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Resumo Ritos - Processo Penal

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RESUMO DE PROCESSO PENAL 
PROCEDIMENTOS 
→ (Rito processual / Sequência de atos processuais) 
Artigo 394 do CPP - O procedimento será comum ou especial. 
§ 1º O procedimento comum será ordinário, sumário ou sumaríssimo: 
I - ordinário, quando a sanção máxima for igual ou superior a 4 (quatro) anos de pena 
privativa de liberdade; 
II - sumário, quando a sanção for superior a 2 e inferior a 4 (quatro) anos de pena privativa 
de liberdade; 
III - sumaríssimo, para as infrações penais de menor potencial ofensivo (pena de até 2 
anos), na forma da lei. 
RITO ORDINÁRIO 
(penas superiores a 4 anos) 
O procedimento comum ordinário é o rito padrão utilizado no Processo Penal. Possui as 
seguintes fases: 
1. oferecimento da denúncia ou queixa. Recebimento ou rejeição pelo juiz; 
2. citação do réu; 
Importante 
Tipos de citação: 
- Citação por mandado/pessoal (esta serve até para o réu que já está preso). 
- Citação por carta precatória: quando o réu reside em Comarca diversa daquela que 
tramita a ação. 
- Citação por carta rogatória: quando está em local sabido no estrangeiro (art. 368 do 
CPP). 
- Citação por carta de Ordem: quando o acusado tem prerrogativa de função / quem 
julga é o Tribunal responsável, não o cartório. 
- Citação por hora certa (art. 362 do CPP): quando o réu se esconde e o agente vai 3 
vezes e intima e se dá como citado. 
- Citação ficta ou edital: quando não se sabe onde a pessoa está. (o prazo do edital é 
de 15 dias – art. 364 CPP). 
No Procedimento Comum Ordinário a citação pode ser pessoal, por edital ou por hora certa. 
3. resposta à acusação; 
Depois da citação, o réu tem um prazo de 10 dias para apresentar resposta escrita! 
CASOS EM QUE O RÉU NÃO APRESENTA RESPOSTA ESCRITA: 
→ Citação pessoal: o juiz nomeia defensor dativo para apresentar a resposta e a ação 
prossegue. 
→ Citação por Edital: Suspende-se o processo e a ação penal, decidindo o juiz acerca da 
produção antecipada de provas. 
→ Citação por hora certa: o juiz nomeia defensor dativo para apresentar a resposta e a 
ação prossegue. 
 
4. absolvição sumária (art. 397, CPP); 
Após a citação e apresentação de resposta, o juiz analisará a possibilidade de absolvição 
sumária ou seja, ele pode absolver logo no começo do processo. 
Importante: o juiz não pode absolver sumariamente o doente mental. Tem que seguir com a 
audiência de instrução e julgamento, pois ele precisa se convencer ou não da prática de fato 
típico e ilícito. 
Aí sim, ele poderá ABSOLVER (sentença absolutória própria) ou ABSOLVER E APLICAR 
MEDIDA DE SEGURANÇA (sentença absolutória imprópria). 
Se caso o réu não for absolvido sumariamente, segue para audiência de instrução e 
julgamento, marcada no prazo máximo de 60 dias. 
 
5. audiência de instrução e julgamento. 
No rito Ordinário é admissível até 8 testemunhas. 
1. Audição de testemunhas, vítima; 
2. Esclarecimento de perito e/ou outras pessoas; 
3. Interrogatório do réu. 
Finalizando o interrogatório, as partes ou o juiz podem solicitar novas diligências (quando 
isso ocorre, encerra-se a audiência, não se concluem as diligências e as alegações finais são 
escritas (memoriais) - 5 dias pra cada um. 
Porém, caso contrário e se tudo for esclarecido, tem os debates orais (20 min, sendo 
sempre primeiro a acusação, depois a defesa, podendo prorrogar por mais 10 min) e 
alegações orais. 
6. Sentença 
A sentença pode ser proferida de imediato ou prolatá-la no prazo de 10 dias. 
DO PROCESSO ORDINÁRIO (artigos) 
Art. 400. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 60 
(sessenta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, à inquirição das 
testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no 
art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado. 
§ 1º As provas serão produzidas numa só audiência, podendo o juiz indeferir as 
consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. 
§ 2º Os esclarecimentos dos peritos dependerão de prévio requerimento das partes. 
Art. 401. Na instrução poderão ser inquiridas até 8 (oito) testemunhas arroladas pela 
acusação e 8 (oito) pela defesa. 
§ 1º Nesse número não se compreendem as que não prestem compromisso e as referidas. 
§ 2º A parte poderá desistir da inquirição de qualquer das testemunhas arroladas, 
ressalvado o disposto no art. 209 deste Código. 
Art. 403. Não havendo requerimento de diligências, ou sendo indeferido, serão oferecidas 
alegações finais orais por 20 (vinte) minutos, respectivamente, pela acusação e pela defesa, 
prorrogáveis por mais 10 (dez), proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será 
individual. 
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação desse, serão concedidos 10 
(dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
§ 3º O juiz poderá, considerada a complexidade do caso ou o número de acusados, conceder 
às partes o prazo de 5 (cinco) dias sucessivamente para a apresentação de memoriais. Nesse 
caso, terá o prazo de 10 (dez) dias para proferir a sentença. 
 
