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/ DEFINIÇÃO Apresentação da diferença entre os diversos tipos de bens de uma empresa. Bens materiais de produção. Bens patrimoniais em geral. PROPÓSITO Identificar os conceitos fundamentais de distinção entre os materiais dos bens patrimoniais de uma empresa, dando especial importância a suas características individuais, e também das suas principais formas de classificação, seja quanto ao processo produtivo ou à estrutura da empresa. OBJETIVOS OBJETIVO 1 Distinguir os tipos de bens de uma empresa OBJETIVO 2 / Identificar os diversos tipos de materiais dentro do processo produtivo OBJETIVO 3 Identificar as diversas formas de classificação dos bens patrimoniais da empresa INTRODUÇÃO Classificar os materiais e os bens patrimoniais de uma empresa é uma das tarefas mais importantes para a boa administração. A empresa moderna é composta por uma gama de fatores que, reunidos, a compõem. Entre esses fatores encontramos a natureza, o capital, o trabalho e a tecnologia. O capital é o fator em que os materiais e bens patrimoniais se encaixam. Esse fator é de propriedade dos sócios e usado para auferir remuneração aos sócios. Dentro do conceito de capital temos os insumos e os bens patrimoniais, que devem ser classificados e geridos de tal foma que proporcionem o maior ganho possível aos sócios. Além dessa remuneração, a empresa precisa atender a sua designição como tendo um capital social, ou seja, deve atender aos anseios da sociedade, proporcionando emprego e renda para seus colaboradores e stakeholders. Com essa premissa em mente é que estudaremos as diferenças e as classificações dos insumos e Bens Patrimoniais. A classificação dos materiais e dos bens patrimôniais ganhou importância já no fim da Idade Média, com a formação dos grupos de artesãos. Esse movimento intensificou-se a partir do momento em que o conceito de empresa se estabeleceu. A partir de então surgiu uma discussão sobre os limites dos patrimônios da empresa e o patrimônio dos sócios, tornando necessário uma conceituação clara de um e de outro. Esse conceito de separação surgiu também nos aspectos políticos quando Montesquieu introduziu o conceito de Estado separado do rei. Uma frase famosa de Luiz XIV (1638-1715), rei da França, “O Estado sou Eu”, indicava a confusão entre o patrimônio particular e o patrimônio público, ou o que depois veio a se chamar de capital social da empresa. Luiz XIV. / Com a Revolução Francesa esse conceito de separação começou a surgir na política, e, posteriormente, instalou-se nas empresas, gerando segregação entre os bens dos sócios e os da empresa. Esse movimento ocorreu devido ao crescimento das empresas e do grande número de sócios. Quando o conceito de bens patrimoniais de uma empresa estava estabelecido e a confusão entre bens pessoais dos sócios e bens da empresa já estava esclarecida, surgiu a necessidade de se controlar a remuneração desses sócios, que não mais podiam dispor do patrimônio da empresa de forma pessoal. Essa necessidade precipitou o dever de controlar com precisão a geração de renda pela empresa, como forma de remunerar os sócios pela perda do poder de uso de uma parte de seu patrimônio. Dessa necessidade surgiu a importante função de diferenciar os materiais e os bens patrimoniais, pois existem diferentes dentro da organização da produção. É dessa delimitação e diferenciação que trataremos aqui, definindo cada uma delas, listando suas características e classificando-as conforme a necessidade de gerenciamento. MÓDULO 1 Distinguir os tipos de bens de uma empresa DIFERENÇA ENTRE OS DIVERSOS TIPOS DE BENS DE UMA EMPRESA Como abordado na introdução, a diferenciação entre os bens dos sócios e os bens da organização empresarial é muito importante. Inicialmente essa divisão não existia. Os proprietários eram tidos como detentores de todos os direitos sobre os bens pessoais e da empresa, podendo dispor deles de forma não segregada, como uma única massa. Com a evolução do conceito de empresa essa segregação tornou-se necessária, e assim se deu. A partir dessa segregação o patrimônio da empresa e dos sócios tornou-se independente, o que possibilitou sua administração também de forma independente. Para que os sócios fossem remunerados, / porém, a identificação dos lucros da empresa era necessária. Isso só foi possível com a identificação dos bens que formavam esse patrimônio e os que eram trabalhados por ela e vendidos para geração de lucro. Essa segregação era necessária, pois as empresas não podiam vender todos os seus bens patrimoniais de forma contínua, o que inviabilizaria a produção de novos materiais, produtos para uma venda futura. Com isso, essa segregação garantia um controle dos bens que podiam ser dispostos pela empresa e aqueles que eram necessários para a transformação em novos bens e produtos para venda. Esse conceito pode parecer bem simples hoje em dia, mas sua completa definição não foi tão simples assim. AGORA, PENSE EU UM GALPÃO ONDE PRODUTOS SÃO PRODUZIDOS. O “ABC” DA CLASSIFICAÇÃO REFERE-SE ÀS TRÊS CLASSES OU CATEGORIAS USADAS NO SISTEMA: CATEGORIA A CATEGORIA B CATEGORIA C CATEGORIA A O “A” é a categoria de itens que são extremamente importantes ou críticos para os negócios. CATEGORIA B O “B” é a classificação para itens de importância média. CATEGORIA C / A categoria “C” é a designação para itens relativamente sem importância. QUE TIPO DE BEM ELE REPRESENTA? RESPOSTA RESPOSTA Quando pensamos em um galpão onde os produtos serão produzidos, facilmente nós o classificamos como um bem patrimonial, pois ele é usado para acomodar as máquinas e os equipamentos que produzirão os bens para venda. Podemos observar outro exemplo quando pensamos em máquinas de produção. Para a empresa que as produz, ela é um bem-acabado e não faz parte do patrimônio imobilizado da empresa, ou seja, não é um bem patrimonial. No entanto, para a empresa que as adquire e as incorpora a seu pátio fabril, essas máquinas passam a fazer parte de seus bens patrimoniais, pois serão usadas para a produção de novos materiais ou produtos a serem vendidos. SAIBA MAIS No Brasil, a organização formal das empresas teve seu pontapé inicial na época do Império. Em 1850, foi promulgado o Código Comercial—Lei nº 556—, que regeu todo o mercado até 1976, estando partes dele em vigor até nossos dias. Esse código tem conceitos mais gerais sobre a organização das empresas e não traz grandes definições a respeito. Em 1977, entrou em vigor a Lei nº 6.404, que dispõe sobre as empresas S.A. — Sociedades Anônimas. Essa lei reorganizou toda a parte formal das empresas, trazendo uma estrutura que, aos poucos, foi incorporada pela maioria das empresas, mesmo as que não eram S.A. Essa incorporação ocorreu porque o Regulamento do Imposto de Renda (RIR)—a partir do artigo 159, que trata das Pessoas Jurídicas — passou a impor essas formas de organização à maioria das empresas. Esse documento também nos fornece grande parte das definições utilizadas nas empresas. / Ainda que todos esses marcos tenham sido apenas fiscais e não tenham tornado obrigatório seu uso nas definições administrativas e gerenciais, eles servem como referência, pois pegaram emprestadas diversas definições desenvolvidas pela administração em seu escopo. Sintetizando, a construção histórica das definições e a diferenciação entre materiais