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NEFROPATIA DIABÉTICA

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BACHAREL EM ENFERMAGEM
CLÁUDIA PATRÍCIA DE ASSUNÇÃO ARAÚJO 
ELLEN COELHO DE SOUSA
LANNA SILVA ALMEIDA 
LARISSIÊ CARVALHO GUIMARÃES
LINA EDUARDA SILVA COSTA
VERÔNICA SÁ DE MORAES
WELLY ÉVENY CONCEIÇÃO SUDARO
NEFROPATIA DIABÉTICA 
MARABÁ – PA
2020
CLÁUDIA PATRÍCIA DE ASSUNÇÃO ARAÚJO
ELLEN COELHO DE SOUSA
LANNA SILVA ALMEIDA 
LARISSIÊ CARVALHO GUIMARÃES
LINA EDUARDA SILVA COSTA
VERÔNICA SÁ DE MORAES
WELLY ÉVENY CONCEIÇÃO SUDARO
NEFROPATIA DIABÉTICA 
Projeto de revisão bibliográfica apresentado à Faculdade Carajás para obtenção de nota da Disciplina Nutrição no Processo saúde Doença como resultado de revisão integrativa de literatura realizadas pelos acadêmicos do curso de Enfermagem da Faculdade Carajás.
Prof.ª. Lorenny Santos da Costa de Alfaia.
MARABÁ – PA
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO............................................................................................04
2. REFERENCIAL TEÓRICO.........................................................................06
2.1 O QUE É A NEFROPATIA DIABÉTICA...................................................06
2.2 SINAIS E SINTOMAS........................... ...................................................06
2.3 RELAÇÃO DA DOENÇA COM A NUTRIÇÃO........................................07
2.4 TRATAMENTO........................................................................................08
3. CONCLUSÃO............................................................................................11
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................12
INTRODUÇÃO
A possibilidade de a albuminúria provocar uma doença renal em pessoas com diabetes foi levantada por Bright em 1836. Um século depois Kimmelstiel e Wilson descreveram os efeitos renais tardios do diabetes mellitus, nessa descrição falaram de lesões intercapilares glomerulares nos indivíduos com o diabetes do tipo 2 de longa duração. E é desde então que tem realizado estudos que possam ajudar a compreender de uma melhor forma essa patologia (SALGADO et al, 2003).
O diabetes mellitus é caracterizada como uma patologia de elevados níveis de glicose no sangue, esse aumento se deve a alterações na produção e na ação da insulina no metabolismo dos alimentos. Essa doença é vista atualmente como um dos principias problemas de saúde, primeiro pelo alto índice de casos, o que gera incapacidade e mortalidade, e depois pelos investimentos elevados que o governo precisa fazer para controlar e tratar das complicações patológicas. A não aplicabilidade de medidas simples como a educação alimentar e a prática de exercícios físicos, também a falta de tratamento medicamento adequado são fatores que agravam a doença provocando o surgimento de complicações e fazendo desta a quarta maior causa de morte no Brasil (BARBOSA; CAMBOIM, 2016).
Pacientes diabéticos possuem uma possibilidade de variada entre 20% e 40% de desenvolver doença renal. Entre os indivíduos com a diabetes tipo 1, 30% a 40% desenvolverão nefropatias, manifestando os sinais iniciais da doença renal depois de dez a trinta anos do início da doença. Enquanto isso, dos pacientes com diabetes do tipo 2 até 40% apresentam a doença renal após os 20 anos a partir do diagnóstico (OLIVEIRA; CAMPOS; ALVES, 2010).
Com a manifestação da nefropatia diabética, uma complição crônica do diabetes, começa então o processo inadequado de filtração das substâncias orgânicas, iniciando de forma irregular o processo de excreção em pequenas quantidades de moléculas de proteínas de baixo peso molecular pela urina. A proteinúria transitória, em quantidades inferiores a 150mg/dl, é considerada normal e não exige avaliação adicional, já a persistente, geralmente significa lesão dos glomérulos (OLIVEIRA; CAMPOS; ALVES, 2010).
O paciente diabético precisa ser acompanhado por uma equipa multidisciplinar, onde deve ser sempre incluído o nutricionista. Isto, porque a dieta destes doentes é 4
extremamente importante no seu tratamento, logo deve ter sempre intervenção nutricional. O objetivo da intervenção nutricional é melhorar o controle metabólico, promover qualidade de vida e evitar e minimizar possíveis complicações decorrentes da doença (FERREIRA, 2009).
Diante de um diagnóstico de nefropatia diabética, a necessidade de intervenção a nível nutricional aumenta, pois grande parte dos fatores de risco são modificáveis e a nutrição tem um papel importante na sua minimização. As recomendações nutricionais para estes doentes devem ter como foco a patologia principal, o diabetes mellitus, em seguida a atenção precisa ser voltada para as necessidades que são específicas da nefropatia (FERREIRA, 2009).