RITO SUMÁRIO 
(Penas superiores a 2 anos e inferiores a 4 anos) 
Importante 
Hipóteses em que se adota o rito SUMÁRIO, em infrações de menor potencial ofensivo (e 
que era pra ser sumaríssimo): 
→ Quando o réu não for encontrado para citação pessoal; 
→ Se o delito de menor potencial ofensivo envolver violência doméstica ou familiar 
contra a mulher. 
Nesses casos será adotado o rito sumário. 
Fases Procedimentais (art. 531 a 538 do CPP) 
1. Recebimento da denúncia ou queixa; 
2. Citação do acusado; 
3. Resposta escrita (prazo de 10 dias também); 
4. Decisão da absolvição sumária ou prosseguimento do feito com a designação de 
audiência; 
5. Audiência para oitiva de testemunhas, interrogatório, debates e julgamento. 
DO PROCESSO SUMÁRIO 
Art. 531. Na audiência de instrução e julgamento, a ser realizada no prazo máximo de 30 
(trinta) dias, proceder-se-á à tomada de declarações do ofendido, se possível, à inquirição 
das testemunhas arroladas pela acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto 
no art. 222 deste Código, bem como aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao 
reconhecimento de pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida, o acusado e 
procedendo-se, finalmente, ao debate. 
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas até 5 (cinco) testemunhas arroladas pela 
acusação e 5 (cinco) pela defesa. (aqui há a diferença na quantidade de testemunhas quanto 
ao rito ordinário que são 8, aqui apenas 5). 
Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o disposto nos parágrafos do art. 400 deste 
Código. 
Art. 534. As alegações finais serão orais, concedendo-se a palavra, respectivamente, à 
acusação e à defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos, prorrogáveis por mais 10 (dez), 
proferindo o juiz, a seguir, sentença. 
§ 1º Havendo mais de um acusado, o tempo previsto para a defesa de cada um será 
individual. 
§ 2º Ao assistente do Ministério Público, após a manifestação deste, serão concedidos 10 
(dez) minutos, prorrogando-se por igual período o tempo de manifestação da defesa. 
Art. 535. Nenhum ato será adiado, salvo quando imprescindível a prova faltante, 
determinando o juiz a condução coercitiva de quem deva comparecer. 
Art. 536. A testemunha que comparecer será inquirida, independentemente da suspensão 
da audiência, observada em qualquer caso a ordem estabelecida no art. 531 deste Código. 
Art. 538. Nas infrações penais de menor potencial ofensivo, quando o juizado especial 
criminal encaminhar ao juízo comum as peças existentes para a adoção de outro 
procedimento, observar-se-á o procedimento sumário previsto neste Capítulo. 
Importante: No rito sumário, não tem a previsão de possibilidadedos debates orais serem 
convertidos em memoriais (escritos), no entanto a jurisprudência aceita desde que exista a 
necessidade. 
RITO SUMARÍSSIMO 
JECRIM - Juizado Especial Criminal 
(Competência para julgar os crimes de menor potencial ofensivo) 
Os Juizados Criminais são órgãos da Justiça que julgam infrações penais de menor potencial 
ofensivo, buscando-se, com rapidez e informalidade, a reparação do dano sofrido pela 
vítima; a transação penal; a suspensão condicional do processo e, em último caso, uma 
possível condenação. 
O que é um crime de menor potencial ofensivo? 
➢ São crimes que tem pena máxima de até 2 anos; 
➢ Os crimes puníveis apenas com multa; 
➢ Todas as contravenções penais. 
Previsto na Lei 9.099/95 e na Lei 10.259/2001 - visa a celeridade processual. 
No Jecrim, a audiência preliminar é a primeira audiência. É a oportunidade que os 
envolvidos no fato delituoso têm para chegar a um acordo entre si, fazendo uma 
composição civil, ou com o Ministério Público, fazendo uma transação penal. 
A audiência é conduzida por um conciliador sob a orientação do juiz, visando à composição 
civil $$, e conduzida por um juiz, quando não há retratação ou composição civil, visando a 
uma transação penal. 
Mas o que é transação penal? 
Nos delitos de competência dos Juizados Especiais Criminais, a lei permite que o Promotor 
de Justiça faça um acordo com o autor do fato, propondo para este uma pena alternativa, 
antes de oferecer a denúncia. 
Caso o autor do fato e seu advogado aceitem a proposta de transação penal e seja cumprida 
a pena aceita (podendo ser uma pena antecipada de multa ou restrição de direitos), o 
processo acaba sem se discutir se o autor do fato é culpado ou inocente, sendo arquivado. 
Se não forem cumpridos os termos da transação penal, o Ministério Público (Promotor de 
Justiça) poderá oferecer denúncia e o processo ser reiniciado. 
A transação penal pode ser proposta pelo Promotor quando houver indícios de que o autor 
do fato praticou um delito de menor potencial ofensivo e ele for primário e preencher os 
