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C1-M1-VF

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MÓDULO 1
Panorama mundial e no Brasil, 
bases de biossegurança no 
cuidado do paciente com 
a Covid-19
2
CRÉDITOS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA 
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
PROGRAMA DE MESTRADO PROFISSIONAL EM INFORMATICA 
EM SAUDE-PPGINFOS
COMITÊ GESTOR
DEPARTAMENTO DE ENFERMAGEM
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
CONSELHO FEDERAL DE ENFERMAGEM 
Reitor:Ubaldo Cesar Balthazar 
Vice-Reitora: Alacoque Lorenzini Erdmann 
SEAD: Luciano Patrício Souza de Castro
Diretor: Celso Spada
Vice-Diretor: Fabricio de Souza Neves
Coordenadora: Grace T M Dal Sasso
Vicecoordenadora: Sayonara de Fátima Faria Barbosa
Coordenadora Geral do Projeto e do Curso de Atualização: 
Grace T M Dal Sasso
Vice-Coordenadora Geral do Projeto e do Curso de Atualização: 
Sayonara de Fátima Faria Barbosa
Coordenadoras de Tutoria e Monitoria: Ana Graziela Alvarez e Camila 
Rosália Antunes Baccin
Representante Cofen: Aline Cristina Alves
Chefe do Departamento: Katia Cilene Godinho Bertoncello
Subchefe do Departamento: Silvana Silveira Kempfer 
Coordenação Felipa: Rafaela Amadigi
Vice-Coordenação: Rosani Ramos Machado
Presidente: Manoel Carlos Neri da Silva
AUTORES DE CONTEÚDO GIATE/LAPETEC/UFSC:GRUPO 
DE PESQUISA CLÍNICA, TECNOLOGIAS E INFORMATICA EM 
SAÚDE E ENFERMAGEM E LABORATÓRIO DE PRODUÇAO TEC-
NOLÓGICA EM SAÚDE E ENFERMAGEM
Adriano da Silva Acosta 
Ana Graziela Alvarez
Camila Santos Pires Lima
Cássia Mitsuko Saito
Charles Alberto Teixeira Filho
Clarice da Luz Koerich
3
EQUIPE DE APOIO
EQUIPE DE PRODUÇÃO DE MATERIAL
Secretaria: Ana Lúcia Vieira Fontanella.e.Giórgio de Jesus da Paixão 
Financeiro: Claudia Crespi Garcia 
Tecnologia da Informação e Comunicação (SETIC-UFSC): 
Alexandre Gava Menezes
André Fabiano Dyck 
Bruno Amattos
Guilherme Arthur Geronimo, 
Gustavo Tonini, 
José Norberto 
Roberto Silvino
Coordenação de Design Gráfico: Paulo Otávio Coimbra
Equipe Design Gráfico:
Rodolpho Severino Malvestiti
Musa Santos 
Gislainne Alves de Oliveira
Laís Tomaselli Krause
Ana Júlia Lichtblau Bernardini
Thais Alves Ferreira Costa
Ilustrações: Rodrigo Torri Vieira
Coordenadora do Ambiente Virtual de Aprendizagem Moodle®: 
Andreia Mara Fiala
Coordenadora de Design Instrucional: Cintia Costa Macedo
Equipe Design Instrucional: Clarissa Venturieri
Dirce Meri de Rossi Garcia Rafaelli
Luiz Filipi Schveitzer
Marina Siqueira Drey
Rafael Araújo Saldanha
Roberta Madruga da Silva
Daniela Couto Carvalho Barra, 
Elisiane Lorenzini
Elizimara Ferreira Siqueira
Fernanda Paese
Grace T M Dal Sasso
Graciela Mendonça da Silva de Medeiros.
Graziele Telles Vieira 
Janeide Freitas de Mello
Neide da Silva Knihs
Sabrina Regina Martins
Saulo Fábio Ramos
Sayonara de Fátima Faria Barbosa
Taise Costa Ribeiro Klein
Autor de Conteúdo extra: Veridiana Tavares Costa – Diretoria de Atenção 
Primária à Saúde – Núcleo de Condições Crônicas
4
Programador: Renan Pinho Assis
Produção de Vídeo: Dilney Carvalho
Editor: Cledison Marques
Operador de câmera: Eduardo Amorim, 
Revisor de textos: Fábio Bianchini 
Apresentadora: Dominique Cabral
Caro aluno,
Inicialmente, desejamos parabenizá-lo por fazer o Curso de medi-
das de biossegurança atualizadas para enfrentamento da Covid-19 
– nível superior e médio. Sua participação é fundamental neste 
momento, demonstrando seu compromisso com a atualização e 
o crescimento profissional, mas, sobretudo com o cuidado das 
pessoas com suspeita ou confirmadas de Covid-19. Este módu-
lo é composto por quatro unidades: A pandemia de Covid-19 no 
mundo e no Brasil e as Normas regulamentadoras do Ministério 
da Saúde, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da 
Organização Mundial de Saúde (OMS), do Conselho Federal de En-
fermagem (Cofen), e outras entidades de classe na abordagem do 
Covid-19; Bases de controle de infecção, biossegurança em saúde 
e enfermagem e Riscos ocupacionais para a equipe de enferma-
gem; Diretrizes para coleta, manuseio e teste de amostras clíni-
cas de pessoas ou suspeitas da Covid 2019 (Covid-19); e Diretrizes 
recomendadas para uso prolongado e reutilização limitada das 
máscaras faciais/respirador particulado N95 e equivalentes em 
ambientes de assistência hospitalar.
Assim, convidamos você para participar desta iniciativa, traçando 
um novo caminho no processo de aprendizagem para a prestação de 
um cuidado de Enfermagem cada vez mais seguro e de qualidade.
Objetivo
Carga horária: 40 horas
Capacitar profissionais de enfermagem sobre as medidas de biosse-
gurança que devem ser implementadas no atendimento de pacientes 
suspeitos ou confirmados com a Covid-19. Ao final deste curso você 
deverá ser capaz de conhecer e aplicar na prática as medidas de 
biossegurança com foco na Covid-19.
Carta ao leitor
Olá, cursista!
Bem-vindo(a) ao primeiro módulo do curso Medidas de 
biossegurança atualizadas para enfrentamento da Covid-19 – 
nível superior e médio.
Neste módulo você terá a oportunidade de conhecer um breve 
histórico sobre o panorama mundial e do Brasil sobre a Covid-19, 
como também compreender as bases de biossegurança no cuida-
do do paciente com a Covid-19, no que diz respeito ao controle 
da infecção, biossegurança em saúde e enfermagem, riscos ocu-
pacionais, coleta, manuseio e teste de amostras, e também como 
proceder sobre o uso prolongado dos respiradores.
Por sabermos que essa doença está em constante pesquisa e 
atualização e que a cada momento surgem novas informações, é 
importante ressaltar que mesmo ao longo dos estudos deste cur-
so você deve ficar atento ao que surgir de novo sobre o assunto.
APRESENTAÇÃO
Estrutura do Módulo 
Para este módulo inicial organizamos as unidades com os assun-
tos a seguir:
Unidade 1.1 – A pandemia de Covid-19 no mundo e no Brasil e 
as Normas Regulamentadoras do Ministério da Saúde, da Agência 
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Organização Mundial 
de Saúde (OMS), do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), e 
outras entidades de classe na abordagem da Covid-19.
Unidade 1.2 – Bases de controle de infecção, biossegurança em 
saúde e enfermagem e riscos ocupacionais para a equipe de en-
fermagem. 
Unidade 1.3 – Diretrizes para coleta, manuseio e teste de amostras 
clínicas de pessoas ou suspeitas da Covid-19.
Unidade 1.4 – Diretrizes recomendadas para uso prolongado e 
reutilização limitada das máscaras faciais/respirador particulado 
N95 e equivalentes em ambiente de assistência hospitalar.
SUMÁRIO
Módulo 1: Panorama mundial e no Brasil, 
bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
14
22
34
07 UNIDADE 1.1 – A pandemia de Covid-19 no mundo e no Bra-
sil e as normas regulamentadores do Ministério da Saúde, 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Or-
ganização Mundial de Saúde (OMS), do Conselho Federal 
de Enfermagem (Cofen), e outras entidades de classe na 
abordagem da Covid-19.
UNIDADE 1.2 – Bases de controle de infecção, biossegu-
rança em saúde e enfermagem e riscos ocupacionais para 
a equipe de enfermagem.
UNIDADE 1.3 – Diretrizes para coleta, manuseio e teste de 
amostras clínicas de pessoas ou suspeitas da Covid-19.
UNIDADE 1.4 – Diretrizes recomendadas para uso prolonga-
do e reutilização limitada das máscaras faciais/respirador 
particulado N95 e equivalentes em ambiente 
de assistência hospitalar.
8
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
UNIDADE 1.1 – A pandemia de Covid-19 
no mundo e no Brasil e as Normas 
Regulamentadoras do Ministério da 
Saúde, da Agência Nacional de Vigilância 
Sanitária (Anvisa), da Organização Mundial 
de Saúde (OMS), do Conselho Federal de 
Enfermagem (Cofen), e outras entidades 
de classe na abordagem da Covid-19
 Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os efeitos 
da Pandemia Covid-19 no cenário mundial, bem como reconhecer 
e aplicar as recomendações para o enfrentamento da doença nos 
serviços de saúde. 
Em 31 de dezembro, o escritório da OMS na China recebeu alerta 
epidemiológico sobre casos de uma pneumoniacom causa des-
conhecida na cidade de Wuhan, na província de Hubei. Em 07 de 
janeiro de 2020, pesquisadores chineses isolaram uma cepa SARS-
-COV-2 da família coronavírus, que ainda não havia sido detectada 
em humanos. Em 11 de fevereiro de 2020 esse vírus foi oficialmente 
denominado Covid-19 (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020).
Pesquisadores de Wuhan revelaram que entre 52 pacientes gra-
vemente enfermos com infecção por SARS-COV-2, 32 faleceram 
(61,5%) ao completarem 28 dias do início dos sintomas. A duração 
mediana da admissão na UTI até a morte foi de sete dias (IQR 3-11) 
nos não sobreviventes (YANG et al., 2020).
Conceitos iniciais, história
Figura 1: 
Enfermos na China. 
Fonte: 
Freepik (2020). 
fabiola
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Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Acompanhando a situação vivida na China, o Brasil, no dia 22 de 
janeiro de 2020, ativou o Centro de Operações de Emergências em 
Saúde Pública para o novo coronavírus (COE Covid-19). Naquele 
momento, estava claro que se tratava de um novo vírus com forte 
capacidade para lotar os leitos das unidades de terapia intensiva.
