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Trabalho tanato morte mexicana

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Universidade Estácio de Sá
Graduação em Enfermagem
 Acadêmicas : Francineide Pereira Mendonça
Tanatológia
“A morte na cultura Mexicana”
Niterói
2020
“A morte na cultura Mexicana”
Velório de Roberto Gómes Bolaños – Chaves
A morte, para os mexicanos, é uma festa há pelo menos 3 mil anos, eles acreditam que todos retornam do além para comer, beber e dançar.
No país, a morte significa festa, e essa constatação é tão antiga quanto seus sítios arqueológicos, sua alegria e sua exuberância natural. Há registros de que, há pelo menos 3 mil anos, as civilizações pré-hispânicas celebravam a passagem para o mundo espiritual de forma divertida e inusitada aos olhos dos estrangeiros. Enquanto esse ritual é visto de forma mórbida pela maioria das culturas, no México, representa o momento de reencontrar os que já se foram. Acredita-se que todos retornam do além para uma visita regada a comida, bebida e dança, sobre as lápides dos cemitérios.
 (postado em 28/12/2011 10:26, CORREIO BRAZILIENSE)
Onze razões pelas quais o México vive a morte como nenhum outro país
( EL PAÍS ,Cidade Do México - 01 NOV 2014 - 16:30 BRST)
Em 2 de novembro se celebra no México o Dia dos Mortos. Mas, ainda que muitos sintam saudades ao se lembrar de pessoas que se foram, não se trata de um dia triste. A festa dos Mortos, de origem pré-hispânica, é uma das mais importantes do país e representa apenas a ponta do iceberg de uma cultura em que a morte é algo muito mais familiar, com a qual se pode brincar e a qual se rende culto. Como disse Octavio Paz, o único prêmio Nobel de Literatura mexicano: "Nosso culto à morte é um culto à vida". Estas são as razões pelas quais o México tem uma relação especial com a cultura da morte que fascina o resto do mundo.
1. O Dia dos Mortos tem todos os ingredientes de uma festa (inclusive os mariachis). Nesta data se lembra do morto, mas também do que ele gostava de comer, de beber e a música que escutava. Famílias inteiras vão aos cemitérios com cerveja e comida, que são decoradas com uma flor de outono. Tem até mariachis e trios especializados em ir cantar nas tumbas para animar o ambiente.
2. Um dos símbolos mais conhecidos do país é uma caveira. O artista mexicano José Guadalupe Posada (1852-1913), célebre por suas gravuras, fez da morte um de seus temas recorrentes e a representou como um esqueleto vestido de forma elegante. Assim nasceu La Catrina, uma figura emblemática do Dia dos Mortos 
 mexicanos
.
3. A celebração dos mortos está relacionada ao orgulho patriótico. Para o México, um país que compartilha uma extensa fronteira com os Estados Unidos, a rivalidade entre o Dia dos Mortos e o Halloween é tema de debate nacional. Ainda que, pouco a pouco, a celebração anglo-saxã tenha se expandido.
4. As crianças estão familiarizadas com o tema. Por isso há até desenhos animados que explicam o Dia dos Mortos. Elas também recebem um presente por esta data, chamado de calaverita (caveirinha).
5. Há doces com motivos fúnebres. O pão do morto é um pão doce decorado com figuras de ossos e polvilhado com açúcar mascavo que, tradicionalmente, remete ao sangue. Também há caveirinhas de açúcar: pequenos crânios feitos de doce.
6. Existem vários termos para se referir a Ela: Ossuda, Esquelética, Ceifadora, Dama de Preto, Santa Morte, Noiva Fiel e muitos outros.
7. Os mortos são expostos em um museu. Guanajuato, uma das cidades mais bonitas do país, era uma região mineradora riquíssima durante o vice-reinado. Seu subsolo, rico em nitratos e alume, fez com que os restos das pessoas enterradas ali se mumificassem. Os corpos, exumados entre 1865 e 1989, podem ser observados no Museu das Múmias, que se tornou uma das principais atrações turísticas da cidade.
8. Escrevem-se versos predizendo a morte dos outros. São as chamadas caveirinhas literárias: pequenos poemas irônicos e satíricos dedicados a uma pessoa viva – especialmente a políticos – que tratam de seu inevitável encontro com a morte.
9. Há milhares de rituais para recordar os defuntos (como desenterrá-los). Desde as mais simples – fazer um altar com flores e fotos do falecido – às mais inusitadas: no cemitério de Pomuch, uma região maia, os corpos são exumados e os ossos passam por uma limpeza a cada 2 de novembro.
