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PROJETO DE IMPERMEABILIZAÇÃO - ESTUDO DE CASO

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IMPERMEABILIZAÇÃO 
Na obra em estudo, mencionar soluções e materiais possíveis, 
escolher 1 solução para projetar e detalhar e mensurar a 
impermeabilização, com detalhe construtivo da solução 
proposta, previsão de custo dos serviços em base de planilha de 
composição de custos ou em preços formatados utilizando 
planilhas ippuj, sinapi,deinfra,etc, citando mês/ano da 
publicação 
 
. 
 
• Muro de arrimo, medidas conforme projeto, soluções mencionar as possíveis e 
detalhar a escolhida 
• Fundação e baldrames do pavimento térreo, apropriar volumes pelo projeto fornecido 
• Floreira na fachada,(desenho incluído no projeto) com detalhes necessários para boa 
construção 
• Cisterna Enterrada 
• Piscina em concreto armado 
• Caixa d água em estrutura de concreto armado 
• Banheiros do 1º pavto 
• Terraço descoberto com acesso público 
• Cobertura do ático 
• Sacadas do 1º pavto 
• Soluções para patologias nas paredes do pavto térreo devido a umidade ascendente 
• Por que a impermeabilização e Patologias em obras devido a falta de 
impermeabilização . 
• Impermeabilização sob os aspectos da Norma de Desempenho NBR 15.575 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO REAL 
 
As patologias mapeadas para elaboração do Projeto de Recuperação Estrutural foram 
identificadas através de inspeção visual, levantamento fotográfico e levantamento 
métrico. 
As pranchas de Mapeamento de Danos é o resultado gráfico do cadastro estrutural e 
apresenta a localização, dimensões e imagens das peças estruturais que deverão passar 
por recuperação. 
A apresentação está dividida por pavimento e também através das quatro elevações, as 
patologias foram identificadas e numeradas. 
 
1. ANÁLISE DAS ESTRUTURAS 
Após a elaboração do Mapeamento de Danos foi possível à identificação e avaliação 
técnica dos danos. 
As manifestações patológicas foram identificadas em vários elementos estruturais e de 
vedação da edificação e serão descritas brevemente abaixo. 
- TÉRREO 
- Pilares com armadura expostas e com foco de oxidação (Patologia 01 a 06 e 08); 
-Fissura com sentido vertical com aproximadamente 2mm de espessura junto a viga, 
(Patologia 07); 
-Piso de calçada com sedimentação (Patologia 09); 
- Fissura horizontal (Patologia 10); 
- Bolor (umidade ascendente) (Patologia 11 e 12); 
-Formação calcaria por infiltração devido a fissuras por enraizamento (Patologia 13); 
-Infiltração na junta de dilatação (Patologia 14 e 15); 
-Estrutura com deterioração com armadura exposta e com pontos de oxidação 
(Patologia 16); 
- Fissura vertical (Patologia 17) 
 
SEGUNDO PAVIMENTO: 
-Abaulamento da estrutura da sacada com descolamento de material deixando a 
armadura exposta e com pontos de ferrugem (Patologia 18); 
-Crescimento de vegetação de médio porte sob laje de forma inadequada provocando 
danos na laje (Patologia 19); 
-Jardim interno com impermeabilização inadequada (Patologia 20); 
- Laje com armadura expostas e com foco de oxidação (Patologia 21); 
- Deslocamento alvenaria e Bolor (Patologia 22); 
 
TERCEIRO PAVIMENTO: 
-Abaulamento da estrutura da sacada com descolamento de material deixando a 
armadura exposta e com pontos de ferrugem (Patologia 23); 
 
QUARTO PAVIMENTO: 
-Infiltração pela laje danificando esquadrias e estrutura em contato e crescimento de 
vegetação de forma inadequada (Patologia 24); 
-Infiltração de forma descendente em toda a parede e teto (Patologia 25); 
-Desgaste do concreto deixa armadura exposta e com pontos de ferrugem (Patologia 
26); 
-Fissura na laje na margem de 01 mm (Patologia 27); 
-Jardim interno com impermeabilização inadequada (Patologia 28); 
- Manchas na laje (Patologia 29); 
 
