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Princípios da administração Pública

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/Campus Garanhuns 
Polo de Apoio Presencial UAB Prof.ª Mª Celeste Vidal Tabira-PE 
 
Curso de Bacharelado em Administração Pública 
Disciplina: Direito Administrativo 
Professor: Bruno Viana
Equipe: Karem Laís Goveia Silva 
 Sadot Lima Cavalcante
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
 
 Apresento a webquest solicitada na disciplina de Direito Administrativo do professor Bruno Viana do Curso de Bacharelado em Administração Pública da FACETEG - Faculdade de Ciência, Educação e Tecnologia de Garanhuns. 
 
Tabira- PE
2019
1.INTRODUÇÃO:
A administração pública é responsável por utilizar os recursos públicos com o intuito de fornecer serviços a população, isto é, é função da mesma tentar satisfazer as necessidades da sociedade utilizando os tributos que é gerado pela população, através de impostos, e tarifas cobradas pelo governo. Sendo assim, para organizar tais ações foram criados os princípios administrativos, que são de relevante importância para definir como a administração pública deve agir. Os mesmo estão expressos na Constituição Brasileira, mais precisamente no artigo 37 da mesma, onde ele afirma que: 
“A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência [...] (Senado Federal, Portal). 
Cabe a administração pública cumprir com todos estes princípios, isto porque os mesmos tem por função organizar toda a estrutura administrativa, e além disso mostrar requisitos básicos para uma “boa administração” como também oferecer uma certa segurança jurídica aos cidadãos, isto porque é obrigação do indivíduo realizar algo apenas em virtude da lei, impedindo assim que haja abuso de poder. Todavia, os princípios administrativos são classificados de duas forma: os explícitos que estão claramente expostos no caput do art. 37 da Constituição Federal do Brasil ,e os implícitos que, em sua maioria, estão dispostos em lei infraconstitucional, sendo esta uma lei que esta hierarquicamente abaixo da Constituição Federal, isto porque a Constituição Federal é considerada a Lei Maior do Estado, e as demais normas jurídicas são consideradas infraconstitucionais, pois são inferiores às regras previstas na Constituição.
Sendo assim, é objetivo deste mine-paper trazer definições sobre a temática dos Princípios da Administração Pública de forma concreta e eficiente, buscando sempre salientar todas as informações relevantes do tema em foco, utilizando o método bibliográfico e baseando-se na pesquisa de doutrinas do âmbito do Direito Administrativo e do Direito Público.
2.DESENVOLVIMENTO:
Os princípios da administração pública são classificados de duas forma, sendo eles explícitos, aqueles cujo os quais fazem parte da Constituição Federal, e os implícitos sendo aqueles que não fazem parte da constituição mas que deve ser seguidos da mesma maneira. Os princípios explícitos são cinco ao todo, sendo eles o Princípio da Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e, Eficiência, já os implícitos são seis ao todo, sendo eles o Princípio do Interesse Público, da Finalidade, da Igualdade, da Lealdade e Boa Fé, da Motivação e, o Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade. Todavia, torna-se relevante destacar cada um dos princípios explícitos na Constituição Federal e tentar entender como cada um destes funcionam e oque proporcionam a administração pública. Contudo torna-se relevante conhecermos também os princípios implícitos, mesmo que de uma forma um pouco breve.
2.1 PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
A Legalidade normalmente é aplicada ao particular, ou seja, a qualquer cidadão, a mesma implica que "ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei", pressuposto de que tudo o que não é proibido, é permitido por lei. Mas o administrador público deve fazer as coisas sob a regência da lei imposta. Portanto, só pode fazer o que a lei lhe autoriza. Ele não pode se distanciar dessa realidade, caso contrário será julgado de acordo com seus atos. Podendo citar como exemplo a obrigatoriedade de realizar concursos públicos para ingresso em cargo de provimento efetivo.
2.2 PRINCÍPIO DA IMPESSOALIDADE
O administrador público tem por dever atender ao interesse público, e apenas a este e, sendo assim este princípio define que o administrador não pode fazer sua própria promoção, tendo em vista seu cargo como também é proibido o privilégio de pessoas específicas, pois todos devem ser tratados de forma igual. Um exemplo disso é a proibição do apadrinhamento, ação geralmente utilizada por gestores públicos para a contratação de parentes ou amigos que não são capacitados para ocupar certos cargos públicos, mais são contratados apenas pela amizade.
2.3 PRINCÍPIO DA MORALIDADE
Este princípio impõe ao administrador que ele siga padrões éticos esperados em determinada comunidade. O mesmo estabelece os bons costumes como regra da Administração Pública, onde o interesse público se sobrepõe ao interesse particular. Um exemplo disto é a acumulação ilícita de dois cargos públicos.
2.4 PRINCÍPIO DA PÚBLICIDADE
Este princípio possui foco na publicidade, o gerenciamento dos recursos públicos deve ser feito de forma legal, não oculta. A publicação dos assuntos é importante para a fiscalização, isto contribui para ambos os lados, tanto para o administrador quanto para o público. Porém, a publicidade não pode ser usada para a propaganda pessoal, e, sim, para haver um verdadeiro controle social. Um exemplo disso é a divulgação dos salários de servidores públicos e publicações dos atos no Diário Oficial da União, Estado ou Município, dependendo do caso. Como também a divulgação do PPA, LDO e, LOA, em sites do governo, estes documentos são responsáveis por transmitir informações orçamentárias de cada município e/ou estado e devem ser sempre publicados para a acesso de todos.
2.5 PRINCÍPIO DA EFICIÊNCIA: 
