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ESTAGIO 1 - PRÁTICA SUPERVISIONADA I

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PRÁTICA SUPERVISIONADA I 
 
Nesta disciplina, encontraremos a base teórica com orientações precisas para incentivar o aluno à busca 
pelo desenvolvimento de habilidades e ao aprendizado da prática profissional. Faremos uma segunda 
leitura, após a já efetivada anteriormente, sobre a legislação, as diretrizes e as documentações gerais que 
orientam o estágio supervisionado, apresentando o significado da supervisão, considerada uma atividade 
profissional do assistente social, fundamental para o desempenho cotidiano do seu trabalho. Desta vez, já 
com o aluno inserido no campo de estágio, tendo como elemento fundamental o aprendizado mútuo, isto 
é, visando a aprimorar a troca docente-discente. Abordaremos a importância da realização de um 
estudo sobre a instituição (esclarecer a instituição), a identificação da população alvo e as principais 
demandas relativas ao serviço social, e os aspectos primordiais para estabelecer estratégias de ação 
profissional em consonância com as reais necessidades da população. Posteriormente, destacamos os 
elementos essenciais da atividade de estágio supervisionado, e apontando os aspectos referentes ao 
registro e análise da prática profissional. 
 
------------------------ 
AULA 1: A SUPERVISÃO NO CAMPO DE ESTÁGIO: APRENDIZADO MÚTUO 
 
Nesta aula, faremos uma segunda leitura sobre a legislação, as diretrizes e as documentações gerais que 
orientam o estágio supervisionado, apresentando o significado da supervisão enquanto atividade 
profissional do assistente social no cotidiano de trabalho. Desta vez, já com aluno inserido no campo de 
estágio, tendo como elemento fundamental o aprendizado mútuo 
 
AULA 2: INSERÇÃO NO CAMPO DE ESTÁGIO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Nesta aula, buscaremos esclarecer a importância da apresentação do aluno ao campo de estágio, e o 
acolhimento do mesmo pela profissional responsável pela supervisão. Destacando as observações e 
atividades iniciais do aluno no campo de estágio. 
 
AULA 3: PLANO DE ESTÁGIO: DIRETRIZES PARA UMA PRÁTICA PROFISSIONAL 
QUALIFICADA 
 
Nesta aula, apresentaremos as considerações essenciais para a elaboração do plano de estágio 
supervisionado atrelado aos interesses da população atendida, destacando a importância da participação 
do aluno no planejamento das atividades a partir do compromisso com o aprendizado profissional na 
experiência de estágio. 
 
AULA 4: DIÁRIO DE CAMPO: UM DIÁLOGO PERMANENTE COM A PRÁTICA 
PROFISSIONAL 
 
Nesta aula, forneceremos orientações sobre o registro do conteúdo resultante da prática profissional a 
partir da valorização do diário de campo, considerando sua importância no processo de aprendizagem. 
 
AULA 5: OBSERVAÇÃO PARTICIPANTE E ESCUTA ATENTA 
 
Nesta aula, abordaremos a importância da observação participante como um instrumento essencial de 
coleta de dados da ação profissional, bem como a valorização da escuta atenta que, no seio do diálogo, 
permitirá observações e registros mais precisos. 
 
AULA 6: ATIVIDADE TEÓRICO-PRÁTICA SUPERVISIONADA: VALORIZAÇÃO DA 
ATIVIDADE DE LEITURA À OBSERVAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL. 
 
Nesta aula, procuramos estabelecer a importância da leitura bibliográfica para compreender a prática 
profissional, visando contribuir para o aprendizado. 
Abordaremos, ainda, a importância do estudo sobre a instituição, a identificação da população alvo e as 
principais demandas, entendidos como aspectos primordiais para estabelecer estratégias de ação 
profissional em consonância com as reais necessidades da população. 
 
AULA 7: INSTRUMENTOS PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL 
 
Nesta aula, apresentaremos uma síntese dos principais instrumentos utilizados pelo Serviço Social, tais 
como: observação participante, escuta atenta (diálogo), entrevista, visita domiciliar e institucional e 
atividades em grupo. Será destacada a importância de analisar o conjunto de fatores essenciais a 
aplicabilidade dos instrumentos. 
 
AULA 8: O TRABALHO MULTIPROFISSIONAL, INTERDISCIPLINAR E 
TRANSDISCIPLINARIEDADE NO COTIDIANO PROFISSIONAL. 
 
Nesta aula, estudaremos a importância da valorização de saberes oriundos de experiências de trabalho de 
diferentes categorias profissionais, bem como a pertinência do diálogo em equipes multiprofissionais. 
 
AULA 9: O PROCESSO DE TRABALHO DO SERVIÇO SOCIAL 
 
Nesta aula, apresentaremos uma reflexão sucinta sobre o processo de trabalho do Serviço Social, para 
propiciar a observação atenta de aspectos essenciais para o desempenho da prática profissional - 
considerando os diferentes espaços sócios ocupacionais e suas especificidades. 
 
AULA 10: SISTEMATIZAÇÃO DA PRÁTICA PROFISSIONAL 
 
Nesta última aula, abordaremos questões referentes à construção do relatório das atividades realizadas 
na experiência de estágio, isto é, o produto de análise do trabalho do Serviço Social. 
 
MAPA CONCEITUAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/mapa_conceitual.pdf 
 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/mapa_conceitual.pdf
DISCIPLINA: TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO 
CONTEXTUALIZAÇÃO 
 As mudanças experimentadas pelo ambiente corporativo com as transformações ocorridas no mercado, tornaram 
as empresas dependentes de dois aspectos fundamentais para destacarem-se positivamente diante da 
competitividade reinante: a qualidade dos seus produtos e serviços e, fundamentalmente, do menor tempo de 
resposta às exigências de adequação. Este cenário acentuadamente competitivo, obriga às Empresas direcionarem 
seus esforços para captar talentos, descobri-los internamente e, principalmente retê-los, qualificando-os para o 
contexto mercadológico de intensas transformações. A área de Treinamento e Desenvolvimento passa a ocupar 
uma posição de destaque estratégico, porque além de executar o trabalho secular de capacitação, também pode – 
e deve – funcionar como instigadora aos processos de integração dos colaboradores aos objetivos da Empresa, 
estimulando-os ao processo interacional das formações de equipes e ao desejo constante da busca dos resultados 
por excelência, com otimização dos recursos e práticas de baixos custos. Treinar já faz parte do contexto das 
exigências deste novo mercado, mas estimular o desenvolvimento constante passa a ser a essência do processo de 
amadurecimento das competências e das pessoas. 
 
 EMENTA 
Treinamento e Desenvolvimento: definição conceitual e objetivos. 
1. A importância do Treinamento e Desenvolvimento na estrutura dos processos e no contexto organizacional 
atual. 
2. O Treinamento e Desenvolvimento atuando como premissa para o incremento do capital humano e 
intelectual na Organização. 
3. O Treinamento e Desenvolvimento e a melhoria no resultado organizacional. 
4. Visão sistêmica de Treinamento e Desenvolvimento. 
5. O levantamento das necessidades de Treinamento e Desenvolvimento. 
6. A formulação dos objetivos do processo. 
7. Os métodos e as técnicas de treinamento adequados ao perfil do grupo, do conteúdo e dos objetivos 
propostos. 
8. A pesquisa e a definição do conteúdo programático. 
9. A aplicabilidade dos recursos instrucionais. 
10. A programação e Execução dos treinamentos. 
11. Os indicadores de resultados do processo de Treinamento e Desenvolvimento. 
12. A avaliação de resultado e sua importância para a percepção do Treinamento como investimento. 
13. A Educação e as Universidades Corporativas. 
14. Gestão do Conhecimento como estratégia de Desenvolvimento. 
 
OBJETIVOS GERAIS 
Ao concluir a disciplina o aluno será capaz de: 
1. Identificar a importância do Treinamento e Desenvolvimento na busca pela otimização dos processos e a 
conseqüente excelência dos resultados com baixos custos; 
2. Conhecer as etapas do processo pleno do Treinamento e Desenvolvimento, desde o levantamento das 
necessidades até a mensuração dos resultados práticos, criando indicadores pontuais identificação do alcance dos 
objetivos propostos. 
 
OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
Ao concluir a disciplinao aluno será capaz de: 
1. Saber Conceituar o papel de Treinamento e Desenvolvimento dentro das Organizações; · 
2. Compreender a importância das ações de Treinamento e Desenvolvimento para os processos de 
qualificação, aperfeiçoamento, desenvolvimento e, principalmente, integração dos Colaboradores aos objetivos 
organizacionais e ao trabalho em equipe; · 
3. Reconhecer o aspecto estratégico deste subsistema de RH para o sucesso do negócio da Empresa; · 
4. Identificar as necessidades de treinamento, sabendo classificá-las em: organizacionais, operacionais e 
individuais; 
5. Elaborar planos de ações de Treinamento e Desenvolvimento, contemplando todas as etapas do processo; 
6. Definir os objetivos gerais e específicos das ações de Treinamento necessárias; · Desenvolver pesquisas 
para formatação de conteúdos programáticos; · 
7. Saber Aplicar ações de Treinamento e Desenvolvimento; e . 
8. Saber Mensurar os resultados, classificando-os segundo os indicadores previamente definidos. 
 