PAVIMENTO TÉCNICO: 
-Sujidade em todas as paredes e no piso, pintura descascada e trincada (Patologia 30); 
-Fissura na laje se originando no canto da claraboia na margem de 01 mm e com 
formação de sais pela infiltração (Patologia 31/32); 
- Mancha em toda extensão da alvenaria (Patologia 33); 
COBERTURA: 
-Calhas com impermeabilização inadequada (Patologia 34); 
-Calhas com drenagem inadequada e cobertura com aberturas dos caibros abertas e 
ocasionando a entrada de pequenos animais e sua procriação (Patologia 35); 
-Cobertura inadequada e drenagem insuficiente, com crescimento de vegetação de 
forma inadequada (Patologia 36/37); 
- Parede de alvenaria com manchas (Patologia 38) 
- Corrosão da estrutura de sustentação laje dos dutos (Patologia 39); 
 
ELEVAÇÕES 
- Manchas escuras, proveniente de infiltração – Drenagem inadequada (Patologia 40); 
- Microfissuras capilares (Patologia 41); 
- Descolamento de concreto aparente (Patologia 42); 
- Fissuras e descolamento de revestimento (Patologia 43); 
- Manchas umidade e sujidade (Patologia 44); 
- Manchas escura – infiltração laje (Patologia 45) 
 
2. RESUMO DAS PATOLOGIAS ENCONTRADAS 
PATOLOGIA 01 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta Agressão 
PATOLOGIA 02 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 03 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 04 IDENTIFICAÇÃO 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 05 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 06 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 07 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissura Vertical 
PATOLOGIA 08 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 09 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta 
PATOLOGIA 10 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissura horizontal 
PATOLOGIA 11 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Bolor Umidade 
ascendente 
PATOLOGIA 12 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Manchas Bolor 
PATOLOGIA 13 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Formação calcária por 
infiltração 
Fissuras por 
enraizamento 
PATOLOGIA 14 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Infiltração na junta de 
dilatação 
 
PATOLOGIA 15 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Infiltração na junta de 
dilatação 
 
PATOLOGIA 16 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura exposta Deteriorização 
PATOLOGIA 17 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissura Vertical 
PATOLOGIA 18 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura exposta + 
Abaulamento 
 
PATOLOGIA 19 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Vegetação de médio 
porte 
Natural 
PATOLOGIA 20 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Impermeabilização 
inadequada 
 
PATOLOGIA 21 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura exposta Desgaste 
PATOLOGIA 22 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Deslocamento entre a 
estrutura e alvenaria + 
umidade alvenaria 
 
PATOLOGIA 23 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura Exposta + 
abaulamento 
 
PATOLOGIA 24 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Infiltração Vedação 
PATOLOGIA 25 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Infiltração Isolamento de 
alvenaria 
inadequado 
PATOLOGIA 26 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Armadura exposta Desgaste concreto 
PATOLOGIA 27 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissura ???? 
PATOLOGIA 28 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Impermeabilização 
inadequada 
 
PATOLOGIA 29 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Manchas e infiltração 
na laje 
Cobertura 
inadequada 
PATOLOGIA 30 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Sujidade + 
Crescimento 
vegetação 
Falta de 
Manutenção 
PATOLOGIA 31 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissura+Formação de 
sais 
 
PATOLOGIA 32 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissura+Formação de 
sais 
 
PATOLOGIA 33 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Umidade 
PATOLOGIA 34 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Impermeabilização 
inadequada 
 
PATOLOGIA 35 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Drenagem e 
impermeabilização 
inadequadas + 
Infestação de pombos 
 
PATOLOGIA 36 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Impermeabilização Cobertura 
inadequada + 
Ausência sistema de 
drenagem 
PATOLOGIA 37 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Impermeabilização Cobertura 
inadequada + 
Ausência sistema de 
drenagem 
PATOLOGIA 38 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Sujidade 
PATOLOGIA 39 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Corrosão estrutura de 
fechamento 
 
PATOLOGIA 40 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Mancha de infiltração Drenagem da sacada 
inadequada 
PATOLOGIA 41 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Microfissuras 
PATOLOGIA 42 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Descolamento de 
concreto 
Falta de acabamento 
PATOLOGIA 43 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Fissurae 
descolamento de 
pastilhas 
Crescimento de 
vegetação 
PATOLOGIA 44 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Sujidade Falta de 
Manutenção 
PATOLOGIA 45 IDENTIFICAÇÃO CAUSA 
 
