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Apostila Penal

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Fonte formal/Imediata do Direito Penal: Lei
Fonte Material do Direito Penal: Estado
Ciência Jurídica
- Necessidade de ser técnico
-Temos na fonte formal dois tipos:
a) Incriminadora: Normas que criam crimes e definem penas
b) Não incriminadoras: Normas que não criam crimes e definem penas, podendo ser:
- Permissivas: Autoriza a prática de determinadas condutas típicas
-Exculpantes: Estabelece a não culpabilidade dos agentes, mas não exclui a antijuricidade.
-Interpretativas: Estabelecem o significado/extensão/limite de determinadas expressões jurídicas.
Norma Penal
- Possui dois preceitos: primário, narrativa de conduta, e o secundário é a pena.
Norma Penal Branca
- Quando o conceito primário não está explicado diretamente, ou seja, ele necessita de uma explicação.
- Têm-se a Homogênea, mesma fonte de explicação, e a Heterogênea, outra fonte de explicação.
Interpretação da Lei Penal
- Mens Legis: contida na lei.
- Mens legislatoris: vontade do legislador.
a) Interpretação autêntica: a própria lei é explicativa.
b) Interpretação Judicial: Jurisprudência, entendimento de Juízes.
Métodos de interpretação
a) Gramatical/ Literal/ Sintática: busca na literalidade da norma, o que ela quis dizer.
b) Lógica/ teológica: busca contextualizar a norma, com outros entendimentos associados a finalidade que a norma busca.
Resultado da interpretação
a) Declaratória/Escrita: literalidade da norma.
Restrita: diminui o aspecto da incidência da norma.
b) Integração da lei penal: complementar o que falta da lei penal.
c) Interpretação analógica: utiliza o sentido da norma. Aceito no CP.
Norma Jurídica – princípios (ponderamento) + regras ( subsunção, incluir alguma coisa em algo maior). ( gênero – espécie )
Princípio fundamental do Direito Penal:
- Princípio da reserva legal ou da estrita legalidade:
Art. 1 “ Não há crime sem lei anterior que o defina”. – Garantia fundamental.
- Princípio da anterioridade:
Art.1 “Não há pena sem prévia cominação legal”
- Princípio da insignificância: 
Mínima ofensividade de conduta;
Reduzida peculiozidade social da ação;
Reduzido grau de reprovabilidade da conduta;
Inexpressividade da lesão jurídica;
· Réu reincidente não tem direito a esse princípio;
· Tráfico não há insignificância; Homicídio.
- Princípio da individualização da pena:
Art.5 , XLVI , CF.
· 2/5 – Primário 
· 3/5 – Reincidente 
 
- Princípio da alteridade:
Princípio que veda a incriminação de conduta que não ofende nenhum bem jurídico à terceiros. “ Crime “ a si mesmo, não há alteridade.
- Princípio da confiança:
Situação na qual a pessoa age de acordo com as regras avançadas pela sociedade, ambas as partes. Ex: Crime culposo.
- Princípio da adequação social:
Não se considera criminoso o comportamento que não afronta o sentimento social de justiça/do razoável/do mediano.
· Ex: Furar a orelha do bebê ou de alguém.
· Costume não revoga a lei;
- Princípio da fragmentação ou caráter fragmentário do direito penal:
O direito penal só deve se ocupar com ofensas graves aos bens jurídicos protegidos. Ao contrário temos o princípio da insignificância.
· Abolito Criminis: Retirar do mundo jurídico determinada conduta e as sentenças deixam de ter validade penal; Revogação
· Todo crime é um ato ilícito.
· Crimes Hediondos: O fenômeno jurídico da “ Novatio Legis In Pejus” refere-se à lei nova mais severa do que a anterior.
· 24/12/2019 – Roubo com arma de fogo é hediondo.
· “Novatio Legis In Mellius”: A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgada”;
-Princípio da Ultra-atividade da lei penal:
Lei revogada que vai viger posterior; pena de acordo com a data do fato.
- Princípio da continuidade normativa típica:
Quando a norma é revogada, e é criada uma nova lei, de forma ampla/ melhorada. Ex: Lei de drogas.
· A lei penal só retroage para melhorar ( Subjetivo).
· A lei processual penal não retroage ( Adjetivo).
· Jovem de 18 a 21 – Atenuante – menoridade relativa.
Crime permanente: Crime que potrai no tempo, causado pelo agente provocador. ( Punido pelo final do que houver).
- Princípio da especialidade:
 A norma se diz especial quando contiver elementos de oura ( geral) e acrescentar pormenores.