Com base em modelos matemáticos, assim como em outros paí-
ses (DU, et al., 2020) foi possível estimar o impacto da doença em 
cidades como São Paulo. No dia 30 de janeiro de 2020, no Diário 
Oficial da União, foi publicado o Decreto Nº 10.211, que trata do 
Grupo Executivo Interministerial de Emergência em Saúde Pública 
de Importância Nacional e Internacional. 
Os Coronavírus (Cov) são vírus de RNA envelopados amplamente 
distribuídos entre humanos, além de outros mamíferos e aves. 
São de origem zoonótica, transmitidos de animais para os hu-
manos, causando desde resfriado comum a pneumonias graves 
(CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION, 2020). 
O mundo vivenciou duas epidemias com vírus da família Coronaví-
rus. A primeira teve início em 2002 na província de Guangdong, na 
China, quando foi identificado o SARS-COV. Espalhou-se para 32 
países, com 8.422 casos confirmados e 916 vítimas fatais entre 
novembro de 2002 e agosto de 2003 (PARASHAR et al., 2004). Na 
segunda epidemia, na Arábia Saudita, o MERS-COV foi identificado 
em 2012 e denominado como Síndrome Respiratória do Oriente 
Médio; espalhou-se por vários outros países, incluindo EUA, afe-
tou 2.496 pessoas e causou 868 óbitos no período de abril de 2012 
a dezembro de 2019 (SU, 2020).
Figura 2: 
Coronavírus. 
Fonte: 
Freepik (2020). 
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Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Diante do rápido avanço no número de casos no mundo, em 11 
de março de 2020, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral 
da OMS, em reunião em Genebra, na Suíça, declarou a pandemia 
diante da existência de mais de 118 mil casos, em 114 países e 4,2 
mil óbitos por Covid-19.
Pandemia
Refere-se à distribuição 
geográfica de uma 
doença e não à sua 
gravidade. A designação 
reconhece que, no 
momento, existem 
surtos de Covid-19 em 
vários países e regiões 
do mundo (OPAS/OMS, 
2020).
A Covid-19 no Brasil 
Normas regulamentadoras na abordagem 
da Covid-19 
No Brasil, o primeiro caso de Covid-19 foi notificado no dia 26 de 
fevereiro de 2020. Ao retornar de uma viagem da China para São 
Paulo, um paciente foi imediatamente internado em um hospital 
privado após apresentar os sintomas. A partir dessa data, a vigi-
lância entre as autoridades sanitárias foi intensificada, pois a dis-
seminação do vírus SARS-COV-2 só aumentaria.
Sua capacidade de contágio (R0) é de 2,74, o que significa dizer 
que cada pessoa doente contagia em média mais de duas pessoas. 
Comparativamente a outras pandemias, como H1N1 (2009) e a gri-
pe espanhola (1918), o R0 do Covid-19 se mostra superior. Por esse 
motivo o país avançou rapidamente para a transmissão comunitá-
ria (PARK SE, 2020).
No dia 20 de março de 2020 foi publicado o Decreto legislativo nº 6, 
que reconheceu o estado de calamidade pública no país. Desde en-
tão, o número de casos e óbitos notificados pelo Covid-19 aumen-
tam diariamente. Até 29 de abril de 2020, foram notificados 71.886 
casos e 5.017 óbitos, o que confere uma taxa de letalidade de 7,0%.
Clique nesse 
link e verifique 
a situação da 
pandemia Covid-19 
no mundo. Agora, 
clique nesse link 
para informações 
sobre a pandemia 
no Brasil.
Aprofunde
Declarada a pandemia, o mundo todo se mobilizou em busca da cura 
– até o momento inexistente para esse terrível mal. Instituições inter-
nacionais, governamentais e associações de classe têm se empenha-
do incansavelmente na divulgação de notas e recomendações para 
reduzir o risco de transmissão do vírus entre os profissionais de saúde. 
O Conselho Federal de Enfermagem (Cofen) encara a batalha 
contra o Covid-19 apoiando tecnicamente seus profissionais, na 
certeza de que com o acesso e uso correto de Equipamentos 
de Proteção Individual (EPIs), aumentam-se as chances desses 
profissionais estarem protegidos no exercício de suas funções. 
https://gisanddata.maps.arcgis.com/apps/opsdashboard/index.html#/bda7594740fd40299423467b48e9ecf6
https://covid.saude.gov.br/
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Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Veja as 
recomendações do 
Cofen sobre o uso 
de EPIs em áreas 
críticas nesse link.
Aprofunde
A contaminação entre os profissionais de enfermagem é preocu-
pante. Dados do Comitê Gestor de Crises (CGC/Cofen) alertam 
para ocorrência de 995 casos e 41 óbitos até 21 de abril de 2020; 
sendo 28 já confirmados por Covid-19 e 13 suspeitos. No dia 28 
de abril, uma semana depois, o número de contaminados passou 
para 1.750 casos e 50 óbitos confirmados para Covid-19. A taxa de 
letalidade passou de 2,81% para 2,86%. 
A partir da gravidade da situação, as entidades de saúde: OMS, 
MS, Anvisa, Cofen e demais entidades de classe regulamentaram 
ações preventivas com recomendações para identificar as deman-
das que surgiam da pandemia Covid-19. Confira a seguir algumas 
ações, normas e recomendações disponíveis até o momento.
Figura 3: 
Recomendações 
preventivas.
Fonte: 
OMS, MS, Anvisa, 
Cofen (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Apoiar e estimular a adesão de medidas 
institucionais e governamentais de prevenção e 
controle para o Covid-19 (Ministério da Saúde, 
Anvisa, Secretaria da Saúde).
Estimular a equipe de enfermagem e manter-se 
atualizado sobre o cenário global e nacional da 
infecção pela Covid-19 por meio de fontes oficiais.
Orientar, apoiar e seguir o uso, remoção e 
descarte de EPIs de acordo com o protocolo de 
manejo clínico da Anvisa para a infecção por 
Covid-19. 
Evitar exposições desnecessária entre pacientes, 
profissionais e visitantes dos serviços de saúde. 
Reforçar a importância da comunicação e 
notificação imediatas de casos suspeitos para 
infecção humana por Covid-19.
Higienizar as mãos antes e depois do contato 
com pacientes ou material suspeito e antes de 
colocar e remover os EPIs. 
Realizar a limpeza e desinfecção de objetos e 
superfícies tocados frequentemente por pacientes 
e equipes assistenciais.
Ações 
preventivas: 
serviços e 
profissionais da 
saúde
A seguir veremos algumas recomendações importantes da Anvisa. 
http://www.cofen.gov.br/wp-content/uploads/2020/05/NOTA_TECNICA-COFEN.pdf
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Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Etiqueta da respiração: ao espirrar ou tossir, use o 
antebraço ou ombro como barreira de distribuição das 
gotículas de sua respiração.
1
Aos casos suspeitos ou confirmados, ofereça a 
pacientes e acompanhantes máscara cirúrgica e 
oriente-os a usar lenços de papel (em casos de tosse, 
espirros, secreção nasal).
2
Indique a frequente higiene das mãos com água e 
sabonete líquido oupreparação alcoólica a 70%.
3
Utilize os EPIs (óculos de proteção ou protetor facial, 
máscara cirúrgica ou máscara N95/PFF2) durante 
procedimentos geradores de aerossóis, avental, luvas 
de procedimento e gorro.
4
Instrua o isolamento domiciliar ou hospitalar dos casos 
sintomáticos por até 14 dias. 
5
Estimule a prescrição de medicações de uso contínuo 
com validade ampliada, justamente para reduzir 
circulação de pessoas nos ambientes de saúde. 
6
Reforce a higienização e limpeza das superfícies de 
contato (piso, maçaneta, corrimão banheiros, 
bancadas) com álcool na concentração 70% ou solução 
sanitária. 
7
Realize a higiene das mãos frequente com água e sabo-
nete líquido ou preparação alcoólica a 70%.
8
Etiqueta da respiração: ao espirrar ou tossir, use o 
antebraço ou ombro como barreira de distribuição das 
gotículas de sua respiração.
1
Aos casos suspeitos ou confirmados, ofereça a 
pacientes e acompanhantes máscara cirúrgica e 
oriente-os a usar lenços de papel (em casos de tosse, 
espirros, secreção nasal).
2
Indique a frequente higiene das mãos com água e 
sabonete líquido ou preparação alcoólica a 70%.
3
Utilize os EPIs (óculos de proteção ou protetor facial, 
máscara cirúrgica ou máscara N95/PFF2, avental, luvas 
de procedimento e gorro) durante procedimentos 
geradores de aerossóis.
4
Instrua o isolamento domiciliar ou hospitalar dos casos 
sintomáticos por até 14 dias. 
5
Estimule a prescrição de medicações de uso contínuo 
com validade ampliada, justamente para reduzir 
circulação de pessoas nos ambientes de saúde. 
6
Reforce a higienização e limpeza das superfícies de 
contato (piso, maçaneta, corrimão banheiros, 
bancadas) com álcool na concentração 70% ou solução 
sanitária. 
7
Realize a higiene das mãos frequente com água e sabo-
nete líquido ou preparação alcoólica a 70%.
8
Figura 4: 
Recomendações 
preventivas.
Fonte: 
Anvisa, adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Realidades de recursos limitados (estrutura, equipamentos e ou-
tros) e intensas jornadas de trabalho pelo aumento da demanda 
de pacientes suspeitos ou contaminados pela Covid-19 expõem 
diariamente os profissionais da enfermagem ao risco iminente de 
contágio (CONFEN, 2020). Assim, destacamos recomendações bá-
sicas de controle a serem adotadas nos serviços de saúde, confira:
Recomendações da Anvisa para serviços de saúde 
da chegada à assistência
fabiola
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13
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Siga, indique e reforce essas recomendações de controle, pois, 
mesmo básicas, são importantes para a diminuição do risco de 
contágio da doença.
Após conhecermos as recomendações da Anvisa, confira agora as 
recomendações do Cofen sobre os adornos necessários aos pro-
fissionais de enfermagem.