e bens patrimoniais tiveram por função organizar a empresa, tornando possível sua melhor administração. A boa definição desses elementos foi essencial à classificação e organização da empresa moderna. Essa conceitualização demonstrou que cada um desses elementos deve ser tratado de forma diferente e por departamentos distintos. Enquanto os materiais e produtos devem ser tratados pelo almoxarifado e pela produção, os bens materiais devem ser administrados pelo departamento que cuida do imobilizado, tendo essas formas diferenças em sua gerência. DEFINIÇÃO DE MATERIAIS Material é definido como todo bem da empresaque pode ser rentabilizado, ou seja, que pode ser transformado em dinheiro por sua venda, sem que isso implique perda de capacidade de produção da empresa ou perda de seu patrimônio. Todos esses bens são classificados como bens ou ativos circulantes, pois têm sua venda considerada iminente, ou seja, estão em estoque para venda o mais rápido possível. Os materiais de escritório também entram nessa categoria, pois, apesar de não fazerem parte do processo produtivo, são consumidos de forma contínua e têm reposição cíclica nos escritórios. Seu fluxo em uma empresa é constante, e seu ciclo é normalmente curto. No entanto, existem produtos que demoram mais de um ano para serem produzidos. EXEMPLO Um exemplo disso é um navio. Para o estaleiro que está produzindo o navio, ele não passa de um produto a ser entregue a seu cliente o mais rápido possível. Essa produção normalmente leva mais de um ano. / Em alguns casos, os controles financeiros da empresa, como apuração dos lucros, podem seguir um ciclo diferente do habitual para se conformar com a finalização do produto. OUTRO EXEMPLO DESSE TIPO DE PRODUTO É A FABRICAÇÃO DE AVIÕES, QUE PODE DEMORAR MESES ANTES QUE FIQUEM TOTALMENTE PRONTOS. O fluxo de materiais por meio da empresa é demonstrado na figura a seguir: Fluxo de materiais e de serviços em uma empresa. Esse fluxo acompanha todo o processo da produção pela empresa, tendo como entrada os insumos (materiais, produtos e serviços) que serão transformados em produtos acabados. Esse processo de transformação é o principal foco da empresa e deve ter preponderância sobre os demais processos, recebendo toda a atenção dos gestores, pois garante a sobrevivência da empresa em longo prazo. Quando olhamos para as empresas comerciais, sabemos que os materiais a elas entregues não passam por um processo de produção. No entanto, eles podem receber algum tipo de beneficiamento, como a despaletização e a embalagem, além do picking de produtos para entrega direta ao consumidor e outras formas simples de beneficiamento estético. DESPALETIZAÇÃO Processo de desmontagem de produtos paletizados, ou seja, separação dos produtos que são transportados em lotes sobre paletes para facilitar seu transporte e armazenamento. A palavra “palete” (do inglês pallet) corresponde a “uma plataforma de madeira, metal ou plástico muito utilizada para movimentação de cargas em supermercados, varejo, armazéns e transportadoras”. Fonte: E-PALETES, 2015. / PICKING Processo de separação de bens em lotes menores e variados para atendimento de pedidos dos clientes finais, ou seja, de clientes no varejo. Esses processos podem ser manuais ou automatizados, o que ocorre em grandes empresas como a Natura. A empresa de serviço também dispõe de materiais em sua oferta. Eles são considerados insumos para que a empresa possa atuar de forma competente e com qualidade. Esses materiais podem incorporar o serviço de forma não independente ou podem ser fornecidos separadamente, mas devem ser essenciais para sua execução, de modo que não configurem simplesmente uma venda comercial. EXEMPLO Um exemplo de serviço que depende de insumos é a troca de uma peça em uma máquina qualquer. Para que o conserto seja realizado, é necessário que a peça nova seja fornecida e instalada. Sem esse insumo, não é possível executar o serviço. DEFINIÇÃO DE BENS PATRIMONIAIS Os bens patrimoniais são todos os bens da empresa usados para a produção de outros bens ou serviços que serão vendidos por ela. Nesse grupo estão, por exemplo, os prédios usados para abrigar a produção e os escritórios, as máquinas e os equipamentos utilizados para a produção de novos bens. / A frota de carro e caminhões usados para a entrega dos materiais ou produtos industrializados pela empresa também faz parte dessa classificação de bens. Todos esses recursos são classificados como imobilizados, pois não fazem parte dos bens circulantes da empresa. Além dessa definição de bens patrimoniais, também podemos classificá-los como bens permanentes, ou seja, aqueles que não são dispostos para venda. Eles normalmente permanecem por grandes períodos na empresa, integrando-sea seucapital de forma fixa, imobilizada. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (ADAPTADO DE: COLÉGIO PEDRO II – 2019) O PONTO CRUCIAL DO CONTROLE PATRIMONIAL RESIDE NA CORRETA DIFERENCIAÇÃO ENTRE MATERIAL PERMANENTE E MATERIAL DE CONSUMO. É CORRETO CLASSIFICAR COMO MATERIAIS DE CONSUMO: A) Caneta e lápis. B) Copiadora e fogão. C) Veículos diversos e freezer. D) Mesa de escritório e cartucho. 2. (ADAPTADO DE:UEPA/PA – 2020)A GESTÃO DE MATERIAIS ENVOLVE UM CONJUNTO DE ATIVIDADES ESTREITAMENTE RELACIONADO À ÁREA DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES DE MUITAS ORGANIZAÇÕES. NESTE SENTIDO, O PROCESSO PRODUTIVO:A ANÁLISE ABC É UMA DAS TÉCNICAS DE SE CONTROLAR ITENS DE ESTOQUES. SOBRE ESTA ANÁLISE É CORRETO AFIRMAR: A) Diz respeito unicamente a empresas industriais, pois somente elas têm a tecnologia e as condições necessárias para produzir bens e serviços. B) Representa toda e qualquer movimentação de materiais que saem do almoxarifado a fim de serem disponibilizados para comercialização. C) Inclui todos os bens que compõem o patrimônio da empresa e que serão usados para a fabricação dos produtos que rentabilizarão o investimento dos sócios. D) É a contínua transformação de matérias-primas, materiais, energia e informações em produtos acabados ou em serviços prestados. / GABARITO 1. (Adaptado de: Colégio Pedro II – 2019) O ponto crucial do controle patrimonial reside na correta diferenciação entre material permanente e material de consumo. É correto classificar como materiais de consumo: A alternativa "A " está correta. A tinta da caneta será consumida e acabará com o uso. O lápis também será utilizado, consumido e acontecerá o mesmo. Para classificar um bem como material (de consumo) ou patrimonial (permanente), é importante conhecer suas características e formas de conceitualização. 