-Princípio da consunção ou absorção: 
A norma definidora de um crime constitui meio necessário ou fase normal de preparação ou execução de outro crime, ou seja, há consunção quando fato previsto em determinada norma é compreendido em outra, maior abrangente aplicando-se somente esta.
Lei penal no espaço
-Princípio da territorialidade temperada/mitigada:
Por força de convenções, tratados e regras de direito internacional, alguém poderá não responder pela lei penal brasileira.
- Princípio da extraterritorialidade: 
Aplica-se a lei penal brasileira para crimes que ocorrem fora do Brasil.
Teoria Geral do Crime
Infração penal – Crime e contravenção penal ( Gênero – espécie )
*Crime: Reclusão: Fechado, semi-aberto, aberto. / Detenção: Semi-aberto, aberto
*Contravenção penal: Prisão simples ou multa.
Conceito de crime:
Material: É toda ação ou omissão humana que lesa ou expõe a perigo de lesão bens jurídicos penalmente tutelados.
Formal/Legal: O conceito de crime é fornecido pelo legislador.
Analítico: fato típico, anti-jurídico, culpável.
*Sujeito ativo: É quem pratica a figura típica descrita na norma.
* Sujeito passivo formal: O Estado.
*Sujeito passivo material: É o titular do interesse.
* Objeto jurídico: É o bem ou o interesse.
*Objeto material: É a pessoa ou a coisa
· Crime vago: Sujeito passivo sem personalidade jurídica.
Crimes de mão própria: são aqueles que só podem ser cometidos diretamente pela pessoa. * Não cabe co-autoria. Cabe participação.
*Os co-autores podem ter o mesmo tipo de envolvimento (por exemplo, todos atiraram na vítima) – Precisa por a mão na massa. Ou podem ter participações distintas (por exemplo, um pode ter planejado – chamado de autor intelectual – e o outro executado o homicídio). Já o partícipe é quem ajuda.
Obs: Mas, ao contrário do peculato, ela não tem nada a ver com apropriar ou desviar bens. O funcionário público comete corrupção passiva simplesmente pedindo ou recebendo vantagem que não lhe é devida enquanto exerce seu cargo (por exemplo, uma propina). Nada mais, nada menos do que isso.
Crime simples: é o que possui tipo penal único, protegendo apenas um bem jurídico. Podemos citar como exemplo o crime de homicídio, que protege o bem jurídico vida. Ex: Furto
Crime complexo: é a fusão de dois ou mais tipos penais, protegendo dois ou mais bens jurídicos. Ex: Roubo
Classificação quanto a relação entre a conduta e o resultado:
Crimes materiais ou causais: São aqueles em que o tipo penal aloja em seu interior uma conduta e um resultado naturalístico, sendo a ocorrência deste último necessária para a consumação. Todo crime material tem objeto material. 
Ex: É o caso do homicídio (CP, art. 121). Roubo. 
*Conduta e resultado. Crime: Ação e resultado. ( Compõe conceito de crime)
* Tem rastro.
Crime formal ou de consumação antecipada: É aquele cujo tipo penal descreve uma conduta que possibilita a produção de um resultado naturalístico, mas não exige, necessariamente, a realização deste. ... Caracteriza-se como sujeito ativo somente o agente que realiza a conduta exposta no verbo nuclear do tipo penal. 
Ex: Sequestro. Corrupção passiva.
*Ação e resultado, porém o resultado não está dentro do conceito de crime. Agiu, comete-se o crime.
* Exaurimento significa esgotamento. No campo penal, demonstra a fase do crime após a consumação, quando o bem jurídico já foi afetado pela conduta do agente, mas ainda há outros prejuízos evidenciados. 
* Não cabe flagrante. Consuma-se o crime quando faz solicitamento.
Crimes de mera conduta: São crimes sem resultado, em que a conduta do agente, por si só, configura o crime, independentemente de qualquer alteração do mundo exterior. Os crimes de mera conduta se assemelham muito aos crimes formais, sendo, inclusive, equivocadamente referidos
como sinônimos por diversas vezes.
*Ação , sem resultado. = Crime consumado.
Ex: Omissão de socorro. 
*Cabe prisão em flagrante.
Crime instantâneo: No contexto jurídico, é aquele em que há consumação imediata, em único instante, ou seja, uma vez encerrado está consumado. A consumação não se prolonga. A afetação ao bem jurídico protegido é instantânea. Exemplos: CP, Art. 121 - Homicídio, CP, Art. 157 - Roubo, CP, Art. 155 - Furto.
