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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA CAMPUS SÃO MIGUEL DO OESTE CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM ALIMENTOS CARLA ALEXSANDRA DA SILVA MOARES ERIC VÍTOR FLORES DE OLIVEIRA EVELIN LAURA THOME DE LIMA PÂMELA SOMMITZ MACEDO ABUSO E ASSÉDIO NO MUNDO ESPORTIVO SÃO MIGUEL DO OESTE, ABRIL DE 2020. Sumário 1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................................3 2 OBJETIVO..............................................................................................................................3 3 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................................3 3.1 Abuso...............................................................................................................................4 3.2 Abuso Físico.....................................................................................................................4 3.3 Abuso Sexual...................................................................................................................4 3.4 Abuso Psicológico...........................................................................................................5 3.5 Assédio............................................................................................................................5 3.6 Assédio Sexual.................................................................................................................5 3.7 Assédio moral...................................................................................................................6 3.8 O agressor.........................................................................................................................6 3.9 A vítima............................................................................................................................7 3.10 Casos..............................................................................................................................7 4 CONCLUSÃO.......................................................................................................................11 5 REFERÊNCIAS.....................................................................................................................12 1 INTRODUÇÃO Casos de abuso e assédio no esporte vieram à tona recentemente no Brasil e no mundo, até uma década atrás falar sobre esses temas era um tabu em nossa sociedade e, mais ainda, no meio esportivo. Contudo, os casos sempre estiveram presentes, isso mostra o quanto o ambiente esportivo pode se tornar um local de vulnerabilidade, principalmente, nas categorias de base. Hoje, as vítimas estão se encorajando, expondo angústias para tentar amenizar suas dores e quem sabe prevenir casos similares no futuro, e as entidades esportivas buscam ter aparato para receber as denúncias e acolher as vítimas. 2 OBJETIVO O intuito de fazer esse trabalho é para que possamos compreender a lógica externa dos esportes, tendo como tema “Abuso e assédio no mundo esportivo”, abordaremos tal assunto de maneira apropriada e sensível, trazendo informações e dados de fontes verídicas e confiáveis, mostrando a verdade de forma compreensível sobre esse tema, tendo sempre como o único objetivo trazer informação para nossos colegas de classe e professor. 3 DESENVOLVIMENTO Para que se tenha maior compreensão sobre esse tema, devemos compreender o conceito de abuso e assédio, e suas diferentes formas nas quais poderá vir acontecer; 3.1 Abuso Em termos de relações humanas, o conceito de abuso aplica-se a qualquer ação humana onde exista uma precondição de desnível de poder, seja ele em relação a objetos, seres, legislações, crenças ou valores. Abuso é um termo que existe correlacionado e intimamente subordinado a questões valorativas, de um ponto de vista ético e moral, mas também científico, como por exemplo o abuso de substâncias viciantes discretas. O abuso é semelhante à transgressão, onde, da mesma forma, há uma restrição conhecida pelo atuante e, em geral, determinada coletivamente, também de ordem moral, científica, legislativa, cultural ou em qualquer nível público, que torna, o ato da transgressão, uma infração a uma lei qualquer. O abuso, contudo, pode vir associado à ideia de poder do abusador sobre o “objeto” abusado, que não pode ou não quer (por motivos intimidatórios reais ou não) resistir e/ou se contrapor ao abuso. 