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PARASITOLOGIA- ATIVIDADE CONTEXTUALIZADA

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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU 
ENFERMAGEM 
PARASITOLOGIA 
KARLA RAIZA CARDOSO RIBEIRO 
RODRIGO DO REGO BARROS CASTRO 
KÁCIA ACINARA MENDONÇA MIRANDA DA CRUZ 
 
 Doença de Chagas 
A Doença de Chagas foi descoberta pelo médico e pesquisador assistente do Instituto 
Oswaldo Cruz, Carlos Chagas (MONTEIRO et al, 2015). É causada pelo protozoário 
Trypanosoma cruzi (T. cruzi) e é classificada com uma fase antropozoonose, que apresenta 
uma fase aguda não identificada, podendo evoluir até a fase crônica, que, por sua vez, se 
apresenta de quatro formas: indeterminada, cardíaca, digestiva e a cardiodigestiva (BRASIL, 
2015). 
O protozoário T. cruzi causador da doença de Chagas, é transmitido pelas excretas de 
triatomíneos infectados (forma vetorial), através de transfusão de sangue ou 
hemocomponentes, ou da mãe infectada para o feto. A sua transmissão por via oral era 
desconsiderada até pouco tempo, porém já fora registrada em episódios coletivos, em especial 
na região Amazônica (SANTOS, 2014). 
É de grande importância o controle epidemiológico, por ser uma doença de alta 
prevalência e altas taxas de morbidade e mortalidade, relacionada ao subdesenvolvimento 
sócio cultural e econômico das populações, além de estar correlacionada com as más 
condições sanitárias (ARRUDA, 2003). 
A manifestação da infecção se dá em duas fases, à aguda e a crônica, que 
influenciam diretamente os métodos de diagnóstico, de tal forma que na fase aguda há elevada 
parasitemia e os métodos de diagnóstico direto são mais úteis e frequentes; no entanto, na fase 
crónica, o diagnóstico baseia-se na detecção de anticorpos por métodos sorológicos, devendo-
se destacar que o diagnóstico da Doença de Chagas é feito por métodos parasitológicos, 
radiológicos e por testes sorológicos. Desta forma, os métodos parasitológicos de diagnóstico 
podem ser utilizados tanto na fase aguda quanto na fase crônica. Contudo, na fase aguda, são 
usados métodos diretos de exame sanguíneo e indiretos como xenodiagnóstico (ARRUDA, 
2003; SILVA, et al. 2010). 
Assim sendo, a pesquisa de tripanossomos na corrente sanguínea pode ser feita por 
microscopia direta durante as seis primeiras semanas da doença, sendo importante também o 
procedimento em recém-nascidos com infecção congênita, onde é analisado o material da 
medula óssea e o líquido cefalorraquidiano, considerando sempre a limitação dos métodos 
utilizados. Em geral a sensibilidade do método direto é influenciada por inúmeros fatores, que 
vão desde a qualidade da microscopia utilizada até a capacidade técnica dos observadores, 
levando as variações entre 50% e 95% (ARRUDA, 2003). 
Por fim, vale mencionar que Ferreira, Branquinho e Leite (2014) destacam que os 
dados epidemiológicos coletados pelo órgão de vigilância epidemiológica, especialmente o 
SINAN, revelam que a região Amazônia apresenta períodos de surtos maiores, se comparada 
às demais regiões brasileiras. 
 
REFERÊNCIAS 
 
ARRUDA, Ives da Cunha. Doença de Chagas. 2003. 360 f. Monografia (Graduação) - 
Faculdade de Ciências da Saúde, Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2003. Disponível 
em: <http://www.repositorio.uniceub.br/handle/235/8894>. Acesso em: 17 abr. 2019, 
16:52:05. 
 
BRASIL. II Consenso Brasileiro em Doença de Chagas. 2015. Epidemiol. Serv. Saúde 
[online], p.70-86. Disponível em: <http://dx.doi.org/10.5123/s1679-49742016000500002> 
Acesso em: 17 abr. 2019, 09:34:21. 
 
FERREIRA, Renata Trotta Barroso; BRANQUINHO, Maria Regina; LEITE, Paola 
Cardarelli. Transmissão oral da doença de Chagas pelo consumo de açaí: um desafio para a 
Vigilância Sanitária. Revista Vigilância Sanitária em Debate. 2014, v. 4, n.2, p. 4-11. 
Disponível em: < https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/9712/2/Vig_Sanit_Debate_2_4-
11.pdf >. Acesso em: 16 abr. 2019, 08:32:21. 
 
MONTEIRO, Ana Carolina Borges; DORIGATTI, Daniel Henrique; RODRIGUES, Aline 
Gritti; SILVA, Joyce Beira Miranda da. Doença de Chagas: uma enfermidade descoberta por 
um brasileiro. Revista Saúde em Foco. 2015, v. 15, p. 65-76. Disponível em: 
<http://unifia.edu.br/revista_eletronica/revistas/saude_foco/artigos/ano2015/chagas.pdf>. 
Acesso em: 16 abr. 2019, 17:41:57. 
 
SANTOS, Ísis Fernandes Magalhães. Transmissão oral da Doença de Chagas: breve revisão. 
Revista de Ciências Médicas e Biológicas. 2014, v. 13, n. 2, p. 226-235. Disponível em: 
<https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/23169/1/16_v.13_2.pdf>. Acesso em: 16 abr. 2019, 
18:02:43. 
 
SILVA, Élvio Marques da; ROCHA, Manoel Otávio da Costa; SILVA, Rian César; PAIXÃO, 
Gilmar do Carmo; BUZZATI, Haendel; SANTOS, Alessandra Nogueira; NUNES, Maria do 
Carmo Pereira. Estudo clínico-epidemiológico da doença de Chagas no distrito de Serra Azul, 
Mateus Leme, centro-oeste do Estado de Minas Gerais. Revista da Sociedade Brasileira de 
Medicina Tropical. 2010, n. 43, v. 3, p. 178-181. Disponível em: < 
http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v43n2/14.pdf >. Acesso em: 17 abr. 2019, 10:36:41.

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