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REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 O que é a doença 
A Nefropatia Diabética é uma das complicações crônicas do Diabetes Mellitus que afeta os rins e acomete de 20% a 40% dos indivíduos com diabetes. Seu curso é lento e silencioso. Uma vez instalada e, se não tratada, tende a evoluir para o agravamento da função renal, com necessidade eventual de terapia renal substitutiva (diálise ou transplante). Inicia-se com a glomerulopatia diabética, que é a lesão dos glomérulos (unidades básicas e funcionais dos rins), podendo levar a perda de proteínas pela urina (proteinúria) e ao aumento da pressão arterial (hipertensão arterial), chegando à Insuficiência Renal Crônica.
4.2 Sinais e sintomas
Nefropatia diabética é assintomática nos estágios iniciais. Seu curso é lento e silencioso e os primeiros sinais laboratoriais costumam aparecer entre 10 e 15 anos após o início do estado hiperglicêmico. Microalbuminúria constante é o sinal mais precoce da doença. A hipertensão e algum grau de edema postural eventualmente se desenvolvem na maioria dos pacientes não tratados. 
Nos estágios mais tardios, os pacientes podem desenvolver sinais e sintomas de uremia (p. ex., náuseas, vômitos, anorexia) mais precocemente (i.e., com RFG mais elevada) que os pacientes sem a doença, possivelmente porque a associação da lesão de órgão-alvo em decorrência de diabetes (p. ex., neuropatia) e da insuficiência renal agrava os sintomas.
Algumas das características da doença renal do diabético que podem eventualmente manifestar incluem:
· Edema ou inchamento dos tornozelos, dos pés, dos pés mais baixos ou das mãos devido à retenção da água.6
· Urina que é espumosa ou espumosa na aparência devido à proteína excessiva que está sendo excretada na urina. Isto é o mais geralmente - visto na primeira urina do dia.
· Ganho de peso devido à retenção fluida e ao edema
· Náusea e vômito
· Perda de apetite
· Sentimento indisposto e cansado
· Coceira generalizada
· Dores de cabeça
· Soluços
· Hipertensão
4.3 Relação da doença com a nutrição
A principal relação da nefropatia diabética e a nutrição é basicamente que, a nutrição junto com seu intuito de melhora de alimentação e vida, faz com que ajude no tratamento, mas que também alguns alimentos podem acarretar piora no caso. Dessa forma, tem- se que ter cuidados com o plano alimentar. (MERINO, ALVAREz, 2009).
O plano alimentar na nefropatia diabética além de ser individualizado, irá variar de acordo com o estágio da falência renal. O nutriente mais afetado é a proteína (animal e vegetal), e não somente as carnes vermelhas. Com a progressão da doença, há necessidade também de restrição de alguns minerais. (MERINO, ALVAREZ, 2009).
O papel específico das modificações da dieta no tratamento da ND ainda não está completamente esclarecido, porém dados recentes demonstraram efeitos benéficos de algumas intervenções dietéticas, como a restrição proteica da dieta na progressão da ND e a retirada da carne vermelha da dieta nos níveis de EUA. (GROOS, 2005).
Atualmente, o efeito benéfico da diminuição da ingestão proteica na evolução da ND apresenta a melhor fundamentação em estudos clínicos bem delineados. Entretanto, o seu uso a longo prazo é comprometido pela dificuldade de aderência à restrição proteica e pela sua segurança nutricional a longo prazo não estar completamente estabelecida. (GROOS,
2005).7
4.4 Tratamento
MANUTENÇÃO DA HB GLICOSILADA (HBA1C) ≤ 7,0
Controle agressivo da pressão arterial (PA), iniciando-se com inibidores de angiotensina
CONTROLE DE GLICOSE NO SANGUE
O tratamento primário inclui o controle rigoroso da glicemia (HbA1c) para manter a hemoglobina glicosilada ≤ 7,0; a manutenção da euglicemia reduz a microalbuminúria, mas pode não retardar a evolução da doença, uma vez que esta já esteja estabelecida.
CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
O controle da glicose também deve ser acompanhado de controle rigoroso da PA para < 130/80 mm Hg, embora alguns especialistas agora recomendem PA < 140/90 mmHg. Alguns sugerem que a PA deve ser de 110 a 120/65 a 80 mmHg, particularmente em pacientes com excreção de proteínas > 1 g/dia; entretanto, outros afirmam que os valores de PA < 120/85 mmHg estão associados a aumento da mortalidade cardiovascular e insuficiência cardíaca.
A inibição da angiotensina é o primeiro tratamento. Assim, inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina II são os anti-hipertensivos de escolha; reduzem a PA e a proteinúria e retardam a evolução da nefropatia diabética. Os inibidores da ECA são geralmente mais baratos, mas os bloqueadores do receptor de angiotensina II podem ser usados como alternativa se os inibidores da ECA causarem tosse persistente. O tratamento deve ser iniciado quando a microalbuminúria for detectada independentemente de haver hipertensão; alguns especialistas recomendam que os fármacos sejam utilizados antes do surgimento de sinais de doença renal. 