3.2 Abuso Físico O abuso físico é um ato de uma pessoa que envolve o contato com outra pessoa com a intenção de causar sentimentos de dor física, lesões ou outro tipo de sofrimento físico ou lesão corporal. Na maioria dos casos, as crianças são vítimas de abuso físico, mas os adultos também podem ser vítimas. Termos alternativos às vezes usados incluem agressão ou violência física e também pode incluir o abuso sexual. O abuso físico pode envolver mais de um agressor e mais de uma vítima. 3.3 Abuso Sexual Abuso sexual é a atividade sexual não desejada, onde o agressor usa a força, faz ameaças ou exclui vantagens da vítima que se torna incapaz de negar consentimento. O abuso sexual dá-se quando alguém em uma posição de poder ou de autoridade se aproveita da confiança e do respeito de uma pessoa para envolvê- la em atividades sexuais não consentidas 3.4 Abuso Psicológico Abuso psicológico, também conhecido como abuso emocional ou abuso mental, caracteriza-se quando uma pessoa submete ou expõe outra a um comportamento que pode resultar em traumas psicológicos, como ansiedade, depressão crônica, ou transtorno de estresse pós-traumático. Esse tipo de abuso é frequentemente associado a situações de desequilíbrio de poder. 3.5 Assédio Assédio, cobre uma ampla gama de comportamentos de natureza ofensiva. É geralmente entendido como um comportamento que importuna ou perturba e é caracteristicamente repetitivo. No sentido legal, é o comportamento que parece ser ameaçador ou perturbador. 3.6 Assédio Sexual A expressão assédio sexual abrange uma vasta gama de comportamentos que vão desde agressões verbais até abuso sexual e agressão sexual. O assédio sexual pode ocorrer em diferentes lugares. Tanto a pessoa que assedia como a pessoa que é assediada podem pertencer a qualquer gênero sexual. Na maior parte das legislações atuais, o assédio sexual é ilegal. As leis, no entanto, geralmente não proíbem o simples flerte, comentários improvisados ou incidentes isolados menores. Em sentido estrito, a expressão se refere a um tipo de coerção de caráter sexual praticada geralmente por uma pessoa em posição hierárquica superior em relação a um subordinado (embora o contrário também possa acontecer), normalmente em local de trabalho ou ambiente acadêmico. O assédio sexual caracteriza-se por alguma ameaça, insinuação de ameaça ou hostilidade contra o subordinado visando a algum objetivo. 3.7 Assédio moral Assédio moral é a exposição de alguém a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas. Geralmente, tal expressão se refere a atos ocorridos durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções. São mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e antiéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima. Mas mesmo sabendo o que é o abuso e o assédio, e seus vários tipos de situações que podem vir acontecer, como podemos saber quem é o agressor, e quem é a vítima? 3.8 O agressor É essencialmente, um indivíduo destituído de ética e de moral. O agressor age por impulsos negativos e sem nenhuma nobreza de caráter, revelando seu lado perverso ao verificar sua vítima sucumbir aos poucos diante de sua iniquidade. Olhando externamente, é difícil identificar o agressor, poisa imagem que projeta de si mesmo é sempre bastante positiva, quase sempre possuem um jeito educado e gentil, fazem com que inicialmente a vítima confiem neles, e fazem com que os familiares e conhecidos da vítima confie no mesmo, pois caso alguém descobrisse a violência que o agressor cometeu, nunca desconfiariam dele, pois supostamente seria uma pessoa decente e confiável. Geralmente, os agressores não centram suas forças em pessoas serviçais e/ou naqueles que são considerados partes do “grupo” de amigos. O que desencadeia sua agressividade e sua conduta é um receio pelos êxitos e méritos dos demais. Um sentimento de irritação rancorosa, que se desencadeia através da felicidade e vantagens que o outro possa ter. O agressor tem claras suas limitações, deficiências e incompetência profissional, sendo consciente do perigo constante a que está submetido em sua carreira. É o conhecimento de sua própria realidade que o leva a destroçar carreiras de outras pessoas. Pode-se somar o medo de perder determinados privilégios, e esta ambição o empurra a eliminar drasticamente qualquer obstáculo que se interponha em seu caminho. Mas a pergunta que fica, quem pode ser o agressor? Bom, ele pode ser o treinador, o médico, um colega de equipe, ele pode ser qualquer pessoa, não importa o gênero. 