2. (Adaptado de:UEPA/PA – 2020)A gestão de materiais envolve um conjunto de atividades estreitamente relacionado à área de produção e operações de muitas organizações. Neste sentido, o processo produtivo:A análise ABC é uma das técnicas de se controlar itens de estoques. Sobre esta análise é correto afirmar: A alternativa "D " está correta. A principal característica da classificação de algum bem como material ou produto é o fato de ele estar diretamente relacionado ao processo de produção como insumo, como apresentamos na figura Fluxo de materiais e de serviços em uma empresa. MÓDULO 2 Identificar os diversos tipos de materiais dentro do processo produtivo BENS MATERIAIS DE PRODUÇÃO Os materiais de produção são formados de diversos tipos de materiais e de produtos utilizados na produção de novos bens materiais ou produtos acabados. O que todos esses bens têm em comum é que fazem parte dos bens circulantes da empresa e são bens rentáveis, ou seja, voltados para a rentabilização do capital dos sócios por meio de sua venda. Esses bens podem ser subclassificados por reunião de características semelhantes. / “GRANDE PARTE DO SUCESSO NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUES DEPENDE FUNDAMENTALMENTE DE BEM CLASSIFICAR OS MATERIAIS DA EMPRESA.” VIANA (2006). CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS DE PRODUÇÃO Os bens materiais de produção podem ser classificados de diversas formas e essa classificação deve conter os seguintes atributos: ABRANGÊNCIA FLEXIBILIDADE PRATICIDADE ABRANGÊNCIA No dicionário, significa “ato de abranger”. Em nossa aplicação, uma classificação de materiais deve ser abrangente o suficiente para dar conta das necessidades de gerenciamento dos materiais da empresa. FLEXIBILIDADE No dicionário, significa “propriedade daquilo que pode mudar sem perder a essência”. Em nossa aplicação, a classificação dos materiais tem de comportar mudanças e adaptações suficientes para acomodar qualquer tipo de material utilizado na empresa. / PRATICIDADE No dicionário, significa “característicadaquilo que pode ser facilmente aplicado”. Em nossa aplicação, a classificação dos materiais deve facilitar o trabalho dos usuários da informação. Essa praticidade deve ter em mente a redução do tempo necessário para o uso da informação ali contida. TRAJETO DOS MATERIAIS DE PRODUÇÃO NA ORGANIZAÇÃO Diversos setores da empresa lidam com os materiais e são responsáveis por diversas fases de seu trajeto na organização. Veja a trajetória: 1 ENGENHARIA DE MATERIAIS SETOR DE COMPRAS / 2 3 ALMOXARIFADO PRODUÇÃO / 4 5 PONTOS DE VENDA SAIBA MAIS Sua porta de entrada é a recepção de materiais no almoxarifado. No entanto, antes desse primeiro estágio a engenharia de materiais já os especificaram com todas as suas características e o setor de compras já os cotaram e fez o pedido. / Após passar pelo almoxarifado os materiais seguem para a produção, quando requisitados ou de forma contínua, dependendo de suas características, quando serão transformados em produtos finais. Esses produtos finais serão estocados e distribuídos para os pontos de venda e, por fim, vendidos e entregues aos clientes. Esse é todo o caminho que os materiais percorrem em uma empresa, com algumas possíveis variações, mas sempre como objetivo de venda e rentabilização do capital dos sócios. MAS O QUE ACONTECE EM CADA UM DESSES SETORES? ALMOXARIFADO Como receptor e primeiro conferidor dos materiais e produtos que servirão de insumos para a produção, o almoxarifado tem uma função muito importante na garantia de que os materiais recebidos apresentem as especificações determinadas pela engenharia. Essa preocupação garante a qualidade dos insumos e que a produção não terá de inspecioná-los novamente. O almoxarifado também é responsável pela guarda dos materiais até seu encaminhamento à produção. Essa responsabilidade implica a guarda desse material em bom estado e em sequência lógica de uso. SETOR DE COMPRAS Setor de compras é responsável por adquirir os produtos de acordo comas especificações requisitadas pela engenharia e garantir o melhor custo/benefício. Isso significa quea compra não deve pautar-se apenas pelo menor preço unitário do produto na comparação entre os fornecedores, mas sim considerar a qualidade e outros elementos de custos, como frete, impostos etc. SETOR DE ENGENHARIA OU DE PRODUÇÃO Já o setor de engenharia ou de produção em empresas menores deve catalogar todos os materiais que serão utilizados pela produção, construindo manuais com uma visão de uso prático pelos diversos setores da empresa. Esses catálogos serão a base para o setor de compras fazer as cotações e homologações de produtos e empresas, bem como o manual que o almoxarifado utilizará para a recepção e aprovação dos testes dos produtos que recepcionar. O próprio almoxarifado e o controle de qualidade utilizarão esses catálogos para testar os produtos e para identificar as formas de armazenamento possíveis para cada produto, observando as características descritas nos manuais e catálogos. / Por todas essas necessidades apresentadas devemos entender bem como as diversas formas de categorização dos materiais terão sua utilidade. AGORA REFLITA. POR QUE É IMPORTANTE CATEGORIZAR OS MATERIAIS? RESPOSTA 1 RESPOSTA 2 RESPOSTA 1 Quando classificamos um material por sua aplicação no processo produtivo, podemos utilizar essa informação para organizarmos melhor nosso estoque e, assim, ganharmos agilidade e precisão. RESPOSTA 2 Quando classificamos nossos materiais pelo método da Curva ABC— do qual trataremos mais adiante —, podemos priorizar os materiais com maior custo e importância no processo de produção, garantindo melhor administração das compras de materiais e reduzindo o custo de oportunidade de nossos estoques. Esses dois exemplos nos mostram como uma boa classificação dos materiais é essencial para seu correto e ágil gerenciamento. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS QUANTO AO TIPO DE DEMANDA / Quanto ao tipo de demanda, os materiais podem ser classificados como: MATERIAIS NÃO DE ESTOQUE Existem materiais dentro de uma empresa que não são estocados. Essa classe de produtos dentro do processo produtivo pode aparecer por características tanto do produto quanto do arranjo de produção. MATERIAIS DE ESTOQUE São classificados: Quanto à aplicação; Quanto ao valor do consumo; Quanto à importância operacional; Materiais críticos. MATERIAIS NÃO DE ESTOQUE Não ter estoque é o objetivo teórico de qualquer empresa, mesmo sabendo que não se pode chegar a esse objetivo sem que problemas maiores sejam causados. Os produtos que não têm estoque são comprados e utilizados de forma imediata na produção ou em seu destino, não passando por estocagem. Na administração moderna do supply chain, ou cadeia de produção integrada, existem arranjos em que a responsabilidade pelos estoques é transferida para o fornecedor, ficando a empresa sem estoques desses produtos. Como isso funciona? Essa prática só é possível a partir de dois aspectos: / Fonte: Freepik Fonte: Freepik RELACIONAMENTO SÓLIDO O desenvolvimento de um relacionamento sólido e duradouro com os fornecedores, que, em alguns casos, é desenvolvido pelo próprio comprador, tornando-se seu principal — às vezes exclusivo — fornecedor de determinado material ou produto. / Fonte: Freepik COMPARTILHAMENTO DE INFORMAÇÕES Além do relacionamento é necessário o compartilhamento das informações de ambos, para que sejam possíveis o controle e a formação de uma parceria. Outra forma de não precisar gerenciar os estoques é terceirizar essa administração. Para a empresa, é como se não houvesse estoques. Existem empresas de logística que executam esse trabalho e podem otimizar bastante a gestão dos estoques de empresas médias e pequenas. Isso acontece porque se pode ter ganho de escala, desde a compra e o transporte até a armazenagem, gerando, assim, economia e maior lucratividade. Essa opção, no entanto, deve ser tomada de forma muito consciente, pois a empresa abre mão de certo grau de controle em favor de outra que pode ter objetivos diferentes e, assim, não atender com