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TÉCNICAS DE EXTRACCIÓN VEHICULAR - HOLMATRO

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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de resgate 
TÉCNICAS 
DE EXTRACCIÓN 
VEHICULAR
TÉCNICAS 
DE RESGATE 
EM VEÍCULO
Por : B. Morris
Elaborado por Holmatro Departamento Tecnico de Treino de Resgate
© Copyright 04-2006
Holmatro Rescue Equipment, Holanda
Todos os direiros reservados RCS Lille 378 607 964
A informação fornecida por Holmatro neste livro aplica-se exclusivamente quando se
utilizam ferramentas Holmatro.
Este livro contém informação para ferramentas e técnicas de resgate que podem ser
empregues em diferentes situações de emergência. É importante ter em conta que cada
situação de emergência é única. A escolha de ferramentas e técnicas de resgate dependerá
de diferentes factores, tais como o tipo de veículo, o número e situação dos veículos envol-
vidos no acidente, o número de vítimas e seu estado real, assim como outros factores
relevantes. As situações que se descrevem neste livro são somente exemplos e como tal,
não representam uma lista exaustiva de hipotéticas situações. Os mesmos tentam ajudar o
leitor deste livro na compreensão de certas técnicas básicas de resgate e das ferramentas
disponíveis em caso de emergência.
É da responsabilidade de cada operador de resgate ou de qualquer outra pessoa que preste
ajuda, determinar quais as ferramentas e técnicas que deveram ser empregues numa situação
de emergência real.
A Holmatro não se responsabiliza por qualquer dano directo ou indirecto que possa ocorrer
como resultado do uso de técnicas ou ferramentas de resgate descritos neste livro ou por
qualquer outra ferramenta ou técnica de resgate que possa utilizar-se numa situação de
emergência real, excepto pela responsabilidade que possa imputar-se directamente por
negligência grave da Holmatro.
Qualquer situação de emergência pode ser extremamente perigosa. A segurança do pessoal
dependerá do treino recebido, do uso de equipamento de protecção pessoal adequado e do
conhecimento da aplicação correcta das ferramentas de resgate que sejam empregues pela
sua corporação. É da responsabilidade do leitor ler e entender de forma correcta os manuais
da ferramentas de resgate. É importante seguir sempre os procedimentos operacionais
estabelecidos, assim como as instruções da sua corporação e seus superiores.
Informação importante
Este guia poderia ser considerado um texto sobre operações de
resgate. Os objectivos deste livro são providenciar uma boa base de téc-
nicas de resgate em veículos através do uso de diagramas claros e em
cor, em vez de um simples texto explicativo.
O cuidado avançado do paciente não será desenvolvido neste livro.
A razão deve-se ao facto de desejar concentrar-me nos princípios de resgate
em veículos. Os cuidados de emergência de um paciente encarcerado é
um tema que está abundantemente desenvolvido em outras publicações
dedicadas a este tema. Contudo, compreende-se que um bom cuidado do
paciente durante os trabalhos de resgate é um aspecto importante em
qualquer resgate com êxito e novamente aconselha-se que a destreza no tratamento de um paciente não
pode deixar de se incluir no desenvolvimento de nenhum programa de treino sobre resgate em veículos.
Isto não significa que este livro seja a última palavra em técnicas de resgate em veículos. É lógico
que não mencione todas as boas ideias que podem surgir no cenário do acidente. Deve mencionar-se que,
em todos os casos em que se possa criar algum tipo de conflito com o conteúdo deste livro, deverão
seguir-se as normas do seu Comandamento. Não é possível detalhar cada eventualidade no cenário de
um resgate. Este texto cobre certos princípios genéricos que podem ser usados ou adaptados a cada
situação. É importante também que esta publicação seja uma fonte complementar dentro de um curso
de treino em técnicas de resgate de veículos. As técnicas descritas neste texto apenas podem ser usa-
das de forma eficaz quando previamente se praticaram num processo supervisionado de treino em equipa.
Técnicas de resgate em veículos foi escrito baseado nos últimos desenvolvimentos tecnológicos
de construção dos veículos. Pode haver novos mecanismos que todavia não foram autorizados pelas
autoridades locais. Como sempre, toda a nova técnica de resgate é altamente recomendável que se
pratique primeiro pela sua equipa num cenário controlado antes de ser adoptada como uma prática
standard. As técnicas descritas neste texto também foram desenvolvidas e avaliadas usando os últimos
progressos em ferramentas de resgate e por isso é necessário que revise a capacidade real do seu
equipamento antes de levar a cabo certas técnicas. 
Sem dúvida com base na sua disciplina profissional como resgatador, bombeiro, paramédico,
policia ou militar, confio que você achará este livro muito agradável quando o estudar, tal como eu
quando o escrevi. 
Brendon Morris
Elaborado por Holmatro Departamento Tecnico de Treino de Resgate
Btec EMC, NDip AEC
Nota do autor
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
SEGURANÇA p.8
- Segurança pessoal p.9
- Utilização do equipamento p.10
DESENHO E CONSTRUÇÃO DO VEÍCULODISEÑO p.14
- Tecnologia dos novos veículos p.15
- Veículos híbridos Gasolina – Electricidade p.18
- Sistemas de segurança passiva p.19
- Localizações da bateria p.22
- Energia cinética na colisão dos veículos p.23
- Perigos específicos nos veículos novos p.27
- Terminologia na construção dos veículos p.28
FERRAMENTAS PARA RESGATE p.30
- Tesouras p.31
- Expansores p.32
- Ferramentas multiusos p.33
- Macacos de separação p.34
- Bombas hidráulicas p.35
- Ferramentas autónomas p.37
- Equipamento para estabilização p.38
- Cuidado do equipamento p.40
Conteúdo
6
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCESSO p.42
- Organização do grupo de trabalho p.43
- Segurança na zona de trabalho p.45
- Visão geral p.46
TÉCNICAS DE RESGATE EM VEÍCULOS p.50
- Introdução p.51
- Estabilização p.52
- Retirar portas p.57
- Retirar um lateral p.62
- Criação de uma terceira porta p.66
- Retirar tecto p.68
- Afastamento do tablier p.80
- Acesso aos pedais p.82
- Elevação do tablier p 84
TÉCNICAS PARA VEÍCULOS PESADOS p.86 
- Veículos pesados de carga p.87
- Autocarros p.91
AGRADECIMENTOS p.95
NOTAS p.96
Conteúdo
7
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
8
TT É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Todo o pessoal de resgate deverá ter o equipamento completo de protecção
pessoal de acordo com os procedimentos standard da sua Organização. Deverá
assim cumprir os requerimentos mínimos de segurança que se mencionam no
manual do utilizador da sua ferramenta de resgate. 
Recomendações mínimas:
• Umn capacete é essencial e deverá ser usado em todo momento.
• Utilizce proteção visual (viseira ou óculos de segurança) junto comn umn sistema
de protecção completa da cara. Um protector completo de cara utilizado sem
óculos não protege adequadamente os olhos.
• As luvas deverão ser usadas permanentemente.
• Utilizce roupa de protecção que cubra a maioría do corpo e proteja contra arestas
cortantes. Também se sugere que a roupa tenha certas propriedades retardantes
à chama assim como material reflectante.
• As botas de segurança deverão ter um bom reforço no tornozelo e ter biqueira
reforçada.
• Ao cortar os vidros ou outrotipo de materiais, desprendem-se partículas muito
finas que podem se perigosas se inaladas. Recomenda-se o uso de uma máscara
de filtro para proteger a respiração.
Segurança pessoal
Lembre-se que o oxigénio medicinal não deve ser contaminado com
massa ou óleo. Apenas as pessoas que utilizem luvas médicas poderão
manejar estas garrafas e reguladores, não aqueles que tenham luvas de
resgate que estejam contaminadas com óleo ou massa.
9
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
É muito importante ler e entender o manual de
operação antes de operar qualquer equipamento.
Algumas regras básicas para recordar:
1. Quando manejar uma ferramenta nunca se
coloque entre a ferramenta e o veiculo.
2. Já que as mangueiras podem danificar-se
(cortes, abrasão, estrangulamentos, queima-
duras, contaminação química, etc.). Devem
cuidar-se muito bem. As mangueiras defei-
tuosas nunca devem ser utilizadas e deverão
ser retiradas de serviço imediatamente.
3. Não utilize as mangueiras para conduzir,
suspender ou mover as ferramentas ou a bomba. 
4. Nunca se posicione sobre as mangueiras
hidráulicas.
5. Alguns componentes dos veículos podem ser 
projectados ao serem cortados ou separados. 
Deverão controlar-se esses movimentos.
6. As ferramentas que não estão a ser utiliza-
das deverão colocar-se no espaço assinalado
para o equipamento e numa posição “segura”
(Ver Cuidado do equipamento).
7. As ferramentas deverão ser transportadas e
operadas utilizando os pontos de agarre desi-
gnados para tal fim.
