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CLAREAMENTO DENTAL


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INSTITUTO NEWTON PAIVA
ANDREIA 
CAMILA MAIA DE CARVALHO PEREIRA (11710077) 
ISADORA CARVALHO MARTINS BATISTA (11611719)
RAFAELA CAROLINE RIBEIRO (11713085)
THAYS AGUIAR CAMPOS (11710971)
CLAREAMENTO DENTAL PROFISSIONAL
BELO HORIZONTE-MG
2019
CLAREAMENTO PROFISSIONAL DENTAL
Relatório final, apresentado a Universidade Newton Paiva, como parte das exigências para a obtenção do título de Odontologia.
BELO HORIZONTE-MG
2019
1. INTRODUÇÃO
É inerente ao ser humano se preocupar com a estética que está diretamente ligada a autoestima e ao bem estar. Em pleno século XXI, com o advento das redes sociais e da globalização não poderia ser diferente. As pessoas estão cada vez mais preocupadas com a estética que faz parte do contexto sociocultural em que estamos vivenciando. Assim sendo, a Odontologia não ficaria de fora, pois ter um sorriso apresentável é o que faz toda a diferença para se obter uma harmonia facial. E obviamente, dentes amarelados não fazem parte dos padrões de beleza atuais, ou seja, é comum pacientes que querem realizar um clareamento dentário. Esse trabalho tem como intuito explicar sobre o clareamento dentário profissional a laser. 
2. INDICAÇÃO 
A indicação do clareamento dental em consultório exige, conhecimento prévio da alteração de cor para que se obtenha sucesso no tratamento. Essa modalidade de tratamento está indicada para dentes com alterações de cor distribuídas uniformemente pela coroa dental, pigmentações por tetraciclinas grau I e II, alterações fisiológicas devido a idade, fluorose suave e dentes com canais atrésicos ou com calcificação distrófica da polpa. Porém existem algumas indicações que apresentam prognóstico incerto como: pigmentações nas cores azul, marrom ou cinza como nos casos de eritrosblatose fetal, icterícia porfirismo congênito e descolorações por tetraciclinas de grau III e IV. Mesmo com o prognóstico incerto o clareamento é sempre a primeira opção de escolha por ser mais conservadora e manter a integridade das estruturas dentárias sadias.
3. CONTRAINDICAÇÃO 
Um dos efeitos colaterais do tratamento clareador pode envolver uma sensibilidade à
alterações térmicas desse modo o clareamento está contraindicado para pacientes que apresentam sensibilidade térmica, dentes com comprometimento pulpar, lesões de erosão/abrasão e abfração e pacientes com câmara pulpar ampla. Também se recomenda a substituição de restaurações defeituosas previamente ao tratamento e a reversão de quadros de periodontites e gengivites antes de iniciar o clareamento. Em pacientes portadores de condições pré-cancerígenas como fumantes, alcoólatras e pessoas com lesões na mucosa bucal contraindica-se o clareamento.
4. LIMITAÇÕES
O desgosto dos pacientes com a aparência de seu sorriso está normalmente direcionada para alguma alteração de cor e o clareamento em consultório, sozinho ou combinado com outras técnicas, é um método efetivo, seguro e rápido para melhorar a estética do sorriso. Porém, existem algumas limitações e estas não estão apenas nas técnicas selecionadas, mas principalmente no conhecimento do limite de cada dente (estrutura, formação, efeitos fisiológicos e patológicos). 
Idade do paciente: Dependendo da idade do paciente, o esmalte apresenta diferentes níveis de permeabilidade, em decorrência dos diferentes graus de mineralização e porosidade desta estrutura mineral. Em pacientes com idade mais elevada, além da maior deposição de dentina esclerosada, naturalmente com maior croma, o esmalte apresenta-se mais mineralizado, desgastado, com trincas e com menor coeficiente de difusão, fazendo com que a resposta ao clareamento ocorra em menor intensidade e necessitando de mais sessões ou dias de tratamento para se obter um resultado estético mais satisfatório. No entanto, para alguns autores, os resultados estéticos são mais evidentes em pacientes com mais idade, muitas vezes parecendo ser os dentes mais fáceis de clarear, pois a polpa é pequena e eles têm acumulado uma grande quantidade de manchas que podem ser mais facilmente clareadas, inclusive a alteração de cor devido a presença de dentina secundária. Em pacientes muito jovens, com câmara pulpar ampla, pouca deposição de dentina terciária e esmalte mais permeável ao tratamento clareador, o risco de sensibilidade é considerado maior, e, portanto, a técnica deve ser cautelosamente realizada, evitando exposição excessiva ao gel e utilizando agentes dessensibilizantes indicados.