3.9 A vítima Não existe um perfil psicológico determinado que predisponha uma pessoa a ser vítima, qualquer um pode ser objeto deste acaso, mas geralmente se tem um perfil de vítima, no qual os agressores escolhem para atacar. Aos olhos do agressor, a vítima é uma pessoa geralmente que está na categoria de base, são atletas que estão no começo de suas carreiras, que estão vulneráveis e dispostos a fazer de tudo para serem os melhores de suas categorias, para um dia conseguirem chegar ao tão sonhado pódio. E com base nisso eles se aproveitam das fraquezas das vítimas, e as abusam, assediam, as ameaçam, levando-as a estados de desespero, profunda dor e angústia. São poucas as vítimas que possuem coragem e denunciam seus agressores, mas, muitas vezes mesmo fazendo a denúncia, quase nunca acontece nada com a agressor, e por isso a maioria tem medo de fazer a denúncia e das consequências que sofrerá, esse é um dos maiores motivos do porque muitas das vítimas escondem seus casos, e entram aos poucos em profunda depressão, infelizmente algumas acabam cometendo suicídio, pois não aguentavam mais tamanho sofrimento. 3.10 Casos Para termos maior noção da gravidade deste tema, vamos ver alguns casos: • Caso Ruan Pétrick Aguiar de Carvalho Seguir os passos do conterrâneo Paulo Henrique Ganso e trilhar o caminho bem-sucedido de Neymar. Foi com esse pensamento que Ruan Pétrick Aguiar de Carvalho saiu de casa aos 10 anos, em Marabá, no interior paraense, para embarcar rumo a São Paulo com um time amador. Mas, ao contrário do que sempre sonhou, seu nome não ganharia o noticiário como mais uma história em que o menino pobre alcança o estrelato da bola. Na última semana, ele procurou a polícia para registrar queixa contra Ricardo Marco Crivelli, o Lica, coordenador das categorias de base do Santos Futebol Clube, por abuso sexual. Lica nega a acusação, mas a Delegacia de Repressão e Combate à Pedofilia na capital paulista abriu inquérito para investigar o caso. De acordo com o boletim de ocorrência, o abuso teria ocorrido em 2010. Com 11 anos, Ruan estava sem clube após treinar na Portuguesa Santista e conheceu Crivelli no alojamento onde morava em São Paulo. Segundo depoimento à polícia, Lica, que até então atuava como observador técnico do Santos, teria acariciado seu corpo e praticado sexo oral com ele durante uma noite. “O cara prometeu que me levaria para jogar no Santos. Depois de algumas semanas, eu fui chamado para entrar no clube”, conta Ruan ao EL PAÍS. Ele ficou na base do Santos por um ano e meio. Ao longo desse tempo, conviveu com chacotas de companheiros de time, que tripudiavam de sua proximidade com o dirigente. Ruan relata que, prestes a subir de categoria, Lica o convidou para dormir em seu apartamento, mas ele recusou. A partir de então, não teve mais oportunidades no time santista e acabou dispensado. “Foi uma frustração muito grande”, diz, enquanto ajeita o boné sobre a cabeça. “Meu sonho era jogar no Santos. E tudo acabou dessa maneira. ” O garoto havia sido apresentado a Lica por intermédio de Ronildo Borges de Souza, conhecido como Batata, olheiro que levava atletas do Norte do país para São Paulo, com quem ele morou por um período. Ruan diz que também chegou a ser assediado por Ronildo, que foi preso há dois anos em um casebre onde abrigava 11 adolescentes e condenado por estelionato, exploração sexual e cárcere privado. • Caso Lawrence Gerard Nassar Lawrence Gerard Nassar é um molestador de crianças americano condenado em série que foi o médico da equipe nacional de ginástica dos EUA e um médico osteopata na Universidade Estadual de Michigan. Os atos criminosos de agressão sexual de Nassar foram a base do escândalo de abuso sexual da Federação de Ginástica dos Estados Unidos, em que ele foi acusado de molestar pelo menos 250 meninas e mulheres jovens, incluindo várias ginastas olímpicas famosas, que datam do passado, desde 1992. Ele admitiu pelo menos dez das acusações. Em julho de 2017, Nassar foi condenado a 60 anos de prisão federal depois de se declarar culpado de acusações de pornografia infantil. Em 24 de janeiro de 2018, Nassar foi condenado a 40 a 175 anos em uma prisão estadual de Michigan após se declarar culpado de sete acusações de agressão sexual de menores. Em 5 de fevereiro de 2018, ele foi condenado a mais 40 a 125 anos de prisão após se declarar culpado de mais três acusações de agressão sexual. Após a condenação de Nassar, mais de 150 processos federais e estaduais foram movidos contra ele, a Universidade Estadual de Michigan, o Comitê Olímpico dos EUA, a Ginástica dos EUA e o Clube de Ginástica Twistars. Todo o conselho de 18 membros da Federação de Ginástica dos Estados Unidos (incluindo