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DIREITO ADMINISTRATIVO PARA CONCURSO lei 8112 2° parte

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DIREITO ADMINISTRATIVO 
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
 
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AULA 4 
(15/07/13) 
 
Prezado(a) aluno(a), 
 
Nessa quarta aula será abordado o seguinte tema: 
 
• Lei 8.112/90 (2ª parte). 
 
 
Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos 
Concursos. 
 
Grande abraço e ótima aula! 
 
 
 
Armando Mercadante 
armando@pontodosconcursos.com.br 
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PONTO 8 
LEI Nº 8.112/90 
(2ª parte) 
 
4.5. VENCIMENTO E REMUNERAÇÃO (ART. 40 A 48) 
 
A Lei 8.112/90 em seus arts. 40 e 41 traz, respectivamente, os 
conceitos de vencimento e remuneração: 
 
- Vencimento: é a retribuição pecuniária, ou seja, em dinheiro, 
paga pelo exercício de cargo público, com valor fixado em lei. 
 
Quanto a esse ponto, peço seu cuidado com duas pegadinhas de 
concurso público: 
 
1ª) o vencimento não remunera emprego público, mas sim cargo 
público; 
 
2ª) a fixação de vencimento, bem como as posteriores modificações, 
dependem de lei específica. É o que diz o art. 37, X, CF: “a 
remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º 
do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei 
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, 
assegurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem 
distinção de índices”. 
 
 
- Remuneração: é o vencimento do cargo efetivo acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. 
 
Pode estar certo(a) que o que vou dizer agora é questão de prova: 
nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo 
(art. 41, § 5o). A Lei 8.112/90 foi alterada e não mais diz 
vencimento, mas sim remuneração. 
 
Portanto, o vencimento do servidor pode ser inferior ao salário 
mínimo, havendo vedação quanto à remuneração! Pegadinha de 
prova....muito cuidado!!! 
 
Tal conclusão também é extraída da leitura da súmula vinculante nº 
15 do STF: “os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), 
da Constituição, referem-se ao total da remuneração 
percebida pelo servidor público”. 
 
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A referida lei também determina que o vencimento do cargo 
efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é 
irredutível. Na realidade, esse comando já consta do art. 37, XV, 
CF: “o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e 
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos 
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 
153, § 2º, I”. 
 
Observe que a regra da irredutibilidade de vencimentos não é 
absoluta, pois comporta exceções previstas no texto constitucional. 
 
Quanto à isonomia de vencimentos, a redação do art. 42 da Lei 
8.112/90 é bem mais elucidativa do que a do art. 37, XII, CF. 
 
Compare os dois dispositivos: 
 
“Art. 42. É assegurada a isonomia de vencimentos para 
cargos de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo 
Poder, ou entre servidores dos três Poderes, ressalvadas as 
vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao 
local de trabalho”. 
 
“Art. 37, XII. os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e 
do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo 
Poder Executivo”. 
 
O que extrair desses dois artigos para a prova? Se dois servidores 
desempenham funções iguais ou assemelhadas, a CF lhes assegura a 
isonomia de vencimento, independentemente de trabalharem no 
mesmo Poder ou em Poderes diferentes. 
 
Qual a pegadinha de prova? A isonomia não é de remuneração, 
mas sim de vencimento, pois as vantagens pessoais são 
ressalvadas no art. 42. 
 
Dessa forma, dois digitadores, um do Poder Executivo e outro do 
Legislativo, ao desempenharem as mesmas atribuições, terão os 
mesmos vencimentos (eu digo em sala que é a primeira linha do 
contracheque), porém, não necessariamente terão a mesma 
remuneração (vencimento + vantagens pecuniárias permanentes), 
pois um pode ter mais tempo de serviço que o outro e ter acumulado 
qüinqüênios, por exemplo. Ou seja, apesar de o vencimento ser o 
mesmo, a remuneração será diferente. 
 
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No seu art. 42, a Lei 8.112/90 trata dos limites remuneratórios dos 
servidores. Ignore o caput desse artigo e estude a matéria pelo 
o art. 37, XI, CF: 
 
“XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, 
funções e empregos públicos da administração direta, autárquica 
e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores 
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os 
proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos 
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de 
qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, 
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, 
e nos Estados e no Distrito Federal, o subsídio mensal do 
Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo 
e o subsídio dos Desembargadores do Tribunal de Justiça, 
limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento 
do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este 
limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos 
Defensores Públicos”. 
 
Creio que ficará mais fácil estudar esse inciso por meio do quadro 
abaixo: 
 
TETO REMUNERATÓRIO 
Subsídio dos Ministros do Supremo Tribunal Federal 
SUBTETOS 
União Ministros do STF 
Estados e 
Distrito 
Federal 
Poder 
Executivo 
Governador 
Poder 
Legislativo 
Dep. Estaduais/Distritais 
Poder 
Judiciário 
Desembargadores do TJ (limitado 
a 90,25%** dos subsídios dos Min. 
do STF) 
Municípios Prefeitos 
* o teto não pode ser ultrapassado, mas pode ser igualado, 
significando que é legítimo que servidor receba remuneração idêntica 
ao subsídio dos Ministros do STF. 
** esse limite também é aplicável aos membros do MP, Defensores 
Públicos e Procuradores. 
 
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Algumas considerações importantes sobre esses limites 
remuneratórios: 
 
1) Estão abrangidas pela regra todas as espécies remuneratórias e 
vantagens recebidas pelos servidores, com exclusão das parcelas 
indenizatórias. Veja o que diz o art. 37, § 11, CF: “Não serão 
computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que 
trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de caráter 
indenizatório previstas em lei”. 
 
A Lei 8.112/90 prevê como parcelas indenizatórias: diárias, ajuda 
de custo, transporte e auxílio moradia. 
 
Contudo, há parcelas de caráter remuneratório que são excluídas 
desses limites, conforme preceitua art. 42, parágrafo único, da 
referida lei, a saber: gratificação natalina; adicional pelo 
exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
adicional noturno e adicional de férias. 
 
Além dessas, estão fora do limite do teto remuneratório, dentre 
outras: abono de permanência em serviço (art. 40, §19, CF) e 
remuneração de magistrados e membros do MP pelo exercício 
de magistério. 
 
 
2)Esses limites são aplicáveis à União, Estados, DF e Municípios, 
bem como às suas respectivas autarquias e fundações públicas. 
Relativamente às empresas públicas e sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, nos termos do art. 37, §9º, CF, referidos 
limites apenas serão aplicáveis se receberem recursos da 
administração direta para pagamento de despesas de pessoal 
ou de custeio em geral. 
 
 
3) Fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu 
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores 
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a 90,25% do subsídio 
mensal dos Ministros do STF, não se aplicando o disposto neste 
parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos 
Vereadores (art. 37, §12, CF); 
 
 
4) No julgamento da ADIMC 3.854/DF (28.02.07), o STF 
considerou inconstitucional a distinção feita entre magistrados 
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federais e magistrados estaduais. Se você verificar o quadro 
acima perceberá que o limite dos magistrados federais é o subsídio 
dos Ministros do STF, enquanto os magistrados estaduais têm como o 
subteto o subsídio dos Desembargadores do TJ, que por sua vez é 
limitado a 90,25% do subsídio dos Ministros do STF. Diante dessa 
decisão, não há mais aplicação do limite referido para 
magistrados estaduais e também para desembargadores do TJ 
(que afinal de contas são magistrados). Esses, portanto, não 
possuem mais subteto, mas apenas teto constitucional. 
 
Ultrapassados os comentários sobre teto e subtetos constitucionais, 
vamos tratar especificamente de hipóteses de perda de remuneração 
e incidência de descontos. 
 
Quanto à perda da remuneração, o art. 44 da Lei 8.112/90 determina 
que o servidor perderá: 
 
a) a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo 
justificado; 
 
b) a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, 
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o 
art. 97 (doação de sangue, alistamento como eleitor, casamento, 
falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, 
filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos), e saídas 
antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, 
até o mês subseqüente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela 
chefia imediata. 
 