Em tempos de pandemia, o Cofen orienta os profissionais a seguir 
as recomendações da Norma Regulamentadora 32 (NR32), que de-
termina a proibição do uso de adornos para proteger o profissional 
dos riscos de contaminação com materiais biológicos e depósito de 
micro-organismos nos objetos. São adornos: alianças, anéis, pulsei-
ras, relógios, colares, brincos, broches, piercings expostos, gravatas 
e crachás pendurados com cordão. A seguir, confira as recomenda-
ções do Cofen a respeito dos cuidados pessoais e uso de objetos:
Clique nesse 
link para acessar 
a nota técnica 
sobre as medidas 
que devem ser 
adotadas durante 
a assistência aos 
casos suspeitos 
ou confirmados 
pelo novo 
coronavírus 
(SARS-COV-2).
Aprofunde
Recomendações do Cofen sobre o uso de adornos
Figura 5: 
Adornos e cuidados 
pessoais. 
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
Etapa 1
#Ser Enfermeiro
 é ser
 Especial
Adornos
o uso de anéis, pulseiras, relógios, 
fitinhas do Bonfim, brincos, broches, 
gravatas, lenços, cachecóis, crachás 
etc., dificultam a higiene e facilitam a 
transmissão de agentes infecciosos. 
Cabelos
prender os fios no caso de cabelos 
longos. Usar toucas apropriadas no 
caso de contato com pacientes com 
suspeita de Covid-19. 
Baraba e pelos
faciais
como são zonas de contato com a 
máscara podem comprometer a 
vedação e proteção. O ideal é que se 
retire ou apare para maior segurança. 
Óculos
devem ser regularmente higieniza-
dos. Cordões ou correntes utiliza-
das nos óculos devem ser vedados 
para aqueles trabalhadores 
expostos a riscos biológicos. 
Unhas
devem ser curtas e limpas. Se utilizar 
esmalte optar pelo claro para possibili-
tar higienização adequada. 
Sapatos
devem ser fechados, confortáveis e 
com solado de borracha para evitar 
escorregões e barulho. 
Adornos
o uso de anéis, pulseiras, relógios, 
fitinhas do Bonfim, brincos, broches, 
gravatas, lenços, cachecóis, crachás 
etc., dificultam a higiene e facilitam a 
transmissão de agentes infecciosos. 
Cabelos
prender os fios no caso de cabelos 
longos. Usar toucas apropriadas no 
caso de contato com pacientes com 
suspeita de Covid-19. 
Baraba e pelos
faciais
como são zonas de contato com a 
máscara podem comprometer a 
vedação e proteção. O ideal é que se 
retire ou apare para maior segurança. 
Óculos
devem ser regularmente higieniza-
dos. Cordões ou correntes utiliza-
das nos óculos devem ser vedados 
para aqueles trabalhadores 
expostos a riscos biológicos. 
Unhas
devem ser curtas e limpas. Se utilizar 
esmalte optar pelo claro para possibili-
tar higienização adequada. 
Sapatos
devem ser fechados, confortáveis e 
com solado de borracha para evitar 
escorregões e barulho. 
Adornos
o uso de anéis, pulseiras, relógios, 
fitinhas do Bonfim, brincos, broches, 
gravatas, lenços, cachecóis, crachás etc., 
dificultam a higiene e facilitam a 
transmissão de agentes infecciosos. 
Cabelos
prender os fios no caso de cabelos 
longos. Usar toucas apropriadas no 
caso de contato com pacientes com 
suspeita de Covid-19. 
Baraba e pelos
faciais
como são zonas de contato com a 
máscara podem comprometer a 
vedação e proteção. O ideal é que se 
retire ou apare para maior segurança. 
Óculos
devem ser regularmente 
higienizados. Cordões ou correntes 
utilizadas nos óculos devem ser 
vedados para aqueles trabalhadores 
expostos a riscos biológicos. 
Unhas
devem ser curtas e limpas. Se utilizar 
esmalte optar pelo claro para possibili-
tar higienização adequada. 
Sapatos
devem ser fechados, confortáveis e 
com solado de borracha para evitar 
escorregões e barulho. 
Adornos
o uso de anéis, pulseiras, relógios, 
fitinhas do Bonfim, brincos, broches, 
gravatas, lenços, cachecóis, crachás 
etc., dificultam a higiene e facilitam a 
transmissão de agentes infecciosos. 
Cabelos
prender os fios no caso de cabelos 
longos. Usar toucas apropriadas no 
caso de contato com pacientes com 
suspeita de Covid-19. 
Barba e 
pelos faciais
como são zonas de contato com a 
máscara podem comprometer a 
vedação e proteção. O ideal é que se 
retire ou apare para maior segurança. 
Óculos
devem ser regularmente 
higienizados. Cordões ou correntes 
utilizadas nos óculos devem ser 
vedados para aqueles trabalhadores 
expostos a riscos biológicos. 
Unhas
devem ser curtas e limpas. Se utilizar 
esmalte optar pelo claro para possibili-
tar higienização adequada. 
Sapatos
devem ser fechados, confortáveis e 
com solado de borracha para evitar 
escorregões e barulho. 
Adornos
o uso de anéis, pulseiras, relógios, 
fitinhas do Bonfim, brincos, broches, 
gravatas, lenços, cachecóis, crachás etc., 
dificultam a higiene e facilitam a 
transmissão de agentes infecciosos. 
Cabelos
prender os fios no caso de cabelos 
longos. Usar toucas apropriadas no 
caso de contato com pacientes com 
suspeita de Covid-19. 
Baraba e pelos
faciais
como são zonas de contato com a 
máscara podem comprometer a 
vedação e proteção. O ideal é que se 
retire ou apare para maior segurança. 
Óculos
devem ser regularmente 
higienizados. Cordões ou correntes 
utilizadas nos óculos devem ser 
vedados para aqueles trabalhadores 
expostos a riscos biológicos. 
Unhas
devemser curtas e limpas. Se utilizar 
esmalte optar pelo claro para possibili-
tar higienização adequada. 
Sapatos
devem ser fechados, confortáveis e 
com solado de borracha para evitar 
escorregões e barulho. 
Adornos
o uso de anéis, pulseiras, relógios, 
fitinhas do Bonfim, brincos, broches, 
gravatas, lenços, cachecóis, crachás etc., 
dificultam a higiene e facilitam a 
transmissão de agentes infecciosos. 
Cabelos
prender os fios no caso de cabelos 
longos. Usar toucas apropriadas no 
caso de contato com pacientes com 
suspeita de Covid-19. 
Baraba e pelos
faciais
como são zonas de contato com a 
máscara podem comprometer a 
vedação e proteção. O ideal é que se 
retire ou apare para maior segurança. 
Óculos
devem ser regularmente 
higienizados. Cordões ou correntes 
utilizadas nos óculos devem ser 
vedados para aqueles trabalhadores 
expostos a riscos biológicos. 
Unhas
devem ser curtas e limpas. Se utilizar 
esmalte optar pelo claro para possibili-
tar higienização adequada. 
Sapatos
devem ser fechados, confortáveis e 
com solado de borracha para evitar 
escorregões e barulho. 
Lembre o porquê de evitar o uso de alguns adornos e pratique 
ações positivas de cuidados pessoais como as recém sugeridas. 
Assim ajudamos a criar um ambiente mais seguro e protegido.
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28
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Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Alerta ao profissional que atua 
na obstetrícia
O número de óbitos em gestantes e puerpéras tem despertado aten-
ção de pesquisadores brasileiros. Diferente de outros estudos publi-
cados, o comportamento do vírus nesse grupo de mulheres tem se 
mostrado mais agressivo (ZAIGHAN et al., 2020; BRESLIN et al., 2020). 
Por isso é importante destacar as notas técnicas produzidas pelo 
Ministério da Saúde para a atenção às gestantes e puérperas, pois 
elas passaram a compor o grupo de risco. Reforçamos a relevância 
dessa informação considerando o número de enfermeiras obste-
tras que atuam na linha de frente para atenção a essas mulheres. 
Vale destacar a alta prevalência da doença Covid-19 identificada 
em gestantes assintomáticas em Nova York, como mostrou o re-
cente estudo publicado por pesquisadores da Universidade Co-
lumbia (SUTTON, 2020). 
A Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB) divulgou re-
comendações para a abordagem da Covid-19 em medicina intensi-
va. Já o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão do 
Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES), em parceria com a Or-
ganização Pan-Americana da Saúde (OPAS), disponibilizou diver-
sos vídeos para qualificar os profissionais de saúde que enfrentam 
diariamente a pandemia Covid-19.
Fechamento
Nesta unidade pudemos conferir informações sobre a origem e 
disseminação da Covid-19, além dos efeitos da pandemia no ce-
nário mundial. Conferimos as recomendações para atuação segura 
da enfermagem e serviços de saúde.
Como vimos, essa é uma crise mundial de grandes proporções, 
ocasionada por um vírus que consome os recursos de saúde, lota 
leitos de UTI, de emergência e desafia a ciência em busca de uma 
cura. É nesse cenário de incertezas que os profissionais de enfer-
magem atuam diuturnamente, alguns se contaminando e necessi-
tando de cuidados intensivos e, no pior cenário, lamentavelmente, 
evoluem para o pior desfecho. 
Deixamos aqui um apelo: proteja-se e mantenha-se informado. 
Seu bem maior é a vida!
Para mais 
informações 
sobre os riscos 
às gestantes e 
puérperas diante 
do Covid-19, clique 
nesse link e leia 
a nota técnica 
publicada por 
órgãos oficiais.
Confira os 
protocolos 
disponibilizados 
pela AMIB nesse 
link e consulte o 
canal da SGTES 
acessando esse 
outro link.
Aprofunde
Aprofunde
https://portaldeboaspraticas.iff.fiocruz.br/wp-content/uploads/2020/04/SEI_MS-0014496630-Nota-T%C3%A9cnica-4_18.04.2020.pdf
https://www.amib.org.br/fileadmin/user_upload/amib/2020/abril/13/Recomendaco__es_AMIB-atual-12.04.pdf
https://www.youtube.com/channel/UC4fdb3xMszwY3P25zCuMR_A
fabiola
Highlight
fabiola
Highlight
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Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
UNIDADE 1.2 - Bases de controle de 
infecção, biossegurança em saúde e 
enfermagem e riscos ocupacionais 
para a equipe de enfermagem
Nesta unidade você vai conhecer as medidas de biossegurança 
recomendadas para proteção necessária aos profissionais de en-
fermagem durante a assistência a pacientes com a Covid-19.
Introdução
Estudos sugerem que a transmissão pessoa a pessoa do novo co-
ronavírus (SARS-CoV-2) ocorre por meio de gotículas respiratórias 
(fala, tosse ou espirro) e ainda, pelo contato direto com pessoas 
infectadas ou indireto por meio das mãos, objetos ou superfícies 
contaminadas (BRASIL, 2020).