precisão a novas necessidades ou supri-las em momentos de intempéries ocasionais. MATERIAIS DE ESTOQUE Classificação do material quanto à aplicação no processo produtivo Vamos iniciar a classificação dos materiais de estoque levando em consideração sua aplicação no processo produtivo. Essa classificação pode ser utilizada para o melhor planejamento da distribuição dos materiais pelos diversos estoques em uma grande empresa e pode ser essencial para aquelas cuja produção não é contínua. Diferenciar os materiais dos produtos acabados garante melhor organização dos estoques e pode proporcionar ganhos enormes em todo o processo produtivo, reduzindo custos e, em consequência, / transformando-se em vantagem competitiva ou em lucro/rentabilidade do negócio. Essa classificação segue a seguinte ordem: Materiais produtivos Compostos por todos os materiais e produtos utilizados direta ou indiretamente no processo de produção. MATÉRIAS-PRIMAS Materiais e produtos básicos utilizados como insumos, normalmente constituindo os itens iniciais do processo de produção. Uma das principais características das matérias-primas é serem materiais e produtos comprados pela empresa para inclusão em seu processo de produção, objetivando sua transformação em novos produtos. PRODUTOS EM FABRICAÇÃO Também conhecidos como materiais em processamento, são todos os materiais e produtos que já receberam algum tipo de tratamento dentro da produção, mas ainda não estão finalizados. Esses materiais e produtos têm outros insumos na composição de seu valor, como mão de obra, horas- máquina etc. Normalmente, estão espalhados pelos diversos pontos de produção, mas podem estar em estoques de produtos semifaturados, esperando a próxima etapa ou mesmo a venda do produto para serem concluídos. PRODUTOS ACABADOS Resultado do processo de produção. É o produto que será entregue ao comprador.Ele pode tanto ser um produto de consumo final quanto um produto que será utilizado como matéria-prima de um novo processo. Um exemplo de produto que será matéria-prima em outro processo é a empresa que produz chapa de aço. Para ela, a chapa é o produto acabado, pois entrou como minério no processo de produção e, ao final, saiu transformada em chapa. Todavia, para a empresa que produz carros, por exemplo, ela é a matéria-prima para o setor de estamparia. MATERIAIS DE MANUTENÇÃO Materiais destinados à manutenção do parque fabril, dos galpões ou escritórios. Não fazem parte do processo produtivo como insumos. MATERIAIS DE CONSUMO GERAL Todos os materiais utilizados de forma repetitiva na empresa e que não se encaixam em nenhuma das classificações anteriores. Materiais improdutivos Materiais não utilizados como insumo para produção nem como materiais de manutenção, mas sim com utilização repetitiva. Eles compreendem uma classe de materiais normalmente de baixo valor. São / exemplos desses materiais os de escritório e de limpeza. Classificação do material quanto ao valor do consumo anual A próxima forma de classificar os materiais de uma empresa é utilizando a Curva ABC, que leva em conta os valores gastos de forma anualizada de cada tipo de material. O QUE É CURVA ABC? Esse método de classificação está baseado na teoria do italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), que, ao estudar a renda e a riqueza de uma nação, descobriu que 20% da população concentrava 80% da riqueza. A essa descoberta foi dado o nome de sua relação 80/20 ou Teorema de Pareto. VILFREDO PARETO Doença causada pelo novo coronavírus, que atingiu o mundo em 2020. A Curva ABC segue essa premissa de que 20% dos bens ocupa 80% dos custos e do esforço gerencial dos estoques dos produtos de produção. Além do uso desse conceito para a alocação dos esforços de administração aos estoques, ele também é utilizado na empresa para a administração das vendas, o estabelecimento de prioridades etc. Quando aplicada na gestão dos estoques, essa forma de classificação é utilizada para a aquisição dos insumos do processo de produção, organizando-os em graus de importância versus custo. Para a consideração do impacto na produção são acrescidos à curva ABC os fatores XYZ. Fonte: Freepik Na avaliação dos estoques são levados em conta diversos fatores, entre eles: / Fonte:Shutterstock NÍVEL DE LUCRATIVIDADE. Fonte:Shutterstock GRAU DE REPRESENTATIVIDADE NO FATURAMENTO DA ORGANIZAÇÃO. / Fonte:Shutterstock GIRO DOS ITENS NO ESTOQUE ETC. A operacionalização desse método começa com a reunião dos dados dos itens que serão catalogados. Cada item deve ter seu valor de consumo anual determinado, seguindo a política de produção da empresa e suas projeções, bem como o cálculo das porcentagens do valor de cada item em relação ao total dos itens do estoque. Na sequência passa-se à classificação dos materiais nas divisões A, B e C, seguindo normalmente a proporção de: 20% ITENS A + 75% ITENS B + 5% ITENS C Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal A B C MATERIAL A Os itens na faixa A são essenciais para a redução de custos da empresa e devem ter maior atenção em sua programação e gerenciamento, pois consomem a maior parte dos recursos aplicados aos estoques. Esses / itens devem ficar o menor tempo possível em estoque, pois representam grandes quantidades de capital investido em uma pequena quantidade de materiais e produtos. A partir dessa visão é possível dispender menor esforço e obter maiores resultados. MATERIAL B A faixa B é formada pelos produtos que ficam na faixa intermediária de valor e quantidade. Normalmente essa é uma faixa que requer menor atenção, pois representa grande trabalho para pouco retorno. Pode-se, no entanto, desenvolver sistemas de controle mais automatizados para o gerenciamento desses produtos, principalmente aqueles que estão mais próximo da faixa C. Nessa faixa encontram-se a maioria dos produtos, como matérias-primas e insumos de uma produção. MATERIAL C A faixa C é formada por produtos que normalmente são de valor muito baixo, como parafusos, porcas e outros de pequena monta, que são utilizados em quantidades variadas pela produção. Esse grupo é tratado de forma mais agrupada e tem suas compras normalmente acompanhadas apenas pelas quantidades necessárias para grandes períodos. A classificação apenas pela Curva ABC deixa de considerar um aspecto muito importante na gestão de materiais: autor/shutterstock Classificação do material quanto à importância operacional Uma forma de classificar o material quanto à sua importância para a produção é por meio dos fatores XYZ, que classificam a importância do material para a produção. / Essa forma de classificação inclui: MATERIAIS X Materiais com menor importância para o processo produtivo, com possibilidade de substituição por similares sem prejuízo do bom andamento da produção. MATERIAIS Y Materiais com média importância para o processo produtivo, com ou sem possibilidade de substituição por similares dentro da empresa. MATERIAIS Z Materiais de importância crucial para o processo de produção, ou seja, sua falta pode causar a interrupção da produção, causando prejuízo para a empresa. Todos os materiais devem ser analisados por esses fatores e classificados combinando-se os fatores XYZ com a curva ABC. Assim, chegamos a um ranking de prioridades a serem observadas para o bom gerenciamento de todos os insumos em estoque. Essa classificação também deve