Crime permanente: segundo o direito penal brasileiro, é aquele cujo momento consumativo se prolonga no tempo de acordo com a vontade do criminoso, de modo que o agente tem o domínio sobre o momento de consumação do crime. Crime se potrai no tempo. Agente causador pode ser preso em flagrante.
Ex: Extorsão mediante sequestro. Porte de arma. 
Crimes instantâneos de efeitos permanentes: A consumação também ocorre em momento determinado, mas os efeitos dela decorrentes são indeléveis.
Ex: Crime de bigamia. Homicídio consumado.
Crime a prazo: É aquele que exige o decurso de um prazo para que se configure. É o que ocorre na apropriação de coisa achada (artigo 169, parágrafo único, inciso II, do Código Penal), que se consuma se o agente que acha coisa alheia perdida e dela se apropria, total ou parcialmente, deixa de restituí-la ao dono ou legítimo possuidor ou de entregá-la à autoridade competente, dentro no prazo de quinze dias. 
Classificação com relação ao número de agentes envolvidos:
Crime unissubjetivo ou monosubjetivo: É aquele que pode ser praticado por uma única pessoa, porém podendo haver o concurso de agentes, sob a forma de coautoria ou participação.
Ex: Estelionato.
Crime unissubsistente: É aquele que é realizado por ato único, não sendo admitido o fracionamento da conduta, como, por exemplo, no desacato praticado verbalmente. 
Ex: Injúria.
Crime plurissubsistente: A conduta é fracionada em diversos atos que, somados, provocam a consumação.
Crime plurissubjetivo: É aquele que exige a participação de dois ou mais agentes para a sua execução.
Classificação quanto ao grau de intensidade :
Crime de dano: É aquele que se consuma com a efetiva lesão do bem jurídico 
Ex: homicídio.
Crimes de perigo: Se consumam tão-só com a possibilidade do dano (ex: crime de contágio venéreo). 
*Não precisa haver lesão.
CRIME DE PERIGO ABSTRATO OU PRESUMIDO: É o perigo que já é considerado pela lei (de maneira presumida) por simplesmente praticar conduta típica. Objeto jurídico, não tem objeto material.
CRIME DE PERIGO CONCRETO: Neste tipo penal a consumação se dá com o resultado, exige uma comprovação de que realmente houve perigo de risco e de que houve uma lesão ao bem jurídico. O delito dependerá sempre do resultado. São os crimes que necessitam de efetiva comprovação no caso concreto mediante instrução probatória. 
Crime de pequeno potencial ofensivo: Crime em que a pena máxima não exceda 2 anos.
*Não tem se quer pena privativa. Geralmente contravenções penais.
Crime de médio potencial ofensivo: Crime em que a pena mínima é inferior ou igual a 1 ano. E a pena máxima não exceda a 4 anos.
Crime de alto potencial ofensivo: Crime em que a pena mínima é superior a 1 ano e pena máxima superior a 4 anos. 
Teoria do crime:
Fato típico
a) Tipicidade: Associada ao princípio da legalidade. Descritas em lei. Juízo de subsunção entre uma conduta prevista em lei e uma conduta praticada descrita no tipo penal. A tipicidade autoriza uma presunção relativa de ilicitude.
b) Conduta: dolosa e culposa. Vontade, Ação ou Omissão, Consciência. ( Onde não houver vontade não há conduta.)
Atos feitos por motivo de força maior exclui-se a culpabilidade.
Coação física irresistível: Retira a consciência e a vontade, gerando involuntariedade. “Vis Absoluta”. Não há fato típico.
Coação moral irresistível: “ Vis compulsiva”. Ela não exclui a conduta, ela exclui a culpabilidade.
Obs: Hipnose e sonambulismo não pode gerar responsabilidade penal.
*Dolo: Vontade e consciência. O dolo é o elemento psicológico da conduta. “ O crime será doloso quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo. Art 18 CP).
* Delegado não faz juízo de ilicitude e culpabilidade, quem faz é o Juiz. Delegado só faz análise de fato típico. Por isso as vezes há prisão em flagrante mas acaba não resultando em prisão preventiva.
* Adequação típica por subordinação imediata: Perfeita adequação entre conduta e o fato previsto em lei. Não precisa de norma intermediando. Ex: Homicídio.
*Adequação típica por subordinação mediata: Precisa de uma lei intermediando uma conduta e um fato previsto em lei. Estica-se o tipo penal. Ex: Tentativa de homicídio.