Devido à facilidade de contaminação e possibilidade de efeitos 
graves da doença, medidas de biossegurança necessitam ser im-
plementadas aos profissionais de saúde, tanto dos que prestam 
assistência direta ao paciente, quanto das equipes de apoio, entre 
outros (BRASIL, 2020).
Conceitos iniciais
As medidas de biossegurança devem iniciar antes da chegada do 
paciente ao serviço de saúde, no atendimento pré-hospitalar mó-
vel de urgência e transporte interinstitucional de casos suspeitos 
ou confirmados e durante toda a assistência prestada (BRASIL, 
2020). Conheça a seguir os conceitos referentes às medidas de 
prevenção e controle presentes nos serviços de saúde. 
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Highlight
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Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Biossegurança - conjunto de medidas e procedimentos técnicos 
necessários para a manipulação de agentes e materiais biológicos capazes 
de prevenir, reduzir, controlar ou eliminar riscos inerentes às atividades 
que possam comprometer a saúde humana, animal, vegetal e o meio 
ambiente (BRASIL, 2013).
Avaliação de risco de agentes biológicos - reconhecimento, identificação 
e probabilidade do dano decorrente dos agentes, estabelecendo sua 
classificação de risco (classes de 1 a 4, do menor ao maior risco), 
permitindo a adoção de medidas de biossegurança de procedimentos, 
infraestrutura e qualificação profissional (BRASIL, 2017).
Classe de Risco 3 - agente biológico de alto risco individual e moderado 
risco para a comunidade, incluindo agentes biológicos que possuem 
capacidade de transmissão (BRASIL, 2017).
Figura 6: 
Medidas de prevenção 
e controle nos 
serviços de saúde.
Fonte: 
Brasil (2013, 2017), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
O conhecimento sobre as medidas de prevenção e controle de 
infecção implementadas nos serviços de saúde, tem a função de 
evitar ou reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos du-
rante qualquer assistência à saúde realizada.
Implementação de medidas de 
biossegurança
O novo coronavírus (SARS-CoV-2) pode ser enquadrado como 
agente biológico classe de risco 3, isto é, alto risco individual e 
moderado risco para a comunidade (BRASIL, 2020).
Considerando isto, é fundamental a implementação de medidas 
de prevenção e controle por parte da equipe de enfermagem para 
o atendimento de casos suspeitos ou confirmados, conforme ve-
remos a seguir.
Atendimento de casos suspeitos ou confirmados
Para os profissionais e equipe de apoio é recomendado realizar a 
higiene das mãos frequente com água e sabonete líquido ou pre-
paração alcoólica a 70% e utilizar os EPI’s (óculos de proteção ou 
protetor facial, máscara cirúrgica ou máscara N95/PFF2, durante 
procedimentos geradores de aerossóis, avental, luvas de procedi-
mento e gorro).
Classe de risco 3
Inclui os agentes 
biológicos que 
possuem capacidade 
de transmissão, 
em especial por via 
respiratória, e que 
causam doenças 
potencialmente letais. 
Representam risco 
se disseminados na 
comunidade e no meio 
ambiente, podendo se 
propagar de pessoa a 
pessoa (BRASIL, 2017).
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Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Os profissionais de saúde e equipes de apoio devem evitar o uso de 
EPI’s fora da área de assistência aos pacientes, exceto a máscara ci-
rúrgica. Os EPIs devem ser imediatamente removidos após a saída 
do quarto, enfermaria ou área de isolamento (BRASIL, 2020, p.10).
Outra medida importante para o controle é reforçar a equipe de 
apoio da necessidade de intensificação da limpeza e desinfecção 
de objetos e superfícies, principalmente aquelas mais tocadas, 
como maçanetas, interruptores de luz, corrimões e botões dos ele-
vadores, mantendo os ambientes ventilados (se possível, com as 
janelas abertas). Bem como, eliminar ou restringir o uso de itens 
compartilhados por pacientes como canetas, pranchetas e telefo-
nes, realizando sempre a limpeza e desinfecção destes após o uso.
Atendimento aos pacientes e acompanhantes
É indicado o uso da máscara cirúrgica, lenços de papel (para tosse, 
espirros, secreção nasal), além da higienização das mãos frequen-
temente com água e sabonete líquido ou preparação alcoólica a 
70%. Caso o indivíduo não tolere o uso da máscara devido à secre-
ção excessiva ou falta de ar, deve-se orientá-lo a realizar a higiene 
respiratória, ou seja, etiqueta da tosse (cobrir a boca e nariz ao tos-
sir ou espirrar com papel descartável) e realizar a higiene das mãos 
com água e sabonete líquido ou álcool gel 70%, imediatamente.
ALERTA DO PROFISSIONAL
Deve-se providenciar o rápido isolamento de pacientes com 
sintomas de infecção respiratória, em área exclusiva dentro 
da unidade ou em estrutura auxiliar externa (tendas, barra-
cas, containers e similares), garantindo que não fiquem es-
perando atendimento entre os outros pacientes.
!
A sala de espera deve ser um espaço separado e bem ventilado 
que permita que os pacientes sintomáticos, em espera, fiquem 
afastados e com fácil acesso a suprimentos de higiene respira-
tória e das mãos, permanecendo nessa área até a consulta ou 
internação. Devem ser providenciados lenços descartáveis para 
fabiola
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Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
higiene nasal, lixeira com tampa e abertura sem contato manual 
com acionamento por pedal, dispensadores com preparações al-
coólicas para a higiene das mãos (sob as formas gel ou solução a 
70%) ou lavatórios ou pias com dispensador de sabonete líquido e 
suporte para papel toalha.
Atendimento de pacientes durante o transporte
Durante o transporte de pacientes é importante melhorar a venti-
lação do veículo, aumentar a troca de ar, limpar e desinfetar todas 
as superfícies internas após o transporte. Na chegada ao serviço 
de saúde, antes do registro, questionar o paciente e o acompa-
nhante sobre a presença de sintomas de infecção respiratória, 
como febre, tosse, coriza ou dificuldade para respirar.
Organização da equipe de enfermagem
Para organizar a equipe no enfrentamento da pandemia do novo 
coronavírus, o Cofen (2020) recomenda a criação de escala de 
profissionais de saúde (nível superior e/ou médio), para identifica-
ção de pessoas com sintomas respiratórios e integrar a equipe de 
resposta rápida para a chegada de casos de pessoas com sinto-
mas respiratórios. 
As escalas de atendimento aos pacientes devem ter revezamento 
semanal das equipes de enfermagem, e os profissionais com 60 
anos ou mais, gestantes ou lactantes, e portadores de doenças 
crônicas ou imunossuprimidos não devem ser designados para es-
tas funções (COFEN, 2020).
Conheça a seguir as medidas recomendadas de biossegurança, 
adotadas durante o serviço a assistência dos pacientes suspeitos 
e confirmados pelo Covid-19. 
Equipe de 
resposta rápida
Composta por equipe 
multiprofissional 
que visa garantir 
o atendimento de 
maneira correta e 
segura. Não poderá 
faltar: agentes 
administrativos, 
recepcionistas ou 
agentes comunitários 
de saúde, enfermeiros, 
técnicos de 
enfermagem e 
médicos.
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Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Higienização 
das mãos
Óculos e 
Máscara
Luvas e 
Avental
Caixa 
perfurocortante
Use luvas quando houver risco de 
contato com sangue, secreções ou 
membranas mucosas. Calce-as 
imediatamente antes do contato 
com o paciente e retire-as após o uso, 
higienizando as mãos em seguida. 
Higienização das mãos: lave com água 
e sabonete ou friccione as mãos com 
álcool a 70% (se as mãos não estiverem 
sujas) antes e após o contato com 
qualquer paciente, após a remoção 
das luvas e após o contato com 
sangue ou secreções. Descarte, em recipientes apropriados, seringas e agulhas, sem 
desconectá-las ou reencapá-las.
Use óculos, máscara e/ou avental 
quando houver risco de contato de 
sangue ou secreções da mucosa de 
olhos, boca, nariz, roupa e superfície 
corporais.
Precauções Padrão
Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, independente da suspeita ou não de infecções
Figura 7: 
Precauções padrão. 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Após ver cada uma das precauções padrão para os serviços de 
saúde, apresentaremos as precauções de contato indicadas pela 
Anvisa que são extremamente importantes na rotina do profissional.
Precauções a serem adotadas durante a assistência
Devido a transmissão do novo coronavírus por meio de gotículas e 
pelo contato direto com pessoas infectadas ou indireto por meio 
de objetos ou superfícies contaminadas, o profissional deverá es-
tar atento a cada procedimento adotado.
Nesse sentido, as precauções devem ser conhecidas e implemen-
tadas nos ambientes de assistência à saúde e adotadas em todos 
os atendimentos, como: precaução padrão, de contato, para gotí-
culas e para aerossóis (BRASIL, 2020).
Apresentaremos primeiramente as precauções padrão, veja a seguir.
19
Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Use luvas e avental durante toda a 
manipulação do paciente, de cateteres 
e sondas, do circuito do equipamento 
ventilatório e de outras superfícies ao 
leito. Coloque-os imediatamente antes 
do contato com o paciente ou as 
superfícies e retire-os logo após o uso, 
higienizando as mãos em seguida.
Indicações: infecção ou colonização por 
microrganismo multirresistente, 
varicela, infecções de pele e tecidos 
moles com secreções não contidas no 
curativo, impetigo, herpes zoster 
disseminado ou em imunossuprimido, 
etc.
Equipamentos como termômetros, 
esfigmomanômetro e estetoscópio 
devem ser de uso exclusivo do 
paciente.
Quando não houver disponibilidade de 
quarto privativo, a distância mínima 
entre os leitos deve ser de um metro.
Higienização 
das mãos
Luvas Avental Quarto privativo
Precauções de Contato
Figura 8: 
Precauções de 
contato.
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 9: 
Precauções para 
gotículas 
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Quando não houver disponibilidade 
de quarto privativo, o paciente pode 
ser internado com outros infectados 
pelo mesmo microrganismo. 
A distância mínima entre dois leitos 
de ser de um metro.
Indicações: meningites bacterianas 
coqueluche, difteria, caxumba, 
influenza, rubéola, etc.
O transporte do paciente deve ser 
evitado, mas quando necessário, ele 
deverá usar máscara cirúrgica durante 
toda a sua permanência fora do quarto.
Higienização 
das mãos
Máscara Cirúrgica
(profissional)
Máscara Cirúrgica
(paciente durante
o transporte)
Quarto
privativo
Precauções para Gotículas
Vejamos agora as precauções para gotículas indicadas pela Anvisa.