Mancha escura Crescimento de 
vegetação+Drenage
m inexistente laje da 
cobertura 
 
 
 
 
o que a norma de desempenho (NBR 15575) vai acrescentar na melhoria dos 
processos de impermeabilização? 
A NBR 15575 – Desempenho dos Sistemas Construtivos para Edificações Residenciais 
chega em um excelente momento da construção civil, onde novas tecnologias e 
materiais estão sendo utilizados e precisam ser balizados para atender aos critérios 
desejados pelos usuários, que são o objetivo final da edificação. As incorporadoras e 
construtoras devem conceber e executar as obras de acordo com processos construtivos 
que atendam o nível de desempenho especificado em projeto para ser atingido ao longo 
de uma vida útil. Isso envolve toda a cadeia construtiva – incorporadores, projetistas, 
construtores, fabricantes, fornecedores de insumos e o usuário. 
Em impermeabilização teremos um processo muito mais planejado em suas etapas, 
que possibilitará rastrear o que foi executado, como e por quem, desde que devidamente 
documentado o procedimento. A NBR 15575 se baseia nas normas prescritivas que, 
em impermeabilização, seriam a NBR 9575 e a NBR 9574, acrescentando conceitos 
novos ao que se pretende em requisitos de estanqueidade, proteção das estruturas, 
resistência ao fogo etc. Também define quais os prazos de garantias para cada sistema 
construtivo e sua vida útil e vida útil de projeto. Muito ainda será preciso medir em 
laudos e ensaios técnicos. Não temos as informações balizadas para definir esses prazos, 
mas certamente é um avanço no que diz respeito à qualidade da construção civil. 
Quando se elabora um projeto de impermeabilização, o que deve ser levado 
em consideração? 
Em impermeailização é preciso um processo muito mais planejado, que começa pelo 
estudo do terreno e suas características geomorfológicas e químicas, bem como o 
entorno, além de estudos de drenagens. Também é preciso ter a compreensão do projeto 
de arquitetura e de todos os outros envolvidos numa obra, compatibilizando sempre as 
indicações dos sistemas de impermeabilização e os sistemas construtivos adotados. 
Por fim, quando o empreendimento estiver pronto, se faz necessário orientar o usuário 
sobre como utilizar as áreas que receberam impermeabilização. 
O que diferencia, em termos de impermeabilização, quando se faz um projeto 
para uma grande obra (pontes, viadutos, estádios etc) e para um 
empreendimento imobiliário, por exemplo? 
Na elaboração de projetos de impermeabilização não existe diferença entre 
empreendimentos imobiliários e grandes obras. O que difere são os estudos técnicos 
necessários para iniciar um estudo preliminar de impermeabilização para a obra a ser 
executada. Grandes obras possuem interfaces multidisciplinares que precisam ser bem 
discutidas, até para se formatar a real necessidade de impermeabilizar e como isso 
funcionará em decorrência de diversos fatores possíveis no pós-obra, como ações de 
vento, chuvas, movimentos, alto tráfegos, exposição ao sol etc. Geralmente, as grandes 
obras são com recursos públicos e não valorizam essa fase projetual, deixando 
consequências para correção no pós-obra, sem a devida fiscalização e com os serviços 
mal executados. Em empreendimentos imobiliários, essa fase projetual tem sido bem 
discutida pelas empresas, que já perceberam a importância de um projeto de 
impermeabilização. 
 