*Esticada pessoal da norma: Ex: Art. 29 CP.
c) Resultado: É a consequência provocada pelo agente condutor. Não há crime sem resultado jurídico. Há crime sem resultado naturalístico. 
d) Nexo-causal: Causa e efeito. Vínculo que justifica a incidência da lei penal.
Teoria: Conditio sine qua non: Refere-se a uma ação cuja condição ou ingrediente é indispensável e essencial. Não há diferença entre causa e condição.
Teoria: Causalidade adequada: É a teoria segundo a qual para que um fato seja considerado como causador, no sentido de responsável de outro, é mister não só que realmente haja sido o motivo da verificação do segundo como que normalmente assim suceda.
Causas das concausas:
Absolutamente independentes: Elas não favorecem a realização do fato. Portanto, há rompimento de nexo causal. Ex: Um responde pelo homicídio consumado e o outro pela tentativa de homicídio.
 Preexistente: É a causa que existe anteriormente à conduta do agente. Ex: "A" deseja matar a vítima "B" e para tanto a espanca, atingindo-a em diversas regiões vitais. A vítima é socorrida, mas vem a falecer. O laudo necroscópico, no entanto, evidencia como causa mortis envenenamento anterior, causado por "C", cujo veneno ministrado demorou mais de 10 horas para fazer efeito;
Concomitante: É a causa que surge no mesmo instante em que o agente realiza a conduta. Ex: "A" efetua disparos de arma de fogo contra "B", que vem a falecer em razão de um súbito colapso cardíaco (cuidado, não se trata de doença cardíaca preexistente, mas sim de um colapso ocorrido no mesmo instante da conduta do agente!);
Superveniente: É a causa que atua após a conduta do agente. "A" administra dose letal de veneno para "B". Enquanto este último ainda está vivo, desprende-se um lustre da casa, que acaba por acertar qualquer região vital de "B" e vem a ser sua causa mortis.
Relativamente independentes: Têm origem na conduta do agente e, por isso, são relativas: dependem da atuação do agente para existir.
 Preexistente: A causa existe antes da prática da conduta, embora seja dela dependente. O clássico exemplo é o agente que dispara arma de fogo contra a vítima, causando-lhe ferimentos não fatais. Porém, ela vem a falecer em virtude do agravamento das lesões pela hemofilia.
Concomitante: Ocorre simultaneamente à conduta do agente. Outro clássico exemplo é o do agente que dispara arma de fogo contra a vítima, que foge correndo em via pública e morre atropelada por algum veículo que ali trafegava.
*Nessas duas hipóteses, por expressa previsão legal (art. 13, caput, CP), aplica-se a teoria da equivalência dos antecedentes causais e o agente responde pelo resultado naturalístico, já que se suprimindo mentalmente sua conduta, o crime não teria ocorrido como e quando ocorreu. Assim, responde por homicídio consumado.
*A grande e essencial diferença aparece na terceira causa relativamente independente:
Superveniente: Aquela que ocorre posteriormente à conduta do agente. Neste específico caso, torna-se necessário fazer uma distinção, em virtude do comando expresso ao artigo 13, §1º, CP: A superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu o resultado; os fatos anteriores, entretanto, imputam-se a quem os praticou. 
· Rompe o nexo causal. 
Teoria Finalista da Ação:
Ação: Internamente (pensamento) / Externamente (Concretiza sua vontade).
Conclusão: Somente analisando o conteúdo da vontade
é que se pode afirmar a realização de um tipo legal de crime, já que a finalidade é a parte integrante da conduta, dela inseparável. Esta é a essência do FINALISMO. 
*Crime comissivo/ por ação: São crimes praticados por uma conduta positiva.
*Crime Omissivo: São crimes praticados por uma conduta negativa ou uma inação.
* Crime Omissivo próprio/ puro: A omissão está na mera narrativa, está no próprio tipo penal. Não há resultado. Penas pequenas.
Obs: Todo crime omissivo próprio não cabe tentativa.
Obs: São sempre dolosos.
* Crime Omissivo impróprio/ Comissivo por omissão/ Omissivo qualificado: Art. 13 parágrafo II. Responde pelo resultado. Por ex: maus tratos a uma criança, e ela venha a falecer. Crime de Homicídio. 
Obs: Nexo normativo é sinônimo de nexo jurídico, isto fica claro nos crimes omissivos nos quais a omissão penalmente relevante é normativa, é jurídica. 
Obs: É cabível tentativa. 
Obs: Pode ser culposo ou doloso.
Crime preterdoloso: Caracteriza-se quando o agente pratica uma conduta dolosa, menos grave, porém obtém um resultado danoso mais grave do que o pretendido, na forma culposa. 