10. O culto à Santa Morte é quase uma religião. Até o Vaticano está tentando se levantar diante da fé professada por milhares de pessoas, especialmente nos bairros mais violentos, como Tepito. A santa é representada por um esqueleto vestido com uma túnica como se fosse uma virgem, e os fiéis rezam e acendem velas para ela
11. Existe merchandising. Como pendurar um crucifixo no pescoço ou vestir uma camisa do Ramones. Há pingentes, correntes, brincos, mochilas. Mas com a Santa Morte.
Dia dos Mortos no México: nada de tristeza
Diferente da forma como diversas culturas locais tratam a morte e os mortos, o Dia dos Mortos no México traz um outro olhar sobre este momento. Muitas cores, música, festa e dança na homenagem da memória de quem já partiu fazem parte da cerimônia.
Uma cultura da ausência?
A peculiar celebração dos mexicanos no Día de los Muertos deveria servir para nos perguntarmos sobre porque evitamos e não queremos lidar com naturalidade ou mesmo pensar a morte de modo festivo. Como os mexicanos conseguem transformar a dor em alegria? Não seria essa alegria um desatino diante do viver?
A história mexicana, em tempos mais recentes, foi marcada por cifras e situações incômodas: mais de 1 milhão de mortos durante a Revolução Mexicana, a série de vítimas da perseguição do sistema político do Partido Revolucionário Institucional (PRI), o massacre de Tlatelolco (1968), os 43 jovens desaparecidos em Ayotzinapa (2014) e os inúmeros casos de mortos na violenta disputa do narcotráfico são pistas para pensarmos sobre os significados da vida e da morte.
A violência não é exclusividade mexicana. A banalidade da vida e da morte espraiou-se por todos os cantos. Mas, entre os latino-americanos, apenas os mexicanos conseguem transformar a morte em algo a ser celebrado e dignificado por outros caminhos. Há muito que aprender nessa forma de viver, de refletir sobre o peso de sua cultura e o modo como nuestros hermanos se reelaboram diante de cada dor e de cada ausência, ressignificando suas próprias experiências e preenchendo seus vazios.
“A morte é intransferível, como a vida”, escreveu Octavio Paz.
Saibamos viver e morrer bem! E, se possível, com muita festa!
O escritor Carlos Fuentes, em seu O espelho enterrado (1992), afirma que a morte é “o grande espetáculo igualitário que dissolve as fronteiras entre o cenário e a plateia, entre o autor e o espectador, entre o que olha e o que é olhado”. No México festivo está presente um conjunto de heranças dos povos mesoamericanos e suas formas de permanência no imaginário coletivo para além do processo de Conquista espanhola, iniciada em 1519, ou mais recentemente dos impactos da globalizada festa do Halloween.
A cultura dos grandes sacrifícios praticado por maias, toltecas e astecas fez surgir a humanidade, segundo as crenças de um sofisticado sistema religioso. As celebrações e sacrifícios eram vivenciados em meio às incertezas e catástrofes que remontavam aos mitos fundacionais da Mesoamérica. A história de Quetzalcóatl, a serpente emplumada, por exemplo, tinha grande peso na cultura asteca que acreditava que o mundo já havia sido destruído anteriormente e renascera com os sacrifícios feitos pelos deuses; por isso, era necessário a continuidade de sacrifícios pelos humanos, para a preservação da vida. Na concepção de mundo dos astecas, vida e morte não eram opostas. A ideia de ciclos que se repetiam sinalizava que o sentido do viver não era a morte, mas uma simbiose de regeneração de forças criadoras.
Uma festa, muitas ressignificações
A proximidade com a data católica do dia de todos os santos e com finados não é casual. Entre as várias datas dos antigos calendários dos povos indígenase a data consolidada das festas, entre 31 de outubro e 2 de novembro, há a visível apropriação da efeméride e dos motivos das celebrações, como ocorre em outros fenômenos do mundo cristão, como por exemplo, no Natal.
Entre os dias 31 de outubro e 2 de novembro, as cerimônias se materializam em altares com as comidas favoritas dos mortos, além de muitas flores e velas. A construção dos altares é fenômeno familiar de rememorações e de alegrias. Segundo a tradição dos locais, os mortos regressam uma vez ao ano para visitar os parentes. 
 As mesas fartas, os pórticos floridos e as pessoas fantasiadas de caveiras são uma forma de bem recebê-los e de fazer com que eles não se sintam estranhos. As visitas são desejadas e os anfitriões se caracterizam para estar como os visitantes numa verdadeira festa e sem qualquer conotação macabra.
Oferendas para os mortos
Onde os familiares do morto colocava tudo que ele gostava em vida

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