CONTEÚDOS 
1. Sistema de Administração de Recursos 
Humanos 
2. Os subsistemas de RH 
3. Organização como um conjunto integrado 
de competências 
4. Subsistema de desenvolvimento de 
Recursos humanos 
5. Áreas de desenvolvimento humano 
6. Aprendizagem 
7. Avaliação do subsistema de 
desenvolvimento de pessoas 
8. As etapas do subsistema de 
desenvolvimento de pessoas 
9. Treinamento e Desenvolvimento e a 
competitividade das organizações 
10. Objetivos 
11. Conceituando competitividade 
12. Competitividade das organizações 
13. As conexões biológicas das organizações 
14. Competitividade e pessoas 
15. Eixos de competitividade 
16. Gestão competitiva de recursos humanos 
17. Atitude 
18. Valor 
19. Comprometimento 
20. Inovação 
21. O processo de integração dos recursos 
humanos 
22. A integração dos novos empregados 
23. A integração dos colaboradores antigos 
24. Treinamento e desenvolvimento de 
pessoas 
25. Conceito e tipos de educação 
26. Treinamento 
27. O ciclo do treinamento 
28. Levantamento de necessidades de 
treinamento 
29. Programa de treinamento 
30. Tecnologia de treinamento 
31. Execução do treinamento 
32. Avaliação dos resultados do treinamento 
33. Retorno do investimento em Treinamento 
34. O papel do Treinador 
35. Treinamento, desenvolvimento ou 
educação 
36. Diagnóstico das necessidades de 
treinamento e desenvolvimento 
37. Planejamento das atividades de 
treinamento 
38. Avaliação do treinamento 
39. Treinamento e Desenvolvimento em um 
mundo globalizado 
40. Objetivos 
41. Introdução 
42. Próximas décadas e seu impacto em 
Treinamento e Desenvolvimento: a Ásia em 
destaque 
43. Os desafios da África 
44. Tendências de Treinamento e 
Desenvolvimento na Europa: a mescla de passado 
e futuro 
45. A globalização nas Américas 
46. Conclusões
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/plano_de_ensino.pdf 
BIBLIOGRAFIA 
 
BURIOLLA, Marta Alice Feiten. Estágio supervisionado. São Paulo: Cortez, 1995. 
CONSELHO REGIONAL DE SERVIÇO SOCIAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (7ª Região). Assistente social: ética e 
direitos: coletânea de leis e resoluções. 4ª ed. Rio de Janeiro, 2006. 
MAGALHÃES, Selma Marques. Avaliação e linguagem: relatórios, laudos e pareceres. 2ª ed. São Paulo: Veras Editora; 
Lisboa: CPIHTS, 2003 
BAPTISTA, Myriam Veras. Planejamento social: intencionalidade e instrumentalização. São Paulo: vozes Editora, 
2000. 
BATISTA, Myriam Veras. O planejamento estratégico na prática profissional cotidiana. In: Serviço Social e Sociedade 
nº 47. São Paulo: Cortez, 1995. P.110-118. 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/plano_de_ensino.pdf
CONSELHO FEDERAL DO SERVIÇO SOCIAL. Estudo social em perícias, laudos e pareceres técnicos: contribuição ao 
debate. 7ª ed. São Paulo: Cortez, 2007. 
GENTILLI, Raquel de Matos Lopes. Representações e práticas: identidade e processo de trabalho no serviço social. 
2ª ed. São Paulo: Veras, 2006. 
GUERRA, Yolanda. Instrumentalidade do serviço social. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002. 
IAMAMOTO, Marilda Villela. O Serviço Social na Contemporaneidade: trabalho e formação profissional. São Paulo: 
Cortez, 2001. 
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Serviço social em tempo de capital fetiche. São Paulo: Cortez, 2007. 
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Renovação e conservadorismo no serviço social. São Paulo: Cortez, 2004. 
MOTA, Ana Elizabeth. et alli (Orgs). Serviço Social e saúde: formação e trabalho profissional. 2ª ed. São Paulo: Cortez; 
Editora Brasília: OPAS, OMS, Ministério da Saúde; Recife: ABEPSS, 2007. 
 
AVALIAÇÃO 
 
A avaliação é contínua, integradora, com ênfase nos aspectos colaborativos, incluindo tarefas coletivas, e 
contempla o diagnostico, o processo e os resultados alcançados por intermédio de avaliações diagnosticas, 
formativas e somativas, considerando os aspectos da autoavaliação. 
A avaliação somativa de aprendizagem é realizada presencialmente pelo aluno no Polo de EAD da Estácio e 
segue a normativa da Universidade. A (s) prova (s) presencial (is) segue (m) 0o calendário acadêmico 
divulgado para o aluno. 
 
Durante o curso, os alunos realizam atividades propostas, compostas de questões objetivas e discursivas 
referentes ao conteúdo estudado, podendo ser elas de autodiagnóstico ou de discussão. 
 
Suscitar a reflexão sobre a inserção do aluno no campo de estágio, destacando aspectos essenciais do 
processo de estágio supervisionado. 
 
Incentivar o aluno ao desenvolvimento das habilidades e a articulação dos conteúdos apresentados nas 
diversas disciplinas, visando à análise da experiência no estágio, contribuindo para a compreensão das 
atividades de estágio. 
 
Oferecer a orientação necessária ao registro do conteúdo resultante da prática profissional, a partir da 
valorização do diário de campo, considerando sua importância no processo de aprendizagem. 
 
AULA 1: A SUPERVISÃO NO CAMPO DE ESTÁGIO: APRENDIZADO MÚTUO 
 
INTRODUÇÃO 
Vamos começar a aula, relembrando e esclarecendo que o estágio em Serviço Social é uma atividade 
curricular obrigatória, prevista pelas Diretrizes Curriculares para o Curso de Serviço Social, desenvolvidas 
pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) e orientado pelo Código de Ética 
Profissional (1993), pela Lei de Regulamentação da Profissão (1993), pela Resolução 533/2008 do CFESS e 
pela Política Nacional de Estágio da ABEPSS (2010). 
 
Então, é fundamental que você realize um estágio supervisionado, que é chamado de Curricular, 
obrigatório, porque faz parte da grade curricular: é uma disciplina com os objetivos e com uma carga 
horária definida (Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008). 
 
ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
O que é um estágio supervisionado? A ABEPSS, no documento Política Nacional de Estágio, explica que o 
estágio supervisionado no curso de Serviço Social: 
 
[...] apresenta como uma de suas premissas oportunizar ao (a) estudante o estabelecimento de relações 
mediatas entre os conhecimentos teórico-metodológicos e o trabalho profissional, a capacitação técnico-
operativa e o desenvolvimento de competências necessárias ao exercício da profissão, bem como o 
reconhecimento do compromisso da ação profissional com as classes trabalhadoras, neste contexto 
político-econômico-cultural sob hegemonia do capital 
É através da experiência de estágio supervisionado que você, estudante, identificará os conteúdos 
trabalhados nas diferentes disciplinas para o desenvolvimento de competências e habilidades para o 
exercício profissional, ou seja, aprenderá a ser um assistente social. 
 
PRINCÍPIOS PARA A REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO EM SERVIÇO SOCIAL 
 
A ABEPSS destaca alguns princípios que devem nortear a realização do estágio em Serviço Social, tais 
como: 
A indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa; 
A articulação entre estudantes, professores e assistentes sociais dos campos de estágio, através deuma 
constante comunicação, de um diálogo. 
 
Para valorizar as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, o aluno deve exercitar 
constantemente a prática da leitura, a partir da bibliografia e textos disponibilizados até o momento, bem 
como as sugeridas pelas diversas disciplinas e supervisora de campo. Todas as leituras serão fundamentais 
para que o aluno possa responder seus questionamentos, contribuindo para construção de uma prática 
profissional qualitativa. 
 
CONDIÇÕES DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO 
Que deve ter uma supervisão sistemática, ou seja, ser acompanhado pelo profissional de campo 
(devidamente inscrito em Conselho Regional de Serviço Social da região onde atua), com atividades 
planejadas e voltadas para o aprendizado do aluno; 
 
Que o aluno busque saber o que é o plano de estágio, e possa participar da construção deste; 
Que o estágio não seja realizado antes que o aluno tenha cursado as disciplinas que o capacitem a analisar 
a realidade social, reconhecendo as mais diversas expressões da questão social e tenha adquirido 
conhecimentos básicos de aspectos éticos, teóricos e metodológicos da profissão; 
 
QUE DEVE TRANSCORRER NO PERÍODO LETIVO ESCOLAR; 
 
Tenha uma carga horária mínima de 450 horas; 
As atividades no campo não devem ultrapassar 30 horas semanais e as de sala de aula devem contar com 
três aulas semanais. 
A supervisão no campo de estágio deve contar com um momento aonde o aluno possa sentar com o 
supervisor e dialogar sobre a experiência vivenciada, lançando seus questionamentos na perspectiva do 
aprendizado mútuo. O processo de supervisão deve ser educativo, onde o supervisor é estagiário 
aprendem em conjunto, onde há a troca, a conversa sobre a experiência de trabalho, respaldada em uma 
teoria, isto é, valorizando ao processo de teoria-prática. 
O supervisor de campo é o responsável pelo acompanhamento do estágio na instituição onde o mesmo se 
realiza. O profissional não é obrigado a aceitar um aluno para supervisionar, mas quando solicita um aluno 
estagiário: significa que aceitou a atividade de supervisão, devendo se organizar para acompanhar o aluno 
no campo de estágio. Esta ação requer o desempenho de papéis, que Buriolla citada por Oliveira (2004, p. 
70) destaca: “o papel de educador, o de transmissor de conhecimentos-experiências e de informações, o 
de facilitador, o de autoridade e o de avaliador.” 
 