Nunca coloque as suas mãos nas
hastes ou nas lâminas de nenhuma
ferramenta de resgate.
Utilização do equipamento 
10
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
A - Expansores 
O Expansor é uma ferramenta muito poderosa e quando se utiliza bem, pode
ser altamente eficiente num processo de resgate de veículos. Os expansores repre-
sentam um significativo perigo quando se usam sem cuidado.
Quando utilizar um separador deverá ter em conta as seguintes indicações. O aspecto
principal que deve ser considerado é a sua correcta colocação numa zona estável para
poder separar. Uma vez que a ferramenta começa a separar, ela supor ta todo ou quase
todo o seu próprio peso e é só num ponto onde é necessário supor tar a ferramenta e
operar o comando.
Aspectos a recordarem:
- Trate sempre de usar a superfície total das pontas de separação.
- Se ao iniciar a separação, as pontas perdem aderência, suspenda e reposicione.
- Assegure-se que a posição da ferramenta seja tal que o material seja empurrado 
até fora do veículo.
- Você não pode evitar o movimento natural da ferramenta durante a operação. 
- Suspenda a acção e reposicione o expansor antes que o movimento da ferra-
menta ou partes do seu corpo comecem a ser apertadas contra componentes
do veículo.
- Nunca coloque as suas mãos nas hastes ou nas pontas do expansor.
- Depois de trabalhar com o expansor é importante que coloque a ferramenta em
posição “segura” (ver página 41).
Utilização do equipamento 
Usou-se a superfície total das pontas. Posição correcta do expansor.
Transporte correcto do expansor.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Utilização do Equipamento
B - Tesouras
As tesouras jogam um papel importante no cenário de um acidente devido aos
desenvolvimentos tecnológicos no desenho e construção dos veículos e as melhoras na
tecnologia do processo de corte. A enorme força disponível nestas ferramentas represen-
ta um perigo significativo de cortes ou esmagamento quando se utilizam sem cuidado.
Pontos a recordarem:
- Trate sempre de colocar a tesoura num ângulo de 90º em relação à
super fície de cor te.
- Assegure-se que o material que vai ser cortado se encontre colocado tão 
próximo quanto possível da parte posterior (entalhadura) da lâmina. Evite 
cortar com as pontas.
- Se a tesoura começa a girar excessivamente ou se observar que as lâminas
se separam, suspenda o corte e reposicione a ferramenta.
- Evite cor tar directamente qualquer sistema oculto de enchimento de
airbag ou outro perigo potencial.
- Nunca coloque as suas mãos nas lâminas de nenhuma tesoura.
- Não contrarie o movimento natural da ferramenta durante a operação.
Suspenda a acção e reposicione a tesoura antes que o movimento da
ferramenta ou partes do seu corpo comecem a ser apertadas contra os 
componentes do veículo.
Cortar em ângulo de 90º. Tenha uma boa visão do que está a cortar.
Corte o mais próximo da entalhadura. Evite cortar com as pontas.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Utilização do Equipamento
C - Macacos separadores
Os macacos separadores são uma ferramenta essencial no conjunto de equipamentos
hidráulicos de resgate. É possível que nem sempre seja necessária a sua utilização quando se
tem uma tesoura e um expansor, mas são muito valiosos em situações onde o frontal do veículo
está causando um aprisionamento dos ocupantes. Devido ao peso que os macacos de sepa-
ração podem levantar e suportar, o seu principal perigo é deslizar repentinamente devido à
perda de aderência da superfície onde está apoiado.
Pontos a recordarem:
- Coloque sempre o macaco de separação de tal forma que o comando de
operação seja de fácil acesso, mas que não interfira com a extracção dos 
ocupantes. 
- Se em qualquer momento a operação de elevação ou afastamento é suspensa,
preste uma especial atenção quando começar de novo, à forma como funciona
o comando de operação. Evite que acidentalmente ao fechá-lo não comece
a diminuir ou a libertar a pressão no macaco.
- Preste sempre atenção aos dois pontos de apoio do macaco. Se necessário
utilize um supor te para macacos de separação para assegurar uma boa 
plataforma de apoio.
- Realize uma estabilização do ponto mais baixo antes de aplicar pressão.
Acesso fácil ao comando de operação. Bom ponto de apoio.
Utilize um suporte de macaco. Corte antes para facilitar a separação.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Os numerosos desenvolvimentos de segurança na área da construção de veículos
resultaram que tanto as técnicas como o equipamento usado para resgate tenham que ser
modificados para manter o paralelismo necessário com a indústria automóvel. Em alguns
casos neste texto, mostram-se certas técnicas alternativas. Isto é devido a que cada resgate
é diferente e em alguns casos nem todos os procedimentos são os mais eficientes ou efectivos.
Alguns dos desenvolvimentos na construção dos veículos actuais afectam-nos mais que
outros, por isso deve-se conhecer a forma como se constroem os veículos.
Deve-se mencionar também que as técnicas apresentadas neste texto, foram desenvolvidas
especificamente sobre a base da nova tecnologia dos veículos. Nem todas as ferramentas
têm a mesma capacidade, por isso é importante que escolha a melhor técnica de acordo
com a capacidade da sua ferramenta. Recorde que o resgate em veículos comporta certos
perigos, e que deve manter sempre em todos os procedimentos o equilíbrio entre a segu-
rança e eficiência. Isto consegue-se mais facilmente dispondo de experiência no processo
de identificação do perigo e sua moderação.
Barra de aço boro num tablier que pode 
afectar as técnicas usadas para 
afastá-lo.
Tecnología dos novos veículos
Secção de um pilar B modelo 1996. Secção de um pilar B modelo 2002.
Barras de reforço contra impacto lateral
que podem dificultar a separação de
portas quando ocorrem colisões laterais. 
15
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso deferramentas de resgate e técnicas de extracção
Tecnología dos novos veículos
4 - As ligas leves e o aço boro são utilizados para incrementar a relação resis-
tência peso. A eliminação de portas será mais difícil se as barras de protecção
lateral estiverem dentro da estrutura do veículo devido ao impacto. 
5 - A localização de alguns sistemas de airbag no volante e no tablier representa muitos desa-
fios, estando agora além disso em combinação com portas, assentos, perfis do tecto e inclu-
sivamente com sistemas de cintos de segurança. Os sistemas de airbag não activados e ocultos
podem causar problemas durante o seu corte ao colocar-se o dito material entre as lâminas de
uma tesoura obsoleta que não possa cortá-los, mas tão só deformá-los. É crítico conhecermos
que projectos são activados electrónica ou mecanicamente. Os perigos incluem a dificuldade
em identificar a localização das bolsas, os sensores, e o módulo de controlo, assim como a
activação acidental durante os trabalhos de resgate, exposição acidental dos cabos eléctricos
ou a presença de agentes químicos.
A diferença do conhecimento e da anatomia humana, compreender a anatomia dos
desenvolvimentos em segurança, é um processo que nunca acaba. Os desenvolvimentos em
segurança variam amplamente no seu desenho e colocação ano após ano, inclusive entre
os diferentes modelos e fabricantes de veículos. Por esta razão é essencial para o pessoal
de resgate conhecer como podem afectar estes desenvolvimentos em segurança nos seus
métodos de resgate no dia a dia. 
1 - Em caso de um impacto frontal os sistemas de
reforço na parte posterior dos guarda-lamas
e do motor, fazem com que as rodas
dianteiras se desviem e não entrem
na área dos pedais e que o motor
caia para que não entre no
compartimento dos ocupantes.
Cortar esta área para afastar
o tablier de ins- trumentos
pode ser difícil. 
2 - Zonas que se deformam
para absorver a energia do
impacto e que fazem que seja
possível que os ocupantes do vei-
culo sobrevivam a colisões nas quais
em anos anteriores teriam falecido.
3 - O tablier de instrumentos reforçado foi desenvolvido para
proteger em caso de um impacto frontal ou lateral o condutor
e passageiro. Os procedimentos convencionais de separar o
tablier por um só lado podem apresentar mais dificuldade.
1
3
4
4
5
5
5 66
6
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
9 - Materiais da estrutura. Para compensar o acréscimo de peso devido à quantidade de
elementos de segurança que foram adicionados, os fabricantes de carros usam para
reforçar as estruturas do tecto e dos pilares, aços de Alta Resistência – Liga Leve (HSLA)
e de Ultra Resistência – Liga Leve (UHSLA).
8 - Vidros laterais e posterior. Os vidros laterais e posterior que em alguns
casos são temperados estão a substituírem-se por vidros laminados ou
plásticos rígidos, os quais em relação aos temperados, são altamente
resistentes a “quebrar-se” no sentido natural da palavra e apresentam uma
formidável barreira para conseguir o 
acesso aos pacientes. 7 - Materiais da carroçaria:
Plástico de grande impac-
to, fibra de carbono,
alumínio e outros tipos de
materiais compostos estão
substituindo as chapas
metálicas em todas ou em
algumas par tes exteriores
da carroçaria. O plástico
enruga-se ou estilhaça em
vez de se dobrar, tornando
difícil encontrar uma boa
super fície estável. Os ma-
teriais compostos podem
ser difíceis de cor tar. A
fibra de carbono é também
difícil de cor tar e tanto as
par tículas de pó como os
produtos da sua com-
bustão são perigosos.