20
Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Finalizando as indicações preconizadas pela Anvisa, veremos ago-
ra as indicadas para aerossóis. Acompanhe.
Mantenha a porta SEMPRE fechada 
e coloque a máscara PFF2 ou N95 
antes de entrar no quarto.
Precaução padrão:higienize as 
mãos antes e após o contato com o 
paciente, use óculos, máscara 
cirúrgica e/ou avental quando 
houver risco de contato de sangue e 
secreções, descarte adequadamente 
os perfurocortantes.
Quando não houver disponibilidade 
de quarto privativo, o paciente pode 
ser internado com outros pacientes 
com infecção pelo mesmo 
microrganismo. Pacientes com suspeita 
de tuberculose resistente ao 
tratamento não podem dividir o 
mesmo quarto com outros pacientes 
com tuberculose.
O transporte do paciente deve ser 
evitado, mas quando necessário, o 
paciente deverá usar máscara cirúrgica 
durante toda sua permanência fora do 
quarto.
Higienização 
das mãos
Máscara PFF2 (N-95)
(profissional)
Máscara Cirúrgica
(paciente durante
o transporte)
Quarto 
privativo
Precauções Aérossóis
Figura 10: 
Precaução para 
aerossóis.
Fonte: 
Anvisa (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Estes procedimentos auxiliam a evitar a contaminação, já que as 
gotículas têm tamanho maior que 5 µm, podendo atingir a via res-
piratória alta. Por isso, siga todos os procedimentos para proteção. 
Já os aerossóis, que são partículas menores que as gotículas, per-
manecem suspensos no ar por longos períodos de tempo e podem 
penetrar mais profundamente no trato respiratório quando inalados.
Lembrando que alguns procedimentos realizados em pacientes 
podem gerar aerossóis, oferecendo maior risco aos profissionais, 
quando em atendimentos como: intubação e aspiração traqueal, 
ventilação mecânica não invasiva, ressuscitação cardiopulmonar, 
ventilação manual antes da intubação, coleta de amostras nasotra-
queais e broncoscopias (BRASIL, 2020).
Por isso, siga 
todos os 
procedimentos 
para proteção, 
conhecendo mais 
sobre gotículas 
e aerossóis, no 
Portal da Anvisa, 
atráves desse link.
Aprofunde
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+T%C3%A9cnica+n+04-2020+GVIMS-GGTES-ANVISA/ab598660-3de4-4f14-8e6f-b9341c196b28
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Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Isolamento dos pacientes em internação hospitalar
Os casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo corona-
vírus devem ser isolados, preferencialmente em quarto privativo, 
com porta fechada e bem ventilado (janelas abertas). Caso não 
seja possível, deve ser estabelecida a acomodação em coorte, no 
qual é fundamental que seja mantida a distância mínima de 1 me-
tro entre os leitos, restringindo ao máximo o número de acessos 
à área, inclusive visitantes (BRASIL, 2020).
Já os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser reali-
zados, preferencialmente, em unidade de isolamento respiratório 
com pressão negativa e filtro HEPA (High Efficiency Particulate Ar-
restance). Esses tem por finalidade eliminar contaminantes bioló-
gicos do ar exaurido e devem ser instalados no sistema de exaustão. 
Sua vida útil varia conforme as características do ar filtrado. Im-
portante lembrar que o filtro HEPA não pode ser descartado em 
qualquer lugar!
Na ausência da unidade de isolamento, acomodar o paciente em 
quarto com portas fechadas e bem ventilado e restringir o número 
de profissionais de saúde durante estes procedimentos, que de-
vem utilizar a máscara de proteção respiratória (N95, N99, N100, 
PFF2 ou PFF3).
Equipamentos utilizados na assistência aos casos suspeitos ou 
confirmados de infecção pelo novo coronavírus devem ser de uso 
exclusivo, como estetoscópios, esfigmomanômetro e termômetro. 
Caso não seja possível, todos os equipamentos utilizados nos pa-
cientes devem ser limpos e desinfetados imediatamente após o uso. 
Acomodação em 
coorte
Espaço determinado 
como uma enfermaria 
ou área para os 
pacientes.
Conheça os 
procedimentos e 
os cuidados para 
o processo de 
descontaminação e 
o encaminhamento 
ao sistema de 
incineração, 
acessando a Nota 
técnica ações de 
engenharia em 
saúde pública para 
o atendimento de 
casos de síndrome 
respiratória aguda 
grave – SRAG 
nesse link.
Aprofunde
No caso de sujidade visível nos equipamentos, removê-la com papel 
ou tecido absorvente e limpar com água e sabão ou detergente. Em 
seguida, friccionar com álcool a 70% ou outro desinfetante indicado 
pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da sua instituição. 
A entrada do quarto, enfermaria ou área de coorte deve perma-
necer com as portas fechadas e dispor de sinalização com alerta 
sobre as medidas de precaução a serem adotadas (padrão, gotí-
culas, contato, aerossóis). 
As precauções e o isolamento devem ser mantidos até que haja in-
formações disponíveis sobre a disseminação viral, após melhora clí-
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271858/Nota+t%C3%A9cnica+Funasa/fa511ca4-1eef-41d0-881b-be6488c03ed4
22
Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
nica do paciente. Assim, deve ser analisadas caso a caso, de acordo 
com a presença de sintomas da Covid-19, a data em que os sintomas 
cessaram, outras condições que exigem precauções específicas (por 
exemplo, tuberculose), informações laboratoriais, e alternativas ao 
isolamento hospitalar, como a recuperação segura em casa.
A responsabilidade e ações dos serviços de saúde na assistência 
aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo coro-
navírus devem ter um serviço de controle dos profissionais que 
direta ou indiretamente prestam assistência (BRASIL, 2020). 
Bem como, deve ser elaborado e disponibilizado normas e rotinas 
dos procedimentos, como:
Medidas de 
segurança
Fluxo dos 
pacientes 
Limpeza 
e desinfecção 
de superfícies 
Processamento de 
roupas/artigos e produtos 
utilizados na assistência
Procedimentos 
de colocação 
e retirada 
de EPIs
Procedimentos 
de remoção de 
roupas/artigos e 
produtos utilizados 
na assistência
Remoção 
dos 
resíduos
Figura 11: 
Normas e rotinas na
assistência aos 
casos suspeitos 
ou confirmados da 
Covid-19. 
Fonte: 
Brasil (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
A comunicação nos serviços de saúde deve ser efetiva, por meio 
de mecanismos e rotinas que alertem prontamente as equipes e 
setor de controle de infecção, epidemiologia, direção do serviço de 
saúde, saúde ocupacional, laboratório clínico e equipes de profis-
sionais que atuam na linha de frente da assistência, sobre os casos 
suspeitos ou confirmados de infecções pelo novo coronavírus.
23
Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Todos os casos suspeitos ou confirmados devem ser notificados 
às autoridades de saúde pública, seguindo as orientações publi-
cadas periodicamente pelo Ministério da Saúde através da Anvisa.
Evitando os riscos ocupacionais para equipe
Os cuidados do profissional de saúde ao chegar em sua residência 
são procedimentos simples e fundamentais que podem protegê-
-lo e também a sua família. Siga as recomendações ao chegar em 
casa após o turno de trabalho.
Lave as mãos 
vigorosamente e 
imediatamente 
ao chegar em 
casa.
Retire as suas 
roupas e sapatos 
e os acondicione 
em área de 
ventilação 
natural, como 
por exemplo, na 
área de serviço.
Higienize objetos 
pessoais, como 
celular, chaves, 
bolsas, carteiras.
Tome um banho.
Lave as mãos 
vigorosamente e 
imediatamente 
ao chegar em 
casa.
Retire as suas 
roupas e sapatos 
e os acondicione 
em área de 
ventilação 
natural, como 
por exemplo, na 
área de serviço.
Higienize objetos 
pessoais, como 
celular, chaves, 
bolsas, carteiras.
Tome um banho.
Figura 12: 
Recomendações 
para proteção do 
profissional de saúde. 
Fonte: 
Zhang (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 13: 
Cinco momentos para 
a higiene das mãos.
Fonte: 
Brasil (2020), 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
A correta higienização das mãos é um dos cuidados mais seguros 
para evitar a contaminação. O procedimento correto deve ser segui-
do por todos, profissionais, pacientes, acompanhantes e pela so-
ciedade em geral. Mas os profissionais de saúde, em especial, de-vem estar atentos aos cinco momentos para a higiene das mãos em 
serviços de saúde (BRASIL, 2020), conforme visualizamos a seguir.
321
Após risco de 
exposição a fluidos 
corporais e remoção 
das luvas para 
proteção do 
profissional e do 
ambiente.
Antes de realizar o 
procedimento 
limpo/asséptico para 
evitar a transmissão do 
microorganismo das 
mãos do profissional 
para o paciente.
Antes de entrar 
em contato com 
o paciente para 
proteção do 
paciente.
Após tocar superfícies 
próximas do paciente 
para proteção do 
profissional e do 
ambiente.
Após tocar no paciente 
e ao sair do ambiente 
incluindo as superfícies 
e os objetos próximos 
do paciente.
Cinco momentos para a higiene das mãos
45
24
Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Lembramos que esses momentos são fundamentais para a prote-
ção do paciente, do profissional e do ambiente, evitando a trans-
missão do microrganismo do paciente a outras pessoas.
Importante ressaltar que a resolução da Anvisa (2010), trata da 
obrigatoriedade de disponibilização de preparação alcoólica para 
fricção antisséptica das mãos, pelos serviços de saúde do país.
Aproveitando, 
verifique os 
cuidados 
necessários para 
uma adequada 
higienização e 
informações 
pertinentes ao 
tema acessando 
o Portal da Anvisa 
nesse link.
Aprofunde
ALERTA AO PROFISSIONAL
Se você apresentar sintomas de Síndrome Gripal, deve ser 
afastado do trabalho imediatamente (COFEN, 2020). Cada 
instituição possui uma rotina para encaminhamento e aten-
dimento aos profissionais com sintomas do novo coronavírus. 
Informe-se sobre os procedimentos na sua instituição!
!
Fechamento
Nesta Unidade você conheceu as medidas de biossegurança ne-
cessárias para prevenção e controle ao novo coronavírus, tanto no 
transporte como nos serviços de saúde e a proteção durante a as-
sistência a pacientes com a Covid-19. Além das precauções padrão, 
também conheceu precauções que devem ser implementadas nos 
serviços de saúde, como de contato, para gotículas e para aerossóis, 
em procedimentos com potencial para gerar aerossóis, durante a 
assistência ao paciente suspeito ou confirmado de Covid-19.