DE OLHO NA LEI, Art. 8º. A responsabilidade ética e técnica da supervisão direta são tanto do supervisor 
de campo, quanto do supervisor acadêmico, cabendo a ambos o dever de: 
I. Avaliar conjuntamente a pertinência de abertura e encerramento do campo de estágio; 
II. II. Acordar conjuntamente o início do estágio, a inserção do estudante no campo de estágio, bem 
como o número de estagiários por supervisor de campo, limitado ao número máximo estabelecido no 
parágrafo único do artigo 3º; 
III. III. Planejar conjuntamente as atividades inerentes ao estágio, estabelecer o cronograma de 
supervisão sistemática e presencial, que deverá constar no plano de estágio; 
IV. IV. Verificar se o estudante estagiário está devidamente matriculado no semestre correspondente 
ao estágio curricular obrigatório; 
V. V. Realizar reuniões de orientação, bem como discutir e formular estratégias para resolver 
problemas e questões atinentes ao estágio; 
VI. VI. Atestar/reconhecer as horas de estágio realizadas pelo estagiário, bem como emitir avaliação e 
nota. (RESOLUÇÃO CFESS Nº 533, de 29 de setembro de 2008). 
VII. 
A atividade de supervisão de campo exige um profissional com conhecimentos especializados e experiência 
nas dimensões: ético-política, teórico-metodológica e técnico-operativa; deve ter habilidade e facilidade de 
estabelecer relacionamento profissional com pessoas diferentes; deve dispor de condições mínimas de 
trabalho para supervisionar, principalmente tempo disponível para oferecer a devida atenção ao aluno. É 
preciso gostar, se identificar com a ação de supervisora, ou seja, não pode ser uma imposição da 
instituição. De olho na lei: Art. 2º. A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do 
assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente inscrito no CRESS de sua área 
de ação, sendo denominado supervisor de campo o assistente social da instituição campo de estágio e 
supervisor acadêmico o assistente social professor da instituição de ensino. (RESOLUÇÃO CFESS Nº 533, de 
29 de setembro de 2008) É claro que nem sempre as condições são ideais, pois vamos encontrar, na 
maioria das vezes, o profissional com várias incumbências na organização, tendo que dar contas de 
inúmeras tarefas (como ocorre também em outras profissões), mas destacamos NOVAMENTE que o ato de 
supervisionar exige dedicação e tempo. De olho na lei: CONSIDERANDO as disposições do Código de Ética 
Profissional do Assistente Social, que veda a prática de estágio sem a supervisão direta, conforme as 
alíneas “d” e “e” do artigo 4º do Código de Ética do Assistente Social (RESOLUÇÃO CFESS Nº 533, de 29 de 
setembro de 2008). Até o momento, registramos alguns aspectos objetivos para a realização da supervisão, 
mas Buriolla (1996) acrescenta dizendo que: É importante que seja reservado um tempo para a supervisão 
e que isto faça parte do plano de estágio. Tal planejamento evitará a chamada “supervisão de corredor” 
em que os profissionais acabam respondendo às dúvidas pontuais dos estagiários em meio à tantas outras 
atividades, sem que haja possibilidade de uma reflexão sobre a prática, com a devida orientação. Supõe, 
ainda, a existência de materiais básicos, como: canetas, lápis, papel, xerox, livros, computador, armários, 
pastas, fichários, livros atas, etc. Eles são fundamentais para o registro das atividades desenvolvidas e das 
reflexões resultantes da supervisão. O que falta mais falarmos? E o papel do estagiário? Uma das partes 
fundamentais é o aluno. O que cabe ao aluno-estagiário? Neste momento, vamos relacionar mais uma vez, 
na íntegra, as atribuições dos estagiários definidas pela ABEPSS e extraídas da Política Nacional de Estágio 
(é preciso ler novamente, sem pressa!). “1 Observar e zelar pelo cumprimento dos preceitos ético-legais da 
profissão e as normas da instituição campo de estágio; 2 Informar ao supervisor acadêmico, ao supervisor 
de campo e/ou ao coordenador de estágios, conforme o caso, qualquer atitude individual, exigência ou 
atividade desenvolvida no estágio, que infrinja os princípios e preceitos da profissão, alicerçados no projeto 
ético-político, no projeto pedagógico do curso e/ ou nas normas institucionais do campo de estágio; 3 
Apresentar sugestões, proposições e pedido de recursos que venham a contribuir para a qualidade de sua 
formação profissional ou, especificamente, o melhor desenvolvimento de suas atividades; 4 Agir com 
competência técnica e política nas atividades desenvolvidas no processo de realização do estágio 
supervisionado, requisitando apoio aos supervisores, de campo e acadêmico, frente a um processo 
decisório ou atuação que transcenda suas possibilidades; 5 Comunicar e justificar com antecedência ao 
supervisor acadêmico, ao supervisor de campo e/ou ao coordenador de estágios, conforme o caso, 
quaisquer alterações, relativas a sua freqüência, entrega de trabalhos ou atividades previstas; 6 Apresentar 
ao coordenador de estágio, no início do período, atestado de vacinação, no caso de realizar seu estágio em 
estabelecimento de saúde; 7 Realizar seu processo de estágio supervisionado em consonância com o 
projeto éticopolítico profissional; 8 Reconhecer a disciplina de Estágio Curricular em Serviço Social como 
processo e elemento constitutivo da formação profissional, cujas estratégias de intervenção constituam-se 
na promoção do acesso aos direitos pelos usuários; 9 Participar efetivamente das supervisões acadêmicas e 
de campo, tanto individuais como grupais, realizando o conjunto de exigênciaspertinentes à referida 
atividade; 10 Comprometer-se com os estudos realizados nos grupos de supervisão de estágio, com a 
participação nas atividades concernentes e com a documentação solicitada.” 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/11PS_aula01_doc01.pdf 
 
O ESTÁGIO 
Você deve estar perguntando: parte significativa deste material já foi visto? Certíssimo. No entanto, a partir 
deste momento você está inserido em um campo de estágio, e rever alguns pontos é fundamental para 
delimitar e refletir sobre o papel de todos os envolvidos seja o supervisor, ou você mesmo enquanto aluno-
estagiário. 
É sempre bom lembrar que o estágio é uma responsabilidade, exigindo uma postura profissional de todos 
envolvidos – em especial: supervisor e estagiário. Isso significa um compromisso com a população 
atendida. Sendo assim, o estagiário deve justificar ao supervisor de campo quando ocorrer alguma situação 
em que o impeça de estar presente na instituição, visando não prejudicar o desenvolvimento das 
atividades. Outra situação que os alunos comentam é que têm muitas tarefas a realizar, fazem muitas 
coisas, mas que nem sempre sabem o significado. Então o espaço de supervisão é fundamental, o diálogo 
entre o supervisor de campo e o aluno é o momento em que os questionamentos devem ser apresentados, 
falados! É preciso falar as suas dúvidas e observações para o supervisor, porque por mais disponível que 
seja nunca irá adivinhar o que passa na sua mente, e vice-versa. Então pergunte, fale, converse sobre o 
estágio. Este é o momento do aprendizado. Não tenha medo de errar, porque o medo paralisa o processo 
de aprendizado. As coisas acontecem e deixamos de acompanhar por medo e insegurança. Não deixe isso 
acontecer com você. Então pergunte quando estiver com dúvidas. 
 