6 - Os pré-tensores de cintos e limitadores de força G estão desenhados para evitar
o movimento dos ocupantes e reduzir o impacto com os airbag. Os pré-tensores de
cintos podem ser activados por um mecanismo de mola ou por uma carga explosiva.
A sua activação acidental durante os trabalhos de resgate pode causar sérios danos
ao pessoal de resgate e aos pacientes. 
5
5
5
6
6
6
8
9
5
Ilustração : H. Vincent
8
7
17
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Veículos Híbridos: Gasolina – Electricidade
Os veículos híbridos usam para a sua propulsão tanto motores eléctricos como motores a
gasolina. O motor eléctrico é usado para baixa velocidade de movimento e é accionado por um
conjunto de baterias de alta voltagem, normalmente localizado na parte posterior do veículo.
Nos veículos híbridos, os cabos de alta voltagem identificam-se por uma cobertura
alaranjada e pelos ligadores. Com a finalidade de estarem protegidos, estes cabos encon-
tram-se situados na parte inferior e dentro do reforço do solo, num sítio que geralmente não
é acessível ao pessoal de resgate.
É importante anotar que os veículos híbridos podem parecer que estão desligados
quando o seu motor de gasolina não está em funcionamento, mas poderá em qualquer
momento poder mover-se ao usar o motor eléctrico que está em estado activo. Para evitar
que isto suceda, além de desligar a bateria de 12 volts, o pessoal de resgate deverá revisar
e assegurar-se também que o interruptor principal de ignição se encontra na posição desli-
gado e retirar a chave, com a finalidade de desligar o sistema electrónico. 
Nunca toque, corte o abra nenhum cabo nem componentes de alto voltagem.
Excepto pelas precauções anotadas anteriormente, os veículos híbridos podem
ser abordados utilizando as técnicas e princípios básicos de resgate de um automóvel
convencional. Pode obter-se informação adicional nos guias para o pessoal de resgate
publicados pelos diferentes construtores de veículos.
Sistema electrónico de controlo do
Toyota “Prius”
Sistema de baterías do Honda “ Insight”
Motor a gasolina 
Motor eléctrico 
Cabos de alta voltagem 
As baterias de 12V podem estar no 
compartimento do motor ou na mala 
Bateria de alta voltagem Tanque de
combustível 
Linha de combustível 
18
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Bolsa de aire para impacto lateral
colocada no assento.
A - Airbags
Bolsas de ar contra impactos frontais: estão desenhadas para se activarem em
caso de choque frontal; estas bolsas de ar estão localizadas geralmente no volante e em
diversos sítios do painel de instrumentos. Nem todos os sistemas de airbag são iguais,
mas contém componentes similares. A localização exacta, o volume e o mecanismo de
activação dos sistemas das bolsas de ar frontais variam de acordo com o fabricante.
Os sistemas mais modernos de airbag frontais incluem o uso de sistemas de enchimen-
to de duas etapas. Estes sistemas de duas etapas estão projectados para ajustar a força
de enchimento de acordo com alguns parâmetros tais como posição do ocupante,
importância do choque e utilização do cinto de segurança. Se o sistema de sensores
activa uma enchimento parcial pelo choque estes são os resultados possíveis: 
• A primeira etapa activa-se e a segunda activa-se poucos milésimos de
segundo depois da primeira.
• A primeira etapa activa-se mas a segunda etapa não se activa. Isto poderia representar 
um perigo de activação da segunda etapa durante o processo de resgate.
• A segunda etapa activa-se sem que a primeira se tenha activado. Isto poderia 
representar um risco de activação da primeira etapa durante o processo de resgate.
Airbag para impactos laterais: Estas bolsas podem estar colocadas na porta, no assento
ao lado da porta ou nos perfis do tecto (sistema de cortina ou tipo tubular). É extremamente importante
evitar esmagar as áreas que tenham airbags sem activar, sensores ou cortar sistemas de enchimento
que estejam ocultos.
Se foi activada uma só bolsa de ar, isto não significa que não exista perigo. 
Deve-se manter sempre fora do alcance da área da activação de todas as bolsas.
Sistemas de segurança passiva
Secção de airbag frontal sem activar-se. Airbag frontal activado.
19Sistemade airbag
tipo cortina pressurizada.
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
B - Pré-tensores
Os pré-tensores deverão ser tratados com as mesmas precauções que se devem
tomar quando se trabalha à volta dos airbags. Retirar o cinto de segurança de um sinistrado
tão rápido quanto se possa é uma prática recomendada para que não exista uma activação
acidental e produza mais danos à vítima. Deve-se ter especial cuidado com estes sistemas
quando exista presença de líquidos ou vapores inflamáveis. Existem quatro localizações prin-
cipais para os sistemas de pré-tensores: Parte baixa do pilar B, parte média do pilar B, área
de fixação do cinto de segurança dianteiro e na parte plana compreendida entre o assento
posterior e o vidro.
Os pré-tensores de cintos podem ser activados mecânica ou electronicamente.
Tenha extrema precaução quando trabalhar na área dos pré-tensores de cintos.
Muitos veículos têm pré-tensores activados mecanicamente que têm o sensor
dentro do mecanismo. Os activados mecanicamente mantêm-se activos mesmo
depois de desligar a bateria.
Sistemas de segurança passiva
C - Limitadores de Força Gravítica (G)
Os limitadores da força gravítica
estão montados dentro da maioria dos sis-
temas com pré-tensores. Permitem uma
certa liberdade de movimento durante um
certo espaço de tempo transcorrido durante
uma colisão. Isto diminui o efeito de lesões
internas reduzindo o valor de desaceleração
e portanto a quantidade de força gravítica
que actua sobre o corpo.
Pré-tensor de cinto. Localização na parte baixa do pilar B.
Função do limitador de força gravítica.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
D - Zonas de absorção de impactos 
Estas zonas situadas na estrutura do automóvel e no chassis, estão desen-
volvidas para absorver a energia do impacto de uma colisão e evitar que essa energia
seja transferida ao compartimento de passageiros e portanto aos ocupantes do veículo.
A utilização destas zonas de absorção de impactos incrementou enormemente a
possibilidade dos ocupantes de um veículo sobreviverem a múltiplos impactos. Ironicamente
estas zonas que aumentaram a sobrevivência dos ocupantes podem complicar as tarefas do
seu resgate devido à robustez das estruturas de metal deformado.
Sistemas de segurança passiva
Prova de choque frontal.
Impacto frontal total.
Impacto frontal parcial.
Deformação devido às zonas 
de absorção de impactos.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
A situação mais frequente da bateria na maioria dos veículos de passageiros é
no compartimento do motor. Contudo, é importante saber que alguns dos desenhos de
novos veículos utilizam diferentes localizações. Estas localizações alternativas incluem,
mas não se limitam às seguintes zonas:
• Debaixo do assento posterior dos passageiros.
• No porta-bagagem (foto esquerda).
• Na parte dianteira do guarda-lamas (foto da direita).
Recorde que em alguns veículos mais largos (como camionetas ou veículos multi-
familiares) pode haver a possibilidade de ter mais do que uma bateria.
Alguns fabricantes podem usar um
mecanismo que desliga a bateria automatica-
mente em caso de uma colisão.
Localizações da bateria 
Sistema automático de desconexão.
22
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Energia cinética na colisão de veículos 
A - Tensão, flexão, torção 
O metal que se dobra (flexão), se estira (tensão) ou se torce (torção) requere precauções
quando se corta ou se separa, já que podem surgir movimentos rápidos e inesperados do mesmo.
O pessoal de resgate deverá conhecer as reacções mecânicas potenciais que se produzem na
estrutura de um veículo devido às deformações depois de uma colisão. 
Quando mencionamos a reacção mecânica (o impacto durante a colisão
que modifica a estrutura do automóvel) queremos dizer pontos estáveis e pontos
instáveis ou elásticos.
Para trabalhar eficazmente, é necessário eliminar todos os pontos instáveis ou elásticos
potenciais com a finalidade de evitar que durante
o corte ou a separação provoque um retorno não
apropriado do material. È necessário encontrar os
pontos estáveis que servirão como base sólida
sobre a qual as ferramentas de separação possam
ser colocadas. Nos casos onde não existam
pontos sólidos deverão criar-se instalando um
suporte.
Tensão
Torção
Flexão
23
B - Colisão frontal
Apesar do reforço das áreas do compartimento de passageiros nos veículos
modernos, devemos saber que as provas que se fazem aos veículos realizam-se a baixas
velocidades. A velocidades mais elevadas, a deformação será maior que a que sofre um veí-
culo em provas, complicando os esforços para realizar o resgate.