Infiltrações estão entre as patologias mais comuns por causa da 
impermeabilização incorreta. 
Quais patologias podem afetar uma obra se a impermeabilização for mal 
feito ou ignorada? 
Diversas são as patologias decorrentes da falta ou má execução 
de impermeabilização, tais como infiltrações por capilaridade ascendente, que 
causam aquele bolor e fungos em rodapés e pisos; manchas por eflorescência, 
carbonatação, corrosão das armaduras, infiltrações em juntas e detalhes construtivos, 
manchas de umidade por absorção, trincas e fissuras, descolamento de revestimentos 
internos e externos, para citar as mais comuns. 
Construções que usam concreto pré-moldado usam que tipo de 
impermeabilização em comparação com as de concreto armado? 
Sistemas construtivos que utilizam estruturas pré-moldadas precisam estar atentos aos 
detalhes de juntas verticais e horizontais, além dos encaixes, que sofrem grandes 
movimentações. O tipo de uso a que estará exposta a edificação também influencia, 
assim como o tipo de concreto, que pode ser mais leve, mais aerado e com maior 
facilidade de absorção de água. O uso acentuado de desmoldantes, alterando as 
propriedades da superfície, bem como a grande quantidade de elementos que serão 
fixados aos pré-fabricados, pós-serviços, também podem influenciar 
na impermeabilização. 
Em termos de mão de obra, equipamentos e produtos para 
impermeabilização, a construção civil brasileira está bem servida ou tem 
muito a evoluir em relação ao que é aplicado fora do país? 
http://www.cimentoitambe.com.br/wp-content/uploads/2013/07/impermeabiliza%C3%A7%C3%A3o2.jpg
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No que diz respeito à impermeabilização, o Brasil está muito bem em produtos e 
técnicas construtivas. Mas em mão de obra qualificada, está muito fraco. Não temos 
ainda a cultura do treinamento técnico e aperfeiçoamento. Precisamos qualificar e 
reconhecer a boa mão de obra, isso é o que há de fraco em toa a cadeia, não apenas 
em impermeabilização. É importante pensar em impermeabilização em fase de 
projeto e fazer com que ele se compatibilize com todos os outros projetos. Também é 
necessário que ele faça parte da planilha de orçamento previsto com menor desvio 
possível. A prática nos apresenta que a impermeabilização só é decidida na fase em 
que a obra já esta muito avançada e muitos serviços precisam ser refeitos por não 
estarem previstos em projeto. Isso foi tema relevante no Simpósio 
de impermeabilização que aconteceu recentemente em São Paulo e fez parte do 
trabalho de dissertação de mestrado do engenheiro Jorge de Aquino Lima, sob o título 
“Processo integrado de Projeto, aquisição e execução de sistemas 
de impermeabilização em edifícios residenciais: diagnóstico e proposição de 
melhorias de gestão”. 
 
 
 
 
Acompanhe-nos 
 
 
 
1. EM IMPERMEABILIZAÇÃO (VEJA MAIS 33 ARTIGOS NESTA ÁREA) 
por Eng. Marcos Storte 
Manifestações Patológicas na 
Impermeabilização de Estruturas de 
Concreto em Saneamento 
 
 
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20
javascript:auxiliar('mostra_perfil.php?cod=173')
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703
http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=20&Cod=703
http://www.forumdaconstrucao.com.br/catalogo
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A atividade impermeabilização é entendida de forma simplória, como a adoção de 
técnicas e metas com o objetivo de formar uma barreira química ou física, contra a 
passagem da água. No entanto, a impermeabilização tem uma função muito mais 
importante, que é a de proteger as estruturas de concreto, contra a agressão 
provocada pela água e esgoto, visto elas serem suscetíveis a esta degradação. 
 
Os materiais e sistemas de impermeabilização possuem características próprias e 
variáveis, em função de sua composição química, formulações, etc.., apresentando 
propriedades distintas de resistência a tração, alongamento, aderência, 
impermeabilidade, absorção de água, durabilidade, etc. Portanto, se os sistemas 
possuem propriedades variáveis, é natural que sua aplicação na construção civil 
apresente formas de desempenho distintas. Assim sendo, a impermeabilização 
torna-se uma atividade complexa, visto que os profissionaisda especialidade 
devem conhecer com profundidade as propriedades dos sistemas 
impermeabilizantes para então entender o seu comportamento frente às 
solicitações impostas pelas obras da construção civil. 
 
Por outro lado, a estrutura de concreto que servirá de suporte da 
impermeabilização apresenta também suas propriedades físicas e químicas 
intrínsecas dos materiais utilizados na sua construção, que refletem nas exigências 
de desempenho do sistema de impermeabilização, que será utilizado para protegê-
lo, contra a passagem indesejável da água e do esgoto. 
 
A somatória de técnicas distintas para a construção de uma estrutura de concreto, 
cada um com propriedades diferentes, muitas vezes acarretam em problemas de 
patologia construtivas, que incidem diretamente no desempenho da 
impermeabilização e, se a mesma não estiver adequadamente dimensionada, 
poderá falhar por não resistir aos esforços impostos. 
 