HISTORIA 
Uma vez um aluno me contou que era sua atribuição inserir dados no computador para alimentar uma pesquisa. Mas 
qual o sentido desta ação? Porque toda ação dever ter um significado dentro do processo de trabalho do Serviço 
Social. Participar de todo processo da pesquisa é fundamental, não é? Considerando que o resultado contribuirá para 
a delimitação das linhas de ação. Claro que não estamos defendendo que o estagiário seja um digitador, mas se 
todos estavam participam do processo de entrevista, do registro e de análise - o estagiário não pode ficar de fora. 
Então é preciso problematizar, discutir e refletir com os diversos profissionais sobre a situação apresentada para 
esclarecer e delimitar o papel de cada um. E o mais importante ainda é dialogar sobre o significado das ações no 
processo de aprendizado. A relação entre supervisor e estagiário é pedagógica, de reflexão, de construção e de 
organização do conhecimento, e não de treinamento. É extremamente importante que exista um clima de respeito, 
confiança e incentivo. O supervisor e o aluno devem valorizar esse clima profissional, facilitador da aprendizagem, 
em que se busque o desenvolvimento das potencialidades e a redução das dificuldades. Uma relação que pressupõe 
um diálogo, onde as ações são discutidas, as dificuldades acolhidas e trabalhadas, contribuindo para a construção da 
identidade profissional do aluno. Buriolla (1994, 36) diz que a atividade de supervisão é importante no processo de 
formação do aluno, especialmente no momento em que ele inicia o estágio prático supervisionado, onde, diante do 
desconhecido, do novo, ele apresenta insegurança profissional. No processo de ensino aprendizagem, o aluno de 
serviço social tem como matriz de identidade profissional o seu ‘supervisor de pratica’, o ‘supervisor de campo’. 
Cabe, então, ao supervisor acompanhar o aluno-estagiário neste processo de amadurecimento de sua formação 
profissional. Supervisor e supervisionado vão, conjuntamente, desvelando os diversos conteúdos relacionados á sua 
prática e, aos poucos, por aproximações sucessivas, as diversas concepções vão se alterando. Este processo o aluno a 
uma maturação gradativa, a uma segurança profissional, a tal ponto que se espera ao final do curso, que ele tenha 
encontrado a sua própria identidade profissional, diz BURIOLLA(1994). Com o passar do tempo, dentro do campo de 
estágio, o aluno sentirá mais a vontade para propor idéias, comentar observações, debater situações, travando o 
diálogo cada vez mais qualitativo e profissional com o supervisor de campo e demais profissional. O espírito crítico e 
de criatividade são fundamentais, aonde na prática vai se construindo e refazendo a teoria. A supervisão é aonde se 
expressa a troca entre o supervisor e o aluno; troca de vários conteúdos, troca de idéias sobre o quê e como se faz, 
sobre o trabalho, sobre a iniciativa e a criatividade que devem estar presentes na prática profissional. Para tanto, é 
preciso travar um relação onde ambos possam dialogar, ou seja, falar e ser ouvido. É fundamental prestar atenção 
no que outra fala como ter espaço para falar é igualmente importante. Esta é a relação que buscamos travar com a 
população que atendemos? Sim ou não!? Claro que sim. Então, temos que colocar em prática entre nossos pares 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/11PS_aula01_doc01.pdf
mais próximos, exercitar o diálogo. Paciência para ouvir, porque valorizar a fala do outro é escutar. Como também é 
um exercício expressar as observações, falar sobre o que se pensa sobre o assunto, verbalizar as experiências de 
forma respeitosa. Estevão apud Buriolla (1994, 99) fala sobre o papel do estagiário como aquele de ´estar disponível´ 
para se preparar profissionalmente para ser assistente social. É desse papel que derivam os outros por ela 
apontados: o de aprender a ser responsável pelas tarefas que competem ao aluno, o de trazer o conteúdo do curso 
para discutir no estágio; o de saber correlacionar teoria-prática e a esta com o contexto sócio-histórico. Nesta 
medida, o supervisionado precisa ´estar aberto para o que vem´, ou seja, estar á disposição das demandas 
cotidianas, da sociedade, do Serviço Social e de seus usuários e da prática profissional. Já o supervisor é um 
profissional com a experiência necessária, mas que também se encontra em um processo de aprendizado contínuo. 
Significa que em alguns momentos o supervisor revelará ao aluno que uma determinada situação é nova para ele 
mesmo, que e os dois, juntos, irão aprender como lidar com a realidade apresentada. Tempos atrás um aluno 
comentou sobre o supervisor de campo: “mas ele deveria saber como trabalhar a situação apresentada, afinal de 
contas já terminou a faculdade, e tem muita experiência”. Por outro lado, é preciso lembrar que não sabemos tudo, 
trabalhamos com a realidade em sua história e dinâmica, onde sempre haverá situações diferentes e novas. Exigindo 
dos profissionais a busca do aprendizado permanente. É isto mesmo: estudar é pra vida toda, não pode parar. 
Lembro quando estava com um grupo de alunos, no campo de estágio, todos os presentes na reunião de equipe. E 
lançamos proposta: construir ações em conjunto, e um aluno disse em tom alto e tenso: “você é quem deve nos 
dizer o que fazer, eu estou aqui para fazer e aprender”. Então refletimos em conjunto sobre a importância de propor 
e criar ações em equipe, não apenas executar. O Assistente Social deve ser um profissional propositivo, participativo, 
criativo, e não apenas se restringir a execução de tarefas. E a atividade de “sala de espera” foi planejada, 
considerando o momento de organização da atividade, tempo de execução e momento de avaliação da mesma. E 
todos os alunos participaram - inclusive o aluno quem fez a observação anterior, ele era muito participativo, 
compreendo posteriormente o significado da proposta. Mas o que é uma “sala de espera”? É uma atividade 
educativa feita com os usuários enquanto aguarda o atendimento, seja no hospital ou em outra instituição. É uma 
atividade educativa que é feita na própria sala de espera. E precisa ser muito bem planejada, como qualquer 
atividade profissionalpara que se alcance ou se aproxime ao máximo do objetivo delimitado. Bom, concluímos então 
que é preciso muita paciência quando nos aproximamos da realidade do qual não participávamos. E chegar ao 
estágio é participar de uma realidade nova, conhecer novas pessoas, se aproximar do desconhecido. Neste 
momento, a observação e a escuta atenta são fundamentais para colher informações que possam auxiliar a 
“compreender” e a participar de um novo cotidiano. E a palavra compreender aparece entre aspas porque o 
primeiro momento é de apresentação, já a análise é um processo de aprendizado que se dá ao longo do tempo de 
estágio, onde passamos a conhecer a instituição, os profissionais, a população atendida, as relações sociais e a 
questão social, sendo o relatório de estágio (elaborado pelo aluno ao final da disciplina) o registro da reflexão e 
aprendizado desta experiência. 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/11PS_aula01_doc02.pdf 
 
DIÁRIO DE CAMPO 
Finalizamos a aula orientando a todos a adquirir um caderno para o registro da vivência de estágio. Este 
instrumento é chamado de Diário de Campo. O aluno deve levar o caderno, seu diário de campo, e fazer as 
anotações desde o primeiro dia – como já falado anteriormente. Como se aprende a fazer o diário de 
campo? A resposta é simples: fazendo. E a supervisora de campo irá auxiliar, mas não pode deixar de 
realizar as leituras das aulas e textos propostos. O Diário de Campo será um importante instrumento para 
contribuir na elaboração do relatório de estágio ao final da disciplina. Mas vamos devagar, e respeitando o 
tempo, o aprendizado é planejado dentro de um processo pedagógico para que todos possam obter um 
resultado positivo dentro de uma “tempestade” de novidades. 
 
ATIVIDADE PROPOSTA 
Como atividade para o primeiro dia de estágio, sugiro prestar atenção aos profissionais que trabalham na 
instituição. Caso seja uma instituição média ou grande, procure saber, ao menos, os nomes dos 
profissionais mais próximos. E com o passar do tempo, conhecerás os demais. Por exemplo: qual o nome 
do profissional que realiza a limpeza da sala, dos banheiros? Que tal ao chegar à instituição cumprimentá-
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/11PS_aula01_doc02.pdf
lo com um BOM DIA. Aliais, numa Graduação que valoriza tanto o fator humano, ser gentil como todos é 
requisito fundamental, além de contribuir para a promoção de clima amistoso. 
 
Alguns alunos falam, “nossa, tanta gente! Não vou lembrar o nome de todo mundo?!”. É verdade, mas 
você pode anotar no seu diário de campo. Isto mesmo! Tenha um caderno de anotações, o seu Diário de 
Campo, e no primeiro dia comece a registrar. Lembre-se de iniciar sempre com a data, hora, local e evento. 
Exemplo de um evento do primeiro dia no Campo de Estágio: apresentação da equipe – nomes e função - 
visita rápida por toda instituição, endereço da instituição, telefone, etc. Também escreva suas observações, 
o que lhe chamou atenção, as perguntas que gostaria de fazer a supervisora; um fato que lembrou alguma 
aula ou leitura – um fato que lembrou alguma aula ou leitura – neste momento, talvez, você sinta a 
necessidade de rever algum texto ou material; um termo técnico que ouviu, mas não sabe o que é (busque 
nos livros, na internet, e depois pergunte a supervisora). 
 Sugiro a leitura da resolução que regulamenta a supervisão de estágio no Serviço social. 
 ABPESS. Política Nacional de Estágio. 2010. 
Nesta aula, você: 
Relembrou que o estágio é uma atividade curricular obrigatória, com atribuições definidas, constituindo 
uma atividade pedagógica que deve ser acompanhada por assistente social (devidamente habilitado). 
Conheceu alguns elementos importantes para o processo de aprendizagem mútua, a partir do processo de 
supervisão. 
 
AULA 2: INSERÇÃO NO CAMPO DE ESTÁGIO: CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
Na aula anterior falamos bastante sobre o papel do supervisor de campo e do aluno-estagiário. Daremos 
continuidade à discussão partindo do pressuposto que você já iniciou o estágio. Conforme colocado 
anteriormente, nunca é demais lembrar que é preciso levar um caderno para anotações, que chamamos de 
diário de campo. Para depois não dizer que se esqueceu de anotar porque não tinha o diário de campo (um 
caderno). E anote as informações antes sugeridas. Não se recorda? Então faça uma leitura da aula passada. 
 
A VESTIMENTA NO ESTÁGIO 
É importante se apresentar a supervisora de campo, ouvir as colocações, apresentar dúvidas. Os alunos 
quando iniciam estágio em um hospital costumam me perguntar se precisam usar jaleco. Então observe 
nos primeiros dias: se todos estão usando, e procure debater com o supervisor de campo o significado. 
 
Já nos estágios em outros locais, aonde não precisa de vestuário complementar, a vestimenta deve ser 
atenta, considerando que o trabalho é de atendimento direto a população. 
Por exemplo: uma vez recebi um aluno quem usava blusa do time de futebol. E sempre orientei que no dia 
do estágio evitasse a blusa, porque poderia atender alguém que não concordasse com sua opinião. O aluno 
disse que era uma grande bobagem, que não tinha nada demais. 
 
ENTÃO VAMOS OBSERVAR O APRENDIZADO NO COTIDIANO: 
Um dia marcamos uma entrevista com o pai de uma criança, cuja mãe dizia que o pai era agressivo 
verbalmente com a filha, desvalorizando as atividades escolares, depreciando a imagem da filha, etc. Após 
várias tentativas de atendimento, porque o pai marcava e não aparecia - um dia o pai compareceu ao 
atendimento. E o estagiário entrou na sala com a blusa do time. Esse pai imediatamente falou: “não sei o 
que estou fazendo aqui, ainda tenho que olhar pra cara desse aí com essa blusa ridícula”. E o canal de 
diálogo foi abalado por algo que se poderia evitar. 
 
http://www.cfess.org.br/arquivos/Resolucao533.pdf
http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf
OUTROS EXEMPLOS: 
Blusa de santos religiosos; bermudas e shorts (tanto homens como mulheres – mas no verão algumas 
repartições pública libera a bermuda comprida). O estágio é um local de trabalho, e como tal é preciso 
observar este aspecto. 
 
HORÁRIO DE ESTÁGIO 
Sobre o horário de estágio, o estagiário se adequará ao horário da instituição e a disponibilidade de horário 
do profissional, esta informação deve ser verificada antes do aceite para o campo de estágio. 
 
Vamos trabalhar com muitos exemplos nesta aula, porque não há bibliografia específica. Voltando ao 
exemplo: se ambos entram no acordo que o estágio será aos sábados, então ambos devem reservar este 
tempo para a atividade de estágio supervisionado. Conciliar as atividades de estudos e trabalho é pesado, 
bem cansativo, mas com toda certeza trará recompensas de um investimento planejado. 
 