Os sistemas modernos de segurança permitem que os ocupantes dos veículos
possam sobreviver a fortes impactos. O desafio que enfrenta o pessoal de resgate quando
trabalha num choque frontal, inclui o reforço das áreas do painel de instrumentos, assim
como também as barras de impactos laterais colocadas nas portas e que muito possivel-
mente tenham sido impulsionadas para trás ou para diante provocando deformação e bloqueio
da porta. 
O compartimento do 
passageiro está 
significativamente 
afectado, dando 
grandes probabilidades 
de lesões ao passageiro.
Menor deformação do 
compartimento do 
passageiro, reduzindo 
as probabilidades de lesões
graves ao passageiro.
Energia cinética na colisão de veículos 
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Energia cinética na colisão de veículos 
C - Impacto lateral
Os impactos laterais geram uma elevada taxa de mortalidade, já que existe muito
pouco espaço entre a parte externa do veículo e os ocupantes. Na maioria dos casos a
deformação do compartimento dos passageiros cria um espaço muito reduzido para tra-
balhar à volta do paciente. Quando seja possível, os esforços de libertação da vítima devem-
se dirigir para o lado menos danificado para permitir uma melhor e efectiva extracção.
D - Colisões com capotamento
Nestes casos, o aspecto mais importante para conseguir uma correcta libertação
das vítimas é fazer uma boa estabilização do veículo. A libertação dos pacientes do veículo
pode ser mais complicada se estão dobrados ou amarrados com os cintos de segurança. É
muito importante neste tipo de acidentes que o movimento do paciente seja o menor possível.
25
Energia cinética na colisão de veículos
E - Choques debaixo da carroçaria e por capotamento sobre
outro veículo
Estes acidentes geram um espaço de trabalho extremamente confinado e em muitos
casos o resgate é complicado para poder manejar de forma segura. Deve-se recordar que uma
boa estabilização é importantíssima num acidente com encravamento de carga e que possi-
velmente requeira realizar tarefas de elevação de cargas pesadas. Quando se tenham que rea-
lizar resgates por baixo de um veículo pesado tenha cuidado com as cargas sujeitas a pressão,
como se descreve no capítulo de Veículos Pesados deste livro.
As actividades de resgate podem afectar a estabilização. Por esta razão, a estabili-
zação deve ser continuamente revista conforme se vai avançando no processo de extracção.
Os sistemas de suporte podem complementar os esforços de estabilização.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Perigos específicos nos novos veículos
A - Cortando osassentos
Muitos dos novos desenhos de veículos têm
componentes de airbag colocados sob as coberturas
dos assentos. Os sensores das bolsas de ar, pequenos
cilindros de gás e em alguns casos bolsas de ar no seu
interior, não permitem que os assentos sejam cortados.
Para evitar isto, primeiro levante sempre a cobertura
com uma faca para investigar possíveis perigos antes de
cortar o assento com uma tesoura hidráulica.
B - Cortando os pilares 
Alguns pilares contém componentes que
devem ser evitados. Tratar de cortar o reforço da monta-
gem dos cintos de segurança pode danificar as lâminas
das tesouras. O mesmo, ao tratar de cortar os sistemas
de pré-tensores de cintos podem também danificar as
tesouras hidráulicas. Contudo, o perigo maior é cortar o
sistema de enchimento de um airbag. É muito perigoso
ao libertar-se o gás sob pressão que se encontra na gar-
rafa, ou também por fragmentos da mesma garrafa que
podem causar ferimentos graves.
Por estas razões, é importante que sempre exponhamos
e investiguemos os pilares antes de pretender cortá-los.
É recomendável quando se está a fazer o corte usar qual-
quer sistema flexível de protecção da vítima, como uma
manta ou um plástico resistente. Assim a protegerá caso
as ferramentas deslizem e também dará alguma protecção
contra a explosão das mencionadas garrafas no caso de
não terem sido vistas.
C - Sistemas de protecção automática do
tecto contra capotamento (R.O.P.S.)
Estes sistemas activam-se quando um
automóvel descapotável começa a girar sobre si
mesmo. Estes sistemas encontram-se colocados normal-
mente detrás dos assentos, sobre o sistema de apoios
de cabeça. Isto representa um sério risco para o pessoal
de resgate e paramédico se ocorre uma activação aci-
dental durante os trabalhos de resgate. Os passos
para controlar este perigo são desligar a bateria quando
seja possível e evitar permanecer na área de activação.
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Com o fim de garantir que todas as pessoas num cenário de um acidente de via-
ção entendam as ordens deve-se usar a mesma terminologia. Por exemplo, não deveria falar
de “direito” ou “esquerdo” mas sim de “lado do condutor” e “lado do acompanhante”.
Seguidamente, indicam-se os termos mais comuns utilizados para descrever a anatomia
de um veículo:
Terminologia na construção de automóveis 
Tecto
Pilar A
Parede de 
protecçao
Zonas de absorção de
impactos
Área da jante
dianteira Dobradiças
Tampa do motor
Parte superior
Parte media
Parte baixa
Parte superior
Parte media
Parte baixa
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Pilar D
Pilar C
Guarda-lamas traseiro 
Passador da fechadura 
Perfil do tecto
Pilar B
Porta da mala
Área da jantel traseira
Chapa do chão
Canal de reforço
Dobradiças
Porta
Reforço contra 
impacto lateral
Marcos das janelas
A parte plana compreendida entre 
o assento de trás e o vidro
Guarda-lamas
dianteiro 
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
As tesouras empregam-se para cortar totalmente os componentes dos veículos com
a finalidade de retirar certas zonas do mesmo. Adicionalmente, podem ser empregues para
realizar cortes de alívio que permitem o afastamento de alguns componentes do veículo
como o tablier ou em operações de levantamento do tecto. Há uma grande variedade de
desenhos de lâminas para diferentes aplicações.
As lâminas das tesouras têm uma grande variedade de formas tal como abaixo se
mostra.As diversas classes de lâminas permitem cortar de diferentes formas de materiais
num veículo.
Tesouras
Comando de operação 
Botão de controlo
Mangueras 
hidráulicas 
Mangueras hidráulicas 
Pega de transporte
Lâminas
Lâminas
31
Os expansores têm três funções principais: separar, comprimir e traccionar. Os
expansores podem apertar ou comprimir o metal para criar pontos de franzido débeis ou áreas
para corte, além disso podem separar componentes que não estejam unidos. A terceira função
realiza-se usando umas pontas com adaptadores para correntes os quais permitem que o
expansor aproxime objectos até ao seu ponto de força.
As diferentes formas de pontas
para o expansor usam-se para diferentes
aplicações.
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Comando de operação 
Mangueiras hidráulicas 
Pega de transporte 
Braços
Expansores
Pontas
Separando uma porta do veículo. Comprimindo/Apertando o guarda-lamas.
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Comando de 
operacões 
Mangueiras hidráulicas 
Pega de transporte 
Lâminas
Pontas de 
separação
Estas ferramentas versáteis combinam um expansor e uma tesoura numa só fer-
ramenta. Contudo, devido a esta combinação de funções, diminuem-se ou sacrificam-se
algumas potencialidades de separação e de corte quando comparadas com ferramentas
individuais. De igual como os separadores, podem-se utilizar com estas ferramentas
acessórios de tracção. 
Ferramentas Multiuso
Levantando o tablier com um multiuso. Cortando o pilar C.
Multiuso usado por cima do
sistema de fechadura.
Separando uma porta de um veículo.
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Os macacos de separação fazem uso da sua força mediante potentes pistons
hidráulicos e aplicam-se principalmente para separar componentes do veículo. Alguns têm um
desenho telescópico o que torna possível uma grande amplitude de separação mantendo o
seu pequeno tamanho, sendo muito úteis para espaços reduzidos. Alguns macacos de sepa-
ração têm cabeças substituíveis tornando possível a utilização de diferentes acessórios para
outras aplicações tais como pontas para traccionar e correntes.
Comandos de 
operaçãoMangueiras 
hidráulicas 
Êmbolos 
Cilindros
Pega de
transporte
Êmbolo
Cabeça
de agarre
Cabeça
de agarre
Piston
Macacos de separação
Macaco usado para criar espaço. Levantamento do painel com unm macaco.
Macaco telescópico totalmente aberto. Bom controlo na posição de comando.
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Bombas hidráulicas
Bomba de duas
etapas
Motor a
gazolina de
4 tempos 
A - Bombas manuais e de pé
As bombas hidráulicas têm uma variedade de tipos, desde as bombas de uma
só etapa até às bombas de alto volume de três etapas. A sua principal utilização é como
bomba de substituição ou para situações onde uma bomba com motor a gasolina não
possa ser utilizada.
B - Bombas portáteis 
Estas bombas accionadas com motor a gasolina são leves, compactas e portáteis.