Em seu parágrafo único ressalva que as faltas justificadas 
decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão ser 
compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim 
consideradas como efetivo exercício. 
 
Quanto aos descontos, preceitua o art. 45 que, salvo por imposição 
legal (ex: imposto de renda) ou mandado judicial (ex: pensão 
alimentícia), nenhum desconto incidirá sobre a remuneração ou o 
provento. 
 
Cuidado para não confundir na prova o conteúdo desse art. 45 com o 
do art. 48 assim redigido: “o vencimento, a remuneração e o 
provento não serão objeto de arresto, seqüestro ou penhora, 
exceto nos casos de prestação de alimentos resultante de 
decisão judicial”. 
 
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Preste atenção que nesse último artigo não há referência à imposição 
legal, mas tão somente a ordem judicial. 
 
Além disso, mediante autorização do servidor, poderá haver 
consignação em folha de pagamento a favor de terceiros, a 
critério da administração e com reposição de custos (ex: 
empréstimos consignados). 
 
As reposições (decorrem de pagamentos feitos a maior pelo Poder 
Público) e indenizações (quando o servidor causa prejuízo ao Poder 
Público, como, por exemplo, servidor que danifica veículo oficial) 
serão previamente comunicadas ao servidor ativo, aposentado ou ao 
pensionista, para pagamento, no prazo máximo de trinta dias, 
podendo ser parceladas, a pedido do interessado. 
 
Algumas regras devem ser observadas para efeito reposição e 
indenização: 
 
- o valor de cada parcela não poderá ser inferior ao 
correspondente a 10% da remuneração, provento ou pensão; 
 
- quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês anterior ao 
do processamento da folha, a reposição será feita 
imediatamente, em uma única parcela. 
 
- na hipótese de valores recebidos em decorrência de cumprimento a 
decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que venha a ser 
revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a data da 
reposição. 
 
Quando o servidor que estiver em débito com o Poder Público for 
demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou 
disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para 
quitar o débito, sob pena de inscrição em dívida ativa para cobrança 
pela Procuradoria Federal. 
 
 
4.6. VANTAGENS: INDENIZAÇÕES (ART. 51 A 60-E) 
 
No art. 49 constam as vantagens pagas para ao servidor 
federal: indenizações, gratificações e adicionais. 
 
Quanto a essas vantagens, guarde as seguintes informações para sua 
prova: indenizações não se incorporam ao vencimento ou 
provento para qualquer efeito, enquanto as gratificações e os 
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adicionais incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos 
e condições indicados em lei. 
 
É importante que decore quais são as indenizações: ajuda de custo, 
diárias, transporte e auxílio-moradia. 
 
Vamos analisar cada uma das indenizações: 
 
- Ajuda de custo: 
 
É devida quando o servidor, no interesse do serviço, é deslocado 
para nova sede com mudança de domicílio em caráter 
permanente. Se o servidor requerer o deslocamento não fará jus à 
indenização. 
 
Também receberá ajuda de custo àquele que, não sendo servidor 
da União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança 
de domicílio. 
 
Contudo, não terá direito à indenização o servidor que se afastar do 
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. 
 
Agora, caso o servidor não se apresente injustificadamente na nova 
sede no prazo de 30 (trinta) dias ficará obrigado a devolver a ajuda 
de custo. 
 
O objetivo de seu pagamento é compensar as despesas do 
servidor com a instalação em seu novo domicílio. 
 
Será calculada sobre a remuneração do servidor, não podendo 
exceder a importância correspondente a 3 (três) meses. 
 
A Administração Pública, além de pagar a ajuda de custo, também 
arcará com as despesas de transporte do servidor e de sua família, 
compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 
 
À família do servidor que falecer na nova sede são 
assegurados ajuda de custo e transporte para a localidade de 
origem, dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. 
 
 
- Diárias: 
 
Enquanto ajuda de custo é devida pelo deslocamento definitivo do 
servidor, a diária é devida pelo deslocamento eventual. 
 
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Diz o art. 58 que serão devidas passagens e diárias para o servidor 
que, a serviço, afastar-se da sede em caráter eventual ou transitório 
para outro ponto do território nacional ou para o exterior. 
 
As diárias são destinadas a indenizar as parcelas de despesas 
extraordinárias com pousada, alimentação e locomoção urbana. 
 
Caso o servidor receba as diárias e não se afaste da sede, por 
qualquer motivo, ficará obrigado a devolvê-las integralmente, no 
prazo de 5 (cinco) dias. 
 
Da mesma forma, se retornar à sede em prazo menor do que o 
previsto para o seu afastamento, restituirá, no prazo de 5 dias, as 
diárias recebidasem excesso. 
 
A diária será paga por dia de afastamento, salvo quando o 
deslocamento constituir exigência permanente do cargo, 
hipótese em que o servidor não fará jus a diárias. 
 
Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro 
da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou 
microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente 
instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com 
países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, 
entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se 
houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas 
serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território 
nacional. 
 
Em outras hipóteses, quando não exigir pernoite fora da sede ou 
quando a União custear, por meio diverso, as despesas 
extraordinárias cobertas por diárias, será devida pela metade. 
 
Para facilitar o seu estudo, observe a tabela abaixo: 
 
Afastamento Diária 
Com pernoite Diária integral 
Sem pernoite ½ diária 
Com pernoite, porém União custeando as 
despesas 
½ diária 
Sem pernoite em região metropolitana, 
aglomeração urbana, microrregião ou áreas de 
controle integrado mantidas com países limítrofes 
Sem diária 
Deslocamento é exigência permanente do cargo Sem diária 
 
 
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- Indenização de Transporte: 
 
Será devida ao servidor que tiver despesas com a utilização de 
meio próprio de locomoção para a execução de serviços externos, 
por força das atribuições próprias do cargo. 
 
 
- Auxílio-Moradia: 
 
Das indenizações, é que mais dá trabalho na prova, pela quantidade 
de informações. Mas vamos com jeito para tirar de letra... 
 
Para que serve? 
Ressarcimento das despesas comprovadamente realizadas pelo 
servidor com aluguel de moradia ou com meio de hospedagem 
administrado por empresa hoteleira. 
 
Quando é pago? 
No prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo 
servidor. 
 
Quem recebe? 
Servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo 
em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e 
Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza 
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes. 
 
Qual o período de pagamento? 
Dentro de cada período de 12 (doze) anos, não será concedido por 
prazo superior a 8 (oito) anos. 
 
No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel 
funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o 
auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês. 
 
Qual o valor do auxílio moradia? 
A Lei 8.112/90 não precisa um valor, mas cria limites. O valor 
mensal do auxílio-moradia é limitado a 25% do valor do cargo 
em comissão, função comissionada ou cargo de Ministro de 
Estado ocupado. 
 
Além disso, o valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% 
da remuneração de Ministro de Estado. 
 
De qualquer forma, independentemente do valor do cargo em 
comissão ou função comissionada, fica garantido a todos os que 
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preencherem os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 
1.800,00. 
 
Significa que se o servidor recebe R$5.000,00 e teve um gasto de 
R$1.700,00 com aluguel, esse valor será ressarcido, apesar de ser 
superior a 25% de sua remuneração. Pense assim: gastou 
R$1.800,00 recebe, independentemente do valor da remuneração. 
Valores acima dessa quantia devem observar os dois limites de 25% 
(remuneração do servidor e remuneração de Ministro de Estado). 
 
Quais são os requisitos para recebimento? 
Certamente a parte mais enjoada... 
 
- não exista imóvel funcional disponível para uso pelo servidor; 
 
- o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel funcional; 
 
- o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou tenha sido 
proprietário, promitente comprador, cessionário ou promitente 
cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o cargo, incluída 
a hipótese de lote edificado sem averbação de construção, nos doze 
meses que antecederem a sua nomeação; 
 
- nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba auxílio-
moradia; 
 
- o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de 
confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3º (região 
metropolitana, aglomeração, microrregião ...), em relação ao local de 
residência ou domicílio do servidor; 
 
- o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido no 
Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo em 
comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo inferior a 
sessenta dias dentro desse período; e 
 
- o deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou 
nomeação para cargo efetivo. 
 
