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trabalho instrução e julgamento - estagio IV

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UNIC – UNIVERSIDADE DE CUIABÁ 
Docente: Frederico Capistrano Dias Tomé 
Discente: Luis Henrique Alves Pereira 
Turno: 10º Noturno 
ATIVIDADE AVALIATA – ESTÁGIO SUPERSIONADO IV.
· DAS AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO: CIVIL E CRIMINAL 
1. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO CIVIL 
A audiência de Instrução e Julgamento na área Civil é um dos atos processuais que visam através do depoimento de peritos, autor, réu e testemunhas do processo, a produção de provas, ou seja, é através de uma oitiva que o conteúdo probatório oral será instaurado ao processo.
No novo CPC, podem ser chamados para participar de audiência: os peritos, as testemunhas e as demais pessoas envolvidas com a causa. Cabe ao Juiz tentar conciliar as partes durante a audiência de instrução e julgamento, proporcionando-lhes uma tentativa de resolução do conflito.
As principais etapas da instrução de julgamento são: 
1. Tentativa de Conciliação;
2. Arguição do Perito;
3. Produção de provas Orais; 
4. Apresentação de alegações finais;
5. Prolação da Sentença; 
Caso não tenha nenhum acordo entre as partes, o próximo passo será a produção das provas orais, por ser um procedimento formal, é preciso observar as ordens na hora da produção das provas, na seguinte ordem: primeiro são os peritos, em seguida o autor, depois, o réu, e por fim as testemunhas. 
Coletada as provas orais, então o Juiz abrirá prazo para as alegações finais. Quais as partes e o Ministério Público serão ouvidos pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, podendo ser prorrogado por mais 10 (dez) minutos a critério do Juiz.
Logo após dos debates haverá a formalização de um documento com escopo de registrar toda a audiência. Havendo um acordo o Juiz emitirá a sentença, dando fim ao processo. 
2. AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO CRIMINAL 
A Instrução de Julgamento criminal por sua vez, é composta por três ritos, para apuração dos fatos ilícitos: Ordinário, Sumário e Sumaríssimo.
O rito Ordinário é aquele que a pena máxima é maior ou igual a 4 anos. No Sumário a pena tem que ser caracterizada a superior a 2 anos e inferior a 4 anos. E o Sumaríssimo, a pena máxima não pode exceder a 2 anos, são conhecidos como crimes de menor potencial ofensivo. 
A audiência de instrução e Julgamento no rito Ordinário, e sumário são parecidos, somente a quantidade de testemunhas são diferentes, no ordinário 8, e no sumário 5 pessoas. Além do prazo para realização da audiência de instrução, que no sumário é realizado num prazo máximo de 30 dias, e no ordinário 60 dias.
Os atos acontecem pela Oitiva da vítima, das testemunhas de acusação e defesa, esclarecimentos periciais, caso necessário, acareação de coisas e pessoas, e por fim é realizado a Oitiva do réu.
Se não houver nenhum requerimento de diligências, ou indeferido, serão oferecidas as alegações finais orais, 20 (vinte) minutos para acusação e defesa, prorrogáveis por mais 10 (dez) minutos.
Considerada alguma complexidade do caso, ou pelo número de acusados, poderá o juiz conceder as partes o prazo de 5 (cinco) dias para a representação de memoriais, e logo após ser prolatada a sentença. 
No rito Sumaríssimo por ser um rito cujo crime é considerado como de menor potencial ofensivo, a competência para o julgamento é do Juizado Especial Criminal (JECRIM), qual é regulamentada pela lei de 9.099/95. 
Logo após a abertura da audiência, será dada ao defensor para responder à acusação, e o juiz decidirá se receberá ou não a denúncia ou queixa. Serão ouvidas a vítima e as testemunhas de acusação e defesa, interrogando-se o acusado por último. Como nos outros Ritos, haverá um debate oral de 20 minutos, prorrogáveis por mais 10 minutos. Após as alegações, será proferida a sentença.
Diferenças nas Audiências de Instrução, na área Civil, na Justiça Comum x Juizado Especial
· Na Justiça Comum a audiência é presidida por um juiz de Direito. Já no juizado Especial, pode ser presidida por um juiz leigo, que normalmente costuma ser um advogado convocado para esta função.
· Na Justiça comum, via de regra, você deve arrolar as testemunhas previamente, mediante uma petição, qual o juiz te concede um prazo para apresentações das suas testemunhas. No Juizado Especial, não há a necessidade de arrolar previamente as testemunhas, basta apenas leva-las no dia de audiência. 
· Na Justiça Comum a parte não precisa comparecer pessoalmente na audiência , pode ser representado pelo seu advogado, salvo se a parte tenha sido citada pessoalmente para prestar depoimento pessoal . Já no juizado especial a parte sempre tem que comparecer na audiência de instrução e julgamento, caso não compareça o processo pode ser extinto se a mesma for autora da ação, ou pode ser considerado revelia se for a parte requerida.
· No Juizado Especial Criminal, qual há a necessidade de uma representação, se tem a oportunidade na audiência de instrução das partes fazerem um acordo, ou seja, uma composição civil dos danos.
· Na audiência de instrução o réu é ouvido antes das testemunhas, já na audiência da instrução criminal o réu é o último a ser ouvido.

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