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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓ Área de Ciências da Saúde Curso de Graduação em Educação física BENEFÍCIOS DA HIDROGINÁSTICA NOS ASPECTOS DE SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DE IDOSOS PORTADORES DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA E DIABETE MELLITUS Autor: Edenilson Kettl Orientadora: Carla dos Reis Rezer INTRODUÇÃO O curso de Educação Física da Universidade Comunitária da Região de Chapecó-Unochapecó, proporcionou através de seu andamento, que seus alunos adquirissem conhecimentos embasados, sobre a importância da atividade física regular para a melhoria da qualidade de vida e longevidade do ser humano em qualquer faixa etária. Diante disso, houve o despertar do interesse em realizar uma pesquisa que abordasse os benefícios da prática da atividade física regular para idosos, portadores de Diabete Mellitus e Pressão Arterial Sistêmica. Como atividade física foi elencada a temática hidroginástica. PROBLEMA DE PESQUISA possíveis benefícios da prática de hidroginástica por •???? Quais os possíveis benefícios da prática de hidroginástica por idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabete mellitus, com base em referencial teórico? OBJETIVO GERAL Analisar os benefícios da prática de hidroginástica por idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabete mellitus, com base em referencial teórico. e hidroginástica por •???? OBJETIVOS ESPECÍFICOS Identificar os benefícios da prática de hidroginástica no controle da hipertensão arterial sistêmica e diabete mellitus, Verificar a melhorias da qualidade de vida de idosos praticantes de hidroginástica. •???? Foi realizado uma pesquisa bibliográfica que buscou identificar os benefícios da hidroginástica praticada regularmente por idosos portadores de Hipertensão Arterial Sistêmica ou Diabete Mellitus. O propósito foi ampliar conhecimentos sobre a importância dessa atividade na melhoria da qualidade de vida e no controle das Doenças Crônicas Não Transmissíveis por esse público. Envelhecimento e as Doenças Crônicas Não Transmissíveis. A Resolução 39/125 diz que no Brasil, é considerado idoso, quem tem 60 anos ou mais embasado na (BRASIL, 2003). Segundo Mazzeo et al, (1998, p.30), “a inatividade no idoso poderá propiciar o aparecimento e/ou agravamento de algumas doenças que são erroneamente atribuídas ao envelhecimento, como a osteoporose, artrite, doença arterial coronariana, diabetes, obesidade e hipertensão arterial”. As Doenças Crônicas Não Transmissíveis representam hoje um problema de saúde global, sendo a principal causa de morbimortalidade. Um dos fatores de risco comportamentais compartilhados no desenvolvimento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis é o sedentarismo (MENEZES, 2011). Atividades físicas para idosos. A atividade física é definida como qualquer movimento corporal produzido pelo músculo esquelético que resulta num aumento do dispêndio energético, constituindo-se processo complexo e dinâmico (MOTA, 2006). Silva (2009) trás que a prática de atividade física é um benefício indispensável à saúde corporal e mental, principalmente na terceira idade, quando a capacidade funcional sofre declínio e o organismo enfraquece tornando-se suscetível ao desenvolvimento de doenças. A Importância da Hidroginástica. No Brasil, segundo Kruel (1994), a hidroginástica começou a ser praticada nos anos 70 e se desenvolveu inicialmente na região Sudoeste. Mas, no início da década de 90 expandiu-se e hoje tem um número significativo de praticantes. Para Kruel, (2018) “É notável que o treinamento de força na água, apesar de ser um tema de recente interesse científico vem ganhando espaço, visto que o número de publicações nos últimos anos vem crescendo de forma considerável”. O mesmo autor relata que “acredita-se que este fato seja devido aos seus inúmeros benefícios nos diversos componentes da saúde e do condicionamento físico, além do crescente interesse popular pela modalidade”. Pressão Arterial Sistêmica. A hipertensão arterial sistêmica é um dos principais problemas em adultos sendo um fator de risco para patologias cardiovasculares. Considerando-se hipertenso o indivíduo que apresenta uma pressão arterial sistólica superior a 140 mmHg e a diastólica superior a 90 mmHg (BRASIL, 2006). O exercício físico regular o sistema cardiovascular melhorando assim sua capacidade contrátil do miocárdio isto resulta em maior volume de sangue exigindo menos do coração contribuindo para uma melhora na pressão arterial sistêmica e melhorando o funcionamento do sistema circulatório. (BRASIL, 2006). Diabete Mellitus O diabetes é uma doença caracterizada por hiperglicemia é associada a complicações, disfunções e insuficiência de vários órgãos, especialmente olhos, rins, nervos, cérebro, coração e vasos sanguíneos. (FILHO et al 2012). Um dos fatores de risco para a ocorrência da diabetes são os fatores hereditários e a falta da prática de atividade física regular.. Diabetes Mellitus é considerada uma doença crônica, hereditária, caracterizada por uma elevação anormal nos níveis de glicose sanguínea e por excreção do excesso de glicose na urina (BRASIL, 2006). O exercício físico é um importante auxiliar na prevenção e no tratamento da diabetes, pois aumenta à sensibilidade à insulina e melhora a tolerância à glicose no organismo (AZEVEDO e PAZ, 2006). Estudo de natureza descritiva bibliográfica, de cunho qualitativo. Realizado no sentido de esclarecer e aprofundar nossos conhecimentos, acerca da temática central dos benefícios da prática da hidroginástica para idosos portadores de Diabete Mellitus e Pressão Arterial Sistêmica. Realizado busca em publicações, por dados, que subsidiem os profissionais de educação física em sua atuação e a relação da hidroginástica como promoção de saúde. A pesquisa bibliográfica possibilita um amplo alcance de informações, além de permitir a utilização de dados dispersos em inúmeras publicações, auxiliando também na construção, ou na melhor definição do quadro conceitual que envolve o objeto de estudo proposto (GIL, 1994). A população do estudo foi composta por toda a literatura relacionada ao tema de estudo, indexada no banco de dado do Google Acadêmico. Quanto à amostra, os artigos foram selecionados a partir da variável de interesse, sendo selecionada apenas as literaturas que atendiam aos critérios de inclusão definidos neste estudo. A base de dados do Google Acadêmico serviu como instrumento para a coleta de dados, através das palavras chaves: Saúde do Idoso; Hidroginástica e Doenças crônicas não transmissíveis, tal busca apresentou 5,680 estudos variados, publicados entre 2010 e 2020. Em seguida foi realizada a leitura dos títulos que mais se adequaram à pesquisa, destes foram selecionados 30 estudos. Após leitura minuciosa da íntegra desses 30 estudos, foi elencado 11 publicações que mais satisfaziam a busca para a pesquisa. Os estudos selecionados foram categorizados de forma cronológica crescente de acordo com o ano de publicação conforme os quadros abaixo: 01 Hidroginástica na terceira idade Adriele Gonçalves Da Silva;Julio Cesar Ribeiro 2012 02 Efeito de 12 semanas de hidroginástica Sobre A glicemia capilar em portadores de Diabetes mellitus tipo II Adilson Domingos dos Reis Filho; Patrícia Dantas de Amorim; Andreia Zimpel Pazdziora; Eliana Santini; Christianne de Faria Coelho-Ravagnani; Fabrício Azevedo Voltarelli. 2012 03 Análise reflexiva sobre os benefícios da hidroginástica para A saúde de pessoas idosas Lélia Lessa Teixeira Pinto; Ilca Morbeck Dias; Ramon Missias Moreira.2014 ESTUDOS ELENCADOS 04 Qualidade de vida em diabéticos E hipertensos: Estudo de casos em abordagem fisioterapêutica Melissa Medeiros Braz; Sandra Beatriz Aires dos Santos; Hedioneia Maria Foletto Pivetta. 2014 05 Efeitos da hidroginástica sobre A capacidade funcional de idosos: metanálise de estudos randomizados Thaís Reichert; Alexandre Konig Garcia Prado; Ana Carolina Kanitz; Luiz Fernando Martins Kruel. 2015 06 O papel da hidroginástica na saúde do homem idoso Eliana Zellmer Poerschke Farencena; Marcos Genoino de Oliveira; Elizângela Sofia Ribeiro Rodrigues; Adriana Arruda Barbosa Rezende. 2015 ESTUDOS ELENCADOS 07 Efeitos de 12 meses de hidroginástica sobre O estado nutricional, pressão arterial de repouso E dosagem medicamentosa de idosas hipertensas Ravini de Souza Sodré; Renata Pitilo Da Silva Soares; Glória De Paula Silva; Tatiane Magalhães Da Fonseca; Danielli Braga De Mello; Guilherme Rosa. 2017 08 Capacidade funcional E qualidade de vida dos seniores praticantes E não praticantes de hidroginástica Luís Filipe Antão e Antão 2017 09 Perfil dos participantes do projeto "hidroginástica para A terceira idade, hipertensos E diabéticos" Vinicius Silveira; Jozyê Milena da Silva Guerra; Francieli Eduarda Santana dos Santos; Leonardo Magno Rambo. 