- o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de 2006. 
 
Sei que a matéria quando envolve a Lei 8.112/90 fica mais pesada 
em certos trechos, mas lembre-se que é justamente nessas partes 
que você tem que se esforçar para fazer diferente. 
 
 
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4.7. VANTAGENS: GRATIFICAÇÕES E ADICIONAIS (ART. 61 A 
76-A) 
 
Você perceberá que essa parte da matéria é bem tranquila nas 
provas, apesar de ser um estudo mais monótono por envolver apenas 
leitura de artigos da lei. 
 
Mas vale ponto na prova e por isso temos que cair de cabeça... 
 
De acordo com art. 61, os servidores fazem jus às seguintes 
retribuições, gratificações e adicionais: 
 
• retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e 
assessoramento; 
• gratificação natalina; 
• adicional pelo exercício de atividades insalubres, perigosas ou 
penosas; 
• adicional pela prestação de serviço extraordinário; 
• adicional noturno; 
• adicional de férias; 
• outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho; 
• gratificação por encargo de curso ou concurso. 
 
Vamos analisar cada uma delas: 
 
1) Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, Chefia e 
Assessoramento: 
 
Basta saber que é paga para servidor ocupante de cargo efetivo 
investido em função de direção, chefia ou assessoramento, 
cargo de provimento em comissão ou de Natureza Especial. Ou 
seja, é paga para servidor que ocupa cargo em comissão ou 
exerça função de confiança. 
 
 
2) Gratificação Natalina 
 
É o nosso conhecido 13º salário, que será paga até o dia 20 de 
dezembro. 
 
Ela é calculada com base na remuneração a que o servidor fizer jus 
em dezembro, correspondendo a 1/12 por mês de exercício no 
respectivo ano. Atenção, pois só será considerada como mês integral 
fração igual ou superior a 15 dias. Portanto, se o servidor 
trabalhou 2 meses e 14 dias, receberá 2/12 de gratificação natalina. 
Se trabalhou 2 meses e 15 dias, receberá 3/12. 
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Quando o servidor for exonerado, receberá a gratificação 
proporcionalmente aos meses de exercício, sendo o cálculo 
realizado com base na remuneração do mês em que ocorreu a 
exoneração. 
 
Por fim, a gratificação natalina não será considerada para 
cálculo de qualquer vantagem pecuniária. 
 
 
3) Adicionais de Insalubridade, Periculosidade ou Atividades 
Penosas: 
 
Quando o servidor, no exercício de suas funções, tem contato 
habitual (constante) com substâncias que podem prejudicar sua 
saúde fará jus ao adicional de insalubridade. 
 
Já o adicional de periculosidade é devido quando o servidor, ao 
exercersão funções, coloca em risco sua integridade física. 
 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo dão como exemplos, 
respectivamente, servidores que trabalham com raios X e com redes 
de alta tensão. 
 
Referidos adicionais são pagos enquanto durarem as condições ou os 
riscos para sua concessão. Uma vez eliminados, os respectivos 
pagamentos são interrompidos. 
 
Estão previstos no art. 68: 
 
“Os servidores que trabalhem com habitualidade em locais 
insalubres ou em contato permanente com substâncias 
tóxicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um 
adicional sobre o vencimento do cargo efetivo”. 
 
Os adicionais de insalubridade e de periculosidade não são 
cumulativos, devendo o servidor que fizer jus aos dois optar por um 
deles. 
 
A Lei 8.112/90 destaca duas situações especiais: 1) servidoras 
gestantes ou lactantes; 2) servidores que operam com raios X. 
 
A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a 
gestação e a lactação, exercendo suas atividades em local salubre 
e em serviço não penoso e não perigoso. 
 
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Os servidores que operam com Raios X ou substâncias radioativas 
serão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. 
 
Por fim, o adicional de atividade penosa, que será devido aos 
servidores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades 
cujas condições de vida o justifiquem. 
 
 
4) Adicional por Serviço Extraordinário: 
 
Nossa conhecida hora extra. Muito cuidado com uma pegadinha 
envolvendo a Constituição Federal. Se você abrir a CF em seu art. 7º, 
XVI, constará que ela prevê o pagamento de adicional por serviço 
extraordinário no percentual de no mínimo 50% do normal. Já a 
Lei 8.112/90 fixou em 50% o acréscimo em relação à hora normal de 
trabalho. 
 
O serviço extraordinário só é permitido para atender a situações 
excepcionais e temporárias, respeitado o limite máximo de 2 
(duas) horas por jornada. 
 
 
5) Adicional Noturno: 
 
Considera-se serviço noturno aquele prestado entre 22 horas de um 
dia e 5 horas do dia seguinte. 
 
O adicional noturno equivale a 25% do valor pago pela hora normal. 
Portanto, se você recebe R$10,00 por hora, sua hora noturna será de 
R$12,50. 
 
A hora noturna não é considerada de 60 minutos, mais sim 
cinquenta e dois minutos e trinta segundos. 
 
Agora, suponhamos que a jornada do servidor seja de 14hs às 22hs 
(portanto, de 8 hs). Se ele trabalhar até as 23hs, fará jus a hora 
extra e adicional noturno. Ok? Como fazer o cálculo? Primeiro calcule 
o valor com hora-extra, para depois aplicar o adicional noturno. 
Portanto, se o servidor ganha R$10,00 por hora, primeiro aplique o 
percentual de 50% (hora-extra), passando a hora para R$15,00. 
Depois aplique o de 25% (ad. noturno) sobre esse valor. Eu uso o 
seguinte macete para não errar: entre extra e noturno incide 
primeira a extra, pois o e vem primeiro que o n. 
 
 
6) Adicional de Férias: 
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É o chamado terço constitucional. É pago por ocasião das férias do 
servidor, correspondendo a 1/3 (um terço) da remuneração do 
período das férias. 
 
Aqui também tem pegadinha, pois a CF em seu art. 7º, XVII, prevê o 
pagamento de pelo menos 1/3 a mais, enquanto a Lei 8.112 prevê 
1/3. 
 
Quando o servidor também recebe retribuição por exercer função de 
confiança ou cargo em comissão, sobre esse valor também incidirá o 
1/3 de férias. Portanto, se ganho R$2.000,00 no cargo efeito + 
R$1.000,00 no cargo em comissão, o 1/3 incide sobre R$3.000,00. 
 
 
7) Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso: 
 
Juntamente com o auxílio moradia, essa gratificação é campeã de 
reclamação dos concurseiros. Como dizem aqui na minha querida MG, 
ô trem chato! (rs...) 
 
Vamos ver o que eu consigo fazer....transformar esse jiló em filé não 
tem jeito, mas temos que pelo menos tentar (rs...) 
 
Quem recebe a gratificação por encargo de curso ou concurso? 
 
Servidor que, em caráter eventual, desempenhe as atividades 
abaixo listadas sem prejuízo do exercício do seu cargo: 
 
I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvimento 
ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da 
administração pública federal; 
 
II - participar de banca examinadora ou de comissão para exames 
orais, para análise curricular, para correção de provas discursivas, 
para elaboração de questões de provas ou para julgamento de 
recursos intentados por candidatos; 
 
III - participar da logística de preparação e de realização de concurso 
público envolvendo atividades de planejamento, coordenação, 
supervisão, execução e avaliação de resultado, quando tais atividades 
não estiverem incluídas entre as suas atribuições permanentes; 
 
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de exame 
vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas atividades. 
 
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Decorar esses incisos eu não recomendo, mas vejo com bons olhos 
você buscar um atalho. 
 
Faça a seguinte associação: a gratificação será paga quando o 
servidor estiver envolvido na organização/execução de CURSO DE 
FORMAÇÃO, TREINAMENTO, PROVAS, VESTIBULARES e 
CONCURSOS PÚBLICOS. Alguns alunos pensam apenas em 
TREINAMENTO E PROVAS, pois são palavras que já abrangem as 
demais. 
 
Grave a ideia ao invés de decorar! Nessa parte, é a dica que eu lhe 
dou. 
 