A mobilidade que permitem faz com que sejam especialmente apreciadas para chegar a
áreas remotas ou de difícil acesso.
Bomba de duas
etapas
Alavanca/Pedal
Válvula de
selecção
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Válvula de selecção
Carretel com
mangueiras
C - Bombas Múltiplas
As bombas hidráulicas podem ser accionadas com motores a gasolina, eléctricos
ou diesel. Têm a capacidade de operar simultaneamente duas ou mais ferramentas. Devido
ao seu peso, geralmente encontram-se instaladas no veículo de resgate apesar de também
poderem ser transportadas para fora do veículo. Estas bombas podem dispor de carretéis já
colocados na mesma estrutura da bomba ou em conjunto à parte com compridas mangueiras.
Motor 4 tempos
a gazolina
Bombas hidráulicasBomba para 3 ferramentas silmultâneo. Bomba ligeira e simultânea
Pode ser transportada por uma só pessoa.
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Estas ferramentas para resgate permitem operar em lugares remotos e difíceis tais
como ribanceiras, vertentes de montanha e espaços confinados. Estas ferramentas têm
múltiplas aplicações e a sua potência desenvolvem-na através de baterias recarregáveis ou
com potência manual. 
Porta de separação
Lâmina
Comando de 
operação
Pega de transporte
Bateria
Ferramentas autónomas para resgate 
Botão de arranque
Acesso a lugares remotos. Ferramenta operada manualmente.
Comando da bomba
Modelo de tesoura
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A - Blocos e cunhas
Existem de várias formas e podem ser fabricados de madeira ou de polietileno reci-
clado. Pelas suas diversas formas podem ser utilizados em quase todas as situações. Ao
coloca-los entre o espaço de um veículo e o terreno ajudam-nos a incrementar a estabilidade
dos veículos.
Equipamento para estabilização
B - Almofadas levadoraes
As almofadas elevadoras não podem ser conside-
radas como um sistema primário de estabilização. A sua
capacidade de elevação pode ser muito útil num processo
de estabilização. Contudo, é importante escorar com blocos
e cunhas quando se fizer o levantamento.
Almofadas de baixa pressão. Almofadas de alta pressão. 
Tipo Polietileno
reciclado
Tipo madeira
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Equipamento para estabilização
C - Escoramento
Ás vezes são usados quando se pretende preencher grandes espaços, por exemplo
quando um veículo está capotado sobre um lado ou sobre o tecto. Os sistemas de escora-
mento existem numa grande variedade de tipos, incluindo escoras de madeira, pneumáticas
(ar) e hidráulicas (óleo). Os sistemas de alta tecnologia como as escoras pneumáticas ou
hidráulicas permitem ao pessoal de resgate uma grande flexibilidade e incrementam a sua
capacidade. As escoras pneumáticas podem automaticamente “acompanhar” a carga quan-
do se levanta, enquanto que as hidráulicas conferem capacidade de levantamento quando se
necessite. 
Todos estes sistemas geram a estabilidade quando se usa um sistema de tensão para
criar um triângulo de forças através do sistema de escoramento e do sistema de tensão.
Escora pneumática e hidráulica.
Escoramento mecânico simples. Escoramento tipo madeira.
Escoras hidráulicas.
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Para assegurar que o equipamento se encontre em perfeitas condições de trabalho,
é essencial que se mantenha apropriadamente de acordo com as instruções do fabricante.
Um distribuidor autorizado local poderá prestar-lhe um serviço de manutenção periódico e de
reparações.
A - Bombas
Depois de cada uso, faça as seguintes verificações:
1. Inspecção visual para detectar eventuais danos.
2. Os níveis de todos os líquidos incluíndo:
a. Combustível
b. Fluido hidráulico
c. Óleo do motor.
3. Coloque a torneira de combustível na la posição OFF/FECHADO.
4. As uniões devem estar limpas e funcionar correctamente. Limpe os tampões e coloque-os 
nas uniões.
B - Mangueiras
Depois de cada uso, faça as seguintes verificações:
1. Inspecção visual para detectar eventuais danos:
a. Cortes, abrasão ou qualquer outro dano na capa externa da mangueira;
b. Vincos.
2. As uniões devem estar limpas e funcionar correctamente. Limpe os tampões e coloque-os 
nas uniões.
3. Os sistemas anti-retorcimento devem estar bem colocados.
4. Limpie qualquer contaminante que tenha a mangueira.
Cuidados com o equipamento
Verifique o nivel de combustivel. Coloque os tampões
Reveja os sistemas anti-retorcimento. Não use uma mangueira danificada.
Retire imediatamente de serviço as mangueiras danificadas.
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C - Ferramentas
Depois de cada uso, faça as seguintes verificaçõs: 
1. Inspecção visual para detectar eventuais danos:
a. Lâminas da tesoura, pontas do expansor, cabeças de agarre do macaco de separação. 
2. Funcionamento do comando de operação. 
3. Mangueiras curtas:
a. Cortes, abrasão ou qualquer outro dano na capa externa da mangueira;
b. Vincos.
4. As uniões devem estar limpas e funcionar correctamente. Limpe os tampões e coloque-os
nas uniões.
5. A ferramenta deve ficar em posição de segurança (não sob pressão):
a. Expansores e multiusos: Pontas ligeramente abertas:
b. Macacos de separação: Êmbolos ligeramente estendidos:
c. Tesouras: Pontas ligeramente soubrepostas.
6. As etiquetas de segurança e de operação devem estar no seu lugar e ser legíveis.
Cuidados com o equipamento
Êmbolos ligeramente 
estendidos 
Pontas ligeramente abertas Pountas soprepostas
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Organização do grupo de trabalho
Um procedimento sistemático dos trabalhos de resgate em veículos é a melhor
maneira de garantir que todas as tarefas sejam rápidas e eficazmente realizadas. A única
maneira de desenvolver efectivamente um resgate sistemático é através do trabalho em
equipa. Para conseguir que um grupo trabalhe em perfeita harmonia, os seus integrantes
devem saber exactamente o que se espera deles e que nível de confiança se tem da sua
habilidade e capacidade para levar a cabo as suas tarefas específicas.
O número ideal de resgatadores para um acidente com uma pessoa encarcerada
diz-se que seja aproximadamente de cinco a seis pessoas. Apesar de o número variar em
diferentes grupos de resgate de acordo com o processo. Quando normalmente se toma o
número de cinco pessoas por grupo, assinalamos seguidamente os papéis que enumera-
mos. O nome de cada um desses papéis pode variar de acordo com a entidade ou o país. 
1. Oficial de comando ou chefe de equipa
Esta pessoa é a responsável da coordenação
das operações do grupo de resgate. Deverá
estar colocado num sítio tal que possa
visualizar toda a área do incidente, pensando
acerca de quais serão as próximas acções
a desenvolver. Em grupos pequenos esta
função poderá ser levada a cabo enquanto
funcionam outras actividades.
O chefe de equipa é também o ponto fulcral
para comunicações com outras entidades ou
grupos de resgate que estejam a trabalhar
no mesmo cenário. Na maioria dos casos
será a pessoa com maior hierarquia ou com
maior experiência em lidar com este tipo de
incidentes. 
Em muitos casos o chefe de equipa também
mantém o papel de oficial de segurança.
Isto é sem dúvida considerado um papel
completo na maioria dos grupos e que deve
ser executado por uma só pessoa quando
exista pessoal suficiente.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
2. Primeiro membro técnico
Este elemento da equipa trabalha
junto com o Técnico 2 com a responsabilidade
fundamental de realizar todas as tarefas de
resgate requeridas para tornar o cenário seguro
e libertar os pacientes encarcerados.
3. Segundo membro técnico
Trabalha junto com o primeiro membro técnico. Esta posição da equipa mantém-se
tendo em conta a disponibilidade de pessoal.
4. Coordenador de equipamentos e ferramentas (Logístico)
Normalmente é o condutor da unidade de resgate. A sua responsabilidade inclui a 
preparação e a colocação dos equipamentos requeridos para uso do grupo técnico. Quando 
se apresentam situações onde a equipa técnica requer ajuda ou força, o chefe de equipa
pode chamaro coordenador de equipamentos para que ajude a equipa técnica.
5. Vigilante da vítima
O socorrista estará, o mais rapidamente possível em contacto directo e constante
com as pessoas encarceradas, informando-as do que se está a fazer durante o resgate.
Esta pessoa ajudará os paramédicos durante o processo de resgate. Se o grupo de para-
médicos não necessitar desta pessoa, ela estará disponível para ajudar a equipa técnica
quando necessário.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Segurança no cenário 
Para garantir um cenário de resgate seguro e organizado, é importante que sejam esta-
belecidas as zonas. A primeira zona ou sector chama-se “círculo interior” ou “área de acção” e é
um círculo imaginário de 3 a 5 metros à volta de cada veículo envolvido no cenário. Esta área deve-se
manter liberta de qualquer pessoa que não esteja nesse momento envolvida no resgate.