2017 ESTUDOS ELENCADOS 10 Níveis de flexibilidade E força muscular em mulheres praticantes E não praticantes de hidroginástica Priscylla Teixeira Lima; Kelly Dayane Martins Malheiros; Marilúcia Ribeiro dos Santos. 2018 11 Treinamento de força no meio aquático: uma revisão sobre os aspectos históricos, fisiológicos E metodológicos. Luiz Fernando Martins Kruel; Rochelle Rocha Costa; Giane Veiga Liedtke; Ana Carolina Kanitz. 2018 ESTUDOS ELENCADOS APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Todos os estudos apontam benefícios significativos através da prática regular da hidroginástica como atividade física, como: Melhora na qualidade de vida; Sistema cardiorrespiratório; flexibilidade; Equilíbrio; Força muscular; Menos impacto nas articulações; Reduz níveis glicêmicos controlando o Diabetes Mellitus; Reduz os níveis da pressão arterial sistêmica; APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Reduz o consumo de produtos farmacológicos Diminui o estresse; Promove o bem estar; Reduz o inchaço das articulações; Reduz medidas corporais; Aumenta a massa magra; Melhora o convívio social; Diminui a solidão; Melhora capacidade funcional; Torna a vida mais prazerosa. CONCLUSÃO A hidroginástica traz benefícios não só para a população idosa, mas para todos os seus praticantes. Na terceira idade os indivíduos necessitam uma atenção diferenciada, com um olhar mais crítico, pois apresentam intensas modificações físicas, psicológicas e sociais, necessitando de um acompanhamento mais criterioso. Conclui-se então a importância da atuação do profissional de educação física no planejamento e acompanhamento dessa atividade física. CONCLUSÃO Através da hidroginástica é possível adquirir e manter uma vida mais saudável e prazerosa; Esse exercício promove índices satisfatórios no aumento da qualidade de vida, além da redução dos efeitos causados pelas doenças crônicas não transmissíveis. Assim sendo, foi possível alcançar os objetivos da pesquisa através de publicações que abordam os benefícios da prática de hidroginástica por idosos portadores de hipertensão arterial sistêmica e diabete mellitus, bem como, o controle dessas comorbidades nessa faixa etária. AZEVEDO, R. & PAZ, M. A. prevalência de Hipertensão Arterial em idosos BRASIL. Lei nº 10471 de 01 de outubro de 2003. Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. O SUS de A a Z: garantindo saúde nos municípios. Brasília, 2005. 344p BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006. FILHO, Adilson Domingos dos Reis; ET. AL. Efeito de 12 semanas de hidroginástica sobre a glicemia capilar em portadores de diabetes mellitus tipo. Rev Bras Ativ Fis e Saúde. Pelotas/RS. 17(4):252-257. Disponível Em: Ago/2012IIAcesso em: 12/12/2019. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1994. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007. KRUEL, L.F.M. Peso hidrostático e frequência cardíaca em pessoas submetidas a diferentes profundidades de água. 1994. 130 f. Tese (Mestrado) - Programa de Pós-graduação em Ciência do Movimento Humano, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 1994. KRUEL LFM, COSTA RR, KANITZ AC, LIEDTKE GV. Treinamento de força no meio aquático: uma revisão sobre os aspectos históricos, fisiológicos e metodológicos. R. Bras. Ci. e Mov 2018;26(2):176-185. MAZZEO, R. S. et. at. Exercício e atividade física para pessoas idosas. Rev. Brasileira de Ativ. Física & Saúde., v.3, p. 48-78, n.1, 1998. MENEZES, Ruth Losada de; BACHION, Maria Márcia. Estudo da presença de fatores de riscos intrínsecos para quedas, em idosos institucionalizados. Ciênc. saúde coletiva, Rio de Janeiro , v. 13, n. 4, p. 1209-1218. 2008. Disponível em: . Acesso em 21/11/2019. MOTA J, et al. Atividade física e qualidade de vida associada à saúde em idosos participantes e não participantes em programas regulares de atividade física. Rev Bras Educ Fís Esp 2006; 20(3): 219-225. SILVA, A. G. DA; RIBEIRO, J. C. HIDROGINÁSTICA NA TERCEIRA IDADE. Ágora: revista de divulgação científica, v. 17, n. 2, p. 49-59, 23 maio 2009. OBRIGADO !
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