 
Qual o valor da gratificação? 
 
Aqui você deve decorar dois percentuais: 2,2% e 1,2%. 
 
Esses percentuais corresponde ao valor máximo da hora trabalhada e 
incidirão não sobre a remuneração do servidor, mas sim sobre o 
maior vencimento básico da administração pública federal. 
Olha a pegadinha de prova! 
 
As atividades estão divididas em 4 incisos, sendo dois para cada 
percentual. Portanto, 2,2% para os incisos I e II (2,2%) e incisos III 
e IV (1,2%). 
 
A melhor maneira de buscar um macete é usando palavras 
constantes dos incisos do art. 76-A, pois a banca, nessa questão, vai 
cobrar é a decoreba. Obviamente que aqui não existe um método 
infalível, mas a associação abaixo ajuda bastante: 
 
INSTRUTOR + PARTICIPAR DE BANCA ou COMISSÃO – 2,2% 
 
LOGÍSTICA + APLICAÇÃO/FISCALIZAÇÃO/AVALIAÇÃO – 1,2% 
 
A retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120 horas de 
trabalho anuais, salvo situação excepcional, devidamente justificada e 
previamente aprovada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, 
que poderá autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de 
trabalho anuais. 
 
Por fim, se eu tivesse que apostar numa questão para a sua prova 
relativamente a essa gratificação seria a seguinte: a Gratificação 
por Encargo de Curso ou Concurso não se incorpora ao 
vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não 
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poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer 
outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos 
da aposentadoria e das pensões. 
 
 
4.8. FÉRIAS (ART. 77 A 80) 
 
O servidor tem direito a 30 dias de férias, que podem ser 
parceladas em até 3 etapas, a seu pedido e no interesse da 
administração (decisão discricionária). 
 
O pagamento da remuneração das férias é efetuado até 2 dias 
antes do seu início e em caso de parcelamento o terço constitucional 
é pago quando da utilização do primeiro período.No caso de necessidade do serviço, as férias podem ser 
acumuladas até o máximo de dois períodos. 
 
Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigidos 12 
meses de exercício. 
 
As faltas que o servidor teve durante o período aquisitivo não 
podem ser descontadas nas férias. 
 
Quando o servidor for exonerado do seu cargo efetivo ou em 
comissão receberá indenização referente ao período de férias a que 
tiver direito e também ao período incompleto. A indenização, 
que será calculada com base na remuneração do mês em que foi 
publicado o ato exoneratório, será paga na proporção de 1/12 por 
mês de efetivo exercício, considerando-se mês integral fração igual 
ou superior a 15 dias. É o mesmo raciocínio utilizado para cálculo do 
13º salário (gratificação natalina). 
 
Servidores que operam direta e permanentemente com Raios X ou 
substâncias radioativas gozarão 20 (vinte) dias consecutivos 
de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em 
qualquer hipótese a acumulação. 
 
Por fim, as férias só poderão ser interrompidas por motivo de 
calamidade pública, comoção interna, convocação para júri, 
serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço 
declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade. O restante 
do período interrompido será gozado de uma só vez. 
 
 
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4.9. LICENÇAS (ART. 81 A 92) 
 
Conforme art. 81 da Lei 8.112/90 são as seguintes as licenças que 
podem ser concedidas para o servidor: 
 
- por motivo de doença em pessoa da família; 
- por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; 
- para o serviço militar; 
- para atividade política; 
- para capacitação; 
- para tratar de interesses particulares; 
- para desempenho de mandato classista. 
 
A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de 
outra da mesma espécie será considerada como prorrogação. 
 
 
1) Licença por motivo de doença em pessoa da família: 
 
De início, tome cuidado com as pessoas que a lei considera como da 
família para fins da concessão dessa licença: cônjuge ou 
companheiro, pais, filhos, padrasto ou madrasta e enteado, ou 
dependente que viva às expensas e conste do assentamento 
funcional do servidor. 
 
A licença, prevista no art. 83, só será concedida se presentes dois 
requisitos: 
 
- a doença for comprovada mediante perícia médica oficial (exigida 
também para as prorrogações), salvo se o prazo da licença for 
inferior a 15 dias, dentro de um ano, hipótese que o art. 204 permite 
a dispensa da perícia oficial; 
 
- se a assistência direta do servidor for indispensável e não puder 
ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou 
mediante compensação de horário. 
 
A licença, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a 
cada período de 12 meses nas seguintes condições: 
 
- por até 60 dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do 
servidor; 
 
- por até 90 dias, consecutivos ou não, sem remuneração. 
 
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O início do interstício de 12 meses será contado a partir da data do 
deferimento da primeira licença concedida. 
 
A soma das licenças remuneradas e das licenças não remunerada, 
incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em um mesmo 
período de 12 meses, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos 
acima (60 e 90 dias). 
 
Durante a licença é vedado o exercício de atividade 
remunerada. 
 
 
2) Licença por motivo de afastamento do cônjuge: 
 
Nos termos do art. 84, poderá ser concedida licença ao servidor para 
acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado 
(portanto, sem pedido do servidor) para outro ponto do território 
nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo 
dos Poderes Executivo e Legislativo. 
 
A licença é concedida por prazo indeterminado e sem 
remuneração. 
 
Caso o cônjuge ou companheiro do servidor também seja servidor 
público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver 
exercício provisório em órgão ou entidade da Administração 
Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o exercício 
de atividade compatível com o seu cargo. 
 
 
3) Licença para o serviço militar: 
 
Quanto a essa licença a única informação que pode ser cobrada em 
prova é a constante do parágrafo único do art. 85: concluído o 
serviço militar, o servidor terá até 30 dias sem remuneração para 
reassumir o exercício do cargo. 
 
 
4) Licença para atividade política: 
 
Tome cuidado para não confundir licença para atividade política com 
afastamento para exercício de mandato eletivo. Nessa o servidor já 
foi eleito, enquanto na primeira ainda está em campanha política. 
 
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Conforme art. 86, o servidor terá direito a licença, sem 
remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha 
em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a 
véspera do registro de sua candidatura perante a Justiça 
Eleitoral. 
 
A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte 
ao da eleição, o servidor fará jus à licença, tendo direito à sua 
remuneração por um período de três meses. 
 
O servidor que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, 
arrecadação ou fiscalização, se for candidato na localidade onde 
desempenha suas funções, será obrigatoriamente afastado do 
seu cargo a partir do dia imediato ao do registro de sua 
candidatura perante a Justiça Eleitoral até o décimo dia 
seguinte ao do pleito. 
 
 
5) Licença para capacitação: 
 
Após cada 5 anos (qüinqüênio) de efetivo exercício, o servidor 
poderá, caso haja interesse da Administração (decisão discricionária), 
afastar-se por até três meses do exercício do seu cargo efetivo, 
com a respectiva remuneração, para participar de curso de 
capacitação profissional. 
 
Os períodos de licença, de acordo com o art. 87, parágrafo único, 
não são acumuláveis. 
 
 
6) Licença para tratar de interesses particulares: 
 
Prevista no art. 91, a licença para tratar de interesses particulares 
será concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo, a critério da 
Administração (ato discricionário), pelo prazo de até três anos 
consecutivos, podendo ser interrompida, a qualquer tempo, a 
pedido do servidor ou no interesse do serviço. 
 
A licença só poderá ser concedida para o servidor que não mais 
esteja no estágio probatório. 
 
Durante o período de licença o servidor não receberá sua 
remuneração. 
 
 
 
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7) Licença para o desempenho de mandato classista: 
 
Para fins de concessão dessa licença, consideram-se os mandatos 
classistas exercidos nas seguintes entidades: 
 
• confederação, federação e associação de classe de 
âmbito nacional; 
• sindicato representativo da categoria; 
• entidade fiscalizadora da profissão. 
 
Somente poderão ser licenciados servidores eleitos para cargos de 
direção ou representação nas referidas entidades, desde que 
cadastradas no Ministério competente. 
 
Também será concedida licença para participação na gerência ou 
administração de sociedade cooperativa constituída por 
servidores públicos para prestar serviços a seus membros. 
 