Steve Penny) apresentou suas demissões. A presidente da MSU, Lou Anna Simon, pediu demissão junto com o diretor de esportes da MSU, Mark Hollis. Pessoas adicionais também estão sob escrutínio. Os crimes de Nassar na Universidade Estadual de Michigan e na Federação de Ginástica dos Estados Unidos foram comparadas com a atividade pedófila de Jerry Sandusky na Universidade Estadual da Pensilvânia. Em cada caso, erros foram cometidos quando as autoridades “viraram para o outro lado” ou tentaram esconder as atividades de um molestador de crianças em vez de imediatamente entrar em contato com as autoridades. A Universidade Estadual de Michigan concordou em pagar US$ 500 milhões para 332 supostas vítimas de Nassar, resolvendo processos movidos pelas vítimas. É a maior quantia de dinheiro da história estabelecida por uma universidade para um caso de abuso sexual. ▪ Caso Aly Raisman Aly Raisman, dona de três ouros olímpicos, um deles na competição por equipes no Rio-2016. Ela foi uma das cerca de 300 ginastas que acusaram Larry Nassar, ex-médico da federação americana de ginástica, julgado e condenado a mais de 360 anos de reclusão por abusar de atletas durante décadas. "Devastada ao ouvir sobre os muitos ginastas no Brasil que foram abusados. Sobreviventes devem ser ouvidos e a justiça deve ser cumprida. Como deveria ser em todo lugar. Mundo da ginástica, repito, grito o mais alto que posso, ISTO É MAIOR DO QUE NASSAR. Federação Internacional e Comitê Olímpico Internacional, atuem agora. Não podemos esperar mais. Por que alguns apoiam abusadores? É tão repugnante e horripilante. Eu nunca vou entender isso. Os abusadores são monstros. Sociedade, pare de permitir que abusadores escapem de crimes horríveis. Quando será suficiente? Se você não acha que o abuso é um problema, acorde", disse a ginasta. ▪ Caso JoannaMaranhão A nadadora Joanna Maranhão, de 31 anos, revelou em 2008 que foi abusada por um ex-técnico quando tinha apenas nove anos. Ao saber do caso na ginástica, disse que a dor do que viveu lá atrás ainda a atormenta. "Trouxe a público minha história há 10 anos e NUNCA vai deixar de doer e de me sentir impotente quando me deparo com histórias como essa. Para além do crime e das cicatrizes, das infâncias usurpadas, dos talentos desperdiçados, o que me revolta é o SILÊNCIO e a CONIVÊNCIA. É esse DISTANCIAMENTO dos que sabiam ou ouviram algo a respeito. Pedofilia é um crime que se alimenta de sombra e silêncio, me perdoe a franqueza mas se você já ouviu alguma história e disse algo como: "Bom, melhor não me envolver nisso". Peço e espero que a imprensa tenha RESPEITO ao enfrentamento desses atletas, que não façam perguntas pedindo para descrever os abusos porque isso significa REVIVER tudo e vocês não têm ideia de como dói. Apurem, falem, falem muito, mas tenha empatia com as vítimas e com suas famílias, por favor. Hoje, sigo para uma série de ações de combate à pedofilia pelo Brasil e eu não faço mais do que minha obrigação. Não sou mais forte nem melhor do que qualquer outra vítima, o que eu tive foi SUPORTE de todos os lados para buscar meu equilíbrio. Às vezes eu caio, fico na cama deitadinha sem coragem de sair para o mundo, passam uns dias e vou retornando, e é assim, vai ser para sempre assim. Só que eu não quero que seja assim para mais ninguém", escreveu a atleta, em seu Instagram. Esses são alguns dos casos que aconteceram, é óbvio que existem muitos outros casos que não foram relatados, e até mesmo caso que não foram denunciados, mas trazemos esses casos apenas para termos uma breve noção do quanto é o horrível a situação na qual esses atletas passaram. 4 CONCLUSÃO Para concluirmos, o que devemos fazer para que tais casos não ocorram mais? Quais as medidas a serem tomadas? Muitos estão se mobilizando para criar medidas que previnam que os atletas passem por essas situações. Comitê Olímpico Brasileiro (COB) criou, em 2018, um canal para receber as denúncias dos casos de assédio sexual e moral, com o objetivo de abranger todos que tenham qualquer tipo de envolvimento com a entidade, desde atletas e dirigentes até voluntários e prestadores de serviços. O Código de Ética do Comitê passou a prever punições aos abusadores, que são julgados pelo Conselho de Ética. O COB, por meio de seu braço de educação, o Instituto Olímpico Brasileiro (IOB), lançou dia 13/03/2020, o Curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte (PEAAE), que tem como objetivo difundir o tema, contribuindo para a cultura de prevenção, enfrentamento e adoção de boas práticas, conforme a Política