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AUDIÊNCIA DE INSTRUÇÃO E JULGAMENTO – ART. 358 CPC: É sessão presidida pelo juiz, que conta com a participação das partes, advogados e demais envolvidos no processo, objetivando o fechamento da fase instrutória para início do julgamento, com a entrega da prestação jurisdicional – sentença. Pode ser dispensada no caso de julgamento liminar ou da não necessidade de produção de prova oral. Podem ser chamados, assim, para participar da audiência de instrução e julgamento: · as testemunhas; · peritos; e · demais pessoas que tenham envolvimento com a causa. O principal objetivo da audiência de instrução e julgamento é a produção de provais orais, que servirá para a instrução do processo. Durante a audiência, o juiz também tentará conciliar as partes, independentemente de qualquer tentativa de solução de conflito anterior. Com a vigência do Novo CPC algumas regras para a realização da audiência de instrução e julgamento mudaram. E é sobre essas mudanças que vamos tratar no post de hoje, além de oferecer algumas dicas práticas para o advogado. O que é a audiência de instrução e julgamento A audiência de instrução e julgamento é um dos atos processuais cuja finalidade é a produção de provas orais. Por este motivo, é durante esta audiência que as partes oferecem o seu depoimento pessoal, o perito dá o seu testemunho e demais pessoas envolvidas no processo (testemunhas) também prestam seu depoimento. E pode ser importante, inclusive, para eventuais confissões. O novo CPC, então, passou a autorizar não somente a produção de provas de forma presencial. O uso de vídeo e áudio, por exemplo, também é permitido durante a audiência. Apesar de ser relevante para o processo, é uma etapa que pode ser dispensada quando for a hipótese de julgamento antecipado da lide, nos moldes do art. 355, Novo CPC. No entanto, por se tratar de um procedimento onde o advogado não tem muito controle, é fundamental que o profissional se prepare muito bem e saiba, dessa maneira, como instruir seu cliente da melhor forma. Por fim, as principais etapas da audiência de instrução e julgamento são: 1. tentativa de conciliação; 2. arguição do perito; 3. produção de prova oral; 4. apresentação de alegações finais; 5. prolação de sentença. Como se preparar para uma audiência de instrução e julgamento Como em uma audiência de instrução e julgamento o advogado não tem o controle sobre os depoimentos das partes e reações, é fundamental que ele se prepare muito bem para o procedimento. E seguir alguns passos pode auxiliá-lo no processo: 1. A preparação se inicia com a leitura minuciosa do processo. 2. Em seguida, destacam-se alguns pontos relevantes para a defesa do cliente. 3. Durante a preparação, é essencial que o advogado memorize os principais pontos discutidos no processo. T 4. Também é importante destacar as provas que servirão para a defesa do cliente. 5. Separar os argumentos que se contraponham a versão da parte contrária é outro aspecto que não deve ser deixado de lado na preparação. 6. Por fim, é importante destacar os pontos controvertidos que serão objeto de prova durante a audiência. Os pontos controvertidos são justamente aqueles que representam conflito entre as partes. Logo é fundamental preparar esclarecimentos para esses pontos, desenvolvendo uma argumentação centrada neles. Procedimento da audiência de instrução e julgamento O procedimento, então, passou a ser regulado do art. 358 ao art. 368, do CPC. Portanto, além de se preparar conhecendo bem o processo e os argumentos que podem ser utilizados para a defesa do cliente, o advogado deve conhecer um pouco das formalidades que envolvem esse tipo de procedimento. Segundo o art. 358, Novo CPC: Art. 358. No dia e na hora designados, o juiz declarará aberta a audiência de instrução e julgamento e mandará apregoar as partes e os respectivos advogados, bem como outras pessoas que dela devam participar. Poder de polícia –art. 360CPC – DEVER DE FAZER CONSIGNAR INCIDENTES, PROTESTOS E ACONTECIMENTOS. Art. 362. A audiência poderá ser adiada: I. por convenção das partes; II. se não puder comparecer, por motivo justificado, qualquer pessoa que dela deva necessariamente participar; III. por atraso injustificado de seu início em tempo superior a 30 (trinta) minutos do horário marcado. Conciliação e registro da ata O Novo CPC, como boa parte dos advogados já sabe, privilegia a conciliação e a mediação. E o novo código incluiu a proposta de forma alternativas de resolução na audiência de instrução e julgamento – autocomposição art. 359, CPC: Art. 359. Instalada a audiência, o juiz tentará conciliar as partes, independentemente do emprego anterior de outros métodos de solução consensual de conflitos, como a mediação e a arbitragem. A tentativa de conciliação, logo, é a primeira fase da audiência. Caso ela não seja frutífera, o próximo passo é a produção de provas orais. Por fim, independentemente de existir acordo ou não, todos os ocorridos devem ficar registrados, especialmente com relação aos requerimentos feitos durante a audiência. Produção de prova oral Caso não exista a conciliação ou o acordo, contudo, o próximo passo é focar na produção de provas orais. Como a audiência de conciliação de julgamento é um procedimento formal, é preciso observar, então, a ordem na hora da produção de provas. Os primeiros a fazerem o depoimento, desse modo, serão os peritos. Em seguida, o autor e o réu prestam seu depoimento pessoal. Por fim, as testemunhas devem falar. Assim estabelece o art. 361, Novo CPC: Art. 361. As provas orais serão produzidas em audiência, ouvindo-se nesta ordem, preferencialmente: I. o perito e os assistentes técnicos, que responderão aos quesitos de esclarecimentos requeridos no prazo e na forma do art. 477, caso não respondidos anteriormente por escrito; II. o autor e, em seguida, o réu, que prestarão depoimentos pessoais; III. as testemunhas arroladas pelo autor e pelo réu, que serão inquiridas. Parágrafo único. Enquanto depuserem o perito, os assistentes técnicos, as partes e as testemunhas, não poderão os advogados e o Ministério Público intervir ou apartear, sem licença do juiz. Vale destacar que as testemunhas e partes que estão em favor do autor devem falar primeiro. Finalização da audiência de instrução e julgamento: Coletadas as provas orais, então, o juiz abrirá prazo para as alegações finais. O art. 364, Novo CPC, prevê, dessa forma: Art. 364. Finda a instrução, o juiz dará a palavra ao advogado do autor e do réu, bem como ao membro do Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, sucessivamente, pelo prazo de 20 (vinte) minutos para cada um, prorrogável por 10 (dez) minutos, a critério do juiz. § 1º Havendo litisconsorte ou terceiro interveniente, o prazo, que formará com o da prorrogação um só todo, dividir-se-á entre os do mesmo grupo, se não convencionarem de modo diverso. § 2º Quando a causa apresentar questões complexas de fato ou de direito, o debate oral poderá ser substituído por razões finais escritas, que serão apresentadas pelo autor e pelo réu, bem como pelo Ministério Público, se for o caso de sua intervenção, em prazos sucessivos de 15 (quinze) dias, assegurada vista dos autos. E depois das apresentações e dos debates, enfim, haverá a formalização de um documento registrando toda a audiência. Segundo o art. 367, Novo CPC: Art. 367. O servidor lavrará, sob ditado do juiz, termo que conterá, em resumo, o ocorrido na audiência (ata ou assentada), bem como, por extenso, os despachos, as decisões e a sentença, se proferida no ato. Caso exista o acordo, o juiz emitirá a sentença colocando fim ao processo.
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