A licença será concedida sem remuneração e terá duração igual à 
do mandato, podendo ser prorrogada,no caso de reeleição, e por 
uma única vez. 
 
O art. 92 indica o número de servidores que podem ser licenciados de 
acordo com a quantidade de associados na entidade: 
 
Até 5.000 associados 1 servidor 
De 5.001 a 30.000 associados 2 servidores 
Mais de 30.000 associados 3 servidores 
 
 
4.10. AFASTAMENTOS (ART. 93 A 96) 
 
São afastamentos previstos nos arts. 93 a 96-A da Lei 8.112/90: 
 
• Para servir a outro órgão ou entidade; 
• Para exercício de mandato eletivo; 
• Para estudo ou missão no exterior; 
• Para participação em programa de pós-graduação stricto 
sensu no país. 
 
 
1) Do afastamento para servir a outro órgão ou entidade: 
 
Para exercer cargo em comissão ou função de confiança e nos 
demais casos previstos em leis específicas o servidor poderá ser 
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cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da 
União, dos Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios 
 
A cessão far-se-á mediante portaria publicada no Diário Oficial da 
União. 
 
Sendo a cessão para ocupar cargo em comissão ou função de 
confiança nos órgãos ou entidades dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão ou 
entidade cessionária (quem recebe o servidor), mantido o ônus 
para o cedente nos demais casos. Portanto, se a União cede um 
servidor para o Estado de Minas Gerais será este quem arcará com a 
remuneração. 
 
Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de 
economia mista optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela 
remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição 
do cargo em comissão, a entidade cessionária efetuará o 
reembolso das despesas realizadas pelo órgão ou entidade de 
origem. 
 
Por fim, desde que haja autorização expressa do Presidente da 
República, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em 
outro órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro 
próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. 
 
 
2) Afastamento para exercício de mandato eletivo: 
 
Ao servidor federal investido que for eleito para exercer mandato 
eletivo aplicam-se as seguintes regras: 
 
- Mandato federal, estadual ou distrital: ficará afastado do seu 
cargo e receberá a remuneração do cargo eletivo; 
 
- Mandato de Prefeito: será afastado do seu cargo, podendo optar 
entre essa remuneração e a do cargo eletivo; 
 
- Mandato de vereador: nesse caso termos duas situações diversas: 
 
a) se houver compatibilidade de horário: exercerá ambos os 
cargos, acumulando as respectivas remunerações; 
 
b) se não houver compatibilidade de horário: será afastado do 
seu cargo, podendo optar entre essa remuneração e a do cargo 
eletivo. 
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Durante o seu afastamento, o servidor continuará contribuindo 
para a seguridade social como se estivesse em exercício. 
 
Além disso, o servidor investido em mandato eletivo ou classista não 
poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade 
diversa daquela onde exerce o mandato. 
 
A CF, em seu art. 38, ao regular esse tema, prevê em seu inciso IV 
que em caso de afastamento do servidor seu tempo de serviço 
será contato para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento. Muita atenção aqui, pois para 
promoção por antiguidade o tempo é considerado. 
 
 
3) Afastamento para estudo ou missão no exterior: 
 
Esse afastamento para o exterior está condicionado à autorização do 
Presidente da República, do Presidente dos Órgãos do Poder 
Legislativo e do Presidente do Supremo Tribunal Federal. 
 
O prazo máximo de afastamento é de 4 (quatro) anos. Encerrada a 
missão ou estudo, somente será permitida nova ausência do servidor 
se decorrido igual período. 
 
O servidor que obtiver esse benefício não fará jus à exoneração ou 
licença para tratar de interesse particular antes de decorrido 
período igual ao do afastamento, salvo se ressarcir o Poder 
Público das despesas havidas com seu afastamento. 
 
As regras acima não se aplicam aos servidores da carreira 
diplomática. 
 
O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de 
que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda 
total da remuneração. 
 
 
4) Afastamento para participação em programa de pós-
graduação stricto sensu no país: 
 
É o tema objeto da questão adotada como referência. 
 
Previsto no art. 96-A, trata-se de afastamento para participação em 
mestrado ou doutorado em instituição de ensino no País e no 
Exterior. 
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São requisitos para sua concessão: 
 
- interesse da Administração (decisão discricionária); 
 
- a participação no curso não possa ocorrer simultaneamente 
com o exercício do cargo ou mediante compensação de horário; 
 
- ser titular de cargo efeito no respectivo órgão ou entidade há pelo 
menos 3 (três) anos para mestrado (macete: mestrado tem 3 
sílabas) e 4 (quatro) anos para doutorado (macete: doutorado 
tem 4 sílabas), incluído o período de estágio probatório, 
 
- que o servidor não tenha se afastado por licença para tratar 
de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou 
com fundamento nesse artigo 96-A nos 2 (dois) anos anteriores 
à data da solicitação de afastamento. 
 
No caso de pós-doutorado, além de interesse da Administração e 
impossibilidade de exercício simultâneo do cargo ou mediante 
compensação de horários: 
 
- ser titular de cargo efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo 
menos 4 (quatro) anos, incluído o período de estágio probatório; 
 
- que o servidor não tenha se afastado por licença para tratar 
de assuntos particulares, para gozo de licença capacitação ou 
com fundamento nesse artigo 96-A nos 4 (quatro) anos 
anteriores à data da solicitação de afastamento. 
 
Os servidores terão que permanecer no exercício de suas funções 
após o seu retorno por um período igual ao do afastamento 
concedido. 
 
Se o servidor requerer exoneração do cargo ou aposentadoria 
antes de ter cumprido o referido período de permanência deverá 
ressarcir o órgão ou entidade dos gastos com seu aperfeiçoamento. 
 
Também deverá que ressarcir o Poder Público se não obtiver o 
título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, 
salvo na hipótese comprovada de força maior ou de caso fortuito, a 
critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. 
 
 
 
 
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QUESTÕES COMENTADAS 
 
É importante destacar que questões envolvendo legislação merecem 
respostas diretas e bem objetivas, sendo suficiente para algumas 
delas a mera referência ao dispositivo normativo. 
 
01) (CESPE/TRE-MT/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2010) Acerca do 
que dispõe a Lei n.º 8.112/1990 e alterações em relação a 
vencimento, remuneração e vantagens, assinale a opção 
correta. 
a) Vencimento corresponde à retribuição pecuniária pelo exercício do 
cargo público efetivo, acrescida das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei. 
b) Podem ser concedidas ao servidor público, além do vencimento, 
gratificações e indenizações, as quais não se incorporam ao 
vencimento para qualquer feito. 
c) Somente lei pode impor a incidência de desconto sobre 
remuneração ou provento do servidor. 
d) O servidor público não faz jus aoadicional pela prestação de 
serviço extraordinário. 
e) O vencimento pode ser objeto de penhora apenas nos casos de 
prestação de alimentos resultante de decisão judicial. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Letra a: o conceito apresentado é de remuneração, conforme art. 41. 
 
 
Letra b: de acordo com o art. 49, faltou a vantagem “adicionais”. 
Além disso, as indenizações não se incorporam. 
 
 
Letra c: decisão judicial também pode, nos termos do art. 45, impor 
a incidência de desconto sobre remuneração ou provento do servidor. 
 
 
Letra d: o servidor faz jus a gratificação por serviço extraordinário, 
conforme art. 73) 
 
 
Letra e: assertiva correta, conforme art. 48, cujo texto prevê que o 
vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de 
arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de 
alimentos resultantes de decisão judicial. 
 