Alterações de cor vinculadas a medicações sistêmicas: Dentes com manchas intrínsecas severas provocadas por tetraciclina, por exemplo, são mais difíceis de clarear e apresentam um prognóstico duvidoso. Por isso que, apesar do clareamento em consultório ser efetivo nos manchamentos mais leve, muitas vezes são necessários tratamentos estéticos mais invasivos, como facetas e coroas em cerâmica. Nestes casos, para melhor resultado estético, a associação das técnicas de consultório e caseira pode ser uma alternativa mais efetiva. 
Condições do substrato dental: Previamente a realização do tratamento clareador, as avaliações clínica e radiográfica do paciente devem ser consideradas conjuntamente, pois são capazes de fornecer informações importantes sobre as condições dos tecidos a serem expostos ao gel clareador e a correta conduta clínica. Na presença de patologias periapicais, dentes com sensibilidade ao quente, ao frio, ao toque e ao doce, o diagnóstico e tratamento devem ser concluídos previamente ao início do clareamento dental. A presença de lesões de cárie deve ser inicialmente diagnosticada para que os procedimentos clínicos adequados sejam realizados e viabilizem o tratamento clareador. Pacientes com alto risco de cárie devem primeiro controlar a doença, com procedimentos preventivos ou restauradores provisórios, para depois serem submetidos ao clareamento dental. Após a finalização do clareamento, as restaurações definitivas são realizadas com a cor final alcançada. Restaurações com infiltração marginal ou que estejam insatisfatórias devem ser provisoriamente substituídas ou seladas para evitar que o produto clareador entre mais facilmente em contato com tecidos mais profundos, próximos ao tecido pulpar, e causem desconforto ao paciente. Da mesma forma, dentes com grande perda de estrutura dental, causadas por fenômenos como atrição, abrasão, erosão e abfração também requerem alguns cuidados especiais, como a realização de tratamentos prévios ao clareamento, seja este restaurador ou não, evitando o contato direto do peróxido de hidrogênio com a dentina. As trincas também podem aumentar a possibilidade de ocorrência de hipersensibilidade passageira ou, em casos mais severos, danos ao tecido pulpar. Devido à dificuldade de se determinar a extensão das trincas, indica-se a proteção do esmalte na região em que estas foram diagnosticadas, com o uso de barreiras gengivais capazes de impedir a passagem do produto. É importante ressaltar que manchas brancas, como as de fluorose e hipoplasia dental, não serão clareadas, mas ficarão mais imperceptíveis quando o restante do dente for clareado. 
Pacientes com histórico de hipersensibilidade: Pacientes com história prévia de hipersensibilidade devem, primeiramente, tratar a sensibilidade antes de iniciar o tratamento clareador. A utilização de um sistema adesivo ou agente dessenssibilizantes, capazes de vedar os túbulos dentinários expostos antes do clareamento, podem auxiliar na prevenção da sensibilidade. Em alguns casos, a associação com o clareamento caseiro supervisionado pode também diminuir a sensibilidade dental devido à formulação de alguns géis clareadores que possuem substâncias dessensibilizantes como fluoretos e nitrato de potássio. Porém, muito cuidado deve ser tomado, visto que o clareamento caseiro não é capaz de limitar a área de exposição ao gel clareador e, nestes casos, o substrato dental, como a dentina da região cervical, pode estar sendo desnecessariamente exposta ao tratamento, podendo promover severa sensibilidadeno paciente, bem como perda mineral do substrato dentinário.
Pacientes fumantes: Em pacientes fumantes, o resultado estético e a manutenção do mesmo podem ser comprometidos. O ideal é que o paciente reduza significativamente ou interrompa o hábito antes do início do clareamento e não retorne a fumar. Não interromper o hábito durante o tratamento clareador pode implicar a incorporação ao esmalte dental de manchas de origem extrínseca devido ao aumento de permeabilidade do substrato durante o clareamento. A continuidade do uso de cigarro após a finalização do tratamento certamente levará ao retorno da alteração de cor em menor tempo, reduzindo período entre o fim do clareamento dental até a necessidade de retratamento. 
Estabilidade de cor: Outra limitação é a estabilidade de cor, principalmente quando o clareamento clínico é realizado em apenas uma sessão, podendo haver recidiva de cor em alguns meses. Para que haja uma maior estabilidade da cor na técnica no consultório, é necessário que se realize duas a três sessões clínicas ou associação da técnica caseira com a de consultório. O importante é seguir um protocolo de diagnóstico e exame clínicos bem detalhados para propor um plano de tratamento individualizado e mais adequado para as necessidades e os anseios de cada paciente. Este, além de ser monitorado pelo profissional durante todo o tratamento, deve ser bem informado e esclarecido quanto à imprevisibilidade dos resultados e à possibilidade de ocorrência de efeitos colaterais, como a sensibilidade dental transitória e/ ou irritação gengival.