de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio Moral e Sexual e Abuso Sexual, criada pela entidade em 2018. O evento, que reuniu cerca de 80 pessoas, entre atletas, treinadores, representantes de Confederações e colaboradores no auditório do Centro de Treinamento do Time Brasil, contou com a participação do presidente do COB, Paulo Wanderley, do vice-presidente, Marco La Porta, e do diretor geral, Rogério Sampaio. Luciana Neder, professora e pentacampeã brasileira de jiu-jitsu, contou que seu primeiro assédio na modalidade ocorreu quando tinha cerca de seis meses de treinamento: “Tinha 15 anos, sofri assédio de um aluno, também iniciante. Estávamos treinando, o puxei para a guarda, ele me segurou no quadril, fez uns barulhos como se estivesse em um ato sexual e me chamou de gostosa. Parei e falei ao professor que não queria mais treinar com ele. O treinador não tomou partido de ninguém e o garoto disse que eu era louca”. Luciana saiu da academia em que treinava e por pouco não abandonou o jiu-jitsu. Posteriormente, encontrou um professor que estava com uma turma apenas de mulheres e foi o lugar em que permaneceu até a faixa preta. Neste ano, a lutadora criou uma ouvidoria dentro Federação Sul- Americana de Jiu-Jitsu (SJJSAF) para receber as denúncias dos casos de assédio e abuso sexual. Ela reitera a importância de ouvir e acolher as vítimas para que mulheres permaneçam no esporte. A ouvidoria possui quatro pilares: escuta, acolhimento, aconselhamento e acompanhamento. Muitos atletas que já sofreram abusos estão vindo a mídia relatar os seus casos e incentivar outros atletas a não terem medo de fazer o mesmo, atletas grandes como a lutadora Luciana Neder estão fazendo projetos e promovendo palestras para evitar a todo custo para que ninguém atleta passe por nenhum abuso e assédio outra vez. As federações esportivas também estão tomando iniciativa criando ouvidorias para ouvir os atletas, e criando programas e cursos de prevenção contra a qualquer tipo de abuso e assédio. Mas não é somente as federações e os atletas que devem colaborar, mas a justiça também deve fazer a sua parte e tomando atitudes cabíveis para o bem-estar das vítimas. 5 REFERÊNCIAS SCIALFA FALCÃO, Rodrigo. Abuso sexual no esporte. Psicologia no esporte. 5 de novembro de 2018. Disponível em: <http://www.psicologianoesporte.com.br/abuso-sexual-no-esporte/>. Acesso em: 20, abr de 2020. VILADARGA, Vicente. Assédio no esporte. ISTOÉ. 08 de fevereiro de 2018. Disponível em: <https://istoe.com.br/assedio-no-esporte/>. Acesso em: 20, abr de 2020. COB lança curso de Prevenção e Enfrentamento do Assédio e Abuso no Esporte. Comitê Olímpico do Brasil. 13 de março de 2020. Disponível em: <https:// www.cob.org.br/pt/galerias/noticias/cob-lanca-curso-de-prevencao-e-enfrentamento- do-assedio-e-abuso-no-esporte/>. Acesso em: 20, abr de 2020. RAMOS, Tainah. Estrutura autoritária do esporte propicia abusos contra crianças e mulheres. AUN - AGÊNCIA UNIVERSITÁRIA DE NOTÍCIAS. 26 de novembro 2019. Disponível em: <https://paineira.usp.br/aun/index.php/2019/11/26/estrutura-autoritaria-do-esporte- propicia-abusos-contra-criancas-e-mulheres/>. Acesso em: 20, de abr de 2020. Iniciação esportiva, um reduto dos abusadores de crianças e adolescentes. EL PAÍS. São Paulo, 18 de maio de 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/05/17/deportes/1526574323_277181.html>. Acesso em: 21, abr de 2020. XAVIER DE CAMARGO, Wagner. Abusos sexuais no mundo esportivo. Ludopédio. 7 de abril de 2019. Disponível em: <https://www.ludopedio.com.br/arquibancada/abusos-sexuais-no-mundo-esportivo/>. Acesso em 21, abr de 2020. DE ASSIS, Joana. Acusado de abuso sexual, ex-técnico da ginástica vira réu e pode pegar pena de 150 anos. Globo Esporte. 31 de outubro de 2019. Disponível em: <https://globoesporte.globo.com/ginastica-artistica/abuso-na- ginastica/noticia/acusado-de-abuso-sexual-ex-tecnico-da-ginastica-vira-reu-e-pode- pegar-pena-de-150-anos.ghtml>. Acesso em: 21, abr de 2020. Atletas que sofreram abuso lembram da dor e se revoltam após escândalo. Terra. 30 de abril de 2018. Disponível em: <https://www.terra.com.br/esportes/lance/atletas-que-sofreram-abuso-lembram-a- dor-e-se-revoltam-apos- escandalo,758e000df3e89498483579cd68f58228jhfff2fr.html>. Acesso em: 21, abr de 2020. 1 INTRODUÇÃO 2 OBJETIVO 3 DESENVOLVIMENTO 3.1 Abuso 3.2 Abuso Físico 3.3 Abuso Sexual 3.4 Abuso Psicológico 3.5 Assédio 3.6 Assédio Sexual 3.7 Assédio moral 3.8 O agressor 3.9 A vítima 3.10 Casos 4 CONCLUSÃO 5 REFERÊNCIAS
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