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• Gabarito: letra E 
 
 
02) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/Administrativa/2012) A 
licença concedida ao servidor público federal para o desempenho de 
mandato classista constitui exemplo de licença não remunerada. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme dispõe o art. 92, caput, da Lei 8.112/90: “é assegurado ao 
servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de 
mandato em confederação, federação, associação de classe de 
âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade 
fiscalizadora da profissão ou, ainda, para participar de gerência ou 
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores 
públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto 
na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em 
regulamento e observados os seguintes limites” 
 
• Gabarito: correta 
 
 
03) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa/2012) O 
servidor público faz jus licença remunerada para o desempenho de 
atividade político-partidária por um período de três meses, 
compreendido entre o registro de sua candidatura e o décimo dia 
seguinte ao da eleição. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme art. 92, §2º: “a partir do registro da candidatura e até o 
décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, 
assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período 
de três meses”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
04) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/Prog. de Sistemas/2012) 
Suponha que um servidor esteve licenciado por quinze dias e, 
decorrido esse prazo, solicitou outro afastamento da mesma espécie 
após quarenta dias de seu retorno. Nesse caso, para fins de cômputo, 
a segunda licença será considerada prorrogação da primeira. 
 
COMENTÁRIOS 
 
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Conforme art. 82 da Lei 8.112/90: “a licença concedida dentro de 60 
(sessenta) dias do término de outra da mesma espécie será 
considerada como prorrogação”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
05) (CESPE/TRE-MT/Analista Judiciário/2010) Os servidores 
públicos podem, além do vencimento, receber como vantagens 
indenizações, gratificações e adicionais. As indenizações referem-se a 
ajuda de custo, diárias e indenização de transporte. O auxílio-
moradia é categorizado como vantagem adicional. 
 
COMENTÁRIOS 
 
 “Os servidores públicos podem, além do vencimento, receber como 
vantagens indenizações, gratificações e adicionais. As indenizações 
referem-se a ajuda de custo, diárias e indenização de transporte. O 
auxílio-moradia é categorizado como vantagem adicional”. O 
auxílio-moradia também é categorizado como indenização, de acordo 
com o art. 51. 
 
 
06) (CESPE/2010/MPU/Analista Processual/2010) Assegura-se 
a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou 
assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três 
Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas 
à natureza ou ao local de trabalho. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A questão é praticamente o texto inserto no art. 41, §4º. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
07) (CESPE - 2013 - CNJ - Analista Judiciário - Análise de 
Sistemas) O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens 
de caráter permanente, é irredutível, salvo nos casos de calamidade 
pública ou guerra externa. 
 
COMENTÁRIOS 
 
O art. 41 da Lei 8.112/90, assim dispõe: “remuneração é o 
vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes estabelecidas em lei. (...)§3º. O vencimento do cargo 
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efetivo, acrescido das vantagens de caráter permanente, é 
irredutível”. 
 
As exceções estão previstas na Constituição Federal, art. 37, XV: “o 
subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos 
públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV 
deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I”. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
08) (CESPE/TCU/Auditor/2010) A CF assegura ao servidor 
público o direito ao salário mínimo nacionalmente unificado, sendo 
considerada, para tanto, a remuneração do servidor, e não apenas o 
seu vencimento básico. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Assertiva correta, conforme art. 41, §5º, da Lei 8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
09) (CESPE/PGM/Boa Vista/Procurador/2010) O chefe 
imediato do servidor tem a faculdade de autorizar ou não a 
compensação de horário. Não havendo tal compensação, o servidor 
perderá a parcela da remuneração correspondente ao atraso, sem 
que, nessa hipótese, se caracterize violação ao princípio da 
irredutibilidade de vencimentos. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Assertiva correta, sendo mera aplicação do art. 44, II, da Lei 
8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
10) (CESPE/TRE/MT/Analista/2010) Podem ser pagas ao 
servidor, além do vencimento, indenizações, como as diárias, que se 
incorporam ao vencimento conforme estabelecido em lei. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Já foi visto que as diárias não se incorporam, pois possuem natureza 
indenizatória. 
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• Gabarito: errada 
 
 
11) (CESPE/TRE/MT/Analista/2010) O servidor que, a serviço, 
afastar-se da sede, em caráter eventual ou transitório, para outro 
ponto do território nacional fará jus a ajuda de custo destinada a 
indenizar as parcelas de despesas com pousada, alimentação e 
locomoção urbana. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Fará jus a diárias, conforme já demonstrado nesse material (art. 58). 
 
• Gabarito: errada 
 
 
12) (CESPE/TRE/MT/Analista/2010) O servidor pode receber 
simultaneamente o adicional de insalubridade e o adicional de 
periculosidade, desde que trabalhe com habitualidade em locais 
insalubres ou em contato permanente com substâncias tóxicas, 
radioativas ou com risco de morte. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Deverá optar por um deles, conforme exigência do art. 68, §1º. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
13) (CESPE/TRE/MT/Analista/2010) Nada impede que o servidor 
exerça atividade remunerada durante o período da licença por motivo 
de doença em família. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Há proibição expressa do art. 81, §3º. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
14) (CESPE - 2009 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) José, servidor público federal, é casado com 
Maria e reside em São Luís - MA. Maria foi eleita deputada 
federal e, por esse motivo, transferiu sua residência para 
Brasília. José requereu a licença por motivo de afastamento do 
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cônjuge, para acompanhar sua esposa em Brasília. Nessa 
situação hipotética, a licença será por prazo 
a) indeterminado e remunerada nos primeiros seis meses. 
b) indeterminado e remunerada durante todo o período da licença. 
c) determinado de quatro anos e sem remuneração. 
d) indeterminado e sem remuneração. 
e) determinado de um ano e com remuneração integral. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforma art. 84, por prazo indeterminado e sem remuneração. 
 
• Gabarito: letra D 
 
 
15) (CESPE - 2009 - TRE-MA - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) O auxílio-moradia pago pela administração 
pública 
a) é incorporado ao vencimento do servidor após 3 anos de 
recebimento ininterrupto. 
b) é incorporado ao vencimento do servidor imediatamente após ser 
concedido. 
c) é incorporado ao vencimento do servidor apenas quando pago em 
caráter definitivo e irrevogável. 
d) não é incorporado ao vencimento do servidor, por ser pago apenas 
em caráter transitório. 
e) não é incorporado ao vencimento do servidor, por ter caráter 
indenizatório. 
 
COMENTÁRIOS 
 
De acordo com o art. 49, I, e §1º, não é incorporado ao vencimento 
do servidor, por ter caráter indenizatório. 
 
• Gabarito: letra E 
 
 
16) (TCU/Auditor/2010/CESPE) A CF assegura ao servidor 
público o direito ao salário mínimo nacionalmente unificado, sendo 
considerada, para tanto, a remuneração do servidor, e não apenas o 
seu vencimento básico. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Nos termos do art. 41, § 5º, da Lei 8.112/90, nenhum servidor 
receberá remuneração inferior ao salário mínimo. Além disso, a 
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súmula vinculante do STF nº 16 prescreve que “os artigos 7º, IV, e 
39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total 
da remuneração percebida pelo servidor público”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
17) (PGM/Boa Vista/Procurador/2010/CESPE) O chefe 
imediato do servidor tem a faculdade de autorizar ou não a 
compensação de horário. Não havendo tal compensação, o servidor 
perderá a parcela da remuneração correspondente ao atraso, sem 
que, nessa hipótese, se caracterize violação ao princípio da 
irredutibilidade de vencimentos. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A assertiva foi redigida de acordo com o disposto no art. 44 da Lei 
8.112/90, II, que prevê a perda pelo servidor da “parcela de 
remuneração diária, proporcionalmente aos atrasos, ausências 
justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. 97, e 
saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horário, 
até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela 
chefia imediata”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
18) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/Área 
Administrativa/2012/CESPE) Vencimentos, proventos e 
remuneração não podem ser objeto de medidas judiciais extremas 
como arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação 
de alimentos resultantes de decisão judicial. 
 
COMENTÁRIOS 
 
De acordo com o art. 48 da Lei 8.112/90, o vencimento, a 
remuneração e o provento não serão objeto de arresto, sequestro ou 
penhora, exceto nos casos de prestação de alimentos resultantes de 
decisão judicial. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
19) (TRE/BA/Técnico Judiciário/Prog. de 
Sistemas/2010/CESPE) O servidor que faltar ao serviço sem 
motivo justificado perderá o dia de remuneração. 
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COMENTÁRIOS 
 
A assertiva está de acordo com o art. 44, I, da Lei 8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
20) (MPU/Analista/Processual/2010/CESPE) Assegura-se a 
isonomia de vencimentos para cargos de atribuições iguais ou 
assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três 
Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas 
à natureza ou ao local de trabalho. 
 