A segunda zona é um círculo maior que mede aproximadamente de 5 a 10 metros. Esta
área deverá estar livre de pessoas que não sejam resgatadores e pode ser isolada se as circuns-
tâncias o permitem. Nesta área, à volta do círculo interior deve haver uma zona onde se coloquem
as ferramentas. Desta forma todas aquelas pessoas que participam na operação de resgate sabem
que ali podem encontrar as ferramentas e podem manter o círculo interior livre de equipamentos
que não se estejam a utilizar. As partes que se cortem dos veículos durante o resgate, deverão ser
colocadas justamente fora do círculo externo num depósito específico. Assim consegue-se um
ambiente de trabalho mais eficiente e seguro.
Veículos de 
resgate colocados
em posição
defensiva, 
protegendo do 
tránsito que se
aproxima.
Depósito 
de partes 
e sucata
Colocação de 
ferramentas 
3 - 5 m
5 - 10 m
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
ATENÇÃO À SEGURANÇA
Tenha à mão um sistema de
protecção contra incêndios
Aproximação inicial:
Sempre que seja possível, a aproximação deve ser como 
seguidamente se indica : 
Objetivo:
Avaliação no cenário de qualquer perigo oculto para permitir uma 
área de trabalho segura, à volta e dentro dos veículos.
Estes são os procedimentos que deverão ser realizados antes das operações de
resgate.
Sempre que seja possível, a aproximação do
grupo de resgate deverá fazer-se pela frente
do veículo acidentado. Isto assegura que qual-
quer sinistrado consciente não trate de girar o
pescoço para ter contacto com o pessoal.
Uma vez que o contacto se tenha realizado
com qualquer das vítimas do interior, não
poderá suspender-se até que o paramédico
ou o socorrista controle a situação.
Os membros do grupo técnico poderão mover-
se à volta dos veículos acidentados, fazendo
avaliações por cima, por baixo e à volta do veí-
culo acerca de qualquer perigo oculto tal como
cabos eléctricos, derrames de líquidos ou
outras vítimas. Reportam ao Oficial do sinistro
que determinará se é necessário realizar algu-
ma tarefa de redução de riscos.
Visão Geral
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Uma vez que se tenha realizado
a avaliação do veículo e que
todos os perigos tenham sido
controlados, pode-se proceder à
estabilização. Isto será tratado
com mais pomenor no capítulo de Estabilização
deste livro.
O sistema de ignição do veículo deverá ser colo-
cado na posição “off” (apagado) e a batería
deverá ser desconectada. É importante que o
terminal negativo seja desligado primeiro com o
fim de evitar a possibilidade de gerar chispas
causadas por colocar inadvertidamente o ter-
minal positivo em terra.
Recorde fazer funcionar os espelhos eléctricos,
fechos de portas e opções do assento antes de
desligar a batería completamente. Quando seja
possivel, o travão de emergência deverá ser
accionado.
Qualquer ocupante do veículo deverá ser
protegido antes de cortar os vidros. Pode
ser necessário ter um resgatador no interior
do veículo para ajudar nesta protecção.
Visão Geral
Quando não se puder desligar a bateria, deixe as luzes de aviso 
ligadas como chamada de atenção para os socorristas.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Deve-se realizar o trabalho sobre os vidros.
Recorde que todos os que possam partir duran-
te as tarefas de resgate devem ser retirados
neste momento.
Isto pode ser levado a cabo com o uso de um
punção quebra vidros ou se necessário, com um
cortador de vidros. Alguns automóveis
modernos estão equipados com
vidros de protecção avançada (EPG)
que não permite retirar o vidro pelos
sistemas tradicionais de rotura e será
necessario deixar o vidro no seu lugar.
Depois de usar um punção quebra vidros, a eli-
minação do vidro deve realizar-se de dentro para
fora. Em alguns casos é possivel baixar a janela
para que esta fique dentro da porta antes de ser
quebrada. Contudo poderá necessitar da batería
conectada para realizar esta tarefa.
Se o tamanho da equipa de resgate o permite,
os pequenos fragmentos de vidro deverão ser
recolhidos e colocados dentro do veículo ou fora
do círculo de acção.
Visão Geral
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Em alguns casos é necessário quebrar os
vidros para poder aceder ao paciente. Se isto
sucede, primero quebre o vidro que está
mais afastado da vítima. Uma vez que a víti-
ma esteja acessivel, deve-se fazer uma ava-
liação inicial e dar um primeiro tratamento de
emergência, incluindo imobilização dorsal e
oxigéno suplementar.
Qualquer cinto de segurança deverá ser cor-
tado ou retirado, tão rápido quanto possível.
Sempre que possível, evite
estar na área de activação de
um airbag. Se a sua Organi-
zação utiliza um sistema pro-
tector de airbag para o lado do
condutor, deve colocá-lo neste
momento.
Visão Geral
Treinar passo a passo todo o processo é a chave para executar esta
parte do resgate de forma segura e eficaz. As acções aqui tomadas
serão importantes para a segurança do restante processo de resgate.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
A maioria das colisões de veículos com pessoas encarceradas corresponde a veí-
culos ligeiros. O termo de veículos ligeiros é difícil de definir. Quando usamos este termo
estamo-nos a referir à maioria de veículos privados de passageiros como por exemplo os
automóveis familiares. A grande ironia é que este termo de veículo “ligeiro”agora inclui
desenhos avançados de construção e materiais que por sua vez permitem uma grande capa-
cidade de sobrevivência aos ocupantes, e como resultado uma maior dificuldade para o pes-
soal de resgate.
Cada choque é diferente. Variáveis tais como o tipo e o número de veículos envolvidos, suas
posições, número e condição dos pacientes assim como os perigos externos, jogam um
papel importante em determinar as acções apropriadas e a sua sequência. Como qualquer
outra, estas técnicas requerem ser praticadas. Esta secção cobrirá técnicas básicas que
podem ser usadas para conseguir um resgate seguro, depois de as haver aprendido e
repetido, irá realizá-las de forma quase mecânica.
Introdução
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Estabilização
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OBJETIVO:
Minimizar o el movimento de veículo, jyáa que este movimento
poderá afectar negativamente os passageros encarcerado.
ATENÇÃO:
Esta parte do resgate deverá ser adequadamente desenvolvida
antes que seja iniciada qualquer tarefa de extracção.A - Veículo sobre as suas rodas
Requer um mínimo de três pontos de estabilização, mas se é possível usar quatro
pontos, é muito melhor. Os blocos de estabilização deverão ser colocados estrategicamente
para assegurar a máxima estabilidade, como se vê no diagrama de cima.
Sistema de
3 pontos
Sistema de
4 pontos
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Estabilização
O PROCEDIMENTO:
Em primeiro bloquear uma ou duas jantes
com cunhas.
Os blocos de estabilização deverão ser
colocados em sítio com a suficiente
pressão sobre o veículo para que se garan-
ta que fique bem colocados e suportando o
automóvel.
Quando utilizar blocos escalonados uma
cunha pode ser utilizada para garantir que o
bloco fique seguro. Também se usa o bloco
escalonado invertido, que actua como uma
grande cunha, obtendo-se bons resultados.
53
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Estabilização
B - Veículo em posição lateral
O PROCEDIMENTO:
Assegure-se que o veículo não vai girar, colo-
cando os suportes debaixo dos pilares A e C.
Pense nos passos
seguintes e não coloque
nenhuma estabilização
em áreas onde pense
realizar cortes.
Realize um escoramento lateral com escoras
mecânicas (madeira, metal), hidráulicas ou
pneumáticas.
on
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54
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Fixe as escoras usando correias de tensão
sistemas mecânicos.
Quando se utilizam escoras mecânicas pode
ser necessário utilizar cunhas na bases para
fixá-las e evitar que deslizem.
Dependendo da situação, também é possível
que seja necessário utilizar escoramento
para estabilizar o lado do tecto do veículo.
Estabilização
55
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCEDIMENTO:
O bloco escalonado coloca-se no espaço entre o
tecto do veículo e o piso.
Agregue blocos adicionais ao espaço com-
preendido entre o compartimento do motor
e o pára-brisas para garantir uma estabili-
zação adicional.
Estabilização
C - Veículo invertido sobre o tecto
56
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
OBJETIVO:
Conseguir accesso à vítima para lhe dar um melhor cuidado
durante a sua extracção. Esta abertura pode ser usada também para
uma imediata libertaçã se as condições forem apropriadas.
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO:
A técnica mais apropriada de retirar a porta dependerá do tipo e da
natureza estrutural do veículo. Recorde que, se for possível o primeiro
passo deverá ser destrancar a porta e abri-la normalmente.