CONHECENDO A DINÂMICA 
O estagiário está se aproximando, gradativamente, da realidade de trabalho do Serviço Social. Neste 
primeiro momento, sugerimos ao estagiário conhecer os profissionais mais próximos, nomes dos colegas 
de trabalho, suas respectivas funções. Levantamento dos setores existentes e atividades desenvolvidas. E 
peça ao supervisor de campo uma sugestão de leitura. 
 
Vamos a mais um exemplo: se você vai fazer estágio em um hospital, qual a leitura mais apropriada para 
auxiliar nesta primeira aproximação? Ou se o estágio é em uma organização não governamental, qual a 
bibliografia mais sugestiva de acordo com área de atuação? Mas pode acontecer de você encontrar algum 
livro ou material na Internet. Antes de realizar a leitura ou comprar o livro, converse com a supervisora de 
campo sobre a qualidade do material. 
 
Ao ingressar em um novo espaço de convivência profissional, o campo de estágio, procuramos, 
primeiramente, conhecer a dinâmica de suas ações e, aos poucos, desenvolver uma rotina que irá facilitar a 
interação sócio-profissional e o exercício mais eficiente. 
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Considerando que a história é construída no dia-a-dia, a possibilidade de superaçãodas limitações e 
barreiras não fica descartada. Para tanto, não podemos se deixar levar pela prática imediatista pura e 
simples, buscando atuar numa perspectiva que nos permita redimensionar alguns valores, acrescentando 
um novo sentido ao exercício profissional. Ou seja, aproximando-se da realidade para melhor planejar as 
atividades de trabalho. É isso que o estagiário deve buscar: aprender a se aproximar de uma nova realidade 
com o objetivo de exercitar o planejamento da prática profissional, para ser propositivo, sugerir, construir 
ações, não apenas executar, mas que seja um fazer profissional onde possa compreender o significado das 
ações, com posterior análise das mesmas. É importante delimitar com o supervisor de campo um momento 
para a realização de um debate sobre as atividades desenvolvidas. Neste dia, no horário combinado, os 
dois estarão disponíveis para refletir sobre a experiência de estágio. O aprendizado mútuo se dá aonde há 
o respeito às diferenças. Então o aluno pode expor suas idéias, observações e questionamentos. O que 
pode acontecer, em alguns momentos, e relatado por alunos, é que o cotidiano profissional apresenta 
tantas demandas que o tempo de supervisão não é respeitado. O que por vezes pode até impedir uma 
aproximação não qualitativa entre supervisor e aluno ficando este último, com várias dúvidas sobre a 
profissão, e o mais grave: executando tarefas sem compreender o sentido da mesma. Buriolla (1994:187) 
nos coloca que, nesta visão, tanto o supervisor, quanto o estagiário são sujeitos ativos do processo ensino-
aprendizagem e da produção de um saber-fazerprofissional de conhecimentos. Isto exigirá mudanças de 
todos os implicados. Exigirá do supervisor e do aluno a co-vivência, a co-ação, a co-responsabilidade, com 
sujeitos coparticipantes do processo educativo. Exigirá do supervisor um preparo sistemático e 
aprofundado que o leve a rever constantemente o seu trabalho; exigirá que haja uma prática constante, 
sistemática dos alunos, supervisores, educadores de Serviço Social e população que gerará consciência das 
necessidades de transformação; exigirá que se recupere a vivência social do aluno-estagiário, em uma 
perspectiva crítica, ampliando-a através da articulação com as práticas sociais, e que o aluno possa 
estabelecer, no cotidiano de sua prática, as relações que se constituem entre a população e a prática 
executada, e se firmem novas propostas de agir profissional. Nesta dinâmica, o estagiário é incentivado a 
realizar aproximações gradativas a realidade profissional iniciar o aprendizado de sistematização da prática 
profissional. É um processo de aproximações que tem como foco o aprendizado. 
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COLETA DE DADOS SOBRE A INSTITUIÇÃO 
Vamos aprender sobre a instituição? Busque saber se existem documentos aonde possa encontrar o 
histórico da instituição, missão, valores, serviços oferecidos, etc. Você perguntou à supervisora se existem 
registros com estas informações? 
 
Alguns alunos relatam que não foram encontrados registros em alguns campos de estágio, cabendo ao 
estagiário construir parte desse conhecimento, perguntando, buscando e registrando para posteriores 
análises. 
 
A atividade de coleta de dados, em geral, inicia-se por uma aproximação preliminar exploratória que busca 
levantar informações que irão compor um primeiro quadro de situação geral. A proposta é ler a 
documentação existente e formular questões para o momento da supervisão, que ajudarão na reflexão 
sobre a prática profissional. 
--------------- 
Durante o processo de estágio supervisionado é pertinente a coleta de dados sobre a instituição (local de 
estágio), das políticas públicas, da legislação e da rede de apoio existente. Isso significa que a compreensão 
da realidade apresentada bem como a delimitação do objeto de intervenção tem por referência o 
conhecimento da instituição, de suas finalidades (sua missão), de seus valores, da sua área de ação (região, 
município, etc.), de seu setor (social, econômico, etc.), de seu nível de competência (municipal, regional, 
etc.), da sua função, dos seus objetivos, das diretrizes, das estratégias e das expectativas, de sua estrutura 
organizacional e administrativa (organograma, estatutos, regulamentos, descrição de cargos, política geral 
e política salarial). Sobre o levantamento da rede de apoio existente, quando não há registro. A busca será 
feita, paulatinamente, mas é importante saber o que se está procurando para observar e identificar. 
Pergunta importante: O que é rede de apoio? Podemos entender como articulação de um conjunto amplo 
e dinâmico de organizações diversas, em torno de interesses em comuns, que realizam ações sistemáticas 
e complementares a demanda apresentada pela população alvo da instituição. Alguns exemplos: uma 
iniciativa filantrópica que oferece um serviço sistemático a população, e complementar ação desenvolvida 
pela instituição (campo de estágio), existindo a comunicação entre todos envolvidos. Vamos a um exemplo: 
em hospital especializado na área da infância, podemos encontrar uma ONG parceira, oferecendo cesta 
básica, enxoval para os recém nascidos, verba para a compra de próteses, etc. Outra fonte de informação 
que contribuirá no entendimento sobre a dinâmica do campo de estágio é a participação em congressos, 
seminários e palestras. Participar destes espaços enquanto ouvinte significa ter acesso aos debates atuais 
sobre a área de trabalho, conhecendo outras experiências. O estagiário também pode apresentar trabalhos 
nestes espaços, quando da chamada para participação. Busque saber mais sobre o assunto, levando este 
ponto para refletir com a supervisora de campo. Mas adiantamos que antes de apresentar trabalhos em 
congressos e seminário é preciso amadurecer a identidade profissional a partir vivência de estágio, ou seja, 
é uma idéia para o aluno se preparar e participar quando se encontrar mais seguro na prática de estágio. 
Assistir ou ler jornais e revistas (seja na internet) procurando se apropriar das últimas notícias nacionais e 
internacionais é uma prática primordial para acompanhar, compreender, participar e fazer a história. Não 
estou dizendo para ler tudo o que encontrar pela frente, mas selecionar uma notícia para ler e discutir com 
a supervisora de campo. É notório que a maior parte das notícias que se encontram na mídia é pontual, 
vazia na crítica construtiva, e por muitas vezes tendenciosas a formação de opinião. Por tanto, ler, ler e ler 
é fundamental para fugir destas armadilhas e construir o pensamento próprio sobre a realidade em que se 
vive. Lembro da experiência de um grupo focal com um grupo de mulheres trabalhadoras, mães, em uma 
favela. A atividade era parte de um projeto social do qual fazia parte como pesquisadora. Na ocasião nos 
reunimos uma vez por semana, todos os profissionais, a saber: dois assistentes sociais, dois psicólogos, e 
três estagiários. Organizávamo-nos da seguinte maneira: Apoio (responsável pelo lanche e providenciar 
material necessário a realização do grupo), Coordenação do grupo (responsável pela coordenação do grupo 
focal) e Registro (fotografar, gravar e anotar toda a dinâmica). Todos passam por todas as etapas, ora eu 
estava no Apoio, outro dia participava da Coordenação, ou do Registro. Mas para funcionar é preciso 
planejar e avaliar continuadamente. A proposta era promover o debate sobre os Direitos e Deveres das 
Crianças e Adolescentes a partir das reportagens da mídia escrita (nos jornais de grande circulação). 
Lembro que uma mãe levou uma reportagem sobre as condições precárias da rede de saúde, expressando 
preocupação com a saúde da família – em especial dos seus filhos. A partir desta reportagem, discutimos 
sobre a importância da vacinação, até chegar ao Estatuto da Criança e do Adolescente onde preconiza que 
na internação da criança, o responsável legal tem o direito de permanece na enfermaria. Na semana 
seguinte, a mesma mãe falou: “minha filhafoi internada e o médico não queria me deixar ficar com ela, fui 
até a minha casa, peguei o ECA e mostrei pra ele, entrei na mesma hora”. Um exemplo simples nos mostra 
o quanto à leitura aguça a curiosidade, e auxilia na busca de informações sobre o que está acontecendo no 
meio em que vivemos. Imagina um profissional que não acompanha a mídia a partir da realização de uma 
leitura critica. Com esta atividade, observaremos que muitas informações não aparecem na mídia. E 
precisamos nos aproximar para entender os por quês. 
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A PRÁTICA SOCIAL 
Iamamoto (2004, p. 114) nos diz que a trajetória do Serviço Social enquanto profissão apresenta um 
arsenal de mitos hoje presentes na compreensão da prática social e, mais especificamente, da prática 
profissional. Como componentes dessa ‘mitologia’, apresenta: 
 A prática social reduzida a qualquer atividade, à atividade geral; 
 A concepção utilitária da prática social, traduzida profissionalmente na preocupação com a eficácia 
técnica, com o resultado imediato e visível, quantificavelmente mensurável; 
 A prática social apreendida na sua imediaticidade, como um dado, que teria o poder miraculoso de 
revelar-se a si mesma, como coisa ‘natural’. Essa naturalização da vida social e essa coisificação da prática – 
aparências necessárias e historicamente gestadas na própria sociedade capitalista – são apreendidas 
unilateralmente como se fossem reveladoras da concretude do real. Assim, as expressões da prática social 
passam a ser apreendidas em si mesmas de maneira auto-suficiente, em um processo de parcialização 
progressiva da totalidade da vida social.” 
 
