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O AMBIENTE HOSPITALAR História dos Hospitais ■ Ao longo da história, observamos o desenvolvimento dos povos e das comunidades, que objetivavam a melhoria da qualidade de vida de sua população, pelo conhecimento documentado, a presença dos hospitais, os aspectos sanitários e o aparecimento de práticas exercidas pelos profissionais. ■ À medida que as doenças e calamidades afetaram a humanidade, às vezes oriundas da própria degradação humana, vimos o quanto profissionais e leigos buscavam práticas ou técnicas que minimizassem os sofrimentos de seus doentes e a cura de seus males. ■ Mesmo com o avanço científico e tecnológico, o processo de mudança sempre estará frente a novos desafios. ■ O hospital, em toda a sua história, buscou adaptar- se às mudanças, principalmente nas questões que envolvem a diversidade de funções, a complexidade e, principalmente, o desenvolvimento profissional de seus colaboradores. HOSPITAL ■ A indicação da palavra hospital origina-se do latim hospitalis, que significa "ser hospitaleiro", acolhedor, adjetivo derivado de hospes, que se refere a hóspede, estrangeiro, conviva, viajante, aquele que dá agasalho, que hospeda. Assim, os termos "hospital" e "hospedale" surgiram do primitivo latim e se difundiram por diferentes países. No início da era cristã, a terminologia mais utilizada relacionava- se com o grego e o latim, sendo que hospital tem hoje a mesma concepção de nosocomium, lugar dos doentes, asilo dos enfermos e nosodochium, que significa recepção de doentes. ■ Os hospitais em conjunto com os demais EAS (Estabelecimento de Assistência a Saúde) formam um sistema de atenção à saúde que, no caso brasileiro, denomina-se Sistema Único de Saúde (SUS). Neste sistema, os hospitais destacam-se por sua complexidade funcional, elevada resolubilidade e custos de implantação e operação. ■ O termo resolubilidade, em geral desconhecido dos arquitetos não familiarizados com a área da saúde, refere-se à capacidade de um EAS receber, diagnosticar e dar seguimento ao tratamento dos pacientes que o procuram. Quanto maior a resolubilidade de uma unidade, mais complexos deverão ser o seu apoio ao diagnóstico e os setores de tratamento e internação. ■ A Constituição de 1988 confere a todo cidadão o direito à saúde pública gratuita. ■ Em 1990, foi publicada a Lei Orgânica da Saúde – Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que regulamenta a Constituição e cria o Sistema Único de Saúde (SUS), estabelecendo as competências dos três níveis de governo. Funções ■ De acordo como (OMS) agrupou as funções que podem, ser desenvolvidas no hospital, da seguinte forma: ■ Função de prevenção: Principalmente nos ambulatórios, onde os pacientes retornem após a alta para controle. A prevenção consiste: Vigilância materno-infantil; vigilância no crescimento normal da criança e adolescente; controle as doença transmissíveis e prevenção da invalidez mental e física. ■ Função de ensino, educação e pesquisa: ensino pratico dos profissionais de enfermagem, medicina, serviço social, etc., formação de pós-graduação e especialistas, aspectos físicos, psicológicos e sociais da saúde e doença, atividades hospitalares, técnicas e administrativas. ■ PESQUISA : O hospital serve de campo para a pesquisa científica relacionada a saúde. ■ REABILITACAO: O hospital faz através do diagnóstico precoce utilizando os cuidados clínicos, cirúrgicos e especiais por meios dos quais o paciente adquire condições de retornar ao seu meio e suas atividades. ■ CURATIVA: A função a qual o Brasil faz como função principal. Tratamento de qualquer natureza. Classificação ■ De acordo com o atendimento, visando o aspecto clinico, o hospital , pode ser: geral e especializado. ■ Geral: hospital destinado a atender pacientes portadores de doenças das várias especialidade. Poderá ser restrito a um grupo etário (hospital infantil); a determinada camada da população (hospital militar); ou a finalidade especifica como hospital de ensino. ■ Especializado: Limita-se a atender pacientes necessitados da assistência de determinada especialidade. Ex. Hospital do Câncer. Leitos ■ Leitos hospitalares ■ Mínimo – 2 leitos/1.000 habitantes ■ Máximo – 3 leitos/1.000 habitantes ■ Leitos de UTI ■ Mínimo – 4% dos leitos hospitalares ■ Máximo – 10% dos leitos hospitalares ■ A quantidade de leitos hospitalares ou de profissionais de saúde em relação ao número de habitantes também não são índices suficientes para avaliação de um sistema de saúde. ■ Por exemplo, uma pequena cidade que não dispõe de leitos porque faz parte de um consórcio de municípios. No caso, é mais economicamente viável transportar os pacientes a um hospital de referência numa cidade vizinha e repassar a esta cidade uma parcela dos impostos do que construir um hospital próprio. Seu índice de leitos/habitantes é zero e nem por isso a população está mal assistida. Outro exemplo vem de países industrializados, como o Canadá. ■ Lá, o número de leitos por habitante tem sido reduzido drasticamente nos últimos anos, como resultado da estratégia de investir em tecnologia e no aumento da capacidade resolutiva do sistema de saúde. Exames que antecedem uma cirurgia, por exemplo, são feitos a nível ambulatorial. A ideia é deixar o paciente o menor tempo possível internado. ■ Do ponto de vista gerencial, visando o aspecto administrativo pode ser: governamental (federais, estaduais e municipais) e particulares. ■ De acordo com a localização ou estrutura: horizontal, vertical. Quanto ao objetivo financeiro, pode ser classificado como: ■ Não lucrativo: seus gestores não recebem remuneração ou benefícios, não visa ao lucro, mas se houver, reverte-o em projetos, manutenção e desenvolvimento; no caso de extinção, seu patrimônio é doado à outra instituição de mesmo objetivo social; ■ Filantrópico: entidade particular e não lucrativa, que destina uma percentagem de seus rendimentos para assistência gratuita a pacientes sem recursos ou cobertura de saúde; ■ Beneficente: associação particular e não lucrativa voltada à assistência de grupos específicos e se mantém de contribuições de associados e de usuários; ou Lucrativo: particular, objetiva lucro, compensa o emprego de seu capital com distribuição de dividendos. De acordo com capacidade: ■ Pequeno porte: ate 49 leitos ■ Médio porte: de 50 a 199 leitos ■ Grande porte: de 200 a 499 leitos ■ Porte especial: acima de 500 leitos De acordo com a permanecia da clientela ■ Hospital dia ■ Hospital de curta permanência ■ Hospital de longa permanência ■ Hospital de crônicos ÁREAS DE CIRCULAÇÃO EXTERNA E INTERNA ■ A - CIRCULAÇÃO EXTERNA ■ 1. Entradas e Saídas ■ Todo hospital deverá ter as seguintes entradas e saídas independentes: ■ a) para pacientes e visitantes; ■ b) para servidores, material e serviço; ■ c) para a Unidade de Emergências; ■ d) para a Unidade de Ambulatórios (ou de Pacientes Externos ■ e) para a sala de guarda de cadáveres. ■ 2. Locais de estacionamento ■ Deverão ser previstos locais de estacionamento para viaturas de médicos, servidores, acompanhamentos, bem como para ambulância e demais veículos de serviço respeitado um mínimo de 12 m² para cada 4 leitos. • A circulação interna do hospital deverá ser estudada de forma a: ■ a) proteger de tráfego estranho ao serviço áreas como Centro Cirúrgico, Centro Obstétrico, Unidade de Terapia Intensiva, Berçário e Unidades especiais de Isolamento; ■ b) evitar o cruzamento dos tráfegos limpo e contaminado; ■ c) evitar o cruzamento desnecessário de pacientes internos, externos e de visitantes B - CIRCULAÇÃO INTERNA ■ A circulação interna compreende: ■ 1. Circulação horizontal ■ 1.1. Os corredores de circulação de pacientes ambulantes ou em cadeiras de rodas, macas, ou cama, de tráfego intenso do pessoal, de material, deverão ter a largura mínima de 2m, não podendo ser utilizados como sala de espera. ■ Nas áreas de circulação só poderão ser colocados cabines telefônicas, bebedouros e extintores de incêndio, detal forma que não obstruam o tráfego ou reduzam a largura mínima especificada. ■ 1.2. Os corredores internos e de uso exclusivo do serviço, quando destinados apenas à circulação de pessoal de cargas não volumosas, deverão ter um mínimo de 1,20 m largura. ■ 2. Circulação vertical ■ A circulação vertical para movimentação de pacientes da unidade hospitalar só poderá ser feita basicamente através de rampas e elevadores. A COR EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE ■ Os hospitais têm sofrido grandes transformações físicas nos últimos anos, exatamente para atender melhor o paciente, oferecer-lhe mais qualidade de vida e perspectiva de recuperação e, nesse sentido, a cor, hoje, deve ser vista como um elemento que participa dessa mudança uma vez que proporciona bem-estar e tranquilidade. ■ A harmonia visual bem como o equilíbrio cromático dependem do tamanho e da forma da área revestida. Assim, algumas cores atraem, outras repelem – isso quando a cor utilizada não for apropriada àquele espaço – podendo, também, transmitir sensações de calor ou de frio, agitar ou inibir as pessoas. ■ Kandinsky (2002) afirma que a cor quente sobre a superfície tende a aproximar o objeto do espectador, ao passo que a fria distancia. Assim, tetos e pisos sofrem essas influências: o teto branco dá a impressão de aumentar o espaço, pisos mais escuros passam a ideia de “base, apoio”, enquanto as cores mais claras causam uma sensação de leveza. ■ Na área hospitalar, as cores também estão presentes na organização das instalações, como no caso de gases, facilitando a orientação para sua utilização e manutenção. Abaixo pode-se observar um quadro com os efeitos psicológicos de algumas cores, segundo Grandjean (1988, p.313) Cor Efeito de distância Efeito de temperatura Disposição psíquica Azul Distância Frio Tranquilizante Verde Distância Frio a neutro Muito tranquilizante Vermelho Próximo Quente Muito irritante e intranquilizante Laranja Muito próximo Muito quente Estimulante Amarelo Próximo Muito Quente Estimulante Marrom Muito próximo Contenção Neutro Estimulante Violeta Muito próximo Muito próximo Agressivo intranquilizante, desestimulante Foto de um Quarto do Hospital Albert Aistein Classificação de áreas hospitalares ■ No ambiente hospitalar cada setor é classificado de acordo com o risco de transmissão de infecções em função das atividades realizadas: Áreas críticas são as que mantêm um risco maior de transmissão de infecções, como UTI’s e centros cirúrgicos. Áreas Semicríticas são áreas ocupadas por pacientes com doenças não ou menos infecciosas, como ambulatórios e enfermarias. Áreas não críticas as que não são ocupadas por pacientes onde não se realizam procedimentos, como as áreas administrativas. Cada área tem suas características e métodos de limpeza e higienização que envolve produtos, equipamentos e técnicas de procedimentos e o conhecimento desses fatores é de vital importância para o controle de infecções hospitalares.
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