ser utilizada para o gerenciamento das compras e dos pontos mínimo e máximo da quantidade de produtos nos estoques. Veja como Vianna(2006) organiza na Figura 1 as formas de classificação quanto ao tipo de demanda: Figura 1 – Classificação da demanda. / MATERIAIS CRÍTICOS Os materiais considerados críticos devem ter tratamento diferenciado, pois sua falta pode acarretar enormes problemas para o processo de produção. Essa é uma classificação utilizada normalmente em empresas industriais, que possuem máquinas ou grupo de máquinas cuja falta de alguma peça pode comprometer toda a cadeia produtiva. EXEMPLO Um exemplo desse tipo de produto é o sensor de temperatura de um forno de fusão de metal. Seu custo é relativamente baixo, mas, se um deles falhar e não for rapidamente substituído, além de causar a perda do produto em seu interior, pode-se perder também todo o forno, causando um prejuízo absurdo a uma empresa. Além da perda financeira, podemos ter acidentes com perdas de muitas vidas de operários do forno. Assim, o estoque é tratado como se fosse um seguro, pois se o temos, não desejamos utilizá-lo. Esse tipo de estoque é de baixa quantidade e, em alguns casos, pode representar grandes somas de valor. Sua identificação para gestão dentro do estoque pode ser feita levando-se em consideração as seguintes questões: Problemas de obtenção Razões econômicas Problemas de armazenagem e transporte Problemas de previsão Razões de segurança Material / Material importado; Existência de um único fornecedor; Escassez no mercado; Material estratégico; Material de difícil fabricação ou obtenção. Material de elevado valor; Material com elevado custo de armazenagem; Material com elevado custo de transporte. Material perecível; Material de alta periculosidade; Material de elevado peso; Material de grandes dimensões. com utilização de difícil previsão. Material de reposição de alto custo; Material como equipamento vital da produção. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Gestão do estoque de materiais críticos/Fonte: Autor. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS MATERIAL QUANTO À PERECIBILIDADE O critério de perecibilidade de um material é utilizado normalmente para produtos como alimentos, que têm data de validade. No entanto, a maioria dos produtos tem ciclo de vida: alguns são mais longos e outros, mais curtos. A ação dotempo acontece em todos os materiais e produtos, mas sua classificação como perecíveis ou não depende de quão longo é esse tempo. / Outra questão a ser observada é o tempo em que a empresa utilizará esses produtos em estoque. Se eles têm data certa para uso e não foram utilizados, podem perder sua utilidade e não mais fará sentido mantê- los em estoque. EXEMPLO Um exemplo dessa situação é quando há peças de reparo para um equipamento e este deixa de ser utilizado na produção. Não faz mais sentido manter essas peças de reposição em estoque, já que o equipamento não está mais em uso. Outra questão relacionada à perecibilidade dos materiais está atrelada à forma de seu armazenamento nos estoques. A maioria dos produtos tem instruções de sua acomodação, levando em consideração quantidade de empilhamento, grau de umidade que suportam, exposição à luz etc. ESSES FATORES PODEM ALTERAR AS COMPOSIÇÕES DOS MATERIAIS, INVIABILIZANDO SEU USO EM PROCESSOS DE PRODUÇÃO, GERAR DETERIORAÇÃO OU MESMO CRIAR DISTORÇÕES QUE INUTILIZEM OS PRODUTOS ACABADOS POR FALTA DE QUALIDADE. Um exemplo desse problema é a produção de alimentos com insumos fora da validade. Esse procedimento levará à perda de todo o lote produzido, pois a vigilância sanitária embargará o lote, se a empresa não o fizer. Isso pode gerar responsabilidade civil e criminal no caso de algum consumidor ter prejuízo financeiro ou de saúde ao ingerir o produto. Outro exemplo é um lote de cabos que contêm ferro em sua composição e que ficam expostos à umidade. A ferrugem resultante da ação da umidade sobre o cabo o tornará, em última instância, inútil. A classificação dos produtos perecíveis é feita com base nos seguintes critérios: Critérios de Produtos perecíveis Exemplos / classificação Ação higroscópica Materiais que possuem grande afinidade com o vapor de água e podem ser retirados da atmosfera. Sal marinho, cal virgem etc. Limitação do tempo Materiais com prazo de validade claramente definido. Remédios, alimentos etc. Instabilidade Produtos químicos que se decompõem ou se polimerizam espontaneamente ou têm outro tipo de reação na presença de algum material catalítico ou puro. Peróxido de éter, óxido de etileno etc. Volatilidade Produtos que se reduzem a gás ou vapor, evaporando naturalmente e perdendo-se na atmosfera. Amoníaco. Contaminação pela água Materiais que se degradam pela adição direta de água. Óleo para transformadores. Contaminação por partículas sólidas Materiais que, em contato com partículas sólidas, como areia e poeira, poderão perder parte de suas características físicas e químicas. Graxas. Ação da gravidade Materiais que, estocados de forma incorreta, podem sofrer deformações. Eixos de grande comprimento. Queda, colisão ou vibração Materiais de grande fragilidade ou sensibilidade. Cristais, vidros, instrumentos de medição etc. / Mudança de temperatura Materiais que perdem suas características para aplicação, se mantidos em temperatura diferente da requerida. Selantes para vedação, anéis de vedação em borracha etc. Ação da luz Materiais que se degradam por incidência direta da luz. Filmes fotográficos. Ação de atmosfera agressiva Materiais que sofrem corrosão quando em contato com atmosfera com grande concentração de gases ou vapores. A corrosão atmosférica pode ocorrer principalmente por vapores de água e ácidos, como sulfúrico, fosfórico, nítrico, sais, cloro, flúor etc. Ação de animais Materiais sujeitos ao ataque de insetos e outros animais durante a estocagem. Grãos, madeiras, peles de animais etc. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Classificação dos produtos perecíveis/Fonte: VIANA, 2006. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS QUANTO À PERICULOSIDADE Os materiais classificados como perigosos devem ter seu tratamento dado de acordo com as especificações dessa classificação. Quando estamos tratando de materiais como gases, produtos químicos etc., a classificação indicará como estes serão manuseados, transportados e armazenados. / Fonte: Freepik A Resolução nº 5.848/2019 aborda o transporte de cargas perigosas, e a Norma ABNT NBR17505, numerada de 1 a 7, classifica os líquidos inflamáveis, bem como seu tratamento, desde a armazenagem até o descarte. RECOMENDAÇÃO Cada tipo de produto com algum grau de periculosidade deve ter seu tratamento condicionado às regras próprias de suas categorias. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS QUANTO À POSSIBILIDADE DE FAZER OU COMPRAR Produzir ou não determinado material ou componente que será utilizado como insumo para a linha de produção da empresa é uma decisão estratégica. Para além da decisão baseada apenas nos custos de produção ou de compra do material ou produto, essa é uma decisão que deve considerar diversos outros fatores. Como decisão estratégica, ela deve ser tomada pela alta direção, uma vez que pode representar renunciar a uma posição de vantagem competitiva, tanto na escolha de produção quanto na escolha de não produção.Um produto que deixamos de produzir poderá tornar-se um problema se nosso fornecedor estiver em um local onde aconteça algum imprevisto. / Fonte: Freepik EXEMPLO Um exemplo dessa decisão estratégica e da consequência da escolha de deixar de produzir certo tipo de produto foi a suspensão das atividades de diversas fábricas de produtos eletrônicos pelo mundo. As indústrias de componentes eletrônicos na China, por exemplo, deixaram de produzir insumos para essas fábricas por causa da COVID-19. Essa quebra da cadeia de produção provocou um repensar dessa decisão de produção local ou compra. Países como o Japão anunciaram propostas de trazer de volta a produção de componentes estratégicos para seu próprio território. COVID-19 Doença causada pelo novo coronavírus, que atingiu o mundo em 2020. Como já mencionado em relação ao componente da tomada de decisão custo, este deve ser inferior à produção interna do material, levando-se em conta todos os custos de armazenagem, fretes, impostos etc. Para que a avaliação seja eficiente é necessário considerar as três formas de se obter o material necessário: 1 / 2 3 1 Fazer internamente; 2 Comprar; 3 Recondicionar. CLASSIFICAÇÃO DOS MATÉRIAIS QUANTO AO TIPO DE ESTOCAGEM Outra forma útil de classificar os materiais de um estoque é verificar se estes são materiais com estocagem permanentes ou temporárias. Estocagem permanente É composta de materiais utilizados de forma constante no processo de produção e têm seus parâmetros de ressuprimento padronizados, com novos pedidos executados de forma automática, quando sua quantidade no estoque chega ao ponto de ressuprimento. Estocagem temporária São aqueles que serão utilizados durante um tempo limitado ou apenas uma vez e que não terão novas compras até que surja a necessidade novamente. Exemplo / PONTO DE RESSUPRIMENTO Quantidade mínima de segurança acrescida do consumo durante o tempo gasto para a confecção de um pedido e sua entrega. EXEMPLO Exemplos desse tipo de material ou produto são os insumos necessários para a produção de um pedido especial, que não se realizará novamente ou cuja realização dependerá de um novo pedido que acontece esporadicamente. CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS QUANTO À DIFICULDADE DE AQUISIÇÃO Conforme Viana (2006), devemos considerar apenas as características intrínsecas da obtenção difícil, deixando de lado as extrínsecas, que refletem problemas internos de organização da empresa, tais como: Excesso de burocracia; Pobreza de especificações; Recursos humanos não qualificados; Falta de poder de decisão do órgão de compras. Com essas premissas em mente, as dificuldades que devem ser consideradas são as intrínsecas aos materiais e produtos, que serão os insumos para a produção. Assim, criou-se uma classificação para o melhor gerenciamento desses materiais, que envolve: FABRICAÇÃO ESPECIAL Materiais e produtos com ciclos de fabricação longos e que dependemde acompanhamento do processo de fabricação com vistorias intermediárias. Encaixam-se aqui produtos com desenvolvimento exclusivo para a empresa compradora, produtos inovadores e produtos desenvolvidos por pesquisas em conjunto. ESCASSEZ NO MERCADO / Produtos e materiais que não dispõem de grande oferta no mercado. Encaixam-se aqui produtos fornecidos por empresas que têm o monopólio do mercado por diversas razões e que não são exclusivas quanto ao fornecimento. Outra característica importante é que esses produtos não sejam commodities, como o petróleo. SAZONALIDADE Produtos cuja oferta depende de períodos específicos durante o ano.Exemplos são as frutas, que têm sua produção durante um período exclusivo do ano. TECNOLOGIA EXCLUSIVA O produto é fornecido por um único fornecedor autorizado a operar essa tecnologia, o que o transforma em ditador do preço, que não depende tanto das leis da concorrência. O fato de a tecnologia ser exclusiva impede que novos entrantes ofereçam concorrência à empresa detentora da patente. IMPORTAÇÕES Muitos materiais e produtos dependem de liberação governamental para a importação. Além desse entrave, ainda há produtos que dependem de liberação excepcional de financiamento e de verbas. Outros dependem de aprovação de organismos internacionais, como produtos controlados, sendo um exemplo matéria-prima para usinas nucleares. COMMODITIES São produtos padronizados e de fácil substituição (fungíveis) que normalmente funcionam como matéria-prima, produzidos em grande escala. Esses produtos podem ser facilmente estocados sem que sofram modificações significativas, como os combustíveis. Commodity vem do inglês e tem significado de “mercadoria”. Essas dificuldades inerentes aos produtos conduzem a procedimentos especiais para seu tratamento no momento da compra e de dimensionamento de seus níveis de estoque de segurança, necessários para garantir o suprimento das quantidades à produção, sem haver percalços. No entanto, seu bom gerenciamento pode garantir melhor dimensionamento dos estoques, aumento do subsídio de informações aos gestores, tornando-os mais capazes de lidar com as dificuldades durante a gestão desses produtos. Esse tipo de produto depende de mais agilidade e de priorização em sua administração, pois, muitas vezes, são a parte mais sensível de um processo de produção. / CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS QUANTO AO MERCADO FORNECEDOR A CLASSIFICAÇÃO DOS PRODUTOS PELO MERCADO FORNECEDOR ESTÁ DIAMETRALMENTE RELACIONADA À CLASSIFICAÇÃO ANTERIOR. Isso acontece, pois, ao se classificar pelo mercado, estamos identificando os produtos que teremos maior ou menor dificuldade de adquirir. Cada mercado tem suas características, o que, em muitos casos, depende de conhecimento prévio de seu funcionamento para a correta compra desse material. As classificações mais comuns são: MERCADO NACIONAL MERCADO INTERNACIONAL Os produtos do mercado internacional podem ser nacionalizados por meio do desenvolvimento de fornecedores internos ao país onde a empresa está instalada. O inverso também pode ser feito, como acontece com empresas que passam parte de suas produções às empresas chinesas como forma de ganhos de volume e redução de custos. SÍNTESE DOS TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO Para ajudá-lo no entendimento e fixação das classificações do estudadas neste módulo, veja a síntese dos tipos de classificação de material: Classificação Objetivo Vantagem Desvantagem Aplicações / Valor de consumo Materiais de maior consumo (valor); Método ABC. Demonstra os materiais de grande investimento no estoque. Não fornece análise da importância operacional do material. Fundamental. Deve ser utilizada em conjunto com "importância operacional". Importância operacional Importância dos materiais para o funcionamento da empresa. Demonstra os materiais vitais para a empresa. Não fornece análise econômica dos estoques. Fundamental. Deve ser utilizada em conjunto com "valor de consumo". Perecibilidade Se o material é perecível ou não. Identifica os materiais sujeitos à perda por perecimento, facilitando armazenamento e movimentação. Básica. Deve ser utilizada com a classificação de "periculosidade". Periculosidade Grau de periculosidade do material. Determina incompatibilidade com outros materiais, facilitando seu armazenamento e movimentação. Básica. Deve ser utilizada com a classificação de "perecibilidade". Possibilidade de fazer ou comprar Se o material deve ser comprado, fabricado internamente ou recondicionado. Facilita a organização da programação e planejamento de compras. Complementar para os procedimentos de compra. / Dificuldade de aquisição Materiais de fácil e de difícil aquisição. Agiliza a reposição dos estoques. Complementar para os procedimentos de compra. Mercado fornecedor Origem dos materiais (nacional ou importado). Auxilia a elaboração dos programas de importação. Complementar para os procedimentos de compra. Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Quadro sinóptico dos tipos de classificação/Fonte: VIANA, 2006. Critérios de classificação dos materiais. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (FUNDEP – 2016)NA ÁREA FUNCIONAL DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS, A ADMINISTRAÇÃO É DESENVOLVIDA POR MEIO DA ATUAÇÃO GERENCIAL E DE EXERCÍCIOS DIÁRIOS DAS ATRIBUIÇÕES E RESPONSABILIDADES DE CADA FUNCIONÁRIO DA ÁREA. A ROTINA DEPENDE DO USO DAS TÉCNICAS E DOS RECURSOS NECESSÁRIOS PARA A REALIZAÇÃO DOS TRABALHOS. / EM RELAÇÃO AOS ELEMENTOS NECESSÁRIOS PARA A REALIZAÇÃO DAS ROTINAS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS, ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA: A) O almoxarifado é o departamento responsável pela guarda física dos materiais em estoque. B) O setor de compras preocupa-se também em realizar a aquisição de materiais e mercadorias ao preço mais favorável possível. C) Arquivos, prateleiras, paletes e veículos são os recursos que serão transformados para a produção de bens ou realização dos serviços. D) Os materiais são todos os artigos essenciais para a atividade produtiva da organização empresarial (matérias-primas, máquinas, equipamentos, ferramentas, utensílios etc.). 2. CONSIDERANDO O CONTEXTO DA CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS, QUE É UM ELEMENTO DE SUMA IMPORTÂNCIA PARA AUXILIAR A TOMADA DE DECISÃO EM RELAÇÃO À SUA GESTÃO, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: A) A classificação quanto à perecibilidade restringe-se aos materiais que possuem um prazo de validade claramente definido. B) Na classificação XYZ, os materiais de classe X representam os materiais de alta importância operacional. C) Na classificação XYZ, os materiais de classe Z representam os materiais de baixa importância operacional. D) A Curva ABC refere-se à classificação dos materiais pertencentes ao estoque, considerando a relevância dos materiais em relação ao seu valor anual e ao consumo. GABARITO 1. (FUNDEP – 2016)Na área funcional da administração de materiais, a administração é desenvolvida por meio da atuação gerencial e de exercícios diários das atribuições e responsabilidades de cada funcionário da área. A rotina depende do uso das técnicas e dos recursos necessários para a realização dos trabalhos. Em relação aos elementos necessários para a realização das rotinas da administração de materiais, assinale a alternativa incorreta: A alternativa "C " está correta. Esses equipamentos não fazem parte dos materiais de uma empresa, mas estão relacionados aos bens patrimoniais, pois não se encaixam em nenhuma das classificações aqui mencionadas para os materiais e produtos, ou seja, insumos vinculados à produção ou à sua gestão. / 2. Considerando o contexto da classificação dos materiais, que é um elemento de suma importância para auxiliar a tomada de decisão em relação à sua gestão, assinale a alternativa correta: A alternativa "D " está correta. A classificação pelo valor anual dos bens é mais bem feita por meio daCurva ABC, pois assim gerimos os produtos da melhor forma possível, direcionando nossa atenção e esforço àqueles quedarão maior retorno. MÓDULO 3 Identificar as diversas formas de classificação dos bens patrimoniais da empresa BENS PATRIMONIAIS EM GERAL Como já vimos, o conceito de bens patrimoniais de uma empresa é algo bem simples: trata-se de todos os bens usados para a produção de outros bens ou serviços que serão vendidos pela empresa. Ao analisarmos as possíveis classificações dos bens patrimoniais, observamos alguns fatores que podem influenciar esse trabalho. A primeira classificação, já abordada de forma introdutória, é se o bem patrimonial é tangível ou intangível. Como definição, todo bem patrimonial é parte integrante do patrimônio próprio da empresa e pode ser utilizado diretamente na produção ou em outras atividades de suporte à produção, como o prédio utilizado pelo departamento de vendas. Assim, passaremos a listar e discorrer sobre cada uma dessas classificações e suas implicações. Considerando as características intrínsecas dos bens patrimoniais, concluímos que todo bem patrimonial tem valor, pois os bens da empresa que não podem ser precificados não são considerados patrimoniais. Nessa categoria, encaixam-se, por exemplo, as marcas desenvolvidas pela própria empresa e que ganharam força com o passar do tempo, não tendo um custo diretamente relacionado com seu / desenvolvimento. Essas marcas não podem ser apontadas como bens patrimoniais, pois, em tese, não geraram custos para sua formação, mas, no entanto, têm um considerável valor de mercado. Fonte: Freepik BENS TANGÍVEIS, INTANGÍVEIS E PATRIMONIAIS FINANCEIROS A classificação de bens tangíveis e intangíveis orienta a forma como esses bens serão gerenciados dentro da empresa, ditando desde a forma de avaliação de seu valor até a forma como seus custos serão tratados na precificação dos produtos a serem vendidos. BENS TANGÍVEIS Os bens classificados como tangíveis são bens corpóreos, ou seja, aqueles que possuem um corpo físico. Nessa definição encaixam-se todos os prédios, as máquinas e os equipamentos. BENS INTANGÍVEIS Outra categoria de bens utilizados com a mesma função é a de bens intangíveis. Eles são definidos como bens patrimoniais não corpóreos, ou seja, aqueles que não têm um corpo físico, mas geram valor para a empresa. Veja alguns exemplos de bens intangíveis / Fonte: Google Um exemplo desse tipo de bem é a marca de uma empresa. Quando pensamos na marca Coca-Cola, já nos vem à mente um refrigerante de cola gelado. Essa marca, Coca-Cola, remete-nos a sensações e nos faz procurar por esse produto de forma quase que automática. Imagine o valor que isso tem para a fabricante de refrigerante! A simples rotulação de uma bebida com essa marca já aumenta a venda de forma expressiva. Fonte: Google Outro exemplo é a marca Disney. Todo produto vinculado a essa marca tende a vender de forma mais expressiva do que um mesmo produto sem ligação com ela. Isso traz ganhos para a empresa simplesmente pelo seu uso. Essa expectativa de ganhos leva-a a adquirir valor de mercado independentemente da empresa a que pertence e, com isso, torna-se um bem, chegando a figurar como parte de sua representação financeira, quando for adquirida em uma transação no mercado. Quando têm seu valor determinado e um tempo finito de uso previsível, os bens intangíveis são tratados como finitos. Por consequência, seus valores são amortizados. / AMORTIZADOS Amortização é a alocação sistemática do valor amortizável de ativo intangível aos custos de produção ao longo de sua vida útil. Esse processo busca adequar o valor do bem a seu potencial de geração de receitas para a empresa e deve ser considerado como um patrimônio que terá seu fim em prazo determinado. BENS