No caso de você precisar ser atendido em uma unidade de saúde 
por suspeita de Covid-19, sempre informe a sua condição de pro-
fissional de saúde. E caso esta não seja a instituição em que você 
trabalhe, lembre-se de avisar também a sua instituição de origem.
http://portal.anvisa.gov.br/coronavirus/audiovisual
22
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
UNIDADE 1.3 – Diretrizes para coleta, 
manuseio e teste de amostras clínicas 
de pessoas ou suspeitas da Covid-19
Ao final desta unidade de aprendizagem você deverá ser capaz de 
reconhecer as diretrizes para a coleta, armazenamento e teste de 
amostras clínicas de pacientes suspeitos de Covid-19.
Introdução
Conceitos iniciais
Em janeiro de 2020, em Wuhan, China, foi identificado o agente 
etiológico de casos de pneumonia grave, como um novo betacoro-
navírus Covid-19 (SARS-CoV-2), distinto da Síndrome Respiratória 
Aguda Grave (SARS-CoV) e da Síndrome Respiratória do Oriente 
Médio (MERS-CoV) (HUI; ZUMLA, 2020). 
Até a presente data, o potencial patogênico e a dinâmica de trans-
missão do Covid-19 não estão completamente claros. Diante disso, e 
a partir do conhecimento de outros vírus semelhantes (SARS-CoV, 
MERS-CoV), é preciso orientar os profissionais de saúde quanto 
às práticas recomendadas para o diagnóstico laboratorial do SAR-
S-CoV2, incluindo aspectos de coleta de amostras e biossegurança 
no transporte e manuseio de amostras clínicas que possam conter o 
SARS-CoV2. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PATOLOGIA CLÍNICA, 2020).
Abaixo apresentaremos os principais conceitos utilizados nesta 
unidade para a sua compreensão do assunto.
Instrumento para
coleta de amostras
clínicas
Modelos
Haste de 
madeira
Swab 
estéril
Haste 
plástica
Tubo sem 
meio
Instrumento para
coleta de amostras
clínicas
Modelos
Haste de 
madeira
Swab 
estéril
Haste 
plástica
Tubo sem 
meio
Testes sorológicos 
com identificação 
de anticorpos
IgM e IgG
Categorias
Testes rápidos
Testes para 
detecção de 
anticorpos em 
amostras de 
sangue total, 
soro e 
plasma.
Testes de 
nasofaringe 
e/ou 
orofaringe.
Testes sorológicos 
com identificação 
de anticorpos
IgM e IgG
Categorias
Testes para 
detecção de 
anticorpos em 
amostras de 
sangue total, 
soro e plasma.Testes rápidos
Testes de 
nasofaringe e/ou 
orofaringe.
Detecta RNA viral Tipo de coleta
Testes 
molecular 
RT-PCR 
(Polymerase 
Chain Reaction)
Coletado por 
swab da 
cavidade 
nasal e 
orofaringe
Coletado por 
aspirado de 
secreção da 
nasofarinfe ou 
de vias aéreas 
inferiores
Detecta RNA viral Tipo de coleta
Coletado por 
swab da 
cavidade nasal e 
orofaringeTestes molecular 
RT-PCR 
(Polymerase 
Chain Reaction)
Coletado por 
aspirado de 
secreção da 
nasofarinfe ou 
de vias aéreas 
inferiores
Figura 14: 
Tipos de swab estéril. 
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).
23
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
O swab estéril é um instrumento que serve para coletar amostras 
clínicas, podendo ser encontrado nos modelos: swab estéril com 
haste de madeira; swab estéril com haste plástica e swab estéril 
com tubo sem meio.
Além destes instrumentos é importante entendermos os tipos de 
testes sorológicos.
Instrumento para
coleta de amostras
clínicas
Modelos
Haste de 
madeira
Swab 
estéril
Haste 
plástica
Tubo sem 
meio
Instrumento para
coleta de amostras
clínicas
Modelos
Haste de 
madeira
Swab 
estéril
Haste 
plástica
Tubo sem 
meio
Testes sorológicos 
com identificação 
de anticorpos
IgM e IgG
Categorias
Testes rápidos
Testes para 
detecção de 
anticorpos em 
amostras de 
sangue total, 
soro e 
plasma.
Testes de 
nasofaringe 
e/ou 
orofaringe.
Testes sorológicos 
com identificação 
de anticorpos
IgM e IgG
Categorias
Testes para 
detecção de 
anticorpos em 
amostras de 
sangue total, 
soro e plasma.Testes rápidos
Testes de 
nasofaringe e/ou 
orofaringe.
Detecta RNA viral Tipo de coleta
Testes 
molecular 
RT-PCR 
(Polymerase 
Chain Reaction)
Coletado por 
swab da 
cavidade 
nasal e 
orofaringe
Coletado por 
aspirado de 
secreção da 
nasofarinfe ou 
de vias aéreas 
inferiores
Detecta RNA viral Tipo de coleta
Coletado por 
swab da 
cavidade nasal e 
orofaringeTestes molecular 
RT-PCR 
(Polymerase 
Chain Reaction)
Coletado por 
aspirado de 
secreção da 
nasofarinfe ou 
de vias aéreas 
inferiores
Figura 15: 
Tipos de testes 
rápidos.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 16: 
Testes molecular 
RT-PCR (Polymerase 
Chain Reaction).
Fonte: 
labSEAD-UFSC (2020).
Os testes rápidos são os testes sorológicos com identificação de 
anticorpos IgM e IgG ao SARS-CoV-2, e estão divididos em duas 
categorias: testes para detecção de anticorpos SARS-CoV-2 em 
amostras de sangue total, soro e plasma (identificam uma res-
posta imunológica do corpo em relação ao vírus); testes de swab 
de nasofaringe e/ou orofaringe para detecção do antígeno viral por 
técnicas de imunofluorescência, que detectam proteínas na fase 
de atividade da infecção (BRASIL, 2020c).
Instrumento para
coleta de amostras
clínicas
Modelos
Haste de 
madeira
Swab 
estéril
Haste 
plástica
Tubo sem 
meio
Instrumento para
coleta de amostras
clínicas
Modelos
Haste de 
madeira
Swab 
estéril
Haste 
plástica
Tubo sem 
meio
Testes sorológicos 
com identificação 
de anticorpos
IgM e IgG
Categorias
Testes rápidos
Testes para 
detecção de 
anticorpos em 
amostras de 
sangue total, 
soro e 
plasma.
Testes de 
nasofaringe 
e/ou 
orofaringe.
Testes sorológicos 
com identificação 
de anticorpos
IgM e IgG
Categorias
Testes para 
detecção de 
anticorpos em 
amostras de 
sangue total, 
soro e plasma.Testes rápidos
Testes de 
nasofaringe e/ou 
orofaringe.
Detecta RNA viralTipo de coleta
Testes 
molecular 
RT-PCR 
(Polymerase 
Chain Reaction)
Coletado por 
swab da 
cavidade 
nasal e 
orofaringe
Coletado por 
aspirado de 
secreção da 
nasofarinfe ou 
de vias aéreas 
inferiores
Detecta RNA viral Tipo de coleta
Coletado por 
swab da 
cavidade nasal e 
orofaringeTestes molecular 
RT-PCR 
(Polymerase 
Chain Reaction)
Coletado por 
aspirado de 
secreção da 
nasofarinfe ou 
de vias aéreas 
inferiores
Veja como é 
realizado o teste 
rápido nesse link.
Aprofunde
https://bit.ly/2L1SqTl
24
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
O teste molecular RT-PCR (Polymerase Chain Reaction) é o teste 
padrão-ouro para o diagnóstico de infecção por coronavírus, que 
detecta o RNA viral em amostras coletadas por swab da cavidade 
nasal e orofaringe, por aspirado de secreção da nasofaringe ou até 
de vias aéreas inferiores.
Nos testes rápidos os resultados também são rápidos para o direciona-
mento da decisão da conduta. É importante salientar que o teste rápido 
não detecta especificamente o novo coronavírus, mas sim os anticorpos 
produzidos pelo organismo depois da infecção ter ocorrido.
A realização do exame deve se basear em fatores clínicos e epide-
miológicos e estar relacionada a uma avaliação da probabilidade 
de infecção. Os protocolos de triagem devem ser adaptados para 
a situação local. As definições de caso são revisadas e atualizadas 
regularmente e adaptadas conforme novas informações forem 
disponibilizadas (PAN AMERICAN HEALTH ORGANIZATION, 2020a).
É recomendada uma investigação detalhada do histórico do pa-
ciente para determinar o nível de risco da Covid-19 e avaliar a pos-
sibilidade de outras causas. A investigação clínico-epidemiológica 
é crucial para o diagnóstico oportuno e para impedir a transmis-
são. No quadro a seguir, há um resumo dos principais pontos que 
você deverá ficar em alerta, caso surjam durante a avaliação:
Sinais/sintomas 
de doenças 
respiratórias 
(tosse e dispneia)
Pessoas que 
tenham estado em 
território com 
transmissão 
comunitária
Febre
Figura 17: 
Casos que devem ter 
maior atenção durante 
investigação clínico-
epidemiológica.
Fonte:
BRASIL (2020) 
adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
25
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Devemos suspeitar do diagnóstico em pacientes com febre e/ou 
sinais/sintomas de doença respiratória baixa (por exemplo, tosse, 
dispneia), que residam ou que tenham estado em território com 
transmissão sustentada (comunitária) de Covid-19 (BRASIL, 2020a).
Para isso, é fundamental que os laboratórios de saúde utilizem 
práticas apropriadas de biossegurança. Qualquer teste que venha 
investigar a presença do vírus responsável pela Covid-19, ou que 
envolva amostras de pacientes que atendem à definição de casos 
suspeitos, deve ser realizado em laboratórios devidamente equi-
pados e por profissionais treinados nos procedimentos técnicos e 
de segurança aplicáveis (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2020b).
A coleta e testes rápidos de amostras adequadas de pacientes 
que atendem à definição de casos suspeitos de Covid-19 é prio-
ridade para o tratamento clínico e controle do surto e devem ser 
orientados por um especialista (BRASIL, 2020b).
A acurácia diagnóstica do PCR para o diagnóstico laboratorial de Co-
vid-19 parece ser influenciada pelo tipo de amostra coletada para a 
realização do teste e do tempo de evolução do quadro. As amostras 
mais frequentes incluem swab de nasofaringe ou orofaringe, embora 
inexistam, até o momento, evidências que possam basear recomen-
dações sobre a melhor forma de coleta de material para a realização 
do PCR (PATEL et al., 2020). Observe o quadro a seguir:
Figura 18: 
Laboratórios e 
profissionais que 
realizam a testagem 
para Covid-19.