 Podemos compreender a exposição de Iamamoto(2004) como uma real preocupação, onde o fazer 
profissional do assistente social não pode ser entendido como uma atividade que qualquer pessoa pode 
desempenhar, a partir do domínio puro da técnica, sem a realização de uma leitura crítica da realidade. É 
preciso fugir da prática “profissional” imediatista, sem planejamento, isenta do olhar crítico construtivo, 
cujo objetivo é apenas a resolução imediata da situação apresentada. 
A prática social não se revela na sua imediaticidade. É preciso estudar, realizando uma leitura crítica 
das situações apresentadas no cotidiano profissional, valorizando a relação teoria e prática. 
 
 As sessões plenárias do XIX Congresso Brasileiro de Assistentes Sociais produziram valiosas 
considerações quanto ao exercício profissional, que merecem destaque (IAMAMOTO, 2007, P. 467): 
 “ – aprofundar o conhecimento as condições reais de trabalho do assistente social, enquanto 
trabalhador assalariado, articulando-o às lutas mais gerais dos trabalhadores frente as reformas sindical, 
trabalhista e universitária; 
 - estimular o estudo sobre os espaços ocupacionais -, tradicionais e emergentes - transformando-os 
em espaços públicos de denúncias e reivindicações; 
 
 - aperfeiçoar e estimular a construção de articulações político-institucionais com a sociedade civil na 
luta pela garantia de direitos; 
 - apoiar o aprofundamento teórico-metodológico como base para a leitura dos trabalhos realizados, 
reconhecendo a convivência de tendência inovadora e conservadoras nessas leituras e atribuindo maior 
atenção a dimensão técnico-operativa da profissão; 
 estimular formas de socialização e intercâmbio de experiências profissionais exitosas que indicam 
avanços na concretização do projeto ético-político profissional.” 
 Diante do que foi colocado, constatamos que o Serviço Social é uma profissão dinâmica inserida no 
próprio contexto sócio histórico. 
 O assistente social deve modificar a sua forma de atuação profissional, em decorrência da demanda 
que lhe é colocada. É necessário acompanhar o movimento da sociedade e perceber os novos espaços 
como possibilidades de intervenção sobre uma realidade social. 
 Isto é, cabe ao profissional ir além do imediatismo, assumindo uma postura de investimento no 
processo de apreensão da realidade concreta e das mudanças sociais em movimento, buscando identificar 
novas possibilidades de intervenção profissional. 
 A partir da valorização da qualificação continuada para desenvolvimento de novas competências e 
habilidades, será possível atender as novas demandas postas à profissão. 
 O atual quadro social brasileiro pede por uma atuação profissional consistente, que intervenha 
sobre os novos desafios postos a cada dia. Por isso o assistente social deve estar em permanente 
atualização para oferecer respostas à demanda de trabalho apresentada. 
 
QUALIFICAÇÃO CONTINUADA 
Qualificação continuada significa assumir a ação investigativa na busca da organização de novas 
possibilidades de intervenção. É a atitude investigativa que permite desvendar o ponto central do 
problema. Lembra-se que a teoria fundamenta a prática e encontra-se no nível da abstração, do 
pensamento, já o método norteia a prática. 
 É preciso romper com a idéia de que “qualquer um” tem condição de fazer o que o Serviço Social 
faz e mostrar qual é o produto do trabalho profissional, apropriando-se das ferramentas gerenciais e 
tecnológicas, de registro e documentos. Em outras palavras, é preciso entender que, nesse momento 
histórico, o fazer profissional está diretamente relacionado às seguintes dimensões: investigativa, teórico 
metodológica, técnico-operativa, ético-política e pedagógica. E o “como fazer” (investigativo, técnico-
operativo e pedagógico) precisa ser trabalhado a partir de uma formação continuada. 
DE OLHO NA LEI, Enquanto profissional liberal e de acordo com a Lei de Regulamentação da Profissão do 
Assistente Social (Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993) constituem competências do assistente social: 
 I - elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, 
direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares; 
II - elaborar, coordenar, executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação 
do Serviço Social com participação da sociedade civil; 
III - encaminhar providências, e prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; 
IV - (Vetado); V - orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de identificar 
recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus direitos; 
 VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; 
VII - planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para 
subsidiar ações profissionais; 
 VIII - prestar assessoria e consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas 
privadas e outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; 
 IX - prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às políticas sociais, no 
exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da coletividade; 
 X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e de Unidade de Serviço Social; 
 XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a 
órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. Assim, há muito 
que observar aprender, trocar, vivenciar a partir da experiência de estágio supervisionado. 
 E Iamamoto (2001, p. 87) complementa, apontando que os maiores desafios colocados ao profissional de 
serviço social, na atualidade, são: 
“ • Decifrar as múltiplas expressões da questão social, sua gênese e as novas características. 
 • Repensar a questão social, dado que as bases de sua produção sofreram transformação. 
 • Desenvolver a capacidade de decifrar a realidade e construir propostas de trabalho criativas e capazes de 
preservar e efetivar direitos, a partir de demandas emergentes no cotidiano. 
• Qualificar-se para acompanhar, atualizar e explicar as particularidades da questão social nos níveisnacional, regional e municipal.” Mas é preciso muita perseverança, comprometimento, identificação com a 
profissão e paciência no processo de aprendizado, não se conhece uma realidade do dia para a noite, o 
tempo vivenciado no campo de estágio, a participação nas atividades planejadas e a reflexão sobre as 
mesmas, aos poucos, aproximará você do que chamamos de sistematização da prática profissional, isto é: 
planejar, executar, monitorar e avaliar a prática profissional, em uma perspectiva propositiva e criativa. 
----------- 
Sugerimos a participação em seminários e palestras com temas relacionados ao campo de estágio ou a 
política de atuação. Faça uma pesquisa na internet, no site do CRESS ou CFESS, ou até mesmo em outros 
sites. Pergunte à supervisora se haverá algum evento nos próximos dias, ou mês. E assim se organize para 
participar e aprender com outras experiências. E lembra-se de solicitar o certificado de participação 
enquanto ouvinte, importante documento para comprovação curricular. 
Nesta aula, você: 
Aprendeu que o aluno está iniciando uma nova experiência, acolhido por uma supervisora de campo. 
Aprendeu que o aluno, estagiário, também tem que cumprir o seu papel: na condição de aprendiz, 
estando disponível ao processo de estágio a partir de uma aproximação gradativa da realidade de 
trabalho dos assistentes sociais. 
 
AULA 3: PLANO DE ESTÁGIO: DIRETRIZES PARA UMA PRÁTICA PROFISSIONAL 
QUALIFICADA 
 
Na aula anterior aprendemos que o estágio supervisionado propicia ao aluno uma aproximação gradativa a 
realidade de trabalho do assistente social. Mas pra isso é preciso apresentar um plano de trabalho. Neste 
caso, um plano de estágio. Mas o que é um plano de estágio? É um instrumento de didático-pedagógico. É 
o registro das etapas do estágio supervisionado, delimitando o período (data estimada), as atividades, os 
objetivos, a metodologia e as leituras necessárias ao aprendizado do aluno. O qual poderá ser adaptado as 
necessidades que possam surgir no decorrer do período. 
 
PLANO DE ESTÁGIO 
Por exemplo, no primeiro mês do estágio você poderá se dedicar ao levantamento de informações sobre a 
história da instituição. No plano serão registradas as ações necessárias para o alcance deste objetivo, 
delimitando o tempo para executá-las, garantindo o tempo de debate com a supervisora de campo. 
 
Outro exemplo: Aprender a entrevistar (objetivo). Então vamos exercitar! O que é preciso fazer para 
aprender a entrevistar o usuário no primeiro atendimento? Verificar se realizou a leitura dos principais 
textos sobre o assunto, observar a realização de uma (ou várias) entrevista(s), debater com a supervisora 
de campo sobre a observação (apresentando os questionamentos), compreender o conteúdo do roteiro de 
entrevista (entendendo o objetivo de cada pergunta) e valorizar o diálogo enquanto instrumento principal 
neste processo. 
 
ELABORAÇÃO DO PLANO DE ESTÁGIO 
Na elaboração do plano registra-se de forma pontual para que se possa aprofundar, posteriormente com o 
desenvolvimento do planejamento das ações. Um roteiro simples de plano de trabalho e que pode ser 
utilizado para o estágio. Vamos retomar o exemplo anterior, a entrevista: 
 
 
São vários os motivos para valorizarmos o momento de elaboração do plano de estágio, apresentamos 
alguns: 
 
 
 
 
OBJETIVO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
O objetivo maior do estágio supervisionado é proporcionar ao aluno vivência em diferentes dimensões de 
atuação profissional, promovendo a articulação entre teoria e prática e a busca de soluções para situações-
problema características do cotidiano profissional, de forma contextualizada, crítica e atualizada, formando 
assistentes sociais, que (re) pensem seu trabalho e estimulem o desenvolvimento do pensamento crítico e 
científico. 
 