PATRIMONIAIS FINANCEIROS Há ainda os bens patrimoniais financeiros que fazem parte do patrimônio das empresas. Esses bens são formados por investimentos feitos pelas empresas em outras empresas. Para a empresa detentora do direito, tais bens patrimoniais são considerados financeiros. Fonte: Freepik. Apesar de não fazerem parte do processo produtivo da empresa, esses bens e direitos podem trazer rentabilidade para a empresa, devendo ser considerados na administração de seu patrimônio. Exemplos desse tipo de bem são as ações de outras organizações que ela possui. Existem também as participações societárias em outras organizações, que recebem tratamento diferenciado na forma de administração de seus patrimônios. Essas empresas podem ser: DIREITOS Valores que a empresa tem a receber e que são equiparados a bens, pois fazem parte do patrimônio que ela tem à sua disposição. / COLIGADAS Empresas em que existe uma participação no capital não suficiente para que sejam controladas, ou seja, a empresa tem uma participação no capital de outra sem que haja interferência em sua administração. CONTROLADAS De acordo com o Código Civil: “Art. 1.098. É controlada: a sociedade de cujo capital outra sociedade possua a maioria dos votos nas deliberações dos quotistas ou da assembleia geral e o poder de eleger a maioria dos administradores; a sociedade cujo controle, referido no item antecedente, esteja em poder de outra, mediante ações ou quotas possuídas por sociedades ou sociedades por esta já controladas.” BENS MÓVEIS E IMÓVEIS Outra forma de classificar os bens patrimoniais se dá pela definição de eles serem móveis ou imóveis. Todos os bens patrimoniais dessa categoria são tangíveis. Quando um bem patrimonial é classificado como imóvel, ele se encaixa em uma categoria específica de bens. Essa classificação é utilizada pela Receita Federal para determinar os percentuais de depreciação que serão usados para a declaração dos custos alocados à produção. DEPRECIAÇÃO Alocação sistemática do valor depreciável de um ativo aos custos de produção ao longo da sua vida útil. O QUE SÃO BENS PATRIMONIAIS IMÓVEIS? Os bens patrimoniais imóveis são os prédios e as instalações fixas das empresas. Todos os bens móveis incorporados de forma permanente a um bem imóvel passam a ser considerados parte deste e, como tal, serão tratados dentro da gestão patrimonial como bens imóveis. Essa forma de tratamento facilita o gerenciamento desses itens, que poderiam formar grandes quantidades se fossem gerenciados individualmente. Tal modo de apresentar os bens é aceito pelo fisco e geralmente utilizado também na administração desses bens. / Fonte: Freepik Existem bens incorporados a bens patrimoniais imóveis que, mesmo tendo características de bens imóveis, são administrados de forma independente. Essa forma de administração é utilizada para facilitar seu gerenciamento, uma vez que pode precisar de tratamento diferenciado de depreciação ou mesmo de gestão independente por tratar-se de componente sensível ao processo de produção. Na outra ponta dessa classificação temos os bens patrimoniais móveis. São bens que podem se locomover de um ponto a outro com independência. EXEMPLO Um exemplo desses bens são os automóveis de uma empresa, máquinas como uma empilhadeira ou os caminhões de uma empresa de transportes. Todos esses bens têm por principal característica não serem fixos em um lugar, não serem estáticos. Eles são gerenciados de forma diferente dos bens imóveis e possuem taxas de depreciação bem superiores às dos bens imóveis. Fonte: Freepik Dentro dessa classificação de bens móveis e imóveis temos uma particularidade importante, pois os terrenos, apesar de serem bens imóveis, não sofrem depreciação. Seus valores são preservados nos registros da administração por seu valor histórico. Esse procedimento acontece, pois o terreno não perde o valor pelo uso como base para os prédios da empresa e, por isso, não tem razão para que seu valor seja depreciado. Existe outro grupo de bens imóveis que não são depreciados ou se exaurem: os bens da natureza, pois oferecem uma quantidade de recursos finita a ser explorada. / EXEMPLOUm exemplo desse tipo de bem é uma plantação de árvores para corte, como acontece com pinheiros para a produção de compensados e Medium Density Fiberboards(MDFs) ou Placas de Fibra de Média Densidade. Sua exploração leva à finitude e o tratamento financeiro de alocação de seus custos para produção é por exaustão. A exploração de minerais também segue essa metodologia. EXAUSTÃO Alocação sistemática do valor exaurível de um ativo biológico ou da natureza aos custos de produção ao longo de seu consumo. Temos ainda os bens semoventes, que se encaixam como bens móveis com propriedade de movimentação própria. Enquadram-se nessa classificação bens como animais selvagens, domésticos ou domesticados. EXEMPLO Exemplos desse tipo de bem são os animais de fazenda, como bois e vacas. Eles são utilizados como produtores de novos bens, novos semoventes, quando são utilizados como matrizes em um rebanho. Esses bens não são considerados mercadorias, mas bens patrimoniais em sua essência. Já os animais criados para o abate são tratados como mercadorias que rentabilizam o patrimônio da empresa, como os insumos da produção industrial. BENS FUNGÍVEIS E INFUNGÍVEIS Vamos tratar, agora, da classificação dos bens patrimoniais em fungíveis e infungíveis. Essa classificação é dada no Código Civil, em seu art. 85, que define bem fungível como aquele bem móvel que pode ser substituído por outro bem “da mesma espécie, qualidade e quantidade”. O mesmo Código Civil não define o bem infungível, mas, por exclusão, chegamos à conclusão de que o bem infungível é aquele que não pode ser substituído por bem igual em espécie, qualidade e quantidade. EXEMPLO / São exemplos de bens infungíveis as obras de arte, os bens produzidos em série que foram personalizados ou os objetos raros dos quais restam um único exemplar, como um livro de edição antiga. Os bens infungíveis são assim caracterizados, pois detêm peculiaridades que os tornam únicos. Eles podem conter características intrínsecas ou extrínsecas únicas que não podem ser facilmente copiadas ou imitadas. Normalmente, seu valor está relacionado a essa característica e à dificuldade de sua imitação. Fonte: Freepik Um bem como um carro Ferrari de 1970, por exemplo, é único, pois foram produzidos poucos exemplaresque não podem mais ser produzidos. Só o fato de terem sido produzidos em 1970 já os torna únicos. Quanto mais raros forem, maior valor terão, e sua venda normalmente acontece em sistema de leilão, devido ao grande número de interessados em adquiri-los. Outra característica dos bens fungíveis é que todos são bens móveis, pois, para que possam ser substituíveis, não podem estar presos a um único lugar. São bens em que podem ser feitas avaliações de equivalência com os bens substitutos. PARA QUE UM BEM SEJA FUNGÍVEL ELE PRECISA SER AVALIÁVEL E, ASSIM, COMPARÁVEL COM RESULTADO IDÊNTICO EM ITENS COMO VALOR ECONÔMICO, SOCIAL E JURÍDICO. VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. (INSTITUTO AOCP – 2019) LUIZA PRECISA INCORPORAR E REGISTRAR UM EQUIPAMENTO FOTOCOPIADOR RECEBIDO PELO INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE) NA FORMA DE DOAÇÃO DE UMA INDÚSTRIA
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