Em muitas ocasiões, a impermeabilização é apontada como ineficiente, sendo que, 
a partir de uma análise mais rigorosa, percebe-se que a mesma perdeu sua 
eficiência devido a erros construtivos que provocaram sua degradação. 
 
Por erro de interpretação, a impermeabilização é apontada como ré, quando nestes 
casos é uma verdadeira vítima das falhas construtivas. 
 
Assim sendo, os profissionais da atividade de impermeabilização devem conhecer 
as patologias construtivas mais comuns e inerentes às áreas impermeabilizadas, a 
fim de prevenir com o dimensionamento adequado da impermeabilização, bem 
como dos reforços necessários. Os construtores também devem conscientizar-se 
destas patologias, já que são responsáveis diretos pelas suas manifestações. Para 
melhor entender este mecanismo, seguem as principais manifestações patológicas 
que ocorrem em estruturas de concreto em saneamento. 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS 
 
As principais manifestações patológicas relacionadas com a impermeabilização 
podem ser divididas em dois grupos: 
 
GRUPO 1 
Manifestações patológicas provocadas pela infiltração d’água, devido à ausência ou 
falha da impermeabilização. 
 
GRUPO 2 
Manifestações patológicas originárias do processo construtivo, que podem provocar 
o rompimento ou danos à impermeabilização. 
 
MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS DO GRUPO 1 
 
Corrosão das Armaduras 
A corrosão das armaduras é uma das principais manifestações patológicas, 
responsáveis por prejuízos da ordem de 0,5% do PIB, segundo algumas 
estatísticas. 
Recobrimento das armaduras abaixo dos valores recomendados pelas normas da 
ABNT. 
Concreto executado com elevado fator água/cimento, acarretando elevada 
porosidade do concreto e fissuras de retração. 
 
 
Ausência ou deficiência de cura do concreto, proporcionando a ocorrência de 
fissuras, porosidade excessiva, diminuição da resistência, etc. 
Segregação do concreto com formação de ninhos de concretagem, devido ao traço, 
lançamento e vibração incorretos, formas inadequadas, etc. 
 
Carbonatação do Concreto 
A reação do cimento com a água resulta em compostos hidratados. Na confecção 
do concreto, normalmente adiciona-se um excedente de água de amassamento 
necessária para sua mistura e trabalhabilidade. Assim, obtemos um concreto 
compacto e denso, porém poroso. 
 
A elevada alcalinidade do concreto (PH entre 12 e 14) deve-se principalmente ao 
hidróxido de cálcio resultante da reação do cimento. O hidróxido de cálcio em 
combinação com os hidróxidos ferrosos do aço formam uma capa passivadora, 
composta de óxidos compactos e contínuos, que mantém a armadura protegida, 
mesmo em concretos com elevada umidade. 
 
A carbonatação do concreto, notadamente em concretos porosos ou com baixo 
cobrimento das armaduras reduz a alcalinidade do concreto para valores de PH 
inferiores a 10, tendo como conseqüência a destruição da capa passivadora da 
armadura, permitindo a início do processo de corrosão, quando em presença de 
água (eletrólito), oxigênio e diferença de potencial da armadura. 
 
Eflorescência 
A eflorescência é a formação de depósitos salinos na superfície do concreto ou 
argamassas, etc.. Como resultado da sua exposição à água de infiltrações ou 
intempéries. Ë considerado um dano, por alterar a aparência do elemento onde se 
deposita. Há casos em que seus sais constituintes podem ser agressivos e causar 
degradação profunda. A modificação no aspecto visual é intensa onde há um 
contraste de cor entre os sais e o substrato sobre as quais se deposita. Como 
exemplo, a formação branca de carbonato de cálcio sobre o concreto cinza. 
 
Quimicamente a eflorescência é constituída principalmente de sais de metais 
alcalinos (sódio e potássio) e alcalino-ferrosos (cálcio e magnésio, solúveis ou 
parcialmente solúveis em água). Pela ação da água , estes sais são dissolvidos e 
migram para a superfície e a evaporação da água resulta na formação de depósitos 
salinos. 
 
Fatores que contribuem para a formação de eflorescências: 
 
Devem agir em conjunto: 
- teor de sais solúveis; 
- pressão hidrostática para proporcionar a migração para a superfície; 
- presença de água.

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