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Resenha Crítica - Capítulo 3 - Freud e o Inconsciente - Igor Lima

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CURSO DE PSICOLOGIA 
CAMPUS ALCÂNTARA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA – CAPÍTULO 3 DO LIVRO 
FREUD E O INCONSCIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
Igor Carlos Lima Silva 
Matrícula: 201908033801 
 
 
 
 
 
 
São Gonçalo 
05/2020 
 
 
IGOR CARLOS LIMA SILVA 
 
 
 
 
 
 
RESENHA CRÍTICA – CAPÍTULO 3 DO LIVRO 
FREUD E O INCONSCIENTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho apresentado para a 
disciplina de TSPII - Psicanálise 
como requisito parcial de avaliação 
da AV1 
Orientador: Prof. Ms. Diogo Bonioli 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
São Gonçalo 
05/2020 
 
 
Sumário 
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 4 
DESENVOLVIMENTO ..................................................................................................................... 4 
A Interpretação Dos Sonhos ...................................................................................................... 4 
A primeira Tópica ...................................................................................................................... 5 
Os sistemas Ics, Pcs E Cs ...................................................................................................... 5 
O Recalcamento ........................................................................................................................ 7 
CONCLUSÃO .................................................................................................................................. 8 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................. 10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
INTRODUÇÃO 
 
 
O presente trabalho tem o intuito de apresentar, de forma breve, o estudo sobre 
sonhos a partir da leitura dos capítulos III ―O DISCURSO DO DESEJO: A 
interpretação de sonhos‖ do Livro ―Freud e o Inconsciente – 24ª Edição‖ de Luiz 
Alfredo Garcia-Roza. 
 
 
DESENVOLVIMENTO 
 
Nesse capítulo o autor divide em dez temas são eles Sentido e interpretação, 
elaboração onírica e interpretação, sobredeterminação e superinterpretação, O 
simbolismo nos sonhos, o capítulo VII e a primeira tópica, os sistemas Ics, Pcs e Cs, 
Regressão, A realização de desejos, a concepção evolutiva do aparelho psíquico e O 
recalcamento. 
Podemos identificar que os principais assuntos desse capítulo são a Interpretação 
dos sonhos; A Primeira Tópica e o Recalcamento. 
 
A Interpretação Dos Sonhos 
Sobre a Interpretação dos Sonhos, Freud formula as leis e as características do 
inconsciente. Com este conceito consegue juntar fenômenos distintos como o sonho e os 
sintomas histéricos. Vejamos rapidamente alguns pontos. 
A tese central do texto é a de que "O sonho é a realização de um desejo". Este 
desejo, entendamos, não é necessariamente um desejo que possamos aceitar em nossa 
vida vigil. Quando não se trata de um desejo aceitável, nos diz Freud, preferimos 
esquecê-lo. Este esquecimento será descrito como consequência de um mecanismo 
chamado 'recalque'. O desejo recalcado, no entanto, permanece em algum lugar 
exercendo seus efeitos. Os sonhos são apenas um exemplo destes efeitos. 
Mas os sonhos têm por característica sua falta de senso, sua não obediência às 
leis que nos regem na vigília. O que Freud formula é que os sonhos seguem uma lei 
5 
 
própria, seguem uma lógica que não é a lógica cotidiana. É levado assim a demonstrar 
que nosso aparato mental é formado pela consciência, cujas regras reconhecemos, e pelo 
inconsciente, cujos efeitos nos surpreendem por seguir uma lógica diferente e 
desconhecida (ainda que sempre familiar). 
Desta forma, um desejo que não condiz com nossa posição social, nosso sexo, 
nossa situação civil etc…é 'jogado' naquele campo que não segue as mesmas regras de 
nossa consciência. No inconsciente, nos diz Freud, este desejo vai procurar sua 
expressão a qualquer custo. Se não é possível que ele se expresse conscientemente (por 
que no consciente atua aquela resistência que mencionamos acima, provocando o 
recalque), ele vai buscar alguma expressão substitutiva que consiga escapar à censura. O 
sonho pode ser entendido como a expressão de uma série de desejos, que encontram 
nele a única via para a consciência. É por isto também que o sonho será entendido por 
Freud como a via régia para o inconsciente, uma vez que é sua manifestação mais 
direta. 
Mas dissemos que o sonho e os sintomas possuem uma estrutura comum. Isto 
ficará mais claro no próximo item, mas digamos desde já que o sintoma neurótico é 
também uma manifestação de um desejo. A principal diferença é que no sintoma uma 
solução é encontrada para que o desejo se apresente na consciência. Também neste 
caso, contudo, este desejo se manifestará com as distorções necessárias para que possa 
ser aceito pelo consciente. 
A primeira Tópica 
O núcleo essencial dessa tópica é a concepção do aparelho psíquico formado por 
instancias ou sistemas: o sistema inconsciente, o pré-consciente e o consciente. Esse 
―aparelho‖ é orientado no sentido progressivo-regressivo e é marcado pelo conflito 
entre os sistemas, o que torna a concepção tópica inseparável da concepção dinâmica. 
Os sistemas Ics, Pcs E Cs 
O aparelho psíquico é, portanto, formado por sistemas cujas posições relativas se 
mantêm constantes de modo a permitirem um fluxo orientado num determinado sentido. 
O que importa não são, pois, os lugares ocupados por esses sistemas, mas a posição 
relativa que cada um mantém com os demais. O conjunto dos sistemas tem um sentido 
ou direção, isto é, nossa atividade psíquica inicia-se a partir de estímulos (internos ou 
externos) e termina numa descarga motora. 
6 
 
