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resumo geografia do pensamento

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Para Deleuze, a filosofia é não é mais importante que os outros saberes, porém ela quem cria as definições e conceitos, motiva e incentiva a criação do pensamento crítico e analítico, e pode estabelecer conexões com as mais variadas áreas no objetivo de definir ou explicar algo. É produção, criação Filosofia é criação e permite que através do pensamento filosófico sejam criadas coisas novas, que não existiam, atribuindo conceitos que são atribuídos ao seu autor. Deleuze estabelece uma linha de pensamento direcionada a vários pensadores, porém, possui uma metodologia diferenciada no qual trabalha com o conceito definido pelos pensadores e utiliza da ciência e outros saberes para criar uma ótica, um caminho, uma perspectiva para comprovar e/ou confirmar algo novo.
A leitura deleuziana está mais designada como uma geografia do que propriamente como uma história, pois não considera que apenas o que é posterior tem valor e sim, tudo que levou a descoberta tem a sua importância, característica que o difere de Hegel e Foucault.
Para Deleuze repetir o texto não expressa a sua identidade, mas é através da colagem busca sua identidade, lendo os filósofos e não filósofos produzindo um duplo e através da compreensão desta amplitude, faz pequenas ou grandes modificações fazendo o seu pensamento se sobressair.
A ideia da colagem significa que até determinado ponto das definições ele concorda, porém é a partir das contrariedades dos pensamentos que Deleuze se impõe e apresenta um universo desconhecido, apresentando assim, um novo rumo as “asas do pensamento”, induzindo o pensar. É isso que faz com que a sua personalidade apareça e se destaque sobre o assunto explorado.
A filosofia de Nietzsche é muito parecida à de Deleuze, porem Nietzsche sempre prezou por manter a sua diferença na forma de pensar e não se deixando contaminar pelo pensamento ou influência de outro filósofo, e procura pensar diferente de tudo que foi criado a partir de Platão. 
Já que Platão significa o nascimento da filosofia da representação, Nietzsche é o ápice da filosofia da diferença. Diferentemente de Deleuze que busca associações, conexões e foca na problemática nietzschiana de inversão do platonismo – interpretada, como crítica da filosofia da representação, e denominada "subversão" ou “perversão do platonismo” e busca fazer pontes sobre as formas antagônicas de pensar. 
Na geografia do pensamento de Deleuze alguns filósofos são excluídos, pois ele busca a forma de pensar que vai contra os seus princípios.
Deleuze, antes de tudo, um historiador da filosofia que ousou pensar filosoficamente e que encontrou no discurso filosófico os conceitos a partir dos quais foi possível estruturar sua filosofia como um pensamento diferenciado.
Diante de uma carreira brilhante, que mostrava o oculto e ia além da visão geral dos filósofos, Deleuze, só respirava por aparelhos e resolveu tirar a própria vida, jogando-se da janela do seu apartamento, deixando dois livros inacabados e uma visão brilhante do que é filosofar e exercer o pensamento.

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