COMENTÁRIOS 
 
O enunciado é uma reprodução do art. 41, §4º, da Lei 8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
21) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/Área Administrativa/CESPE) 
As faltas justificadas do servidor decorrentes de caso fortuito ou força 
maior podem, a critério da chefia, ser compensadas, sendo 
consideradas como efetivo exercício. 
 
COMENTÁRIOS 
 
É o que preceitua o art. 44, parágrafo único, do Lei 8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
22) (CESPE - 2013 - CNJ - Técnico Judiciário - Área 
Administrativa) Além do vencimento, o servidor público pode 
receber vantagens, como indenizações, gratificações e adicionais, 
sendo que as duas primeiras vantagens citadas incorporam-se ao 
vencimento ou provento. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Além do vencimento poderão ser pagas ao servidor as seguintes 
vantagens (art. 49): I) indenizações (ajuda de custo, diárias, 
transporte e auxílio-moradia); II) gratificações; III) adicionais. As 
indenizações não se incorporam ao vencimento ou provento para 
qualquer efeito (art. 49, §1º); já as gratificações e os adicionais 
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incorporam-se ao vencimento ou provento, nos casos e condições 
indicados na lei (art. 49, §2º). 
 
• Gabarito: errada 
 
 
23) (PGM/RR/Procurador Municipal/2010/CESPE) O chefe 
imediato do servidor tem a faculdade de autorizar ou não a 
compensação de horário. Não havendo tal compensação, o servidor 
perderá a parcela da remuneração correspondente ao atraso, sem 
que, nessa hipótese, se caracterize violação ao princípio da 
irredutibilidade de vencimentos. 
 
COMENTÁRIOS 
 
É o que dispõe o art. 44, parágrafo único, da Lei 8.112/90: “as faltas 
justificadas decorrentes de caso fortuito ou de força maior poderão 
ser compensadas a critério da chefia imediata, sendo assim 
consideradas como efetivo exercício”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
24) (TRE/MT/Analista/2010/CESPE) O servidor que, a serviço, 
afastar-se da sede, em caráter eventual ou transitório, para outro 
ponto do território nacional fará jus a ajuda de custo destinada a 
indenizar as parcelas de despesas com pousada, alimentação e 
locomoção urbana. 
 
COMENTÁRIOS 
 
No caso de afastamento em caráter eventual ou transitório, o 
servidor fará jus a diárias, conforme art. 58, da Lei 8.112. A ajuda 
de custo, diferentemente, destina-se a compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter 
exercício em nova sede, com mudança de domicílio em caráter 
permanente (art. 53). 
 
• Gabarito: errada 
 
 
25) (FUB/Analista de Tecnologia da 
Informação/Básicos/2011/CESPE) Na hipótese de o servidor 
trabalhar em local insalubre e em contato permanente com 
substâncias radioativas, a lei determina a obrigatoriedade de o 
servidor optar por apenas um dos adicionais: insalubridade ou 
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periculosidade. 
 
COMENTÁRIOS 
 
O art. 68, §1º, da Lei 8.112/90 é claro ao prescrever que o servidor 
que fizer jus aos adicionais de insalubridade e de periculosidade 
deverá optar por um deles. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
26) (FUB/Analista de Tecnologia da Informação/2011/CESPE) 
A gratificação por encargo de curso ou concurso não se incorpora ao 
vencimento ou salário do servidor para qualquer efeito e não poderá 
ser utilizada como base de cálculo para quaisquer outras vantagens, 
inclusive para fins de cálculo dos proventos da aposentadoriae das 
pensões. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A assertiva é mera reprodução do art. 76-A, §3º, da Lei 8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
27) (CNPQ/Analista em Ciência e Tecnologia 
Júnior/Geral/2011/CESPE) O auxílio-moradia deve ser concedido 
a servidor público federal que, entre outros requisitos, tenha se 
mudado do local de residência para ocupar cargo em comissão ou 
função de confiança do grupo direção e assessoramento superiores 
(DAS), níveis 4, 5 e 6, de natureza especial, de ministro de Estado ou 
equivalentes. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme dispõe o art. 60-B, V, da Lei 8.112/90. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
28) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/Prog. de 
Sistemas/2012/CESPE) O auxílio-moradia constitui vantagem 
prevista na Lei n.º 8.112/1990 e não pode ultrapassar o prazo de oito 
anos em um período de doze anos. 
 
COMENTÁRIOS 
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A assertiva está equivocada, pois de acordo com o parágrafo único do 
art. 60-C, da lei 8.112/90, “transcorrido o prazo de 8 (oito) anos 
dentro de cada período de 12 (doze) anos, o pagamento somente 
será retomado se observados, além do disposto no caput deste 
artigo, os requisitos do caput do art. 60-B desta Lei, não se 
aplicando, no caso, o parágrafo único do citado art. 60-B. (Incluído 
pela Lei nº 11.784, de 2008”. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
29) (TRE/RJ/Técnico Judiciário/2012/CESPE) O adicional 
noturno é devido aos servidores públicos que executarem atividades 
entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. 
 
COMENTÁRIOS 
 
O enunciado está de acordo com a redação do art. 75 da Lei 
8.112/90: “o serviço noturno, prestado em horário compreendido 
entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do dia 
seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por 
cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos e 
trinta segundos”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
30) (TRE/ES/Técnico Judiciário/Área Administrativa/ 
2011/CESPE) O gozo de férias do servidor pode ser interrompido, 
entre outros motivos, por convocação de júri, serviço eleitoral ou por 
necessidade do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão 
ou entidade em que o servidor desempenhe suas funções. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme art. 80 da Lei 8.112/90, “as férias somente poderão ser 
interrompidas por motivo de calamidade pública, comoção interna, 
convocação para júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade 
do serviço declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade”. 
 
• Gabarito: correta 
 
 
31 (CESPE/2012/MPE/PI/Técnico Ministerial/CESPE) Carlos, 
servidor público federal, requereu licença por motivo de doença, pois 
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sua esposa fora diagnosticada com uma rara doença, cujo tratamento 
demanda cuidados intensos e de alto custo. Para que não ficasse sem 
recursos financeiros durante o período de sua licença, ele aceitou 
uma oferta remunerada para trabalhar em casa. Nessa situação, 
Carlos não está amparado pela lei. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A licença por motivo de doença em pessoa da família poderá ser 
concedida ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou 
companheira, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e 
enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, mediante comprovação por perícia médica 
oficial (art. 83). Durante o período dessa licença é vedado o 
exercício de atividade remunerada (art. 81, §3º). 
 
• Gabarito: correta 
 
 
32) (CESPE/2012/TRE/RJ/Técnico Judiciário/Operação de 
Computador/CESPE) A licença por motivo de doença de pessoa da 
família pode ser concedida, a cada período de doze meses, por até 
noventa dias, consecutivos ou não, mantida a remuneração do 
servidor. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Não é o que dispõe o art. 83, §2º: “a licença de que trata o caput, 
incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada período de 
doze meses nas seguintes condições: I - por até 60 (sessenta) dias, 
consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e II - por 
até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remuneração”. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
33) (AGU/Procurador/2010/CESPE) Carlos, servidor público 
federal desde abril de 2000, jamais gozou o benefício da licença para 
capacitação. Nessa situação, considerando-se que ele faz jus ao gozo 
desse beneficio por três meses, a cada quinquênio, Carlos poderá 
gozar dois períodos dessa licença a partir de abril de 2010. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Conforme art. 87, caput, da Lei 8.112/90, “após cada quinquênio de 
efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da administração, 
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afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, por até 3 (três) anos, para participar de curso de 
capacitação profissional”. Nos termos do seu parágrafo único: “os 
períodos de licença de que trata o caput não são 
acumuláveis”. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
34) (TCU/Auditor Federal de Controle Externo/2011/CESPE) A 
administração pode deferir pedido de licença sem remuneração, por 
até três anos consecutivos, a servidor público ocupante de cargo 
efetivo que esteja no segundo ano do estágio probatório, se a licença 
for para tratar de interesses particulares. 
 