Retirar porta
A - Veículo sobre as suas rodas
O PROCEDIMENTO:
Quando não há um ponto de inserção para o
expansor e o guarda-lamas dianteiro é acessível,
comprima primeiro este painel no ponto mais
alto da zona da roda. Assim criará uma aber-
tura sobre as dobradiças da porta.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar porta
O PROCEDIMENTO:
Se o guarda-lamas necessitar ser retirado,
proceda à realização de um corte de alívio
onde foi comprimido.
A cava da roda agora pode ser retirada
com a ajuda do expansor. Tenha cuidado
enquanto separa o painel já que pode sol-
tar-se repentinamente da carroçaría.
Fazendo uso de um ponto estável de sepa-
ração, por cima da dobradiça superior, a
porta pode ser agora retirada do veículo.
Para um melhor controlo da separação tra-
balhe apenas numa dobradiça de cada
vez. Não comece a separar entre as
dobradiças.
Se o ponto de apoio comença a ceder, suspenda o processo
e reposicione o expansor ou corte as dobradiças.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Depois das dobradiças e da chapa pequena
que há entre elas terem sido rebentada cor-
tadas, o próximo passo é retirar a por ta
através do lado da fechadura.
Uma vez que a porta foi completamente
retirada, deverá ser colocada no depósito
de sucatas.
Retirar porta
ALTERNATIVA:
O tipo de acidente pode fazer com que a parte frontal do veículo seja inacessível, neste
caso, para poder expor as dobradiças deve proceder-se da seguinte forma:
Coloque o expan-
sor na esquina da frente
no espaço da janela.
Separe contra o pilar A
para criar um ponto de
inserção sobre as
dobradiças.
Para evitar o expansor seja empurrado até o compartimiento
da vítima, assegure-se que a ponta do expansor está colocada
nuna zona firme e ligeiramente inclinada. 59
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCEDIMENTO:
Comprima o perfil do piso, com a finalidade de criar
um espaço para as pontas do expansor.
Se necessário for, aumente a abertura, apertando o
metal da parte inferior da porta e dobrando-o para
baixo.
© édition
s ICONE
 GRAPH
IC repro
duction 
interdite
B - Veículo sobre o tecto
Retirar porta
60
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar porta
Separe a porta para fora da sua estructura.
Uma vez que a porta está aberta e depois de reben-
tar a fechadura, proceda a cortar ou separar as
dobradiças para retirar a porta. 
ALTERNATIVA:
Comece pela porta traseira, utilizando as pontas para
apertar, criando uma abertura no sitio da fechadura.
Utilize o expansor para rebentar o mecanismo de fecho,
separando a porta da sua estrutura e continue com a
retirada como se explicou anteriormente.
Controle sempre o movimento da porta, assegurando-se que
não vá golpear o operador ou pressionar contra o chão fazendo
com que o veículo se mova.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCEDIMENTO:
Primero retire a porta dianteira usando uma das
técnicas mostradas anteriormente.
Retire a porta traseira cortando ou separando
as dobradiças expostas.
Retirar lateral
OBJETIVO:
Criar uma abertura maior num dos lados do veículo que possa ser
usada para um melhor manejo da vítima ou para uma liberatação imediata,
dependendo da circunstancia.
PENSE PRIMEIRO:
Poderá não ser possível utilizar esta técnica, se é necessário poste-
riormente afastar o tablier.
62
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar lateral
ALTERNATIVA:
Començando na parte posterior, aperte a porta com
a finalidade de criar um ponto de inserção para as
pontas.
Agora separe a porta até que a fechadura ceda e a
porta se abra.
Controle sempre o movimento da porta, assegurando que não
golpear o operador ou pressionar contra o solo, fazendo com
que o veículo se mova.
Corte as partes superior e inferior do pilar B e
retire-o. Recorde colocar uma protecção contra
as arestas cortantes que se produziram.
Explore e investigue todos os pilares ou perfis ou tecto antes
de corta-los.
63
Com a porta traseira faça um corte de alívio 
profundo na parte mais baxa do pilar B com a
finalidade de o debilitar.
Coloque uma das pontas do expansor na base
dos assentos traseiros. Abra o expansor lenta-
mente enquanto observa a estabilidade do
ponto de apoio de posição da outra ponta na
parte baixa do pilar B. Agora separe o pilar para
fora rompendo-o desde a sua base.
Continue a separar, reposicionando as pontas do
expansor até que o pilar B seja separado da sua
base. Ou que se tenha criado suficiente espaço
para completar a operação com uma tesoura.
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate etécnicas de extracção
Retira lateral
Explore e investigue todos os pilars ou perfis do tecto antes de
os cortar.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retire o pilar B fazendo um corte na parte mais
alta possivel.
Retire a porta dianteira cortando as dobradiças, 
en-quanto os outros resgatadores sustêm as 
portas.
Garanta uma boa protecção das arestas 
cortantes.
Retira lateral
Explore e investigue todos os pilares ou perfis do tecto antes
de os cortar.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCEDIMENTO:
Retire primeiro a porta dianteira utilizando uma
das técnicas mencionadas anteriormente.
Faça um corte de alívio profundo na base do pilar
B. Se necessário aperte primero esta área para
ajudar a realizar o corte.
Criar terceria porta
OBJETIVO:
Criar uma abertura lateral num veículo de duas portas que possa ser
usada para o acesso à vítima ou para sua libertação imediata.
PENSE PRIMEIRO:
Poderá não ser possível esta técnica, se é necessário posteriormente
afastar o tablier.
Explore e investigue todos os pilares ou perfis do tecto antes
de os cortar.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Criar terceira porta
Se o pilar B se prolonga até ao tecto, faça um
corte na parte superior do mesmo.
Poderá ser mais seguro retirar
completamente o pilar B.
Realize um cor te de alívio ver tical diante do
poste C.
Coloque as pontas do separador entre o corte de
alívio realizado na base do pilar B. Abra o expansor
para afastar o painel para fora criando uma terceira
porta.
Este é o espaço criado com esta técnica
depois de lhe colocar uma boa protecção
em todas as arestas cor tantes.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
OBJETIVO:
Retirar a estrutura do tecto, com a finalidade de criar um maior
acesso ao paciente e poder retirá-lo do veículo quando for apropriado.
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO:
A técnica de retirar do tecto dependerá da importância e do tipo de
danos estruturais que tenha o veículo.
Dependendo da natureza do impacto e da situação do acidente, nem
sempre é necessário retirar completamente o tecto. Outras formas de trabalhar
com o tecto são:
- Dobrar para diante do tecto.
- Dobrar para tras o tecto.
- Dobrar parcialmente o tecto.
- Dobrar lateralmente o tecto.
- Dobragem invertida do tecto.
Cada uma destas técnicas têm as suas próprias vantagens e desvanta-
gens que têm de ser avaliadas quando se está a decidir qual a melhor a utilizar
numa determinada situação.
Retirar tecto
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
A - Retirada total do tecto
O PROCEDIMENTO:
Retire todos os vidros que sejam necessários, tal
como se explicóu anteriormente.
Corte do pilar A.
Corte o pára-brisas de um lado ao outro, prote-
gendo dos fragmentos de vidro tanto a vítima
como o operador.
Corte do pilar B.
Retirar tecto
Os resgatadores deverão suportar completamente o tecto antes que
qualquer pilar seja cortado.
69
Com o tecto suspenso, faça o corte final nos
pilares B e A do outro lado assegurando que não
existem outros pontos de sujeição tais como os
cintos de segurança ou alguma parte plástica.
Agora os resgatadores podem levantar o tecto e
levá-lo até à área designada para colocar as
partes cortadas.
O passo final é assegurar que todas as arestas
cortantes se encontram devidamente cobertas.
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Continue cortando os pilares C.
Retirar tecto
Explore e investigue todos os pilares os perfis do tecto antes
de os cortar.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
O PROCEDIMENTO:
Primeiro corte os pilares B e C. Isto pode
realizar-se enquanto os outros operadores
suportam o tecto.
Depois de assegurar que existe uma pro-
tecção adequada do vidro , realize um corte
de alívio em ambos os lados do tecto, jus-
tamente detrás do pára-brisas.
B - Dobre para diante o tecto.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
Agora os resgatadores poderão dobrar o
tecto para diante. Pode ser necesário utili-
zar uma barra ou uma estructura rígida para
ajudar no processo de dobragem.
Deverá utilizar uma cinta para segurar o
tecto na posição dobrada.
As arestas cortantes deverão ser cobertas.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
Faça uma abertura
no pilar A.
O PROCEDIMENTO:
C - Dobragem lateral do tecto
Antes de começar qualquer processo de extracção dever-se-á
realizar a estabilização do veículo. Isto é especialmente impor-
tante quando o veículo se encontra numa posição lateral
instável.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Corte o pára-brisas num ângulo tal como se
mostra na fotografia para criar um ponto amplo
de dobradiça.
Corte o pilar B próximo do tecto.
Corte o pilar C tão próximo do tecto quanto
possível.
Retirar tecto
Explore e investigue todos os pilares e perfís do tecto antes de
os cortar.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
O passo final é assegurar-se que todas as
arestas cortantes se encontram cobertas.