 O Inconsciente (Ics) – Essa instância psíquica é o ponto de entrada do aparelho 
psíquico. Possui uma forma de funcionamento regida por leis próprias, que 
fogem aos entendimentos da racionalização consciente. 
É considerado a parte mais arcaica do aparelho psíquico, constituídas também de 
traços mnêmicos (lembranças primitivas). 
Entende-se que no inconsciente (Ics) de natureza praticamente insondável, 
misteriosa, obscura, de onde brotariam as paixões, o medo, a criatividade e a 
própria vida e morte. 
No inconsciente também é regido o princípio do prazer , descarga energética 
como forma de encontrar satisfação/prazer. O inconsciente não apresenta uma 
―lógica racional‖, não existem modo tempo, espaço e causalidade no 
inconsciente, incertezas ou dúvidas é no inconsciente que freud localiza o 
impulso a formação dos sonhos 
 O Pré- consciente (Pcs) – Essa instância, considerada por Freud uma ―barreira 
de contato‖, serve como uma espécie de filtro para que determinados conteúdos 
possam(ou não) emergirem a nível consciente. 
Entende-se que os conteúdos presentes no Pcs estão disponíveis ao Consciente. 
Nessa instância que a linguagem se estrutura e, dessa forma, é capaz de conter a 
―representações da palavra‖, que consiste num conjunto de inscrições mnêmicas 
(lembranças) de palavras oriundas e de como foram significadas pela criança. 
Entendemos que o pré-consciente é a parte que se encontra no meio do caminho 
entre o inconsciente e o consciente. Ou seja, é a parte da mente que acumula 
informação suscetível para alcançar a parte consciente. 
 
 Consciente (Cs) – O consciente se diferencia do inconsciente, pela forma com o 
qual é operado através de seus códigos e leis. Ao consciente é atribuída tudo 
aquilo que está disponível imediatamente à mente. 
7 
 
Podemos pensar que a formação do consciente se daria pela junção ―da 
representação da coisa‖ e da ―representação da palavra‖, ou seja, há um 
investimento energético em determinado objeto e, então, seu escoamento 
adequado para a satisfação. 
 Já foi dito que a representaçãoesquemática do aparelho psíquico apresentada por 
Freud não pretende ser a transcrição de nenhuma estrutura anatômica existente, mas sim 
uma construção topológica que visa oferecer uma descrição do funcionamento do 
aparelho. Mais do que tudo, importa a sua orientação progressivo-regressiva e a posição 
relativa dos sistemas. Assim, pela posição que ocupa no interior do aparelho, o sistema 
Ics só pode ter acesso à consciência através do sistema Pcs/Cs, sendo que nessa 
passagem seus conteúdos se submetem às exigências deste último sistema. Qualquer 
que seja o conteúdo do Ics, ele só poderá ser conhecido se transcrito — e portanto 
modificado e distorcido — pela sintaxe do Pcs/Cs. 
 
O Recalcamento 
O recalcamento é o mecanismo de defesa mais antigo, e o mais importante; foi 
descrito por Freud desde 1895. Está estritamente ligada a noção de inconsciente e é um 
processo através do qual se elimina da consciência partes inteiras da vida afetiva e 
relacional profunda. 
Sob seu aspecto estritamente funcional, o recalcamento é indispensável à 
simplificação da existência corrente e não implica sempre uma presunção mórbida. 
Quando entra em cena de maneira patológica trata-se de organizações neuróticas ou 
sistemas defensivos de modo neurótico (mesmo no seio de estruturas diferentes). 
(Bergeret, 2006) 
Em seu artigo metapsicológico dedicado ao recalcamento, Freud ilustra os destinos do 
representante ideativo e do afeto através de três quadros clínicos: a neurose de angústia, 
a histeria de conversão e a neurose obsessiva. 
 