São necessários diuréticos para a maioria dos pacientes em associação à inibição da angiotensina para atingir níveis adequados de PA. A dose deve ser diminuída caso se desenvolva hipotensão ortostática ou elevação da creatinina sérica em mais de 30%.8
Bloqueadores de canais de cálcio não di-hidropiridínicos (diltiazem e verapamil) também são antiproteinúricos e renoprotetores e são alternativas razoáveis para pacientes com hiperpotassemia ou outras contraindicações a inibidores da ECA ou bloqueadores do receptor de angiotensina e podem ser usados se a proteinúria não diminuir significativamente ao se atingir o nível adequado de PA.
Em comparação, bloqueadores dos canais de cálcio di-hidropiridínicos (p. ex : nifedipino, felodipino, anlodipino) não reduzem a proteinúria, embora sejam adjuvantes úteis para o controle da PA e possam ser cardioprotetores em combinação com inibidores da ECA. Os inibidores da ECA e os bloqueadores do canal de cálcio não di-hidropiridínicos apresentam maior efeito antiproteinúria e renoprotetor quando utilizados associadamente e seu efeito antiproteinúria é ampliado pela restrição de sódio. Bloqueadores não di-hidropiridínicos dos canais de cálcio devem ser usados com cautela em pacientes que estejam recebendo betabloqueadores por causa do potencial de agravamento da bradicardia.
DISLIPIDEMIA
A dislipidemia também deve ser tratada.
Estatinas devem ser utilizadas como terapia de primeira linha para o tratamento da dislipidemia em pacientes com DM porque reduzem a mortalidade cardiovascular e proteína urinária.
OUTROS TRATAMENTOS
A restrição alimentar de proteínas causa resultados mistos. A American Diabetes Association recomenda que os indivíduos com diabetes e nefropatia evidente façam restrição para 0,8 a 1,2 g de proteína/kg/dia. Restrição proteica significativa não é recomendada.
SUPLEMENTAÇÃO DE VITAMINA D, TIPICAMENTE COM COLECALCIFEROL (VITAMINA D3).10
Bicarbonato de sódio, administrado para manter uma concentração de bicarbonato sérica > 22 mEq/L, pode retardar a progressão da doença em pacientes com doença renal crônica e acidose metabólica.
Os tratamentos para edema podem incluir:
Restrição dietética de sódio (p. ex., < 2 g/dia)
Restrição de líquidos
Diuréticos de alça, conforme necessário, com titulação cuidadosa para evitar hipovolemia.
CONCLUSÃO
Tomando por base o total da pesquisa, suscitou uma reflexão sobre a evolução da complicação diabética, alertou para a importância do profissional enfermeiro na atuação das orientações para o autocuidado dos pacientes.
As orientações dos profissionais que acompanham a educação do paciente e familiares são primordiais para o bom controle da doença e continuem na tentativa de evitar suas complicações crônicas. Isso reforça a necessidade de uma equipe multiprofissional, incluindo especialistas em educação, para orientar esses pacientes.
Os casos de nefropatia diabética resultam da falta de informação e de acompanhamento do profissional enfermeiro. É preciso, portanto, deixar um alerta para os profissionais de saúde, principalmente o enfermeiro, que atua mais diretamente com essa clientela, sobre a importância de se falar mais sobre o autocuidado; como também rever todas as possíveis orientações repassadas para os clientes
O objetivo mais importante da educação do diabético é fazer o paciente mudar de atitude internamente, tornando-o ativo no controle da doença. Só então ter-se-á concretizada a verdadeira educação.
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REFERENCIAL BÍBLIOGRAFICO 
MERINO ALVAREZ, Marlene. Manual de nutrição: Pessoa com diabetes. 23. ed. atual. São paulo: Sociedade brasileira de diabetes, 2009. 40 p. v. 03. ISBN SBD. E-book.
OLIVEIRA, Fernanda Celedonio; SOARES CAMPOS, Antonia do Carmo; SANTOS ALVES, Maria Dalva. Autocuidado do nefropata diabético. Revista Brasileira de Enfermagem. 2010, vol. 63, n. 6, p. 946-949.
BARBOSA, Silvânia Araújo; CAMBOIM, Francisca E. de Farias. Diabetes mellitus: cuidados de enfermagem para controle e prevenção de complicações. Temas em Saúde. 2016, vol. 16, n. 3. João Pessoa.
FERREIRA, Irina da Cruz. Terapêutica Nutricional da Nefropatia Diabética. FCNAUP, 2009. Porto
Manual MSD: Nefropatia diabética Disponível em: https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-geniturin%C3%A1rios/doen%C3%A7as-glomerulares/nefropatia-diab%C3%A9tica
 Acesso em: 10 de set. de 2020.
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