Fonte:
Pexels (2020).
26
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
TIPO DE TESTE TIPO DE COLETA/AMOSTRA TEMPO DE EVOLUÇÃO
DO QUADRO
Alguns testes, como os de 
identificação de anticorpos 
lgM e lgG, não são 
recomendados para 
diagnóstico de pacientes 
com sintomas de início 
recente.
Amostras mais frequentes: 
swab de nasofaringe ou 
orofaringe.
Testes rápidos ou RT-PCR.
Figura 19: 
O que influencia na 
acurácia diagnóstica 
do PCR.
Fonte:
Pexels, adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Entretanto, a sensibilidade do PCR é reduzida quando são utiliza-
das amostras com baixa carga viral, e esse teste possui algumas 
desvantagens, tais como o tempo necessário entre a coleta e a 
disponibilização do resultado, a necessidade de estrutura física 
especializada e de equipe técnica qualificada (NATIONAL HEALTH 
COMISSION, 2020). 
As técnicas empregadas na realização dos testes de RT-PCR tam-
bém podem influenciar na sua acurácia diagnóstica. Os testes 
sorológicos com identificação de anticorpos IgM e IgG ao SARS-
-CoV-2, aplicados como testes rápidos ou processados em labo-
ratório, não são recomendados para a confirmação diagnóstica de 
pacientes com sintomas de início recente (CHAN et al., 2020). Por 
isso, é justificada a testagem sequencial em pacientes com qua-
dro clínico compatível (PATEL et al., 2020; LI et al.,2020).
ALERTA DO PROFISSIONAL
A exclusão do diagnóstico de Covid-19 não deve ser feita 
apenas pela avaliação dos resultados dos exames laborato-
riais, pois no estágio inicial da infecção, falsos negativos são 
esperados em razão da ausência ou de baixos níveis dos an-
ticorpos e dos antígenos de SARS-CoV-2 na amostra (PATEL 
et al., 2020; LI et al.,2020).
!
27
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
O papel dos testes rápidos para rastrear pessoas assintomáticas 
ou identificar pessoas com anticorpos IgM para presumir imunida-
de adquirida permanece incerto. A aprovação de novos testes para 
diagnóstico da Covid-19 segue a resolução RDC nº 348, de março 
de 2020, dísponivel nesse link, que define critérios e procedimen-
tos extraordinários e temporários, em virtude da emergência de 
saúde pública. 
No entanto, a maioria dos testes rápidos existentes possuem sen-
sibilidade e especificidade muito reduzidas em comparação às 
outras metodologias. O Ministério da Saúde aponta que os testes 
rápidos apresentam uma taxa de erro de 75% para resultados ne-
gativos, o que pode gerar insegurança e incerteza para interpretar 
um resultado negativo e determinar se o paciente em questão 
precisa ou não manter o isolamento social.
Biossegurança para coleta de amostras
Para realizar as coletas, é necessário o treinamento e que você 
siga todas as instruções de biossegurança, inclusive o uso de 
equipamentos de proteção individual adequados para garantir as 
precauções-padrão, de contato e para aerossol.
Os profissionais de saúde responsáveis pela coleta de amostras 
respiratórias deverão utilizar os seguintes Equipamentos de Pro-
teção Individual (EPI’s):
Gorro descartável
Máscara modelo 
PFF2(N95) 
ou equivalente
Óculos de 
proteção ou 
protetor facial
Avental de 
mangas compridas
Luvas de 
procedimento
Gorro descartável
Máscara modelo 
PFF2(N95) 
ou equivalente
Óculos de 
proteção ou 
protetor facial
Avental de 
mangas compridas
Luvas de 
procedimento
Figura 20: 
Tipos de EPI 
obrigatórios.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).
http://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-348-de-17-de-marco-de-2020-248564332
28
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Os itens de segurança não descartáveis devem ser limpos e desin-
fetados com produtos especificados para medidas de prevenção e 
controle para atendimento de casos suspeitos.
Conforme exposto nessa seção, a etapa de coleta de amostras 
deverá respeitar rigidamente os protocolos e instruções de bios-
segurança, assim como o uso obrigatório dos equipamentos de 
proteção individual.
Para saber mais 
sobre os produtos 
para desinfecção, 
acesse esse link.
Aprofunde
Técnicas paraa coleta de amostras clínicas
Antes da realização do procedimento propriamente dito, explique 
o como ocorrerá a coleta ao paciente. Avalie se o paciente tem 
desvio de septo para evitar trauma. A coleta deverá ser realizada 
o mais prontamente possível após a identificação da suspeita clí-
nica, independentemente do tempo desde o início dos sintomas.
Swabs combinados (nasofaringe e orofaringe)
No procedimento de “Preparo para coleta”, mantenha o suprimen-
to de álcool 70% e gaze para a limpeza da bancada antes e após a 
coleta da amostra biológica. 
As secreções serão coletadas utilizando-se swabs de rayon de 
haste flexível. Não utilizar swabs contendo alginato e com haste 
de madeira, pois estes materiais podem inativar o vírus e inibir a 
reação de PCR em tempo real. Serão utilizados três swabs: 1º na 
narina direita; 2º na narina esquerda e o 3º na orofaringe. Observe 
o quadro a seguir:
Figura 21: 
Procedimento de 
coleta de amostra tipo 
swabs combinados.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).
Limpeza da bancada com gaze e álcool 70% 
Orofaringe
Narina esquerda
Narina direita
03 Swabs de rayon de haste flexível
02 Gazes
Álcool 70% (para limpeza 
de bancada)
1
2
3
01 Tubo de rosca estéril tipo 
Falcon, contendo 3 (três) mL de 
solução fisiológica a 0,9% estéril 
ou em meio de transporte viral.
4
Itens necessários Procedimentos
Preparo da coleta
Coleta de amostra
Limpeza da bancada com gaze e álcool 70% 
Pós-coleta
1
2
3
http://bit.ly/anvisancov2019
29
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Para a coleta você irá introduzir o swab pela narina até a naso-
faringe, realizando movimentos rotatórios para captar células da 
nasofaringe e absorver secreção respiratória. Este procedimento 
é realizado em ambas as narinas (Veja na figura 22A a seguir). O 
terceiro swab será utilizado na coleta de secreção respiratória da 
parte posterior da orofaringe evitando contato com a língua para 
minimizar contaminação (veja na figura 22B).
Swab nasal Swab oral
Swab nasal Swab oral
Figura 22A e 22B: 
Técnica para a coleta 
de swab combinado.
Fonte:
BRASIL, Guia para 
a Rede Laboratorial 
de Vigilância de 
Influenza no Brasil 
(2016), adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 23: 
Técnica para coleta de 
aspirado nasofaríngeo. 
Fonte:
BRASIL, Guia para 
a Rede Laboratorial 
de Vigilância de 
Influenza no Brasil 
(2016), adaptado por 
labSEAD-UFSC (2020).
Os três swabs deverão ser acondicionados em um único tubo de 
rosca estéril tipo Falcon, contendo 3 (três) mL de solução fisio-
lógica a 0,9% estéril ou em meio de transporte viral cedido pelo 
LACEN, e deverão ser transportados na posição vertical para ga-
rantir que o swab fique imerso na solução fisiológica.
LACEN
O Laboratório 
Central (LACEN) 
integra o SISLAB 
(Sistema Nacional de 
Laboratórios de Saúde 
Pública), conjunto 
de redes nacionais 
de laboratórios, 
organizadas por grau 
de complexidade 
relacionadas 
às vigilâncias 
epidemiológica, 
ambiental em saúde, 
sanitária e assistência 
médica.
Aspirado da nasofaringe
No caso de secreções espessas, recomenda-se proceder à nebu-
lização ou instilação com gotas de solução fisiológica estéril 0,9%, 
em ambas as narinas a fim de promover a fluidez do muco, facili-
tando a aspiração. Utilizar coletor de aspirado de orofaringe.
30
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Aspirados de nasofaringe não devem ser coletados de bebês e 
de crianças após a amamentação devido à possibilidade de re-
fluxo. Secreções respiratórias enviadas ao laboratório no interior 
das sondas utilizadas para a aspiração, não serão processadas em 
função do risco de contaminação durante a análise.
ALERTA DO PROFISSIONAL
Certifique-se de que o nome completo do paciente, idade, 
sexo, profissão, procedência, data do início dos sintomas; 
data da coleta das amostras, histórico de viagem recente 
para áreas de risco estejam devidamente informados.
!
Veja a situação hipotética a seguir:
Qual seria sua conduta de enfermagem nesta situação?
Em um plantão na emergência você recebe o Sr. A.S., de 42 
anos, com quadro de febre alta, dispneia e tosse. Ele chega 
acompanhado da esposa, que informa que ele retornou de 
uma viagem à China há 7 dias. É solicitada a realização de 
swabs combinados.
31
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Acondicionamento, transporte e envio de 
amostras para diagnóstico
Considerando o caso anterior, em que você indicou quais seriam 
os procedimentos para a investigação clínico-epidemiológica e 
como ocorreria a coleta das amostras, agora elas deverão ser en-
viadas imediatamente ao laboratório (central, nacional ou referên-
cia). Veja a seguir qual conduta tomar, a depender do tempo de 
processamento das amostras.
Tipos de 
cenário
Tempo de 
processamento 
da amostra
Acondicionamento
da amostra
Cenário A:
Dentro de 24 a 72 
horas após a coleta
Gelo e mantida a 
temperatura de 
4 a 8 °C
Congelamento das 
amostras a -70 °C em 
gelo seco ou 
nitrogênio líquido
Quanto tempo 
levará para a 
amostra ser 
analisada? Cenário B:
Acima de 72 horas 
após a coleta
Figura 24: 
Tempo de 
processamento da 
amostra e tipo de 
acondicionamento.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).
O tipo de acondicionamento dependerá do tempo de transporte 
dessa amostra. Veja que, na figura anterior, são sugeridos dois 
tipos de cenários (A e B). No Cenário A, se as amostras forem pro-
cessadas dentro de 24 a 72 horas após a coleta, elas deverão ser 
acondicionadas em gelo e mantidas refrigeradas (4 a 8 °C). Já no 
Cenário B, se as amostras não puderem ser enviadas dentro desse 
período, recomenda-se que após a coleta sejam congeladas a ‐70 
°C, em gelo seco ou nitrogênio líquido (PAN AMERICAN HEALTH 
ORGANIZATION, 2020b).
