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Morfologia II
GRAMÁTICA
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Produção: Equipe Pedagógica Gran Cursos Online
MORFOLOGIA II
Vamos trabalhar, neste capítulo, as classes gramaticais dentro do contexto 
oracional. É importante que você entenda as palavras em um nível fraseoló-
gico, ou seja, compreenda, em uma relação sintagmática, a comunicação entre 
termos regentes e termos regidos.
Há dez classes gramaticais: substantivo, adjetivo, artigo, numeral, pronome, 
verbo, advérbio, preposição, conjunção, interjeição. 
Vamos, agora, conceituar as classes gramaticais. Advirto: o conceito des-
provido de aplicação textual é inócuo. Seria como se você tivesse a receita 
de um bolo, sem possuir os ingredientes. Ficaremos com fome (risos). Dessa 
forma, para termos efetividade no nosso trabalho, definiremos, de forma sucinta, 
as classes de palavra; mas aplicaremos, também, ao texto. Sempre digo aos 
meus alunos que o estudo da gramática, sem contemplar as possibilidades que 
o texto nos oferece, é engodo. 
1) Pode haver alguma coisa mais tola, me diga, que a maneira de viver desses 
homens que deixam a prudência de lado? Vivem ocupados para poder viver 
melhor: acumulam a vida, dissipando-a.
2) O poeta, que esplendidamente censura tua cogitação infinita, não fala de 
melhor idade.
Na gramática há dois eixos: um vertical, paradigmático e um horizontal, sin-
tagmático. Se a palavra MELHOR for retirada do texto (eixo paradigmático), 
tem-se um adjetivo. Se a palavra MELHOR for retirada do texto (eixo sintagmá-
tico), tem-se um advérbio. 
Dentro de um texto o que determina a classe é o eixo horizontal (sintagmático).
AQUI é um advérbio de lugar, mas considere a seguinte frase:
A ALUNA AQUI ESTÁ CONFUSA (neste contexto, AQUI não é advérbio pois 
para ser advérbio a palavra deve referir-se ao verbo, a outro adjetivo ou a outro 
advérbio – é um pronome demonstrativo que se refere ao substantivo A ALUNA). 
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Morfologia II
GRAMÁTICA
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2) O poeta, que esplendidamente censura tua cogitação infinita, não fala 
de melhor idade. Neste contexto MELHOR é um adjetivo que caracteriza 
substantividade.
Tirando do texto verticalmente, temos a mesma classe de palavras, ambos 
adjetivos, mas no eixo horizontal (sintagmático), observando a comunicação 
entre termos regentes e termos regidos, o vocábulo MELHOR no exemplo 1 
refere-se ao verbo e, no exemplo 2, refere-se ao substantivo. 
A mulher forte é uma inovação do capitalismo.
Forte é um adjetivo e o que determina a classe é a relação do texto onde a é 
um artigo, mulher é substantivo. 
O forte vencerá se souber ser fraco.
O é artigo, forte é substantivo e, na língua portuguesa, o artigo sempre se 
refere ao substantivo, o artigo substantiva as palavras. 
Os ventos de uma nova realidade sopram forte.
Sopram fortes, no sentido de sopram fortemente, é um advérbio. Há uma 
adverbialização do adjetivo sem acrescentar o sufixo mente. As duas formas 
estão de acordo com a norma culta da língua portuguesa. 
O que determina a classe é o eixo horizontal, o eixo sintagmático.
DERIVAÇÃO IMPRÓPRIA OU CONVERSÃO
EXERCÍCIO APENAS EXEMPLIFICATIVO (SEM GABARITO) 
1. (FGV/MRE/OFICIAL DE CHANCELARIA/2016) Um dos processos conheci-
dos de formação de palavras em Português é a chamada “derivação impró-
pria”, marcada pela criação de uma nova palavra pela modificação de sua 
classe original. Tal processo aparece em:
a. “Sim, no começo era o pé”.
b. “Se está provado, por descobertas arqueológicas, que há sete mil anos 
estes brasis já eram habitados...”.
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GRAMÁTICA
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c. “... pensai nestas legiões e legiões de pés que palmilharam nosso território”.
d. “E pensai nestes passos, primeiro sem destinos, machados de pedra abrin-
do as iniciais picadas na floresta”.
e. “E nos pés dos que subiam às rochas distantes”.
A derivação imprópria consiste na mudança de classe ou subclasse de uma 
palavra sem sofrer qualquer modificação na forma. Observe alguns exemplos:
a) Verbo tornou-se substantivo:
Meu sofrer é proporcional aos seus não. (Neste caso, o pronome possessivo 
adjetivo “Meu” refere-se ao verbo “sofrer”. Lembrem-se: o pronome adjetivo tem 
como termo regente o substantivo)
b) Advérbio tornou-se substantivo:
O hoje deve ser vivido com intensidade.
c) Adjetivo tornou-se advérbio:
Os homens vivem ocupados para poder viver melhor.
d) Substantivo tornou-se adjetivo:
 Os homens que me persuadiram não são burros.
e) Adjetivo tornou-se um substantivo:
Os ortodoxos são naturalmente refratários às mudanças.
f) Substantivo tornou-se interjeição:
Silêncio!
g) Verbo tornou-se interjeição:
Viva!
h) Substantivo próprio tornou-se comum: 
Prefiro damasco a figo.
i) Substantivo comum tornou-se próprio:
O João namora a Rosa; e o Mário, a Margarida.
Brasil é substantivo próprio, brasis é substantivo comum que é considerado 
derivação imprópria.
O Brasil atual é resultado de uma histórica polarização.
O Brasil de hoje é resultado de uma histórica polarização.
O Brasil, que é o maior país da América do Sul, colhe as consequências da 
polarização.
����������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Claiton Natal. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela 
leitura exclusiva deste material.