 2018). No entanto os pesquisadores relataram que até o momento nenhum estudo científico foi capaz de comprovar a eficácia desses medicamentos testados nas doses em que foram administrados para diminuir ou aliviar a intensidade da sensibilidade provocada pelo clareamento dental. 5 CONCLUSÃO O tempo de exposição do gel na estrutura dental está diretamente ligado ao grau de sensibilidade. O uso tópico de dessensibilizantes como nitrato de potássio e fluoreto de sódio são capazes de minimizar a sensibilidade dental após clareamento. Nenhum estudo foi capaz de comprovar a eficiência de medicamentos por via sistêmica para controle da sensibilidade ocasionada pelo clareamento. REFERÊNCIAS 1- ARAUJO JUNIOR, EDSON MEDEIROS DE. Influencia do tempo de uso de um gel clareador a base de peróxido de carbamida a 10% na microdureza superficial do esmalte - um estudo ‘in situ. 2002. 113 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Odontologia, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis,2002. 2- ARAGÃO, AUGUSTO CARLOS CARVALHO TEIXEIRA. Sensibilidade durante e após branqueamento dentário. 2011. 86 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Odontologia, Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Católica Portuguesa, Porto - Portugal. 3- BARBOSA, DEISE CARDOSO ET AL. Estudo comparativo entre as técnicas de clareamento dental em consultório e clareamento dental caseiro supervisionado em dentes vitais: uma revisão de literatura. Revista Odontologia Universidade da Cidade de São Paulo, São Paulo, v. 3, n. 27, p.244-252, 2015. 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