demais requisitos legais. O autor do fato só poderá fazer um acordo desse a cada 5 (cinco) 
anos. 
Diante da 1ª audiência preliminar, o foco é a composição de danos $$. Nesse caso temos: 
→ Ação Privada – ocorre a reparação de danos = extinção da punibilidade. 
→ Ação Pública Condicionada – ocorre a reparação de danos = extinção da punibilidade 
→ Ação Pública Incondicionada – mesmo havendo a reparação de danos, neste caso o 
Promotor decidirá se oferecerá a transação penal/denúncia ou não. 
Nessa fase pré processual é facultativa a presença do autor ou da vítima, ou seja, não é 
obrigatório. Já para os advogados, é obrigatório. 
Audiência de Instrução e Julgamento: 
É a segunda audiência. Depois de oferecida a denúncia ou a queixa, é marcada uma 
audiência para produção de provas e julgamento. O autor do fato é citado para comparecer 
acompanhado por advogado. Caso ele compareça sem advogado, um Defensor Público fará 
a sua defesa. O autor do fato deverá indicar suas testemunhas e endereços, com 5 (cinco) 
dias de antecedência da audiência de instrução ou levá-las no dia. 
Art. 34. As testemunhas, até o máximo de três para cada parte, comparecerão à audiência 
de instrução e julgamento levadas pela parte que as tenha arrolado, independentemente de 
intimação, ou mediante esta, se assim for requerido. 
§ 1º O requerimento para intimação das testemunhas será apresentado à Secretaria no 
mínimo cinco dias antes da audiência de instrução e julgamento. 
No início da audiência de instrução e julgamento, o juiz poderá dar nova oportunidade aos 
envolvidos no fato para uma composição civil e para o Ministério Público propor a transação 
penal. 
Não havendo acordo entre os envolvidos ou com o Ministério Público, o advogado do autor 
do fato fará uma defesa oral, apresentando uma resposta à denúncia. A seguir, o juiz 
receberá ou não a denúncia. Caso o juiz rejeite a denúncia, ele mandará arquivar o processo 
e o Ministério Público poderá recorrer para a Turma Recursal. Caso o Juiz aceite a denúncia, 
poderá ser apresentada, ao autor do fato, uma proposta de suspensão do processo por um 
prazo de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, desde que o mesmo cumpra algumas condições: 
☺ Pena mínima de até 1 ano; 
☺ Não estar sendo processado ou não ser reincidente; 
☺ Ter o artigo 59 favorável. 
 Se o autor do fato aceitar a proposta de suspensão e cumprir as condições que lhe forem 
propostas, ao final do prazo o processo será extinto e ele não será condenado. 
Na hipótese de o autor do fato não aceitar a proposta de suspensão do processo, será 
produzida a prova mediante depoimento da vítima, testemunhas apresentadas pela 
acusação, testemunhas apresentadas pela defesa e interrogatório do acusado. A seguir, o 
Ministério Público apresentará suas alegações finais e depois o advogado de defesa 
apresentará as suas alegações. Após, o juiz dará uma sentença absolvendo ou condenando o 
acusado. 
Caso o autor do fato não compareça a audiência, quando citado, será decretada a sua 
revelia. Na hipótese de não ser localizado, o processo será remetido à vara criminal. 
Suspensão Condicional do Processo: 
Nos delitos de competência dos Juizados Especiais Criminais, desde que o acusado não 
esteja sendo processado ou não tenha sido condenado por outro crime, a lei permite que 
lhe seja proposta a suspensão do processo pelo prazo de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, nos 
crimes em que a pena mínima for igual ou inferior a 1 (um) ano, ficando este obrigado a 
cumprir certas condições legais durante esse prazo, tais como: a reparação do dano, salvo 
impossibilidade de fazê-lo; proibição de frequentar determinados lugares; proibição de 
ausentar-se da cidade onde reside, sem autorização do juiz; comparecimento pessoal e 
obrigatório a juízo, mensalmente, para informar e justificar suas atividades, além de outras 
condições que o juiz poderá especificar, desde que adequadas ao fato e à situação pessoal 
do acusado. 
Caso o autor do fato e seu advogado aceitem a proposta de suspensão e sejam cumpridas as 
condições especificadas, o processo é extinto sem se discutir se o autor do fato é culpado ou 
inocente. 
Na hipótese do autor do fato ou seu advogado não aceitarem a proposta de suspensão do 
processo ou descumprirem alguma das condições estabelecidas, o processo prosseguirá 
com a realização da audiência de instrução e julgamento e posterior sentença. 
Importante: 
Suspensão condicional ≠ Sursis 
Ambos os institutos são diferentes, pois no Sursis já tem uma sentença condenatória. Nesse 
caso o juiz avalia os requisitos e suspende a execução da pena. Será reincidente se cometer 
novo crime e nesse caso a PENA é extinta, pois já houve sentença condenatória.

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