 5. CUIDADOS ESPECÍFICOS
O paciente deve evitar qualquer contato dos dentes que foram clareados e estão suscetíveis (aumento da permeabilidade dental) a sofrer impregnação de corantes, devendo não fumar, não comer e não beber alimentos com corantes (café, chá, coca cola, vinho tinto, chocolates, molhos vermelhos, etc.), como também não utilizar batom pelo menos por 24 horas após a sessão de atendimento, a fim de evitar tal comprometimento. 
6. PROTEÇÃO DOS TECIDOS MOLES
Por se tratar de agentes clareadores fortes, em altas concentrações, cuidados especiais devem ser tomados durante o clareamento de consultório. Todos os tecidos moles do paciente (gengivas, bochecha, língua e lábios) devem ser isolados do contato com o produto clareador, sendo este aspecto considerado de extrema relevância durante o preparo do paciente previamente ao início do tratamento. A proteção dos tecidos moles durante o procedimento clareador é de fundamental importância. O peróxido de hidrogênio em contato com a mucosa oral pode causar irritação e desconforto ao paciente.
Devemos aplicar as técnicas de clareamento associadas às fontes de luz com um grau seguro de variação de temperatura para não ocasionar desconforto ao paciente nem injúrias pulpares.
7. TÉCNICA DE CLAREAMENTO EXTERNO
Clareamento externo é o procedimento realizado na superfície do esmalte de dentes vitais, geralmente usando peroxido de Hidrogênio ou peroxido de carbamida, podendo ser realizado em consultório, de alta aplicação doméstica ou caseira, sempre sob supervisão de um profissional.
O esmalte do dente possui um coeficiente de difusão que diminui com a idade e hábitos do paciente, por influencia da dentina que sofre alteração com o passar dos anos. O objetivo da terapia de clareamento dental é o de diminuição do croma, do matriz e a elevação do valor dentinário. 
No clareamento de consultório usam-se peróxidos concentrados, cerca de 35% de peróxido de Hidrogênio é realizado sob isolamento absoluto dos tecidos moles bucais no tempo de 15 à 45 minutos em cada sessão clínica ate que obtenha um resultado satisfatório para o paciente e assegurado na literatura. 
O uso de fontes de luz acelera a degradação do peróxido desta modalidade de terapia. O mecanismo de ação por energia luminosa se da pela projeção de luz sobre um gel de peróxido, uma pequena fração de luz é absorvida e sua energia convertida em calor.
As fontes de energia associado ao gel clareador torna o procedimento de clareamento dental mais rápido. 
As fontes de energia utilizadas são:
Leds azuis ou verdes: Essa energia aumenta a reatividade de moléculas cromóforas dentinárias, ficando mais receptivas ao peróxido presente ao redor, acelerando o procedimento. É preconizado o uso de um gel clareador baseado em peróxido de Hidrogênio vermelho ou transparente para toda energia luminosa agir nos pigmentos do complexo dentino pulpar.
Leds azuis (470nm) associados ao lazer diiodo infravermelho (830nm): Essas fontes de energia agem de forma direta no fornecimento de calor ao gel, por ação do diodo lazer infravermelho e também de forma indireta absorvendo a luz azul dos Leds pelo corante presente no gel.
Luzes ultravioletas (248nm): A energia UV em conjunto com gluconato ferroso que adicionado para aumentar a reatividade do agente clareador. Seu uso na cavidade oral é difícil, limitado e perigoso por causa de suas implicações biológicas.
Top dam: Barreira Gengival; Espessante (fase 2): Usado para dar uma maior viscosidade ao material, facilitando sua utilização; Peroxido de Hidrogênio (fase 1): Material clareador; Neutralize: Utilizado quando houver contato do Peroxido de Hidrogenio com a mucosa, age como neutralizador.
Laser: Utilizado para potencializar o efeito do clareador.
Utilização do Top dam: Barreira gengival, evitar o contato do material clareador com a mucosa.
Aplicação do material clareador já misturado.
Aplicação do laser para potencializar o efeito do material clareador.
8. REFERÊNCIAS
1. MANDARINO, Fernando. Clareamento dental. Usp, 2019. Disponível em: <http://www.forp.usp.br/restauradora/dentistica/temas/clar_dent/clar_dent.pdf>. Acesso em: 28 de setembro de 2019. 
2. Rodrigues JA, Amaral CM, Marchi, GM, Pimenta, LAF. Associação do clareamento de consultório ao caseiro rápida mudança estética. ABO Nacional 2006;14:248-253.
3. CLAREAMENTO de dentes vitais e não vitais. Usp, 2017. Disponível em: <https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/3467744/mod_resource/content/1/Clareamento.pdf>. Acesso em 27 de setembro de 2019. 
4. FOTOS AUTORAIS! 
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