Há outros fatores importantes para que as amostras sejam con-
sideradas inadequadas para análise: swabs acondicionados em 
tubos secos, não contendo os 3 (três) mL de soro fisiológico 
estéril utilizado como meio de transporte para a preservação da 
infectividade do agente viral; swabs contendo alginato e swabs 
com haste de madeira, pois estes materiais contêm substâncias 
que inibem a reação de PCR em tempo real. Veja o resumo no 
quadro na página seguinte.
32
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Swabs 
acondicionados 
em tubo seco
Swabs 
acondicionados 
em tubo com 
menos de 3mL 
de soro 
fisiológico
estéril
Swabs 
contendo 
alginato
Swabs com 
hastes de 
madeira
Figura 25: 
Tipos de amostras 
inadequadas para 
investigação.
Fonte:
labSEAD-UFSC (2020).
Figura 26: 
Embalagem tripla 
para transporte 
de substâncias 
infecciosas.
Fonte:
Brasil (2016), adaptado 
por labSEAD-UFSC 
(2020).
A embalagem e o transporte das amostras biológicas que possam 
conter o SARS-CoV-2 devem seguir as recomendações da legisla-
ção vigente RDC Nº 20 de 10 de abril de 2014, da Agência Nacional 
de Vigilância Sanitária, disponível nesse link. Veja na figura a seguir 
as embalagens para transporte que são fornecidas pela Coordena-
ção Geral de Laboratórios de Saúde Pública (CGLAB), que também 
é responsável por coordenar o transporte das amostras.
Tampa 
impermeável Receptáculo primário 
(estanque a líquidos e sólidos)
Material absorvente 
para embalagem
Embalagem 
secundária (estanque 
a líquidos e sólidos)
Etiquetas
De/Para
Grade ou similar
(esponja ou isopor)
Designação correta
da remessa (PSN)
Código numérico da 
ONU (UN Number)
Embalagem 
externa rígida
http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.pdf/fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba
33
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid- 19
Fechamento
Diante da pandemia Covid-19, para uma maior eficácia e resulta-
dos precisos e confiáveis é necessário que os procedimentos de 
coleta, conservação e transporte dos materiais biológicos,sejam 
realizados de acordo com as normas que visam garantir a qualida-
de das amostras. Portanto, é fundamental seguir as recomenda-
ções do Ministério da Saúde em consenso ao que diz a OMS.
Testar precocemente os pacientes suspeitos de Covid-19 com o 
uso de PCR, tem sido uma medida importante adotada para in-
dicar o isolamento social e monitorar os pacientes sintomáticos. 
Durante todo o processo, desde a coleta de material biológico até 
a análise laboratorial, é imprescindível a adoção de medidas de 
biossegurança, visando diminuir os riscos envolvidos e impactos 
frente a assistência prestada. 
Para tirar dúvidas 
ou aprofundar o 
assunto, acesse 
o Guia da Rede 
Laboratorial de 
Vigilância de 
Influenza no 
Brasil, descritos 
nas páginas 16 a 
24, nesse link.
Aprofunde
http://bit.ly/laboratorioinfluenza
34
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
UNIDADE 1.4 – Diretrizes recomendadas 
para uso prolongado e reutilização 
limitada das máscaras faciais/
respirador particulado N95 em 
ambientes de assistência hospitalar
Nesta unidade você vai compreender quais as práticas recomen-
dadas para uso prolongado e reutilização limitada das máscaras 
de proteção respiratória – respirador particulado, N95/PFF2 ou 
equivalente – certificadas pelo NIOSH (National Institute for Oc-
cupational Safety and Health), além de conferir informações sobre 
seus componentes e mecanismo de filtragem.
Introdução
As recomendações aqui abordadas são dedicadas ao uso da másca-
ra N95 por profissionais de saúde que têm como objetivo a proteção 
contra doenças respiratórias infecciosas, como é o caso da Covid-19. 
Devido à situação de pandemia, o abastecimento de máscaras N95 
pode se esgotar rapidamente e, por esse motivo, abordaremos 
estratégias recomendadas pelo CDC (Centers for Disease Control 
and Prevention ou Centro de Prevenção e Controle de doenças, 
em português) para conservação dos suprimentos e proteção dos 
profissionais de saúde. 
Figura 27: 
Enfermeira.
Fonte: 
Freepik (2020).
No decorrer da unidade adotaremos a nomenclatura “máscara” ao 
invés de “respirador particulado”.
35
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Principais conceitos abordados na unidade
A seguir, para maior detalhamento, serão apresentados os princi-
pais conceitos utilizados nesta unidade, confira!
Máscara ou respirador particulado N95
A máscara N95, também chamada de respirador particulado N95, 
é um purificador de ar certificado pelo Instituto Nacional de Se-
gurança e Saúde Ocupacional (NIOSH), órgão vinculado ao CDC 
dos Estados Unidos (EUA). Esse produto, utilizado com bastante 
frequência, possui um filtro em seu interior capaz de filtrar pelo 
menos 95% das partículas transportadas pelo ar, porém não é re-
sistente ao óleo. A N95 é capaz de filtrar poeira, fumaça, névoa e 
aerossóis, além de partículas biológicas como o pólen, esporos de 
fungos, bactérias, vírus, pelos de animais e alérgenos (Centers for 
Disease Control and Prevention, 2020).
ALERTA DO PROFISSIONAL
As máscaras cirúrgicas nunca devem ser utilizadas para pro-
teção contra partículas aerossolizadas.
!
Além da máscara ou respirador particulado apresentaremos ou-
tros conceitos importantes, veja a seguir.
Peça Facial Filtrante (PFF)
As peças faciais filtrantes são protetores faciais que impedem 
contaminantes do ambiente de entrarem em contato com o siste-
ma respiratório do usuário, sendo certificadas pelo NIOSH. As PFF 
protegem através de barreira física criada pelo próprio produto e 
sua eficiência se classifica da seguinte forma:
• PFF1: 80% de proteção.
• PFF2: 94% de proteção.
• PFF3: 99% de proteção. 
36
Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Portanto, na proteção contra aerossóis a opção mais recomenda 
é a PFF2 ou PFF3 (Centers for Disease Control and Prevention, 
2020). Confira na figura a seguir a explicação sobre as informações 
de uma máscara N95.
Mode
l #
xxx
Lote #
xxx
JJJEEMM
PP 1000 NNNN995555
TCC ##xxxxx- xxxxxxxxxx
Nº do modelo
Nº de aprovação
Fabricante
Certificado NIOSH
Designação do filtro
Nível de eficiência (P100, N95)
Nº do lote
Figura 28: 
Visão externa das 
máscaras N95.
Fonte: 
Shopify (2020)
adaptado por 
labSEAD-UFSC(2020).
Agora que observamos os informes no exterior das máscaras N95, 
leia sobre o seu uso prolongado no próximo tópico.
Uso prolongado
Reutilização
O termo “uso prolongado” significa a prática de utilizar o mesmo 
respirador N95 para o atendimento de vários pacientes sem re-
movê-lo. Um exemplo desse uso ocorre em unidades para atendi-
mentos exclusivos a pacientes com Covid-19, quando os profissio-
nais apenas retiram as máscaras no fim de seus turnos (Centers 
for Disease Control and Prevention, 2020). 
A reutilização é a prática de usar a mesma máscara para vários 
cuidados com pacientes, mas retirando-a após cada vez. O respi-
rador N95 é guardado nesse intervalo de tempo para ser utilizado 
no próximo encontro. Essa prática tem sido utilizada há décadas, 
quando os patógenos não são transmitidos também por contato 
(Centers for Disease Control and Prevention, 2020).
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Panorama mundial e no Brasil, bases de biossegurança no cuidado 
do paciente com a Covid-19
Reutilização limitada 
Essa é a prática mais comum da reutilização da máscara N95, porém 
com restrições que limitam o número de usos. Segundo o CDC (2020), a 
reutilização limitada já foi recomendada e amplamente utilizada durante 
surtos e pandemias com o objetivo de conservar equipamentos.
Veja a seguir as informações da Anvisa sobre o uso de máscaras N95.
ALERTA DO PROFISSIONAL
Mas vejam bem, conforme destaca a nota técnica da Anvisa Nº 
04/2020, atualizada em 31 de março de 2020, as máscaras de 
proteção respiratória N95/PFF2 (chamada de Peça Facial Fil-
trante ou equivalente) poderão, excepcionalmente, ser usadas 
por período maior e/ou por um número de vezes maior que o 
previsto pelo fabricante, desde que pelo mesmo profissional e 
cumpridos todos os cuidados necessários, como, por exemplo: 
1. Os serviços de saúde devem definir um protocolo para 
orientar os profissionais de saúde sobre o uso, retirada, 
acondicionamento, avaliação da integridade, tempo de 
uso e critérios para descarte das máscaras; 
2. Os trabalhadores devem sempre inspecionar visualmente 
a máscara antes de cada uso, para avaliar sua integrida-
de. Máscaras úmidas, sujas, rasgadas, amassadas ou com 
vincos devem ser imediatamente descartadas; 
3. Caso não seja possível realizar uma verificação bem-su-
cedida da vedação da máscara na face do trabalhador, ela 
deverá ser descartada imediatamente. O número de reuti-
lizações da máscara, pelo mesmo profissional, deve con-
siderar as rotinas orientadas pelas Comissões de Controle 
de Infecção Hospitalar (CCIH) da instituição do serviço de 
saúde e constar no protocolo de reutilização. 
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!
Continue aprofundando seus conhecimentos com a leitura sobre 
as indicações do CDC para as instituições de saúde.
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do paciente com a Covid-19
Recomendações para as instituições de saúde
Algumas recomendações são propostas pelo Centers for Disease 
Control and Prevention para que as instituições de saúde otimi-
zem seus recursos. Confira a seguir as principais delas:
Minimizar o número de pessoas que precisam utilizar 
proteção respiratória através de controle 
administrativo ou estrutural na instituição. 
Panorama Mundial e no Brasil, Bases de Biossegurança 
no cuidado do paciente
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Priorizar o uso das máscaras N95 para os profissionais 
que prestam assistência direta ao paciente.
Implementar práticas que permitam o uso prolongado 
e/ou reutilização limitada das máscaras N95.
4 Utilizar outros protetores respiratórios, como 
máscaras de filtragem, meia-máscaras e purificadores 
de ar com máscara completa em profissionais sem 
contato direto com aerossóis,

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