Dolo: Consciência (intelectual) e Vontade (Volitivo, concretiza a conduta).
Teoria do Dolo:
Teoria da Representação: O agente prevê o resultado como possível e ainda assim opta por continuar a conduta (esta teoria abrange tanto o dolo eventual quanto a culpa consciente).
Teoria da Vontade: Há dolo direto quando há vontade consciente de querer praticar a infração penal.
Teoria do consentimento ou assentimento: Prega que há dolo (eventual) quando o agente prevê o resultado como possível e ainda assim continua na prática assumindo o risco de produzí-lo.
*Dolo Eventual: Prevê o resultado. Desprezo pelo bem jurídico tutelado. ( Foda-se ).
Espécie de Dolo: 
Dolo Direto: Teoria da Vontade. O agente tem vontade de praticar.
Dolo Indireto: Teoria do assentimento. 
*Dolo alternativo: O agente prevê pluralidade de resultados e dirige sua conduta na busca de realizar qualquer um deles indistintamente. Exemplo: o agente quer praticar lesão corporal ou homicídio indistintamente. O agente tem a mesma vontade de um ou de outro.
*Dolo eventual: O agente prevê pluralidade de resultados, dirige sua conduta na busca de realizar um deles, porém assume o risco de produzir os demais. A intenção do agente se dirige a um resultado, aceitando, porém, outro também previsto e consequência possível da sua conduta. Exemplo: O agente quer ferir (lesão corporal), mas aceita a possibilidade de um homicídio acontecer. 
*Teoria positiva do conhecimento: Seja como for, dê no que der, em qualquer caso não deixo de agir. Denota-se, claramente, a indiferença do agente quanto ao resultado. (Dolo eventual).
*Dolo Natural - O dolo naturalístico é aquele formado da consciência (percepção da realidade) e vontade (querer ou aceitação da conduta), não incluindo a consciência da ilicitude que é avaliada na culpabilidade e não na tipicidade.
Elementos do crime culposo:
*Todo crime culposo tem resultado naturalístico. 
· Conduta: Voluntária
 · Inobservância de um dever objetivo de cuidado: 
· Resultado: Involuntário, que podia ser evitado.
· Nexo causal: Causa e efeito
· Previsibilidade Objetiva: Homem médio
 · Tipicidade; 
Culpa consciente (culpa com previsão) – Embora o agente prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta, não acreditando em sua ocorrência. O resultado previsto não é querido ou mesmo assumido pelo agente. O agente prevê o resultado, mas espera que ele não ocorra, o agente conhece a perigosidade da sua conduta, mas age deixando de analisar a diligência a que estava obrigado, porque confia que ele não ocorrerá.
 Culpa inconsciente (culpa sem previsão) – O agente não prevê o resultado naturalístico que, entretanto, era previsível. Neste caso, não há previsão por descuido, desatenção ou simples desinteresse do autor da conduta perigosa. Ou seja, o sujeito atua sem se dar conta de que sua conduta é perigosa, agindo sem os cuidados necessários para evitar a produção do resultado típico, por puro desleixo ou desatenção.
Culpa imprópria – Ocorre quando o agente age com dolo, mas responde a título de culpa, em virtude de erro evitável, vencível ou inescusável, em que o agente não toma as cautelas devidas e acaba provocando intencionalmente determinado resultado típico. O erro do tipo diz respeito à falsa percepção da realidade, uma vez que o agente supõe realidade distinta daquela que efetivamente existe. O erro do tipo essencial (recai sobre os elementares ou circunstâncias do fato da figura típica) subdivide-se em erro escusável e erro inescusável. Diz-se escusável (inevitável) quando exclui o dolo e a culpa tornando-se o fato atípico, é aquele em que qualquer um ocorreria se estivesse sujeito aquela mesma situação ou circunstância. Já o erro inescusável (evitável), se o agente tomasse todas as cautelas devidas, poderia ter evitado o resultado gravoso (descriminante putativa). Neste caso, embora o agente tenha agido dolosamente, o legislador, por questões de política criminal, determinou que seria punido por um crime culposo.
Negligência: Falta de cuidado e desleixo proposital em determinada situação.
Imprudência: Falta de reflexão ou precipitação em tomar atitudes diferentes daquelas aprendidas ou esperadas.
Imperícia: Falta de conhecimento ou habilidade específica para o desenvolvimento de uma atividade científica ou técnica.
Culpa própria – O agente não quer e nem assume o resultado. Não foi praticado de forma dolosa. Não tinha consciência e vontade.
*Não existe compensação de culpa no Direito Penal

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