AS ATIVIDADES DELIMITADAS NO PLANO DE ESTÁGIO DEVEM ESTAR COMPROMETIDAS 
COMO O APRENDIZADO DO ALUNO, O INCENTIVANDO A: 
 Articular teoria e prática de forma sistematizada, propiciando o saber, o fazer e a compreensão do 
que se fez, através da reflexão-ação nos diversos tempos e espaços; 
 Compreender as diferentes dimensões do espaço profissional, atuando de forma coletiva e 
articulada; 
 Atuar como agente de integração entre o conhecimento científico e o senso comum, promovendo a 
analise crítica da realidade social e a busca de alternativas para sua transformação; 
 Construir um perfil profissional competente e comprometido com o código de ética profissional; 
 Elaborar estratégias de ação atualizadas, contextualizadas e interdisciplinares, capazes de atender a 
solicitações institucionais e promover a construção de conhecimento e responder a demanda da população 
alvo dos serviços. 
DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 
O aluno-estagiário deverá desempenhar suas atividades numa perspectiva de reflexão na ação e sobre a 
ação, de modo a formar-se como um profissional reflexivo que paute sua prática em dimensões éticas e 
políticas, de forma crítica, contextualizada, interdisciplinar e transformadora. 
O desenvolvimento do Estágio Supervisionado basear-se-á no conhecimento da realidade; na reflexão 
sobre a realidade e na identificação das situações que possam tornar-se objeto da proposta de aprendizado 
profissional. 
Alguns elementos que deverão estar registrado no plano de estágio são: as reuniões de orientação de 
estágio para reflexão e análise das informações obtidas; setores em que o aluno-estagiário atuará; e forma 
de acompanhamento e de avaliação do aluno-estagiário. 
Sabemos que no cotidiano de trabalho ocorrem alguns empecilhos que podem atrasar os prazos 
estimados, mas o acompanhamento sistemático das ações faz com que o plano seja flexível a garantia do 
aprendizado do aluno. 
APÓS O EXERCÍCIO DE ELABORAÇÃO DO PLANO DE ESTÁGIO, DELIMITANDO AS 
DIRETRIZES A SEREM DESENVOLVIDAS AO LONGO DO SEMESTRE: QUAL SERÁ O PRÓXIMO 
PASSO? 
O próximo passo é o planejamento mesmo das atividades. Aprofundando “o como fazer?”, “como atingir o 
objetivo proposto?” para um resultado satisfatório, valorizando as etapas de execução das atividades 
delimitadas no plano, planejando as ações e destacando as formas de monitoramento e a avaliação da 
prática profissional. 
 
PLANEJAMENTO DAS ATIVIDADES 
Sobre o planejamento das atividades delimitadas no plano, Baptista (2000,13) fala que o termo 
planejamento refere-se ao processo permanente e metódico de abordagem racional e científica de 
questões que se colocam no mundo social. Sobre o tema Planejamento Social, cabe uma reflexão sobre as 
contribuições de Baptista – daremos destaque ao trabalho sob o título “Planejamento Social: 
intencionalidade e instrumentalização”, registrada nas referencias bibliográficas desta aula. 
Planejamento – “o planejamento se refere, ao mesmo tempo, à seleção das atividades necessária para 
atender as questões determinadas e a otimização de seu inter-relacionamento, levando em conta os 
condicionantes impostos a cada caso (recurso, prazos e outros); 
Baptista apud Ferreira (2000, 15) nos diz que o planejamento se organiza por operações complexas e 
interligadas, e aponta alguns aspectos que devem ser considerados quando do planejamento. São eles: 
DE REFLEXÃO 
Que diz respeito ao conhecimento de dados, à análise e estudo de alternativas, á superação e 
reconstrução de conceitos e técnicas de diversas disciplinas relacionadas com a explicação e 
quantificação dos fatos sociais; 
DE DECISÃO 
Que se refere à escolha de alternativas, à determinação de meios, à definição de prazos, etc.; 
DE AÇÃO 
Relacionada à execução das decisões. É foco central do planejamento. Orienta-se por momentos que a 
antecedem e é subsidiada pelas escolhas efetivas na operação anterior, quando aos necessários 
processos de organização; 
DE RETOMADA DA REVISÃO 
Operação de crítica dos processos dos efeitos da ação planejada, com vistas ao embasamento 
do planejamento de ações posteriores.Aprendemos que o plano e planejamento são etapas complementares no cotidiano profissional, mas 
vamos esclarecer mais uma vez a diferença entre os dois: 
PLANO 
O plano delineia as decisões de caráter geral, deve ser formulado de forma clara e simples para nortear o 
planejamento das ações. 
PLANEJAMENTO 
O Planejamento é o processo de planejamento das ações, momento de tomar decisões a respeito do 
trabalho a ser feito. Planejamento envolve muita reflexão antes, durante e depois. É um processo que não 
tem fim. Como colocado anteriormente, pode até chegar a exigir que se mude o plano proposto se o 
andamento do trabalho mostrar que é preciso fazê-lo. 
 
 
 
 
 
EDUCAÇÃO PARA FORMAÇÃO DO ASSISTENTE SOCIAL 
Na atualidade, alguns requisitos para garantir a qualidade da formação profissional do assistente social são 
a busca pelo fortalecimento da formação de um profissional criativo, propositivo que tenha competência e 
agilidade na pesquisa e no desvendamento da realidade, apreendendo a dinâmica dos processos sociais na 
sua totalidade. Espera-se a superação da visão fragmentada, praticista e determinada unicamente pelos 
interesses da instituição na qual está inserido o assistente social. 
Partindo deste ponto de vista, propõe-se uma ampliação da proposta de educação, contribuindo para que 
todos tenham acesso a dados, informações, fatos permitindo que estes possam analisar relacionar, 
escolher, organizar e lançar mão destes conhecimentos para a complementação da formação humana. 
Para podermos compreender a crescente cumplicidade dos fenômenos mundiais, e dominar o sentimento 
de incerteza que suscita, precisamos, antes, adquirir um conjunto de conhecimentos e, em seguida, 
aprender a relativizar os fatos e a revelar sentido crítico perante o fluxo de informações. 
A educação manifesta aqui, mais do que nunca, o seu caráter insubstituível na formação da capacidade de 
analisar. Facilita uma compreensão verdadeira dos acontecimentos, para lá da visão simplificadora ou 
deformada transmitida, muitas vezes, pelos meios de comunicação social. 
A necessidade por educação e a luta que ela ocasiona, pode gerar uma transformação da realidade social e 
isso é tarefa dos homens que compõem a luta e neste sentido, a realidade social, não existe por acaso, mas 
como produto da ação dos homens, pois nada se transforma por acaso. 
 Assista ao vídeo sobre planejamento de um trabalho. E perceba que tudo é 
muitíssimo bem planejado, pensado, discutido e analisado para decidir como o trabalho 
será realizado e avaliado. 
http://www.youtube.com/watch?v=lEgBDJdeBMg
 E complemente a reflexão com a seguinte leitura: BAPTISTA, Myriam Veras. O Serviço 
Social na perspectiva interdisciplinar. In: O uno e o múltiplo nas relações entre as áreas do 
saber. São Paulo: Cortez, 1998. p.p.110-120. 
 Participe da elaboração de um plano de estágio junto com a supervisora de campo. É 
um exercício importante para que o aluno possa compreender as etapas do processo de 
aprendizado. Um exemplo bem simples: não se pode entrevistar sem antes observar uma 
entrevista, buscando saber o que se quer levantar com as perguntas, ou melhor, apreender 
o objetivo da entrevista. O importante é o aluno compreender que não se podem queimar 
etapas, e que o processo de aprendizado sugere uma aproximação gradativa e planejada 
sobre a realidade. 
Nesta aula, você: 
Conheceu os elementos essenciais para a elaboração do plano de estágio supervisionado atrelado ao 
compromisso com o aprendizado profissional. 
AULA 4: DIÁRIO DE CAMPO: UM DIÁLOGO PERMANENTE COM A PRÁTICA 
PROFISSIONAL 
 
 
O QUE É O DIÁRIO DE CAMPO? 
O diário de campo é um instrumento utilizado pelos pesquisadores para registar os dados recolhidos e 
possíveis de serem interpretados. Sendo assim, o diário de campo é um instrumento que permite 
sistematizar as experiências para posteriormente analisar os resultados. 
 
Devemos considerar que cada pesquisador desempenha de uma forma a hora de registrar em seu diário de 
campo. Então, no momento do registro, pode-se anotar ideias desenvolvidas, frases isoladas, transcrições, 
mapas e esquemas, por exemplo. O que importa mesmo é que o pesquisador possa apontar no diário 
aquilo que vê e observa ao longo do seu processo de aprendizado ( no estágio supervisionado) para depois 
analisar e estudar. 
 
TRABALHO DO PESQUISADOR COM O DIÁRIO DE CAMPO 
Certamente, os apontamentos oriundos do diário de campo não têm necessariamente que descrever em 
detalhtes a realidade em si, mas antes a realidade vista a partir do olhar do pesquisador, com as suas 
percepções, bagagem terórica e a sua visão de mundo até o momento. Por isso, pode-se afirmar que, 
mesmo que dois pesquisadores (ou aluno-estágiário) trabalhem em conjunto sobre o mesmo tema 
(realizando estágio no mesmo campo/instituição), os diários de campo de cada um deles serão certamente 
diferentes. 
 
DIVISÃO DO DIÁRIO DE CAMPO 
De acordo com os especialistas, recomenda-se que o diário de campo seja dividido em dois momentos. 
Desta forma, o pesquisador pode incluir, num lado, tudo o que diz respeito às observações realizadas por si 
e, no outro, as suas impressões ou conclusões. Também é interessante que, ao fim do dia, o pesquisador se 
reúna com os seus colegas de trabalho de modo a partilharem ideias e trocarem impressões podendo ser 
úteis para o diário. No caso da aluno-estagiário, trata-se do momento mesmo da supervisão. Onde senta-se 
com o supervisor para debater as atividades e vivências do dia de estágio. 
 