COMENTÁRIOS 
 
A assertiva está incorreta, pois o servidor não poderá estar no 
estágio probatório para gozar da licença para interesse particular 
(art. 91 da Lei 8.112/90). 
 
• Gabarito: errada 
 
 
35) (TRE/MT/Analista Judiciário/Área 
Judiciária/2010/CESPE) A Lei n.º 11.770/2008 permite a 
prorrogação da licença-maternidade tão somente às servidoras 
gestantes, excluindo desse benefício as servidoras adotantes. 
 
COMENTÁRIOS 
 
Enunciado incorreto, pois a prorrogação da licença é garantida tanto 
à gestante como à adotante e à servidora que obtiver a guarda 
judicial para fins de adoção de criança. 
 
• Gabarito: errada 
 
 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE 
LEI 8.112/90 
 
1) Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício de cargo 
público e de função pública, com valor fixado em lei. 
 
2) Nenhum servidor receberá, a título de vencimento, importância 
inferior ao salário-mínimo. 
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3) Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias. 
 
4) É assegurada a isonomia de remunerações para cargos de 
atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre 
servidores dos três Poderes. 
 
5) Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, nenhum desconto 
incidirá sobre a remuneração ou provento. 
 
6) O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado, 
ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o 
prazo de trinta dias para quitar o débito. 
 
7) O vencimento, a remuneração e o provento não serão objeto de 
arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de prestação de 
alimentos resultante de decisão judicial. 
 
8) Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor as seguintes 
vantagens: I - indenizações; II - gratificações; III - adicionais. 
 
9) As indenizações incorporam-se ao vencimento ou provento. 
 
10) As gratificações e os adicionais não se incorporam ao vencimento 
ou provento. 
 
11) As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem 
acumuladas, para efeito deconcessão de quaisquer outros 
acréscimos pecuniários ulteriores. 
 
12) Nos termos da Lei 8.112/90, estas são as indenizações devidas 
ao servidor: I - ajuda de custo; II - diárias; III - transporte. 
 
13) A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas de 
instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a ter 
exercício provisório em nova sede. 
 
14) No caso de ajuda de custo, é vedado o duplo pagamento de 
indenização, a qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro 
que detenha também a condição de servidor, vier a ter exercício na 
mesma sede. 
 
15) Em caso de mudança de sede em caráter permanente, correm 
por conta da administração as despesas de transporte do servidor e 
de sua família, compreendendo passagem, bagagem e bens pessoais. 
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16) À família do servidor que falecer na nova sede são assegurados 
ajuda de custo e transporte para a localidade de origem, dentro do 
prazo de 2 (dois) anos, contado do óbito. 
 
17) A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração do servidor, 
conforme se dispuser em regulamento, não podendo exceder a 
importância correspondente a 2 (dois) meses. 
 
18) Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se afastar do 
cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. 
 
19) Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo servidor da 
União, for nomeado para cargo em comissão, com mudança de 
domicílio. 
 
20) O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo quando, 
injustificadamente, não se apresentar na nova sede no prazo de 30 
(trinta) dias. 
 
21) O servidor que passar a ter exercício definitivo em outro ponto do 
território nacional ou do exterior, fará jus a passagens e diárias 
destinadas a indenizar as parcelas de despesas extraordinárias com 
pousada, alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em 
regulamento. 
 
22) A diária será concedida por dia de afastamento, sendo devida 
pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, 
ou quando a União custear, por meio diverso, as despesas 
extraordinárias cobertas por diárias. 
 
23) Nos casos em que o deslocamento da sede constituir exigência 
permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. 
 
24) Também não fará jus a diárias o servidor que se deslocar dentro 
da mesma região metropolitana, aglomeração urbana ou 
microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regularmente 
instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas com países 
limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, entidades e 
servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se houver 
pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas serão 
sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território nacional. 
 
25) O servidor que receber diárias e não se afastar da sede, por 
qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no prazo 
de 10 (dez) dias. 
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26) Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do 
que o previsto para o seu afastamento, restituirá as diárias recebidas 
em excesso. 
 
27) Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor que realizar 
despesas com a utilização de meio próprio de locomoção para a 
execução de serviços externos, por força das atribuições próprias do 
cargo, conforme se dispuser em regulamento. 
 
28) O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das despesas 
comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel de moradia 
ou com meio de hospedagem administrado por empresa hoteleira, no 
prazo de um mês após a comprovação da despesa pelo servidor. 
 
29) Afasta o direito ao recebimento do auxílio moradia, dentre outros 
motivos, a existência de imóvel funcional disponível para uso pelo 
servidor. 
 
30) Afasta o direito ao recebimento do auxílio moradia, dentre outros 
motivos, o cônjuge, companheiro, ascendente ou descendente do 
servidor ocupar imóvel funcional; 
 
31) Afasta o direito ao recebimento do auxílio moradia, dentre outros 
motivos, o fato de o servidor ou de seu cônjuge ou companheiro ser 
ou ter sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou 
promitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o 
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de 
construção, nos doze meses que antecederem a sua nomeação. 
 
32) Afasta o direito ao recebimento do auxílio moradia, dentre outros 
motivos, o fato de pessoa que resida com o servidor receber a 
auxílio-moradia. 
 
33) Um dos requisitos para recebimento do auxílio moradia é que o 
servidor tenha se mudado do local de residência para ocupar cargo 
em comissão ou função de confiança do Grupo-Direção e 
Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Natureza 
Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes. 
 
34) Não afasta o direito ao recebimento do auxílio moradia o fato de 
o Município no qual assuma o cargo em comissão ou função de 
confiança enquadrar-se nas hipóteses do art. 58, § 3º (região 
metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião), em relação ao 
local de residência ou domicílio do servidor. 
 
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35) Afasta o direito ao recebimento do auxílio moradia, dentre outros 
motivos, o fato de o servidor ter sido domiciliado ou ter residido no 
Município, nos últimos vinte e quatro meses, aonde for exercer o 
cargo em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se 
prazo inferior a sessenta dias dentro desse período. 
 
36) Uma das condições para recebimento do auxílio-moradia é que o 
deslocamento não tenha sido por força de alteração de lotação ou 
nomeação para cargo efetivo. 
 
37) O auxílio-moradia não será concedido por prazo superior a cinco 
anos dentro de cada período de oito anos, ainda que o servidor mude 
de cargo ou de Município de exercício do cargo. 
 
38) O valor do auxílio-moradia é limitado a cinqüenta por cento do 
valor do cargo em comissão ocupado pelo servidor e, em qualquer 
hipótese, não poderá ser superior ao auxílio-moradia recebido por 
Ministro de Estado. 
 
39) No caso de falecimento, exoneração, colocação de imóvel 
funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel, o auxílio-
moradia continuará sendo pago por um mês. 
 
40) A gratificação natalina corresponde à remuneração a que o 
servidor fizer jus no mês de dezembro. 
 
41) A gratificação natalina será considerada para cálculo das 
vantagens pecuniárias. 
 
42) É possível ao servidor acumular adicionais de insalubridade e de 
periculosidade. 
 
43) O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade não 
cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram causa 
a sua concessão. 
 
44) A servidora gestante ou lactante será afastada, enquanto durar a 
gestação e a lactação, das operações e locais previstos neste artigo, 
exercendo suas atividades em local salubre e em serviço não penoso 
e não perigoso. 
 
45) O adicional de atividade penosa será devido aos servidores em 
exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas condições de 
vida o justifiquem, nos termos, condições e limites fixados em 
regulamento. 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
AGENTE DA POLÍCIA FEDERAL 
PROFESSOR ARMANDO MERCADANTE 
 
Prof. Armando Mercadante www.pontodosconcursos.com.br 222 
 
46) Os servidores que operam com Raios X ou substâncias 
radioativas serão submetidos a exames médicos a cada 3 (três) 
meses. 
 
47) O serviço extraordinário

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