Freud diz que o recalque não é um mecanismo defensivo presente desde o 
início; só pode surgir quando tiver ocorrido uma cisão marcante entre a atividade 
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/mecanismos-de-defesa
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/sigmund-freud-biografia
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/o-inconsciente
8 
 
mental consciente e a inconsciente (o recalcamento só está presente a partir da divisão 
entre sistema consciente/pré-consciente e sistema inconsciente). E que antes da 
organização mental alcançar essa fase a tarefa de rechaçar os impulsos pulsionais cabia 
à outras vicissitudes, as quais as pulsões podem estar sujeitas. 
É aqui que Freud volta a uma das noções mais básicas da psicanálise, noção essa 
que vai ganhando cada vez mais relevo: a da experiência de satisfação. O desprazer 
provocado pelo acúmulo de energia coloca o aparelho psíquico em ação, e o que ele visa 
a partir daí é repetir a experiência de satisfação que anteriormente acarretou uma 
diminuição da excitação e que foi sentida como prazerosa. 
 
Acontece, porém, que a catexia alucinatória de uma lembrança não pode, por 
motivos óbvios, produzir satisfação, daí a necessidade de um outro sistema — o Pcs/Cs 
—, cuja função é inibir o avanço da catexia mnêmica para impedir que ela reproduza 
alucinatoriamente a ― percepção‖ do objeto. Dessa forma, enquanto o sistema Ics dirige 
sua atividade no sentido de garantir a livre descarga da excitação acumulada, o Pcs/Cs 
procura transformar a catexia móvel do primeiro sistema em catexia quiescente. Isso é 
possível na medida em que ele consiga desviar a excitação do Ics, alterando o mundo 
externo de modo a possibilitar uma satisfação indireta e parcial, porém tolerada por ele. 
 
O que fica claro é que o modelo explicativo proposto por Freud está 
fundamentado não na procura do prazer, mas no evitamento do desprazer. 
 
 
CONCLUSÃO 
 
O presente trabalho trata-se de uma resenha a respeito do capítulos 3 do 
livro: ―Freud e o Inconsciente 24ª Edição‖ de Garcia-Roza, Luiz Alfredo, 
onde Garcia nos leva brilhantemente ao cerne de um dos assuntos mais abordados 
por Freud e base para todas as outras teorias que nascerão da necessidade de 
complementar o que se encontrará aqui. Garcia consegue nos dar uma direção 
sólida para compreender a formação do aparelho psíquico, suas direções, os 
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/introducao-ao-conceito-de-pulsao
9 
 
diálogos que ocorrem entre Cs/Pcs e Ics. Nos apresenta os mecanismos pelos quais 
os sonhos atuam, a sobredeterminação e a superinterpretação, o simbolismo, explica 
o que é a primeira tópica (muito importante ao ler Freud), realização dos desejos, 
pulsão e outros aportes para a compreensão dos conceitos Freudianos; de forma 
introdutória é verdade mas como citado, sólida. 
Podemos entender que para o livro de uma forma em geral traz informações 
importantes para a compreensão da psicanálise, informações esta que tornaria 
impossível o entendimento do assunto. 
Finalizo esse trabalho com minha declaração particular acerca deste livro 
que não me acrescentou muito durante a leitura e agora com a releitura mudou 
minha forma de enxergar a Psicanálise. Durante meu "caminhar" ávido por 
conhecimentos de psicologia li alguns trabalhos do Freud sem base, mas que com as 
explicações e abordagens, no entanto hoje, ao cursar Psicologia me vejo na 
obrigação de conhecer mais profundamente seus trabalhos e ao conhecer este livro 
tive a sensação-obrigação de ter que ler tudo novamente, pois vi que não havia 
entendido a mínima fração que deveria ter entendido ainda que como leigo, esse 
livro nos leva a conhecer a linha de pensamento de Freud (que é a chave para ser 
"iniciado nos mistérios" da psicanálise). Me arrisco a dizer que esse livro é a 
condição "sine qua non" pra que se inicie a leitura dos trabalhos de Freud alinhado 
com sua intenção, seu entendimento e seu olhar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
Garcia-Roza, Luiz Alfredo, 1936 - Freud e o inconsciente – 24.ed. 
Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2009. 
 
https://www.psicanaliseclinica.com/primeira-e-segunda-topicas-de-freud/ 
 
MOURA, Joviane. Recalcamento (Die Verdringung). Psicologado, [S.l.]. (2008). 
Disponível em https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/recalcamento-die-
verdringung . Acesso em 10 Mai 2020. 
 
 
 
 
 
 
https://www.psicanaliseclinica.com/primeira-e-segunda-topicas-de-freud/
https://psicologado.com.br/
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/recalcamento-die-verdringung
https://psicologado.com.br/abordagens/psicanalise/recalcamento-die-verdringung

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