A IMPORTÂNCIA DO DIÁRIO DE CAMPO 
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=-H295F4BYBwC&oi=fnd&pg=PA110&dq=veras+baptista&ots=huYxR5Olbd&sig=S97yz5L9kiDv60uoEvB5n09uhgA#v=onepage&q=veras%20baptista&f=false
http://books.google.com.br/books?hl=pt-BR&lr=&id=-H295F4BYBwC&oi=fnd&pg=PA110&dq=veras+baptista&ots=huYxR5Olbd&sig=S97yz5L9kiDv60uoEvB5n09uhgA#v=onepage&q=veras%20baptista&f=false
Devemos considerar que o diário de campo pode ser o primeiro passo dos ensaios, das reflexões e dos 
livros que pesquisam a realidade social. 
O diário de campo é uma das documentações mais importantes ao processo de estágio supervisionado, 
devendo fazer parte da vida acadêmica do aluno. É um instrumento de registro diário e, segundo Minayo 
(1993:100), nele: 
“(...) constam todas as informações que não sejam o registro das entrevistas formais. Ou seja, observações 
sobre conversas informais, comportamentos, cerimoniais, festas, instituições, gestos, expressões que 
digam respeito ao tema da pesquisa. Falas, comportamentos, hábitos, usos costumes, celebrações e 
instituições compõem o quadro das representações sociais.” 
Isso significa que o aluno-estagiário deve registrar no diário de campo, em tempo real, atitudes, fatos e 
fenômenos percebidos no campo de estágio. Por meio destes registros, posteriormente, podem-se 
estabelecer relações entre a vivência do estágio e a base teórica oferecida na academia. 
INICIANDO O PROCESSO DE DOCUMENTAÇÃO 
Os registros devem ser feitos diariamente, sempre datados, sinalizando os sujeitos envolvidos, o local, a 
situação observada etc. Ao ingressar em uma instituição para estagiar, a orientação é para que o aluno: 
 
1) Tenha um caderno para elaborar o seu diário de campo, identificando-o com seu nome, dados da 
instituição (nome, endereço, e-mail e telefone da instituição), setor (programa/projeto) em que se 
insere, nome da supervisora, período dos registros (início e fim). 
2) Realize uma pesquisa bibliográfica acerca da área de atuação da instituição. Ex: estágio em um 
Centro de Referência da Assistência Social (CRAS). Área de ação: Assistência Social. Ação do 
Assistente Social no Programa Bolsa Família. Recorte teórico-operacional: Assistência Social, 
Políticas Públicas, Políticas Sociais. O aluno deverá buscar textos sobre os temas antes relacionados 
e as leis que regulamentam a ação da instituição e do Assistente Social. 
3) Faça o levantamento da históriada instituição e da inserção do Serviço Social. 
4) Organize uma lista das fontes de consulta, considerando as normas da ABNT (livros, leis, sites, 
jornais, revistas, folders etc.). 
 
Nesse sentido, Mioto (2007) nos diz que a documentação não pode ser negligenciada no contexto do 
exercício profissional, considerando a sua relevância para o processo de conhecimento e sistematização da 
realidade, do planejamento, da qualificação das ações profissionais, bem como da sua importância ao 
alicerçar a produção de conhecimento. Desse modo urge a necessidade de incorporá-la no cotidiano 
profissional, nos mais diferentes momentos do processo interventivo. 
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Mioto (2007) nos diz que pelas observações efetuadas, o diário de campo tem uma larga utilização entre os 
Assistentes Sociais e é exigido para os estudantes de Serviço Social que estão em estágio curricular; sua utilização, no 
entanto, está muito aquém das possibilidades que a produção de um diário de campo pode oferecer para a 
intervenção profissional. Na maioria das vezes, ele se restringe ao agendamento de tarefas, a observações e relatos 
pontuais dos atendimentos individuais, ou ainda, à mera descrição da intervenção e da realidade. Neste sentindo, é 
fundamental a documentação do exercício profissional de uma profissão que se define por seu caráter interventivo. 
É através da sistematização da intervenção que se desenvolvem tanto os processos investigativos sobre a realidade 
social, os sujeitos e o processo de intervenção profissional, quanto de marcos orientador para as ações profissionais. 
A documentação pode ser considerada como um elemento constitutivo da ação profissional, uma vez que ela lhe dá 
materialidade ao comprovar a realização da ação, realizada de diferentes formas, ou seja, em fichas, prontuários, 
relatórios de atendimentos (individuais, familiares ou de reuniões e de assembléias) realizados em instituições ou em 
domicílios, dentre outros. Aliado a isto está o fato da documentação das atividades diárias pode transformar-se em 
sistema de informação dos serviços, revertendo-se em importante instrumento de avaliação e de planejamento. E 
aqui destacamos o uso do diário de campo. Enquanto forma de documentação profissional articulada ao 
aprofundamento teórico, o diário de campo, quando utilizado de forma sistemática, pode contribuir para a 
qualificação profissional, permitindo a realização de análises mais aprofundadas. Mioto (2007) ao expor sua pesquisa 
sobre diário de campo elenca as observações abaixo: 1) De modo geral, há uma preocupação em registrar 
informações específicas da área de intervenção, das rotinas da instituição, dos critérios de acesso aos programas etc. 
Aliado a isso, está evidência de leituras e de referência a um marco conceitual específico sobre a área de intervenção 
(saúde, previdência, assistência social, habitação, educação). 2) O diário de campo, na maioria das vezes, é 
considerado como uma forma de agenda de tarefas, como um caderno de observações e relatos pontuais de 
atendimentos individuais, ou ainda, como um breve relatório descritivo da intervenção e da realidade. Os aspectos 
relevantes que envolvem o cotidiano da intervenção não são registrados, ficando subentendidos seus significados ou 
seus não-significados. 3) Quando apresentam relatos mais consistentes, os registros estão restritos à descrição, 
sobretudo dos atendimentos individuais onde são expostos de maneira minuciosa os dados de cada usuário, 
conseqüentemente, a análise e interpretação de dados possíveis, bem como a reflexão sobre eles fica em segundo 
plano. Assim, os atendimentos individuais são considerados uma ação profissional privilegiada, levando a considerar 
os contatos institucionais e a organização do serviço como rotina institucional burocrática, ou ainda a não percebê-
los como ação profissional. As poucas interpretações realizadas são superficiais e não aprofundam o marco de 
referência conceitual específico com o contexto externo (macrossocietário). 4) As colagens e gravuras, quando são 
apresentadas, não deixam claro o real significado, ou seja, a sua importância e a interpretação desse recurso não são 
expostas.” 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/11PS_aula04_doc01.pdf 
 
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O DIÁRIO DE CAMPO É UMA FERRAMENTA DE APRENDIZADO 
A partir das considerações sobre o diário de campo, a expectativa é para fazer uso deste como mais uma 
ferramenta de aprendizado. Então, o diário de campo consiste em uma forma de registro de observações, 
comentários e reflexões para uso individual do aluno. Pode ser utilizado para registros de atividades de 
pesquisas e/ou registro do processo de trabalho. Desse modo, o diário de campo deve ser usado 
diariamente para garantir a maior sistematização e detalhamento possível de todas as situações ocorridas 
no dia durante a intervenção. Quanto mais utilizar o s4eu diário de campo, mais e mais desenvolverá a 
habilidade em descrever suas observações e reflexões. 
Mioto (2007) sugere uma forma de registro. E fala que o diário de campo pode ser organizado em três 
partes: 
 
1. Descrição; 
 
2. Interpretação do observado, momento no qual é importante explicitar, conceituar, observar 
estabelecer relações entre os fatos e as conseqüências; 
 
3. Registro das conclusões preliminares, das dúvidas, i,previstos, desafios tanto para um profissional 
específico e/ou para a equipe, quanto para a instituição e os sujeitos envolvidos no processo. 
 
4. O diário de campo é um instrumento de registro de atividades de aprendizado, uma forma de 
complementação das informações sobre o cenário onde o aluno está estagiando e onde estão 
envolvidos os demais sujeitos. Neste instrumento, é possível registrar todas as informações que não 
sejam aquelas coletadas em contatos e entrevistas formais, em aplicação de questionários, 
formulários e na realização de grupos focais. 
 
5. As anotações descritivas realizadas em diário de campo são para servirem de suporte na análise e 
planejamentos das ações. É o primeiro passo para avançar na explicação e compreensão da 
realidade em seu contexto. As anotações de cunho analítico-reflexivo indicam quais as questões 
que devem ser aprofundadas. 
 
http://estacio.webaula.com.br/cursos/gon468/docs/11PS_aula04_doc01.pdf
6. As informações, tanto de natureza descritiva como reflexiva, são o conteúdo do diário de campo, 
costurando os retalhos de todo o processo de desenvolvimento de uma pesquisa e/ou dos 
processos de intervenção profissional em dado contexto, oferecendo o cenário da realidade 
vivenciada. 
 
7. O diário de campo oferece subsídios para a intervenção crítica no real e para a orientação da ação 
profissional. Isso se o diário for considerado como “um documento pessoal-profissional no qual o 
aluno fundamenta o conhecimento teórico-prático, relacionando-o com a realidade vivenciada no 
cotidiano profissional, através do relato de suas experiências e sua participação na vida social” 
(Mioto,2007). 
 
8. E o que mais pode ser anotado no diário de campo? As dúvidas e dificuldades são extremamente 
bem-vindas. Estas devem ser registradas e consideradas como elementos importantes no cotidiano 
profissional porque possibilitam à reflexão e análise da experiência de estágio. 
 
9. O registro detalhado da intervenção no diário de campo permite observar e analisar criticamente 
como se planejam e se executam as ações profissionais, e ainda perceber as dificuldades e 
limitações do profissional frente ao serviço, como também as limitações do serviço frente às 
demandas concretas dos usuários. 
 
10. Portanto, o diário de campo, os relatórios, prontuários, protocolos de serviço e de atendimento, 
enfim, toda a forma de documentação só adquire sentido se são úteis tanto para os profissionais 
quanto para a instituição porque, mais do que apenas guardar ou arquivar informações, deve incidir 
positivamente nos processos de planejamento e avaliação

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