Este princípio não estava incluído na redação original da Constituição de 1988, contudo, o mesmo foi introduzido em 1998 quando houve Emenda Constitucional nº 19/98, relativo a Reforma Administrativa do Estado, nesta fase o objetivo era adotar a incorporação das iniciativas privadas, tais como eficiência, eficácia e, efetividade. Neste princípio, o administrador tem o dever de fazer uma boa gestão, ele deve trazer as melhores saídas, sob a legalidade da lei, bem como mais efetiva. Com esse princípio, o administrador obtém a resposta do interesse público e o Estado possui maior eficácia na elaboração de suas ações. Um exemplo disso é uma estruturação administrativa em um órgão público como por exemplo uma prefeitura.
2.6 PRINCÍPIOS IMPLÍCITOS
Como anteriormente citado, os princípios implícitos são aqueles cujo os quais não fazem parte da constituição federal, mas que são e devem ser seguidos da mesma forma que os explícitos. Eles se subdividem em seis, sendo eles:
O Princípio do Interesse Público, este visa a supremacia do interesse público sobre o interesse privado pois, segundo a própria Constituição Federal, “todo o poder emana do povo”, por isso, o interesse público irá trazer o benefício e bem-estar à população;
O princípio da Finalidade, este faz referência a finalidade dos objetivos do administrador, isto é, buscar os resultados mais práticos e eficazes, obtendo sem o foco nas necessidades e aspirações do interesse do público;
O princípio da Igualdade, cabe ao administrador a agir de maneira igual em situações iguais e desigual em situações desiguais, isto é decretado pela lei, sendo assim, o mesmo se torna obrigado a realiza tal princípio; 
O princípio da Lealdade e Boa Fé, o administrador não deve agir com malícia ou de forma astuciosa para confundir ou atrapalhar o cidadão no exercício de seus direitos. Sempre deve agir de acordo
com a lei e com bom senso;
O princípio da Motivação, este princípio vai fundamentar todas as decisões que serão tomadas pelo agente público, e além disso, é dever do administrador, como líder, orientar e motivar todos os indivíduos que estão subordinados a ele;
O Princípio da Razoabilidade e da Proporcionalidade, este tem por objetivo, proibir o excesso, pois para todas as ações dos servidores públicos, deve existir uma explicação, um fundamento de base e direito. 
CONCLUSÃO
Os princípios da administração pública são de suma importância para a mesma, isto porque eles proporcionam ao administrador uma forma ética, moral e consistente de como o ele deve agir, e atuar no setor público. Estes princípios oferece bastante benefícios, tanto ao setor administrativo e a organização pública, quanto aos cidadãos que usufruem dos produtos e serviços ofertados por tal organização.
No decorrer do trabalho notou-se que cada princípio possui uma foco diferente as que todos se unem em busca de uma só objetivo, tornar a administração mais ampla, eficiente e transparente, pois os mesmo asseguram os direitos de cada pessoa a quem a mesma presta serviços, como também define todos os deveres que os administradores tem para com os mesmo, ou seja, estes princípios são, de certa forma, uma espécie de segurança, tanto para a organização, quanto para os indivíduos a quem ela presta serviços. Tornou-se evidente também que além dos princípios explícitos na Constituição, os implícitos também são importantes e possuem uma certa parcela de importância, devendo estes portanto, serem igualmente respeitados como os outros.
Levando em consideração a frase de Cármen Lúcia Antunes Rocha, que diz que: “Todo cidadão tem direito ao governo honesto”, é perceptível que os princípios administrativos tentam justamente assegurar este para com cada cidadão, evitando que haja abuso de poder por parte dos mais “fortes” sobre eles, assim como também não ocorra corrupção e negligencias relativos as atividades administrativas de cada organização. Contudo, na prática não é bem assim, pois infelizmente ainda encontra-se casos de corrupção, de apadrinhamento de parentes, de negligencias relativas aos gastos públicos e muitos outros, todos estes atos ferem aos princípios que são objeto de estudo deste Miner-paper, todavia, isto pode ser explicado pelo simples fato de a maioria da sociedade ser leiga relativo a este assunto, e sendo assim, como consequência tem-se uma quadro de ineficiência administrativa em todo o país. Portanto, é notório que os princípios administrativos devem sim ser conhecidos por todos, como também devem ser seguidos à risca e tendo sempre como objetivo principal a eficiência do serviço prestado a população. 
REFERÊNCIAS:
OLIVO, Luiz Carlos Cancelier de. Direito Administrativo. Florianópolis: Departamento de Ciências   da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2012.
Atividade legislativa. Senado Federal. Acessado em: 10 de abril de 2019. Disponível em: < http://www.senado.leg.br/atividade/const/con1988/con1988_12.07.2016/art_37_.asp >.
GARCIA, Rayssa Cardoso; ARAÚJO, Jailton Macena. Os princípios da administração pública no sistema jurídico brasileiro. Âmbito Jurídico. Acessado em: 11 de abril de 2019. Disponível em: < http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.php?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=11022&revista_caderno=4 >.
Princípios da Administração. Princípios Constitucionais. Acessado em: 11 de abril de 2019. Disponível em: < http://principios-constitucionais.info/direito-administrativo/principios-da-administracao-publica.html >.
ALPERSTEDT, Henrique Dias. Os 5 princípios da administração pública. Publicado em 24 de julho de 2017. Acessado em: 13 de abril de 2019. Disponível em: < https://www.politize.com.br/principios-administracao-publica/ >.
RODRIGUES, Horácio Wanderlei. Trabalhos para cursos   e programas integrantes da educação superior. Opinião Jurídica,   Fortaleza, Fac. Christus, a. IV, n. 7, p. 124-144,   2006/1.

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