Faça um corte de alívio no tecto, justamen-
te em cima do pilar C. Em alguns veículos
a sua construção é tal que requerem tam-
bém um corte de alívio no pilar A.
Para criar uma plataforma horizontal de
trabalho coloque blocos de estabiliza-
ção onde vai colocar-se o tecto quando
se dobre. Dobre o tecto para baixo tão
suavemente quanto possível para evitar
desestabilizar o veículo. 
75
Devemos mencionar que este método requer uma equipa de resgate
muito bem treinada que tenha practicado esta técnica.
Esta técnica é também comummente 
conhecida como a técnica da “ostra”.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCEDIMENTO:
Estabilize o veículo utilizando blocos, tal
como se mencionou anteriormente.
Recorde que o veículo mostrado neste
exercício tem o peso do motor na parte
dianteira. Outros veículos com motor na
parte traseira, requerem ser tratados de
outra forma diferente.
Depois da estabilização deverá realizar o
trabalho standard com os vidros.
Retirar tecto
D - Dobragem invertida do tecto.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
Abra a parte posterior do veículo, retirando
se possível a porta da mala.
Escore ou suporte a parte posterior do veí-
culo e coloque as escoras sob tensão.
Retire os assentos traseiros do veículo
no caso em que os ocupantes encarcerados
estejam na frente, isto permitirá um melhor
acesso aos sinistrados. Em algumas
situações, isto não seria possível sem
antes criar um maior espaço de trabalho.
Se pretender dobrar o tecto para baixo, reti-
re os blocos. Se não, continue com o pro-
cesso com os blocos no sitio.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
Coloque um macaco de elevação num
ponto de suporte estável do tecto e
coloque-o sob pressão entre o tecto e o
solo do veículo.
Agora corte os pilares B e C de ambos
lados,tomando todas as precauções
necessárias.
Quando os pilares se cortam, pode ser necessário ajustar um
macaco de separação para assegurar que se mantém no seu
síitio sob pressão.
Deve empregar-se um sistema de ataque
combinado ao logo do processo de corte,
elevação e estabilização.
Dependendo da estratégia utilizada, o veículo
pode ser elevado ou retirar o tecto utilizando
um macaco separador.
78
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Retirar tecto
O espaço foi criado utilizando o macaco de
separação. As escoras deverão ser ajustadas
continuamente para assegurar que mantém
uma óptima estabilização.
As escoras apenas e instalam para suportar o veículo. Nunca
deverão empurrar para cima já que isto podería causar que o
macac de separação caia do seu posicionamento.
Quando o procedimento se tenha completado
haverá um amplo espaço para conseguir
uma libertação controlada das vítimas.
As técnicas de criação de espaços podem ser
usadas de diferentes modos para criar uma
ampla zona de trabalho ou para permitir a
extracção de vítimas encarceradas.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
O PROCEDIMENTO:
Estabilize o veículo como mencionado ante-
riormente. Junte uma estabilização adicional
debaixo do pilar B onde a base do macaco
esteja colocada. Nem sempre todas as situa-
ções permitirão a sua utilização o uso de um
suporte de macaco é altamente recomendado
para distribuir a força exercida na base.
OBJETIVO:
Afastar o tablIer de instrumentos com a finalidade de ajudar à extracção
ou conseguir obter espaço de acesso aos pés dos lesionados.
A técnica de puxar a coluna de direcção com um
expansor e correntes de tracção não se recomenda. As forças
na coluna de direcção poderíam causar a rotura nas uniões da
mesma, as quais poderíam provocar ferimentos aos opera-
dores ou aos pacientes.
ligação
Os reforços do painel de instrumentos nos veículos
mais modernos podem exigir o uso de um macaco
em cada lado do tablier. Abra os macacos simulta-
neamente para controlar o efeito descendente cau-
sado pela rigidez do material.
80
Afastamento do tablier
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Coloque o macaco e assegure-se que está
bem posicionado realizando uma pequena
pressão. Isto evitará que o tablier ceda
quando se realizar o cor te de alívio.
Verifique que a posição do comando de ope-
ração da ferramenta se encontra para fora
e não para cima.
Realize um corte de alívio na base do pilar
A. Quando o espaço é limitado, pode ser
necessário realizar este corte antes de
colocar o macaco.
Neste momento pode-se começar a
extensão do macaco. Assegure-se de vigiar
ambos os pontos de apoio durante esta ope-
ração. Recorde revisar a estabilização duran-
te todo o procedimento, realizando qualquer
ajuste necessário. Utilize blocos em forma
de cunha na abertura
do corte de alívio.
Durante esta operação, preste muita atenção e cuidado com
o movimento da tesoura para assegurar-se de que não vai
haver contacto com o paciente, o assento ou o macaco.
Se em qualquer momento a operação é suspensa, quando começar
de novo tenha muita atenção na orientação do comando de operação
da ferramenta para que não comece acidentalmente a fechar o
macaco.
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Afastamento do tablier
T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
OBJETIVO:
Criar um maior acesso à área dos pés para ajudar a libertá-los ou
para um melhor manejo do paciente.
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO:
Em colisões frontais severas quando o impacto é no lado do condutor,
com esta técnica possivelmente não se conseguirá um bom acesso à zona
dos pés.
Faça dois cortes de alívio de aproximada-
mente 30 centímetros de separação na
base do pilar A. 
Preste muita atenção e cuidado com o movimento da tesoura
durante esta operação para assegurar que não haja contacto
com o paciente ou com o assento.
Accesso à área dos pés
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Accesso à área dos pés
Com o expansor, comprima a secção que
foi cor tada.
Dobre esta secção para fora com o expansor.
Agora que o acesso à
área dos pés foi criado, pode 
trabalhar-se de forma segura 
nesta área.
ALTERNATIVA:
Em alguns casos, também é possível
puxar os pedais para fora libertando os
pés do paciente utilizando uma cinta
ou correia para dobrar os pedais a um
lado. Como se
vê na fotografía,
a por ta pode
ajudar como
alavanca para
fixar a correia.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Levantamento do tablier
OBJETIVO:
Afastar o tablIer directamente para cima e longe do paciente.
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO:
Esta técnica é particularmente útil naquelas situações onde o apri-
sionamento e causado mais por um deslizamento do tablier do que por um
movimento para trás do mesmo.
O PROCEDIMENTO:
Despois de garantiz que o veículo foi estabilizado, assegure-se de que o guarda-
lamas dianteiro está totalmente retirado, tal como se explicou na página 58 enm retirar
porta. Despoi também se requer dar um corte de alívio na parte superior da cava da roda
también com a finalidade de que actue como um ponto de dobragem.
Corte uma secção, semelhante à enunciada
anteriormente na parte de acesso à área
dos pés que sirva para introduzir as pontas
do expansor. Coloque os blocos exacta-
mente debaixo do pilar A.
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T É C N I C A S D E R E S G A T E E M V E Í C U L O S
Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
Levantamento do tablier
As pontas do expansor colocam-sen na área
inserção e pode-se iniciar o levantamento.
Se é possível colocar um macaco do outro
lado do veículo, issto facilitará este processo;
levante lentamente o painel, vigilando conti-
nuamente os pontos de contacto do expansor
e o vehículo.
Desta forma cria-se uma grande espaço
que ajudará na extracção da vítima. O
expansor não poderá ser fechado até que a
vítima esteja totalmente livre do veículo.
Se em qualquer momento a operação é suspensa, quando
começar de novo tenha muita atenção na orientação do
comando de operação da ferramenta para que não comece
acidentalmente a fechar o expansor ou o macaco.
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
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Um guia para o uso de ferramentas de resgate e técnicas de extracção
OBJETIVO: Permitir um conhecimento dos aspectos 
importantes e as complicações associadas com os resgates
em veículos de carga.
Nesta edição de Técnicas de Resgate em Veículos não se vai desenvolver em detalhe o resgate em
veículos. Esperamos cobrir este tema com maior profundidade numa edição futura.
AVALIAÇÃO DA SITUAÇÃO:
Devido a estes veículos serem desenhados para transportar
cargas pesadas, o seu desenho e construção diferem significativa-
mente dos veículos ligeiros a motor.
O que devemos recordar é que os veículos
pesados de carga são desenhados com
essa finalidade e não só para levar alguns
passageiros. Isto significa que muito fre-
quentemente vamos encontrar uma forte
construção que poderia requerer ferramentas
para resgate de maior capacidade. O grande
tamanho e peso destes veículos podem
apresentar problemas complicados na sua
estabilização. Os grandes espaços entre o
solo e o veículo, o afastamento do centro de
carga, mercadorias perigosas e formas
estranhas são algumas das complicações. É
também importante entender a diferença
que existe entre estabilizar um peso suportado
por um sistema de amortecedores do
camião e outro peso que não está sobre
amortecedores num veículo pesado de
carga.

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